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Taumaturgo da tormenta

Saiba que no tarda


O advento
Numa irrupo de engodo
Que desemboca na reprovao.
Como se o abade buscasse
No af de significar-se
No agir do cofiar os bigodes
Libelo incriminatrio
Expondo o infiel ao milho dos genuflexrios
Enquanto trabalha com urgncia
No realizar da teodiceia mais nefasta.
O pobre anseia ai somente o poder de ser ubquo
Para reverter a fixidez da converso.
Esperava da Providncia do mundo
A guilhotina ao cicerone do discurso
Mas deus em cordata com essa gente
Livrou os ardilosos dos malogros do inferno
Valorou o ser prosaico de seu porta-voz.
Marginalizado, o filho prdigo
Esquecido em meio aos galanteios da divindade
Resta a ele encontrar blandcia na besta.
Agora, taumaturgo da tormenta.
De modo que, jaz ressurreto imoral.
Banhado na oferenda de f
Exorciza o que lhe restava de santidade
Negando o que antes lhe era negado
Superou a incompletude do esprito
Ao tornar-se Ser que sabe e que .
Luiz Gois

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