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4? PARTE: ARTIGOS HISTORIA ATRAVES DA IMPRENSA — ALGUMAS CONSIDERAGOES METODOLOGICAS Renée Barata Zicmar {Prof do Depto. de Teologia da PUC-SP) Nas relagdes da Historia com a Imprensa destacamos dois grandes campos de estudo. O primeiro, que chamamos de Histéria da Imprensa, busca recons- truir a evolugdo histérica dos érgdos de Imprensa ¢ levantar suas principais caracteristicas para um determinado periodo. O segundo campo-objeto do presente artigo - é o da Historia Através da Imprensa, englobando os trabalhos que tomam a Imprensa como fonte primaria para a pesquisa hist6rica. A pesquisa hist6rica sobre a Imprensa no Brasil é ainda um campo relati- vamente virgem e © principal problema enfrentado so os proprios limites impostos pela quantidade limitada de dados e pela falta de fontes estatisticas. Excetuando-se 0s trabalhos pioneiros e hoje ja classicos de W. Sodré e F. Nobre dentro de uma linha de interpretagdo mais geral, e os mais recentes de Mota, Capelato, Prado, Ferreira, ABI e Séguin', a Historia da Imprensa no Brasil ainda “engatinha” Principalmente nos ultimos dez. anos vimos aparecer uma série de traba- Jhos que utilizam o jornal como fonte documental da historia, a maioria inse- tindo-se na categoria de monografias académicas e teses universitérias. De fato a Imprensa é rica em dados e elementos, ¢ para alguns perfodos é a nica fonte de reconstituigao histérica, permitindo um melhor conhecimento das socieda- des ao nivel de suas condigdes de vida, manifestagdes culturais e politicas, etc. Seu estudo € enriquecedor sobretudo quanto se tem interesse pela Historia Social. Historia das Mentalidades e Historia das Ideologias. * Renée Barata Zicman € professora da PUC-SP e atualmente prepara tese de doutoramento na Université de Paris | Sorbonne, Franca 89 Entre as varias vantagens da utilizagSo da Imprensa como fonte documen- tal da Historia destacamos trés: a) Periodicidade: Os jomais so “arquivos do quotidian” registrando a meméria do dia-a-dia, e este acompanhamento didrio permite esta- belecer a cronologia dos fatos hist6ricos; ») Disposigdo Espacial da Informacdo: Para cada periodo tem-se a possi- dilidade de inserg0 do fato histérico dentro de um contexto mais amplo, entre 0s outros fatos que compdem a atualidade; c) Tipo de Censura: Diferentemente de outros tipos de fontes documen- tais, a Imprensa sofre apenas a censura instantanea e imediata. Sob este aspecto mesmo as colegdes de arquivos so menos interessantes pelo fato de sofrerem quase sempre uma triagem antes de serem arqui- vados. Entretanto apesar da Imprensa jé se apresentar como fonte histérica bastante utilizada no Brasil, percebemos que mesmo se freqiientemeente con- sultados e citados, os jornais sto raramente estudados e analisados. Em geral os trabalhos que se utilizam da Imprensa como fonte auxiliar da pesquisa hist6- rica tomam-na como fonte precisa, fazendo a informacao valer por si mesma O grande distanciamento tomado em diregdo ao texto jomalistico, sob pretex- to de ai perceber a mensagem implicita de maneira objetiva, faz com que se esquega da propria natureza do texto e da imagem elaborados no contato imediato da realidade em movimento. Com rarfssimas excegdes?, para os historiadores 0 jornal € antes de tudo uma fonte onde se “recupera” o fato histérico — uma ponte ou trampolim em diregdo a realidade — nao havendo entretanto interesse por sua critica interna? Contrariamente a tendéncia geral destes trabalhos, acreditamos que o estudo mais atento dos drgios de Imprensa tomados como fonte do conbeci- mento histrico deve ser um pressuposto necessdrio de todo trabalho que utiliza este tipo de fonte documental. Partimos da hip6tese geral que a Impren- sa age sempre no campo politico-ideol6gico e portanto toda pesquisa realizada a partir da andlise de jornais e periédicos deve necessariamente tracar as princi- pais caracteristicas dos Orgios de Imprensa consultados. Mesmo quando nfo se faz Historia da Imprensa propriamente dita — mas antes o que chamamos Histéria Através da Imprensa — estd-se sempre “‘esbarrando” nela, pela necessi- dade de historicizar os jornais. Por outro lado devemos lembrar que na Imprensa a apresentacdo de noticias nfo é uma mera repeti¢%o de ocorréncias ¢ registros mas antes uma causa direta dos acontecimentos, onde as informag6es nfo so dadas ao azar mas ao contrério denotam as atitudes proprias de cada veiculo de informagao todo jornal organiza os acontecimentos e informagdes segundo seu proprio “filtro”. 90 A Imprensa como um todo constitui uma realidade especifica com for- mas proprias e podemos mesmo dizer que a informacao € fornecida aos leitores através de uma escrita propria — a escrita dos artigos, manchetes, titulos, etc - que chamamos de “escrita de Imprensa”*. H4 uma linguagem especifica da Imprensa produzida pelo sistema global de informagao, correspondente as diversas fungdes do jornalismo, ¢ ligada ao proprio modo de produgio jorna- istico. Ela € composta por trés elementos principais: a expresso escrita (tex- tos, manchetes,,...), a expresso iconica (fotos, desenhos,...) ¢ a composigdo do jornal (distribuiga4o dos artigos e colunas pelas paginas do jornal)*. Vamos observar que 0 problema da linguagem propria da Imprensa estara presente a0 longo de todo 0 proceso de Informagdo (na selecdo das fonte noticiosas e no proprio curso da Lransmissio). A aniilise dos discursos de Imprensa coloca entéo © problema da metodo- logia: deve-se recorrer a um método que Jeve em conta a dupla substancia e natureza propria do joral sua forma e¢ seu contetdo, inter-dependentes © inter-atuantes — e que centre a andlise no discurso de Imprensa, considerando teristicas proprias deste tipo de escrita, Entramos entdo no campo do Metodo da Anilise de Contetido que sera abordado neste artigo. A idéia deste artigo vai entao em duas diregdes: a) apresentagdo de um esquema geral para a caracterizagdo da Imprensa; ) apresentacdo de alguns elementos ¢ aspectos do Método da Andlise de Contetido para estudos da imprensa, e de pistas de aplicagdo deste instrumental metodologico Referimo-nos aqui apenas aos jornais, ou seja, 4 Imprensa Escrita Quoti- diana, mas acreditamos poréim que os elementos levantados podem servir, de uma maneira geral. para o estudy de outros tipos ¢ categorias de Imprensa {mensuirios, semanirios, etc) guardadas as especificidades de cada um destes suportes de comunicagdo. Trata-se apenas de indicagdes preliminares que mereceriam um maior aprofundamento que ultrapassa entretanto 0 ambito deste artigo. Também neste sentido evitamos entrar numa discusso mais técnica restringindo-nos a apresentaydo geral de algumas consideragdes metodoldgicas. BREVE RESUMO DA IMPRENSA NO BRASIL Até 1945/50 a Imprensa Brasileira caracteriza-se por pequenas empresas com capitais ¢ negécios limitados e gestdo improvisada, primando por suas posigdes politicas: 0 que se costuma chamar de “Imprensa de Opiniao”. Esta Imprensa tinha caracteristicas claramente politicas e apaixonadas, ultrapassan- do a simples fung4o de “espelho da realidade” para tornar-se um instrumento ativo de opinigo piblica. Cada jornal parecia dirigir-se prioritariamente a um tipo de piblico e o jomalismo era quase que um exercicio literdrio. Durante 91 todo este perfodo ~ principalmente durante a Republica Velha ~ a Imprensa Escrita Quotidiana desempenhou um importante papel na cena politica Para esta Imprensa — especialmente para 0 periodo anterior 41930 - a auséncia de dados é quase completa e deve-se recorrer 4 compilagao em diferen- tes fontes para se chegar a algumas estimativas. Ser somente para 0 periodo posterior 4 1955 que poderemos reconstituir séries estatisticas completas. A partir da década de 1950 (fendmeno presente j4 desde os anos 30) observamos algumas modificagdes na Imprensa Quotidiana: o tradicional “jornal de opinigo” vai sendo substituido por um novo tipo de Imprensa com © aparecimento da “Imprensa de Informagdo”, que nega as caracteristicas politicas e ideolégicas (20 marcantes na Imprensa do periodo anterior, O julgamento critico vai sendo substituido pela pretensa “objetividade” £ também neste momento que surge a Imprensa Sensacionalista Popular, caracterizando-se pela cultura da violéncia e pela dramatizagdo do quotidiano, com Litulos enormes, ilustragdo abundante ¢ textos condensados. Observa-se também 0 inicio do processo de concentragdo das empresas jornalisticas com 0 surgimento dos grandes grupos de Imprensa e o desapareci- mento dos pequenos jornais politicos, acompanhados pelo declinio da estru- tura orginica dos jornais. Mais recentemente tem-se observado o desenvolvimento do “Jornalismo de Interpretag4o” que pretende apresentar uma sintese de informagao deta- Ihada com andlise critica, como uma espécie de comentério analitico da atuali- dade. Entretanto este tipo de tendéncia jornalistica ainda é minoritéria ¢ mar- ginal na Grande Imprensa® No estudo da Imprensa trés campos interessam-nos particularmente, € aqui recuperamos a formula clissica de Pierre Albert: “atrds", “dentro” ¢ “em frente” do jornal’. O “atrds” do jomal é tudo aquilo que contribui sua realizagdo e intervém no seu controle: sociedade proprietdria, empresa editora e corpo de redatores e jornalistas. Por “dentro” do jornal entende-se as caracteristicas formais da publicagdo, o estilo de apresentacdo das matérias € noticias, 0 quadro redacional (distribuigdo dos artigos pelas varias colunas e segdes do jornal), a publicidade, a parte redacional (principais colunas ¢ segdes) e as principais tendéncias da publicagao. Finalmente o “em frente” do jomnal diz. respeito a audiéncia da publicagdo ou ainda seu piblico-leitor alvo. Estes trés campos definem dois grandes momentos de andlise: a) Caracterizagdo geral do(s) jomal(is) consultado(s); b) Anélise de contetido do discurso de Imprensa Nunca é demais lembrar que estes dois momentos - que comportam os dois elementos constitutivos da natureza propria da Imprensa, a saber: sua 7 forma ¢ seu conteido ~ correm sempre paralelamente, com relagdes de inter- dependéncia ¢ inter-determinagao. ESQUEMA GERAL PARA CARACTERIZACAO DA IMPRENSA A seguir apresentamos os principais aspectos a serem abordados no pri meiro momento da andlise _caracterizagdo geral dos jornais — acompanhados de observagdes relativas a sua importancia e seu interesse particulares. Em fungao dos objetivos e das hipoteses de cada trabalho poderd s alguns aspectos em detrimento de outros. Quatro grandes eixos englobam esta caracterizagao geral: enfatizar a) Aspectos formais e materiais do jornal a.1. qualidade do papel a.2. formato 2.3. numero de paginas 2.4. tipografia: tamanho, tipo de impressdo, ete 4.5. ilustragdes: fotos. desenhos, caricaturas, gréficos, etc. a.6. primeira pagina: a “vitrine™ do jomal a.7. composigao: organizagio © distiibuigdu das colunas ¢ secgoes; Uisposigdo dos textos, titulos ¢ ilustragdes no interior das paginas do jomal a.8. nome: elemento de reconhecimento e de identificagao do jornal® 4.9. sistema de titulos: titulos, sub-titulos ¢ inter-titulos das matérias ¢ artigos (denotam geralmente 0 “sentido” escolhido pelo jornal) b Aspectos histéricos do jornal b.1. origem do jornal: local de publicagao; data de fundagdo; mem- bros fundadores: contrato social da empresa b.2. proprietirios e diretores do jornal: nas diferentes fases; vinculos politico-ideologicos; obras ¢ escritos principais b.3. proposta do jornal: andlise de nameros especiais — primeiros n?*; ngs de mudanca de direc; n9* comemorativos de aniversérios” b4. corpo de redagdo do jornat: editorialistas e articulistas, tipos de vinculos com a empresa jornalistica b.S. principais campanhas encampadas pelo jornal: especialmente durante 0 periodo estudado. ¢) Aspectos econémicos do jornal ¢.1. financiamento: controle acionario da empresa; exercicios finan- ceiros; doagbes; assinaturas e vendas avulsas; antincios publicitd: rios - c.2. tiragem: um dos elementos mais interessantes e que permite apre- ciar a importancia relativa de cada jornal'® ¢.3. publicidade: fornece também indicagdes sobre 0 tipo de piblico leitor e sobre 0 clima econdmico do perfodo estudado 4. difusdo: sistema de vendas e de distribuicao (implica também no comportamento de compra) ©.5. prego: estabelecer relagbes com custo-de-vida, saldrio-médio mimero de paginas do jornal d) Aspectos da clientela do jornal: o pitblico-leitor avo d.1. destinatarios “explicitos”, seg%o de “carta ao leitor”, antincios publicitérios, doadores ocasionais d.2. idade, sexo, situagdo profissional, classe social e regido geografica METODO DA ANALISE DE CONTEUDO © aparecimento da Anilise de Conteudo esta ligado ao desenvolvimento das Ciéncias Sociais a partir dos anos 1920/30''. Inicialmente dedicava-se a estudos quantitativos da Imprensa, desenvolvendo trabalhos essencialmente voltados para 0 material jornalistico e definindo-se entao como “uma técnica de pesquisa para a descrigdo objetiva, sistemdtica e quantitativa do conteado manifesto da comunicado”'?. £ um método que se aplica prioritariamente a andlise dos “discursos”, abrindo-se sobre um vasto campo: a rigor toda forma de comunicagdo pode ser analisada e descrita pelo método da Anilise de Conteido. Nos anos 50 ¢ 60, paralelamente ao desenvolvimento dos estudos lingiis- ticos, assistimos a uma ampliagdo do campo de aplicagdo das técnicas da andlise de conteddo: em disciplinas diversas como a Sociologia, Historia, Psicologia, Ciéncia Politica, Jornalismo, etc'?. O método da Anilise de Conteido consiste num conjunto de técnicas e instrumentos metodologicos capazes de efetuar a exploragdo objetiva de dados informacionais ou “‘discursos”, fazendo aparecer no contetdo das diversas categorias de documentos escritos - artigos de Im- prensa, entrevistas, questiondrios, documentos hist6ricos, textos literdrios, ete — alguns elementos particulares que possibilitam a elaboracdo de um certo tipo de caracterizagdo. Este instrumental metodologico polimorfo e polifun- cional caracteriza-se fundamentalmente como um exerctcio de desocultago fornecendo-nos uma melhor “descrigdo” dos textos ¢ permitindo-nos avangar para além das significagdes primeiras dos discursos ¢ escapar dos perigos da compreensfo espontanea'* Sem entrar no mérito da caracterizac3o dos quatro tipos de Andlise de Conteido (Anilise Tematica, Andlise Semiologica, Andlise de Discurso ¢ Ana- 94 lise de Argumentagao), trataremos aqui mais especialmente do método da Anilise Temética. Este método interessase pelo significado dos discursos independentemente de sua forma lingiiistica, centrando-se na andlise do con- teudo dos discursos. Desenvolve-se a partir de temas ou itens de significagdo relatives a um determinado objeto de estudo e analisados em termos de sua presenga ¢ freqiiéncia de aparecimento nos textos analisados. Revela-se espe- cialmente interessante quando se trabalha sobre uma grande quantidade de documentos e em estudos sobre motivagoes, opinides, atitudes ¢ tendéncias, como por exemplo num estudo sobre as atitudes da Imprensa frente a um determinado fato Uma altima observagao antes de passarmos para as caracteristicas ¢ eta- pas deste método: ele ¢ definido pelo tipo de documento analisado e pelos objetivos de cada trabalho. Cada pesquisador deve definir suas proprias regras, adaptando as técnicas existentes e os indicadores de anilise em fungao do tipo especifivo de documento utilizado ¢ das necessidades também especiticas de cada pesquisa. O importante é detinir-se inicialmente um determinado tipo de convengdo ¢ respeiti-lo ao longo de todo o trabalho, sempre tomando-se cuidado contra as classificages exvessivamente arbitrérias. Como veremos mais adiante, trata-se de um método essencialmente comparativo, combinando andlises quantitativas e qualitativas e permitindo considerar as variagdes ocorri- das sobre um determinado intervalo de tempo. 1. Enunciado de Hipotese e Formulacao de Objetivos Estes dois momentos funcionam como uma espécie de “guia-geral” para 4 andlise e indicam as dimensoes e diregdes que esta deve tomar. 2. Defini¢do do Campo de Observagao — a Constituigo do “Corpus” E a fase em que se define 0 conjunto de documentos a ser analisado, no caso da andlise de Imprensa, os artigos concementes a um tema de interesse encontrados e selecionados entre os jornais consultados. Na andlise da Imprensa dois critérios basicos devem ser obedecidos na constituigdo do “corpus”: os textos devem pertencer a uma mesma categoria de Imprensa, em geral definida por sua periodicidade (jornais quotidianos, revistas semanais, etc); e, os textos selecionados devem ter um “referente constante”, ou seja, o tema de interesse de cada pesquisa Vejamos 0 caso de um exemplo concreto através de um estudo sobre a imagem do Movimento Surrealista na Imprensa francesa no periodo do entre- guerras'*. O primeiro critério de selegdo do “corpus” foi o “referente cons- 95 tante”, a saber o movimento surrealista escolhido como tema de pesquisa Assim todos os artigos selecionados discorrem diretamente sobre 0 tema ou fazem-lhe referéncia mais ou menos explicitamente. O segundo critério que permite a andlise comparativa dos artigos diz respeito a categoria de Imprensa selecionada para estudo, e no caso em questo onde o objetivo maior era o estudo sobre a apresentago e repercussto do Surrealismo, a escolha recaiu sobre a Imprensa escrita quotidiana. Em fungao dos objetivos de cada pesquisa outros critérios ainda impoem- se na definigao do “corpus”: a) jornais que se dirigem a um tipo determinado de piblico quanto a sua posigfo social, politica ¢ econdmica (pablicos seme- ihantes ou diversos conforme o objetivo da pesquisa); b) jornais de posigdes politico-ideolégicas semelhantes ou diversas; c) jornais com diferengas ou se- melhangas de forma; etc. Para uma melhor visualizag4o do material-base de pesquisa pode-se repre- senté-lo graficamente: namero de artigos a ser consultado por jornal e por periodo estudado. 3. Levantamento de {ndices e Elaboracio de Indicadores de Anélise 3.1. Categorizagao: definigdo de “classes” ou “‘categorias” de andlises FE uma das faces mais importantes da andlise e consiste na operagdo de classificagdo de elementos levantados nos artigos segundo critérios anterior- mente definidos. De acordo com 0 interesse de cada pesquisa elabora-se concei- tos ou nogdes gerais a partir dos textos permitindo traduzi-los num determi- nado ntimero de elementos de sentido andlogo e numa representagao simplifi- cada dos artigos. Este processo de categorizag&o ocorre portanto em duas etapas: a) Inventério: levantamentos dos varios elementos constitutivos dos artigos b) Classificagdo: redistribuigio destes elementos em grupos ou tipos andlogos Uma vez mais lembramos que cabe ao pesquisador criar ¢ definir suas proprias categorias de andlise, em func do texto analisado ¢ dos objetivos de sua pesquisa. 3.2. Codificagiio £ quando realizase a distribuicdo das unidades-temas por categorias atribuindo-se a cada uma das categorias um simbolo nominal ou numérico No caso dos estudos de Imprensa privilegiamos trés aspectos. 96

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