Você está na página 1de 90
Hensi Lefebvre se ec Ville aas.a16es A cidade do capital Tradugio: Maria Helena Rauta Rasnos Marilena Jamur (eral De Pel Eto Lal Tpit hae ner robs oie nnd Sumario Preficio, 7 A situagio da classe operisia na Inglaterra, 9 A cidade e a divisio do wabalho, 29 critica da economia politica, 78 Engels ¢ 4 wtopia, 115 © capital ea propriedade da tera, 131 Conetustes gersis, 173 Prefacio [Nas obras de Marx ¢ Engels hi, dlaperss, numerosss inwbeagdes sobre a cidade e 08 problemas ineagdes oo foram sstematiads socialism cinco, Els ni forma, portnto, um copo loutrnal, que petencera a esta ou aqela enetodologa, 4 sts 08 Aquela “disciplina” especializada: a flosofa, a ccnomta plies, «ecologia ou 4 sacilogin. Geralmente, ns fagmentos considerados serdo inttodtzidon, como 46 ver, relacionados com temas mais amplos: a divisio do trabalho, as forsas produtvase a relagdes de prodrlo, 0 materialism histcienTrattse, em pleco lugar, de eonit ts textos expariosrlendlo 0 conjnta da obra de Marx ede pais que cla tem por objedva recone fragmentos,calocinda fm evidéneia 08 coneitose 45 eategoras do pensamento tedtico comune a eee textos Nao se pode também chami- fiose ata de denotaeno pensamento ‘de Manx eee Engels um costed iatene, um ao dio, que ‘aera ao letrdescobrit B portanio-uma leurs ou rele ‘Soekig cn dec sme gu estos I) ' Acide de Csi vwmitica.O tema visado é cidade e, conseqientement, a prublemiies urbana ao quadeo eeética do matrialsma histérco Ficazemos a Nao, Uma tl abordagem dos textos no tera mito interes; la alimentatia o dagmatismo oficial e ‘sescolissicareinante, se a no suscitasse uma interoqagio ‘cai orcatassea resposta. Eset indieagbes, esas concelos recobrer, em toda sua amplitade, os problemas amis da realvdade urbana? Havers algo novo neste damn, depois de um século? Assia leieura temitca toma um seatido e uensimporcincia que ao terlam “techos escolidos". , Capito 1 A situacao da classe operdria na Inglaterra Estamos em 1845, Os elementos ¢ os fades de uma teatdade nova, a indvatializaczo, a classe operiria, 0 ‘opitalismo, se muliplcam, Hi muitos anos, Friedrich Engels (ue ex 1845 completa vinte ¢ quatio ancs) se faeressa pelas questées econdmicns e sociais que, part cle, se brepoem as quettes Hlosctiss, is qu ele iniialmente Se cansagron, Ele vera com Marx somente um eneomteo muito breve alguas ds, em 1844, em Pus. Engels, essa {laa ainda nao eocpers com Marx para a eonstrusio do “martsmo". Melhor dead: le precede sea futuro amigo ‘fo caminbo que ambos tlle juntos, precsamente partir desse ano de 1845. A stag da lace priia no Iter & ova obs ie eiedeich Engels prepa hi mato tempa, Hava publieado, ene 1842, importance argos? sabre a Ingltercae son transformagdo ein poténcs insta, obreo ldo dramatieo Ge wp sr tn bec pe Eon Soe fer Pui com pon Ea eens 1 Rac ian oa et ce” Cnn oe ‘ome doco? on dams Be oe Acide do api (negative) dssedesenvolinent. le sega obgalidade dk Tnghterea com lag Panga c4 Aleman d foporane, Na Feangae aa Alemashs tem seqieaca ora revologioteécen poles ena dpa evalu que nose pode sepacir da “ew indus” na lngiters que" Exprinne”aoplinodo pensamentn da agi ras Se singe dda a media cm que o jogo dis czcoastincin hres (contig. ee ahs da mesma A Tard de Engel no se iz, comes mania novel po uma ida que se em segide Alscmober e prea °A Bsn da cst ope ingame comezs a segunda meade do sso psa thsinadas 20 ibaa com o agli, Sabese que ext insets dcseseenth ater ind (2. 35) Est expres, que sel amplameste tad sito mal ses pase bed Strep despa ound tessa ew oa Sitio dos proleisoeingleses. A inrodugio do to carpoyos oxide das lade ce stad de Boa gete vores «bem ables examen bie, tmenotand ere a geo fia plc, ne fiom, cats tarda iba” Ee parca to limita, nessa obra, provsdris e valuntasia ‘sap da dase oper ater 1 A revologio instal redsaix completamente os oper ndolhes os kimosrestiios ine”, mas compelindo-05, "8 aga a poles, sopap Ie atividade indepe: ‘lesempenat se papel de homens”. S gaterea a indi, empurcaram para o tarblbio da 4 revolucionitia: 28 novas geulo XVI, Causas da transfo senieas (epeimeito dane le Alepois seus aperfeigoameatose, caro ‘wsim aasceram a8 grandes edades indus econ Io Impetiobitiaco (p51), essa brusea madaaga, Engels vib esas coli. No importante liveo A situa da cate o Ine, Engels desereve,analis,expSe pela primeira vez tiajue 0 eaptalismo num grande pas, A importinla que Vie teeibei aos fendmenos urbaacs nfo deixt de Ser Strpreendente, Alem dos eapitulos explicitamente agrados a esses fendmenos (ene outros longuissimo “anttulo TD, ees apurecer desde o inicio da obra. Engels nna no capitalise uma duplarendéncia centzalizadors hconcenteagio da popula acompanka ado capital ( 1 Opinii inal p 56-57) Erm toro de ua fbica Uk pone mio, we vlareja se const ele engenda urna bela tal que inevitreimente oats industri chegart Fars ear (explora) esta tio-de-obra. Ovizeo se torat nm pequcna cidade ¢ # pequesa cidade uma grand niot € a cidade, maiores slo a8 vintagens da al se resem todos os emenos danse ws ttaballadones, as vias de comunieacio (emai, estadas Me feo, extadss), os tansportes de matiriasprimas a5 tdguinase toniens 0 mercado, a bolsa. Dayo creseimento lenmcnte rip das ginndes Gdades industria a ‘Acide do capi ‘Mesmo que os salto contingem mas bas nas egies ris, ‘eque,corscqientemente, has concorencaenteacade © campo, a vantagem esti do lado da cidade, A tendéneia ‘centtalzadoma a dominae cada indista ead no campo tea cm so gesme de uma cidade incistia, Viralments, cada isto industrial na lnglaters no Gada is que uma cidade, cleo seri se essa insane atvidede” daar ainda um steal “E nas grandes cdades que ainda eo comécio se desenlsem mais perfitamence;égualmene que aparece mai cara © ‘manifestamence as conseqiéacias que eles tm para 0 proletarian. al que aconceneagio dos bens ange seu gra mas ceva, que os ensjumes ews condiges de vida do bom ‘evelho tempo vio ai edelmentedestudos,” (p58. Detenharo-nos um momento para refles sobre esses peimeltos textos e sobre seu contexte Estamos entio ema 1845, Ano de intensa efervescéaca teiea. Em Fevers aparece em Prankfurt A Sagade Fama, na qual Mare © Engels refit os postadores de abstragdese de iealsma histéeco, 0: Bldrofos, segundo os quai as maeas humans So passivas no proces de eriago pelo “homens” de sa ser Socal Em janeiro de 1845, Mars, expslso de Pry, se insta em Braseas, No més de abril Engels se janta a cle Danante 0 vero, cles viajam juntos a Inglater: Engels ‘mostra a Marx o que ele descreven e aaalsou no sea veo, ‘que é publicada neste periodo em Leipz. Ao fim do ano, cles comegam a esereve ida alm que vai reuit 28. pesquisas anteriores, condensae as eriticas contra at “deologias” (a flosofia, a economia politica, 1 histria iealizada} © propor a nova concepeio do ser bumano, produzindo-se as mesmo pelo se trabalho: o mateiaisma Tistéreo, Como se poder cbservarmais diane, as questies relaivas cidade aparecem com muita forga na formato do materalismo hiseitica, Desde as prices pina det ‘Meogja oka, iaedatamente depois das célebres formals bind Slosteas, se bem gue ultpasano ered a sta cise “Pode-sedaingai os omens dos animals pol conscnc, pla lp eportado qe sequse Els MMesmos come ase cuts ds animals desde © tmemento em gue comesat a pedi seu tcios de Crstenia,inetamente cmeqan 5 amides brea cide’ ss coach sbreado Sthorpecdrag © que etrsponde ao modo que Mart ‘pte ma tr seteteo puedo a paz do sta Peano seta stmt a lags eet ide © Cheapo na Angad depois unde Média, Veros “jet pone enc wos cogs do mats UMiideo cleat no exo da elexio do pasado esta ‘sao conta as tin at ques eas 1 Gade ‘reer trio, no peosmeto de Maes anpliade spe Cis inna pot ob de gels Ni havea mihis “aan penumento macs Por quavesasomeste merc percuro oie, enpre mesmo indo homes ctagesse means feeb topo por st tga bende egoc te igaocmene aeessso “SGgureom obeienca? Anas que Engels conta com sip fcmagio do penser dio mais dfender Sutaenéi tosande que do fo segundo von {Tas um penudo eign memo sito como al em a dot do “percent asi) a ¢ {impose ese pentament Nap seri, contin ar soksnoempelncimctedopmiice esc? ‘Na pate de sen io itd As andes cides", Fnges sce aed ana cm wd eu howon tetas nn ead se ee asl comm Sins amples decor nos com, coma ut cnga da "touednecot ents ets Hein © Toy tt BSc, 08 p56 cl Fone, A cide do epi ientiieos até nossa época. Londres, Manchester, outeas glomeragées inglesas, Engels at toma como os efitos de lo conteciment, esti pls ac revelaonari) ‘Mborgusa deem o cepa toe os meio de produ Ble fr so dele; ela determina as conaiges de seu tro produtive Sens tomar gale poisodeprecatva, gel Coleen em plens zo ori: conta dasa wttnn 4 riguers ea pobreza xtapoctisoesplendore ohorter indignidade © pobrearecchen testa vsianes Un dedlacagio eotusast: Wn nfo conteco os mas imponene qu oespeticulbferedo peo Hims, quando n gente sobs o tio dee o mar aia Pose de Londen, “Todo ito ¢ to grndiows to enorme gue dina atu « e comin estspefre dnt da geandees da antes merm dese colocaro psobe senso steerer de conteapatida dents propa sigur toda eso Srerton Os lankdnor"tiveam de scien cor parted sua qualdde de homens para reaiza on mag Ge ceaiy dos ne nite abort Sigmar puss se desenvoer Caio cm as dota ml can eens de ep Forgas qu 3 fim de qu raulipicando-e pela rte” Essas pessoas, de 0 fed clas homens possuindo as mesmas capacidades, 0 mesma interesse na Dbasea da felicidad? “Ni dever els finalmente ba essa felicdade pelos mesmos meios © procedimentos? as pestoas ve cruzam coctendo, como se tvessem nada em comum..” Esta indierenga brutal este Asano da cae oper os Iga inolamento insensivel, este egolsmo esteito, no se tmanifestam em nena parte com tant falta de pudot K avomisagio € aqui leva a0 exteemo. ‘Assim, Bagels logo iatroduz o tema da “mulido solidi eo da atomizago, a problemicca da ru, Jamis yuca cle © tema da alienagio se apresentou abststamente {como sepaeado). Ele peosbe e apreende eoncretamente 2 Viena, tes tenor de Engels, uo cater deo amesgt 0 cx Scan omen tector de enti soca leno conhecments sc do gue woven en fon Que Eagl tea comet, 48 Sean ele a spec apn so Vinculas 20 eabalho? Sim, impliciamente. Ni, edc ilo de un care, tobetce gor 0 wabalbo Ure. Ele eogenia uma socdade A rags de resscinia com nu domisaio, com psc da chs dominant A socdade que ees engediam oo es € {pe pro pobre mat été a apo esas ket aay Ege penal gue € were Jose 4 Chang Agi bab libeedade de esi gue isso pasa dies, Jos portm reveladores, 05 os deta csultados, pars os teabalbadores, desta prodigiosa Gio de poderlo ¢ de siqueza, a grande cidide ia, como classe, nfo € dics descend 1 ' ' 1 ' Achde do capa sing oc: ba sin somal pera que padi pore em oom Sosa de rode dg tala Ets a spice de incr "Al sol» pur de tat ‘onsato celadaabrarc” Apso colon Serecproeaete pent wba ago de una ead un ‘ple oun, On mas ity of eas apie Eg. 6) Nese gn geo ppp dts uid danse sed rouge és arma tA eno om eal oom gs procs com de Sno encbons lal poe oa tore fs A oar page oem fe de urea mans og em a enum Segui” Ani tp ran os es comme ss bers cs ais Co po mje au do “etme Soa", que ot option ngscs pene Jo ia sored enc connate 2, Depot de haverdttio amiss dos tnospbres de Landes amis gue ou aig Mars pried os pence mad agi porn i ets eds dose ‘inosTomemos Dain, exin joensen pr ing Ho chrmono como ode Londra £ opener, A cafe tem gundes bles, declra Engel, mis pats pbs secon ents mai epgpaics O ere acon dos ndses ver dese sum papel masses sm Dubin te adh departs csc asomcha de ‘oa as andes ads do mud, Bomesmo mado cm Eamburgo “ejasinaiocplndc he ea o nome de Atnas mii’ was onde o neuen eer ators “iach ova ort talento anséeagosp, 4h vba snd (7), Lvepo ape desu comer ‘svt, sun es ts ee aad coma mes Barba (p. 7). da cea foram sna, Stic, Birmingham, Glagow ce ‘sig da opera ma Tgher ” Sole caso pariular de Manche, ages dtés tyes poe diesas raze, de osm tee © de vidm peso al ques ind do ipo bieco Tenacu pont depart ev en; bok de Mares Cottne cen Aces es aga “peitig aindntalgodocia de Lanes wteae0 “erg du arucen cling do abo mane pels ‘aan, eva do tabalh. Se ecorhecemonneses tw dementoy as cractetticas da india moder jrecstos admit quar quanto a ese aspect Mim de ansortaso do algo mantew oso pra ido sobre ov nor orn ese Matec" E portanto af que a comseqineias da inhnraeagio deve se desenwoler eo proleatad tala se manfestar completamente, "por eas ftndes, porque Manchester 0 epo cisco da cidade rralleumbém porque ev onego tf bem thin cidade natal e elhor gue a maior de seas Tabitntes que ao inttessamos por et i pose ras tent dear Engels 8, (© antigo centro urbano se estersen consieravelmente ‘A cchee prfiferse em zonas sinds mais industria que o cet inicia; elas deixam a Manchester ditegio dos Inieon ese povoana somencede tabalhadores assim como ile vlstrnis © comercantes de segunda eategoria, Segue- fn enorme conjunto em que os baieos operitios tim sé com mil habitants. Fine eles, fbricas, mas também jualin cnt, ais regientementeemesioesabetano {ite ead para ota, corn a religo anglcana esti para a Felgio extlen (p, Ba), ondem capialisea gera uni caos shane, CObservagio ianportante: Bagels no analisa a stag slay lads sriens lo comtient, ala in ce Flances, thr Franga, da Alenvnh, Vssus eidades precederam 0 Acide doi capitalsmo industrial como cidades polities (adinistatvas 1, A Ica de eases, 20 quadeo urbaro, Pho oe separs, para Engels, da violéncia generaizada, da devrodas cootra todos Essa goeta, acrescenta el se sarpeen, pois ae € aan aan do prinelpio de concorséna,“O faro que srpreende Eque a Porgactis,acima da qual se arnontoam cad dia 38 nora rene de ama tempesade ameacadora,continesspesae de Tudo tao ealma e tio tanguil, 20 let tudo que felatam woidianamente 05 jornaia” Os preconceitos de classe aoe rerio un cle de homens bngoesa Ut bela man classe possuidra ceri ua surpresa “de caja 6 Aidt do capil 0 se pode fazer a menot Wéis, mesmo em sonho” [p. 180), iso, mesmo que, ao quad tagado por Engels policiadesempenhe wn papel de primi plano A criminaldade nas edadles uses suaprerengasna verdad, tla cuida da ordem soci, da qual a desordlem fas pare; mae in da, para Engels, « desordem a gual cla &a expresso pa cia uma outea ondem, E fgande surpeesa Cento ¢ vintee cinco anos mie ed, sobernos que borg ‘prim em 1871. Sabemos que as surpresaglevarsn-na a abndonae © sonho © educsram-aa politicamente. Sahemos que & educagio poiea das elses se fz a longo przz0, por urn sg perodo eque a elassedominane, spose também a 4 ciéncia a ideologia, pode conserviz-se vantagem por longa tempa, O que surpecende hoje, & que ‘edieh Engels ao frescor do penssmento eda sensibidade revolucionisos, xpeimindo o “vivid” sem ter pasado pela Jura escola dos conestostericose dos fracassos polos, se cologpe espontancimente pasa além do bem ¢ do mal. _Alganseneonttam aos Ses estos ums morales a color ‘propel; os uagos de morlsmo se apagarm le, a cada pagina Sox mancin de exocar 0 oper eiminoso fz pensar fem Stendhal, evocendo o Renaseimenta italiano, et [Nictsche preferindo todo dispéndio de energa A estagnagio. (© moran, 0 da buguesiae da buroercia opeciia nfo havi ind passado poral Mais te, esa wvn expres se apagati: 0 pensamento sevolucionstio te fark pr tatleamence precsvido.E Aes ues teve asa spree, mois vez ‘assim perdet. Quanto mais se sea centro, mas selocaizt nos ugaes do tsbalho «tn prodlagia Iso ainda no esta completo nem previsto, nem mesmo & previsvel, em 1845, Nio seria een efevo de ‘unwind penstmento revolicionisi emarss,efetuada pntcrisutene ne séelo XX Asan da ee opera a Igaterss Bsr peso mao ab ee cabin fala ou epaies exlias Ga burguesia « eaborasio de co fe sua situae : primidos se hes impous ordiacn socal © 1 uma imporeinia sot fs tabahadores adguirem a plies. Ax grandes cidades sio a sede do movimento peri €all ue os operirios eomesam zeit sobre st ‘lag al que se manifesta peeeio a oposigho ado c bugoesia.” (p16) ene prl Capito I A cidade e a divisao do trabalho cesctitos de Matx ¢ Engels sobre 0 tema, pata descobrir todas a8 dfecengas no interior da mesma probleme Por exemplo, a “Critica ds economia plies”. Admite-se valmente gue 0 acigo de Engels publieado no iniio de Tgd4, initaldo "Exbogo pars uma extiea da economia polities”, iaaupuca a linha de pensamento comumente thamade “mars sevelatiom talver alg se eacontna nesses textos mas ao tem sido dita 1, quae todos os comentadares tém scencuado ns. Quem di “diferenga” Mlesacordo, muito menos pec tem eaballhado em favor As diferengas pesceps onilite. No conjunto, Gabomogencitade O pensizmento dos niiadores tem sido fiteado, selecionado, pesteurizado; tense climinado © menor germe de imprevisto, o melhor com 0 pior, Ieteza com o ete fatal, gu tuidadosumente homogeneizados, fcilmenceassimiives fem sibor nei forsa so Acide do oi, Bagels confronts relia com a teoiopensamento Jos economists com a pritia econémicn. Coloca um a9 lado do outro, 0 “vivide" (a0 comércio, na indistria © ma J proletea que coreesponde ao predominio do capita © a expressio dessa mesinarealaa police. le ert, entio, um pelo outro, o “vivid P a vida, isto 6 fora da Marx, 20 conteco, contionta eatee si, no nivel mais clevado da absteagio,a¢ grandes posigbestebtcas ad Hegel, de Feuerbach, mas também de Smith, de Riat seus conceltos ecancepbes. Desde que Marx iii «coopetno com Ea (1844), cuja redacao se segue ao primeit “ {Bagel enbor pigs ects pelo dre sj em eon simer. © 10m fe torn ge, fice Sc octldreagmeto whet ato ci os os ‘ empl em dasnforagie bem cone ste aes cde al Px coy + polimice, do cibre como » que or Gan cont dos Miri de Pais Seo servo Selig conhetsse oy ido as Mana {horn nem dint dort lanos dos aides mas gos sa og eo 08 meno despa eine desoa et os leg peto dos ftin No romance de Engine Sue oc fh Vides cle sabern 9 ‘Acide a dvs do aba a” comeccante Beas Rouge, € ws dos pessonagens pincipais {de agio", Neahuma ingenuidade 2 Jgam ingenuidade dos filésofos expecultivose extcos Nao rest amenordivda de que nessa exiead critica, mesmo n propésito dos Miso de Pars, a ckdade enguasto tal est ausente oa Goase, Tratt-e de wm processor a favor bu contta o “homiem”;a fvor ou conta “conseiéach” €8 iddia de historia; « favor ou contea # oposigio do cspittualismo ¢ do materalismo; a favor oa contes 0 jatismo © 0 velho conta o Estado coneebido por Hegel ete [Nos Mania de 844, Marx psa cabo a contontago testi ent aetmano rst Bvor o8 4) amealsca (ontologa) e2antropologia, conhecinesto natal, 1 alflosofa (flosota da isda ehistéria da filosof cia ia pitea social eda sociedad cexeconomia politica 9.‘ eica poles de oxigem francesa (eevolucioniin jscobing) eas pesquisa cents inauguradis 2a glaterea fobee a iqueza, © enfim a capacidade conceitual do mesmo, Kael Mir, prolong, mas oli pela classe oper); pensamento semi (el caja hesnaga ale p 4) 2 scotia hegelana do “homers” que se prods ele propria, ao eacso de aa hist através do trabalho e de fata, ea teoria fuerbachiaaa do “homer”, sec aatstal, sezsivele que sente, se de necessdade ede prazes Este confronto genetalizado se desenvoive, aos Matwsntr de 184, sobre 0 plano intelectual “paso”. finda o combate das gigates, dragbese cclopes trats-se finda da lua dos deustse dus divindades, dase conceitos. A vefecéncia ao “vivido” surge nat sols, nas digcessDes, 2 Aide do Copal De tempos em tempos Mar iusra o.que se pas penstinentodizenda 4 no rea. Sem esas stra, oleitor desses sahos nem sempre sabera do que falao tutor, o gue ele visa ao eserever. Dai 0 ca ‘enigmatico, por isto, cstimlane, desses Manav, Cada lear ai toma © que agtada €o que 0 aliments isto resulta uma curiosa conseqincia. As mumerosas consideragGes emitidss por Marx s6 tém sentido ¢ Marx nao f ‘ua maneita dec pane Saka realidad urbana, Ory, listo, Una ou duas vezes somente, mas de adeamento dos cn oto Rontinuameate implieada, A propsidade feuded compo cos setts huminos. O senhor ust onome da tera ea tera, com ele, se personaiza, O servo 0 acessdrio da tera, mas ‘herdeto (0 flho mas velbo do senor pettence também tert, pitta local, singularmente imitada, que contéen a familia seahorial, casa Senhora alinkagem ea vassalager st6ia. Ac relagdes entre o feudal, de ui lado, e 0: rndem dele, sio tansparences. Nada de intermediivio obscuto, como o dinheira. A steagto polities tem entio um lado sentimental, A co que isto nobs tio, declara Mar,* que esa apattneiaseja supsimida. Por que esta necessidede hist6rica ou teen Marx se explica muito pouen sobre este ponto, Enecessiio ne a propriedade fonchica, ni da propiedad privada, seis acea tama mereadoria” E preciso, portnto, que acabe a racio petsoal do propristitio com sua propricdade, “que 0 ‘catamento por interesse tome © lugar do [Acide vit do abubo 2 om a terra € que tanto a term quanto © homem sejam levados 4 al" E necesito g pasesa i plena luz do dino inismo da propria, “a ‘onopalio imé sssaltado, em concorsén e de outren fe necersrio ainda? que a to higar do adégia,“nenhuma tena ‘9 dinheito nio tem mest ra em mhonopélio movel e ‘ocioso do soe de ia0 ‘ue oP» Fre na fane do come senhor” vena © wedeio (como Macs) ela azzanea & grande Scus monopalios ¢ 0s langs aa concorréacia oy no mercado oped c propriedade fundiitia do estrang vopuldade fans ja pede sco carter india m0 ef em gue ela ann gic are dine! 53 3 retamorfose? Onde se di esta transformacio, desde que ena selagio abserate das PB de cngos aor malo evident gue Marx Sole fala da estentio da poopedade fonda 10 Stgucle 0 da miséta”, De fata “como aume ‘luguel, a renda fundiisia ¢ o lucro da te stu nat (e .39, 47 ee) ‘Do mesano modo, quando Marx cheg esigwateas 2 rodeo edeconsame ip 3) regis, «reduguo do taal a ma avid SBlunen cam verte (kp. 812) Mis e po “Tague Handamental conta popsicdade vada Sener Mt di” Py ‘Acide da cape sprofunedla © processo, mait 0 contexto urbana se toent trident. A aenacio aparece, decisa Max, produzint, ce tom lado, 0 refinamento das necessidades e dos meios de ‘stisGazéis, de outro, 0 retoro a uma selvagesa best SMesmo anccessiladede sr puro desta de serumanecesidade pmo operiio; o home mpesacla pelo spa peslento ido d Fabia de una anes preci, como uma forcs estraina «que pode a cada dia ee suheni dele, da gual ele pode a cada dia ser exputo, sede no pags. E necessiro que ee P fest exsa de morte”. Onde esta casa de luz da qual fle Prometeu em Essie? O pardideo da cvizagio se « pan o opersio seu demesto (meio) de vida. O conlece somente anecessdade de comes ‘omer batatas como os poreos. Ox, a lngaterea ea Franca ji tim em cada cidade industial um pequena Tanda (p. 182). {quase por acilente que Mare chega amenconar 0 pune de fundo que part ele somente um eenvio sombrio. Quando tle mostra que © mundo percebido pelos sentidos do ue é pos, de aque dessa Fornia 0 “homem’™ reprodue a natoceza apro prando-se dela, que oraando apatentemente “objet de Deus €resulada do wabalho( Po, de elie nem a palager 96 ec), de ado ts nem ae Dé fio, ¢ somente im fragmento, to obseuro quanto decisivo que contém areferénca. "A dren entre capil e terra, loro erenda fundies, com a ciferenga entre les € 0 salitio, a cifetenciagioincistria propedal imobisia mobili, € ainda uma diferenga bistésiea..” (p. 74). raginento decisivo, pore consagrado por 0 trabalho posteriormente tex, inclosive 10 capital, para mentae esta snngio hstiea e para mostrar camo clase teansforma, A resposta s6 vem 30 fal da grande obra {inacabada) de Mars. Os elementos da socedade eaptalista * ~ Acie vise do aslo % cesecto, a natures © teabalo, 0 tables Terre tadesdosmes de prodeeio~ eapiaiodniico " e “por que?” cao interessam, (Oempiasmo econsmico recusa o conceit arora, acti le detém o conhecimento? Nio, pensa Marx, porque le rio percebe nenhuma relate. No entanto, quando 0 ppensimento que apreender mls sca, no core 0 seo de se distancia dos fats? Te toma distincia © recuo; a ‘Accie da soma plion " preciso cia al encontra har mas no € ela, a cxica (da sociedade “ea, do emptismo que se contenta com a conrtatag) que motia a coneepsio de relagis? Na Inrado — nigyém dense aqueles que coohecer seu pensamento ignora ~ Marx estbclece 0 sentido da bistéra, Por muito tempo, ele pontou qc tal sabes, mais slo, ss vast, permits eampreendcr sociedad moderna, rmostrando sus lormagio, Acteitzva nisso ainda em 1845, ‘quando excrevia com Engels A idewkgi wena, embors x2 primeira dvds jf tvessem aparecida. Fssaconfianga na Fistéria, no era ands hegeianismo? No que concerne 3 ‘Aantigladee4 Wade Ma sista como cia do fara sinda se encontrave muito bem. O pensamento descobria 0 “sujeito” ea coesio do sito como “agente”. Mas quanto 3 epoca moderna? Na verdad, quando o pensamento tice ‘compreende 2 Anigiidade ¢a dade Média, el parte de Gpoca moderna e de suas categoria, de sa presenga ou de sa auséncia nas €pocas anteriores. "A sociedade burguesa é ‘organiza hist ca da producto mais descavolvida eas dlivesifcada que poses exist. As ctegorns que expeiem ts relagBs dessa sociedad e asseyuram a eomproctsio de ‘sts estrus os permitem, ao mesmo tempo, aprecnder a stratum € as rages de produgio de todas as sociedads [pasadas” Elks podem, por outa lado, conta sl forza Adesenvelvida ou degrada, até mesmo casicatral, De tl forma, que a deren permaneceessacial De tal fri, que ose pode invocar 8 ewolgo histérea para compreendce ‘capreciar de mancira cries ina forma de sociedad, 2 sociedade burgues. Além disso, a iavocagio do passado fabeica mitologias. O procedimento invesso se impie; é preciso partic do presente, de suas “categorise”, de sua ‘comprecnsio cries para apreendero passe, ofeudlismo, «A amtigdade. A histtia aio pode substi a economia polisea cette da economia politcal Qual seré entio 0 procedimenco metodlégico twoxcamentelegina? "No queconcerneis soci, € nocesstio eter que 0 sujito ~ aqui a sociedade Drguesn no espisito. As eateg formas e moda 1 do, 0 mesmo tempo, a ealicae aspectos dessa sociedad, cientifeo sux exstinca & omega falc dea ouput relagio is earegorit cconémiis). Fst & um poset nca ements cnet para pan denes0 Pores, ndo s sues. paste das catego ie pane). Fxvaca se &pameioa nds, enioa agculara De fat, “erm todas a8 foemagies saci, € um producto ‘deteeminaca que Gesigna todas as ours Soa posgio e sua impartincia”, Constta-se, assim, quanto esta sociedade ruesa se distancia das soc prope terzs, onde # zelagio com a natuer: preponderante, Sabo reino do capita predominingia so novo elemento sci, “Nio se po arena fyndidsa sem o capital, eas este imo € compzeensive sem star racar apie ds sociedad 4 enda fandiiis", precsamente porque ee es femiboracsiado no decorer da hist {gue damina as celagdessocss na socegade busguesa. Fle € ‘hegnda” A parc, ett possvel preender as socedades, pos exemplo, aquela em qoe indtra aacente aninagioc aselagbes pris do campo, quadeo categosis autbnomos,legados pela hiss, permitindo tempo hiet fedrica. Ess ettegorias se ub. itligiiidade oc radu, 0 consumo sa conexao interna, sus tnicade), e por oukzo lado, dos tapos especitics da sociedade moderna, Assim e somente assim, todas 8 rengasspizocem valoizadas metieae eoticamente cai, no plano que Marx apzesena fern 1857) como 0 As nogbesabstaas e geal mais ou mene vidas 25 As estegrias que exprimem sosiedade bu rae sobre as quais epousimn as classes indamentas O pital ovabalho as indo a propriedad lagbesreciprocas A cidade eo campo. 3 A concentmgio des relages de socledade borguesa no Bstido (yuulmente consideraio ens mesme), As classes impeocuivas, os imp A progugio eas rages internacional A divisio 5, © mercado mundial eas eis.” pé da leva. Por qu oligicos e resricat no ext ainda patio, primeira, Mare eo burgues} {oma um syjeito (p39, sem ter clocade a questi: "O que Gums sociedad? E om jee?" sem se perguntat se a Iburgesa como classé um syst coincdcete Gam asocecade ‘bugquesa. Do suet, ele salou para o soma, fidox Em 7 ™. Acide doce Nesta perspectiva, of outros fragmentos do mesmo ‘petiodo assomem tod 0 seu sentida,O eélebee fragmento sobse aate io pode se solr. Fle responde& questo: “O- ‘que € pra em setido amplo2” Ble tambem responce & ‘sta outa quedo: "O que uma sociedade?” Prodi, 80 € somente produzit matesalmente, € produsi dite, uma forma de familia, um sistema juidico (p40), arte, sem dlisparidades entre esses setores da produgio. Uma ‘sociedade? Isso implica relages socials prticas das quai a “olara” faz parte (p. 0). Uma sociedade no pode se reduc 2 prodogso na aexpeio dos evonornistas: apaetho de producto de consumo Mentade ou dversidade ence ‘os dois aspectos. roduzir, para uma socicdade, & tambim ‘produzir acontecimentos,histria c, conseqicneementc, ferrasB mesmo “s guerre praca antes dap” Relages ‘econdmicas Go importantes como o trabalho assuarado € ‘© maquinismo “desenwolveram se no exércto antes de se desenvolver na sociedad burguesa”.Além dso, o exército ‘iysuea melhor “a elacZo entre as foreas produtiva e 08 ‘modos detroca ede distibuicio” (p. 39), Somente 1 cxistncia dese fragment, de uma densidad ‘extrema e de uma obscurdade igualmente extrema, sta suficiente para mostrar que o pensamento de Marx, em constragio, sobre om exminho eivado de obsticalos, ‘enccottousua orenscio, mas alo haia ainda wilizado seus _matersi, nem mesmo descoberto ainda rea horizonte. O ‘que se segue? Resulados paradosais 0 eshogo de 1857-1859, poblicado muito mais tard, © tradurido anda mais tarde para o Francés ca impressio de uma certa desordem, mas fecundo ©, melhor ainds, cctimulante para o letor moderno depois de linus re Ieituas da grande formatagio e ondenamento: O pital Nos (Grumdie, ems a Ianca de ut penaamento attaves de 3608 A cei da canon plon 8 clementose seus problemas. Um preocapagso é dominant, que no desapareceri, mas se atennari na continue aires, rans hz, conduz-las &inguager © 20 conceito. Quem exquece at esefcidade? Tanto 0 economists, quanto 05 sofos e os historiadores. Or wns, om outros (AS ideologias fazem abstracio das condigies espetficas,aquelas da forma dsterminads de tal prodogso emt tal sciedade, «nossa. Se ose sublimhar que 0 vada que fa do trabalho passado e curmnlado 0 elemento necesito detod o demento natural €rmito fiil"prowtr que capital uma coodicao necesita «tod condigao humana”. Prova? “Talvez, mas falacos, pois esse pensameam homogenezante fasion todas as same epee" Nos Grande tao & pereebido e concebido segundo » dferers, inclusive as rociedades asitieas ¢ o “mado de produgio” asidtico can relaggo is socidades orienta ein géncse ‘Segundo paradon isi, o pasado ginesertomair pari do ata igaahaen un tev extacrinare. Os tagos se acenniam, em verde se penderem no afistaento, dese clsperarem na distincahistriea. Em pacar, cidade e2 regio “cidade campo. O que foi dito por Mars nos textos seteiones eaparece com un vigor renovado, ‘Acide? Nao houve"modo de prod uebano” como ‘no houve “modo de producio fundisio" ou “agro”. Do ‘mesmo modo, 0 hi para Marx “sociedad industrial como no hi “evologio indus” Enerctanc, aera 0 capo, ‘dade, ands, desempenba um papeesrenca 0 futuro ‘de sociedad human, nas tansformacies da produsio e das telages e modos de prods, 0 gre € @ kr? O suporte material das sociedades. A tesa seviaimotdvel? Nao, Saa face mud, da por natura —— eae %, Adidaie do capi vigiml 4 natareos devasada, Bese suporte das rociedades | buanas, a crgem ao im dos homens io & nem navel nem pnesvo. A teetaéprimeitamente “a prandelaboratnic” (Grudis, 1, 437) que fornece tanto 0 insteumento ea ,soatria do taal, como asia sede, o seu toga!" Depo, fs homens associados, conssiuindo uma sociedade, dominam a naurezs, motiicando aterm e seus elementor, extaindo dai os mei pact sats aividades, distanciando-se dd satoreza para subsiu-a por outa sealidade (a 3), que ‘ wnistéaficidade, A tera nio continua senda olboraaxio Iniial. O que a sobstina? A cidade. A relasio mito (e 0 teem “murante” significa “apical” cklade-campo &0 soporte permanente das mudancas dh sociedad. © que é ntio a cidade? Como a terra ra gual ease api, a cdace€ an em rrr, wma ing, unis 0 mais Sto dor meios,o mais importante, A tnsformagio da natuieza fda ters impli um ovira lage, om outro ambiente: a cidade. Mesmo que ndo baja “modo de prodvgio ubano", como no hi “modo de producio aris” (aovamente), 2 cide, ov mas extamente sus telagio com o campo, ical 1s madangas da produto, fornecento ao mesmo tempo 0 4 rptial © 2 cena lugar € 0 meio. Nae pela cide, a natareza cede o lugar 2 uma segunda natuseza, A cidade atravessa assim 0s modos de produgio, procesto que comes desde que a comuna usbana substi a consunicade (tial 4 0 agri) lgada inimamente 4 wera Assim, a cidade se 7 orna, em lugar deters, 0 gzande Inborstrio das forgas sociais isso gue estabelecer edesesvalvem os Gras ‘De umamancita ges a comuna emerge da comanidade (tribal ou vilarja) que consti sua condigio anterioe Swan Ope we Hp i mew la a ‘aha oor inc Cnn ern co 1 App 3) Tae exo oe eee Acre a eonomia pls a [A passagem da edmosidade ~ onde predomina «natarens com os vincalos imediatos (de sangue, de familia, de locazagio ede partelaridades nats) comvina bana implica madanes comsderiveis aa prope dae, na produ ‘ena roca, No decanter dessismoieagbes, una “natuttza social” substiui 2 natualdade imediats, Enquanto na comunidade primitivs a nasureza aparece como tal 20 lndividuo, smaltaacamente, como seaseeuto e sv inimigo, seu aliado e seu asassino, a natureza socal trata como estrangeito um membro da sociedade, O wesultado da assoragio no crabalho se impe & atvidace vital como urna forga exterior, de tal modo, que nem o trabalho nem set prodato sio mais propsiedade dos tabalnadores,Pouco @ ppouco, 0 weabatho coletivo ow associado se apresenta Smuleaneamente como objid (peopsiedadeestanha) ¢ bjs orga estan (Cf p43). Assia propria orgs Ao sez social ce wots contra ele como “avons anima". A cidade se toraao lugar geral dessa mansformacio. Nio seria elao prprio monstroanimade? Talvez ainda gue Marx io 0 digs Mas eis as dfezengas espectfieas. Nas sociedades ‘siticas,ondeo monareadecémo sobrepzoduto do abalho fgricole, véem-se sugir cidades adinistntvas que so também campos militares onde o monarcs roca sat reada “contea mos lives". I9so alo constitu um trabalho sesslatiado,sinda que a atividades dessas “aos lve” Dofsam entrarem contrdisio com a excrvators ea serio (p. 431). Aqui, postanto, o campo fornece diteta ¢ imediacavemte 3 has. Em que eonsiste esse campo? Ben equenas comunidades agritias, que permitem 0 ‘stabelecimeato de uma unidade superios. “Nada se 6 « ‘que a unidade, que englaba e domina todas as pequenas comunidades, desempenhe 0 papel de propsiciiasupeema ‘onde propsietiria nica, endo ss cominidades res, emt, ee Ae dcp simples possuidoras hereitirias” Proprictra verdadira condigao superior da proptiedade coletva, “a propria ‘anidade pode parceer distinta acima da mulidao das ‘comunidades parteulawes” (p. 437), Esta unidade suprema, ste governo despitico, vam sua sede na Gidade oriental Nas sociedades asidticas, a unidade soberana da Sociedade, 0 Unico quc tem por propriedide o eonjunto do solo, das comunidades e dos indviduos, tem, portant, pot sede e apoio uma cidade. A cidade oriental e estabelece 20 Jado dos vilarejos que o Estado despitico administra, explorando-os, seja nos lugares onde pode se fazer 0 comércio exterior seja eafim “no Ingat Onde 0 chefe do Estado e seus strapas trocam suas rendas(sobreproduto) ‘contra 0 trabalho, gastando-as como fandos de table’ (438). Nesss socedades, de voda mania a propricdade Individual nfo poderia se basta, o viacalo diteto entre a ‘comunidade ex natureza no pode se rmnper; a irigagao e a fequlaio das gus iispersaves vida das comunidades, so de responsabiidade do Estado, que astume, assim, um papel eeondmico dieto agindo sobre as foreas produtves, velando sobre a natureza, mantendo sa rlagio com 2 sociedad (p49), Assim, ring a Unidade supremo déspotaenearnando © elemento comm 38 comunslads cumponcsas lors, 4 patcenidade absolute. O sobreproduto social, dterminido ‘em Fangio da aptoptiagio real no trabalho isto €, deixando sos habitats doe viacjoro bastante aa viver, cobre 23 Aespesas gers da administragio e das grandes obeas pablea; resto retorna ao Unien Esta enorme riqucza the permite grandes empreendimentos: guerras, festa, construgbes, “No coracio do despotism oriental, onde juedicamente a propiedad parece aurent, obserer se realidad, como Furdamento, a propiedad tba ow coletva, prodzida essenialmente por uma combinacio da manuf Acti da coma pon » ‘eda sprcuhura no ineroe da pequena commie, que prov ‘assim a totalidade de suas nccessidades © contémn todas 28 Condiges da produro do eacsdente” (x 438), A coltvidade suprema toma o aspecio de uma pesaa transcendente: O Sobretmbalio, sob forma de tbates, os pedis tabalhos coktivorfaxem pare do culo da unidade humana e divin, real ou imag, osobersn0, sss rexos foram deseaterados estes ikimos anos, quando se seconsiderou “modo de produ asitco”. Esse ‘chnetito no aparece aq; Mars ecreve apenas “sociedadcs sata Todi, oconceto de modo de produSo asiico jé ‘ui aqui, quando cle dsigna um certo nimero de socedades diferentes das sociedad oxide, pa dispossa0 € peas relages dos clemientosfovdaentais campo e cidade, visio dotnbalo, Esta esoberania Sabe-seamavés de ours tex, ‘muito dispersos, que Marx tina adguirido ins bastante precisa sobre ab carcessticas especiias da histona nas Sociedadesasiticas. Grandes impésios se estabdecem sobre a hse das comunidades agrsas; cles permanecem por née; ‘des so destrudos ob os golpes dos conquistadors, masse reconatitvem andlogos ao que exam antes de sun pda. A Ima emo enter mpestvodevido 3 ead antes 4 cetgnagio das foras produtas, ito & da comunidades gras ¢ de am organiza. Quanto &s clades eno papel & Sneuficiente do penstmentol "Pode parecer bom comegar pels base sida que slo o eal eo concreso", mas se apetbe pido a eta, Canfunde se agente se mantém ido, “A populagio é uma sbetagio, se eu neglgenci, por tvemplo, at clases das qutis ela” xe compoe, por sua ver, ‘esas lasses sin vazias de eeido te ignogo os elementos tobe of qusit eh repoustm, por exemplo, 0 tabalho do “ Acide do cpl 0, 08 presos ete” Partanto, 0 método Sivisio do ts corzeto partite abstragien, mas de abetages cient ‘dele erases, ae come a divsio do teabalho, 0 valor, © dinheiza, A es coneeitas que tém por contsidorelagdes.o pensamentotetat uma gerd comers {que seri atingida, 20 dint, ste concreto, produo do onsanent, ta vee de calocilo espa no nico O método mgmiinio encudeamento dos eoneites, a0 mesma tempo qe 08 priprios coneetes le yencontar, reneas, 95 conteidosinicalmente sfastados pela edo que elmind visto cates, sobstiainds ‘ descrgio pla sndlise. Assim, a part do conceto eral de ‘rolala,eocontase 0 papel e mesmo a epresentcio do tballo produtivo nas diferentes sociedades Gacluive os Estados Unidos e a Rissa, ofp 34-38). Boge eonceito de cide, de sua tl campo, de sevs conflitos dis modalidades desse conto (37) Assim sedescowolv, imanente&ceonomniapoiea coma sealdadnetente & economia poles como eidacia,actica ‘da economia politica, Esa nia se contents com uma citea {da economia politic bynes cla mosta que toda economia politica, no fondo, € burguesa. Ela tz « ertiea de toda {do Estado valee se dirige contra todo buaguesa. Iso porque todo F tun Estado de classe, o da clase dominance; este aparelho the permite matarar-es contraigbes por meio da ideologa Jes: fim da economia politica, o lazer) 0 fn da cidade (edo campo). Tal Jesenvalve sem difculdades Gopitlo TV Engels e a utopia Coloquemos em seu hs pequeno, a coledinea de Engels: A quaits de bobitaia O pequeno val tuts artigos escrtos por Eagels em 1872, “epoca em que 0 mani ds bills francesesoundava a Alemanha.. qaando i Aleqanta fais sua entrac na cena mundial, no somente rio nificado, mas tml comoum grande pas Tem-se © hibito de apresenta esta coletiaea como se contivessea lima palsva do pensamento marsista ao que concerne as questoes urbanas, Consulti-o, eam efit, € Citic, dispensam de ere de conheoer 0 coajunto tésica, (Ora, estes artigos tem um caitercteunstanial muito afi, 1887), consige ese c oraente por Engels em 4 maior amplitude a ess seqjiéncis de textos 0 mesmo tempo em que fas execu confesio, De fato, Engels empeeya muitas vezes o terma “tevolugio industrial, sem ova forma de proceso, « propio do que se aetna Alemanh dante esses aos (que viram a morte de Mae). Engels eu companheira de ut se enconteavim, coma sabemos, dante deste duplo problema: a duragio do ‘apitalismo, 0 erescimento do movimento aperisi, —— a6 A eid do apa les chegaram a anna fim priximo do madocapitalista de produgio;e mesmo em 1887, Engels tem aimprudéncia de retomar essa profeea, Quanto 20 movimento operivio, este adota uma forma politics que, mais de wma vez, sorpreendeu tanto Engels como Mare, Eles sabia ‘habe (Bismatc) tentaram desvar © movimento opertio c integrara sociedade bangvesaa cass operiia, Desde ese somento,apensamentoteéricn asco pola se cr Hi deum lado 0s "i de outro 0 “esquerdis de um ado, Proudhione Lasale, depois os proadhonianos¢ (9 lasalanos de otro, os bakupinisas eos ana Mars ¢ Engels se viet obsigaoe a utar eon duas frente, sabyetada apse o Fracasso da Comins, facasso que spent mostrava melhor s amplitnde revolucionsria dos acontecimentos parisientes, Ocupando uma posicio “cgntal”, Engels ¢ Marx recusavam-e a defini um spo de entiso”, a indicat uma via intermedivia a demarest camino dos compromissos. Um fata exteordinivio: sua dive: eles solper mais fortes contra os “oportuists”, Lassa e Prosdhon,¢ contra brihaots Fema, gparentemente "esquerd {que encobrem suas concesses i sociedade existente batem peinepalmen Nas condides da Aleman de 1872, €insignifiante © sidicalo apresenat coma revlucionirio 6 projeto de abr © aliguch, on de construir habitagbes operieas com ajuda do Estado, Tas projetos, para Engels como pasa Mace, ‘ceviam dretamente ao Estado bismarckiano e perperoagio soca capitalists, “A erse da habitagio pata es ¢ uma parte da peqacna bunguesis nas {grandes cidades ‘moderns é um dos inimeriveis males de sportincia menor evecundirs que resltam do sal modo capitalist, Bla aio € de forma nenbuama wns ireta da exploragio dos trabalhadores, enquanto tas, polo captlisma, Esse explotagio & @ mal Fundamental oe a revolugio social quer abolir, suprimingo ‘9 modo de produsio capitalsta” (9.26, ed. Clsigus de ‘marsion), Foge's, poranto, mostea por um lado, que hive sempee houve “erse da habitacio” pars os oprimidos cexploredas;, por oat lado, qu essa questio da habiagzon nio se pod é menos inadmissivel considen-la co i eesolver pela burguesia; no stencil Pama Engel, a questio da habitagio € somente wen aspectosubordinado de um problema central, 0 das rages entre a cidade © 0 eragio de sua coposigia Aqueles que propem constrir habitagses para of operitinse Ihes ceder, no se contentam em resolver fietiamence a “questio social” pela tensformagio de ttabalhadores em exptlistas les propdem o “sistema de ceases de cimpo",e0 dos corjuntos operirios,onganizando. (so menos mal posse). Este reformismo comport uma fonfisio, “Confesease que x solugza borgecsa & quero {ha habitago fracastox ela © chacos com a pase ent Sides ¢¢cawpo.. (gubinkado por Engels) "E eins a0 coragio da questo; ela aio posers ser resolvida a no ser aq sociedade ja profindamentetaneformads, pata que possa enffentar a supressio dessa opasicio, le levads a0 gxweo a sowed capita, Bem Inge de poder mais aguda..”(p 64. Assim, pars Engels em 1872, nem a “easa de campo" (Qiiamos hoje: o pavihzo do subsebio), nem 0 “0 conjento habitacional” operisi (difamos: 0¢ LLM,)' avangam em diresia 4 solvgio do problema fundamental, que nfo ¢ 0 da habitagio, Mesto se os mpo, ou mel, da = ue Acide do cape shiplicéssomos até satisfiver as “necessidades", Este répro objetivo tem wi catiter reformist, porgse elude 6 problema da tansformacio reveluconisa e o abseurece ‘Os primeiros socialists utdpicos modernos, Owen € Fourie, haviam-no ji petfetamentereconhecido, Nas suas ‘construcbes-modelos, 2 oporigio enite a cidade eo campo no existe mais.” fi). Engels, portanta, eecorre ao socialitmo utépica, quer dizer, evolusiondsia,conta.a wopiaefoemistaereaionia Esta, ainda mais “otépica” que a outra, dissimula a problemstcs em lugar de esclargeéa “Uma sociedad nia ode exisir sem ese da habiagto, quando a grande massa {de trabalhadores 56 dispde exclusvamente de sex sic, ‘quindo crises industri violent eccleus determina, de Um Indo, a exiséncia de um grande exézcto de reserva de Jdesempregados e, de outo ldo, jogam momentaneamene ra rua a grande massa de wabalhaores; quando estes sio tmpilhados mas grandes cidades,eistonom rimno maisripide que aconstrugo das habieagSes nas condigoes ams, pando, fnfim, @ propritirio de uma casa, na saa qualidade de capitalist tem ni somenteo diets mas em eerea medi fo dever de exis de sua esa, sem eserpales, os alagads ‘mais levados: Nama tal sociedad a crise da babitagio io é tam gexso, mas uma insiigiow” (i. p 55-50, ‘Apés ter evocado ot invocada Fourier, ¢ eontinsando sua polémien anriproudhoniana, Engels lembra que a5 ‘ondigbes atunis probrm (© ndo somente entravam) a ‘superagio di oposio, Em que consntea utopia rescondri? Numa imagem do futuro que conserva essas condigies, cmbora representando ams ora via, tna ars sociedad Assim, Prosdhon pretende “subverter a atval sociedade bburgussa, eoaservaado 0 eamponds tl como &". Quanto 3 ttopiarevolucionéra, ela tem uma “base maravihosamente prises”, quando se cbservs que Londres joga diariamente Engel ea wtp us ra ras, com elevados cuss, mais adubes naruas do que aguele que éprodusidoem Saxe, de maneia que um lustre ‘Gentist Lcbig, pede que 6 homem devolva i terra o que dle weeebe dela “woes que 4 cidade industial obsaculiza” (cf. tid, p113-144). Portanto, da mesmo modo que 2 supeessio do antagonism entre capital ¢ascalaiad, assim também a suprssio da opesigio eidade/2ona rural nio & ‘uma utopia astra) Fla acaba tomaado-se,eexda vex mais, uma “eigenen pis” [Nada mas interessante que escutar Engels, quando efende « srbeniade com a beranga cultural eansmitida istorcamentee dgnade sereoaservada (€£ p38) Enguamo que “jamais houve homens tio grosseitos coma n05808 rmodernos burgueses", Quinto a el, Engels, coasider-se satisieho se pode demonstar “que a producio na nossa sociedace madera é suficiente pars que todos of seus membros tenham bastente para comer e que existam Ibieagdes em quanddade para ofrecer provisoriament is smassas uabahadoras um digo espagoso esaudivel”(p. 120). Veltemo-nos agora paca o Ast Dig (1878), a obra magia por excelenei, 0 compéndio e a encidopda, « referencia perpétoa o Livro Santo es Vulgata,2 abundante fonte das ciagées ete Dito de outa forma: 2 obra mais controvertda, mais ataceda, mas também a mais lida € ‘comentada ds Teratura marsisea juntamente com Matric ¢ Empires de Ling (Os vnitasists do mansisme, os dopmiticos jasstem obstinadamente na coeréncia do sistema. Com efit, eles teansformam. a eora marxista em doutria ou “sstema” ns scepeio tradicional (losis) do temo. O que vai de par ‘com sua eansformagio poliea em ieologia de Est, em Pedagogical em pritca nsetuconal. Ao cone seu eal, tem-se dado Gafase 4 originalidade de Engels, 4 0 Acide do cpa cspecificidade da sua contbuig, sun importa particule ‘no pensamenro revolucionti, Nao hestremos em fla de “engesaniama”, com de “assalsmo” ou de “eniaismo” como de outeis correntes divessas e freqientemente iveigents na pensamenta coatempsitea, no movimento revolacionisio, so em nada exclu oars diferengas. No AntiDibring, Engels osientou nitidamente 0 pensamento sewoluioniso,o de Marx eoseu, para Gosia ‘a naturera. Dew lhe wm coateido moligin Sstematizou- 10 fortemente esse sentido. Por que, dirt alguém? Por gut, certamente, mag eamibém por queniio?Algunsacreventito: “Isso estava de pleo acordo cm Mass". Taivea, mas pacece aque 0s objetivos de Mass aio coinciiam exatumente com (8 de Engels. Quando ele consuaa os sibios“nanuealsas” ‘eas obras centcas(pantiealarmente sobre aelewicdade e sus aplcagies), 00 exa para compreeader as tcocas ‘nesgéciseinfoumacionsis entre a sociedad ex natures, mais do que pam extrac dele uma pani watara, uma “concepgio do mundo”? Nilo hi portanto em Max aada eandlogo 20 "materialsmo dic” caborado por Bagels tems tande por Lénin, (0 Ans Ditnigopse sistema asiseme. Uma tal polmica, froqientemente, io ocorte Sem rises; mais ela se acer ais empusca paca o teeteno do adverséin Como nos spacece Dihring atardedests conteowtariat? Quem ea ele? Um expleito robusta, um construtor de sistema, nada negigencisvel, spesae do despreza com que Engels abaia (equelemea de Maex porStimece Proahor). ADahsing fie falavs nem ‘igor aem ampliade, &njutioa com que 0 rata maior pare dos exegetas e dos epigonos mansstas cai no ico, Teca Fogel perdido seu tempo eseaesforco atacando um adversiso sem importineia? Ao depeeciar Diuhsing, assim como Stner ou Proudhon, a0 consider los como cadéveres ideol6gicos, a gente sdiculariza Marx e Bagel 4 wpa na [Egos les sko aprescotados como of executes de atas ‘obras da hist5ria, 08 boarreaice? do pensamesto. Uma ‘esttunha flosofi se escondeatis desseaurositarsmo vulgar [Em veidade Eugen Dihng foi uma espécie de eratraite antes da clssificagi, tm espiito meré e igor0s0 que sea peeco rude. E ter visto somente far regu Inga, us (Ora, Marx mostra tages. E peimitamente, “ois ‘objeto cont umapremeta regia Hla él, ag dace ‘Semosees hes, ainda que “forma de peromabiidade” ro indique, & psimeica vista, que € uma “forma polarizads", cocetrand nela oposigdes (cf. emp. ,11, 3,11, p81 € not). Somente a andlse evela isso que hi sob os olhos;somente © conhecimento pode dendr essa coisa, Hlimplic rar ewe flr de race O vale de ato corerponde 4 necesidde,& ‘xpectativ,& desjbidad O valor de roca correspond 3 relago dessa coisa com a 0 todes os objeos {com tos a cols, 9 “mundo da mercado Esse “mundo da mereadosia" tem sua logics, sua linguagem, que discursoresico encontra e “compreende™ 26 Acad do ei Gissipando consequentemente sua ilsdes), Tendo sua ecéacia interna, esse mando quer (automaticamente) se desenvolver sem lites; po To. Ble se estende ao tunde itezo; é 0 x ‘Tudo se vende ese compe, se avai em dink fangdes e esata, por ele eng entrar nesse mundo e sustentam-no. No entanta, esse mindo ao chega 4 se fecha. Sun coeténcia tem limites; suas pretenses decepcionatio aqueles gue apostam aa toca ¢ 90 valor de troea como absolura, Com efeto, uma mescadesia escapa 20 mundo da mereadosa:otabalho, ou anes, orempo de terbalho do taballsdoe(prolqio). Ele vende se spo de habits © continua, em princlpoy lve; mesmo se vendo see tba e sta pessoa, ele dispae de dtitos, de capscides, de poderes que minim 8 dominagio absolta do mundo da meseadoria so ‘mundo inteica Poe essa beecha podem enttar os “valor” epeldos,o valoe de 90, se telagbes de livre associagio ete. Nia ‘casional; € mais © ligdo ce instala no coragio da coesio do captslismo, A min-alaapatece er muitos nels, Pimeitn no na 6 trabalhador individual ele prods durante o tempo de trabalho que entega 30 capitalist a mais do que teesbe de diaheico no salto, a diferenca consul precisemente a prodatinidede social do trabalho. Tal & 2 festeutrs do capitalismo, Em segundo ligas, no nivel da ferprest oa da somo da indstsin, ocaptalitas sa parte da meals global, proporcionan Jnvestdo, na medida em qu funciona tendénci i formacio cde urna taxa de ero métio Em tereeito hat, no nivel da sociedide inte, ito 6, do Esto, este setém ura parte portance da rsais-valia global por diferentes meios mpostos, empress estat) e age poderosamente sobze soa © capitals propia da era clstebaiglo entreascamadas e eagSes de classes da socidade Dugas rm particule ger os grndeseerigos plies incispensives a une sockedade,e que fzem a sociedad, no centast, sem eoiacdi com a rio econdmica producto 0 base da sociedad barges. Tense ds esol eda tniversidade, dos. ranspores, dt medina e dos hospitals, "da euismod da id 0 Capital estada sacessvamente 4) A formasao da mair-vaia pelo trabalho © sobretmbilko (0 que permite a acumslagio do capita), Ox capitalstas em geral e cada capitalists ‘sforgam paca umentar ses ler m & sapatte demi vali, por divesos mis: extensdo da jornada de trabalho, aumento da prodatividade, m ‘aganizacionss, accleragso da totais 1 aponta problemas dficeis, principalmente no que 8) A raga de maivvoi de fate, € necesstio que © citeaito D ~ M~ D (@inhizo, mereadoria, dinheio) seja ccompletado e fechado, o mais ripido possiel, O dinbei clevado condigio de capital se invests 0 ts ad ssn om momenta prod mercadosie ese mereadorse devem se converter em dinhcir so 6, venders, pata gue baja luca, Vendc, vender paca realizar luo (armais-vala), ‘sta preocupagio pression o capitalists individual, estimala 1s eapitalstas e seus gorentes, como classe, Ihes dé ara ‘eaptcie de talento. Cade capitalsn gosta de elvat dessa mplicivel necessidade, desejando que se dinheizo prodiarisse dietamentedinheira Por exerplo, especulando fon terrenos, em ages na bolss ete). Este feliz destino ntece Somente pata poucos capitis; alguas excesso fesse sentido desmantelam 0 sistema. No conjunto, 0 cipitalisma eos capitalist devero fazer erefizer oii, 8 Acide do pit ‘9 masavilhoso cae nsiwo (D = M~D-M-—Dete). Bo seu rachedo de Sisia™ (9) A dri de meisaata Cada capita dispde de seu capital investide como de ama bombs asptando eais- walla na massa, E somente em apstdoci que o capitalita explora “seus” operirios e empeegados Na verdade,aclsse dos capitalists, isto & 2 burguesia explora comin da Uisiededs, inclusive os niko prolevérios, camponeses, cmpregsdoretc;ms primeioe direumente 0 proiearind, ‘A massn da male-vala se dsrbui entze sat diese gis, Inclusive, 08 proprictiios da terra, os comercianies, a= profissoes dias liberis ete. Rss stnibuicdo se eet no ive global, O Estadoa supervsiona,impecindo os excessos demmastcamentebeutis Por oat lado cle zeéen uma parte ‘considerivel da maiswaia, por meio do sistema Bisal em Psticular, para manera vida dasociedade osabereo ensino, exéreito a poli, a burocracia ea cultra ee. Sabe-se ‘que © Estado capitalists destina pouco dinheeo part 2 culurs, porque a burguesia se atém apenas suas bases ecanbmieasse quealém disso le mantém somentea cultura utleiveleabsorvivel pea socedade Dusguess. AS meesifas ‘cs so tata pelo Estado capitalist somenteem Fangio dat necessidades da bueguesia. O sistema contratual (aside), que o Estado mantém eaperfeigoa enquanio poder (politicc), repousa ns propritdade privads, a da terra (propriedade imobiliia) ¢ 4 do dinheizo (propriedade obi) Estas aniltes, articles venus teas, compem uma ‘exposigio (critics) complet da sociedade burguesa e €o + Rs pon rue nt ‘Soll lndednere 1) es pe O cpt ex popiedae deer 9 capitalismo. © discurso sacional e conseqientemente revolucionirio (epundo Mars) vai do comeso logico até © ‘utto plo fim do pereursrofuneionamento da socedade bburguess. © conczeto se descobre ao fim do camiho, quer dizer, aprisce social presente no inicio como texoa deca, presente no finaheomo toabdade coneide (eendiiead, comp disiam certs espitios modernos) Enuetzaio a maiot parte dos leitores e, principalmente, leitores Drocuram o que lies convém eencontratn-no aqui ou lon ‘0 comeco da obra (ori da meteadorae do fetches da smereadoris) ora mais adante (ateoriadas classes), rramente to final, na teoria da rotadade socal, de st tendéncia manent (endtego& concentrate monopolist dos epitaic c/ou em diesio i predominine’a de uma riionalidade planifieadora, apoiada na ago da cise peri), Hi outs difleuldade, sobee 2 qual convém chamar 2 stenclo uma vex mais A oben é inacabada, apesae de sua ‘etensio. A tora que devia coroaro conjantoyada rb sfenaissoa, dina lear “com gota de quero mais" como edi. Ela no mostea clarmente nem os “sujeitos” ae classes fragies de classes), nem modo de produsio canstitido (bem definido como tal), nem os sistemas € subsistemas que ele compreende (uc sal, comtaral crc) Em que nos cancerne ete nio-acabamento? Nito, de primeits importinca: a tzoria marta da propredade da terra no capitalism aio & comple, Como e por que uma classe de proprictérios imobilidrios se perpetua no capitalism, onde peedomina foctemente « propriedide ‘mobilisia? De onde vera ena da tera? O que ela impliea? Esta qoestio eng asa agricul di pectin das mins cas Aguas ¢, € claro, a do. dio de eae das eidades Sobre esse ponto do qual alo se saberia aquilaar 2 Importinci, sera nocerstiaobservarasingicagdes de Mare c interprets, resnindoas agora, vltemos A cidade. Seu coneeto enquanto tal perience 4 hstia. B uma catgoria birtéca. Ora, 6s jf fabemos, x anise e a exposigia da capitalism implicars a Bistira € a8 emegorsshistvias, as subordinando-as 3 ‘economia eds eategodas(concetes) econdmicas Esto em virtade da estrutura interna da proprio capitalsmo. AS ‘ategortsecondmiens,consequentement, "ezem um selo histirieo"." porque “certascondigdeshistérieas devem ser preenchidas paca que 0 produto do erabalho posss se teansformar em mereadosa". A relaio entre os detentores de dinhcito ov de mereadoras de um lado, ¢ 08 deentores omente de wa forga de tralho, de out lad, aio ten fads de natural e nem é, trthém, wea eelagio comm a todos o8 periodos ds histra. Ela &, evidentemente, 0 resultado de um desenvolvimento biettieoe mesmo de wm certo atimero de revoluedes que desteitum as formas fnteiores® " Mesmo que os primerosesbogos da producio ‘eapitalstateaham sido fits mit cedo em algurmas eidades cdo Meditersinen, «era captalista data somente do século XVI. Por toda parte onde eclode a abolicio da servidio & um fato consurtado eo regime das cdades soberanas esta lia da Ida Media esti em plena decadéneia"® Nas Iisteis no & suticiente para explicae essas relagées, uns formas e formapses. A cidade conmo tl fix parte dessus condigieshistricas implicadts no capitalismo, Ela resulta da desteuigio das formagies socials aneciores e da acurulacio peimitiva do ‘capital Que se completa nea e por ea). Fl € msn sir ‘ul sia evidentes (oenam-sensiveis) telagbes socials que, tomadhs em si, lo slo evidentes (ef. eap 1, p. 83), de some Fin Dain, Visa Step Sn Combi © capialea propia rea rn que € necessrio concshésls pelo pensamento, a paste de sua ealizacio concreta pri) Nesse quad, 0 dat relages socsis objervadss, efeum-se a cisculagio das mereadoriasa cefiagie do coméceo e do meric, ponta de partida do capital ao século XVI (Lp. 151). Af se exeree a “magia do dlinbeizo”, a forea, 20 mesmo tempo maravilhosa ¢ estupidamente brutal desas oisas —0 dato eo dnhiro — safdis das enteanhas da teeta se impondo logo coma cencarnagio do texbalho humano (i, p. 105. Na ela, 0 mundo da mereadoria, sbsttato em si mesmo (porque constiulda de zelagSes despeendias do oro), encontey & naturezs, simula, de pasar por natural fe passe 08 ‘eneatnario matesal por natural As exigéacas do apical snecesidades da burguesa so tomadas, ao mesmo tempo, por naturais socials cultura", diseiaboje)- Moldadae ela isso quadeo urbane, as necessidades as impem Com efeto, “a forga de trabalho enceera do ponte de vista do valor, um elemento moral ehistireo, 0 que a dstingve ds outs meceadorias”; as pretensas necesidadesnatucis, seu alimero ¢ a maneita de sasixt-las, dependem “em gande parte do erau de cvizagio atingido” (1, p17). sso Lia, no capitalism a exploagio ds forgade wabalho, apesir ds tsperangasdesmecids dos capitalists individaisy “extensio da ormada de trabalho eneontn os mites mons FE necessivio 20 trabalhador tempo para satsfazee suas necesidades intelectis e soci, cujo numero © cater dependem do estado geral da cisilizagio” (p. 228). Assinlerns, para retomi-lo mais tarde, ete conceito de ‘ian que Marx Gsingue da sciad (cts tinge urn pea ‘mais ot eenos clevado de chilizagie), assim como das selacbes socioecondmicas constvadvas A chibzagio no se separa da socedade, que simultaneamente a determina ¢ a limita, Os eonestos predominanes, os de Sociedade, de selagSes de producio, de mado de prodegio, nfo impede ~~ ll ~ va Acide de cic sm concsto mais amp que 0s englabe, Fat lao que © sgudro ubano (a dae sua telago com o campo} io & Inkiferent ao "yas deena Mas examinemos, seguindo a ordem indicads ntesioemente, a fangbes eestratiras da forma waa, Jngida pela histria sociedad burgess 4) Dupont desis dorm de misaia. A idadeno temas neo exsencial Comet, iad expioraio, Condes forma incismente a masala, a unidade de producto: empresa, a"socicdade” no send capitals, ‘ao da indsti, sem eaquecer as unidaes de produsio agscola, grandes e méins Kempregam a mio-de-obea ssulaad), 1 assim que a cidade, produto histrco, fornece o gue rds chamamos de pano de fando da Sociedade burgess. Rarameate Mask invoea Sev cance, e faz comparcare como tl erent tase de uma ade ings, Londses fou Manchester (fT, . 24s), No eaano, a cidade como tl contnaa, para le Gm forgspeodita Ea comtém oma parte importante do txbalho passado e exstalzado, Ierimerte mort, do qual dspoe o capitalist para 80 assenhorear do tabalho Vivo: 0 que ela contr, ass, sobeevivesodesgastecoidano dosietumentos de aba GE p. 202.20); mantém, i mare de uma insu dlvisio do taba indipensivel ao funcionameata do ‘apitalino; mantim, poranta,ewaloct no seu ietedoe 3 ‘vido socal do tsb; apronina elemento do proceso de prodgi, ‘Aqui opape da eae 0 inexio ds fogs prods, so capitalimo, vai mais longe do que suporia wma invcstigasio superficial Os cconomintasdende Marre ais seceniemente, a colocao em evidéncn a fungoes da realidad urbaon ue concent, o espago © no tempo, oF 0 capes poping era us lementos da produslo: empress, mereados, informacées fe decisdes ete. Bsses efeitos indutores ot mulkpicadones ‘ém menos importines, segundo Mars, que wm efeito mais profunda. A sociedade capitis tndea para ama de ras ‘nat priprias onder. O efit de separagio € nezente a essa soci, su eficici; ease funda, pratcamente, na dvs social do tabatho,jevada ao extrema peo ineletoanaliticn, ‘A separacio maujze(peojetando-as no campo, tornando- as evidentes) as contradigdes internas da sociedade, inacessivis 30s sentdos, Quando separa os eementor da popslacio, tal segrepasio pode ter vantagens pars 0 capitalismo; quando sai de eertos limites, a operasao Aissociante no ocorre sem inconvenintes (fp. 122 et). Tso que se chama “crise enondmicn” consist ita dso os fatores da produsio:o diaheiza ea mercadotia (ociteuito se quebra, porque as mereadovas ao ralzam mais eu valot fe toca, com 0 valor 2 mais incoeporado, no mercado), 0 valor de uso ¢0 valor de roea, 0 tabalho mort (capital € © trabalho vivo (Forea de teabalho) ete. Na base, 00 Fundamento do capitlsmo, hi a sepaagio do produor (rabalhador) e dos meios de pradugio, mas também, © Iniciaimente, a decomposiga0 da troea em dais atos separicos a producio ea venda (o pagamento em mods), fo que determina 2 sepacagio da procesto de prodiio edo processo de ieulaedo, “que caem um foradocutra eet fem conflito”2” Apés a esis, solugio temporitia das ‘contradobes existertes, restabelece-sea ondem pertarbad, ‘A sociedade burguesa foi pungads de ees exeedentey, em ‘copia, em meios de produeio; a uridade do process, com a possbiidae de uma repeordeio ampliada, se recone. ‘Uma boa guerea tema mesa fanga, Ora, oquida irbano aprdpra cidade agem de uma mancia permanente contra SET ap Mle Or nie 1p 20, Ma Aude do cope 1 deslocasio ea dissaiagio das condigies do processo a0 ‘spago e no tempo; 0 quadeo implica e contémn Forgas de coesio, ainda que as Forgas de anicoesio al se exexgam ‘amb. ‘A cidade conten populigfo exp pelo apectno produto eo exert dersern” ques bares econ Bats pest oe os els tanto como pcs dior de un ottitide” de miode-obes, Need das merenlorae¢ do dina (do eats), cidade torease been © ineeato do wabao Gatrione-ob} Desde que o eine ‘pital re pons da grr, demande ean al dion, media que o cya aca, “Ura parte 4s populgio dos easposseneontn, porento, sempre no pono de sc converter em popalagio wtbaan” ‘wren kts, no ato coro ie, do fenbmeaos enctesacos do cpio: No cape com populago exceente Enea eos progresionenicon€ Enestinentos do capital na prouran apo na cade, dvads otante,sewado at eceaces dander, ‘ea pelos capitan e gerd segundo suas exis = Seri necro lembrae quo fend srl pos Max {cap XXV d’ O capita) tornou-se mundial? Ha excedente {tet} dehomens ede auras pene ds er) por b process rasv sparta peste das ea ‘As forcas produtiva da indica que cende a 22 conceattar aut clades agem poderosamente sobre oF campos Ema veraeiea evolu que a grande idstia prowoca nagar as rege sos dos agentes da redcio ageteoh erescimento ca superficie cats, mas ‘Ensiuigio (ela e absolut) da populagfo rae despovoumeato dos campos “Na esfes da acl a oma wees pao x eri fami rte ne dou oan pops rs epi op TD © capita es pope da rs us grande indisia age mais evoluconasamente que em outros lagares, fazendo desaparecer o campanés baluarte data sociedad, substi pelo asalaad As necessidades de ransfovmacio sociale lutadas classes sio assim vas fos campos ao mesmo vel que mis cidades" O modo de Producio capialses substi a explorgio roiniea da erea peleaplicigto teenoldpiea da cénca. Com a preponders ‘ada ver mais forte da popslagio das eldades, que els aglomera em torno dos grandes centeos, a produgio fapitalsta acumula as Forgas capazes de agit para a teansfoemagio da sociedade. An mesmo temp, ela dest 4 sade fisiea dos operiios urbanos e 0 equlbio dos toabalhadores com fraca qualieacio; hi euls e pior: ela pertutba as trocas onpinics entre o homer e a antuezs ‘Sobvertendoas condigées na quais uma sociedad arasica realzn guise que espontancamente esas toeas ela frga a sestabelecé-as de uma mancirasistomitiea, numa forma apropriada ao deeesvolvimento humana integral e com li ‘egoladora dh producto socal” Na gsicltura moderna, do ‘mesmo modo que na indistia das cdades, “o erescimento da prodatividade ¢ 0 readimento superior do tabalho se ‘ompram ao prego da destruigio e do esgotamearo da forga de tabalho" A produgio capitalist, utlizando 2 fenicac ‘Lorgaaizagio do ello, exaire ao mesmo tempo as Fontes {de onde brots ssiquera a ere ¢ os wabalhadores Mas as condligdes de una madanea cada e realizar, dia Maca * Enquanta « disseminagio dos tabulbadores ageicols _qucben sua forga de resiténcs, a concentagio aumenta 2 forga dos tbalbadores urbanos. [A cidade, nesta teansformagio, continua portanto 2 Alesempenhtt am papel estencial, ainda que sio seja Opn 1208 One np 19 da an Ms Acide do capa opus Fey gi conse ee papel? Es ont pao frescment dat fons produtra, da peodosiade do trabalho, de tizagio das erica invetsamente, a ombiasio ds tenes «cs oguizgio do taal na Produsio contribuer pats o erscmento da populagio Sanne pas tporn ds des O campo dearer Aluplarente: de om lado, steaés da indatinizago da produ age e do despaccento dos campeneses {Gotan do vj) out ates da nad er dh desriio da naires Aceburzao comple da sociulade ania messin omeyah ates co capi (aver dasitsagio anton, figurando nas condiges dl aovasocedads 2 sociedale burgus), poston portato es eae sob odomiio dlagrande dist, ca burguesa edo capita Even proces revoluconii, uma ver que de transforma a sopstice do lobo eds socedade No satan este poesia mio sean dleuma mance coetente nos guns do modo de produ ‘aplalst leem um ado neg, qu oimpulsions para frente, mas tende & destugio € 4 sutodesruigao. O capitlsmo desta aatuenae aerfna suas pedis condi, repariado e anunciado seu desparccieno revolucionério Someate depuis dele se toes 0 senile amplo: unto toot oral, quanto econ) ete 0 Socal ¢ 0 maz 0 adguido co esponaes poetio se restabeleer “ob forma spropriada 0 desenvalvimesto ‘hamano intege como le egos de produ sock” cidade € portant enguart iad sf procs (consent agi aay a dee ‘aso procesto conteaitio. Ela abyorve 0 eampo € conti paras desu da atures dest ela ae, sos propria contigs de extant deve “rstablec, Insdeuma anc stems” (Ob, 12), Senenade, como tl io é exteriors orgs rots nem inert © capil ex propia dae, “7 a celagies cis aa sociedade bungee, émaceliango da tmaiseraia que ela pss 20 primeito plano economicamente falande). 2) De ponte de site da reaegso da maissalia, Bsa tcalizgio exige imei um mereado, ¢ em regu, m2 sistem particular de erédito, de desconto, de tunsferacins Ae fundos, que permitam a0 digheieo (moeda) complete plenamente tva Fangio: pasimetro dos lores de toc, lrculacio das mercuorias, meio de pagamenco EB cteroquea extenso do meteao seliga do entneno xbann, © comico sem diva susctow a formagio da Cade neler, porém es cag sobre le, estimaaad-o, S86 estendé lo 20 mondo insta Memo eo campo torno du cidade conser peuenos mereads oes ou se Jnversamente a dade coxameia ao sa tert *cenros comers, cl no dela de cocentnat as foes Por ot Jade el abigao sterm baci esabelecido desde Made ‘Média para guuniefangdes a moda. Coon os bancos 0 sistema bunciro, arco destinado a eacadear 0s pagamentos e 4 compensicls recprocamente, o sistema monetito se desenvolueu em sistema de exédito, Isso Aispensa pagamentor reais © 08 substi por jogos de escrituns por uma moeda “Educ” ov “esr” que cxigesconfanga, Durateas ees econdaieas, vse surge Seabe monet, A mond no uncon mais sob sa forra [deal (rerturins). Reclamase diaheto em espécie. O ‘economists presngoso eo burgésaerogante dectrvam, Ss yesper que o ouro co dihei io someate iden cds que lio se imp como ride, parade te da sparen! E necesitio louis, sem o que a mercadoria csragn eapodiece nos etoqus cms dacs O que nso 1 eidide? O texto destes dramas, or da burguesi, qe fepecutem sobre asdivera fragder do ove, destino so dleserpeego, porque "os scs azo tem mas dine." us Acide do cape ‘Assim e somente assim a ese gras de desenvolvimento, neste quatro e nese ssera “arcs, to distancadoe ‘da natureza quanto posivel,odinbeiza,como quedle cares ‘em si (0 capital © a forga dos capitalize), damina a mercadori, sua condicio, seu ateceente, 0 aindo onde cle nasce, do qual ele ee aprovcita © que ele mantém, O digheico se torna entio a “materia social da siquess”, libetundo-se 0 misimo dovalo de uso e das matéciss rai A anilise da popslacio urbana ainda nio esti ‘eeminada. Mars sabe que a grande indista no se bast, ‘Talvez mesmo, declars ele, sua esfera sea imitada © nao, possa cobrie toa a produglg socal (que ela no dina de dominay). Em toeno de uma grande empresa industal, dependente dela, uma multidio de pegucnas empresas s¢ aglomera; umas so de tipo artesana, ovteas de tipo manufararir, outasenfim pertencem & pequenae mélia indistia. De que elas se oespam? Das repaingies da smanatengio, dis pesas de sabstticio, dos acabamentos ce. Um poeies, um cieslo de empresas subordinadas peralmente cercam uma grinde unidade, que artsta aris dela todos os periodos da aivdade produriva. Da mesma modo, no campo, um grande dominio, senhorial om capitalise: az sua coroa de peqaenos camponeses, de operitios agricolas,calsvando por sua propria conta umn pequeno pedaco de terra, de camponeses médias arnigados, fegientemente, &m terras medioczes ee, O fagrapamento dessas empress dependentes tem vantages, além disso, se essas empress se instalam longe da aglomeracio urbana, elas contsbuem desta forma para a absorgio do campo pela cidade. Transformando-se em satbltes pela grande indiswia, elas mio Geam, apes disso, fora da divisio do trabalho e do propio captalismo® 2 Seno gle cna nia dep aia © capital ea propia ees us Enfim e sobrersdo, a cdade e a aglomeragzo urbana concentram “servigoe” Aqui, nos deftontamos com és difculdades, tés aeussdestesreas jf antigas Em priaeieo las, em que ‘consstem esses Famosos “servgos"? Como defii-los? Os dogmiticos do marxismo, especialmente os politicos preceupacos cm determina sua centela, procuram extéxos ‘© “tzabalhadoe” deveria see um manual, segundo uns; segundo outros ele deve contibur pars a eragio da mas ‘alia, Isso acacetaargumentos argicia sez fim, ainda que o problema (oda das detendo uma nnidade apesar das particlaidades de suas feagées) no seja um flso problema (Os eabathadores dos transportes os empregados de bancos «do coméztio, produzem dizetimente mas-vala, ainda que ‘no ptoduzazn nenhuma “coisa, nenfura mercadora? Eles contribsem indiretamente para a maiswalia, pelo fxt0 de aque eles intervém aa cizcalagio das mezeadorias, Indspensvel reaizaio da mas-vala? Els so etebuidos ‘ma maie-valie global? Nio retomazemos aqui esta velha diseussio, verdadeicamente bizsntina (0 aprendiz de cabeleieeico produziria mais-valis, enquanto © patrio cabeleiteico ecebera sa pare ela masala global ee). Oimportante, € que Marx distingue 0 tababe produtivo (de cosas, de ercadotias) €0 abaloinprodatito, mas ralmete nes (por exemple, o do sibio, ou do educader, ou do professor tem geral, ou dos médicos ete). Além do mais, para ee, se todos o° tabilhadores produtivos io sssalzcadas, nem todos os astelariados sio imedistamente e ditetamente produsvos (de eis, de bens cies). Quanto 20 ceemo ‘serviga",€somente uma expressio pars desigear um ror én, fornecidoem t0ea de ama soma de dinkeizo por sen “ativo" que pode dispor de seus meios de produtio; ele founece um “seeviga” enquanto atividade, seriga esse 150 Adi sop comprado ¢ vendide como wma cosa ainda que mio sia Forsosamente umt cose, Um tabalho material pade str comprado a titulo de “servgo, por exemplo,o do aztesion {que constrta um cano de Agua ou de gis. A mesma espe ‘ce avidide pode ser consderada como trabalho produto ‘osimpredutivo;o poeta ea poesia, di Marx, como bicho da Seda cra a sed, por natureza; mas uma ver editada, ele rodiuzmais-valis pelo e para oecitor, o lieito ele fornece fesslho produtivo aa inpressor ete [A polémica vem de longe, Marx rejeitava 0 “prodativinao” ce Adama Smith, grande economists, tedtico “elissio” da sociedad burghes, mas inapae de eidcat a cevonomia plea seu pedpro economicisena. Adam Smith sonhava (utopicamente, mas para le de uma manera muito “positva"} com uma sociedade composta de produtores € somente de produtores, Fornecendo, portinto, @ mais possivel coisas, o mais posse abl social produtivo € Conseqientemente maisvalia (nda que Smith ni teas sdstinguido e formulado 0 conedte). Muito mals live de ‘xpi que o pusitano e moralsta Smith, porque le oeupa ‘uma posisio ertiea em relagio so eeanémico © #0 economicise, Marx aio afata como “parasitrios” 08 ilps “servigos”. Isso alls interessante, massa poveo paradox, se refletimos sobre a fat de que, o movimento ‘operci ea pola dea “proletiia”enhar feqiemremente retomado 2 pasigfo do economista burgues, contra 0 ppensamento ce Mare, © economicizme, © prods, 0 ‘morals tan sss exiggocas Acabamosle eencontara qustio:“O que ¢ produit", ‘na acepeio ampla do termo? Produzis, nese sentido, & ga Nn Oa as 0 capital ea propre ert, as produsiconheclmenta, cba, slegra,prazes, eno somente coisas, objeos, bens mateiais trocsves. Marx rejetou sempre ries tendacas 10 pensamento redutor que cle cofstatava 4 sua volta em partialar 0s economists, [He no ft sepuido, nem mesma compreendila ‘Vern agora agua questo: “O que uma sociedad?” [A grande indir, jf dssemos, faz, segunda Mars, uma

Você também pode gostar