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steagdes AMD ESTUDIO GRAFICO CLAUDIO ANDRADE DE MATTOS DIAS Copa: Mawaakee Ans Moscum ‘WI-BUA- Arq Santiago Calatrava Revisio SERGIO ANDRADE DE MATOS DIAS Projeto Editorial ZIGURATE EDITORA, CIP-Brasil, Catalogacio-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RI Rebello, Yopanan Conrado Pereira, 1949- ‘Bases para projeto estrutural na arquitetura / ‘Yopanan Conrado Pereira Rebello.- ‘So Paulo: Zigurate Editora, 2007. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-85570-07-1 1. Teoria das estrutaras, 2. Engenharia de esti, 1 Tieulo. CDD: 624.01 07048 Du: 624.1 COPYRIGHT de Yopanan Conrado Pereira Rebello © COPYRIGHT desta edigho -abi/2007- Ziguate Editor e Comercial La ‘Toxios os diitos de reprvingio reservados, BASES PARA PROJETO GSTRUTURAL NA ARQUITETURA Yopanan Conrado Pertiva Rebelo Leer Zigurate Editora Aos operérios, herdis da construct civil. Preficio Quando forno literalmente chamados de alunos, tivemos lénossos mestres preferidos. Talvez os critérios de escolha de todos nés tenham sido bem parecidos. Lembro-me que exerciam um fascinio sobre mim os professores {que nos apresentavam seus préprios caminhos do aprendizado— no tinham redo de se expor, nfo temiam a concorréncia no futuro, nos seus métodos podiamos perceber muitas hebilidades, muita competéncia ¢, porque nio, também os desvios de rumo que nao levavam a lugar nenkum, ou até mesmo 0s recursos mnem@nicos, que recuperavam a seguranga perdida como por ‘encanto. E, com admiragao por aqueles homens de conhecimento, descobria ‘8 passos que levavam a0 saber fazer, Generosas criaturas essas que expdem seus préprios métodos, que se expoem, O Yopanan é uma delas, Naguele folhear primeiro, que damos em um livro para saber se dir algo, podemos sentir, neste trabalho do Yopanan, o cheiro familiar das nossas proprias anotagSes da matéris ~ nfo fosse extrapolar mintas atribuig6es e eu proporia que 0 verso das péginas fosse deixado em branco para as ‘memérias do leitor. Caminhos simples do entendimento: tudo exposto com simplicidade e de forma tdo direta, ‘Bem aventurados os que conseguem nos fazer ver as coisas como simples coisas. E uma arte explicar os acontecimentos de forma tio singela, Edith de Oliveira Mestre e Doutora pela FAUUSP Prof. de Projeto da FAUUSP e da FAU USIT Chefe do Departamento de Arquitetura da Figueiredo Ferraz Introdugéo A adogio, ou escotha, de determinado material ¢ sistema estrutural para. a constituigdo de um espago envolve uma série de varisveis que vio desde questées muito concretas, como cuss, mo-de-obra disponivel, e outras, até aquelas de dificil definicdo, tais como valores sociais, cultura € mesmo sensagdes € percepgées pessoal Assim, a0 optar por uma solugdo estrutural, & de fundamental importincia io se deixar influenciar por atiudes momentdneas e modistnos mas sim Jevar em conta o seu melbor desempenho, utilizando pardmetros que tomer ‘ solugio escolhida consistente para que possa ser defendida perante outras ropostas, mostrando ser adequada 30s quesitos estabelecidos no projeto. Para conceber uma estrutura, deve-se procurar conciiar o sistema estratural 0 material para se atingi os principais objetivos exigidos pela edificagdo: resisténcia, estabilidade, estética ¢ durabilidade, Para tanto, € de capital mportincia dominar os prinefpios bésicos do comportamento das estruturas © dos materiais. E necessério conhecer como as estruturas slo carregadas ©.05 esforgos e as tensdes oriundos desse earregamento, Esse conheciménto ais aprofimndado pode permitira busca de novas solug6es tanto de sistemas estruturais como de materais [Nao existem regras fixas para a adogfo de um material, ou de um sistema ‘estrulural, A economia, a estética, a rapidcz de execugéo, a disponibilidade de mao-de-obra especifica, entre out10s, sao fatores a considerar como | ido | a 1290 AA sexo MA Representagéo grafica das soldas Mesmo para aqucles que nio pretendam ser projetistas de estruturas ‘metlicas, 6 importante conhecer a simbologia ainda que no completa de representago de solda para que se faga uma interpretagdo correta do projeto. ‘AS soldas so indicadas com setas, sobre as quais so especificados tipo e ‘espessura da solda, A solda de topo é epresentada por dois tragos paralelos sobre a seta, A solda em Angulo é representada por utn triéagulo. Caso 0 ‘wianguloesteja voltado para baixo, asolda ocorre do lado onde esté a ponta da seta; se ao contrério, o tridngulo estiver para cima, a solda ocorre ‘exatamente do lado oposto ao que se encontra a extremidade da seta. Esta representacio, que em principio pode parecer descabida, € interessante para cvitar concentragao de informagses. Quando a solda ocorre nas duas faces, ‘lag indicada pela seta com triéngulo duplo. A seguir sto mostradas as formas mais comuns de representacio de solda nos desenhos de estrtaras mctalicas, a ® @ ® ® @ (sl rg, do ds, he do ao = 4" Q sods em Snatl, rs dot nds do 2, ada slde =" @ sl Brg, rn pct ds, tra do sla = 7A" soldoge deep com eae to @ scdega de op com ethan V sin doe de a ‘Ainda so usados outras especificag6es tais como: ie @ sedated cantons Desa o ser ec 0 cnt (0s eletrodos sao fabricados com diversos materiais, devendo cumprir as cexigéncias especificadas na Norma. Os eletrodos so especificados pela letra E acomapanhada de tts outrasinformagées, CAPITULO 6 - Elementor de igacao. CAPITULO 6 - Elamenios de tgagoo Por exemplo:E 7010. primeira infomago, no cas0 70 indica azesitncia @ ale oboe aman smecica do eleroo (70.000 fxpo) as dus ikimas, a0 caso 10, intcann a 4 4 posigdo da sldagem,o po de revestmento do elemedo ea corente de fo oo soldagem. Nas obras comuns, com ago A 36, 0 eletrodo normalinente : ahr) r ‘specificato ¢ 9 E 70 XX, 0 sea deve ter 70000 Tbup! de resitincie¢ pride ser soldado em qulguerpoiga com qualqperrevesimentae comente ‘ vee Para aos resistenies& corso, recomenda seo tletodo E70 18, = Obervagdes gers \ drcote 2) Asligages soldadasdever ser preferencalmeateexecutadas em fibica Sua execugio no cancio pode aconteer em condigiesadversas © com Oveaie etn ienor controle de qualidade, resultado em Iizagbes deficient, ') As ligagées soldadas so mais vantajosas em relapio &s parafusadas por ww cor MA ‘lo necesstarem de furos; 8 fos diminuem a seq resitente da pega Essa ligages ndoexigem a mesma preciso das LigagSespaafusade, €) Asligages com parfusosdevem ser executadas no cater, o que grante nals qualidade erapicer & execugs. 4) Quando o edifcio tem um uso ndo permanente, as ligagSesparafusades so uma exigeaia é que permite fil desmontagem da estatura vioe Detathes de ligacses Existem varios detalhes de ligagées entre pegas estruturais que sio oberro [Em virtude do comportamento diferenciado entre as alvenarias ¢ 0 a0, alguns cuidados especiais devem ser chservalos nas regites de contato centre esses materiais ergomosss et an ae LL exnacce 105 CAPITULO 9 -Eeifcios de estutoos metlicas (© uso de uma alvenaria antoportante totalmente independente da estrutura rmetélica, quando possfvel, € & melhor solugo. Quando o fechamento lateral for constitufdo por telhas metélicas, hé a necessidade de se criar uma estrutura para apoit-las Essa estrutura tem a fungo de suportar as cargas verticals do peso proprio dias telhas ¢ as cargas horizontais causadas pelo vento, Para essa fungio s80 usadas vigas constituidas de perfis U laminados ou de chapa dobrada, Os painéis de lajcs pré-fabricados de concreto protendido tém uso muito freqiiente por sua rapidez de execuglo e grandes vios que podem vencer, ‘Essas lajos no permitem sua incorporacéo as vigas metlicas. Exigem espago, nem sempre disponfvel, para estacionamento do ‘equipamento de langamento, O uso dessa Iaje permite que aproximadamente 250 m* possam ser executados por dia. CAPIRLLO 9 Ecos de estretves metlcas tee gonads ok oe * Os paincis de concreto celular autoclavado so muito interessantes, pois slo leves e podem vencer vos de até 4m, sem qualquer cimbramento ¢ com uma reduzida capa de concreto de 2 cm, apenas para regularizacao, oo oe 1 Bi wel b cee 0s paingis compostos de madeira maciga revestida de compensados com colagem & prova d“gua (painéis wall) com dimens6es de 1200 mm x 2500 1mm exigem um grande némero de vigas (espagamento de 1,20 m), j& que nto sio adequados para vencer grandes los. Sto usados quando ha necessidade de grande agilidade na exccugdo, pois apresentam dimensbes roduzidas e so muito leves. Normalmente esses painéis sio aplicados em ‘obras de pequeno porte & em locais de acesso limitado. pee! longa = 1200 en Emoto ap cone AA ‘As chapas metélicas também sio indicadas para pequenos espagamentos ‘enize vigas,em torno de Im. Para maior economia as chapas sioreforcadas ‘com cantoneiras. 2000) cote AA CAPITULO 9 - Edficles de estutoros matéheas ‘Concluindo: a escolha do tipo ideal de laje & fungi do processo construtivo, prazos, custos e até mesmo de necessidades estéticas Critérios para uso do vigamento O tangamento do vigamento est ligado A escolhado tipo de Taje. Um critétio fundameatal € que a estrutura apresente menor altura total de piso, 0 que significa menor altura do edificio e portanto em menor despesa com materiais Ge acabamento e com a prépria estrutura, Basicamente, tse 6s tipos de vigas: as vigas principais, as vigas secundérias € as terciérias, As vigas secundérias apéiam-se nas principais e as tercdrias naquelas As vigas principais transmitem a carga do piso para os pilares, A neces- sidade de existincia ou nio de vigas secundérias e terctris, além de estar relacionadla ao tipo de laje, est também ligada & disposigéo dos pilares em 3} pte sem vigamento metbico 14 a CAPTULO 9 - Eis de ears etoas (Os painéis de laje alveolar protendida, por exemplo, podem prescindir das vigas secundétias, apoiando-se diretamente nas vigas principais A diregdo das viges principais € definida pela possiblidade de disposigéo dos pilares. A dirego em que pode haver maior quantidade de pilares € a diregio em que se deseavolve o vigamento principal. Nem sempre essa \ : x capiTULo 11 Consumo médio de aco nas diversas aplicagées Est capftulo tem como objetivo fornecer informages que possam ser tteis 1a previsio e avaliago do consumo de material nas estruturas metilicas, E {importante salientar que 0s valores aqui fomecidos podem ser alterados em fungio de caracteristicas especiais de cada pojeto. Mezaninos ‘Supée-se sobrecarga entre 300 ¢ 500 Kgf/n*. ~ qualquer érea, consumo de 35 a 45 ket/m? de ao Edificios Supsem-se vos entre 6 ¢ 8 m. ~ até3 pavimentos: consumo de 25 2 45 kgfim? de ago - de 3.2 10 pavimentos: consumo de 40 a 45 ket? de ago Golpées ‘Supée-se pé-direito de 6 m, = vo de 10 a 12 m: consumo de 10 kgf? de ago = vio de I2 a 15 m: consumo de 12a 14 keffm? de ago - vio de 15 a 20 m: consumo de 14 a 18 kgffm? de ago - vio de 20 a 30 m: consumo de 18 a 22 keffm? de ago - vio de 30 a 40 m: consumo de 20 a 25 kgflm? de ago [Nos galpées na forma de arco prever consumo 10 % a menor. Treligas espaciais + modulo de 20 x 20 mi: consumo de 18 kyl? de age = médulo de 25 x 25 m: consumo de 20 kg/m? de ago = médulo de 30 x 30-m: consumo de 25 kg/m? de aco a 139 oe ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO |. 14) CAPITULO 1 Um pouco de histéria do concrete armade £ interessante notar que, como nfo raro ocorre em outras freas do conhecimento humano, os inventores da argamassa reforgada com ago, ‘precursora do concreto armado, néo eram ligados & execugdo de edificagdes. Toseph Louis Talbot e Joseph Monier, quase concomitantemente, em 1855 © 1861 respectivamente, usaram essa técnica. O primeiro na execugéo de estruturas de barcos e 0 segundo na confecgdo de vasos para plantas, (uso de concreto urmado em vigas fo feito, pela primeira ver, pelo inglés Wilkson, ainda usando métodos empiricos no seu dimensionamento, primeiro a racionalizar a teoria do concreto armado foi o americano ‘Thaddeus Hyatt, cm 1877, jé preconizando o uso de estribos e barras dlobradas nas vigas para combate aos efeitos de cisalhamento Em 1902 0 professor Emil Morsch, da Universidade de Stuttgart, na ‘Alemanha, publica uma descrigfo em bases cientificas e fandamentadas do comporsamento do concreto-ferro; partindo dos resultados dc ensaios, desenvolveu a primeira teoria realista sobre o dimensionamento de pegas de concreio armado, Inicialmente usava-se a expresso concreto-ferro. A partir de 1920 foi introdurida a expresso concreto armado, denominagio mais adequada, j6 que 0 material de reforso € 0 ago e nio 0 ferro. Conceitos O concreto armado néo ¢ apenas a mistura de concreto com ago, Occoncreto anmado ndo é concreto e aco, mas um terceiro material resultante da forte ligagio desenvolvida entre 0 concreto e 0 ago, Essa forte ligaglo recebe 0 nome de aderéncia, que se da por meios mecénicos (atrto) e pelo efeito colante propiciado pelo cimento. Unoa analogia interessante, criada pela professora Maria Amelia, da FAUPUCAMP, compara 0 concrete armado 20 café com lete; uma bebida que néo é a simples mistura de café ¢ lite, ‘mas sim uma terceira, onde café ¢ lete so indissociéveis. Assim 0 concreto armado nio € a simples associagao de dois materiais: concreto ¢ a50, mas sim um terceito material: 0 concreto armado. ‘Os materiais componentes 2) O concreto © concreto é uma mistura controlada de materiais que criam volume, denominados agregados, ¢ de material colant, chamado aglomerante. Osagregados mais comuns so aareia ea pedra.O aglomerante é ocimento, O efeito de cola produzido pelo cimento se dé na presenga de Agua. woe 143 CAPITULO 1 - Um poco de histxe do concrete armedo Portanto, 0 concreto comum & um material composto de cimento, arc, pedra e égua, As caracterfsticas do concreto sto dadas pela proporgo entre esses materiais. Essa proporcdo € denominada trago. Outros elementos podem ser adicionados para se alterar determinadas caractefsticas dessa mistura bésica. A adigho de silica ativa, um material ‘extremamente fino que pode ser comparado &s partculas encontradas na fumaca do cigarro, aumenta em até oito vezes a resisténcia do concreto normalmente utilizado nas estruturas mais comuns. A silica pode diminuir 08 vazios capilares que ocorrem no concreto, resultando em urn material mais impermeével e portanto mais durdvel. Esse tipo de concreto ¢ conhecido pela sigla CAD, que significa concreto de alto desempeaho. Infelizmente 0 aumento da resisténcia do conereto 6 acompanhado por redugéo da ductilidadc, propriedade importante nos materiais estrataras, Materiais dicteis apresentam grandes deformagées antes de romper, 2 x €2 la ¢ armada em uma s6 direglo, No caso de balangos, as lajes so sempre armadas em uma s6 direglo. © momento fctor € negativo (tragio na face superior da laje) © age perpendicularmente 20 apoio da viga. CAPITULO 2 - Stemos estutuois de concreto armada Nas figuras a seguir, tem-se duas situagSes em que as Iajes parece estar em balango. Aen ojo Veo opie wl Lt No primeino caso, a Iaje nfo se encontra em balango, mas apGia-se em duas vigas localizadas na direcdo do seu menor vio. As vigas, estas sim, esto ‘em balango. No segundo caso, laje apsia-se apenas em uma viga paralela 120 seu maior vo. Aqui, a laje est realmente em balango. Critérios de uso ‘Uma laje armada em uma s6 dirego prescinde da existincia de vigas nas, laterais paralelas a0 menor vio, j4 que a Iaje se apsia apenas nas vigas Jocalizadas no lado maior. sas ‘Reese Sirona 154 CAPITULO 2 - Sistomos esruturais de concrate armado ‘Suponha que em wma laje, j4 executada, de vlos iguais a 6,0 m e 2,5 m, 2425 + lj made nue x6 drgso Sabendo, pela relaglo entre seus vos, que se trata de uma Iaje armada em ‘uma 36 dirego, e que portanto a armagio principal ¢ paralela& diresio em {que se vai fazer o rasgo para a passagem da escada, pode-se concluir que a laje nada sofreré, pois com 0 rasgo seri climinada apenas uma fatia da laje. As demais continuario trabalhando normalmente, Se a laje fosse armada em cruz, a execugio do rasgo deveria ser melhor cestudada, Neste caso, deve-se prever reforgos no contomo ¢o furo para evitar danos & laje, j4 que sempre se estard interrompendo armagies ‘importantes, numa ou noutra dirego, serebede _ eat om<2450 1 lee amodo om eve 155 CAPITULO 2 - Sistemas estrus de concrete ormedo Se uma laje maciga armada em uma s6 direséo apresentar uma trinca, como rmostrado na figura abaixo, paralela a dirego do menor vlo, pode-se concluir «que essa trinca nao € provocada por deficiéncia na armago ou por excesso de carregamento. A fissura assim disposta niio apresenta petigo para a estrutura pois estd paralela as armagbes principais e ndo as atinge, Esse tipo de ttinca pode ter outras causas, como por exemplo retrago no concreto ou feito de dilatagio térmica, normalmente pele falta de juntas apropriadas. Fur Armagées das lajes macicas ‘Como em toda estrutura de concreto armado, @ armagio tem a fungio de absorver a tragdo proveniente dos esforgos. Na Taj, as armagGes ahsorver a tragto decorrente dos esforgos de flexéo. ‘Nas lajos simplesmente spoiadas em seu contorno, as tragées acontecer nas fibras inferiores da lajee, portanto, as armagves sio ai localizadas, Por convengao, o momento fletor que provoca tragio nas fibras inferiores

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