Você está na página 1de 1

Citao-Reflexo ECO, Humberto. A definio da Arte. Traduo de Jos Mendes Ferreira. So Paulo: Martins Fontes, 1972. (p. 09/32).

Assim, tal como numa actividade especulativa existe empenhamento tico, paixo da pesquisa e uma sbia artisticidade que orienta o desenrolar da actividade de investigao e a forma como se dispem os resultados, tambm numa operao artstica intervm uma moralidade [...]; intervm o sentimento; e intervm a inteligncia, como juzo contnuo, vigilante, consciente, [...] movimento inteligente em direco forma, pensamento realizado no interior da actuao formante e destinado realizao esttica. (ECO, 1972, p.15/16).

Trata-se de uma discussao acerca da Estetica da Formatividade do esteta Luigi Pareyson e das contribuies sobre os modos de pensar a arte como geradora de pensamento e reflexo. Na viso de Humberto Eco ecoa a possibilidade de estarmos diante de um modus denominado artisticidade, uma espcie de estado que habita o artista em toda a sua dimenso criativa. Esse movimento resultado do fluxo de experincias, subjetividades, morais envolvidas na trajetria do artista e que operam como norteadores de um fluxo criativo construdo a partir das escolhas estticas de cada indivduo. Interessante pensar que estas construes estimulam a formao do pensamento, a reflexo sobre o fazer e as relaes que sero propostas no decorrer da execuo da obra. Neste sentido aproxima-se da Teoria da Formatividade de Pareyson, sobretudo por considerar as etapas de criao- concepo- produo- recepo enquanto eixos interconectados pela mo do artista. Essa experincia vivida pelo artista nica, singular e ao mesmo tempo provoca aproximaes e apropriaes de outros olhares, estende-se no corpus coletivo. Neste aspecto aproximo de meu objeto de investigao que o corpo deficiente por sua caracteristica propositiva que se espelha diretamente no corpo do outro, que se reconhece tambm em suas incompletudes, ausncias e impossibilidades cotidianas... DESENVOLVIMENTO CAPITULO 1.

Você também pode gostar