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Shalt mea eaeeraame oie eoied Sere acento Bani annceerepaie Sara cee eee ‘fore doe surcr'eproksoes de ina Mito Teese Poses. ANTONIO CARLOS GIL 8 1 A Natureza da Ciéncia Social 1.1 OCONHECIMENTO DO MUNDO 2, Rome, velendose de sues capscidades, procure conhecer o ‘undo gue o rods. Ao longo des sbeulos, ver demecherss cee Tacit ou menos elsborades que Ihe permitem conte esc das coses ocomportamento dat penton © préximo. Para muiton, ss SErET bless consituem tents privieglaas de carbene |e 3 sobrepSem a qualquer aut Outra forma de conhecimento & derivada pamesgoes deszrever © mundo para as eriangas, Gvetnante ieee Dartidirios, jomalstar e wseritoresdefinee® (a _ 19 ‘que pea oes slo os mais adequados. E 4 medida que ~-ymentos da opulacio Ines do crédito, erst conheclmentos 89 lows como ver- ‘Sadeires, “Tamm o8flésofosproporcionam importantes elementos pera a ‘compreensto do mundo. Em viride de 30 fuidementarr em proce “mantos raiona expecultvos, 0s ensinamentor dos sofas tém ‘Sdo considers como dos mes vidos para proporionaro eqs ‘doconmecimento do mundo, mas formas de conhecimento,entretanto, no satisfazem 202 emotes mei erfics. Alagum que 2 absorvardoeasvl dos fatos com ‘ha graves equtvocos, visto serem os homens mas observadores dos InformagBes contaditéras. A poe ¢subjetva ass como 0 roma- 2, Pai, profesores e polteas também no podem ser tidos como Suisse toda contlanga, posto que o argumento da aitoridade ne Imalria die vezer acaba por doicartransorecer a2 faglidade, 0 co- Ihecimento ‘ilosbfico, a despeto de seus Inepavels mits, no rao Dongs para terreno das expllcastos metatisice e sbsolutistas, que ‘lo posbiliam sua adequada verifies. [A partir da necestidade de obtenelo de conhecimentos mas e- urot gle 0: fomecidas por outros meine, dxenvolwuse a ciéncia, fhe constitul um eos mals importantes components Intlectuais do ‘unde contamporineo. 12 ANATUREZADACIENCIA timologicamant,cidneasgntiaconhecimento.Nlo hs david or, quanto 3 Inadequacio desta deinigso, considerando-e o tu trig de desenvolvimento da clncl. Hd conhecimentos que nao per ‘encom 4 eicia, como 0 conhecimento vulgar raligios em certs ‘xappHo,oMosstco. (0 fato do nfo se acitar a definifo etimoliglea no sgnfice, ‘ori, qu soja posive hoje defini de forma bastante lara o que {Bjaclincla, Pouca cole em clincia eo 150 controvirat quanto ua ‘efiniedo,avendo mesmo autores que consideram essa dscusBo in ‘live Embora nde sem uma solurSo definitiva para o problema da defini, tomase posal, mediante reflex, dscriminarse com re 204 gra de pre ~ Bo entre o conhecimento cintiicoe outras for- ‘as de conhedimeno, ode considera a céneia como ums forma de conhecimento ‘que tem por objetivo formular, mediant linguayem rigors 8 apro- ‘rleda = posal, com auxiio da linguagem materia ~, leis que fegem of fendmence. Embora sendo a mels Vries els ore: Sentam varios pontos am comum: slo capazes de descrever sries de fendmenos; sS0 comprovSres por melo de observaslo e da experimen taplo; sdo capazes do prover ~ pelo menos de forma probabilistica— eontecimentoe futuro, dese definircincia do forma satsfatoria mediante a ident ofdo de sus caractoristias asenclas. Asim, aciécia pode sr earac terizada como uma forma de eonhecimento objetivo, racional ast tmitco, gers, vrificavele flit. O conhecimento cent fica & objet ‘vo porauo deserve 8 realidad Independentamata dos eaprichos do pexilsdor. € raclond porque se vale sobretudo da razlo, ero de Sensorio ou impresies, para chepar a seus resultados. € sstemitico poraue se proocupa am consul sistemas de kbs orgenizadasracio- halmente« om Inculr os conhecimentos pacials em totalicades cada ‘ez mals amplas.€ goal porque sou interese se drige fundamental Trento 8 laborario de ke ou norman geet, que expiosm todor o: {endmence de certo tino. € verfiedel poraie sampre postibilta de- ‘monstra a veacidade das informasbex, Finalmente € fllvel porque, 0 contro. de curtros sistemas Se conhecimanta elaborados pelo hhomam, reconhece sve prépria cepacia de era. ‘A partir ests caracersticas tomas posiel, em boa pate dos exo, tinguir entre 0 que & ciénca eo que nfo€. HS situares, ent tretanto, em que no torn posfl determinor com tode clara {2 deteminado conhecimento perance &clncia ou & flosfia, Estat ‘Stuapbesocorrem sobretudo no dominio das cineisshumanas,o que ‘Gcompreenslvel, visto que hd autores que chegom a inclu ficeois no rol cess lela, 12 ACLASSIFICAGAO DAS CIENCIAS Em virtude da multiplicidade de objeto considerados pele ci cla, demnvolvemse s eléncies pariculeres. Ao longo des dosenval- ‘iment, multes autores vém procurendo defini um sistema de clas Tleaplo das indmerasclncis, Nenhur deses sistemas se mestre abso: a lutamente satsatrio. Todava, podemse clasifeara-~‘éncas, num primeira momento, em dase grandes estegoras: formas e ampiricos [As primeira totam de entidades deals ede suas eles, senda a Mar temitica es Logica Formal a mais importantes. At soqundas tata de fotos © de proceson. Incluemse nesta catepora ciéncias como & Fisica, Quimica, a Biologia e a Psicologia As ciéncse empties, por sua ve, poder ser clasificados om ‘auras soca. Dente a cinciae nature entio: 8 Fisica, a Qu. ima, 2 Astronomia 2 Biologla. Dente as eiéncies socas oto: a Sociologia, a Antropoloia, a ignca Pottica, a Economia e 3 Histo fis A Plcologls,» espeito de apresentar elgumasearocterstess que 2 aproximam der cigncae natura, consul tabi uma clénca foci. Ito porgue, 20 tratar do estudo do compartment humano, trata sobretagos partir do interagdo entre os nav idue. 14 PECULIARIDADES DAS CIENCIAS SOCIAIS E sabido que as ciincias sciis nfo gozam do mesmo prestiio| conferida ie clncis fies. Hé mesmo autores que so partidrios de {ta nfo nosso no rol doe verdadeirasclenclas. As principals objet ‘ae apresnta io a soguintes: 2)0s fendmenos huranos ilo ocortem de acordo com uma ‘orden semethante 8 obsevada no univers see, que tor ‘na impossiol a sua previsiiiade As inci humanas idem com entidades que no so pas ‘eis de quantifcaro, 0 que toma diffe acomunicapo dos Tenultados obtidos em sus investiga. ) Or pesqusadores socials, porsrem humanos, taza para at ‘sas Investgagbes certs norma impleitasacerea do bem € ‘do mal, projcieando of esltades de suas perquss. 1A clénca se vile furdementalmente do método experimen- tal, que exige, entre outras coins, o controle das varies ‘we poderao interorr no fenreno estudado. Os fentme: et bodals, por outro lado, envolvem ume variedade tio ffande de fatores que tomnam invel,na malaria dos case, 2 realzario de uma pesquisa raidamente experimental, 2 AS bln aima io So enoconi, Sto basant sian ¢ ‘merecem ser estudadas & luz da Filosofie da ‘lina, Porta fio é ter cletiico de Pxcalogia, Sosogi, sipins desioades ob 0 title de cies: Racer exPlcares sequnco padrbes que nia se eistancion reas oe Com 0 aio de pelos «ce eudosos : Gini, poten poets} dels G0 tart sera ease is Em report ssi chr, pode ee 210 determin stl do ini ot tune duetinedo, Seats Woornarants Se Dilstica, Em tung des explcapberprobsbilation etsy Imai ‘om vos, © dotrminismo ven senda, retase pee los cles, como Helsonbers, Born e Both te inn ‘Fam 0 cham “grupo de Copenh times eo as proba ou probabistiar que E topomtel mee - J oii ial ia com vr te di uattewto,Tanoum 6 el seca a atid. Condo, o problema da quantfnelo oneness, ls analad! com a mereissprofndiase, mnie ‘e-em menos ertco do que sparen aris § ness reconecer que 0 objeto de eto dit eis soa 6 visto am alguns mela fore fits © sou tratamento quanta, So frgeate masts do tp: 0 homem nso pods st endo suet Inimer; no se padetrataro oman come ur seine ‘esos quanticodos ee. Estar sfrmarbes so sarge, srocionase no podem mereora aangSo dos coe sr ‘an i lca soca, Enttanto, meres see ace ionemento ceca ds poids Ge menstanie co ek 29 ee 24 rmenos nang, als como nan, emo, ar Saree es emencot we "vn en sporemantureno éconoleo¢ cicete uto mae mative ue 0 comportmento sores (ity spat sono, prem Se rch, ese bo cnportaen tsa Ca ie ak estuaries es 90 arent 0 onc oeo ae rao de acer St bon ar, ose nNOS cen es eae manor niente aroma Stas de roma earn Maton os poles as toe nae caer oe Ses, oder por re tuners orca Toe Sete care mt ou 10 9 1 er inl oma exerts do reo Se yong saga ps a8 eet le ema. 9 no Cao, ee le oreo ce poets ane ees a apt, sent nents Sih screen Trnesn cam ne Ge maa riers i San ten co propetnPemeoes tose soci «ym on yan els com es eran ca Socials reside no fato de estar o pesquisador, de algums for~ sci 9s ee ele Ce aie orl ermaa io oo eran uly lel evi Mes Se ee ie impale ea SRE hhipSteses « observarbes. J6 os de ario envolvem considere Tipe reve. Por exemplo, se cents soca fore i Sees oe aurea de conenignia da estatizaBo dos meios do eraai¢do, soo obtidar aigumasresposte fevordvis © ou ere nnrris, Todavia, sera bastante provével que ess Hanon ents, embora com poskgGes giemetrakment® rata veniam a entender no referent conseqincst sia medida. PodrBo sustentar, pr exemplo, ue implica: ria 0 aumento do poder do Estado sobre os cidadios. Esse ‘condo, no imped, no entanto, dscrpancias sobre 0 certo da medio, A'um grupo de ientsts, que vé como 0 tmelor problema do epitalma © podor em mos de grupos (Gontmicos, nfo importaré tanto’ aumento de poder do Entado, A um grupo. que 2 posiciona contrariaments 20 poser do Entado sobre 0 indvfauo a media xia condens- el, Veo asim que o problema do estatizagio pode ser tenfocado do ponto de wstateérico, quando slo consider ‘Sere suse commogincias,« do ponte de vista ot ao, ‘guando &examinada a sua conwianci, «6 oF problemas tdeicos so de tipo divers Poderam ser earacterizados pola pergunta: "Como cons ao se undo. determinades especiicases?” Neste caso nlo so frvolvilos valores, que or problemas téoncas conduzem ‘vericago do que e fo do que deve sr Estas consderagies nfo devem indicat, entetato, que 1 Gneles soci davam relogor 0 esquedimento todas w= ‘Questder ‘de valor. O valor precisa ser considera pela ‘ncias socials, para que cumpra um de seus mais impor: fare pas, gu €'0 de alr promote 3m AVE verdade ue oexperimento em invetigacbes sci 6 bem paleo utlizao, wsto que, de modo gera, 0 centista no osu 0 poder de introdusir modificaRiee nos fenbrenoe fue protende pesquiar. Cabs, no entant, indapar de ato ‘Sexperimento controlado é reslmante Idlspensiel paras ‘btengo de resultados lentiicamente acetals io hé como deixar de admit que s experimentagio representa uma dat mas notes contrisulcbes ao deseo timento da cénea, Isto no significa, no entanto, que = Seva saperetimar 0 papel do experiment controle. A (qulea de exemplo, podeae lambrar que a Astionomia © eolosie no devem 20 respetsblidade 8 utlzacio de ro- ‘Gadimentos experimenais A Emlolog, atl ha bem pou ‘0, derenvolse Independenternente da experimentag. Ero que der da Fists Roltivista Gabe sinds lembrar que as posiliddes de experimen tao nas clio socis tm sido muss vzesreligerls- das, Sgniiestives domflos do Psicologla io suscetas de __ 6 experimontarSo. Em Picclogia Socal e mesno.em Sodiolo- Sia ld rm sdo creda stuages de labora mult pare des com ge que existe nar clénlos naturals. Um exempto pode ser dado pees pesqulise em Sociologia industrial, em foe srtemas "demoorileos” e "eitatorials” so implants- dos entre grupos de opervios de uma Yabrica,Quwos exem- plo side mals amples So a peaqulss sobre migragies, Exmortmento:polfice e variacto de Indices de natal- dade, que, embora No sondo rigidamente experiments, possibile razofvel grav de contole das variaeis vol dee, LEITURAS RECOMENDADAS. HEOENDERG, Leis, Exper one io Palo, esr, 1969. Cs. BUNGE, Ma, La seni 1 mito ya loaf. Buenes As, Si Vente, 1974.03 EXERCICIOS E TRABALHOS PRATICOS 1 -Considere como o tema vida ¢ salted diferntemante por fso- fos, centistas, posts, arardtese pessoas comuns. 2, Faga um resumo © ume andl critica des ponderarbes de Heg borg sobre as crenoae com que vives (Cr. Lebnidas Hegenberg, op.cit cap. 1) 8. Analio a expresfo: "A cidncia, 0 contréio de outros sistemas ea- bored pla homer, reconhecs sue capactdage Ge ea.” 4. Relacioe cart nimara de clnciase, a seguir procure define sus objetos. ‘5. Anal am que medide 0 conhacimenta sociolégco € objetivo, r- ‘ional sstmco, gra, vertical e flv 21 OMETODO CIENTIFICO A ciéncia tm como objetivo fundamental choy & veracidade os fotos Neste santo ndo so dating do ouras formas de conhect- ‘mento. © que toma, por, 0 conhedment cientiico ditto dos Gomals & que tm como caractriaice fundamental «ua vrifeabil- ‘ade. sa que um conhecimerto poss sor contidaradocientico, tor nase neceairia identifica x operarbes mentale nies que posi tam as verfcrSo. Ou, em outas pales, determiner o método ‘qe posblitou hogar seseconeclmet. Podese defnir método como camino para se chogar a determi aio tn, E método sientico camo 0 conto de procidimentos Intelocrais teniosadotados para se tng o conhecimento Muitos pentadores do passado manifesta a apiarlo de def rir um método universal eplicive a todos os ramos do conhecimento. Hoje, porém, oe Centar e ce flosofes do cincla preferem falar numa diveidade de métodos, que so determinados pelo tipo de ‘objeto a iverigar © pola ane ce proposigbes 9 descobrit. Asin, podo2e fimar que a Matematica no tem o mesma método da Fisica, que esta no tom o mesmo modo da Astronomia, E com rela 3 ‘indies socias, podese mesmo dizer que dipoem de grande varieds- ‘doce métodoe CConsiderandose ese grande nimero de métodos cientfics, s- 80 inaresse em casifcdtos, Véros sistemas do classificr3o podem Sr apasontados,O aquladotado divide os mdtocos em geraise espe ar Ai

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