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MADEIRA Primeiros passos em marcenaria: entalhes e encaixes Eis um bom comeco para 0 marceneiro smador: um descanso de mesa simples ‘muito prético, que serve de exercicio iniciel para a técnica de entalhes e encaixos. Conceber um projeto, dar precisos contornes & madeira, trabalhé-ta passo @ asso até construir 0 objeto ideslizaco. E 2 fascinante arte da marcenaria, que voc8 vai conhecer e praticar. a partir das informacdes deste © dos demais artigos que compéem a série “madeira” A questéo da madeira Imagine um punhado de fios de pafha colados uns 20s outros. Pois bem, a es- trutura de qualquer madeira se parece muito com isso: um conjunto de longas c6lulas tubulares, organizadas em grupos que formam fibras, dispostas no mesmo sentido e bem préximas umas das outras. Isso explica por que sorrar fica mais ficil quando se escolhe o sentido das fibras: © serrote vai cortando longitudinalmente a estruture e afastando es células. O corte transversal dé mais trabalho: & pre ‘iso entéo vencer a resisténcia oposta pelo emaranhado des fibres. De qualquer modo, existem madeiras cujo corte, mesmo no sentido longitu nal das fibras, é mais dificil. Por esse mo- tivo séo chamadas “madeiras 4 ‘pesadas”. Alguns exemplos: mogno. carvalho, peroba, pau-marfim, pau-ferro, sucupira. ‘As madeiras “macias” ou “leves prestam-se & meioria dos projetos cus- tam muito menos. Assim, pelo menos por enquanto, fiquemos com elas: pinho, edo, imbuia, Como comprar — Ao adquirir madeire aparelnada lou seja, ja eplainada), necessério: 1, Saber pedir — Se voc esté procu- rando tébuas, as bitolas comerciais mais ‘comuns no Brasil sio: 2,5 cm x 20 cm (0 primeiro nimero refere-so a espes- sura, 0 segundo refere-se a largural, 1,2 em x 20 cm, 2,5 cm x 30 cm, 1.2. cm x 30 em, 2,8 cm x 40cm, 1,2 em x 40 em. 5 esa mo vai Arte decorativa com motivos geométricos combinados Basta fixar pregos numa pranche de madeira-e depois trabalhar com fios em tomo deles. O resultado vai ser eurpreer dente: dependendo do projeto, voc’ ob- teré desde simples formas geométricas até complexos desenhos. As variagées, além das diferengas nos desenhos, ficam por conta do material: forre a prancha com feltro, jute ou cor- tipa, por exemplo; escolha entre fios sin- Iéticos, de 18 ou de algodéo, barbante ou ‘arame; e use pregos comuns, latonados, de a¢0 com cabace ou entéo tachinha de tapeceiro. Formaco das curvas ‘Antes de fazer 0 seu primeiro quadro. ‘9prende a construir curvas @ partir de an Gulos. Use papel quacticulado, lipis e ré- gu: 1, Desenhe duas retas perpendiculares entre si @ divida-as em partes iguais (fi- ura 1). Trace uma reta de Al para Bi, A2 ara 82, A3 para B3, etc. aos poucos vai 80 formando uma curva, que serd mais suave se os pontos estiverem bem juntos. 2, Pera outro tipo de curva, trace dues fetes (também perpendiculares entre si) ‘om forma de cruz {figura 2). Ligue Al a BI; Bl a Cl; Cla DI; Dia Al, por meio de ‘etas. A partir de A2, continue a ordem umérica, até que tenha passado por to- 08 08 pontos. 3. Com base num quadrado, forme cur- vas sobrepostas {figura 3), seguindo exa- tamento a mesma seqiéncia do os- quema anterior. 4. Varie a abertura do angulo, para cur- vas_mais (ou menos) pronunciadas (fi- ura 4), 5. Trace um trigngulo, divida por igual jam-se neste quadro com desenho em forma de ziguezague. cada uma das retes e una os porto: de 2 placa de cortica deve ser colada sobre madeira compensade; mesma maneira que fez pare 0 cvadrado '®= pregos, deixendo-os retos, firmes ena mesma profundidade. {figura 5). 3 Descubra figuras mais complexas: trace um quadrado e divida-o em quatro triangulos, unindo com uma reta os an- ‘ulos opostos (figura 6). Trabalhe cada ‘wiangulo individuaimente, seguindo o mesmo proceso oxplicado para os ‘exemplos anteriores. Namero de pontos — Observe que em qualquer dos desenhos o ndmero de pontos é sompre igual om todos os lados da figura, para que se possa uni-los em ‘ordem numérice. N3o 6 necessério que ‘esses lados tenham comprimentos idén- ticos, contanto que sejam divididos pelo mesmo niimero de pontos. Variagées Faca experiéncias em tore dos es- ‘quemas apresentados, ou combine al- ‘guns deles entre si, ou entao invente no- vos motives, & vontade. Mas, antes, pratique bastante, para evitar 0 trabalho (bem mais dificil) de criar desenhos dire- ‘tamente na madeira, com os pregos e 8 linha. Faca seus esbocos om tamanho natu- ral, representando com cade ponto 9 po- ssicdo dos pregos e, quando se decidir por um, use-0 como model 1, Coloque-o sobre a prancha de ma- doira (jd proparada no caso de voc® que- ster forréta com tecido ou cortica), pren- dende-o em cada canto com um prequiaho ou tachinha. 0 fio de néiton, usado neste quadro com undo azul, 6 muito fina: por ‘sso 08 preges devem fieer ber juntos. “ , 2. Bate os pregos sobre cade pomto, de forma. que quem fimes, retes @. na mesma profundidede. eA qd etree cidetareren role o fo 20 redor dos preaos, seqtindo ‘3 ordem numérica Gores © suporte — A cofnbinacto das cores fica a sua escolha. Dé preferéncia 8 contrastantes iffo claro sobre fundo escuro e vice-versa) para realear a beleza do desenho. Escolha cores que combi- em com o ambiente que vei recaber 0 quadro (perede, méveis, cortinas, 0 suporte do quadro pode ser de 0 desenhorde cata-vento foi feito com berber contraste obtido no quadro com losango usar feltro verde. Mats delicado & © quadro de linha fina azul sobre madeira envernizade. madeira compensada ou aglomerada, com 12 mm de espessura no minimo. Utilize pregos de 18 cm de comprimento (quanto maior o prego, mais grosso deve ser oft), Inicio @ acabamento — Para comecar, amarre 0 fio no primeito prego, com um 6 duplo. Quando terminar de enrolar, amarre- ao itimo prego, também com 1n6 duplo, mantendo-o esticado, Ponha lum pouquinho de cola transperente so- bre 08 nds e deixe secar. Depois apare as pontas, tomando cuidado para néo desfazer os nds. bre fundo de juta. Observe o se linha mescla e Os vito trisngulos que compdem este quadro em fio amarelo sobre uma prancha de madeira intade de preto combinam-se de mado 2 delinear roves formas goomstricas. Amarelo sobre preto ‘Material — Prancha de madeira (55 em de lado ¢ 1,2 cm de espessura); tinte Id tex preta fosea; 624 pregos: dois novelos do linha de algodao para bordsr, em dois tons de amarelo, ExecugSo — 1. Com base no quadro mostrado nesta pagina desenhe a figura ‘num papel quadriculado, usando pontos para representar os pregos (disponha-os ‘a dietdncias uniformes). 0 quadrado, divi ido em oito triangulos, deveré ter 50 om de lado. 2. Pronda o papel na prancha e, a seguir, fixe 08 pregos. Depois, remova o papel ‘com cuidado. 3. Pinte toda e prancha e os pregos com a tinta preta e espere secar. Em seguida, aplique o fio mais claro nos tiangulos de fora; faca por dltimo os triangulos inter- nos, com o fio mais escuro, Para o acabamento, cole os nés e corte as pontas bem rente. Se quiser, faca uma moldura de madeira, Tecelagem primitiva: os “olhos divinos” Conhecidas como “Ojos de Diés” nos paises latino-americanas, as estrolas te idas s30 uma forma primitiva de artesa- nnato também encontrada na Africa e no Oriente. No México antiga, simbolizavam os colhos dos deuses e representavam um edido para que eles proteqessem os re- cém-nascidos: sobre paus cruzados to- cia-se uma estrela para cada ano de vida } de crisnca, até o8 cinco anos (quando se supunha que ela J pudasse fazer, sozi- ‘nha, sous pedidos aos deuses!: ou, numa mesma estrela, indicava-se a idade pelo numero do cores dos fos. A facilidede com que podem ser tect- Gos. sliada a diversidade @ riqueza das co res, fez com que nos Gitimos anos os ‘olhos divinos” comecassem a ser larga- mente empregados em decoracéo. Experimente faz8-los: barato, diver- ldo © de resultados verdadeiramente surpreendentes Para fazer uma estrela Material — Dois bastées de 30 cm de comprimento (e cerca de 6 mm de espes- sural; lé para tapete, de fio duplo, nestas cores: laranja, roxo, vermelho, azul, ame relo, rosa, Amarracao da cruzeta — 1. Coloque um BestSo sobre 0 outro, apoiadas nos res- Dectives centros @ formando quatro &n- Sobre o bastao de cima, pranda com dedo pologar 8 extremidede do fio la- anja. na eltura do ponto de cruzsmento dos dois bastdes (veja na figura 1 de que maneira deve ficar essa ponta do fio), Se- 2 cruzeta, pola parte de baixo, fir- "endo a cruzeta com os dedos indicador ¢ médio de mesma méo, 3. Com a mao que estiver livre, comece entdo 2 enroler 0 fio no centro da cri =. dendo woltas em forma de oito, con- cme mostra afigure 1. Atencaa: mantenta 0 estado 4, Prossign dando as voltas em forma de 2 gum a cruzets esti bom io sempre bem =Scontrério Tecides em tons vivos, as estrelas proporcionam maior calor a amblentes risticos. of 9 (colocande a parte de trés voltada pera voc’) e, com @ ponte inicial do fio © 0 fio que sai do novelo, dé um né pequeno ‘¢ bem apertado. Esso né deve ser feito ‘exatamente na altura do ponto de cruza- mento dos dois bastSes, Atengao: no corte 0 flo que vem do novelo, 6. Vire novamente 2 cruzeta, de modo que 0 né fique para ts. De agora em diante, 0 lado que ficou voltedo para vocd 6 0 lado direito da estrela. E voce precisa trabaihar sempre com ele nessa posiczo. Execuco da estrola — H§ dois métodos bsicos de enrolar 0 fio pera tecer a es- ‘rela. Um doixa 2 mostra o contorno dos bastoes {figura 2); outro encobre com- 50 fig 4 pletamente a forma dos bastées {figura 3), Em ambos os casos, toda a madeira fica coberta até quo se alcance borde ‘exterior da estrela. O nosso exemplo & 0 de uma estrela (foto da pagina 49) real zada inicialmente segundo 0 métado da figura 3, 1. Sogure a cruzeta em uma mio ¢ 0 fio laranja na outra, com 0 lado direite do trabalho voltado para voce. 2. Dé uma passada com 0 fio num dos bragos da cruzeta, mantendo-o bem esti- cade e encostado na dltima volta da ‘emarrago. Em seguida, repita essa ope- racdo nos bracos soguintes (figura 3), até Fetornar aquele onde voce comecou o enrolamento. 3. Recomece onrolamento, fazendo uma segunda volta’ completa com 0 fio (que deve ficar bem encostado a0 da volta anterior). Continue dando essas voltas completas; interrompa quando vocé ja tiver levado 0 enrolamento la ranja a 2,5 om de distancia, contados a partir do centro da cruzeta, em todos os bracos. 4. No lado avesso da cruzeta, corte o fio laranja, deixando uma ponta de 5 em, D8 luma volte com 0 fio a0 redor do bastio © prenda sua extremidade por baixo dessa volta: Isso manteré a tensio do fio fenquanto vocs junta a préxima cor (no nosso exemplo, 0 r0x0). 8. Una as pontas dos fios laranja e roxo com um né duplo, que deverd ficar 0 ‘mals junto possivel do braco da estrela (veje a figura 4) 6. Enrole o flo rexo do mesmo modo coma vocé fez com o laranja, até que © ‘enrolamento roxo fique com uma largura de 6 mm. 7. Emende no fio roxo fio verrnelho (tal ‘como voc8 emendou o laranja no roxo) © faca o enrolamento com essa cor, até alargura de 6 mm. 8. Agora, para dar mais sofisticarao 30 trabalho, faca 0 encolamento azul, até 1,2 cm de largura, com a técnica suge- rida na figura 2. 8. Retorne entéo 20 método da figura 3 prossiga com ele até o final da estrela, enrolando sucessivamente os fios ama~ relo (na largura de 1.2 cm), cosa (2 cm), oxo (1,2 em), vermeiho (1,8 em) ¢, final- ‘mente, outre vez 0 roxo (1,8 em). 10. Amarte 0 fio roxo no lado avesso apare as pontas de todos 08 outros nés: © trabalho esté pronto, Atengao: no trabalho apresentado na foto de pégine 49, a cruzete foi confec- cionada intencionaimente com bragos desiguais; na hipétese de voo8 escolher essa alternativa, deverd enrolar o ultimo fio (nesse caso, 0 de cor roxa) até a Ponta do braco maior, antes de dar 0 nd al, a fim de melhorar o acabamento da estrala, As estrelas grandes foram tecidas ‘com Id pare tapete de fio triplo. A maior tom como base duas varetas finas de bambu verde: ‘menor utiliza ramos curvos ¢ é decorada com penas nas extremidades. Variagdes Bastées — Quando voce ja tiver domi- nado a técnica, faca “olhos divinos” so- bre cruzetas formadas por bastées de ta- manhos desigusis ou entio por galhos tortos e com saliéncias: nesse caso, eles ficar3o muito parecidos com os auténti- cos “Ojos de Diés” que eram primitiva- mente fabricados no México, Outta cu- rosa possibilidade consiste em trabalhar ‘com miniaturas (empregando fio fino © poalitos no lugar dos bastoes). Desenhos — Mude a seu gosto a core ‘2 largura dae faixas tecidas, procurando ‘obter um resultado final que combine ‘com as cores do ambiente onde a estrela ‘0rd colocade. Flos — Experimente variar também os fios: use 18 comum, cordinhas de ndilon coloridas, fios de algodo, ou, ainda, fi- bras sintéticas. Ornamentos — Hebitualmente, os Yolhos divinos” s8o ornados com obje- tos pandurades ou tecidos nas extremi- dades dos bracos da cruzeta. Franjas, pompons, penas, arcos, botdes, conchas ‘marinhas, contas e indmeros outros en- feites podem ser utilizados: isso depende exclusivamente de seu bom gosto e de sus imaginacéo. Uso — Em geral, as estrolas tocidas sdo empregadas na decoracdo de paredes. Ponha a imaginacdo pare funcionar aplique-as também em outros lugares: por exemplo, como enfeites para arvore de Natel, como pecas para mébiles, ‘como pingentes para colares ou, ainda, ‘como enfoite de mesa (veja foto apresen- tada na pagina 51). Uma alternativa para modificar a apresentacdo das estrelas é agrupé-las de maneira simétrica, come faziam antigamente os mexicanes (no alto), Estrelas muita pequenas [90 lado) sio tecidas om palitos, com /é bern fina, 2 podem ter acabamentos variados: botées, passaros e outros. Empregue-28 na execuedo de pingentes ou mébiles. 52 ‘ MADEIRA _ Estantes pequenas de parede, com divisdes, para sala ou cozinha 0 projeto de uma pequens estante é quase to fécil do exzoutar quanto 0 do ddescanso de mesa apresentado no pri me sobre marcens (pagina 5]. Pora unir a8 pecas, emorege-se tam- bam a técnica dos entalnes © encaixes, com praticamente as mesmas ferramon~ tas. No projeto da estante, porém, voce poderé usar martelo © pregos pare far 8 cercadura que envolve grade formada poles prateleiras. Ndo d8 muita importéncia 2 possivs doslies do. serrote ou estrogos feitos pelo martelo. Na fase de acabamento Vfocé encontraré a melhor mancira de re- pard-os (esse, alls, 6 um dos segredos dda marcenari). Estante para condimentos Ecea pega, alémm de servir para guardar condimentos na cozinha, pode também ser empregada como armério de ba- nheiro ou estante para escrivaninha, As- sim, em funao do uso que dard a ola, voc’ poders aumentar ou diminuir 0 t manho das partes, mantendo-as sempre proporcionais as do projeto original. ‘Material — Um sarrafo macio (pinho, por exemplo) de 3 m de comprimento, 1,2 om de espessura e 7.5 cm de largure, para as pratoleiras; um sarrafo da mesma ‘madeira de 2 m de comprimento, 1,2 cm do espossura e 10 cm de largura, para a cercadura; pregos de 19 mm (de prefe- rncia do tipo sem cabecal, lixa fina. Op- clonal: um sarrafo de 2 m de compri- mento, 1 cm de espessure e 1,9 cm de largura usado apenas quando for neces- Sfrio esconder as falhas visiveis dos e caixos da grade). Atengéo: compre a madeira ja apare- hada e peca a seu fomecedor para cor- ta-la nas medidas indicadas. Equipamento — Serrote, esquadro de ccarpinteiro; pis; formdo; trena; saca-pi nos: martelo. Com excecdo do martelo, instrumento pouco usado em marcenaria, os demais equipamentos necessérios pare esse projeto jé foram descritos no primeiro ar- igo sobre mercenaria (pagina 5). Se vvocé néo possuir um deles, poderd im- provisé-Io, com excepSo do serrote, Caso ‘no possua_uma trena, por exemplo, utiize uma régua comum; 0 esquadro de carpinteiro pade ser substituide por um pedaco de papelo quadrado ou qualquer ‘outro objeto que permita tracar angulos e 90°. Qualquer martelo que vocé tiver ser- vviré; mas, se precisar compré-io, escolhe um que seja leve. 8 Para fixar 0 prego, dé duas ou trés marteladss reletivamente fraces, en- ‘quanto segura 0 prego com 2 outra mo (figura 1). Em seguida, com os dedos jé fora do alcance do martelo, use mais forea, até introduzi-lo inteiramente na madeire. Tome cuidado para ndo estragar 2 superficie da tabua tentando esconder 2 cabece do prego; para isso, use o saca- pinos ou outro prego (figura 2). Caso te- ‘nha errado algumas marteladas e ferido ‘2 madeira, use massa especial para cobrir das tiras de madeira: corte uma das ox- ‘tremidades em sentido transversal, de- pois de ter tragado, com a ajuda do es- ‘quadro, uma linha de cerca de 2,5 em a partir da ponta da tébua. 2. No sarrafo para as pratoloiras (de 7,5 com de lergurel, a partir da extremidade serrada, meca 48 cm; trace nesse ponto ‘uma linha transversal e serre do lado de fora da linha (lembre-se que o serrote ali- mina corca de 2 mm de madeira). Repita ‘0 mesmo processo para obter mais uma tira de 48 cm (figura 3a). 3. Corte, agora, seis pecas de 30 cm cada com 0 auxilio do esquedro, © perfll de cada peca de 48 cm, de acordo fig. com a figura 4a (7 cm, 7 em, 7 cm, 7 com, 7 cm, 7 em, 6 cm). Nas tras de 30 ‘om, marque © perfil conforme a figure 4b (12.¢m, 10.¢m, 6 cm). 5. Providencie um quadrado de papel de 10 cm de lado. Trace uma linha ponti- thada‘e 2,5 cm da borda (figura 8) 6. Com 0 esquadro, trace uma linha per- Pendicular & pontilhada, de um lado 20 ‘outro do quadrado (figura 6) 7. Faca uma paralela, a partir da linha an- teriormente tracada, com @ mesma di- mensio da espessura das pecas, de forma que as duas linhas fiquem bem no ‘centro do quadrado (figura 7). A partir da linha pontithade, marque a metade da disténcia entre ela e 0 lado oposto do quadrado; nesse ponto, trace uma linha transversal entre as paralelas. Acima da linha pontithada marque um ponto 1 em distante dela, ¢ trace outre transversal entre as paralelas. Recorte o retangulo formado (figura 8) com uma lamina afieda. 8. Coloque o molde de papeldo sobre as marcas das pecas de 48 om e 30 cme risque os entalhes (figuras $ © 10). 9. Verifique o desenho correspondente & espessura exata das pecas, 10, Serre os entalhas por dentro da linha (conforme ilustra @ figura 11), um lado de cada vez. fig. 3 @ 2sarrafos Bon se 75mm 12 mm Parasprateleias = b Gsenafosde 75mms 12mm parees 8 ivsdesverteas "|p fie | 48.0 ee’ om Fem oem b 30cm wen 1em 6am facaumentale 20 longo desta linha ccomuma lamina marque aespessura ie a epess ‘olocando uma das tiras sobre ocartéo uma in como} W Iecaitiodecamiiere mega a metadé exata da arg ‘partirda linha entahada e corte com uma lamina bem afada, ampliando ocerteem Lem Depois de serredos os dois lados, ‘© entalhe com 0 formao, iniciando jem Angulo inclinado figura 12). ‘Fes2 © mesmo com as pocas de 30 ‘Cone o sarrafo de 2 m de compri- — para @ cercadura — em dois pe- de 50 em e dois pedacos de 30em ecas com cuidado, no sentido do veio, para eviter arranhdes. Envolva a lixa num ‘de madeira a fim de faciltar 0 seu todas as pacas ¢ progue 2s sis da cercadura (figura 14), ‘0s pregos corretamente — em Ss perpendicular (igure 15) —, para _atinjam a superficie da divisao 17. A seguit, pregue as outres partes para completar a cercadura, a0 longo das, divisBes vertcais figura 17). Acabamento — Como os entelhes nem ‘sempre ficam perfeitos, aparece véos ‘nas junedes das pecas (figura 18a). No caso de ficarem muito irregulares, pre- gue, em sentido vertical, sarrafos dem: ira de 1,9 cm de largura {figura 18b), {0 longo de cada ume das divisdes. Dé 0 acabamento final 2 estante com cera ou verniz de madeira clara, prepa- rado 8 base de polluretano opaco (pagina 45}. Caso vocs tencione colocer rétulos ou etiquetas para classificar as repart- 12608, faca-o antes da aplicacdo do verniz, Dessa maneira o verniz protegerd os 16- tulos da sujeira e no deixard que eles se soltem. marca orginal Variagdes Seguindo as mesmas fases do projeto ‘anterior, voc® constr6i também uma es- tante para cassetes, lentes ou outros ob- jetos. Ser preciso somente reduzir 0 ni~ mero das divisées internas e, assim, criar ‘espacos maiores entre elas. (0 axito de cada projeto dependers da ‘laboragdo de um desenho, cujas dimen- ‘ses devem ser especif ‘sao (sempre proporcior do projeto anterior Opcionaiment ‘ceber um fundo de madeira fina ou pape 10, que ganha aspecto mais agradével ‘com a aplicacdo de papéis decorados. Se preferir um fundo de madeira, solicite a seu fornecedor que a corte nas dimensdes exetas da estante que vocé projetou. Basta cruzar vrias tras de fita crepe e pintar em cima para obter 0 quadriculado, Quando voc® quiser ume decoracéo diferente ns paredes, méveis, assoalhos @ até mesmo nas malas de viegem, pinte faixas em cores contrastantes. A técnica & muito simples: cole fits crepe sobre @ superficie e pinte em cima para conse- {uir contornos perteitos. Preparagéo da superficie A superficie que receberé a pintura ‘om faixas dave sar sélida @ bem lise. N30 convém aplicar essa técnica sobre uma 4rea coberta com papel, pois ole se ras- garia ao se remover a fita. Faca antes uma experiéncia: cole um pedacinho de fita crepe, apertando bem, sobre uma parte — menos & vista — do local a ser pintado; espere alguns instan~ tes e remova a fita, Ela deverd sairlimpa, sem danificar a superficie, Pines e tintas Use um pincel de cerdas macias, de tamanho adequado ao desenho. Prefira tintas densas @ foscas, que nao escorrem fe assentam com uma s6 deméo. Utilize tinta prépria para cad caso: para parede, tinta létex ou acrlica; para madeira, ferro ‘ou video, esmalte sintético; para piso e lugares muito lavéveis, tintas & base de resinas epéx Principios basicos 1. Trace as falxas com régua e ldpis: ficaré mais fécil colar as fites. Os cantos podem ser feitos com um esquadro da carpinteiro, as linhas horizontais, com ‘um nivel de bolha (se voce pintar pare- dos ou superfcios verticais) 2. Cole fita crepe com cuidado ao longo das faixas tracadas, cobrindo primeiro as. reas que ficar8o mais escuras. 3, Passo uma espatula sobre a fita, pera se certfcar de que toda a margem esté bem grudada, no permitindo que a tinta, se infitre por Baixo. 4. Pinte logo em seguida; quanto mais tempo a fita ficar grudada, mais cificil ‘rd retiré-ta depois. 5. Espere secar e remova afta crepe. 6. Cubra as partes pintadas com a fita © pinte as faixas adjacentes, 7. Quando as falxas forem muito larges (como se observa nas figuas 1 ¢ 2) cole a fita crepe somente em seus con tomos, ou, para maior seguranca, fixe (com e fital uma faixa de papel, cobrindo toda a rea, Cantos angulosos ~ Aplique a fita crepe 2 partir de um lado do canto e forme 0 Angulo, colando outre tira de fta sobre 8 primeira. Apare, so nocessério. Verifi- que se nao ficou nenhuma brecha, ondedos — 1. Prepare um Igeeee com 2 fta crepe e apli- do todo 0 canto. j de um compesso (ou um (paseco ce barbante), desenhe wa). ssemente no contomo ema lamina bem Se, arrenque os peda- fe ser pintada (veja a = 1. Verifique 5 a: ‘ Falxas pintadas em diferentes cores harmonizam-se entre sie completam a decoracdo de qualquer ambiente. Friso com triangulos Uma seqléncia de ts tangulos equiléteros superpostos forma esse mo- tivo que vocé poder aplicar sobre qual- quer superficie. . Decida 0 tamanho e # quentidade dos tridngulos. Depois, divida o comprimento do local pelo nimero de tri8ngulos intei- 08 (dois meios tridngulos so contados como um tr&ngulo inteiro). Trace 0 dese- ‘ho numa folha de papel, para treinar, antes de aplicé-o, Execugao — 1. Trace um triangulo eqii- litero (pag. 6 do volume Formas e Cores ‘no Artesanato) e a seguir divida sua base fom eeis partes igusis, A partir dos pontos E obtides, construe mais dois tri8ngulos 3 te. 7 equiléteros internos (veia a figura 5). 2. Trace 0 desenho comacando e termi- nando 0 motivo com um meio triéngulo (ABC, na figura 6). 3. Desenhe os tringulos posteriores (GBD) apenas até onde eles se cruzam com os da frente (ndo trace as linhas. pontilhadas) 4, Cubra com a fita crepe as falxas for- mades pelos triangulos, tendo 0 cuidedo OOK WIRS Motivo com setas cruzadas Também, nesse caso, desenhe pri- meiro sobre papel ¢, 66 depois, trace 0 motivo na superficie definitiva, Execucde — 1. Trace um quadrado (pd. 6 do volume Formas e Cores no Artess- ‘nato) do tamsnho que quiser e depois di- vida cada lado em dezesseis segmentos iguais, 2. Desenhe um quadrado dentro do pri- meiro (figura 7) : 3. Comece polas faixas brancas, ligand ‘98 pontos marcados no quadrado exte- rior (como na figura 8). Nao trace as li- rnhas pontithadas. 4. Nessa fase do trabalho, pinte as faixes: brancas, conforme o desenho (em cinza na figura 8). Pece para outra pessoa se- ‘gurar um barbanto esticado, ligando os ontos da faixa, enquanto vocé aplice @ fita crepe nas beiradas. 5. Espere a tinta secar ¢, entéo, cubra com a fita as éreas adjacentes &s faixas cinza-claras, pintando-as em seguida, Lembre-sede cobrirolocal é pintado onde 2 faixas se cruzam (figuras 9 e 10). 6. Repita o processo para as outras co- res, seguindo sempre a sequéncia do ‘mais claro pare o mais escuro. Onde for preciso, d8 duas demaos de tinta. 7. Por iltimo, pinte a faixa preta que ‘emoldura 0 desenho, cobrindo qualquer eslize nas falxas cruzadas (figure 11). yo Objetos de use doméstico, de prefe- Execugio — 1. Dilua a tinta em pouca ‘vos para compor uma cena, A um: cénc'. chatos » com detalhes, s0 ade- qua, deixando-a com uma consisténcia pressao inicial com qualquer objeto ‘quados aes primeiros trabalhos de im- grossa. acrescente outros motives. No quadra pressia com matrizes naturais. Um 2, Peque 0 objeto que deseja imprimir e apresentado a pagina 113, com samam~ Timplee arranjo de bambu podo imitarde- passe o pincel em apenas uma das faces baias pequeninas obtiveram-se pinhei- licadas estampas chinesas; uma pluma dessa matriz. ros. E. a partir dessa impressio, for impressa ceria um quadro de grande 3. Aplique o lado coberto com tinta so- _ mou-se uma floresta. feito. Apés experiéncias com objetos bre 0 papel de impres Trabalhos como esse permitem criar jsolados. fica facil fazer uma cena com- 4, Calque a matriz sobre 0 pape pas-novas imagens com objetos comuns, du- pleta, combinando motivos diferentes. Sando o fundo de uma colher (recoberto ante o processo de impressio. A seguir, ‘com jornal) sobre toda a superficie do passe aos detalhes. Comece a observar objeto. todos 06 objetos, procurando descobris Como imprimi 5, Se usar como matri um abjeto muito seu potencial de impressdo. Plantas, ma- Material ~ Um pincel grande e duro, de duro, emacie @ superficie do papel colo- delra porosa ou com velos, pepel8o cor- [argura entre 13 @ 38 mm: papel para de- endo uma “aimofada” de jomnais,revis- rugado, mecanismos, correntes ¢ rodas senho, tipo canson, Super White, kraft tas ov feltro sob ele. dentadas transformam-se faciimente em ou Ingres Cover tasoura ou faca de lami matizes gracas a sua forma, rolovo ou nas descartéveis; fita adesiva: tita quo- aga sua propria composic _patrao. Por exempl, a impressio de um che au em pé: jornais velhos, trapos ou pedaco de jornal amarrotado pode suge- estopa; uma tébue ou mesa grande, in- _Depois de praticar com um motivo tir tanto uma vastidéo de solo érido teiramente forrada com jornal isolado, comece 2 combiner varios moti como um conjunto de rochedos ou um mar encapelade. Uma esponja permite Imprimir um conjunto de nuvens: palitos do féeforos o linhas sarvem de matrizes para trlhos de uma estrada de ferro. Nessa fase de trabalho, use uma ma- trie semethante 8 forma que voc’ deseja exonje imprimir. Uma cortina rendada para jax nla pode ser impressa com uma toalhi- nha rendada ou um pedaco de renda, s2coplisteo mascara siemal Alguns truques dteis — Em seu dese- rnho, nio deke de tirar partido da Aree bbranca ou colorida do papel. Prooncner todo 0 funco com objetos impressos ‘torna 0 quadro pesado. Se preferir areas brancas ber delimitadas para contornar reas impressas, corte, em papel, 0 con- torno exato da rea que deseja deixar em branco, formando uma “mascara”. Fixe-2 sobre 0 papel de impresséo, com a ajude de fita adesiva. Passe entdo a imprimir @ rea em torno da mascara. ‘A impressio da.érea em torno da mas- aos Samora plac de cots Be cara tem duas fases: imprima_inicial- isico |] mento a parte em que no colocou fita satcece somata BI adesive; deixe secar; em sequide, mu- dando @ eolocacto da fita, imprima @ rea restante em torno da mascare. Ne composicao desta pagina, desse pro- ee ee eae Linin on ale ipaane manera Deel ea eerae Crie variaedes de uma s6 cor a partir dos proprios objetos impressos. Eles propor peta u Sea oe eee ‘Se quiser comecar a imprimir seu qu ‘dro seguindo a composicio que aprese ramos, prepare © material basico e sigs ‘esboco da esquerda. 0 esquema d esquerde indica todos 08 objetos empregados na impresséo dos motivos da paisagem & dire

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