Em defesa de Exu

(histria verdica)

Aqui h um tempo atrs, estava eu a tomar caf, e encontro uma amiga (que por acaso brasileira) que j no via h algum tempo. Cumprimentos e puxa palavra, quando toca o meu telefone. Espanto o dela, quando se apercebe da musica que tinha como toque. Que era nada mais nada menos, que um ponto de Exu gravado em mp3 (se no me engano comeava assim: Laroi, Exu mojub. Salve Exu Tiriri da Calunga). Concluso: discusso aberta. Continuando, diz ela assim: - Ei, isso ai no toque de macumba? coisa de Exu? Eu - Isto um ponto musicado de Exu. Porqu? No Gosta? E responde-me ela com uma ar irnico: - Credo, claro que no. No me diga que voc tambm daqueles que andam nas encruzilhadas a acender velas? Bom, eu da maneira mais calma possivel, tentei fazer ver a ela que as coisas no so bem assim, tentei explicar a ela o melhor que sei sobre Exu, pois as pessoas no nascem ensinadas, e ainda mais percebi que para ela, Exu o demnio, o mal do mundo. E depois da minha explicao toda, do meu esforo todo para tentar fazer ver a ela que estava errada, responde-me ela assim: - Pronto. J vi que voc um defensor de Exu! Quando ouvi aquelas palavras, fiquei um pouco sentido a olhar para ela, por uns momentos no me saia nada da boca. E aquelas palavras tocaram-me to fundo, que pouco faltou para conter as lgrimas quando lhe respondi: - isso mesmo. Sou defensor de Exu, sim! Ela olhou para mim, virou-me as costas e foi embora.

Aquela conversa deixou-me a pensar horas e horas seguidas nos nossos queridos irmos, e em como deve ser dificil e ingrato exercerem suas funes. Como deve ser dificil proteger os seres humanos, lutar pela sua evoluo, sem ver seu trabalho reconhecido, e ainda por cima ser difamado, esconjurado, e acusado de todos os males do mundo. Por isso, dali em diante e at hoje, me sinto como "defensor de Exu". Porque se Exu nos defende no astral, temos ns a obrigao de o defender no material, da maneira que estiver ao nosso alcance. Laroy Exu! Exu mojub! "Ex Lonan, (bis) Modil lod e legbara, Lebara mir Exu tala kewa ,"

Lisboa, 5 de Maio de 2011 Paulo Loureno Ramiro de Kali

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