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Havia uma vez um homem rico que só se vestia de purpura linho fino
e se banqueteava todos os dias. Seu luxo era grande. Tinha dispensa farta
e seus vinhos vinham de sua adega, produzidos também em sua vinícola.
Possuía muitos criados e não se importava com o seu próximo.
Somente que com grande diferença. Seu espírito se encontrou em um terrível lugar. Entre meio
de tormentos. Sentiu-se tal qual era evidentemente. Seus restos mortais (matéria) foram para o seio
da terra e o espírito imortal continuou a se sentir muito mal, pois não se
encontrava em seu majestoso palácio, cercado pela criadagem. Também estava
roto e faminto. Onde estava a pompa que o cercava? Onde os vassalos que o
serviam? Sentia-se triste e abatido. Quis reclamar, gritar, ordenar, mas para
quem? Estava só. Assustava-se com as companhias que lhe apareciam vez por
outras. Eram seres estranhos, caras horríveis, animais repulsivos, árvores
disformes, com galhos que pareciam querer agarra-lo. Tudo ali era sinistro e
terrível.
Abraão respondeu "lembra-te meu filho que na vida terrena, tomaste como teu o que era bom e
Lázaro tomou como seu o que era mau. Agora ele está confortado e tu padeces. Ademais há um
grande abismo entre os dois. Os que aqui estão não podem se passar para ai, e os que ai estão não
podem se passar para aqui".
Então o homem que fora rico, disse: Se é assim, manda Lázaro a casa de meu pai, porque eu
tenho cinco irmãos; e que ele os avise, de modo que possam escapar ao que me coube.
Mas Abraão respondeu: "Não tem eles lá Moisés e os Profetas; ouçam-nos".
Mas ele insistiu "Não, Pai Abraão, se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-
ão".
Abraão porém, lhe respondeu:" Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixaram
persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos."
NOTA
1
Jesus diz no seu Evangelho: "Bem aventurados os aflitos, os que padecem injustiça, os
humildes, os que choram, porque alcançarão misericórdia".
Assim foi com Lázaro, que sofreu na vida como encarnado. Assim sofrendo doença, fome, frio
e a falta de um abrigo, conseguiu saldar os seus débitos e quando voltou a pátria espiritual, situou-se
em bom lugar junto a seus afins.
Já o rico egoísta que só em si pensava, plantou seu próprio infortúnio, onde a colheita é
obrigatória, segundo a lei de justiça. Voltou a espiritualidade, porém em lugar inferior, próprio a
inferioridade de seu espírito.
Para seu maior tormento, visualizava a felicidade de Lázaro. Pediu piedade e refrigério, mas foi
lembrado de que "a cada um segundo as suas obras". Falou ainda Abraão. Há um grande abismo
entre uns e outros.
NOTA
Saul, rei dos Israelitas, pediu conselhos a Samuel através da médium de Endor. De nada
valeram os conselhos de Samuel, porque Saul fez justamente o contrário. Samuel pediu a paz e Saul,
decretou a guerra.
Isso é muito comum nos meios espiritistas. Pessoas que procuram a entidades espirituais, para
a solução de certos problemas. Quando obtém esclarecimento e orientação
quanto a forma de soluciona-los, acham que não vale a pena o sacrifício da
REFORMA ÍNTIMA.
"Bem aventurados os esmoídos pela doença e pela miséria, porque pagam os seus pecados
nesta vida! Ai do rico que pensa só em suas breves alegrias neste mundo. (O NAZARENO)