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NATUREZA E PROPAGACAO DA LUZ fas fertalientas de desenho séo feitas de plastico trans- fPatertte mas um arco-ris de cores aparece quando S80 colocadas entre dois filtros especiais, chamados polatiza: sdores. Como essas cores aparecem? er ee As Fas Gill thes 8 ch EHSL ape Ra NE aoavee Dot fda at ir SCS ree ee Se eta ee ca pepe Spe ogi) eee a eae ae eS es nce eee ae SOMME 0: Yee ee a meas ee. eee ail o> © pare eae aa ne See AT emp mtd le aa A aii cach Be Ee geen pierre ten aa oti ae aia - er a oe in ee aia aE and fife ae Soe ener ee eter SE ae at aoe aeaente OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ‘Ao estadar este capitulo, voct oprenderd: +O due sio raios de luz, © como eles se relacionam com a5 frentes de onda «As leis que governam a reflexdo e a reftacdo da luz + As circunsténcias em que a luz & totalmente refltida em uma interface. + Como fazer luz polarizada a partir de luz comum. + Como 0 princpio de Huygens nos ajuda a analsar a rfl xo € a refraczo. vista ondulatério ¢ a descrigo por meio de raios. No Capi: tulo 34, usaremos a descricdo por meio de raios luminosos para entender como funcionam os espelhos ¢ as lentes, € rmostraremos como eles sio usados em instrumentos de Gtica tis como teleseépios, microscépins e cameras. Explo- remos em detalhe as caracterfsticas ondulatérias da luz ‘nos capitulos 35 ¢ 36, 33.1 A natureza da luz AAté a poca de Isaac Newton (1642-1727), a maioria dos cientistas imaginava que a luz fosse constitufda por um feixe de mindsculas particulas (chamadas de corpiisculos) cmitidas por fontes de luz. Galileu e outros pesquisadores tentaram (sem éxito) medir a velocidade da luz. Em toro de 1665, surgiram as primeiras evidéncias das proprieda- des ondulatorias da lz. No inicio do século XIX, as evi- lencias de que a luz € uma onda cresceram de modo bas tante convincente Em 1873, James Clerk Maxwell previu a existéncia das, condas eletromagnéticas e calculou a velocidade de propaga- fo dessas ondas, conforme aprendemos no Capitulo 32, 2 FISICA volume 3. Esse desenvolvimento, juntamente com 0 traba: lho experimental de Heinrich Hertz iniciado em 1887, mostrou de maneira irrefutavel que-a luz é realmente uma ‘onda eletromagnética. Os dois aspectos da luz A natureza ondulat6ria da Tuz, entretanto,nio & suf ciente para explicar tudo. Diversos efeitos associados & cemissto absorgdo da luz revelam a natureza corpuscular da luz, no sentido de que a energia transportada pela onda Tuminosa é conicentrada em pacotes diseretos conhecidos, como fétons ou quanta, Os aspectos ondulatsros ¢ corpus caulares da luz aparentemente contraditrios foram conc liados em 1930 com o desenvolvimento da eletrodinimica Gquintica, uma teoria que explica simultaneamente esses dois aspectos. A propagagdo da luz pode ser descrita melhor usando-se um modelo ondulario, porém, para explicar a emissio ¢ a absorgdo da luz, 6 necessério consi- ,),€-0 angulo By & menor do que b. de da onda e a direc dos raios podem variar, porém 0s segmentos dos raios no ar € no vidro sio sempre tinhas retas. 'Nos capitulos seguintes, vocé teré a oportunidade de ver as rlagées existentes entre a descrigao da luz por meio de raios, ondas e corpssculos. O ramo da ética em que @ abordagem por meio de raios € mais adequada denomina- se dtiea geométrica; o ramo que trata especificamente das, propriedades ondulatrias da uz a 6tica ondulatéria. Este capitulo eo seguintetratam prinipalmente da 6tica geomé- trica, Nos capitulos 35 ¢ 36 estudaremos 0s fenémenos ‘ondulatérios ea ética ondulatria Teste sua compreensio da Seco 33.1 Alguns cristais ‘nao sto isotrépicos luz atravessao cristal com uma velocidade ‘maior em certas dregSes do que em outras. Em um cristal em que 4 luz viaja na mesma velocidade nas diregdes dos eixos Ox e Or, ‘mas com uma velocidade um pouco maior na diego Oy, qual seria a forma das frentes de onda produzidas por uma fonte de luz 1a origem? (i) esférica, como aquelas mostradas na Figura 33.3; Gi) elipsoidais, achatas sobre o eixo Oy; (ii) elipsoidais, alonga- das sobre 0 eixo Oy. 33.2 Reflexao e refracao [Nesta see30 usaremos o modelo de raios luminosos para estudar dois aspectos importantes da propagacio da luz: a reflexdo e a refragio. Quando uma onda de luz atinge uma superficie lisa separando dois meios transpa- rentes (tal como 0 ar € 0 vidro ou a agua e 0 vidro), em ‘geral a onda € parcialmente refletida e parcialmente refra- ‘ada (transmitida) para o outro material, como indicado na Figura 33 5a. Por exemplo, quando vooé esti na ruae olha para © interior de uma lanchonete através do vidro de uma janela, ‘observa a reflexdo de alguma cena da rua, porem, a pessoa que etd no interior da lanchonete pode ver a mesma cena, visto que luz atinge o interior da lanchonete por retracdo. Os segmentos das ondas planas indicadas na Figura 33.5a podem ser representados por conjuntos de raios que formam feixes de luz (Figura 33.5b). Para simplifcar, geral- mente desenhamos somente um raio para cada feixe (Figura 33.5e). A representacio dessas ondas por meio de raios é a base da tica geomeétrica. Comegamos nosso estudo mos- trando 0 comportamento de um tnico Descrevemos as diregdes dos raios incidentes, refleti- dos e refratados (transmitidos) na interface lisa separando dois meios transparentes em relagio aos dngulos que esses raios formam com a normal & superficie no ponto de inei- déncia, como indicado na Figura 33.5e. Quando a superfi- cie € rugosa, os raios transmitidos e refletidos sio espalha- dos em diversas diregdes e nio existe um tinico angulo de reflexio ou de refragao. Dizemos que ocorre reflexiio ‘especular em uma superficie lisa quando existe um ‘nico Angulo de reflexio; quando os raios refletidos sio espalha- dos em diversas diregdes em uma superticie rugosa di ‘mos que ocorre reflexiio difusa. Essa diferenga € indicada nna Figura 33.6. Esses dois tipos de reflexo ocorrem tanto (@) Reflexto specular () Reflexto itusa Figura 35.6 D0 tipos de refledo. no caso de matersis transparentes quanto no caso de mate- Tiais opaccs, ou seja, aqueles que nao transmitem luz. ‘Quase todos os objetos 20 nosso redor tomam-se visiveis porque eles refleem a luz de manera difusa em suas super- Fieies. Contudo, nossa preocupasio principal diz respeito a0 estudo da reflexdo especular em superfcies muito lisa, tais como vidros, pisticos ou metaisaltamente polidos. A ‘menos que se dign o contrério, sempre mencionaremos a palavra“reflexio® para nos referirmos reflexio especular. O indice de refragio de um material, designado pela letra n, desempenha um papel fundamental na Stica geo- métrica, Ele é definido como a raziio entre a velocidade da luz c no vacuo ¢ a velocidade da luz v no material: v (indice de refragio) ‘A luz sempre se propaga mais lentamente através de ‘um material do que no vacuo, portanto, o valor de n em qualquer meio material € sempre maior do que 1. No ‘vacuo, é n = 1. Visto que n é a razio entre duas velocida- des, trata-se de um niimero puro sem unidades. (A relacao entre n ¢ as propriedades elétricas e magnéticas do material foi descrita na Segdo 32.3, volume 3.) os) indice de ‘voee Leis da reflexao e da refracdo Os estudos experimentais das diregdes dos ros inci- dente, refletidos ¢ refratados em uma interface lisa entre dois meios transparentes conduziram 3s seguintes conclu- ses Figura 33.7): Capitulo 33 Natureza e propagacdo daluz 5 1, Oraio incidente, o raio refletido, o raio refratado e a normal & superficie esto todos sobre 0 mesmo ‘plano. O plano que contém esses trés raios € perpendi cular ao plano da interface entre os dois materia. ‘Sempre desenhamos diagramas nos quais 0 raio inci- dente, o raio refletido € 0 raio refratado estio contidos no plano do diagrama. 4. Osraiosincideme, refed eretratado ‘a normal superficie eso td Os ngulos 8,0 © 8, sho rmedidos a prtir normal 3 Quando um rio de tur tien stravesaaiterfoe entre dois dados matriais «2 , 0s Angus eestor acionados 03 Indices de refrago de deb por Be _ 00, Figura 33.7 As leis de reflect « da refacto. (©) Umrao eniando em um material de indice (©) Um aio eotrando em um material de indice de refragio menor se Tncidente (© Um io com a mesma or ‘orm no sfte deo, nde em Wes casos. 6 Fisica w 2. O Angulo de reflexao 4, ¢ igual ao Angulo de incidén- cia #, para todos os comprimentos de onda ¢ para qualquer par de materiais. Ou seja, na Figura 33.5c, 0,= 8. (ei da reflexao) (32) Arelacio anterior, juntamente com a observagiio de que © aio incidente, 0 raio refletido, o raio refratado © a normal & superficie esto sobre o mesmo plano, consti tui a chamada lei da reflexio. 3. Para a luz monocromética e um dado par de materiais, a eb, separados pela interface, a razio entre o seno dos Angulos @, e 8,, onde esses fingulos sio medidos a partir da normal & superficie, é igual ao inverso da raziio entre os dois indices de refragio: send, _ ty ate (33) nsen8, ysend, (Ieide refrago) 33.4) resultado experimental anterior, juntamente com a observagio. de que 0 raio incidente, 0 raio refletido, 0 raio refratado € a normal A superficie esto sobre 0 (2) Una régu reine sem-imersa ma gua (©) Porque a régua parece torts? Observader F Posi aparente seutremdade aa ecgua ia tieua) = 133 sido reafda xremidade da regu Figura 33.9 (a) sa régua na verdade, retline, mas parece tort ‘quando estd dento da dgua. (6) Os raios de luz proverientes de um objeto submerso se desviam da normal quando eles saem para 0 ‘Quando um observadr stuado acma de superice da gua olha para bio, ele tem a impressio de que o objeto est em uma profundida de menor do que Sua profundidade rea mesmo plano, constitu a chamada lei da refragio ou Jel de Snell, em homenagem ao cientista holandés Willebrord Snell (1591-1626). Contudo, nio se sabe a0 certo se Snell realmente descobriu essa lei. A conclusio de que n = cfv surgiu muito depois. Embora esses efeitos tenham sido observados primei- ro experimentalmente, eles podem ser deduzidos teorica- mente a partir da descrigio da luz como orda, Faremos ‘isso na Seglo 33.7 ‘As equagdes (33.3) ¢ (33.4) mostram que, quando um rao passa de um material a para ‘um material b que tenha lum indice de refracio maior (n, > n,) e, conseqlentemente, uma velocidade de onda menor, o ngulo @, com a normal no segundo material é menor do que 0 Angulo 6, com a normal no primeiro material; logo, 0 raio se desvia aproxi mando-se da normal (Figura 33.84). Quando © segundo material possui indice de refrago menor do que o indice de refragio do primeiro material (m, < n,) e, eonseqente- mente, uma velocidade de onda maior, 0 reio se desvia ‘afastando-se da normal (Figura 33.8b). @ -Atmoster, Mora de essa) Figura 33.10 (2) 0 indice de refracdo doar € pouco maior do ue 1 de modo que a luz preveniente'do sal durante o poente se desvia lgeremente quando atavessa a atmosfera e ange npssos olhos (0 feito ests exagerado na figura). (b) A refacio & mas scentuads para (5 falos provenientes da parte inferior do ol (lado tals pcm do hotizonte). Em vitude desse efeto, 0 sol parece mas achatado na reco vertical (veja 0 Problema 35.55), Qualquer que seja a natureza do material dos dois lados de uma interface, © raio transmitido nao. softe nenhum desvio quando a incidéncia ocorre na diregio da normal da interface, ou seja, quando 0 raio incidente & perpendicular a superficie (Figura 33.8c). Nesse caso, @, = Oe send, =0, logo, pela Equagio (33.4), 0, também é igual 4 zet0 ¢ © raio transmitido também é perpendicular &inter- face. A Equagio (33.2) mostra que 6, também é igual a 2210, entio 0 faio refletido volta pelo mesmo caminho do rio incident. A ei da refraglo explica por que uma régua parcial- ‘mente submersa ou um canudo num copo de refresco parece torto; a luz proveniente da parte submersa muda de diregio quando atravessa a interface ar~igua, dando a ‘mpressdo de que 0: raios so emitidos por um ponto situa- do acima da sua posigio verdadeira (Figura 33.9). Um feito similar explica a aparéncia do sol poente (Figura 33.10). ‘Um caso especial € a refragio que ocorre na interface ‘que separa um corpo do vicuo, onde o indice de refragao é igual a 1 por definigio. Quando um raio sai do vacuo € penetra'em um material b, de modo que n, = 1 € n> 1,0 Taio sempre se desvia aproximando-se da normal. Quando tum raio sai de um material e passa a se propagar no vécuo, de modo que n, > 1 ¢ n, = 1, 0 raio sempre se desvia my, a velocidade da onda diminui. O comprimento de onda A= Ao/my no ‘segundo material é entio menor do que comprimento de ‘onda A, = Agin, no primeiro material. Quando, a0 contra rio, o segundo material possui indice de refragio inferior, de modo que my < My. a Velocidade aumenta. Entio 0 com- primento de onda A, no segundo material é maior do que © ‘Comprimento de onda, no primeiro material. Intutivamente ‘vemos que isso faz sentido: quando a velocidade da onda nny, (Por exemplo, o material a pode ser a dgua e o material b, oar.) De acordo com a lei de Snell da refragi scot, = "sen, Como n/ny é maior do que 1, send, é maior do. que send,; 0 raio & desviado e se afasta da normal. Logo, deve exist algum valor de 0, menor do que 90° para.o qual a (@) Reflexso intema tot AAreflexo interna total ocore apenas 55 < Ro dngul citi de Foci, a © agua ‘Qusigue rio som @, > Pau aprsenta reflex interna total, () Reflexso interna total demonstrada commun laser, expos ea 4gua de um aqui. Figura 33.15 (a) Reflerdo inte total. angulo de incidénca para 0 qual 0 sngulo de retracio & igual a 90° denomina-se angulo cic; isso ocome no caso do aio 3. Para maior dareza, as partes tefltidas dos ios 1, 2. 310 s30 mostradas. (b) Raios de um laser entra ra dua de'um aqui vindos de cima; ees s30reltidos no fundo do aquiio por espehs incnados em anguios evernente diferentes. Um aio sofereflexdo interna total na interface a~Sgua. lei de Snell fornega send, = 1 e @, = 90°. Isso ocorre com © raio 3 mostrado no diagrama, que emerge tangenciando ‘a superficie com um ngulo de refragio de S0°. Compare diagrama da Figura 33.13a com a fotografia dos raios na Figura 33.13b. (© dingulo de incidéncia em que o raio refratado emerge tangenciando a superficie denomina-se ngulo critico, designado por Gq. (Uma andlise mais detalhada, baseada nas equagdes de Maxwell, mostra que, 2 medida que o ngu- To de incidéncia se aproxima do dngulo crtico, a intensidade do raio transmitido tende a zero.) Se o Angulo de incidéncia fosse maior do que 0 Angulo critico, o seno do Angulo de refragio, obtido pela lei de Snell, seria maior do que 1, 0 que € impossivel. Para qualquer Angulo maior do que o Angulo critico, nenhum raio pode passar para o material existente na parte superior; esse caso, o rai fica retido no material da parte inferior, sendo completamente refletido na irterface entre 0s dois materiais. Essa situago, chamada de reflex interna total, ocorre somente quando um raio proveniente de um ‘material incide sobre a interface que o separa de um segundo ‘material cujo indice de refrago & menor do que o indice de refragio do primeiro, Podemos achar o Angulo eritico para dois materiais, especificados fazendo @, = 90° (send, = 1) na lei de Snell. Obtemos seg = r a 36) (nigulo eritico para reflexdo interna total) corre relexio interna total sempre que o Angulo de inci- déncia 8, igual ou superior ao Angulo critico 8. Aplicagées da reflexao interna total A reflexdo interna total tem muitas aplicagdes na tec- nologia dtica. Como exemplo, considere © vidro com um {indice de refrago n = 1,52. Se a luz que se propaga dentro desse vidro encontra uma interface vidro-ar, 0 Angulo erf- tico é 1 = 0658 sen Oa = A luz que se propaga no interior do vidro sera totalmente refltida quando ela incidir sobre a interface vidro-a, for mando um Angulo igual ou superior a 41,1". Sendo o angu- lo critico ligeiramente menor do que 45°, podemos usar um prisma com angulos 45° ~ 45° ~ 90° como uma superficie ‘otalmente refletora. Como refletores, os prismas que usam a reflexdo interna total apresentam algumes vantagens em relagio a superficies refletoras metilicas, como, por exem- plo, os espelhos comuns, que possuem uma pelicula met lica depositada sobre o vidro. Se, por um lado, nenhuma superficie metélica reflete 100% da luz que sobre ela inci- de, por outro, a superficie de um prisma pode refleti rotal- ‘mente a luz que incide sobre ele. Além disso, as qualidades ‘efletoras de um prisma apresentam a propriedade adicional de ‘nao perderem o brilho com o envelhecimento. Um prisma com angulos 45° - 45° - 90°, como 0 ‘mostrado na Figura 33.14a, € denominado prisma de Porro. Nesse prisma, a uz entra e sai, formando um fingu- Jo de 90° com @ hipotenusa, sendo totalmente refletida nas faces menores. O Angulo de desvio total entre o raio inci- dente ¢ 0 raio emergente ¢ igual a 180°. Os bindculos geral- mente usam uma associagdo com. dois prismas de Porro, ‘como indicado na Figura 33.14b. ‘Quando um feixe de luz penetra através da extremidade de uma barra transparente (Figura 33.15), a luz pode sofrer reflexdo intema total se 0 indice de refragio da barra for maior do que o indice de refraglo do material existente em seu exterior. O raio de luz fica “confinado” no interior da barra mesmo quando a barra € curva — desde que a curva- tura nio seja muito acentuada. Essa barra algumas vezes é chamada de tubo de luz, Feixes de fibras de vidro ou fibras de pléstico podem se comportar de modo semelhante, com a vantagem de serem flexiveis, Tal feixe pode ser constituido por milhares de fibras individuais, cada uma com difimetros dda ordem de 0,002 até 0,01 mm. Quando as fibras so agra padas em um feixe de tal modo que uma das extremidades tenha a mesma geometria da outra (formando imagens espe- culares), o feixe pode transmitir uma imagem, o que pode ser visto na Figura 33.16, Dispositivos feitos com fibras Spticas so amplamen- te aplicados na medicina em instrumentos chamados de endoscépios, que podem ser introduzidos em tubos do orga- nismo e so usados para examinar diretamente os bronquios, 4 bexiga, 0 célon e outros érgios. Um feixe de fibras é fencerrado em uma agulha hipodérmica para estudar teci- dos e vasos sanguineos muito afastados da pele. (@)Reflexo ine oa ‘mum pisma de Peo. (@) Bingo usa rsmas de Pro para efletira ae de nda ese Seo eine incident fer ventado toa cere as faces que Forma 4S" coma muprfii em que 0 0 Ince omg, em uma iatrace roa gy = 411°) Figura 33.14 (s) Reflexdointema total em um pYisma de Poo: (b) Uma combinacdo de dos prsmas de Porro usada em binSculos Capitulo 33 Natureza e propagacto da luz ‘Um aio de uz fica “confinado’ no itrior da barr em vite dt reflexio interna total se todos ot ingulos de = Incidéncia (como a, e+) sto maiores do ‘eo Angulo ric, Figura 33.15 Ume bara tansparente cu incice de refragdo € maior do que ofndice de refara0 do material em seu exterior. As fibras épticas também so aplicadas em sistemas de comunicagdo, nos quais sio usadas para transmitit um. feixe de laser modulado. A taxa com a qual a informagao pode ser transmitida por uma onda (de luz, de rédio ou de ‘qualquer outro tipo) € proporcional & freqiiéncia. Para ‘entender conceitualmente a razio disso, imagine que voce ‘module (modifique) a onda cortando algumas eristas de onda. Suponha que as cristas representem digitos binérios, sendo que a crista cortada representa 0 zero ¢ a erista néo- modificada indica 0 algarismo 1. O némero de algarismos. bindrios que podemos transmitir por unidade de tempo é, portanto, proporcional a frequéncia da onda. A luz infra- vermelha e a luz visivel possuem freqiéncias muito maio- res do que as frequncias de rédio, de modo que um feixe de laser modulado pode transmitir uma quantidade muito ‘grande de informagées através de um Gnico cabo de fibras Spticas. Muitas empresas de telefonia no Brasil utilizam sistemas conectados por cabos de fibras Gpticas, Figura 35.16 Imagem vansmitida por um feb de firas Spas. 2 Fisicatv Figura 33.17 Por maimizar su bro, os damn 530 lepidaes de ‘od Que hap ure reflex itera ttl en suas superices posterior, Outta vantage’ dos sistemas que usam cabos de fibras Spticas € que eles podem ser mais finos do que os figs de cobre convencionais, de modo que mais fibras podem ser agrupadas em um cabo de determinado didime- tro. Assim, mais sinais variados (por exemplo, linhas tele- fOnicas diferentes) podem ser enviados pelo mesmo cabo. Como cabos de fibra éptica slo isolantes elétricos, eles nio sofrem interferéncias produzidas por relmpagos e outras fontes, ¢ no permitem que correntes indesejadas surjam entre a fonte e o receptor. Por essas © outras razdes, esses ccabos esto desempenhando um papel cada vez mais impor- tante na telefonia de longa distancia, na televisiio ¢ nas comunicages pela Internet. ‘A reflexdo. interna total também desempenha. um papel importante no design de jéias. O brilho do diamante se deve, em grande parte, a0 seu alto fndice de refraglo e correspondente pequeno dngulo critico. A Iuz que entra em ‘um diamante lapidado sofre reflexdo interna total nas faces de sua superficie posterior ¢ depois emerge & superficie frontal (Figura 33.17). ‘Diamantes de imitagdo" como 0 zirednio cibico, so feitos com materiais cristalinos mais baratos, com indices de refragio compariveis. ‘UM PERISCOPIO COM UMA PERDA © periscépio de um submarino usa dois prismas com dngulos 45° 45°= 90°, que produzem reflexio interna total nas faces adjacentes aos fingulos de 45°. Ocorre uma perda no tubo © 0 prisma inferior fica imerso na égua. Por que o periscipio deixa de funcionar? (0 dngulo critico para uma interface entre a Sua (ny Video (n,= 152) & 33)¢0 133 ey = atest or O raio de luz incide & 45° sobre a face lateral interna do prisma inferior; como esse angulo é menor do que o ‘ingulo critico de 61°, ndo ocortereflexdo interna total na interface entre agua co Vidro, A maior parte da luz é transmitida para a égua e uma por 0 muito pequena é refletida para a parte intema do prisma jeste sua compreensdo da Secdo 33.3 Em qual das seguintes situagies hé reflexio interna tota!? (i) Luz se pagando na 4gua (n= 1,33) incide em uma interface dua ‘um fingulo de incidéncia de 70°; (ji lz se propagando no viro (r= 1,52) atinge uma interface vidro-égua com um angulo de incidéncia de 70°: (i) luz se propagando na gua atinge uma interface dgua-vidro com um ngulo de incidéncia de 70°. 8 *33.4 Dispersao A luz branca comum & uma superposigio de cores ‘eujos comprimentos de onda abrangem todo o espectro visivel. A velocidade da luz no vicuo é a mesma para todos ‘9s comprimentos de onda, porém, no interior de um mate- rial, ela varia com o compriniento de crmda. Portanto, 0 fndice de refragio de um material depende do comprimento de onda. A dispersiio indica como a velocidade da onda ¢ 0 indice de refragiio dependem do comprimento de onda. AA Figura 33.18 mostra como o indice de refragao n varia com o comprimento de onda para alguns materiais ‘comumente usados na stica. Observe que 0 eixo horizontal refere-se a0 comprimento de onda Ay da luz no wicuo; 0 Comprimento de onda em dado material pode ser obtido pela, Equacio (33.5), A = Agia. Em quase todos os materiais, ‘aumenta quando o comprimento de onda diminui ou quando 4 freqincia aumenta, Nesses materiais, a luz que possui ‘comprimento de onda maior se desloca com velocidade superior aquela que possui comprimento de onda menor. Indice de retro (n) 1 ul! 400s ‘Comprimento de onda no vécuo (nm) ‘Figura 33.18 Variato do indice de refracto n em fungso do comp mento de onda para alguns maters ransparertes. O ebo horizontal masta 0 comprimento de onda Ap da luz na vicuo; 0 camprimento cde onda no materal & dado por A= Adm

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