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Agulha que desponta no deserto, o Burj Khalifa tem 828 metros de altura, 192
andares, 57 elevadores, 1.044 apartamentos de luxo, 49 salas comerciais, 160
quartos de hotel, uma piscina suspensa e até uma mesquita no 158º andar.
Custou US$ 1,5 bilhão e ainda não vendeu todos os espaços.
No caso de Gehry, está mais para ruim. Seu projeto de mais uma filial do
Guggenheim no emirado vizinho, Abu Dhabi, não vai muito bem das pernas e
coleciona ataques dos críticos antes mesmo de ser concluído.
Neomodernismo
Niemeyer, Le Corbusier, Mies van der Rohe também estão entre os “heróis”
de Ryue Nishizawa e Kazuyo Sejima, dupla de japoneses do escritório Sanaa.
Além de projetar a filial do Louvre no norte da França, translúcida, em fusão
com o entorno, são pontas de lança desse neomodernismo.
Sinal de que é essa a tônica dos anos 2010, Sejima foi eleita para presidir a
próxima Bienal de Arquitetura de Veneza. Elencou entre suas metas a busca
pela arquitetura que consiga se integrar melhor ao espaço circundante, sem
sobressaltos e formas mirabolantes.
Estrela do calibre de Gehry, Zaha Hadid mostrou que também sabe domar
suas formas arredias. No Museu Nacional das Artes do Século 21, em Roma,
reduziu suas curvas orgânicas e elipses estonteantes a blocos de concreto
aparente, numa distribuição que encarna essa nova onda de austeridade.