4. Qual a soluo para os casos de gravidez ectpica?
A patologia neste caso no independente da gravidez, mas est
constituda pelo modo patolgico. Se a gravidez ectpica no se resolve espontaneamente, se chega a uma situao na qual a vida do filho est j irreversivelmente condenada pela natureza, ento dever mdico usar das terapias ou intervenes cirrgicas para salvar a nica vida possvel: a da me. A morte do embrio no seio materno sucede como efeito colateral (indireto), ou seja, previsto, mas de nenhum modo querido, de uma ao teraputica necessria e urgente para a me, por causa de uma doena e no da mesma gravidez. Isso sempre se d com o mximo respeito pela vida que necessariamente se est extinguindo. O fato de que a eleio entre uma vida e outra j foi feito pela natureza no permite ao mdico realizar a eleio de matar, mas sim de usar dos procedimentos necessrios hic et hoc para evitar os riscos graves para a me, que neste caso seriam inteis tambm para o embrio (como a escolha de esperar pela hemorragia para atuar). Ou seja, a nica opo seria de fato a remoo do embrio para que ao menos a me seja salva, sem grande e grave risco. Trata-se de uma ao de duplo efeito; um direto: a cura da doena, o outro indireto: a interrupo da gravidez, retirando o embrio de onde se alojou geralmente nas trompas de falpio (podendo ser tambm nos ovrios, no crvix ou mesmo na cavidade abdominal).