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O existencialismo no leva a anarquia

Em nvel prtico, a acusao de subjetividade toma vrias formulaes;


1. Voc pode escolher seja o que for. H uma coisa que eu no posso deixar de escolher: o noescolher. De qualquer forma tenho sempre que fazer uma escolha;
2. Minha escolha necessria reveste-se de uma responsabilidade universal e no de mero
capricho;
3. Voc no pode julgar os outros. Sim e no, responde Sartre. Sim porque cada um livre de
escolher seu projeto e Sartre no acredita no progresso. No, porque pode-se formar um juzo
lgico sobre a ao do outro.
4. A existncia precede a essncia; que o homem livre. Voc cria os valores. Se Deus no existe,
no pode ser de outro jeito. Somos ns que damos sentido nossa vida particular e vida da
humanidade;
5. H duas espcies de humanismo:
a) O que toma o homem como fim e valor supremo. Sartre rejeita esta premissa porque o
homem nunca o fim, est sempre por se fazer;
b) O que toma o homem sempre se projetando para fora de si mesmo, construindo-se,
realizando-se.
De acordo com estas reflexes, vemos que nada h de mais injusto do que as objees que
nos tm feito. O existencialismo no seno um esforo para tirar todas as conseqncias
duma posio atia coerente. Tal atesmo no visa de maneira alguma a mergulhar o homem
no deses. pero. Mas se chama desespero, como fazem os cristos, a toda a atitude de
descrena, a nossa posio atia parte do desespero original. O existencialismo no de
modo algum um atesmo no sentido de que se esfora por demonstrar que Deus no existe.
Ele declara antes: ainda que Deus existisse, em nada se alteraria a questo; esse o nosso
ponto de vista. No que acreditemos que Deus exista; pensamos antes que o problema no
est a, no da sua existncia: necessrio que o homem se reencontre a si prprio e se
convena de que nada pode salv-lo de si mesmo, nem mesmo uma prova vlida da
existncia de Deus. Neste sentido, o existencialismo um otimismo, uma doutrina de ao,
e somente por m.f que, confundindo o seu prprio desespero com o nosso, os cristos
podem apelidar-nos de desesperadas.

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