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Conciliação do BR GAAP

Bovespa: TPIS3
www.tpisa.com.br
Departamento de RI
com o IFRS
Resultado e Patrimônio Líquido
Diretoria
Ana Cristina Carvalho em 31 de dezembro de 2008
ana.carvalho@tpisa.com.br
Resumo das principais diferenças entre as práticas
Gerência
Mariana Quintana contábeis brasileiras (“BR GAAP”) e os padrões
mariana.quintana@tpisa.com.br internacionais (“IFRS”)

São Paulo, 15 de julho de 2009 - Para divulgação imediata - A TPI – Triunfo


Rua Olimpíadas, 205 - 14º andar Participações e Investimentos S.A, a única empresa atuante nos segmentos
Fone +55 11 2169 3999 rodoviário, portuário e de energia elétrica no Brasil, apresenta os efeitos no Patrimônio
04551-000 - São Paulo - BR Líquido e no Resultado do Exercício das Demonstrações Financeiras elaboradas de
acordo com os Padrões Internacionais de 31 de dezembro de 2008, conforme o
disposto no Regulamento de Listagem do Novo Mercado. O objetivo dessa conciliação
é fornecer aos nossos investidores uma perspectiva dos impactos da adoção dos
padrões contábeis internacionais, mais especificamente o IFRS, nas nossas
demonstrações financeiras.

Conciliação entre o BR GAAP e o


IFRS

Resultado do
Patrimônio Líquido
Exercício
31/12/08 01/01/08 31/12/08
De acordo com o BR GAAP 693.539 799.927 (89.954)
Ajustes para o IFRS (23.522) (71.805) (1.863)
De acordo com o IFRS 670.017 728.122 (88.091)

Elaboração da Conciliação entre o


BR GAAP e o IFRS
Foi definida a data de 1º de janeiro de 2008 como a data do balanço de abertura para a
elaboração da conciliação para o IFRS. Adicionalmente, aplicamos o IFRS 1 – “Adoção
pela primeira vez das normas internacionais de contabilidade” para fins de mensuração
dos ajustes no balanço de abertura, cujos efeitos são apresentados a seguir.

As premissas e opções utilizadas nessa conciliação poderão mudar quando formos


apresentar as nossas primeiras demonstrações financeiras completas de acordo com o
IFRS, em razão da emissão de novas normas ou alterações das normas existentes.

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Principais Diferenças entre as Práticas Contábeis
que causaram efeitos no Resultado e no Patrimônio
Líquido de 2008
As principais diferenças entre o BR GAAP e o IFRS que afetaram as demonstrações financeiras
da Triunfo são:

APLICAÇÃO DO TESTE DE “IMPAIRMENT” SOBRE OS ATIVOS


INTANGÍVEIS

De acordo com o IFRS, há normas específicas para analisar a recuperação de todos os


ativos não financeiros exceto estoques, ativos originados por contratos de construção,
imposto de renda diferido ativo, ativos relacionados com benefícios a empregados, entre
outros. Na data de cada demonstração financeira, a Companhia deve analisar se existem
evidências de que o valor contábil de um ativo não será recuperado. Caso se
identifiquem tais evidências, a Companhia deve estimar o valor recuperável do ativo.

O valor recuperável de um ativo é o maior valor entre: (i) seu valor justo menos custos
que seriam incorridos para vendê-lo, e (ii) seu valor de uso. O valor de uso é equivalente
aos fluxos de caixa descontado (antes dos impostos) derivados do uso contínuo do ativo
até o final da sua vida útil ou prazo de concessão, o que for menor.

Independente da existência de indicação de não recuperação de seu valor contábil,


saldos de: ágio originado da combinação de negócios e os ativos intangíveis com vida
útil indefinida devem ter sua recuperação testada pelo menos uma vez por ano.

Quando o valor residual contábil do ativo exceder seu valor recuperável, a entidade
deverá reconhecer uma redução do saldo contábil deste ativo (“impairment” ou
deterioração), diretamente no resultado do exercício.

A partir da emissão do Pronunciamento Técnico CPC-01 Redução ao Valor Recuperável


de Ativos, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) no ano de 2008, o critério
brasileiro se aproxima com o determinado pelo IFRS, porém até então não existia uma
metodologia definida para medir o valor em uso dos ativos, não sendo requerido, ainda
que permitido, o cálculo de fluxos de caixa descontados.

Como conseqüência das diferentes datas de aplicação do teste de “Impairment”, ou seja


em 31 de dezembro de 2008 para o BR GAAP e 1º de janeiro de 2008 para o IFRS, o
resultado do exercício aumentou em R$4.968 mil, líquido dos efeitos tributários.

AMORTIZAÇÃO DOS ATIVOS INTANGÍVEIS DE DIREITO DE


EXPLORAÇÃO ADQUIRIDOS DE TERCEIROS PELO PRAZO
REMANESCENTE DE CONCESSÃO

Para fins de BR GAAP, os ativos intangíveis de direitos de exploração, constituídos nas


aquisições das participações adicionais nas controladas Econorte, OSR, Concepa e Rio
Guaíba, reconhecidos como ágio no balanço de abertura, são amortizados com base no
prazo de recuperabilidade do valor investido, o “Payback Period”.

No IFRS, a Triunfo adotou o critério de amortizar esses ativos intangíveis com base no
prazo remanescente da concessão, que reflete as melhores condições de uso dos ativos
adquiridos e dos fluxos de caixa gerados pelos mesmos. Essa alteração representou um
aumento no patrimônio líquido e no resultado do exercício de R$12.923 mil, líquido dos
efeitos tributários.

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DEPRECIAÇÃO DOS ATIVOS DA CONCESSÃO, RECONHECIDOS COMO
INTANGÍVEL

Para fins de BR GAAP, os ativos da concessão são tratados como ativo imobilizado e
depreciados de acordo com a vida útil remanescente dos bens ou o prazo da concessão,
quando aplicável, dos dois o menor.

No IFRS, a Triunfo reclassificou aqueles ativos imobilizados que serão transferidos ao


poder concedente no final do prazo de concessão para o ativo intangível e efetuou a
revisão das taxas de depreciação, limitando a vida útil desses intangíveis ao prazo da
concessão. Em razão desse ajuste, o patrimônio líquido e o resultado do exercício
tiveram uma redução de R$7.725 mil, líquidos dos efeitos tributários.

PROVISÃO PARA REABILITAÇÃO DE RODOVIAS

No BR GAAP os gastos de reabilitação de rodovias previstos nos cronogramas de


investimentos dos Planos de Exploração de Rodovias (“PER”) são tratados como ativo
imobilizado na medida em que as obras são realizadas.

O IFRS tem tratamento específico para o reconhecimento desses gastos, devendo ser
provisionados como obrigações ajustadas a valor presente nas demonstrações
financeiras. Em razão da aplicação do IFRS, o patrimônio líquido e o resultado do
exercício tiveram uma redução de, respectivamente, R$53.095 mil e R$9.843 mil,
líquidos dos efeitos tributários.

PARTICIPAÇÃO DE MINORITÁRIOS

De acordo com o BR GAAP, a parcela correspondente à participação dos acionistas


minoritários nas controladas da Triunfo é reconhecida em um grupo destacado no
balanço patrimonial, imediatamente antes do patrimônio líquido e em rubrica específica
anterior ao lucro liquido na demonstração do resultado.

No IFRS essa participação é reconhecida no patrimônio líquido e não é destacado no


resultado do exercício. Em razão dessa reclassificação, o patrimônio líquido aumentou
R$29.993 mil e o resultado do exercício reduziu R$7 mil. Para essas reclassificações não
há efeito tributário.

IMPOSTOS DIFERIDOS SOBRE OS AJUSTES DA LEI Nº 11.638/07

No BR GAAP, em razão dos ajustes de transição para a Lei nº 11.638/07, foram


reconhecidos impostos diferidos ativos no montante de R$5.940 mil, no patrimônio
líquido e de R$2.003 mil no resultado, que em ambos os casos não são aplicáveis para
fins do IFRS. Em razão do estorno desses impostos diferidos, o patrimônio líquido e o
resultado do exercício foram reduzidos em R$5.940 mil e R$2.003 mil, respectivamente.

Outras Diferenças entre as Práticas Contábeis


Adicionalmente ao apresentado acima, o IFRS possui uma norma específica, aplicável
às concessões de serviços públicos, denominada IFRIC 12. Estão dentro do escopo do
IFRIC 12 aquelas concessões onde o Poder Concedente controla os preços e a quem
serão prestados os serviços delegados, além de possuir o controle sobre a infraestrutura
concedida ou o seu residual ao final do prazo de concessão.

Alguns dos impactos da aplicação do IFRIC 12 estão relacionados acima, por terem
efeito sobre os saldos do patrimônio líquido e resultado do exercício, como a provisão
para manutenção de rodovias e a alteração na expectativa de vida útil dos ativos

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intangíveis. Outro ajuste já mensurável, mas que não causa efeito no patrimônio líquido e
no resultado, é o reconhecimento das receitas de construção dos contratos de
concessão.

De acordo com o IFRIC 12, quando o operador constrói a infraestrutura para exploração
do direito ou licença para arrecadação de tarifas dos usuários do serviço público, o
mesmo deve reconhecer as receitas de construção, e reconhecer o direito de exploração
como um ativo intangível ao custo ou ao seu valor justo.

Na prática, para acordos de concessão da Triunfo, não há distinção feita entre a


compensação (desembolso) pela construção e a compensação pela operação (outorga)
da infraestrutura na determinação do encargo pago ao poder concedente para ter direito
de exploração dos serviços públicos. Adicionalmente, não existem mercados ativos para
determinar o valor justo daqueles dois itens, portanto a receita reconhecida durante a
fase de construção é limitada ao montante do custo incorrido que no exercício findo em
31 de dezembro de 2008 resultou no reconhecimento da receita e nos custos
correspondentes de R$225.573, dos quais R$54.053 e para o segmento rodovias e
R$171.520 para o segmento energia.

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Sobre a TPI
A TPI - Triunfo Participações e Investimentos S.A. é constituída com base em negócios
diversificados e detém concessões nas áreas de gestão de rodovias e geração de
energia elétrica, além de uma autorização portuária, distribuídas nas regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste do País. A Triunfo é uma empresa de capital aberto desde 05
de dezembro de 2002 (através de debêntures). Passou a ter suas ações negociadas em
Bolsa de Valores em 23 de julho de 2007. A única classe de ações da Triunfo é
negociada no Novo Mercado da Bovespa sob o código TPIS3.
Para informações adicionais acesse http://www.tpisa.com.br/ri

THP – TRIUNFO HOLDING


DE PARTICIPAÇÕES

30,7%
7,1%
Pessoa Física Free Float
62,2%

TPI – TRIUNFO PARTICIPAÇÕ ES


E INVESTIMENTO S

Rodovias Energia Portos

100% 100% 100% 88% 50%

RIO VERDE SANTA RITA PORTONAVE


CONCEPA RIO GUAÍBA
ENERGIA

62,5% 62,5%

CONCER RIO BONITO

100% 100%

ECONORTE OSR

Considerações sobre
Estimativas e Declarações Futuras
Este documento pode incluir estimativas e declarações futuras e têm por embasamento,
em grande parte, nossas expectativas atuais e projeções sobre eventos futuros e
tendências financeiras que afetam ou podem afetar os nossos negócios. Embora
acreditemos que essas estimativas e declarações futuras encontram-se baseadas em
premissas razoáveis, muitos fatores importantes podem afetar de maneira significativa
nossos resultados operacionais. Quaisquer considerações futuras, conforme significado
previsto no “U.S. Private Securities Litigation Reform Act” de 1995 contemplam diversos
riscos e incertezas, e não há garantias de que tais resultados venham a ocorrer.

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