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22 LOCAL ALVORADA | 4 de Dezembro | 2009

LOURAMBI CRITICA MUNíCIPIO por má opção ambiental nas obras do futuro Pólo Escolar da vila

Abate de árvores polémico Direitos Reservados


Para a associação ambienta-
Paulo Ribeiro
paulo.ribeiro@alvorada.pt lista trata-se, acima de tudo, de
“uma má opção arquitectónica”,

O
abate de várias árvores pelo que os autarcas e respon-
de grande porte no sáveis técnicos pela elaboração
espaço do recreio da do projecto deveriam ter tido
antiga Escola Secundária da “um outro tipo de sensibilidade” e
Lourinhã, onde decorrem as lembra que ali existiam árvores
obras de beneficiação e alar- com muitas décadas de vida. “Ao
gamento do futuro pólo escolar fim e ao cabo, é um património na-
da vila, é vivamente criticado pe- tural de todos os lourinhanenses. A
la Lourambi. Vários choupos, primeira opção não deve passar pelo
carvalhos e arciprestes foram abate das árvores”, critica Miguel
destruídos sem apelo nem agra- Reis Silva. Segundo a Lourambi,
vo. Segundo a associação am- a primeira opção arquitectónica
bientalista, o projecto municipal devia ser o enquadramento com
que foi feito para as novas insta- o património natural, pelo que
lações escolares deveria ter “nesta situação poder-se-ia ter en- L DESTRUIÇÃO: a opção seguida pelo município para as obras escolares inclui o abate de várias árvores de grande porte
salvaguardado a existência das contrado outras soluções que não o
árvores que tinham mais de abate daquelas árvores”. que seria bom que estes maus exem- ambientalista, poderiam ter sido paisagística para a recuperação
meia centena de anos. Segundo Tristes com o sucedido, os plos não continuassem a serem vis- evitados. “Ambas as situações de espaços urbanos. “Os louri-
frisou ao ALVORADA o presi- dirigentes da Lourambi espe- tos no nosso concelho”, sublinhou foram estudadas e aprovadas pela nhanenses deveriam revoltar-se por-
dente da Lourambi, Miguel Reis ram que não se repita no futuro Miguel Reis Silva. câmara. Não há necessidade de se que, ao fim e ao cabo, é o seu pa-
Silva, “não somos contra o desenvol- nada do género, tendo em con- O paralelismo do sucedido abaterem árvores para se remodela- trimónio natural que desaparece
vimento e é muito positivo a Câmara ta que a existência de árvores nas obras de adaptação da an- rem os espaços, sendo uma visão para sempre!”.
Municipal estar a investir em todos com o porte das que foram tiga Escola Secundária com o totalmente retrógrada e sem qualquer O ALVORADA tentou várias
os equipamentos escolares do con- derrubadas na vila acaba por ser que se verificou ainda recente- tipo de fundamento possível”, alerta vezes, obter um comentário jun-
celho, mas à semelhança do que um bem que vai escasseando no mente no Jardim de Nª Srª dos Miguel Reis Silva. Existem cada to do vereador João Duarte Car-
aconteceu no jardim de Nª Srª dos concelho. “Arrisco-me a dizer que Anjos, onde também morreram vez mais soluções amigas do valho, responsável pela Divisão
Anjos, pensámos que tal deveria ter se podem contar pelos dedos de uma algumas árvores depois de uma ambiente e que são disponi- do Ambiente do Município da
servido de exemplo. Mas infelizmen- mão a quantidade de árvores do intervenção municipal, são bilizadas pela engenharia do Lourinhã. I
te isso não aconteceu”. género que existem no concelho, pelo casos que, para a associação ambiente e pela arquitectura
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