Natal, j? Comeou de novo. Correria, aperto, barulho, pechincha... o natal est a, tempo de paz.

. Comerciantes das lojas de comrcio popular, especialmente a rua 25 de Maro, no centro de So Paulo, dizem que no sabem o que crise e fazem previses de aumento de vendas de 6% sobre o mesmo perodo do ano passado. Embora todo ano tenha sido assim h pelo menos uns quinze anos, o que aumento de vendas para os comerciantes aumento de preo e contas para o consumidor. Todos querem presentear at o cachorro do vizinho (aquele que late a noite toda), e enfeitar a casa para ser a mais bonita do hemisfrio sul, mas esquecem que as festas passam e as contas no tem boleto que vence no dia 1 de janeiro! Eu me preocupo as pessoas que esperam o 13 salrio s pra comprar presentes e enfeites, ceias e mais presentes ou mais enfeites, e depois ficam com uma coxa de peru numa mo e as contas pra pagar na outra, pois como eu disse, o tempo inexorvel. Eu gosto do natal, mas principalmente de sua essncia, que para mim um momento de reflexo que dura at a passagem de ano. Nada contra dar presentes, mas sou contra a obrigao de dar presentes e presentes caros! Acho que quem ama no se incomoda de receber algo simples ou at mesmo um feliz natal do fundo do corao. Eu no me incomodo. J imaginou fazer cara de desprezo por um presente barato, mas que foi caro pra quem deu? No h presente que conserte o estrago, pois eu analiso a boa vontade de algum se deslocar at uma loja qualquer e escolher algo pra mim, seja l o que for. J ganhei canecas de caf que uso com gosto at hoje. Aqui vai um palpite: faa s o que puder e quando puder. Os juros de carto de crdito e cheque especial so extorsivos, no vale a pena querer fazer algum sorrir pelo valor da coisa em si e ficar mal das finanas por mais seis meses; a pessoa tem que sorrir pelo ato de sua lembrana, s isso. Os presentes ficaro no fundo de um armrio qualquer, a amizade verdadeira no. Abrao e at semana que vem! Zeca Salgueiro