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INTRODUGAO Tendo em vista um pleno desenvolvimento no aperfeigoamento de pessoal, tém sido criados varios cursos, que com o decorrer dos tempos nos vio mostrando os seus efeitos positivos, pelos conhecimentos adquiridos pelos funcionarios. que os vido frequentando, podendo verificar-se o nivel aceitével conseguido dentro das caracteristicas exigidas nos trabalhos de AERONAUTICA. Considerando o acima exposto, existe um curso de formagao de MECANICO DE ESTRUTURAS que se pretende ver methorado curso apés curso de acordo com as exigéncias cada vez maiores que sfo impostas nesta drea profissional. Seguindo 0 critério correcto que para acompanhar 0 progresso & necessério fazer cada vez mais e melhor, tentamos assim ao longo dos varios capitulos aqui ubordados, exemplificar(numa fase de iniciagdo) no so as bases necessdrias, como os cuidados a ter na elaboragdo de uma qualquer tarefa. Assim é fundamental que cada funciondrio nomeado para frequentar o referido curso, se aplique com o interesse e dedicagio que o mesmo merece, para colher os ensinamentos que Ihe véo ser administrados de forma a poder cumprir as fungdes que posteriormente Ihe sejam exigidas. Pr 3 ro ARRUMACAO DE MATERIAIS Neste primeiro capitulo, serio descriminados os cuidados que os funciondrios devem ter, quando utilizem os varios tipos de material, como os devem colocar e proteger. a) Deve existir sempre uma estante que permita a colocagao de chapas na vertical. b) Quando as chapas que vio ser utilizadas so de liga leve, e se a estante for de ferro (como normalmente acontece) devem as mesmas ser encostadas a réguas de madeira (forradas de feltro) Fixadas nas referidas estantes. NOTA: se as chapas de liga leve no trazem protecgiio, deve-se quando possivel, colocar folhas de papel para o encosto de chapa por chapa. ©) As chapas nunca devem ser arrumadas de forma a ficarem com os bordos em contacto como solo. PREPARACAO ‘A bancada onde vai ser colocada a chapa para ser trabalhada, deve estar sempre bem limpa e forrada de corticite ou borracha. TRAGAGEM E esta operacfo uma das que mais cuidado exige, pois deve estar sempre presente 2 responsabilidade do trabalho que vai ser executado, ¢ preparadas consequentemente as ferramentas adequadas. E no entanto conveniente chamar a atengdo para o factor principal quando se trate de uma tragagem em materiais de liga leve, ser expressamente proibido fazer a mesma com riscador ou qualquer outro utensilio cortante, que possa originar um ponto fraco e dai uma fractura. Fica portanto esclarecido que todas as tragagens em chapas de liga leve s6 podem ser feitas utilizando um lépis. E necessdrio descrever para uma melhor compreensio, das condigées a serem utilizadas dentro dos varios problemas de ordem pritica que normalmente se deparam quando ¢ necessario executar determinada tarefa, a qual s6 poderd ser levada a bom termo se o funcionario tiver os devidos conhecimentos da mesma. SUBSTITUIGAO DE REVESTIMENTOS EM AVIOES Quando se tenha de remover determinada chapa para ser substituida, a tragagem nio oferece grandes cuidados, em virtude da mesma ser feita pela pega que foi removida, No caso de termos de aplicar um reforgo em determinado orgio € necessario ter em conta como pode ser 0 mesmo tragado para ndo dar resultado a fracturas ou a esforgos nas chapas. Neste ponto poderemos indicar como pontos principais a serem respeitados: a) © afastamento da extremidade da chapa parag o rebite é em regra geral de 2 didmetros do rebite a ser utilizado conforme indica a figura 1. b) Os espagos entre os rebites quando em linha, dependem normalmente da espessura da chapa, do didmetro do rebite e ainda da forma que a chapa tenha de tomar. Estes espagos sto normalmente quatro didmetros do rebite 2 cravar em locais sujeitos a grandes esforgos. Ver figura 1. B,B' DISTANCIA INCORRECTA A.A! DISTANCIA CORRECTA FIG. 1 3. Quando existem duas filas de rebites, a tragagem é feita geralmente com a diferenga entre filas de 3/4” de centro a centro das furagdes. Convém no entanto acentuar que normalmente quando se verifica a necesidade de serem colocadas duas ou mais filas de rebites a furagdo é alternada para que a cravagdo fique melhor distribuida. ver figura 2. +e pee ee real bt bp bb fF FIG. 2 4. Normalmente os espacos das furagGes nos revestimentos de estruturas varia de 6 a 12 diametros de furacdo a utilizar. [*] CORTE DE MATERIAL Para se iniciar esta operagio é necessario que se utilize sempre a ferramenta ou o equipamento indicado e no aquele que nos esteja mais ao aleance. Para que possam ficar com uma ideia comecta deste capitulo sto descriminados seguidamente varios exemplos que ajudam a compreender melhor como se devem realizar corte correctamente dentro dos materiais ¢ espessuras. a) Em chapas com espessuras ndo superiores a 1,5mm deve utilizar-se normalmente a guilhotina, a qual permite no s6 0 corte ficar completamente direito, como ndo deixar a peca deformada. b) Sempre que existem cortes na mesma pega em virios sentidos, utilizar a tesoura manual owa serra mecanica, ©) Chama-se a atengo para o pormenor b) em que deve ser dado sempre um furo de 1/8" ou 3/32" no vértice do corte para nao ficar sujeito a possiveis fracturas. Ver Fig. 24. FIG. 2A [5)] FuracAo Neste capitulo vamos descrever em pormenor como se devem executar furaces dentro das normas aeronduticas, a) Qual o equipamento a utilizar em fungdo das diversas operacdes de furagdo. b) Como e quando devem ser utilizados. ©) Na execugdo de pegas detalhadas podem ser utilizados'engenhos de colunas de acordo com os didmetros de brocas indicadas para os trabalhos a realizar. 4) Berbequins eléctricos sao utilizados com brocas com diémetros superiores a 6mm. Chama-se no entanto a atengo que quando se utiliza este equipamento se deve proceder 4 ligag&io de um fio de terra para que no caso de qualquer deficiéncia nao ficar o operador sujeito a qualquer risco. NOTA: Nunca utilizar este tipo de equipamento em zonas onde existam gases inflamaveis (Exemplo: reparagao de depésitos de combustivel). Em trabalhos com chapas de espessura até 6 mm é o berbequim pneumitico o indicado pela facilidade de maneabilidade que permite tanto furagdes em zonas dificeis. como em varios angulos, produzir um bom trabalho pois existem berbequins com 90° - 120° - 360° e de pistola. Ver figuras: 3-4-5 -6-7-8 BERBEQUINS PNEUMATICOS Berbequins de Pistola E 0 mais utilizado derivado as suas caracteristicas em todo o trabalho normal de furagao. Berbequins Direitos E também bastante utilizado principalmente em furagGes nas posigdes vertical ¢ ao tecto ‘ou em chapas de aluminio onde ¢ exigido uma maior rotagdo (2500 RPM) e podem ser utilizados com brocas até 1/4" de diametro. Fie.3 Berbequins de 90° e 120° E frequente aparecerem trabalhos em que é necessdrio a sua utilizagio, Podem ser 1/8" e 5/32" que sfo fixas através de pingas. utilizados com brocas de 3/32 Ver figuras 5 e 6. FIG.6 FIG. 5 Apresentamos ainda mais 2 versdes também utilizadas e que consistem em: a) Berbequim com articulacao ao qual pode ser dado o angulo exigido. Ver figura 7. b) Extensdo com bicha interior, que aplicado num berbequim vulgar pode executar furagdes no possiveis de fazer com outro tipo de berbequim em virtude da falta de acessibilidade, Ver figura 8. Fig NOTA: Conclui-se que compete sempre ao funciondrio escolher o equipamento ideal para realizar a sua tarefa em boas condigdes. PRECAUCOES Quando se inicia uma furagdo é necessario que exista a maior atengo, pois que 20 menor descuido pode acontecer danificar o trabalho em curso ou até um acidente pessoal. a) Nunca iniciar uma furago numa pega jé tragada (por nfo existéncia de ferramentas de furag%o) sem primeiro marcar um pequeno ponto de pungdo de bico (bem afiado) no local a furar posteriormente. Al ZZ b) Ter a devida precaugdo com qualquer artigo que se possa prender na broca. Exemplo desperdicio ou o proprio vestudrio do pessoal, ©) Para furagdes em metais rijos (agos) deve utilizar brocas com angulos aproximadamente de 120° conforme exemplo A, figura 9. com velocidades reduzidas. Em metais macios (ligas leves) deve utilizar brocas com angulo de 90° ¢ velocidades elevadas.Figura 9, exemplo B FIG.9 4) Procure sempre manter um Angulo de 90° entre a broca e a pega a furar. Ver figuras 10 11 POSICAO CORRECTA 10 POSICAO INCORRECTA ©) Quando se fura uma chapa em pontos que ndo oferecam resisténcia 4 furagilo, deve procurar-se vencer essa dificuldade usando um pequeno bloco de madeira no lado contrario a0 que vai ser feita a furago. Ver figura 12 f) Caso assim ndo procedamos teremos varios inconvenientes: IP Furagdo fugida 2° Possibilidades de criar foles nas chapas 3° Chapa amolgada 4° Trabalho imperfeito FIG. 12 2) Quando se procede a furagiio em chapas de liga leve, deve evitar-se que a bucha do berbequim va ferir a mesma, pois essa anomalia pode trazer grandes problemas. u risco mais profundo que a bucha possa fazer, é um ponto de fractura que com as vibragdes a que vai ser sujeito se pode agravar. E necessdrio portanto que se tomem medidas para que tal ndo acontega. Ver figuras 13 e 14 1) Colocagao de casquilhos em fibra ou borracha de acordo com o didmetro de broca a utilizar entre a bucha eo material a fura. Batente de borracha ou fibra p= Sp FIG.13 2) Colocagdo dos dedes em posigiio que permitam actuar como amortecedores entre 0 berbequim e a chapa. Ver figura 14. FIG. 14 MAQUINA DE FURACAO E RECORTE ROUTER RECORTE Maquinas de Furacio e Recorte a) A FURACAO e RECORTE de pegas em liga leve, normalmente utilizadas no fabrico de aconaves, sdo feitos em séries, utilizando para isso maquinas especialmente concebidas para esse efeito, b) Com o permanente desenvolvimento nas construgdes aeronduticas também os referidos fabricos, vaio softendo alterages com a criag%io de novas maquinas © equipamentos ¢ ae aR equips portanto novos processos, com o sentido de serem conseguidos sempre melhor qualidade e menos tempo de fabrico. ©) As maquinas de furagdo e recorte dividem-se em mecénicas e manuais (ver figuras 15 ¢ 16). Foram estas maquinas concebidas com a finalidade de permitirem um rendimento que até este ponto ndo tinha sido possivel atingir. ‘As mais modemas permitem-nos fazer furagdes e recortes em chapa de liga leve até a espessura maxima de 10mm. Sao maquinas mecdnicas com controlo numérico que as tomam além de mais rentaveis, mais, econémicas pois nfo necessitam de qualquer molde com o perfil das pegas ¢ produzem uma maior quantidade de pegas com os mais variados perfis em cada operagao. Assim conclui-se: = grande aumento de rendimento - maior economia = acentuada redugdo de mao de obra. MOLDE DE RECORTE EM FERRO PECAS A RECORTAR MOLDE DE CONTRAPLADO (es ZED 2 ESTRADO FIG. 16 NOTA: Depois de ter sido explicado o processo de fixagdo das pecas no estrado, deve ser demonstrado no local de trabalho como o mesmo se process MAQUINA 1 MANUAL MAQUINA DE FURAGAO E RECORTE TRUMAT FIG. 17 16 Além da maquina Router, existem ainda mais méquinas que servem normalmente para o recorte de chapas de ago ou recorte nas extremidades dos tubos com os mais variados perfis. Méguinas de grande utilidade e bom rendimento mais acentuado também quando se trate de grandes séries de pegas. "7 ACABAMENTO DE PECAS Em virtude da grande responsabilidade que existe no acabamento das pecas € absolutamente necessirio descrever em pormenor quais os cuidados que devem ser tomados para que as mesmas quando colocadas e sujeitas aos mais variados esforgos possam actuar sem que exista 0 perizo de qualquer fractura originada por mau acabamento. 1, para rebarbar furos com didmetro entre 1/16” ¢ 3/8” utiliza-se normalmente uma broca vulgar colocada num cabo de lima. Esta broca tem a vantagem de se poder tirar a rebarba a qualquer furagao com mais perfeiedo, principalmente em materiais muito macios ou de espessuras muito reduzidas, pois que por vezes se as mesmas forem acabadas mecanicamente acontece ficarem grandes escariados ou mesmo furos de medida que no pretendemos. NOTA: De acordo com o que tem sido dito é conveniente quando da explicagao deste processo, ser feita demonstragao no local Maquinas Manuais Pneumaticas Estas méquinas tém um comportamento idéntico as mecdnicas sem controlo numérico. Apresentamos como exemplo as maquinas ROUTER que recortam e furam também pecas em séries com os mais variados perfis notando-se a diferenga em relagdo as maquinas de controlo numérico. Ver figura 15. a) Necessidade de utilizagdio de moldes em ferro (e contraplacado) com o perfil das pegas a fabricar. Ver figura 16. b) Menor quantidade de pegas a recortar de cada vez (méximo 3 a4 pegas em chapa de Imm). ©) Maior tempo de execuciio. Processo de utilizagdo ver figura 17. RECORTE EM PECAS DE ACO Para o recorte de chapas ou tubos em aco existem méquinas apropriadas sendo o seu rendimento melhorado quando se procede ao fabrico de séries de pegas. ACABAMENTO DE PECAS A grande responsabilidade que exige o acabamento de pegas leva-nos a descrever em pormenor os cuidados a serem tomados quando se procede a este tipo de operagio a) As pecas recortadas por qualquer dos processos atras indicados ficam sempre com rebarbas nos topos e nos furos. b) Utilizando 0 proceso mecanico presentemente mais utilizado, toma 0 custo da opereedo menos moroso e deixa o trabalho em condicées aceitiveis (Fig. 17A). ©) Se por qualquer raze 0 processo indicado em (b) ndo puder ser utilizado, e tiver de se utilizar o processo manual é necessario seguir o seguinte critério. 1) Evitar que as pegas fiquem riscadas (qualquer risco pode ser um principio de fractura) 2) Quando nas pegas existam furos a serem moldados, estes devem ter um acabamento cuidado afim de evitar fracturas nas pegas. MAQUINA REBARBADORA 20 MOLDAGEM Pode esta operagao ser feita de varios processos conforme o trabalho assim o exige. Existem 3 processos considerados fundamentais nas operagdes de moldagem: = Quinagem - Prensagem + Estiragem a) QUINAGEM MOLDAGEM DE PERFILADOS Neste processo de moldagem ¢ normaimente utilizada a quinadeira mecénica , que com um barramento de cerca de 4m permite, utilizando ferramentas de acoréo com o trabalho a realizar moldam perfis em C - U - Z ow outros conforme necessario e com a qualidade sempre exigida (Fig. 17B). Em certos tipos de trabalhos, e quando se necessite moldar pecas com angulos bastante fechados, ou pequenas pesas, pode ser utilizada a QuinadeiraManual (Fig. 17C). NOTA: Derivado A diversificagdo dos trabalhos que podem ser feitos neste tipo de operagdes, é conveniente que aquando da frequéncia dos cursos de formagio de Mecanicos de Estruturas sejam exemplificados os varios processos no local onde se encontram os equipamentos referenciados. b) PRENSAGEM Méquinas de Prensagem Méquinas muito utilizadas em indiistrias da especialidade, principalmente na indistria aerondutica, tem a finalidade de através de uma forga calculada, transformar 0 estado do material a ser trabalhado de acordo com as ferramentas utilizadas. ‘As maquinas de prensagem podem dividir-se em 3 grupos 1) Estampagem com molde macho e fémea 2) Estampagem com almofada de borracha "Guerin" 3) Estampagem sobre o processo "Hidroform" FIG. 17 B PRENSA DE ESTAMPAGEM PRENSA DE ESTAMPAGEM 18A FIG. Estampagem conforme (1) Processo em que é utilizado 0 macho e fémea e um dispositivo de aperto regulavel (aperta chapas) que permite o escorregamento controlado do material a moldar Estampagem com almofadas de borracha (processo Guerin) (2) Bastante utilizado na industria aerondutica utilizando uma almofada conforme figura 19 com moldes fabricados em materiais com uma dureza aceitivel (exemplo: aluminio, madeira "Jabroc" ou em resinas apropriadas, conseguem-se moldagens quase perfeitas sendo no entanto por vezes necessirio no seu acabamento utilizar a méquina modeladora com ferramentas de distender ou encolher o material conforme se pretenda corrigir pequenas deformagées FIG. 19 Processo Hydroform Vason-Wheelon (3) ‘Com um processo idéntico ao indicado em 2 utilizando também 0 mesmo tipo de moldes, & © seu comportamento substancialmente melhorado no acabamento das pegas que dispensam quase na totalidade dos casos a utilizagdo da maquina modeladora (referida em 2) NOTA: Conforme atras referimos, e devido 4 complexidade dos processos € aos cuidados a ter nestas operagées € conveniente quando na frequéncia dos cursos de Formacdo, seja demonstrado no local préprio, todo o funcionamento dos métodos acima deseritos. “= a FIG.19 Desenkos que elucidam como funciona 2 acahamento das pegas estempadas guina modeladora, de grande Maquina Medeiadora E uma maquina conhecida nas empresas da especialidade como um equipamento extremamer Util pois se destina a "encolher ou distender" chapas, perils, etc. conforme a necessidade, quanco se tem de corrigir qualquer problema surgido quando da operagdo de moldagem. Mi MAQUINA MODULADORA M. ) ESTIRAG! 1) Peto processo de estiragem podem ser moldadas chapas, pertilados ou tubos, utilizando para isso moldes em Jabroc ou outro tipo de madeira rija com os perfis adequados de forma a garantir as mold correctas que so sempre exigidas em trabalhos aerond NOTA: Derivado a grande diversidade de tipos de moldagem que se podem fazer neste processo de trabalho, deve o mesmo ser desenvolvido pelo instrutor das pessoas em formagdo assistindo inclusivamente (quando possivel) 4 execugo de um qualquer tipo de pega que no momento possa estar em execugao. MAQUINA DE ESTIRAGEM Aguma DEESTRAGEE Para terminarmos a descri¢do da operagio de mold: m que atrés foi feita de forma abrev como se compreende numa fase de inicio de formagio, vamos completar a mesma demonstragéo de dois equipamentos bastante utiliz jos na referida operagio e que complementam e completam todo um trabalho de boa qualidade. 2 Maquina de apianamento Com o processo utilizado no seu fabrico, com dois planos cilindricos desfazados entre si o que permite o aplanamento da chapa apés 0 tatamento témico de onde sai com varias iregularidades, além de permitir a desfibrago do material o que se considera de extrema importancia na operacdo que segue imediatamente ou seja a moldagem. FIG.25 NOTA: Quanto mais numerosos forem os cilindros e menor os seus didmetros, melhor acgiio € exercida sobre as chapas e consequentemente melhor desfibragao MAQUINA DE APLANAMENTO 34 TRATAMENTOS TERMICOS Na fabricagiio de qualquer pega uma das operacdes mais importantes é a de tratamento térmico De acordo com a diversidade de material existente ¢ de varias origens, ¢ necessario sempre respeitar as normas do fabricante para que ndo possa existir qualquer erro de tratamento no material utilizado e consequentemente a inutilizago das pegas fabricadas. Quando se inicia o fabrico de uma série de pecas, e se procede a elaborado da ficha de fabrico, sdo analisados o tipo ou tipos de tratamento a efectuar de forma a que nao possam acontecer os erros que acima chamamos a atencdo. No tratamento térmico de uma pega fabricada em liga leve existem quatro tipos de tratamento normalmente utilizados: - Recozimento - Tempera - Envelhecimento - Revenido RECOZIMENTO Consiste em submeter a liga de aluminio: - A temperatura de 350° a 400° ~ tempo de recozimento de acordo com a espessura do material - abaixamento méximo da temperatura 100° 4 hora NOTA: O processo de recozimento é utilizado quando se verifica que a operagao de moldagem da pega é complicada e morosa. TEMPERA a) A fazer a todas as pegas que tenham sido recozidas de forma a que o material fique com a dureza exigida para os fins determinados para a utilizagdo das pegas b) A fazer a todas as pegas que necessitem ser trabalhadas (moldadas) em que a duragdo desta operacdio seja curta. ¢) A temperatura normal da tempera ¢ de cerca de 495°C (dependendo da espessura) durante 15° um periodo de 30 minutos com arrefecimento por mergulho em 4gua a temperatura de ENVELHECIMENTO Este tratamento consiste em manter 0 material a temperatura ambiente durante alguns dias. (Periodo minimo de 92 horas.) REVENIDO Consiste em manter o material a temperatura de 120° durante 24 horas. Exemplo de ligas mais utilizadas em fabricagées Aeronduticas: 2024T3 - 707ST6 - AUSGI - 6061 AQUECIMENTO DE PECAS E expressamente proibido em Aerondutica proceder ao aquecimento de pegas utilizando outros meios como por exemplo a utilizago de magaricos oxi-acetilene-gas ou outros pois que mesmo que seguidamente as pegas fossem tratadas no fomo convencional, a estrutura cristalina do material tinha sido afectada, aproximando-se da estrutura do material fendido, perdendo assim todas as suas propriedades. PREPARACAO DE PEGAS PARA CRAVACAO Fixagio de Pegas Quando se procede 4 furagdo de determinadas pesas, esta operacdo exige que sejam tomadas as devidas precaugées para que o trabalho fique nas condigdes exigidas. 1° Sea furagdo tem de passar para mais que uma chapa, ou tem de existir um estaleiro que as fixe, ou devem ser utilizados grampos para evitar que as mesmas se desloquem ficando a furagio fugida. 2° Ao fixarem-se as chapas, ¢ iniciada a furago, deve-se por norma iniciar esta operagdo, furando as referidas chapas do meio para os extremos, colocando fixadores conforme se for furando, para nao permitir que se criem foles nas chapas a craver. 3° Quando tenha de se fixar uma chapa moldada em curva (exemplo: um bordo de ataque) é conveniente serem utilizados tensores fixos a precintas de Iona ou nylon, que permitem uma ajustagem perfeita da pega podendo depois ser furada e fixada para ser iniciada a operagiio de cravacéi 36 FIXADORES Tem esta ferrarnenta uma utilidade de extrema importincia, na execugdo de todos os trabalhos de cravagdo. Formada por trés unhas, sendo duas moveis e uma fixa, que se introduzem nos furos por intermédio de um alicate especial (ver fi ) que faz com que as duas unhas se afastem e diminua o didmetro, assim pode o referido fixador ser introduzido no furo sem causar qualquer dano fundo 1- UNHA FIXA, 2- UNHAS MOVEIS 3- CORPO DO FIXADOR 4-MOLA DO FIXADOR 5- CABECA DO FIXADOR ALICATE TASER 37 CRAVACAO Com a diversidade de processos que normalmente so utilizados nos varios tipos de cravago, ¢ por vezes metédos que por desconhecimento sao utilizados, e que contribuem para que o trabalho realizado fique aparentemente bem, mas que depois de verificado em pormenor se thes encontrem certas deficiéncias, foi julgado conveniente fazer uma descrigiio 0 mais completa possivel dos metédos e processos correctos, de como se devem operar as mais variadas tarefas de cravaciio. 1. Como foi esciarecido, so os rebites macigos os mais utilizados nos Servigos Aerondutit sendo para tal necessério que o funcionério que vai desempenhar determinada operacio tenha, além da verdadeira nogdo do que vai realizar, saber quais as ferramentas necessérias em boas condigdes, que o facilitem a cumprir todas as normas exigidas. 2. Deve quando vai iniciar a sua tarefa ter as seguintes precaugdes: 2) Verificar com o rebite se a furagdo esta nas devidas condicdes, ou seja ter a tolerancia de (-0 + 0,1) para que a cravagio se processe com o maximo de qualidade e seguranca b) Verificar se o comprimento do rebite est dentro do exigido. Guiar-se pela tabela de comprimento de rebites para cravagiio. 3. Convém esclarecer que além das indicagdes dadas na tabela, ¢ necessirio por vezes alterar 0 comprimento do rebite que vai ser cravado como passamos a demonstrar. Exemplos: a) A medida mais correcta do comprimento do rebite que vai ser cravado é de 1/2 vezes © didmetro do rebite. Mas por vezes ¢ necessério alterar para mais ou para menos de acordo com as espessuras de chapa a cravar. b) Suponhamos que é necessério cravar duas chapas de muito pouca espessura. Neste caso é conveniente em vez de 1 /2 vezes 0 didmetro do rebite, seja apenas 1 didmetro do rebite, para que no final da cravagdo ndo fiquem nas chapas pequenas mossas, que torna 0 trabalho mau e defeituoso. ©) No caso inverso ao apresentado em b) se for necessdrio cravar um orgéo de certa responsabilidade, entio o rebite a ser utilizado passard a ter o comprimento de 2 vezes 0 seu didmetro, afim de nos garantir que a parte cravada fique com o didmetro da cabega do rebite. 38 Existem varios processos para cravagiio de rebites a) b) co) CRAVAGAO MANUAL CRAVACAO PNEUMATICA CRAVACAO COM MAQUINAS AUTOMATICAS Cravagio Manual a) 2) E 0 processo utilizado nos pontos onde no pode ser utilizado outro qualquer processo. Ao iniciar a cravago com processo manual deve em primeiro lugar observar 0 estado das ferramentas que vai utilizar e que so por norma as seguintes: - Embutideira - Repuxadeira ~ Pungdo especial (encalcadeira) - Martelo Exemplos: a) b) Embutideira Deve ter o perfil correcto da cabeca do rebite, no podendo nunca os bordos da embutideira encostar a face da chapa, evitando assim vinear ou ferir a chapa o que pode levar a rejeigdo do trabalho. Repuxadeira ‘Na cravaco pelo processo manual esta ferramenta € indispensivel de forma quando se inicia a cravagao: 1) estarmos seguros que as chapas a cravar se encontram devidamente encostadas. 2) deve-se sempre utilizar a repuxadeira com o furo de acordo com o rebite a cravar NOTA: Ver figura 27 Encalcadeira utilizada em cravago manual, consiste num pungdo cilindrico, temperado, e que tem uma das faces temperadas com aresta quebrada, e bem polido. NOTA: Ver figura 27. EMBUTIDEIRAS ENCALCADEIRAS REPUXADEIRAS sepa epe ene taf eT yy AMO IN ae ail ie habrmines 40 CRAVACAO PROCESSO MANUAL No processo manual necessdrio que o funcionario tenha 0 conhecimento de como deve actuar no sentido de colocago das ferramentas de cravagdo para que o rebite fique cravado em boas condigées. Como podemos observar na fig, 28 para uma cravagdo correcta é necessirio que a encalcadeira a0 iniciar a cravago por meio de sucessivas pancadas do martelo portanto por esmagamento se encontra bem na vertical, pois se assim no suceder comre-se 0 risco de o rebite comecar a entortar logo nas primeiras pancadas, o que origina uma cravagdo incorrecta. Se os rebites forem de cabeca rasa ou cilindrica nao necessitamos de embutideiras mas sim de macacote com a face de encontro devidamente polida a qual permitiré um encosto nas condigdes, devidas e assim uma cravagio correcta. Se no entanto a cravagio tiver de ser feita em determinado orgio ja aplicado no avido e os rebites a serem aplicados pela sua forma necessitarem de embutideiras coloca-se a mesma um, magacote concebido para este fim ver fig. 30, o qual permitira um encosto do rebite para cravagdo nas condicées exigidas. Estas cravagSes s6 serdo efectuadas desde que nfo nos seja possivel empregar pistolas pneumaticas, porque nos dao mais facilidades de cravagdo, mais rapidez e sem duvida melhor trabalho, 2 CRAVAGAO COM PISTOLAS PNEUMATICAS Sendo este processo o mais utilizado na cravagdo de quase todos os conjuntos ¢ revestimentos de avides é necessirio que o funcionério que utiliza esta ferramenta tenha a nogio devida da forma como a deve aplicar nas devidas condigdes. A pistola trabalha precisamente ao contririo do proceso explicado anteriormente pois a embutideira passa a actuar na cabeca do febite e 0 magacote no topo do mesmo conforme se pode observar na fig. 31 No processo manual era feito o esmagamento com sucessivas pancadas sobre a encalcadeira que por sua vez era apertada no tomo, agora neste caso da pistola pneumética a embutideira trabalha dentro dum cilindro da pistola a qual é accionada consecutivamente por um piston que trabalha por meio de ar comprimido, quando se carrega no botio da pistola. A pistola tem um regulador para regulago do ar que se encontra na parte de baixo do punbo. Na parte superior do punho encontra-se 0 botio que dé entrada do ar para 0 bloco das valvulas as quais estabelecem o movimento do piston dentro do cilindro. A embutideira tem um corpo com uma parte mais saliente que serve para manter a parte que entra no cilindro da pistola a uma distancia certa para que assim se coordene 0 movimento do piston, além disso serve também para segurar a embutideira pois esta fica presa pela mola que vai roscar na parte do corpo da pistola. Existem varios tamanhos de pistola que so aplicados, conforme o tamanho ¢ qualidade de rebites que se tenham de cravar assim como também ha uma grande variedade de embutideiras que além de existirem para os varios tipos de rebites por vezes tém que ter varios comprimentos ¢ também algumas inclinag6es para que assim se possam adaptar em locais dificeis de cravar 0 que é frequente acontecer quando se trata de reparagdes. Ver fig. 32. 3 = DEFLECTOR DE ENTRADA DE AR BOTAO GATILHO [REGULADOR coe cP : NOU MARTI DEAR BLOCO DE,VATAINRAS) aces a RECOR PARA ADAPTACAO DA VALVULA RAPIDA. |EMBUTIDEIRA DIREITA IEMBUTIDEIRA CURVAS CRAVACAO COM FIG. 32 45 MACACOTES Tem este tipo de ferramenta uma aceo preponderant na execug&o de uma boa cravaedo como pode ser observado nas figuras seguintes sendo no entanto de grande interesse descrever em pormenor certos preceitos relacionados com esta ferramenta. So estes feitos em ago com uma ou mais faces trabalhadas e bem polidas para que na cravagio no Vinque o rebite ou que contribua para que este se entorte. Ver fig.33. MACACOTE (PRISMA QUADRANGULAR) FACE POLIDA FIG. 33 1. Magacote para locais pouco acessiveis. Quando seja necessirio executar determinadas cravagdes em locais onde se verifique a necessidade de mandar executar determinado magacote em virtude de ser um local pouco acessivel nao deve tentar-se evitar a execucio do mesmo wtilizando outros jé existentes mas que ndo tém os perfis convenientes. Neste caso 0 trabalho pode nio ficar nas devidas condiges. 2 vi € também nevessério que se utilizem os macacotes adequados como pode ser observado nas figuras n° 34 e n? 35. Deve no entanto existir sempre um cuidado especial em bolear as arestas do magacote que vo actuar no raio do perfilado para evitar que 0 mesmo danifique o perfilado em causa. Ver fig. 36. ZONA QUE SERIA AFECTADA SE |, O CANTO NAO FOSSE BOLEADO FIG. 36 46 Cravagdo de porcas fixas Para a cravagdo destas porcas € conveniente que em primeiro lugar estas sejam fixas a0 revestimento, per intermédio do parafuso respectivo, para que nfo fiquem com os furos desalinhados em relagdo ao revestimento. A figura n° 38 demonstra a configuragdo de magacote especial para a cravagto de porcas. MACACOTES Em qualquer cravago existe sempre a necessidade de se procurar magacote com a forma desejada para assim podermos obter uma boa cravacio. macacornum condi. usaDoNos i er MACACOTE COM CAIXA - USADO PARA waGoreatasOs MAGACOTES DE BASE ANGULAR - USADOS PARA CABECAS DE REBITES EM PEGAS DE ANGULOS DIFERENTES MACACOTES PARA CRAVAR PORCAS -USADO PARA CRAVAR PORCAS DE BASE; NA BASE DO MACACOTE ENCONTRA-SE UMA MOLA QUE MACACOTE MANTEM A PORCA SOBRE TENSAO OBRIGANDO jmagacoTs Se on ere, Es BE. 49 Conforme variam os diametros dos rebites variam também os diametros das suas cabecas portanto também as embutideiras variam consoante o diametro dos rebites, assim temos: | Para rebites 3/32 Para rebites 1/8 Embutideira | Pata rebites 5/32 Para rebites 3/16 Para rebites 1/4 Consoante a qualidade da cabega do rebite. Esta ferramenta é fabricada em aco, afim de se manter enalterdvel com os sucessivos trabalhos de cravagdo a que esto sujeitas. ‘A mangueira de ar é construida normalmente de borracha reforgada a lona afim de Ihe dar uma grande resisténcia a pressdo. E muito maledvel afim de nos facilitar o seu manejo. E o elemento de condugdo do ar comprimido a pistola sendo ligada a uma garrafa de ar ou a uma vélvula rapida de ligagdo de ar comprimido. A garrafa serve para nos facilitar a condugdo de ar para os varios pontos através de quatro ou mais valvulas que dio ligagdo do ar por meio de um record existente na mangueira, pega esta feita especialmente para adaptagdo as vilvulas rapidas. (Ver figura 41) FIG. 41 Normas Para uma Cravagio Perfeita Para que uma cravagio fique perfeita atendendo ao que atrds foi dito, referente ao comprimento dos rebites, temos que ao fazer a cravagdo atender a posigdo da pistola. Esta deve estar sempre na perpendicular em relagdio a pega a cravar, afim de ndo ferir a chapa’o que iria provocar um enfraquecimento na mesma. Além disso 0 magacote deve manter-se paralelo & pega a cravar para que o (queijo) no rebite ndo fique inclinado, (Ver figura 42) 48 Processos de Cravacao Simples e Dupla Na cravagdo pneumitica 0 uso do magacotes pode fazer-se de duas maneiras; ou 0 proprio operador crava e agarra o magacote (neste caso podemos chamar cravago simples) ou a cravagio é feita por dois funcionérios neste caso cravacdo dupla. No primeiro processo 0 operador controla os seus préprios movimentos, no segundo jé tem que haver uma coordenagdo entre os dois afim de evitar que haja descontrolo de movimento entre o que est com a pistola eo do magacote. Acontece varias vezes quando a pistola est a cravar 0 outro funcionério tirar © magacote o que pode originar graves deficiéncias como: chapa metida dentro em virtude da pancada em falso, rebite mordido, e por vezes quando a chapa é muito fina acontece ser furada pela embutideira. Portanto quando se proceda a uma cravacio deve ter-se em atengio: - © funciondrio que dirige com a voz € o que esta com o magacote, ele que tem que observar se a cravacdo estd a ser feita correctamente, por outro lado tem que ter 0 cuidado de nunca tirar 0 magacote mesmo que & voz de alto 0 outro funcionério continue a cravar porque preferivel remover o rebite do que a chapa ficar danificada. (Ver figura 40) FIG. 40 Ferramenta e Equipamento de Cravasio Pneumitica As ferramentas de cravagéo pneumatica tais como: pistola, embutideiras, mangueiras, record, garrafas de ar compressor, etc., tém todas uma acgdo preponderante na cravagaio A pistola como jé vimos atras é um dos elementos principais na cravasao. Existem varios tipos de embutideiras: - Embutideira para rebites com rasa - Embutideira para rebite com abaulada FIG. 42, Deve haver o maximo cuidado ao fazer a cravagdo, ndo deixarmos fugir 0 magacote afim de ndo dar origem a que o rebite fique cortado. Pode evitar-se este incoveniente, ume vez que a mio que segura o macacote faga também apoio na chapa ou pega a cravar. (Ver LEGER pn FIG. 43 Cravacio de Rebites de Cabega Rasa Quando numa cravagdo de rebites de cabeca rasa, procurar manter sempre a pistola na posigao perpendicular afim do rebite ficar convenientemente cravado. Se a embutideira ficar levantada de um dos lados, acontece que 0 rebite fica levantado e parte dele fora do escariado portanto em condicdes deficientes. (Ver figura 44) ras Rasas stem varios tipos de embutideiras de cabega rasa entre os que 10s descrever dois: conforme as figuras | S Fic. 46 45 sé em casos especiais e utilizando porque ao craver como et10) muito pequena foge com muita facilidade de cima do rebite sendo 2. que vemos representada na fig. 46. aN a HIG. 47 Para eliminarmos 0 perigo destas embutideiras fugirem, da zona central da cabega do rebite indicador usamos a mo esquerda como guia da embutideira segurando-a entre o polegar ¢ 0 conforme nos indica a figura 47. Utilizagdo de Magacotes Quando na cravagdo, 0 magacote deve estar centrado com o centro do rebite. A colocaciio deficiente faz com que a cravacdo ndo se faca em condigdes aceitéveis. (Ver figura 48) Exemplos : Fig. 48 - A - B - C tudo cravagdes incorrectas. 1caso FIG. 48 2 CASO Quando procedemos a cravagdo de rebites de cabeca rasa em chapas de aluminio e se verifica que a chapa esté, a ser vincada pela embutideira procedemos & inversio das ferramentas a cravar, isto é a embutideira que trabalhava em cima da cabega do rebite passa a actuar sobre 0 seu corpo ¢ 0 macacote passaré a actuar sobre a cabeca, dando-nos assim uma melhor cravaco ¢ mais eficiente. Ver figura 49. FIG. 49 Damos em seguida alguns exemplos de cravagdes incorrectas em virtude de nao se seguir as normas de que falamos atrés. Ver figura 50 A - B. Sos Sy se a5 Gs LT XY XY CRAVACAO INCORRECTA FIG. 50 Ss SL Ss Sas as CRAVAGAO INCORRECTA FIG. 50A 35 aS Ss A. ae Wao CRAVACAO CORRECTA FIG. S0B PROCESSO DE ESCARIAR E DIMPLINGAR Estes processos sio utilizados para a cravagio de rebites de cabera rasa, Consiste em abrir uma caixa (escariado) no furo, afim de se poder alojar a cabera do rebite. No escariado, a caixa aberta na parte superior da peca com uma broca cujo diémetro e angulo terdo de condizer com o didmetro e angulo da cabeca respectivamente. Para que o escariado fique perfeiro a parte inferior da cabeca do rebite nfo deve chegar ao fundo da chapa superior porque sendo assim a zona escariads em contacto com a cabeca do rebite fica muito enfraquecida e sujeita portanto a estalar. Ver figura 51 yaa ES A Li ZA CRAVACAO INCORRECTA CRAVACAO CORRECTA FIG. 51 Normalmente o escariado feito por meio de brocas nfo sai perfeito, devido a varios factores. Angulo de broca a nfo condizer com o Angulo dos rebites, broca muito cortante, por vezes o Angulo de corte das navalhas desiguais, broca empenada, etc., dando origem a que os escariados feitos em série ndo fiquem completamente certos como nos indica a fig.52. SS) SS FIG. 52 Para escariar o diémetro da broca ¢ o que corresponde ao diametro da cabeca do rebite. Para que se possa eliminar todas estas imperfeigdes, actualmente empregam-se fresas especiais constituidas com varios didmetros ¢ angulos para os diferentes tipos de cabeca. Esta ferramenta além de deixar os angulos totalmente certos tém ainda vantagem de deixar todos os escariados & mesma altura, uma vez que tem uma regulagdo para esse fim. FIG. 53, Estas fresas podem ser adaptadas aos berbequins pneuméticos ou engenhos de furar. Ao ser escariado qualquer furo deve sempre manter a fresa perpendicular em relagGo & peca afim do escariado nao ficar descentrado. Ver fig, 53 ¢ 534. 35 REMOCAO DE REBITES Para que o trabalho seja executado convenientemente devemos seguir o método representado na figura 54. | i ric. 8s Quando se procede a descravagao de rebites de cabega rasa entdo todo 0 processo ¢ alterado ¢ os cuidados e os cuidados redobrados utlizando-se o processo indicado na fig.54 A primeira operaco a fazer sera marcar com um puncdo um pico na cabega do rebite. Em segunda dé-se um furo com uma broca com o didmetro um pouco mais abaixo que o do rebite, € por ultimo com um pungdo de guia dao-se umas pancadas no corpo do rebite, até sair “completamente fora do furo. Tomar atenco, pois que o furo a fazer nfo deve passar além da cabega. no entanto ao iniciar 0 batimento deve colocar-se do lado oposto junto ao "queijo” um magacote ou um batente de madeira para servir de apoio para que ndo se bata em falso, podendo dobrar ou mesmo estalar a zona onde esta concentrado 0 "queijo". Nunca se deve furar 0 rebite de lado a lado, afim de evitar que se alargue 0 furo, pois pode acontecer 0 furo nao estar centrado com a cabega do rebite A remogao de rebites é uma operagdo a qual se tem de prestar a maior atenco possivel, afim de se evitar qualquer ferimento na chapa ou alargar a furagao, Com o fim de melhorar substancialmente esta operagdo, e permitir'que qualquer funcionario menos qualificado o possa realizar nas melhores condigées, foi criada nas OGMA uma ferramenta, que derivado sua concepedo permite assegurar com facilidade que a operagio se 4A. realize com a maior seguranga Fig. S3A-5 NOTA; Apenas descrava rebites com cabega baixa abaulada ou cabeca com tremogo. FIG. 3A DIMPLINGAR Esta operagdo € mais utilizada nos trabalhos Aeronduticos em virtude da sua rapidez de execugdo ¢ perfeicdo e é executada por uma maquina especialmente concebida para esta operagao 0 qual funciona com sistema pneumético ou hidrdulico na qual sao adaptados puncdes machos e fémeas com os Angulos e didmetros das cabegas dos varios tipos de rebites. E no entanto necessério ter 0 cuidado de ndo fazer dimplings nesta maquina em chapas com espessuras superiores a 18 SWG 2 mm em condigées de trabalho normal da maquina pois que para dimplingar chapas com espessura superior deve ser ligado 0 dispositivo eléctrico existente na maquina que faz com que os pung6es comecem a actuar e estabelegam um circuito eléctrico que vai aquecer a zona a ser dimplingada permitindo assim a moldagem em condicdes. Quando exista necessidade de fazer dimplings em chapas que se encontrem por vezes colocadas em determinados pontos podem ser os mesmos executados com a pistola pneumética com adaptagdes proprias especialmente concebidas para esse fim. (Ver figura 55) Existem duas maneiras de dimplingar chapas uma delas é aquela em que so é dimplingada a chapa superior, escariando a inferior, a outra é aquela em que se dimplingam juntamente as duas chapas. No primeiro caso executa-se esta operago quando se trata de chapa superior delgada e a infeior grossa, entrando a parte dimplingada pelo escariado dentro, como indica a figura 56. No segundo caso executa-se esta operagiio quando se trata de duas chapas finas entrando o dimpling da chapa superior no dimpling da chapa inferior como ¢ indicado na figura 5 Ha casos em que aparegem mais do que duas chapas a dimplingar mas estes sdo raros, no entanto procede-se da mesma forma que nos casos acima mencionados, tendo em conta que se tem que respeitar as espessuras das chapas. Nunca se devem dimplingar chapas de espessuras superiores a .050" Damos na figura 58 varios processos de dimpligagem da chapa. | GMD. FIG. 58 WLM CRAVAGOES EM SERIE (POR MEIO DE MAQUINAS) Quando se procede a fabricagdo de avides com estrutura ¢ revestimento metélicos uma das operagdes de grande envergadura ¢ precisamente a rebitagem por mais pequeno que seja o avido, so sempre cravados alguns milhares de rebites. Na fabricacdo do aviio todos os trabalhos so feitos em série incluindo as cravagées. Normalmente quando se procede a fabricagdo em série segue-se um plano de trabalho, que é 0 estudo da propria fabrica construtora para que todas as operagdes de fabricago deém 0 maior rendimento possivel, Geralmente a ordem da fabricagéio processa-se da seguinte maneira. Partindo das pecas préviamente fabricadas, comega-se por reuni-las, formando assim um sub- conjunto que depois juntamente com outro ou outros formar o conjunto principal. Os pequenos conjuntos sdo geralmente formados em pequenos estaleiros e s6 depois de prontos irto para o estaleiro de montagem final afim de formar um dos orgdos principais do avigo. Na formagGo des conjuntos ¢ sub-conjuntos que sdo as operagdes em que se aplicam mais rebites, sendo estes cravados com uma pistola pneumatica ou por uma maquina especialmente idealizada para este fim. Na cravaco com a pistola perde-se muito mais tempo principlamente na formagdo de conjuntos pelo que ¢ aconsethavel utilizar estas em cravagdes no estaleiro Ha varios tipos de maquinas de cravar rebites. Temos as méquinas portiteis que no entanto sé podem cravar rebites que estejam ao alcance dos seus bragos. Existem dois tipos destas maquinas, uma para cravagGes longitudinais e outra para cravagdes transversais. Trabalham pot meio de ar comprimido que actua um piston indo este por sua vez accionar um sistema hidréulico para assim aumentar a compressio sobre o rebite, uma vez que este € cravado com um movimento do piston sendo precisamente esta a razio de toda a vantagem da sua utilizagdo que além da rapidez de execugdo deixa também os rebites com a mesma altura porque 0 movimento de compresséo é regulivel. Na ponta dos bragos tem uma adaptagdo para que se possa mudar de embutideira consoante os rebites que se vao utilizar. Note-se que estas embutideiras so construidas especialmente para este fim sendo diferentes das embutideiras que falamos anteriormente. Ver figuras 59 ¢ 60. Estes dois tipos de maquinas apresentados nas figuras n° 59 e 60 so os mais usados, por serem portanto mais faceis de manejar. no entanto no podem cravar rebites de grande dureza ou de grande diémetro pois ndo oferecem a resisténcia para o esmagamento. Para estes rebites construiram-se umas méquinas idénticas mas mais potentes e resistentes, mas como se tornam muito pesadas para transportar nos bragos, temos que as suspender por uma corrente a uma ponte rolante, ou diferencial. FIG. 60 Na ponta oposta da corente coloca-se um peso equivalente ao da maquina para manter o equilibrio a fim de que possamos desiocé-la em mais facilidade. (Ver fig. 61). 60. MAQUINAS ESTATICAS PARA CRAVACAO DE REBITES Nestas miquinas 0 maquinismo e 0 funcionamento sto fénticos as jé citadas anteriormente, trabalhande no entanto fi as a um corpo macigo em forma de grampo para que se possa colocar as pecas a cravar dentro dele. Sdo utilizadas na cravago de diversos conjuntos como blindagens, etc. (Ver figura 61) Nas grandes fabricas construtoras de avides existem varios tipos destas maquinas, com aberturas s, para que déem passagem as pegas a cravar. Além disso tém um maceco manual para diver gular a altura. (Ver figura 62 houve @ por iss idade de consiruir maquinas de grande produgio de trabalho que ¢ o caso da maqui.ia de L co miltipi com 2 qual se consegue cravar um grupo de rebites ao mesmo tempo. O 5 funcionamento é féntico as anteriormente descritas, sendo adaptado nos extremos duas ferramentas uma das quais servird de base A cabega dos rebites e a cura por intermédio do jento do piston iré cravé-las. nesta altura existem ums guias laterais que além de limitar os rebites também obriga @ encostar totalmente as chapas porque o piston primeiro tem um movimento de ajustagem e sé depois o de cravacdo, como nos indica na figura. (Ver figura 63) Estas nto conti néquinas em funciona 10 podem cravar até 2000 rebites por hora quantidade maxima de rebite que pode cravar por cada movimento é a seguinte. Rebditede 1/8 - 16 Ver figura N° 63 Rebite de 5/32 - 12 (Forme da méquina) Rebitede 3/16 - 8 Rebitede 1/4 - 4 i Saas [I lt ' py nee. ‘CRAVACAO FIM DA CRAVACAQ: FIG.64 MAQUINA AUTOMATICA DE FURAR, DIMPLINGAR E CRAVAR E uma das maquinas também utilizadas em cravagées em série. Tem a vantagem de fazer trés operagées; furar dimplingar e cravar simultaneamente sem que seja necessirio deslocar a pega para fazer qualquer dessas operagdes porque a maquina esté equipada com o disposito automédtico o qual para actuar basta carregarmos nos pedais correspondentes as operagdes que queremos efectuar para que os pungSes actuem. HZ ey FIG. 65 Note-se que o pungio de furacao é 0 mesmo que vai dimplingar a pega. Ver o esquema das operagdes na figura 65. Com esta maquina também se podem cravar rebites semi-tubulares. Quando se trata de chapas grossa no se pode furar com esta maquina REBITES 2 ; Derivado da variedade de trabalhos executados em Aeronautica existe grande diversidade de rebites que so sempre seleccionados e indicados nos planos de trabalho a serem elaborados cuidadosamente pelos preparadores de trabalho em funcdo das normas fornecidas, pelo que nunca é permitido ao funcionério que esta a executar determinado trabalho, utilizar um tipo de rebite que the no tenha sido fornecido para a execucdio do mesmo. Assim ao abordarmos este ponto serve apenas para elucidar os funcionairios em fase de instrugo dos tipos de rebite mais utilizados ¢ sua forma de aplicacdo. TIPOS DE REBITE: MAGICOS; CHERRY; PREGO (TUCKER POP) REBITE DE PORCA (RIVNUT). Rebites Macigos ‘Sao os rebites mais utilizados nos orgaos mais importantes a serem cravados. Como informacdo, a sua utilizagao depende das zonas a cravar, podendo ser utilizados rebites de cabesa baixa abaulada ou rebites de cabega rasa, sendo 0 MACICOS Angulo da cabega destes, varidvel em fungdo das espessuras a cravar. Rebite Cherry Estes rebites destinam-se a cravagdes em zonas inacessiveis e portanto onde ndo se podem utilizar macacotes, como por exemplo (bordos de fuga). Ver fig. 67. Rebite de Prego (Turker Pop) PREGO Com caracteristicas muito semelhantes aos rebites cherry, sio diferentes porque a agulha parte na parte superior junto a cabeca. Sao também utilizados em zonas inacessiveis aos magacotes. Sao rebites pouco resistentes ao choque pelo que no podem ser cravados em zonas sujeitas a esforgos. Por ndo se conseguirem cravar, de forma a ficarem vedados, nao podem set aplicados em sitios expostos ao tempo. Processo de cravagio. Ver fig, 68 FIG. 68 . Rebite de Porca (riv nut) | REBITE Estes rebites so fabricados especialmente para serem utilizados como porcas. Sao abertos pelo centro, com diferentes diémetros e tipos de rosea. Foram fabricados para serem aplicados em zonas onde no ¢ possivel aplicar porcas normais, na parte interior da chapa. DEPORCA Exemplo: bordos de ataque para fixago dos revestimentos anti-gelo, ete ‘Tém dois tipos de cabeca, cilindrica e de embeber (RASA). Alguns destes rebites sdo abertos de lado a lado e outros tapados numa extremidade para serem utilizados em zonas onde seja ossivel haver infiltragdes de qualquer tipo de humidade. 66 A fig. 69 demonstra o tipo de ferramenta especial para a sua cravagdo assim como os varios tipos de rebite. FIG. 69 Considerado um dos elememtos mais importantes num fabrico, em fungo dos esforgos que vai suportar e por isso a escolha que sempre precede quando é estudada a parte estrutural ou os componentes de uma aeronave, criando tabelas e normas de aplicagao de forma a garantir uma resisténcia adequada aos esforgos que vao ser sujeitos todos os elementos que fazem parte do referido fabrico. Assim ao indicarmos os tipos de rebite mais utilizados sem nos referirmos especificamente a este ou aquele tipo fazemo-lo propositadamente, pois que poderiamos induzir em erro, quem esté numa fase de aprendizagem e que por isso tem de se ir formando no dia a dia aprendendo a orientar-se pelas normas que atras referimos. Julgdmos entéo conveniente indicar os cuidados a ter na preparacio do orgio a cravar como e quando é necessario aplicar este ou aquele processo, esta ou aquela ferramenta, elucidando com algumas figuras os casos que julgamos mais prementes. a NOTA: Considerando o que acima referimos, é de extrema importncia que o monitor do Curso desenvolva toda esta matéria exemplificando através de normas e tabelas ¢ depois na utilizagao pratica em pormenor toda a importéncia que tem num fabrico a utilizagdo correcta dos REBITES EXEMPLO DO COMPRIMENTO DE CADA REBITE PARA INICIAR UMA CRAVACAO Para que o rebite fique devidamente cravado, além do que anteriormente foi dito ha que ter em considerago qual 0 comprimento que o corpo do rebite deve ficar além da chapa a cravar para que a pane do rebite amachucada (cepo) fique correcto. Por outro lado, se o comprimento do rebite for muito grande ao ser submetido a cravagdo tem logo tendéncia a entortar, se for baixo ndo entortard mas a sua resisténcia serd enfraquecida ¢ sujeita a nao resistir a qualquer esforgo que seja exigido ao rebite porque o seu (cepa) tem pouco volume de material. damos em baixo uma tabela com os respectivos comprimentos a que deve ficar além de. capa para uma cravago correcta, Didmetro a 3 - X(1,5D) do rebite D E(1,3D) T (0,5D) | X (1,5D) 332 9764 wea | 976s Te me [We |e 3732 sea [sre 3/16 332 | 9/32 I V4 V8 8s la, ply 5D}

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