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Capiruco XXI 4 PasTA O Capital Portador de Juros Ao considerar pela primeira vez a taxa geral ou média de lucto (Secdo Il deste livro) ainda no tinhamos esta Gltima diante de nds em sua figura definitiva, pois a equalizacto aparecia apenas como equalizacao dos capitais indlustriais investidos nas diversas esferas. Isso foi completado na seco anterior, am que a participagio do capital comercial nessa equalizago ¢ 0 lucro mercantil foram discutidos. A taxa geral de lucro e o lucro médio se apresentavam agora em limites mais estreitos do que antes, No prosseguimento da exposico nao se deve perder de vista que, daqui por diante, 20 falar da taxa geral de Iticro ‘ou do lucro médio, nos referimos a tikima versao, isto é, figura definitiva da taxa média, Uma vez que esta é agora a mesma para o capital industrial e para o mercantt j4 nao 6 necessério, & medida que se trata somente desse lucro médio, fazer distin¢&o entre lucro industrial e lucro comerci Quer o capital seja investido industrialmente na esfera da produgao, quer mercani mente na esfera da circulacao, ele proporciona pro rato de sua grandeze o mesmo lucto médio anual. Dinheiro — considerado aqui como expresséo auténoma de uma soma de va- lor, exista ela de fato em dinheiro ou em marcadorias — pode na base da producao capitalisa ser transformado em capital e, em virtude dessa transformacéo, passar de um valor dado para um valor que se valoriza a si mesmo, que se multiplica. Pro- diz lucr, isto é, capacita o capitalista a extrair dos trabalhadores determinado quantum de trabalho nao-pago, mals-produto e mais-valla, e aproprier-se dele. Assim adqui- re, além do valor de uso que possul como dinhelro, um valor de uso adicional, a saber, 0 de funcionar como capital. Seu valor de uso consiste aqui justamente no. lucro ‘que, uma vee transformado em capital, produz. Nessa qualidade de capital possivel, de meio para a producdo de lucto, torne-se mercadoria, mas uma merca: dria su generis, Ou, o que dé no mesmo, o capital enquanto capital se torna mer cadoriat Suponhamos que a taxa média anual de lucro seja de 20%. Uma maquina no valor de 100 bbras esterlinas, empregada coma capital em condigées médias e com a proporedo média'de inteligéncia e atividade adequada, proporciona entao um lu- cro de 20 libras esterlinas. Assim, uma pessoa que dispée de 100 libras esterinas 5 Aga haseraslgumas nssanens ps car em que a: ecanomns concer aga asin: “Os senor fo Banco dda lea Facer negeuns mut grandes com 1 mere cape” & perguninga % um dear dae basco nur Intanoggra de tesienurhos para Report on Bank Aa” Howse ol Commons, 1887, [pls 255, 256 pIVISAO DO LUCRO EM JURO E LUCRO BO EMPRESARIO tem em suas méos o poder de fazer de 100 libras esterlinas 120, ou de produzit tum lucro de 20 libres esterlinas. Tem nas m&os um cepital possivel de 100 libras esterlinas, Se essa pessoa deixa as 100 libras esterlinas por ] eno a oulra, que real- mente as emprega como capital, dé a esta o poder de produzir 20 libras esterlinas de lucro, mais-valia que nada the custa, pela qual nfo paga equivalente, Se ao final do ano essa pessoa pager ao proprieiério das 100 libras eslerlinas uma soma de talvez 5 libras esterlinas, isto é, parte do lucro produzido, entéo paga com isso 0 va~ lor de uso das 100 libras esterlinas, 0 valor de uso de sua funcao-capital, a funcao de produzir 20 libras esterlinas de lucro. A parte do. luc Ihe paga chama-se jwro, © que porlanio nada mais é.que um nome particular, uma mubrica particular ara uma parte do lucro, a qualo capital em juncionamento_em verde pitno pré- prio piolso, fem_de pagar_acpropriaté E claro que a posse das 100 libras esterlinas dé a seu proprietério 0 poder de atrair para si o juro, certa parte do lucro produzido por seu capital. Se no desse as 100 libras esterlinas ao outro, este nao poderia produzir o luero, nem funcionar a0 todo como capitaisia, com rela¢ao a essas 100 libras esterlinas.®5 Falar aqui de justica natural, como o faz Gilbart (ver nota), & um contra-senso. ‘A justiga das transagdes que se efeiuam entre os agentes da’ pradugio baseia-se nia circunstancia de se originarem das relacdes de produgao como conseqiéncia natu- ral. As formas juridices em que essas transacdes econémicas aparece como atos de vontade dos participantes, como expressdes de sua vonlade comum e como cor tratos cuja execuc&o pode ser imposta & parie individual por meio do Estado néo podem, como simples formas, determinar esse contetido. Eles apenas o expressam. Esse contetido & justo contanto que coresponda 20 modo de producio, que Ihe seja adequado. E injusto, assim que o contradisser. A escravatura, na base do modo de produgso cepitalsta, é insta; da mesma maneia a fraude na qualdede da mer- cadoria, As 100 libras esterlinas produzem o lucro de 20 libras esterlinas pelo fato de funcionarem como capital, seja industrial ou mercantil, Mas a concigao sine qua non dessa funcao enquanto capital € que sejam despendidas como capital, que 0 dinheito seja desembolsado na compra de meios de produgao (no caso do capital industrial) ou de mercadoria (no caso do capital mercanti).. Mas, para ser gaslo, é mister que esteja af. Se A, o proprietério das 100 libras esterlinas, as gaslasse para seu consumo privado ou as quardasse consigo como tesouro, nao poderiam ser gastas como capital por B, o capitalista funcionante, B nao despende seu capital, mas o de A; mas nio pode despender o capital de A sem contar com a vontade de A. Na realidade é A, pois, quem originalmente gasta as 100 hbras esterlinas como capital embora toda a sua fungo de capitalista se reduza a esse gasto das 100 libras esterl: ras como capital. No que se refere a essas 100 libras esterlinas, B s6 funciona como capitalsta porque A lhe deixa as 100 libras esterlinas e assim as gasta como capital. Antes de mais nada, observemos a circulacdo peculiar do capital portador de jumos. Teremos eniéo de exeminar em sequnda instancia a maneita especial camo ‘@vendida essa mercadaria, a saber_como_é empresiada em vez de ser entraque ‘2 uma.vee.por_todas, O ponto de partida é o dinhelro que A adianta a B. Isso pode oconer com ou sem gerantia; a primeire forma, entretenio, é a mais antiga, executados os adianta- menios sobre mercadorias ou titulos de divida, como letras de cimblo, acoes etc. Essas formas particulares nao nos interessam aqui. Tratamos aqui do capital porta- dor de juros em sua forma ordinéria. Que uma pestoa quo toma dinheko empretado om a Inlngde defer hizo com ce deve der pare db empretoer€om pope uri di al (OH BARE Th Hy od Pole of ig Les 3, Nas mos de movimento D — representa o jure. © capital perman periodicamente O movimento O que aparec seu refluxo como No moviment 2 vezes ou ~ se uma dessas mudz compra ou venda até sua queda de Em M — D - dinheiro, masing forma em dinhein No caso daca de D de modo alg seja da reproducai do capitalista funci tivo. A primeira m remessa de A a E Gerantias juridicas ‘Acesse duplo: transferéncia de A fui do movimento te para A, mas a0 D+ AD, em que ojuto, Para B refle ‘mas como propriet novamente para ! do lucro obtido cc © dinheiro como ¢ mento, mas cria m enquanto é capital deixa de funciona devolvido a A, at A forma dé en cadoria —, que o: da, j& resulta da d © dinheiro como Mas neste po Vimos (Livro! cesso de circulacds ambes.as formas, ‘Tao logo 0 3} de ser langado ne plesmente como n cadoria, bem com mercadoria, 0 pro de produzir ie 100 libras tr, que real- ras esterlinas 2. Se 20 final ma soma de Ym isso 0 va tal, a funcéo ga chama-se , © poder de je nao dese mm funcionar nira-senso, 30 baseia-se iiéncia natu- n como atos e como con- ‘Estado no ) expressam. ro, que Ihe se do modo jade da mer- pelo fato de fo sine qua pital, que o © do capital ser gasto, & astasse pare 1m ser gastas pital, mas o nade de A. como capital, libras ester‘ iciona como, omo capitel. porlador de rrer com ou os adianta- , acdes etc, apital porta~ pate do era 0 Lars, 1834 © CAPITAL PoRTADOR DE JUROS 257 Nas méos de B, o dinheito é realmente transformade em capital, percore 0 movimento D — M’— D’ para voltar a A como D’, como D + AD, em que AD Tepresenia 0 juto, Para simplificar abstraimos aqui, por enguanto, o caso em que © capital permanece por tempo mais longo nas maos de B e os juros s8o pagos periodicamentte, © movimento é, portanto: D-D-M-D'-D’ ‘© que aparece aqui duplicado é 1) o dispéndio do dinheiro como capital ¢ 2) seu refluxo como capital realizado, como D’ ou D + AD. No movimento do capital comercial D.— M — D’, a mesma mercadorie muda 2 veues ou — se um comerciante vende @ outro — mais vezes de maos; mas cada uma dessas mudangas de lugar da mesma mercadoria indica uma metamoriose, compra ou venda da mercadoria, por mais vezes que esse proceso possa se repetir até sua queda definitiva no consumo. Em M — D — M, por outro lado, ocome dupla mudanga de lugar do mesmo dinheiro, masindica a metamoriose completa da mercadoria, que primeiro se trans- forma em dinheiro e, em seguida, de dinheiro em outra mercadoria. No caso do capital portador de juros, ao contrério, a primeira mudanca de lugar de D de modo algum constitui um momento seja da metamorfose de mercadorias, seja da reproducdo do capital. Isso ele s6 se torna no segundo dispéndio, nas maos do capitalisiafuncionante, que com ele comercia ou o transforma em capital produ- tivo. A primeira mudanca de lugar de D expressa aqui sua transferéncia ou remessa de A a B; uma fransferéncia que costuma realizar-se sob cerlas formas € garantias jurfalcas. A esse duplo dispéndio do dinheiro como capital, em que o primeiro é simples transferéncia de A para B, comesponde seu duplo refluxo. Como D’ ou D + AD, re- flui do movimento para o capitalista funcionante B. Este o transfere eto novamen- te para A, mas ao mesmo tempo com parte do lucro, como capital realizado, como D+ AD, em que AD nao é igual ao lucro inteiro, mas é apenas parte do lucro, 0 juro, Para B reflui apenas como 0 que este despendeu, como capital funcionante, Tas como propriedade de A. Para que seu refluxo see completo, B tem de transferi-lo novamente para A. Mas, além da soma de capital, B tem de entregar a A parte do lucro obtide com essa soma de capital sob o nome de juro, pois A sé the dew © dinheiro como capital, isio , como valor que nao apenas se conserva no mot ‘mento, mas cria mais-vaia para seu proprietério, Parmanece nas maos de B apenas ‘enquanto é capital funcionante. E com seu refluxo — no fim do prazo estipulado — deixa de funcionat como capital. Como capital nao mais funcionante, tem de ser devolvido @ A, que nao cessou de ser o proprietétio juridico do mesmo. A forma de empréstimo que é peculiar dessa mercadoria — o capital como mer- cadoria —, que ocorre aliés também noutras transagdes, em vez da forma de ven- da, jé resulta da determinaco de o capital aparecer aqui como mercadoria ou de © dinheito como capital tornar-se mercadoria. Mas neste ponto temos de distinguir. Vimos (Livro Segundo, cap. I) e relembremos brevemente que 9 capital, no pro- cesso de circulacSo, funciona como capital-mercadoria e capital monetario. Mas, em ambes as formas, nao & capital como tal que se. toma mercadori. “Tao logo 0 capital produtivo se tenha fransformado em capital-mercadoria, tem de ser langado no mercado e ser vendido como mercadoria. Aqui funciona’ sim- plesmente como mercadoria. O capitalista aparece apenas como vendedor de mer- cadoria, bem como o comprador apenas como comprador de mercadaria, Como mercadoria, o produto tem de realizar seu valor no processo de circulagao, media 258 DIVISAO 00 LUCRO EM JURO E LUCRO DO EMPRESARIO te sua venda, e assumir sua figura transmutada como dinheiro, Por isso, é totalmen- te indiferente se essa mercadoria é comprada por um consumidor, como meio de subsisténcia, ou por um capitalista, como meio de produgio, como componente de capital, No ato de circulaco, o capital-mercadoria funciona como mercadotia e nao como capital. € capital-mercadoria: 1) porque ja esté prenhe de mais-valia, sendo a realizaco de seu valor ao mesmo tempo realizacSo de mais-valia; mas isso em nada altera sua simples existéncia como mercadoria, como produto de determina- do prego; 2) porque essa sua funcao de mercadoria é um momento de seu proces- so de reproducao come capital e, porianto, seu movimento come mercadoria, por ser apenas movimento parcial desse processo, 6 ao mesmo tempo seu movimento ‘como capital; ele nao se torna isso, entretanto, pelo préprio ato de venda, mas pela conexio deste ato com o movimento global dessa soma determinada de valor co- mo capital Do mesmo modo, como capital monetério ele funciona apenas camo dinheiro, isto 6 como meio de compra de mercadarias (os elementos de producSo). Que es- se dinheiro seja aqui ao mesmo tempo capital monetério, ume forma do capital, nao decorre do ato de compra, da fungao real que aqui exerce como dinheiro, mas da conexdo desse ato com 0 movimento global do capital, pois esse ato que realiza como dinheiro inaugura o processo de producdo capitalista. Mas, na medida em que estao funcionando realmente, desempenhando real- mente seu papel no processo, o capital-mercadoria alua aqui apenas como merca- doria e o capital monetério apenas como dinheiro. Em nenhum momento isolado da metamorfose, considerado porsi_n.capiialista vende-a mercadaria.coma.caplcl ao-comprador, embora para ele esia represente capital, ou aliena.o.dinheim camo sapiial ao vendedor. Em_ambos os casos, cle aliena.a.mercadoria simplesmente ca- mo mercadoria ¢ o dinheito simplesmenie. como-dinheiro-como.meia.de campra de_mer E sérne conexdo de tode 0 procedimenta, no momento em que 0 ponto de partida aparece ao mesmo tempo como o ponto de teloma, em D —D' ouM — M- que 0 capital se apresenta no processo de circulagao come capital (enquanto, no processo de producao, ele se apresenta como capital mediante a subordinacao do trabalhador ao capitalista e a produgao de mais-valia). Nesse momento de relorno, entretanto, a mediacao des eu..O que hé 6D’ ou D + AD (quer a soma de valor aumeniada de AD exista na forma de dinhelro ou de mercadoria ou de ele~ menfos de produeSo), uma soma de dinheiro igual & some originalmente adianiada teks umvescedenie sobre ela, a maievala aleade, E usemonte nese ponte de retorno, em que 0 capital existe como capital realizado, como valor valorizado, nes- sa forma — a medida que esse ponto seja fixado como ponto de repouso, imagind- rio ou real — o capital jamais entra em circulagao, mas aparece muito mais como. retirado da circulagéo, como resultado de todo o proceso. Tao logo seja novamen- te gasto, nunca é alienado a um terceiro como capital, mas é vendido a ele como simples mercadoria ou the @ entregue como simples dinheiro por mercadoria. Em seu processo de circulac&o, nunca aparece como capital, mas apenas como merca- doria ou dinheiro, e esta é aqui sua Gnica existéncia para outros, Mercadoria e di- nheiro aqui sdo capital, nao 2 medida que mercadoria se transforma em dinheiro e dinheiro em mercadoria, no em suas relages reais com 0 comprador ou vende- dor, mas apenas em suas relagdes ideais, ou com o préprio capitalsta {do ponto de vista subjetivo) ou come momentos do processo de reprodugio (do ponto de vista objetivo). O capital existe come capital, em seu movimento real, nao no pro. cesso de circulacao, mas somente no processo de produc, no processo de explo- ragdo da forga de trabalho, isa € diferente com o capital portadar de juras, @ justamente essa dilerenca constifui seu_carater especifico. Q possuidor de dinheiro que quer valorizar seu di- Ace abeira.como cept toma-o mercado para aitros; néo s 20 tercelro de ante mals-valia, luero; « Gionado, tetoma + de dinhejro; porta, ‘roprietétio apene do em pagamenta dicho, primeiro, de 4g olar como ca Marcadoria ot reza, como capitel mas; como capita uitalicia, de modo cadorias, pela nait tal fixo, como case que seja sua form de seu valor de us Pois o que se emr soma é calculado' te, sera reembolse periodicamente ju equivalente do de capital fixo empres fe, ento volta ao A maneira de que se reproduz e do, 0 refluxo assu do mesmo, tem 2 Neste capftula stivam as outras te O eapital emp copitaista funcions feréncia ao presia Prieiério, 0 ponto No proceso r doria ou dinheiro, Em suma, 0 pros: coisa é diferente g de, Se partimos ¢ caso partimos de soma de dinheiro mento. A reposici Ela se conservoue 10, & medida que sa soma de dinhel com um eeréscim gasto como dinhe Soba igur, (dos 50, € totalmen- somo meio de >mponente de rcadoria e no is-valia, sendo. mas isso em de determina- de sou proces. ercedoria, por 2u movimento nda, mas pela a de valor co- ome dinheico, ig50). Que es- na do capital, dinheiro, mas. ato que realiza enhando real- ‘como merca: mento isolado 1-come_capital linhejrocamo plesmente.ca- io.de compra @ 0 ponto de youM — M, quanto, no jordinacao do on era.soma.de riaou de ele- nig adiantada ssse ponto de lorizado, nes- iso, imagind- io mais como. eja novamen- oa ele como cadoria, Em como merca- rcadoria e di- em dinheiro lor ou vende- ta (do ponto (de ponto de | NBO no pro- sso de explo- ssa dilesenca ovizar seu di QCAPITAL PORTADOR DE JUROS 259. aheita como capital portador de juros aliena-o_a um terceiro, lanca-o na circulacdo, jorna-o mercadoria como capital; no s6.como.capital para simesmo, mas iambém para_guiros; nio € meramente capital para_aquele_qi al é entreque ‘a0 terceiro de antemao como capital, como valor que possui o valor de uso de criar ‘mais-valia, lucro; como valor que se conserva no mavimento e, depois de terfun= Paar xetorna. pera quem. axa ane te a despendeunesse caso o possuidor le dinheiro; portanto afasta-se dele apenas por um periodo, passa da posse de seu ‘pti ine cour temaralarente See cease de posae dese do ‘em pagamento nem vendido. mas apenas emprestado; 56 é alienado sob a con- dicdo, primero, de votar, ap6s determinado prazo, a seu ponio de partida, e, segundo, de oltar come capt realizado, tendo reakzado seu valor de uso de produrit mais valia Mercadoria que é emprestada como capital é emprestada, conforme sua natu- reza, como capital fixo ou circulante. O dinheiro pode ser emprestado nas duas for- mas, como capital fixo, por exemplo, quando é reembolsado na forma de renda vitalicia, de modo que com 0 juro reflui sempre uma porcio do capital. Certas mer- cadorias, pela natureza de seu valor de uso, s6 podem ser emprestadas como capi- tal fixo, como casas, navios, m4quinas etc. Mas todo capital emprestado, qualquer ue seja sua forma e como quer que o reembolso seja modificado pela natureza le seu valor de uso, é sempre apenas uma forma particular do capital monetério. Pois o que se empresta aul é sempre determinada soma de dinheito e sobre essa soma é calculado 9 juro. Se o que se empresta nao é dinheiro nem capital circulan- te, seré reembolsado maneira como reflui o capital fixo. O emprestador recebe periodicamente juros e uma parte do valor consumido do préprio capital fixo, um equivalente do desgasta periddica. E ao final do prazo a parte ndo consumida do capital fixo emprestado retoma in natura. Se o capital emprestado é capital circulan- te, entao volta ao prestamista 8 maneira como reflui o capital circulante. A maneira de refluxo é determinada de cada vez, pois, pelo ciclo real do capital que se reproduz e de suas modalidades particulares. Mas, para o capital empresta- do, o refluxo assume a forma de reembolso porque o adiantamento, a alienacdo do mesmo, tem a forma de empréstimo. Neste capitulo tratamos do capital mgnetério propriamente dito, do qual se de- Jivam_as_outras formas do capital emprestado. O capital emprestado reflui duplamente; no processo de reprodugdo retomna a0 capitalisia funcionante, ¢ em seguida repete-se 0 relomo mais uma vez como trans- feréncia 20 prestamista, 0 capital monelério, como reembalso ao verdadelro pro- prielétio, o ponto de partida juridico. No proceso real de circulacao, o capital aparece sempre apenas como merca- doria ou dinheiro, ¢ seu movimento se resolve numa série de compras e vendas. Em suma, © processo de circulagéo se resolve na metamorfose da mercadoria. A coisa é diferente quando consideramos o processo de reprodugao em sua tolalda- de. Se partimos do dinheiro (e € o mesmo se partimos da mercadaria, pois neste caso partimos de seu valor, considerando-a sub specie" de dinheiro), enlio uma soma de dinheiro é gasta e ela, apés determinado perfodo, retorna com um incre- mento. A reposicao da soma de dinheiro adiantada retorna plus uma mais-valia. Ela se conservou e multiplicou ao percorrer certo movimento circular, Mas o dinhel- ro, 8 medida que é empresiado como capital, € precisamente emprestado como es- sa soma de dinheiro que se conserva e se multiplica, que apés certo perfodo retorna com um acréscimo e pode sempre de novo passar pelo mesmo pracesse, N&o & sasto como dinhelro nem coma mercadoria, porianto nao é trocado por mercado- ¥ Sob a gra. dos TH 260 —_DIVISAO DO LUCRO EM JURO E LUCRO DO EMPRESARIO tia, se é adiantado como dinheiro, nem se vende por dinheiro, se adiantado como mercadoria; é despendido como capital. A relag3o consigo mesmo, na qual se re presenta o capital, quando se encara o processo de produco capitalista como um todo ¢ uma unidade, e na qual o capital aparece como dinheiro que gera dinhelro, simplesmente Ihe é incorporada aqui sem o movimento intermediério, como seu ‘cardter, sua determinacao, E nessa determinacao ele é alienado, quando empresta- do como capital monetério, Uma concepgio singular do papel do capital monetévio é a de Proudhon (Gra- tuité du Crédit. Discussion entre F. M. Bastiat e M. Proudhon, Patis, 1850). Para Proudhon, emprestar parece um mal porque nao € vender, Emprestar a juros ‘est la faculté de vende toujours de nouveau le méme objet, e den recevolr toujours de nouveau le prix sans jamais céder la propriété de ce quan vend tp. 9) O objeto, dinheiro, casa etc. nfo muda de proprietério, como na compra e ven da, Proudhon nao entende que, a0 ceder-se o dinheiro ne forma de capital pone. dor de juros, ndo se recebe nenhum equivalente em troca. Em todo ato de compra evende, & medida que ocorrem ao todo processos de troca, é verdade que o objeto é entregue. Cede-se sempre a propriedade do abjeto vendido. Mas ndo se entrega, © valor. Na venda, a mercadoria é entregue, mas ndo seu valor, 0 qual é devolvido na forma de dinheiro ou, 0 que é aqui apenas outra forma, na de titulos de divida ou de ordens de pagamento. Na compra, 0 dinheiro & entreque, mas ndo seu valor, ‘© qual é reposto na forma de mercadoria. Durante todo o processo de reprodugao, © capitalista mantém em suas maos © mesmo valor (abstraindo @ mais-valia), ape- nas em formas diversas, A medida que ocorre intercéimbio, isto 6, intercambio de objetos, no hé mu- danga de valor. O mesmo capitalista mantém Sempre o mesmo valor em suas mos. Mas, 8 medida que maisvalia é produzida pelo capitalista, ndo ocorre intercdmbior, {0 logo ocorra intercémbio, a mais-valia j& esté contida nas mercadorias. Tao logo consideremos no os ales isolados de intercambio, mas o ciclo global do capital, D — M — D’, vemos que constantemente deierminada soma de valor é adiantada essa soma de valor pius a mals-valia ou lucro é retirada da circulagao. A mediac&o desse processo, no entanto, nao é visivel nos meros atos de troca. E & justamente desse processo de D como capital, sobre o qual repousa o juro do capitalsia presta- mista de dinheito, que o juro se origina. “De fate, diz Proudhon, ‘2, chapeleiro que vende chapéus (..) recebe o valor deles, nem mais em menos. Mas o capitalista que empresta(..) nfo recebe apenas seu capi: tal de voka integralmente; recebe mais que o capital, mais do que langa no intercSmbio: recebe, além do capital, um juro” (p. O chapeleiro representa aqui o capitalisia produtivo em oposigo a0 que em- presta, Evidentemente, Proudhon nao descobriu 0 segredo de como o capitelista produtivo pode vender mercedoria por seu valor (para sua verso, aqui a equaliza~ io em precos de produgao nao Imporia) e justamente por isso obter lucro, além do capital que langa no intercambio. Suponhamos que o preco de produco de 100 chapéus seja = 115 libras esteriinas, e que esse preco de producgo seja por acaso igual ao valor dos chapéus, sendo, ‘portanto, o capiial que produz os chapéus de composicao social média, Se o lucro € de 15%, ent&o o chapeleiro realiza um lucro ® -€» fheuldade de vender semore de novo © mesma cto, weshanda sempre de nove © prog, sem fmol cade @ bropradsde do que vende: — A pesigem cada € de Charles Franco Chev um real do pral ta ote du Peupie f gle pie cara do ito Grau du Co€Gk Dscurslon ent M. Fr Bao et M. Prvahon, Par BSD, Na ‘Ama de 15 libras esterli custam 100 kbras o excedente de 15 tem de ceder talve chapéus, mas ape! soas diferentes, U: de juros, é um ab “Uma vez qu pare compor 0 prar de volta o que, sob o dom Quao pouco F guinie, em que ele Peculiar a0 capitai “Come, part vient toujours & profite toujours Que é entéo gi portador de juros? em que aparece enquanto capital = empréstimo, 0 pre Oretorno do Histico do capital er lador de juros. O Bs ato algum da meta porque no ocone das mos do capit pleta o primeiro ate reloma, pelo proce de dinheito, Mas, ¢ dio, nao pode pert Ui cass hats fader (90 preg de cu Temes agora de tour de ur ei eros tab rg preaigen, Welenbeg, 154 + Cramos Lier segundo ver do prpti uabak * -Com, pla acumulagse eomprisina sempre fs é adiantado como no, na qual se re- pitalista como um jue gera dinheiro, -diério, como seu juando empresta- 2 Proudhon (Gra: aris, 1850). Para Prestar a juros n recevolr toujours a (p. 9) na compra e ven- de capital porta- lo ato de compra ade que o objeto 15 NO se entrega qual é devolvide ttulos de divida as no seu valor, > de reproducao, mals-valia), ape- tos, no hS mu- rem suas maos. re intredmbo; dorias. Tao logo lobal do capital, alor é adiantada oA medlagdo ebe o valor deles, apenas seu capi 2 No intercémbio; sfi0 a0 que em- mo © capitalista aqui a equaliza- bier lucro, além rodugao de 100 > Seja por acaso os chapéus de realiza um lucro 5. sem als cade 2 al La Ute du Pople Bas, 150, (Nd © CAPITAL PORTADOR DE JUROS 261 de 15 Ibras esterlinas por vender as mercadorias por seu valor de 115. A ele sé custam 100 libras esterlinas. Se produziu com seu préprio capital, entao embolsa © excedente de 15 lbras esterlinas por inteiro: se produztu com capital emprestado, tem de ceder talvez 5 libras esterlinas como juros. Isso em nada altera o valor dos chapéus, mas apenas a distribuicdo da mais-valia j& contida nesse valor:entre pes- soas diferentes. Uma vez que 0 valor dos chapéus no é afetado pelo pagamento de juros, é um absurdo quando Proudhon diz: “Uma vez que no comércio o juro do capital se adiciona ao salério de trabalhador, para compar o prego da mercadoria, entdo 6 impossivel que o trabalhador possa com: prar de volta 0 produto de seu proprio trabalho. Viure en travaillan®” € um principio que, sob 0 dominio do juro, encerra uma contradicac’ (p. 105.) Quo pouco Proudhon compreendeu a nalureza do capital, mostra a frase se- guinte, em que ele descreve o movimento do capital em geral como um movimento peculiar ao capital portador de juros: “Come, par faccumulation des interéts, le capital-argent, déchange en échenge, re- vient toujours & sa source, il sensuit que la relocation foujours faite par la méme main, profite toujours au méme personnage’* {p. 154.) Que é entéo que continua entgmatico para ele no movimento peculiar do capital portacior de juros? As categorias: comprar, preco, entregar objetos, ¢ a forma direta em que aparece aqui a mais-valia; em suma, 0 fenémeno de que aqui o capital enquanto capital se tornou mercadoria, que. portanto, a venda se lransformou em ‘empiéstimo, 0 preco em participagao no lucro. O retomo do capital a seu ponio de partida 6, em geral, o movimento caracte- ristico do capital em seu ciclo global. Isso no é caracteristico apenas do capital por- tador de juros. Q.que a distingue é a forma_estema. dissociada do. ciclo mediador dotetarno, O_capitalista prestamista entrega seu capital. ransfare-o ao capilaliste industrial, sem receber um equivalente. Sua entrega nao constitui ata algum do pro- sesso.real de cixculacao do-capital, mas apenas encaminba esse ciclo, a set realizado palo capitalisia industrial. Essa primeira mudanga de lugar do dinheiro nao expressa ato algum da metamorfose, nem compra nem venda. A propriedade néo é cedida, Porque ndo ocorre intercambio, ndo se recebe equivalente. O retorno do dinheiro, das maos do capitalisia industrial 8s maos do capitalista prestemista, apenas com pleta 0 primeiro ato de entrega do capital. Adiantado na forma de dinheiro, o capital retorna, pelo processo de circulagéo, ao capitalista industrial novamente na forma de dinheire, Mes, uma vez que o capital nao lhe pertencia no momento do dispén- dio, no pode pertencer-Jhe quando retoma. E impossivel que o transito pelo pro- {Un css ino tne devem, se suns Prudhon, or empress como ‘sp ns wend como “ne ‘abs -1 aa pro de cunt” (p. 83-00). Cater enavn ale acina de Poudhon,cabln que glast here £ nsapendoae {forms de empresa ou de comarar "Fans do eomrs lnm im una, Hora demas pany sf head Temos agora de rar ds urna desis cous, ds asuta nos empressmon, «dapat dela encamnha (ps 0 a ral, sito kamos tam er quanto 3 usu os compas Sea ne? UTHER, Mn ee Phorm wide den Ocha prigen, Ween, 1D * Chamos Luteo segundo 9 1° edo de Das Kapil volume 1, Hamburg, 1898, (N. da Ed. Alms) ° Var do ppt abo (Nd T) ¥ -Coma, pola scurlgto dos jes capital monet, de ace em tors ebms sempre a wa font, segue ave @ ‘eempitstine, sempre elo pelos masmas mos, smpee agroness 4 mesma paronagem (doe) 262 _DIVISAO DO LUCRO EM JURO E LUCRO DO EMPRESARIO cosso de reproducao possa transformar esse capital em sua propriedade. Tem, pois, de devdlvé-lo ao prestamista. O primeiro dispéndio, que transiere o capital das mos do prestamista para as do muluétio, € uma transacéo juridica, que nada tem a ver com 0 proceso real de reproduco, mas apenas o enceminha. O reembolso, que transfere novamente o capital refluldo das maos do mutuério para as do presiamis- ta, € uma segunda transacdo juridica, o complemento da primeira; uma encaminha © processo real, @ outra 6 um ato posterior a esse processo, Ponto de partida e pon- to de retorno, entrega a resituicSo do capital emprestado, aparecem assim como mo vimentos arbitrérios, mediados por transagSes juridicas e que ocorrem antes e depois do movimento real do capital, e que nada tam a ver com o proprio, Para este, seria indiferente se 0 capital pertencesse de antemdo ao capitalista industrial e, por isso, simplesmente refluisse para ele como sua propriedade. No primeiro ato introdut6rio, o prestamista enirega seu capital ao mutuétio. No segundo ato, posterior e final, o mutuario devolve o capital ao prestamista. A medi- da que s6 se considera a transacao entre ambos — abstraindo, por enquanto, 0 ju ro —, & medida que se trata, portanto, apenas do movimento do proprio capital emprestado entre prestamista ¢ mutuério, esses dois atos (separados por um pe- rfodo mais ou menos longo, durante o qual se efetua o movimento real de produ- So do capital) abrangem a totalidade daquele movimento. E este movimento, entegar sob a condicao de restituir, , em geral, o movimento de emprestar ¢ tomar empres- tado, dessa forma espacfice da aienacéo apenas condcional de dinhero eu mer- cadoria. Qmovimento caracieristica do capital.em_geral,_o retomne da dinheiro ao capl- Jalistao-setome do capital.a-seu_ponto.de pariida, recebe_no capital portadar de juras ima figura totalmente exlerna. senarada do.movimenio real-de que é forma. Entrega A seu dinheiro no como dinheiro, mas como capital. Nao hé translorma- go alguma do capital. Este apenas muda de mos. Sua verdadeira transformagSo em capital s6 se d& nas maos de B. Mas, para A, tornou-se capital em virtude da simples entrega a B. O refluxo real do capital do processo de produgio e de circula- Go 6 ocome para B, Mas, para A, 0 refluxo se verlica na mesma forma que a alienago. O capital retoma das maos de B as de A. Entrega, empréstimo de di- nhelto nor certo prazo e recuperacio com juros (mais-valial € a forma toda do mo- vimento que cabe a0 capital portedor de juras como tal. O movimento real do dinheiro ‘emprestado como capital € uma operagao situada além das iransacdes entre presta- mistas € mutuérios. Nestas, essa mediacSo é apagada, invisivel, nao esté diretamente implicita, Como mercadoria de natureza peculiar, o capital possul também um mo- do peculiar de alienagio, O retomo nao se expressa aqui portanto como conseqilencia € resultado de determinada série de atos econémicos, mas como conseqiiéncia de um acordo juridico especial entre comprador e vendedor. O prazo do refluxo de- pende do decurso do processo de reprodugao; no caso do capital portador de ju- tos, set relorno como capital parece depender do simples acordo entre prestamista € mutuério. De modo que o refiuxo do capital, com respelto a essa transacéo, j6 n3o aparece como resullado determinado pelo processo de producao, mas como se 0 capital emprestado nunca tivesse perdido a forma de dinheiro. Sem divida, essas transagies sdo efetivamente determinados pelos refluxos reais. Mas isso ndo apare- ce na propria transagio. Também na prética, nem sempre é 0 caso. Se o relluxo real no se efetua no tempo devido, o mutuério tem de verificar com que outras fontes conta para cumprir suas obrigagées com o prestamista. A mera forma do capital dinhelro que é gasto como soma Ae que reloma como soma A + LA, em deter- minado prazo, sem nenhuma outra mediagéo além desse intervalo intermedisrio de tempo — é apenas a forma irracional do movimento real de capital. No movimento real de capital, 0 retomo é um momento. do proceso de citcu- laca_Primeiro, 0 < producdo transform. formado em dinhet adiantara.o capital « a.ietomo bem.cam: tre 0 proprietirio do bolso. Tudo o que Mas porque o « a quem o adianta, = ma imanente do me dinheito empresté-le tomar a seu ponto d valor, ¢ de se mulic como capital, reflui rio, apés determine O empréstimo ¢ restituido apés certo realmente empregac da. O verdadeiro me suposto da transac? presiamiste. Se or O prestamista o en capital, que implice: nhelro, para o pont. Os atos de circw como dinheiro ou ec isolados de seu movi D’. E adiantada cor: mo soma de valor. ( ria, ou, se a soma c adianta-a como capi torna a seu ponto d: réstimo & pois, a ! dinhelo ou mercad: possa também ser i capitalsta de reproc Até aqui exami: proprietério ¢ 0 cap. prestamista de a outro & capital e, px da soma de valor er. ma de valor emprest no 6 se conservar de valor, portanto re! ou a parte do lucro ante, mas cabe a0 Que o dinheito & vido como D + AD em que, durante 0 pr tal, cuja restituigao s fade. Tem, pois, apital das maos nada tem a ver reembolso, que 1s do prestamis- Ima encaminha 2 partida e pon- ssim como mo- nantes ¢ depois Para este, seria trial e, por isso, 0 mutuério. No smista. A medi- enquanto, 0 ju- proprio capital Os por um ‘real de produ mento, entregar tomar empres- nheiro ou mer- mnheita a0 capi- tal_portadar de le. que é forma, ha transforma- | transformagao- jem virtude da Bo e de circula- a forma que a réstimo de di- 1a toda do mo- real do dinheiro es entre presia- std diretamente mbém um mo: o conseqiigncia nseqiiéncia de do refluxo de- portador de ju- ire prestamista ansacao, jA nado mas como se © 1 diivida, essas so nO apare- 0. Se 0 refluxo om que outras rma do capital- La, em deter- Hermedirio de al cesso de circu- O CAPITAL PORTADOR DE JuROS 263 Jagéo_Primeiro, 0 dinheito é trans{ormada.em_meios de producéo: 0 processn de producSo transforma-o em mercadoria; mediante a vanda da mereadoria é retrans- formado em dinheiro nessa forma retoma és maos_do_capitalista, que-no inicio adiantara o capital em forma moneidria, Mas no caso do capital portador de juros, ‘yetome bem came a entrega sdo apenas resultados de.tima trensagao juridica en te 0 proprietério do capital e uma segunda pessoa, Vemos somente entrega e reem: polso,. Tudo 0 que ocome de Mas porque 0 dinheiro, adianiado como capital, tam a propriedade de retornar a quem o adianta, a quem o despende como capital, porque D — M — D’éa for ma imanente do movimento de capital, justamente por isso pode o proprietario do dinheiro empresté-lo enquanto capital, como algo que possui a propriedade de re- tomar a seu ponto de partida, de se conservar no movimento que perfaz, enquanto valor, e de se multplicar. E entrega-o como capital porque, depois de empregado como capital, reflui para seu ponto de partida, podendo ser restituido pelo mutué- rio, apés determinado tempo, justamente porque reflui para ele mesmo. ‘© empréstimo de dinheiro como capital — sua entrege sob a condigao de ser restituldo aps certo tempo — tem portanto como pressuposto que o dinheito seja realmente empregado como capital, que reflua realmente para seu ponto de part da, O verdadetro movimento circulatério do dinheiro como capital é, portanto, pres- suposto da transacao juridica, pelo qual o mutudrio tam de devolver o dinheito a0 prestamista. Se o mutuério desembolsa o dinheiro como capital é problema dele. O prestamista 0 empresta como capital, ¢ como tal tem de exercer as fungdes de capital, que implicam o ciclo do capital monetério aié seu refluxo, em forma de di- nheiro, para o ponto de partida. 3s atos de circulagdo D — M e M — D’, nos quais a soma de valor funciona come dinheiro ou como mercadoria, s8o apenas processos mediadores, momentos isolados de seu movimento global. Como capital, ela perfaz o movimento total D — DY. E adiantada como dinheiro ou soma de valor em qualquer forma e retorna co- mo soma de valor. O prestamista do dinheiro nao o gasta na compra de meicado- ria, ou, se a soma de valor existe em mercadoria, nao a vende por dinheiro, mas, adianta-a como capital, como D — D’, como valor que em determinado prazo re- torna a seu ponto de partida. Em vez de comprar ou vender, empresia, Esse em: nréstimo 2, pois, 2 forma adequada de alieni-la como capital, em ve? de como dinheiro eu mercadoria. De onde nao segue de modo algum que emprestar no ossa também ser uma forma para transagdes que nada tém a ver com 0 processo Capitalista de reproducso. Até aqui examinamos apenas 0 movimento do capital emprestado entre seu Proprietério eo capitalista industrial. Agora temos de investigar_o juro, O prestamista despende seu dinheiro como capital; a soma de valor que aliena 2 outro é capital e, por isso, rellui para ele, O mero refluxo para ele nao seria refluxo da soma de valor empresiada enquanto 0 capital, mas mera restituicio de uma so- ma de valor emprestada, Para refluir como capital, a soma de valor adiantada deve No sé se conservar no movimento, mas ter-se valorizado, aumentado sua grandeza de valor, portanto retornar, com mais-valia, como D + A. esse AD é aqui 0 juro ‘ou a parte do lucro médio a qual nao permanece nas maos do capitalista funcio- ante, mas cabe ao capitalista monetério, ‘Que o dinheiro é alienado por ele como, capital signilica que deve ser-he devol vido como D + AD. Mais tarde, deve ser examinada ainda em particular a forma ‘em que, durante o prazo estipulado, refluem periodicamente juros, mas sem o cay tal, cuja restituicdo 56 se efetua ao fim de um periodo mais longo. 264 —_DIVISAO DO LUCRO EM JURO E LUCRO DO EMPRESARIO O.que dé 0 capitalista monetério a0 mutuério, © capitalisia industrial? O que, de fato. ele lhe aliena? $6 0 aio da alienacao faz do empréstimo do dinheiro alena- ‘0 go inher como capital, isto & afenago do capital como mereadria, somente por meio do ato dessa alienacao que o capital é entreque pelo pres- tamista de dinheito como mercadoria, ou a mercadoria de que ele dispde é entre- gue 2 um terceiro como capital Q que é alienado numa venda ardinaria? Nao o valor da mercadoria vendide, pois este apenas muda de forma, Existe idealmente como preco na mercadoria, an- tes de passar realmente para as mos do vendedor na forma de dinheiro. O mesmo valor e a mesma grandeza de valor mudam aqui apenas de forma. Uma vez existem em forma-mercadoria, outra vez em forma-dinheiro. O que é realmente alienedo pelo vendedor e, por isso, também passa o consumo individual ou produtivo do comprador, é 0 valor de tuso da mercadoria, a mercadoria como valor de uso. Qual é entio o valor de uso que o capitalsta monetéria aliena durante 0 prazo do empréstimo e cede ao capitalisia produtivo, 0 mutuério? Eo valor de uso que ‘e.dinheira adquire pelo fala de pader ser trensformacia em capital, de poder funcio- ‘nat como capital e assim produzir em seu movimento determinada mais-valia, 0 lucro médio{o que esté acima ou abaixo deste aparece aqui como fortuito),.além de_conservar_sua _grandeza_onginal_de_valac. No caso das demais mercadorias consome-se, em ditima instancia, o valor de uso, e com isso desaparece a substan- cia da mercadoria, ¢ com ela seu valor. A mercadoria capital, ao contrétio, tem a peculiaridade de que, pelo consumo de seu valor de uso, seu' valor e seu valor de uso no s6 s80 conservados, mas multiplicados, E esse valor de uso do dinheiro como capital — a capacidade de produzir 0 lucro médio — que o capitalista monetério aliena 20 cepitalista industrial pelo pe- fete, em gue cade a ese 2 dsposigho sobre o caplal empresiado, inheito assim emprestado tem nessa medida certa analogia com a forca de trabalho em sua posicdo em face do capitalista industrial. Sé que o Gllimo paga_o valor_da-forca de trabalho, enquanio simplesmente resfitui_o-valor-do_canital em -pussiado, Q_valor de so da forga de trabalho, paca.o-cepitalisia industrial, consiste em: produzir, por sev. consumo, mais valor_(o_lucro)-do_que_ela mesma possul e usta. Esse excedente de valor é seu.valor de uso pare 9 capitalista industrial. E as imo wale de uso.do-capital monetério emprestado aparece iqualmente como sua iat pli r. O capitalsta monetério aliena, de fato, um valor de uso e, por iss, 0 que ele entrega é entregue como mercadoria, E nessa medida é completa a analogia com a mercadoria enquanto tal. Primeiro, 6 um valor que passa de uma mao para outra. No caso da mercadoria simples, da mercadoria enquanto tal, o mesmo valor per- manece nas mos de comprador e do vendedor, s6 que em forma diferente; ambos possuem o mesmo valor depois como antes, que aienaram, um em forma-mercadoria, © outro em forma-dinheiro, A diferenca consiste em que, no caso do empréstimo, © capitalista monetério é 0 finico que entrega valor nessa transacSo; mas ele o pre- serva mediante a restituicao futura. No caso do empréstimo, valor é recebido ape- as por ume parte, jf que apenas uma das partes enrega valor. Segundo, o vlor de uso real é alienado por uma parte e é recebido e consumido pela outra. Mas, diferentemente da mercadoria comum, esse mesmo valor de uso valor, a saber, © excedente da grandeza de valor que resulta do uso do dinheiro como capital ack ma de sua grandeza de valor original. O lucro é esse valor de uso. O valor de uso do dinheiro emprestado consiste em: poder funcionar como ca- pital e em produzir, como tal, sob circunsténcias médias, 0 lucro média’? 7A wsteauva de cobras sos no depends des slguém la ura ou nha, mee de non capaclda” (do empresads) ‘We produc ta, Se sritmente empregeda (An Extuy onthe Govering Causes of te Nur Rae ofr whe ‘eine sentient of SW. Paty ond le Lace, on that hood, ae conaceed. Candie, 1780p. 49. Ruts do sei Snénlmar Mosse) O.que paga. p» e ? “That which r “a part of the F: Q que _o-com o-que page & seu. je uso como eapite rarcadoilas pre entre comprador e valor existe uma vs Igualdade entre o + inteitamente divers apés certo tempo & mo valor, mesmo « No interc&mbio sire prador; mas, ne er entrega o dinheizc mo mercadoria. I pital, € portanto se» como valor que s. iid, tem de devolvé-lo.; 56 pode ser parie’c Ovalor de ee Caso contrétio, nas do prestamista. Por se ficasse, ele nada mista o dinheizo adi capital realizado, pc ‘Ambos, 0 presi como capital, Mas : se duplica pele dupl pessoas, Esta s6.po Jucto,.A.parte_que ‘Segundo nos: capitalista, 0 capita Nunca se deve que 2 mercadoria ¢ seriam, portanto, ir do ponto de vista d Go como capital-3 e comprar, & aqui ui capital, Do mesmo doria. Se se quiser $8-Os es, em ve de pe Ine wveatvem pa os Pr 5-0 que v pags camo hee de protisie fe doe industrial? O que, jo dinheiro aliena- ) mercadoria. atreque pelo pres- le dispée é entre- rcadoria vendida, a mercadoria, an- inheiro. O mesmo “Uma vez existe almente alienado | ou produtivo do 10 valor de uso, a.durante 9 prazo eus0-aue _ de poder funcio- ada mais-valia, o no fortuito),2lém mais mercadorias parece a substin- > contrério, tem a lor e seu valor de ide de produzir 0 ndustrial pelo pe- ado. ia com a forca de 20. 20 on. ital em- ndustrial, consiste mesma possui e fa industrial Fas- mente como sua ot iss0, 0 que ele 2 a analogia com a mao para outta, mesmo valor per : diferente: ambos forma-mercadoria, o do empréstimo, 40; mas ele o pre- 1 & recebido ape- Segundo, o valor pela outra. Mas, » & valor, a saber, ‘como capital aci- uso, ncionar como ca- o médias? scdade” (do orprestice el Rae of terete ep. Autor do aseia (© CAPITAL PORTADOR DE JUROS 265 emg es Po is “That which men pay as interest for the use of what they borrow" é, segundo Massie, “a part of the profit is capable of producing’ ** Q que o compradorde uma mercadoria comum compra é seu valor de uso; o.que paga é sau valor. Q que 0 mutuério do dinheiro compra é também seu valor de uso como capital; mas 0 que paga? Certamente nao 6, como no caso das outras mercadorias, 0 prego ou o valor. Entre prestamista e mutuario nao se dé, como entre compredor e vendedor, uma mudanca de forma do valor, de modo que esse valor existe uma vez na forma de dinheiro, outra vez na forma de mercadoria A igualdade entre o valor entiegue e o valor recuperado se mostra aqui de mancira inteiramente diversa, A soma de valor, o dinheito, é entreque sem equivalente & apés certo tempo € devolvida. O prestamista continua sempre proprietério do mes. mo valor, mesmo depois de este ter pasado de suas maos para as do mutudrio, intercdmbio simples de mercadorias, o dinheiro esté sempre do lado do com: prador; mas, no empréstimo, o dinhelro esté do lado do vendedor. Este € quem entrega o dinheiro por certo tempo, ¢ o comprador do capital & quem o recebe co- mo mercadoria. Mas isso s6 é possivel 8 medida que o dinheiro funcione como ca- pital, e portanto seja adiantado. O.mutuério toma o dinheito emprestado como capital, como valor que se valoriza. Mas ele s6 é capital_em si, como todo capital om seu onto de partida, no momento de seu_adiantamento, S6 mediante seu empreqo diese valonen oe ale ee a ee capital realizado que omutuério fem de devolvé-Io_portanin coma valor acrescido de mais-valia (jura);_e esta iltima 36 pode ser parte do lucro por ele realizado. Apenas parte, nao a tolalidade. Pols 8 valor de tto, para o mutual consize om que eure cabal he ooe ine Caso contrério, néo teria ocorido nenhuma alienacao de valor de uso por parte do prestamista, Por outro lado, 0 hicro todo no pode ficar com o mutuério. Pols se ficasse, ele nada pagaria pela alienaco do valor de uso e devolveria eo presta. mista o dinheiro adiantado apenas como simples dinheiro, néo como capital, como capital realizado, pois sé € capital realizado como D + AD. Ambos, o prestamista ¢ 0 mutuatio, despendem a mesma soma de dinheiro como capital, Mas s6 nas maos do ditimo ela funciona como capital. O hicro ndo. se duplica pela dupla existéncia da mesma soma de dinheiro como capital para duas pessoas. Esta sé pode funcionat.came capital para-ambos. " Bo ducto,A.parteque_cabe_ao_prestamista chamna-se juro, Segundo nosso pressuposto, toda a transacéo sé reeliza entre duas espécies de capitalista, 0 capitalista monetério e o capitalista industrial ou mercanti Nunca se deve esquecer que aqui o capital enquanto capital € mercadoria ou que a mercadoria de que se trata é capital. Todas as relacdes que aqui aparecem seriam, portanto, irracionais do ponto de vista da mercadoria simples, ou também do ponto de visia do capital, & medida que funciona em seu processo de reprodu- 80 como capital-mercadoria. Emprestar e tomar empresiado, em vez de vender © comprar, é aqui uma diferenca que decorre da natureza espectfica da mercadoria~ cppital, Do mesmo mado que © que se paga aqui é juro, em vez de prego da merca- doria. Se se quiser chamar o juro de preco do capital monetério, entao essa é uma Os nos, am verde emproparm se dnhea eles mesmos |.) emeresach-no 3 outes pone, para que esas legam luce ouevue pare 24 Proprio pate dos Wray tao fos Op ct 7 "0 aye spa camo jra pols wo daqull qua 29 toms ermpresoda & segundo Messe, pate do cre que & capes be pod” (dor TY 266 IVISAQ DO LUCRO EM JURO E LUCRO DO EMPRESARIO forma irracional de prego, completamente em contradicéo com o conceito do prego da mercadoria.”” O preco se reduz aqui a sua forma puramente abstrata e sem con- tetido, ou seja, ele é determinada soma de dinheiro page por qualquer coisa que, de uma maneira ou de outa, figura como valor de uso; enquanto, segundo seu conceito, © prego é igual ao valor expresso em dinheiro desse valor de uso. ‘Juro como preco de capital é de antemao uma expressio totalmente irracional, ‘Aqui uma mercadoria tem duplo valor: primetro, um valor e, depois, um preso dis- tinto desse valor, enquanto o prego é a expresséo monetéria do valor. O capital mo- netirio de inicio & apenas uma soma de dinheiro ou o valor de determinada massa de mercadorias fixado como soma de dinheiro. Se uma mercadoria for emprestada como capital, ento ela é apenas a forma disfargada de uma soma de dinheiro, Pols © que se empresta como capital no s80 tantas libras de algodio, mas tanto de di- nnheiro que existe na forma de algodao, como valor deste. O preco do capital refere- se, parianto, a ele como soma de dinheito, embora nao como currency, como pen- sa 0 Sr. Torrens (ver nota 59, acima), Como pode enléo uma soma de valor ter um_preco além de seu prdptia prego._além.do_preco_que estd expresso_em. sua prSpria forma-dinheiro? Pols 0 preco é o valor da mercadoria (e isso vale também para o prego de mercado, que difere do valor nao pela qualidade, mas somente pela quantidade, relacionando-se apenas 8 grandeza de valor), em contraste com seu valor de uso. Um preco que é qualitativamente diverso do valor é uma contradi- co absurda,” © capital se manifesta como capital mediante sua valorizagéo; 0 grau de sua valotizagao expressa 0 grau quantitative em que se realiza como capital. A mais- valia, ou © lucro, por ele produzida — sua taxa ou nivel — s6 pode ser medida comparando-o com o valor do capital adiantado, A maior ov i do capital portador de juros 56,6 mensurével comparando © montante. dos juros, a parle que jhe cabe do hicro global _com_o.valor-do-capital.adiantado. guinle_se_o prec expressa_o_valot da-mercadoria. o jisro expressa_a_valarizncio do capilal_monetétio.e anarece por isso.como_o.preco_que se paga pela mesma 20 presiamista. Resulla dai quo absurdo é de antemao querer aplicar direiameni ‘isso as simples relacdes do intercdmbio, mediado por dinheiro, de compra e ven: da como o faz Proudhon. O pressuposto fundamental é justamente o de que o di miheiro funcione como capital, e portanto como capital em si, corno capital polencial, possa ser remetido a outra pessoa. Como mercadoria, o capital, eniretanto, aparece aqui na medida em que é ofe- recido no mercado e 0 valor de isso do dinheiro é realmente alienado como capital E seu valor de uso, porém, produzir lucro. Qualor do dinhelro ou das mercadorias o 20 # delerminado nelo valor que. sini ou come, mercadorias, mas pelo quantum de mais-valla que produzem para seu possuidor, 1% exnesio valor (ou) speedo 8 extens tem te slgnendos.(.) 2. tency acelin hand. * comipsrados om o neste montane de cuancy ue eniars noma das flue. Neste casa se walbr€ medio pel a de ua Crane de hror€detamnade by evar beneeen tne smount 9 loanble epi and the demand for 8. TORRENS. ‘Govan. On ths Opcrinof the Bonk Chowan Act of S08 ete 2" 0d. 1847. Ip. 56h) Sn Gnade do exes ear da dni ow do moo de ceva. qaade empegataindsciminadament pera (snes nao valor de roe das mercado como ovo de uso do capa € ua fone cansanc di conksdo”(T00- RE Toguty into the Camency Prnopie p77) — A canfsao principal gus es ne cai mesma). QUE © vor como Talia tl se toma 9 walr de wo do eapla, ndo @ perce por Tooke: aio de eheugia. ON, dos TL "Nai de ehavagdo eames 8 fa (N. dos T) «Palo propergae erve omnis de capa que pede ser empresiado ¢» procure por eb. (N dos T) O produto do'cepita diferente do dinheire capital, O dinheiro, 1 mesmo modo que < ser transformado er dos mesmos, sua ex: suem a propriedade plemenia, 0 que fe produgéo capitalists, A determinacdo trabalho enquanto tr de producao, expres. mento agora, separe tado constante e, cr expressa no fata de potencialmente, cap. constituem comand< alheio, sendo, por iss essa relacSo constitt, qualquer trabalho c capital aparec do lucro em juro e @, pela concorréncie A diferenca, porém. ¢ oferta se cobrem, de produgao, isto é, Bo capitalista, inde procura ¢ oferta exp! pregos de producéo - certos perfodos mai de produgao. Tao ke mente, ea lei geral« particular; © prego « no apenas como ri dugao, que se regul? ‘ocorre com o saléric eo salario é igual a © juro do capital me mas no existe lei a. como veremos ainc natural de juros a te taxa de juros. Onde tuagdes, quando, po: nago em geral, 03 lei e arbitrério, Mais No caso do capi menio do capital cor © refluxo do capital do mutuério ao pres do de produc&o cap. relagdo entre o lucr mas também pela di © capital industrial p: onceito do prego rata e sem con- Iquer coisa que, to, segundo seu slor de uso. mente iracional. . um prego dis- of. O capital mo- erminada massa 2 for empresiada de dinheiro, Pois mas tanto de di- do capital refere- sncy, como pen- ma de valor ter spresso em sua so vale também @, mas somente n coniraste com € uma contradi- ; 0 grou de sua capital, A mais- ode ser medida alocngso tante dos juros, jaclo. Por conse sa_a valarizacdo aa pela mesma icar 2 compra e ven: 2 0 de que o di -aplial potencial, la. em que é ofe- 10 como capital das mercadarias seu. passuidor, hon comparados do pola avo e ow i for "* TORRENS icrmnadament pce nde confee” (TOO. mal, gue @ aan como aot O CAPITAL PORTADOR DE JUROS 267 O produto do capital é 0 lucro. Na base da producdo capitalista é apenas aplicacdo diferente do dinheiro, se ele & despendido como dinheiro ou se é adiantado como capital. © dinheito, respectivamente a mercadoria, so em si capital potencial, do mesmo modo que a forga de trabalho & capital potencial, Pois 1) o dinheiro pode ser transformado em elementos de produgio e &, como al, mera expressao abstrata dos mesmos, sua existéncia como valor, e 2) os elementos materiais da riqueza pos- suem a propriedade de jé ser capital potencial, urna vez que a antitese que os com= plementa, 0 que faz deles capital — o trabalho assalariado —, existe na base da producdo capitalista. A determinacao social antag&nica da riqueza material — seu antagonismo ao trabalho enquanto trabalho assalariado — j6 esté, independentemente do processo de produgio, expressa na propriedade de capital enquanio tal. Esse primeiro mo- mento agore, separado do préptio processo capitalista de produgao, de que é resul- tado constante e, como resultado constante dele & seu pressuposto constante, se expressa no fato de que dinheiro assim como mercadoria séo em si, latentemente, potencialmente, capital, de que podem ser vendicos como capital e nessa forma constituem comando sobre trabalho alheio, dao direito 3 apropriagéo de trabalho alheio, sendo, por isso, valor que se valoriza. Aparece aqui também claramente que ‘essa relagéo constitu o titulo @ o meio para a apropriecgo de trabalho alheio endo qualquer trabalho oferecido como contrapartida por parte do capitalista, capital aparece como mercedoria, além disso, na medida em que a divisio do lucro em juro e lucto propria mente dito é regulada pela procura ¢ oferta, isto 6, pela concorréncia, inteiramente como os pregos de mercado das mercadorias. A dilerenca, porém, se evidencia to patentemente quanto a analogia. Se procura e oferta se cobrem, 0 prego de mercado da mercadoria corresponde @ seu preco de producao, isto €, seu preco aparece entéo regulado pelas leis internas da produ- 0 capitalista, independentemente da concorréncia, uma vez que as flutuacdes de Procura e oferta explicam apenas os desvios dos precos de mercado em relagao aos pregos de producao — desvios que se compensam mutuamente, de modo que, em certos periodos mais longos, os precos médios de mercado so iguais aos pregos de produgao. Tae logo se cubram, essas forcas cessam de atuar, anulam-se mutta mente, e a lei geral de determinacao dos pregos se revela também como lei do caso particular; 0 preco de mercado corresponde entao em sua existéncia imediata, & do apenas como média do movimento dos precos de mercado, ao preco de pro- dugao, que se regula pelas leis imanentes do proprio modo de producao. O mesmo ocorre com 0 salério. Se procura e oferia se cobrem, anula-se o efeito de ambas @ 0 salario é igual ao valor da forca de trabalho. Mas é diferente o que se dé com © juro do capital monetrio. A concorréncia nao determina aqui os desvios da lei, ‘mas no existe lei alguma da repartigao além da ditada pela concorréncia, porque, como veremos ainda, nao existe uma taxa “natural” de juros. Entende-se por taxa natural de juros a taxa fixada pela livre-concorréncia. Nao ha limites “naturais” da taxa de juros. Onde a concorréncia no se limita a determinar os desvios e as flu- tuagées, quando, pois, no equilfbrio de suas forgas contrapostas cessa toda determi- ago em geral,'o que se trata de determinar & em si e para si ndo regulado por lei e arbitrétio. Mais sobre isso no capitulo seguinte. No caso do capital portador de juros, tudo aparece como extemo: o adianta- mento do capital como mera transferéncia do mesmo do prestamista a0 mutuério; © refluxo do capital realizado, como mera retransferéncia, ou reembalso, com juros, do mutuério ao prestamista. © mesmo se aplica & determinacdo, imanente ao mo- do de produgéo capitalista, de que a taxa de lucro no é apenas determinada pela relagdo entre 0 lucro obtido em uma rolagéo isolada ¢ © valor-capital adiantado, mas também pela duracdo do préprio periodo de rotacto, portanto como lucro que © capital industrial proporciona em determinados periodos de tempo. Também isso 268 —_DIVISAO DO LUCRO EM JURO E LUCRO DO EMPRESARIO aparece no caso do capital portador de juros de maneira inteiramente externa, pagando-se ao prestamista determinado juro por determinado perfodo de tempo. ‘Com sua perspicdcia habitual a respeito da conexdo interna das coisas, diz 0 roméntico, Adam Milller (Elemente der Staatskunst. Berlim, 1809. |v, lll], p. 138): “Na determinagdo do preco des cols no se pergunta pelo empo; na determinagéo do juro, 0 tempo entra prineipakmente em conta’ Ele nao vé como 0 tempo'de producso e o tempo de circulago entram na de- terminagao do preco das mercadorias e como justamente por isso a taxa de luero € determinada para cada periodo de rotacdo do capital, mas que mediante a deter- minagéo do luero para um tempo dado precisamente 0 juro é determinado. A pro- fundidade de seu pensamento consiste aqui, como sempre, em ver apenas as nuvens de pé na superficie e proclamar pretensiosamente essa poelra como algo misterioso significativo, Capiuco XXI1 Repartigao do L O objeto deste posteriormente tra Ga entre prestarist daf resultantes caer taxa de juros durant desse ciclo mesmo. a equalzacéo apro: ‘Aquisemos de des: ayia ‘Uma vez que & posto, tem de ser f como limite maxim 0 capitalista funcio vamente ser superit poder-se-ia talvez cc do mesmo a ser de déncia(wagens of s mindvel. Ele pode d ‘Gircunstdncias con "A relagio ent a taxa de jures, ¢ 2) da proporeso mist," 22 de jan do que se toma « 2, entBo esse jure Suponhamos parte do mesmo qi & claro que 0 juro : taxa geral de hucro {The Exonomit — demal = rece em Landis, dee 18:

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