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A Mulher da Janela*

Nem todo homem tem, ao final do dia, uma mulher que o espera na janela, Depois de um dia duro e cansativo, a imagem meiga que o revigora. Como a primeira garoa sobre uma terra seca e devastada, Ela, ontem e hoje, segue sempre como a de outrora. Nem todo homem tem, ao final do dia, uma mulher que o espera na janela, O que a faz estar l, que bela sina a leva, desde l, sorrir? um gesto delicado, no ensaiado e espontneo, Que anuncia, silenciosamente, a felicidade do porvir. Nem todo homem tem, ao final do dia, uma mulher que o espera na janela, Ah! que cena inesquecvel, que retrato para se guardar no corao! Nem mesmo ao longo dos duros anos, que s vezes, de l a tirou, Faz morrer, mesmo que a golpe, a doce lembrana dessa emoo. Nem todo homem tem, ao final do dia, uma mulher que o espera na janela, a recompensa imerecida, que no fundo, todo homem anela. Como esquecer o brilho do seu rosto, a mensagem do seu sorriso? A doce e suave melodia, da linda mulher da janela.

*De Carlos Roberto Coutinho, para sua esposa, Isabel Cristina, que nunca se esqueceu do carinhoso hbito dela, de esper-lo, na hora que normalmente voltava do trabalho, de uma janela no primeiro pequeno apartamento em que viveram. Escrito no 12o aniversrio de seu casamento, em 13/11/2011.

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