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indice Capitulo 1 NOGOES INTRODUTORIAS 1 — Evolugao das técnicas de bombeamento . 7 2 — Instalagao de bombeamento tfpica . 19 3 — Notacdo basica empregada ...... 22 capitulo 2 ESCOLHA DA BOMBA. POTENCIA NECESSARIA AO ACIO- NAMENTO. 1 — Generalidades ..... 25 2 — Vaziioa ser recaleada . 26 3 — Didmetros econdmicos para uma instalagdo elevatéria 28 3.1 — Férmula de Bresse . 29 3.2 — Formula da ABNT ... 29 3.3 — Velocidades econémicas . 29 4 — Aaltura manométrica da instalacdo . 31 5 — Perda de carga na instalago . 32 6 — Célculo da perda de carga continua . 33 6.1 — Uso conjugado da formula de 2 Darey' feissbach com 0 dbaco de Moody . 33 6.2 — Uso do dbaco de Hazen Wi iams . 35 6.3 — Perda de carga em canalizagdes de PVC rigido ..... 42 7 — Calculo da perda de carga localizada 7.1 — Método dos comprimentos equivalentes . . 7.2 — Método direto . 7 7 7.3 — Conclusao . 8 — Medico direta da altura manométrica 8.1 — A bomba tem succdo positiva (esta ‘montada acima do N.A. do reservatério de succdo) .............. 8.2 — A bomba tem succao negativa (esta montada abaixo do N.A. do reservatorio de succao, isto é, afogada) 9 — Rendimentos a considerar em uma bomba 9.1 — Rendimento hidrdulico . . . 9.2 — Rendimento volumétrico 9.3 — Rendimento mec4nico .. . 9.4 — Rendimento total 10 — Poténcia necessdria ao acionamento das bombas 11 — Poténcia instalada..................000055 12 — A escolha primaria da bomba. Graficos de selegdo . 13 — Problemas resolvidos . . Heer : 14 — Problemas propostos . . capitulo 3 BOMBAS. TIPOS E DETALHES CONSTRUTIVOS. 1 — Classificagao geral das bombas 2 —Classificago das turbobombas quanto a trajetéria do flui- do dentro do rotor... 0... cece eee eee eee eee es 3 — Principio de funcionamento de uma bomba centrifuge ou Fadia) acest ta eee eeeeae eee a 4 — Prinefpio de funcionamento das bombas axiais . . 5 —Prinefpio de funcionamento de uma bomba diagonal ou de fluxo Misto 2... e eee neces 6 — Outras classificagdes das turbobombas . 6.1 ~ Quanto ao nuimero de bocas de succdo do rotor 6.2 — Quanto a0 niimero de rotores existentes dentro da carcaca . 6.3 — Quanto ao posicionamento do eixo 6.4 — Quanto a pressdo desenvolvida .. . 43 43 43 43 48 48 49 51 51 51 52 53 53 56 66 81 85 86 87 89 90 90 90 91 92 92 7 — Orgios constitutivos de uma turbobomba 7.1 — Orotor.. 7.2 —Odifusor . 7.3 — O eixo 7.4 — Anéis de desgaste 7.5 — Caixa de gaxetas e sela mecdnico . . 7.5.1 — Caixa de gaxetas . .. 7.8.2 — Selos mecanicos 7.6 — Rolamentos . 7.7 — Acoplamentos . 7.8 — Base da bomba 8 — Bombas de projeto especial 8.1 — Bombas verticais . 8.2 — Bombas submersas . 9 — Materiais usados na construgdio de bombas . 9.1 — Generalidades . 9.2 — O.uso do bronze... - 9.3 — Bomba de execugdo padrao ... Capitulo 4 CURVAS CARACTERISTICAS DAS BOMBAS. 1 — Generalidades 2 — Curva (Hman, Q) da bomba . 3 — Curvas (N, Q) e (n, Q) 4- Influéncia da rotagdo nas curvas caracterfsticas de uma bomba. Pardbolas de iso-eficiéncia . 5 — Influéncia da variac&o do diametro do | rotor 1 nas curvas caracteristicas de uma bomba.......... 6 — Estudo conjunto das catacteristicas da bomba e do siste- ma, Ponto de operacéo — Variagao da caracter/stica do sistema . . — Regulagem do ponto de operagdo... .. — Influéncia do tempo nas curvas caracteri: edo sistema ..... 11 — Operac&o proxima ao ponto de vazao nula . 12 — Bancada de ensaios de bombas . . — Casos particulares de tragado da caracteristica do sistema at ‘icas da bomba 92 93 97 100 101 103 103 104 105 106 107 108 109 112 114 114 115 116 117 119 121 122 126 130 132 135 137 139 140 141 12.1 — Medigao da altura manométrica 12.2 — Regulagem e medigao da vazio . 12.3 — Medigdo da poténcia necesséria ao acionamento . 12.4 — Medig#io do rendimento da bomba . 12.5 — Mediggo da rotagio .......... 12.6 — Variagdo da rotacdo de acionamento . 12.7 — Obtengao das curvas 13 — Problemas resolvidos .. 14 — Problemas propostos . . capitulo 5 ASSOCIACAO DE BOMBAS EM PARALELO E EM SERIE. 1 — Generalidades ...... 0.06... cee e eee tence eee 2 — Associag¢&o em paralelo de bombas iguais com curvas es- taveis . 3 — Associacéo em paralelo de bombas iguais com altura es- tatica variavel 4 — Associagaéo em paralelo de bombas diferentes com curvas festevers OCA ener 5 — Associagio em paralelo de bombas iguais com curvas ins- taveis 6 — Associagao em paralelo de bombas diferentes com curvas leorrigidas res Us eens 7 = Influéncia do tipo da curva caracteristica da bomba na associaco em paralelo 8 — Associagdo de bombas em série. 9 — Problemas resolvidos . 0 —Problemas propostos . capitulo 6 ESCORVA DAS BOMBAS. 1 — Da necessidade do escorvamento 2 — Processos de prévia escorva 3 — Bomba auto-escorvante com recirculago na descarga 3.1 = Princfpio do anel Ifquido 4 —Consideracdes finais 142 142 143 144 144 145 145 146 159 165 167 168 170 174 176 176 183 187 189 191 192 193 capitulo 7 CAVITACAO. ALTURA DE COLOCAGAO DAS BOMBAS. 1 ~ Introduedo ......... 2 — Altura de colocagdo de uma bomba : 3. — 0 fendmeno da cavitacio, sua natureza e seus efeitos... .. 4 ~ Expressiio geral de Hamax. Causas da depressao localiza- da AH * Coeficiente de cavitagdo 0 deumabomba ..... 5 —NPSH* disponivel e NPSH requerido. Curvas do NPSH requerido 6 — Calculo aproximado do NPSH requeride 7 — Medidas destinadas a dificultar o aparecimento da cavi- tagéio 7.1 — Considerages finais . 8 — 0 bombeamento em instalagdes com alturas de sucgdo elevadas ...... 8.1— Airlift . 8.2 ~ Bomba volumétrica alternativa de cilindro e piste 8.3 — Bomba centrifuga com injetor 9 — Problemas resolvidos ; 10 — Problemas propostos .. . capitulo 8 INSTALAGAO DAS BOMBAS. DETALHES, DEFEITOS E CAUSAS. 1 — Pré-instalagdo das bombas . 1.1 — Generalidades . . 1,2 — Ensaios de recep¢ao . 1,3 — Inspeccao do equipamento .. 1.4 — Armazenamento ....... 2 — Instalago das bombas 2.1 — Localizagao da casa de bombas 2.2— Fundagdes ....0. 0.0.2... 2.3 — Tubulagdes e acessorios 2.4 — Alinhamento 195 195 198 202 205 209 209 211 212 212 214 214 216 223 233 233 233 234 234 235 235 235 235 236 3 — Tomada d’égua . 3.1 — Tomada simples ou direta . 3.2 — Poco seco a 3.3 — Canal de derivegio - 3.4 — Torre de tomada . 3.5 — Canal de regulrizacdo 4 — Pocos de succo ...... 5 — Defeitos mais comuns de uma instalagéo de bombeamento. Suas causas......-...200- 5.1 — A bomba deixa de recalear . 5.2 — A vardo ou a pressio, que estavam boas, caem . 5.3 — Pouca pressdo . 5.4 — A bomba funciona por algum tempo e depois péra de funcionar . 5.5 — A bomba absorve maior poténcia . 5.6 — Ruidos estranhos 5.7 — Parte elétrica -.... 6. cee ee eee eee eee capitulo 9 NOCOES GERAIS SOBRE O ACIONAMENTO DAS BOMBAS. 1 — Generalidades Z ae 2 — Motores elétricos .......... 2.1 — Vantagens e desvantagens . 2.2 — Caracteristicas de fonte 2.3 — O tipo do motor . 2.4 — Rotac&o de acionamento . . 2.5 — Bitola dos fios para os motores elétricos . 3 — Motores de combustéo interna . 4 — Outras fontes de acionamento . . 4.1 — Uso da tomada de forca de um trator . 5 — Mecanismos de transmissdo usuais ... 5.1 — Generalidades 5.2 -- Acionamento direto 5.3 — Acionamento por correias i 5.4 — Cabecotes com engrenagens em angulo de 90' 6 — Localizando falhas em motor de bomba . 238 240 240 241 242 243 244 246 246 247 247 247 247 247 247 249 249 249 250 250 251 252 253 254 254 255 255 255 256 257 268 capitulo 10 TEORIA ELEMENTAR DE CONSTRUGAO DE BOMBAS (TEORIA MONODIMENSIONAL) 1 — Generalidades e hipéteses . . 2 —Conceitos de Htheo e Hth. . 3 — Triangulos de velocidades 4 — Equagdo de Euler . 5 —Influéneia do perfil da palheta na natureza da energia ce- dida por umabomba ..............-. 0.4. 6 — Influéncia do perfil da palheta na curva (Hthes, Q) 7 — Influéncia do n® finito de palhetas nos triéngulos de ve- locidades tedricos. Correcao . 7.1 — Influéncia no tridngulo de saida . 7.2 — Influéncia no triangulo de entrada .. .. 7.3 — Correeiio adotada em fungao do n® finito de pas . 8 — Influéncia da espessura das pds nos tridngulos de velocida- des. Correcdo ..... 2... Rae 9 — Curva (Hman, Q) da bomba .. 10 — Problemas resolvidos ....... 11 — Problemas propostos ....... capitulo 11 SEMELHANCA MECANICA APLICADA AS BOMBAS Generalidades . . . Semelhanca Geométrica . Semelhanga Cinemética . . Semethanga Dindmica . : Férmulas fundamentais da semelhanca mecdnica . Caracteristicas unitérias de uma bomba ............. Caracteristicas unitérias de uma série de bombas semelhantes Velocidade especifica.. 00.0... cece cece cece ee ees Falhas na realizacdo pratica da semelhanca mecanica Problemas resolvidos Problemas propostos . rPOSONAM AWN 261 263 264 265 267 273 275 275 276 277 278 283 285 297 301 301 302 303 303 306 307 308 312 313 322 capitulo 12 INFLUENCIA DA VISCOSIDADE DO FLUIDO NO COMPOR- TAMENTO DE UMA BOMBA 1. 2. 3. 4. 5. |. Exercicios Resolvidos 6. Generalidades .... . Leis fundamentais e/ou experimentais Processo que usa os fatores de Corresao Cyec, Processo das tentativas Tabelas para fluidos viscosos capitulo 13 ROTEIRO PARA CALCULO E PROJETO DE UM ROTOR CENTRIFUGO eee 10. 11. . Dados de projeto .. + . Determinagao do diametro do eixo . 2.1. Momento de torgdo ... 2.2. Tenséo admissivel de cisalhamento . Determinagao do diametro do tubo de suc (d,) - 3.1. Rendimento volumétrico . 3.2. Velocidade absoluta de entrada . Determinagao do diametro interno do rotor (d,) Determinagdo do diametro externo do rotor (d) Determinacdo da largura do rotor a entrada (b, ) Determinagao do numero de palhetas do rotor. . Determinacéio angulo 8, .... . Determinacao dos triangulos de velocidade . 9.1. Tridngulo de entrada ... 9.2. Tridngulo de safda . . cf 9.2.1. Tridngulo tedrico . 9.2.2. Tridngulo Corrigido . Angulo ay. Determinagdo da largura do rotor a safda (bs) Determinagéo do perfil das palhetas do rotor (tragado. por PONTOS) ©... eee eee ee teeter ee BIBLIOGRAFIA ....... 20.0. ce eee cece reece eee eee 325 325 326 329 332 336 341 341 342 342 342 343, 343, 343 344 345 346 347 348, 348 348 348 349 350 350 350 355 Capitulo 1 NOCOES INTRODUTORIAS 1 — EVOLUGAO DAS TECNICAS DE BOMBEAMENTO. Desde tempos os mais remotos, tem sido preocupagao priméria do homem 0 transporte e elevacéo ou recalque dos fldidos. Inicialmente, motivado por sua natureza socidvel e pela necessidade de defesa, passaram os homens a aglomerar-se em aldeias cuja fundacdo e posterior sobrevivéncia dependiam, fatalmente, da disponibilidade de agua. Muito cedo, ent&o, percebeu o homem a insuficiéncia de sua propria forca para atendimento do consumo de seus grupamentos sempre crescentes, o que o levou, usando sua inteligéncia, a fazer uso da forca animal aliada a varios artiffcios, no que poderfamos considerar como os embri6des das futuras instalagdes de bombeamento. O consumo de gua, contudo, aumentava continuamente e ja nao era, apenas, a manutencdo de suas fungdes organicas o unico elemento consumidor do precioso Iiquido. Atividades varias, entre as quais a irriga- ¢80 necessdria a uma atividade agricola mais organizada, fez com que o homem viesse a precisar de agua em maiores quantidades. Diante desta nova perspectiva, tornou-se também a forca animal insuficiente e os guinchos e pedais, ent&o em uso, se mostraram obsoletos. Bem mais tarde, somada & necessidade da irrigacdio, uma industria- lizagéo emergente obrigou 0 homem a langar mao, em larga escala, da bomba de pistio, dispositivo concebido pelo fildsofo grego Ctesibius ¢ aperfeicoado por seu discfpulo Hero, duzentos anos antes da era Crista, agora, entretanto, acionada através da forca a vapor. Ja mais recentemente, o avango tecnolégico possibilitou a constru- 80 de motores de acionamento de alta rotaco, o que permitiu a cons- 7 truefo de bombas centrifugas, muito mais funcionais e capazes nao so do atendimento do consumo de agua bem como de outros fluidos neces- sdrios ao desenvolvimento dos grandes parques industriais, j em flores- cimento. Assim, tais instalacdes destinadas a transportar e elevar fliidos, comuns tanto em quintais de residéncia quando fazendo parte integrante dos mais sofisticados equipamentos, constituem a razéio de ser ou 0 obje- tivo deste trabalho, através de estudos que, ora, passamos a desenvolver. © homem. O animal ee Ney A maquina Fig. 1 — 0 evoluir da operagéo de transportar e recalcar fldidos. 18 2 — INSTALACAO DE BOMBEAMENTO TIPICA. As instalacées de bombeamento podem apresentar em sua forma, dependendo de seu objetivo e importancia, variagdes as mais diversas. Contudo e visando, principalmente, um estudo sistematizado das Mesmas, apresentamos, com a respectiva nomenclatura, 0 esquema de uma simples e t(pica instalacdo de bombeamento (figura 2). LI, 7 Yi YZ Figura 2 — Esquema de uma instalagéo de bombeamento tipica. No esquema da figura 2: 1 —Casa das Bombas M: Motor de acionamento B: Bomba 2—Pogo, manancial ou reservatério de sucgdo 3 —Linha de sucgdio VPC: Valvula de pé com crivo CL: Curva longa de 90° RE: Reducdo excéntrica 19 4 —Linha de recalque VR: Valvula de retengdo R: Registro C: Curvas ou joelhos (ou cotovelos) 5 —Reservatério de recalque Superficialmente, visando uma boa concepgao preliminar do todo © mesmo porque estes assuntos voltarSo a ser abordados, com maiores detalhes, nos cap/tulos seguintes: — Casa das bombas (1): edificagdes proprias destinadas a abrigar © conjunto motor-bomba. — Motor de acionamento (M): drgdo encarregado do acionamento da bomba, podendo ser: - Um motor elétrico - Um motor de combustao interna (a gasolina ou diesel) - Uma turbina hidrdulica ou a gas - Uma tomada de forca qualquer (de tratores, por exemplo). A escolha, do érgéode acionamento depende de varios fatores, conforme veremos, em maiores detalhes, oportunamente. A guisa de informacdo, entre outros, podemos citar: - A disponibilidade e o custo da energia - O grau de mobilidade desejado - Seguranga e comodidade operacional Em linhas gerais, contudo, a conjugagao ou soma dos principais fatores provocam, na maioria dos casos, uma tendéncia para o uso dos motores elétricos. Sao causas desta tendéncia, entre outras: - A vida mais longa dos motores elétricos -A_ maior seguranca e comodidade operacional {os motores elétricos nao provocam poluigao local) - Custo de manutencao mais baixo. ~ Bomba (B):Orgio encarregado de succionar o fluido, retirando-o do reservatorio de sucgdo e energizando-o através de seU rotor, 0 que impulsiona-o para o reservatério de recaique. — Vilvula de pé com crivo (VPC): Instalada junto ao pé da tubula- cdo de sucedo, é uma valvula unidirecional que so permite a passagem do fluido no sentido ascendente @ que, com o desligamento do motor de aciona- mento, mantém a carcaga da bomba e a tubulacdo de succdo cheia do fluido recalcado, impedindo o seu retorno ao reservatério de succio. Diz-se, nestas circunsténcias, que a valvula de pé com crivo man- tém a bomba escorvada (carcaca da bomba e tubula- go de sucgao cheia de fluido). 20 © posicionamento desta valvula no reservatério inferior deverd impedir tanto a sucao de particulas sélidas depositadas no fundo do poco, bem como evitar que, com o funcionamento, seja a mesma desco. berta, passando a bomba a aspirar ar. Figura 3 ~ Vélvula de pé com crivo Figura 4 — Reduco excéntrica — Redugao excéntrica (RE): Reduciio que liga o final da tubulagdo. de suceao boca de entrada da bomba, de diametro, Normalmente, menor. Com a excentricidade visa-se evitar a formagiio de bolsas de ar, 4 entrada da bom- ba, 0 que estrangula a secco de entrada e dificulta © funcionamento normal da bomba. Sao dispensé- veis em instalagSes com linhas de sucgdo de pequeno digmetro, acontecendo, normalmente, em instala- ¢5es com didmetro de succdo superiores a 4” (4 po- legadas). — Valvula de retenedo (VR): Vélvula também unidirecional instala- da a safda da bomba e antes do registro de recalque. Tem as seguintes funcdes: - Impedir que o peso da coluna de recalque seja sustentado pelo corpo da bomba, pressionando-o e provocando vazamento no mesmo. - Impedir que, com um defeito na vélvula de pé e entrando a tu- bulacdo de recalque por baixo do reservatério superior, haja 0 refluxo do fluido, fazendo a bomba funcionar como turbina e assim, com o disparo do rotor, atingir velocidades perigosas, provocando danos na bomba. ~Possibilitar, através de um dispositive chamado “by-pass”, a escorva automéatica da bomba, evidentemente, apds se ter sanado 0 defeito da valvula de pé que provocou a perda da escorva. 2 enn 0¢ wong cunt ye oe Asrucanro eee on Sees Fig. 5 — Vdluula de retencso Fig. 6 — Registro de recalque — Registro de recalque (R): Acessdrio destinado a controlar a vazio recalcada, através do seu fechamento e abertu- ra. Deve vir logo apés a valvula de reten¢ao e tem tipos diferentes sendo, entretanto, o registro de gaveta o mais comum. Além dos acessorios descritos, outros, dependendo do tipo e importancia da instalacio, serdo necessdrios. Entre estes podemos men- cionar as ventosas (para retirada do ar das tubulacdes) e as valvulas anti- golpe de arfete. 3 — NOTACAO BASICA EMPREGADA. A adogdo de uma notacdo basica, logo no primeiro capftulo, visa uma normalizagao geral, evitando 0 consequente uso de uma simbologia dupla para uma mesma grandeza. Tal notacao seré representada, normal- mente, a0 curso dos varios assuntos onde interferem e é a seguinte, para as grandezas que ocorrerdo com maior frequéncia: Hy desnfvel entre o nfvel do fluido no reservatério de succao eo ponto mais alto que o mesmo atinge no recalque, em m. Py: pressdo reinante no reservatorio de recalque, em kg/m?. Py : pressdo de vapor do fluido bombeado, em kg/m?. AH: perda de carga total da instalacéio, em m. perda de carga na linha de sucgdo, em m. perda de carga na linha de recalque, em m. 22 AN Perda de carga contfnua, em m. perda de carga localizada no acessorio, em m perda de carga localizada total, em m. perda de carga interna ao rotor, em m. altura manométrica da instalagdo e desenvolvida pela bomba. energia cedida a cada kg de fluido que atravessa a bomba. 2 altura de aspiractio da bomba, em m. altura de aspiracao maxima admitida pela bomba, em m. : diametro econdmico, em mou mm. diametro da linha de sucgao, em polegadas. didmetro da linha de recalque, em polegadas. vazio recalcada, em m?/seg, recirculacdo e vazamentos, em m?/seg. rendimento total da bomba, em percentagem. rendimento hidréulico da bomba, em percentagem. rendimento volumétrico da bomba, em percentagem. rendimento mecanico da bomba, em percentagem, rendimento do motor de acionamento, em percentagem. rendimento do grupo ou conjunto motor e bomba, em percentagem, poténcia no eixo ou poténcia necessdria ao acionamento da bomba, em CV. Poténcia instalada ou poténcia de placa do motor de aciona- mento, em CV. parcela da poténcia dissipada em atrito, em CV. 23 A: rea da seco transversal de uma tubulacdo, em m? V_ = velocidade média de escoamento em uma tubulago, em m/seg. V, + velocidade média da linha de suogéo, em m/seg. V, + velocidade média da linha de recalque, em m/seg. Re numero de Reynolds. » : viscosidade cinemética, em m?/seg. Sobre a notacdo basica, cumpre ainda deixar claro que: — A notacéo anteriormente listada, é basica, entendendo-se por tal aquela que ocorreré com maior frequéncia. Outras grandezas surgiréo e tergo sua simbologia definida no curso do assunto onde interferem. Dentro desse contexto, deve-se dar especial atengao ao cap/tulo 10. — Eventualmente, uma ou outra grandeza poderd ser medida por unidade diferente destas que ora séo estabelecidas, chamando-se, devida- mente, a aten¢do para o fato, na oportunidade. —, Apesar de se pretender, para evitar confusdo, que uma mesma notagéo ‘néo venha ter sentido duplo, tal fato ocorreré. Acontece, por exemplo, que, por tradico, a letra K aparece na Hidrdulica tendo varios significados (por exemplo: caracter(stica de uma tubulacdo, coeficiente econdmico, entre outros). Tornar-se-4 necessaria, entdo, a devida atengao para nao trocar um sentido por outro. 24 capitulo 2 ESCOLHA DA BOMBA POTENCIA NECESSARIA AO ACIONAMENTO 1 — GENERALIDADES: Basicamente, a especificaco de uma bomba para uma certa insta- lagdio de bombeamento é funcao do conhecimento de duas grandezas: — Vaziio a ser recaleada (Q). — Altura manométrica da instalacdo (Hj ar, OU H). A determinacdo destas duas grandezas seré objetivo dos tépicos 2 e 4, porém e de inicio, julgamos conveniente apresentar uma idéia global do problema, mostrando o desenrolar das varias fases que prece- dem a escolha da bomba. Esta idéia global é apresentada pelo diagrama sequencial de cdlculo mostrado na figura 1. 25 Desnivel | Didmetro das Tubulagées [Pera cle Cargas nos Tubos @ Acessérios renga de Pressao Entre Reservatérios Altura Manométrica 1 Escolha da Bomba nos Graficos de Seloge Fornecidos Pelos Fabricantes Fig. 1 — Sequéncia de operacées para célculo e escolha de uma bomba. Dentre as operagGes ou cdlculos a executar na sequéncia apresenta: da pelo diagrama, é oportuno deixar claro que: —.0 desnivel a ser vencido pela bomba é grandeza de facil medigiio, sendo, no caso mais complexo (caso do abastecimento de dgua de uma cidade), um mero e simples problema de Topografia. — O material das tubulagdes deverd ser funcdo: - da natureza do fluido recalcado - da economia -de outras caracter(sticas da instalag30, como: estética, linhas subterraneas ou aéreas - da pressio desenvolvida pela bomba — As demais operacées serdio objeto de estudos especfficos nos itens que, a seguir, se desenvolvem. 2 —VAZAO A SER RECALCADA. A vazio a ser recalcada por uma bomba em uma instalagdio eleva- t6ria depende, essencialmente, de trés elementos: — Consumo diério da instalagdo — Jornada de trabalho —Nimero de bombas em operagdo (caso das instalagdes com bombas associadas em paralelo). © consumo diério da instalagdo 6, evidentemente, func espect- fica da natureza e fim a que se destina a mesma. Particularmente, o con- sumo de dgua por parte das instalacdes industriais 6 fornecido por manuais de Hidrdulica, da seguinte maneira: 26 — Quando a agua é praticamente matéria prima (seja de forma direta ou indireta) na composic&o do produto final ou quando apresenta estreita ligagZo com 0 mesmo, é 0 consumo de agua fornecido em fungéo da unidade do produto final. Exemplificando — Usina de acticar — 100 £ 4gua/kg de agicar produzido —Cervejaria. — 5 &/litro de cerveja produzido Pode 0 consumo de dgua, caso de inddstrias onde ela 6 apenas elemento suporte, ser fornecido em func&o do nimero de operarios da fabrica. Nesse caso, com boa aproximacio, pode-se considerar q = 70 &/dia X operério Para as necessidades pessoais, 0 consumo de agua varia com o clima local, com as estaces do ano e, inclusive, com 0 nivel social da pessoa. Face a estas implicagées, tem-se q= 150 a 350 S/dia X habitante Do Informativo Técnico Tigre (Cia. Hansen Industrial} extraimos a seguinte estimativa de consumo (Tabela 1): TABELA1 ESTIMATIVA DE CONSUMO PREDIAL PREDIO CONSUMO _litros/dia Aiomeros provi 80 pe cpita Geom popes 130 per eps Apartamentos toe ee Hots eozinhaw wavandera) 2 Horse 260 porte Ect intros 1 per cata ES — nae 100 bee Sain 30 par cape Gin snare $0 pet cata ae 2 por lan 2 bor lam eosin 2 bor clio Gros 30 por sutondvet tose % fv rise Matedouros ~ Animals da grande porte far gat eae et Lees ~ Ani ero ere Ta por aba atone ces erga us peso) 70 For perio Fen pt ate ioe ee Saal 100 for Syl Orfenato, Asilo, Bargério 5 er om ‘Amuro ‘Boba cma tein cosa 0 per ea 50 pe conta 2 3 — DIAMETROS ECONOMICOS PARA UMA INSTALAGAO, ELEVATORIA. Tendo em vista a equacdo da continuidade (Q = A x V), sabe-se que uma mesma vazdo pode ser transportada em tubulagdes de diferentes diametros,variando a velocidade de escoamento. A variacéo do diametro, contudo, tem reflexos diretos sobre o investimento e o custo operacional da instalacaio, entendendo-se por tais: — Investimento: dinheiro gasto na aquisigao dos tubos. — Custo operacional: dinheiro gasto para cobrir as despesas com a @ Operacéo da instalacao. Assim: ~ Quanto maior o didmetro da instalacdo, maior sera o investi- mento (0 preco dos tubos varia com o peso da unidade de comprimento). > Quanto. maior o diametro da instalag%o, menor seré o custo operacional. Realmente, com o aumento do didmetro (para a mesma vazéo}, diminui_a velocidade de escoamento e, consequentemente, a perda de carga. Diminuindo esta, a altura manométrica da instalagdo sera menor, sendo menor a poténcia necesséria ao acionamento e menor o consumo de energia elétrica (ou de combust{vel — caso de bombas acionadas por motores de combustéio). Percebe-se, ento, face a estas informacdes, a necessidade de esco- Iher uma faixa de diémetros que conjugue investimento e custo operacio- nal, de forma a ser levado a um CUSTO MINIMO. (CUSTO TOTAL = INVESTIMENTO + CUSTO OPERACIONAL). A figura 2 mostra, através de um diagrama cartesiano, as variacdes do investimento, custo operacional e custo total em fungdio da variagao do diametro, C.T. : Custo Total |. : Investimento C.O. : Custo Operacional AD=AB+t+AC A'D'=A'B'+A'C’ E E’: faixa de diémetros econdmicos. Fig. 2 — Variagées do investimento, custo operacional e custo total com o diémetro. 28 Baseado nesse critério, chamado de Critério do Custo Total Mini- mo, existem varias formulas que permitem o calculo do didmetro econé- mico para uma elevatoria. Entre elas: 3.1 — Férmula de Bresse D=K Ja (1) onde: D: diametro, em m. FA K: coeficiente varidvel, funcdo dos custos de investimento e de ope- ragdo. Atualmente, K varia entre 0,8 e 1,3 (valor comum =1,0). Q: vazo, em m? /seg. A férmula de Bresse fornece o didmetro da linha de recalque. Para a linha de succdo, adota-se o diémetro comercial imediatamente superior. Quando o diémetro calculado pela formula de Bresse no coincidir com um didmetro comercial, 6 procedimento usual admitir o didmetro comercial imediatamente superior para a linha de succaio e o comercial inferior para a linha de recalque. 3.2 — Férmula da ABNT D =0,586 x T!* va (2) onde: D: diametro, em m. T: jornada de trabalho, em horas. Q: vaziio, em m? /seg. Aqui também, no coincidindo o didmetro calculado com um did- metro comercial, é’procedimento usual admitir 0 diémetro comercial imediatamente superior para a linha de suc¢So e o comercial inferior para a linha de recalque. A formula da ABNT, frise-se, 6 usual quando 0 funcionamento é intermitente. Sua aplicacdo fica facilitada usando-se o diagrama da figura 3. 3.3 — Velocidade econémicas Em todas as instalacSes de bombeamento onde o dimensiona- mento dos diametros das linhas de sucgdo e recalque obedeceu ao critério de conjugar-se 0 investimento e o custo operacional, de forma a obter-se um custo total minimo, constatou-se que as velocidades de escoamento ficaram dentro dos seguintes limites: Veucgiio < 1,5 m/seg (no maximo 2,0 m/seg) Vrecalque < 2.5 m/seg (no maximo 3,0 m/seg) 29 Assim, 0 dimensionamento das linhas de succo e recalque pode basear-se em tais limites de velocidades (chamadas velocidades econdmi- cas) e efetivar-se através do uso da equacdo da continuidade. Ou seja Logo: (m3n) = cme Q=AxV a Jaa .Y, . s xv 10 40 os o6 85, oA 0,3 13 16 2024 + (horas ) (3) (éeg) Fig. 3 — Diémetros das tubulagées de uma elevatéria com funcionamento interminente, segundo ABNT. 30 (4) Como valores médios, pode-se adotar: Veucgdo = 1,0 m/seg Vv, = 2,0 m/seg recalque 4—A ALTURA MANOMETRICA DA INSTALAGAO. Define-se a altura manométrica de um sistema elevatorio como sendo a quantidade de energia que deve ser absorvida por 1 (um) quilograma de fluido que atravessa a bomba, energia esta necessdria para que 0 mesmo venca 0 desn{vel da instalacéo, a diferenca de pressio entre os 2 (dois) reserva- torios (caso exista) e a resisténcia natural que as tubulacdes e acesso- rios oferecem ao escoa- mento dos fluidos (per- da de carga). Fig. 4 — A altura manométrica (H, Iman! de uma instalagdo com reservatérios abertos (, = Pa = Pat) H = Ho + Pro Pa + aH 5) man 31 onde: Hman(0u H): altura manométrica, em m. Ho : desnivel geométrico, em m. Pr : presso no reservat6rio de recalque, em kg/m?. Py 2 presstio no reservat6rio de succdo, em kg/m? . 7 : peso espectfico do fluido, em kg/m?. AH : perda de carga nas tubulagées e acessérios, em m. Quando ambos os reservatérios so abertos e sujeitos, portanto, a a = Patm! presséo atmosférica (p, = p, H, + AH (6) 5 — PERDA DE CARGA NA INSTALACAO A perda de carga na instalac&o consiste na resisténcia oferecida ~ pelas tubulagdes e acessérios (que so rugosos) ao escoamento do fluido (que é viscoso). Pode ser: — Continua: perda de carga nos trechos retos de canalizacdes. — Localizada ou acidental: perda de carga nos acessdrios das tubulagdes. Influem de uma forma direta na perda de carga: — A natureza do fluido. — O estado superficial da parede e, portanto, o material de que é feito o tubo. — O didmetro da tubulacdo. — A natureza do regime de escoamento {laminar ou turbulento). ~ O comprimento da tubulacdo. Além desses fatores, podemos considerar ainda — O material empregado na fabricagdo do tubo: o estado superfi- cial (rugosidade) da parede é funcdo do material empregado. — O processo de fabricacdo do tubo: um tubo sem costura oferece menos resisténcia do que um tubo com costura. — Existéncia de revestimentos especiais: sio empregados visando eliminar ou minorar o efeito da corrostio. — 0 estado de conservacdo das paredes: um tubo que sofre uma limpeza periddica apresenta melhores condigdes. (NOTA: néo é comum no Brasil esta limpeza perfodica das tubulacdes) 32 — A idade da tubulago: com o passar dos tempos, a rugosidade das paredes aumenta e, com a deposigo progressiva das substncias con- tidas nas aguas, hé uma redug3o da seccSo de escoamento, advindo dai uma redugdo na capacidade de transporte da tubulacdo. {caso comum de transporte por gravidade). Dentro desse contexto, devemos ressaltar dois fendmenos comuns nas tubulagdes de ferro fundido: — Com 0 uso os tubos de ferro fundido séio atacados, oxidam-se e surgem, entéo, “tubérculos” na sua superficie. — Também com 9 uso, pode ocorrer deposi¢do progressiva de substancias contidas nas 4guas, formando camadas aderentes — incrusta- Bes — que reduzem o didmetro util e alteram a rugosidade da parede. Normal Incrustagao Tubérculos Figura § 6 — CALCULO DA PERDA DE CARGA CONTINUA 6.1 — Uso onjugedo da férmula de Darcy Weissbach com 0 ébaco de Moody. Segundo Darcy-Weissbach: AH (7) Onde: 1H: perda decarga,em m. comprimento do tubo, em m. : didmetro do tubo, em m. + Coeficiente de atrito (coeticiente que depende do REGIME DE ESCOAMENTO (LAMINAR OU TURBULENTO) e da RUGOSI- DADE RELATIVA DA PAREDE DO CONDUTO). : acelerac&o da gravidade, em m/seg?. : velocidade média de escoamento, em m/seg. 33 sore Em (10): : velocidade média, em m/seg. : diametro do tubo, em m. : viscosidade cinemética do fluido, em m?/seg. so< — O escoamento é turbulento (R, > 4000) Quando o escoamento for turbulento, o coeficiente de atrito f, além de ser funcdo do regime de escoamento, depende também da rugo- sidade relativa da tubulagao. (¢/D ou K/D).. A titulo de informacio: € ou K —rugosidade absoluta D — didmetro nominal ~& ou + — rugosidade relativa dD Fig. 6 ~ Tubo cortado A rugosidade relativa pode ser obtida diretamento do Abaco 1 ou através dos valores da rugosidade absoluta da Tabela 2. 34 TABELA 2 RUGOSIDADE ABSOLUTA Koue MATERIAL anne Ferro fundido novo 0,26 a 1,00 Aco galvanizado 0,15 Aco comercial 0,046 Cobre ou vidro c 0.0015, Aco laminado novo 0.0015, Conereto centrifugado , Cimento alisado 0,30 a 0,80 Ferro fundido asfaltado 0,12 20,26 Aco asfaltado 0,04 Ago soldado liso 0,10 Aco ribitado 0.04 Conhecidos 0 niimero de Reynolds e a rugosidade relativa, 0 coeficiente de atrito f é dado pelo Abaco 2 (Abaco de Moody). De posse dos valores de f, L, D, V e g, a expressdo de Darcy- Weissbach dé o valor da perda de carga continua. 6.2 — Uso do 4baco de Hazen-Williams. O abaco de Hazen-Williams é um nomograma de pontos alinhados que fornece - CONHECIDOS Q ¢ D ~ os valores de J/K (em m/km) € V (em m/seg) para tubos com C = 100. (Abaco n° 3) Assim, usando 0 abaco: — Para Qe D conhecidos, tem-se J/K para C = 100 e V em m/seg. Neste abaco, C caracteriza o material da tubulacdo através das Tabelas 3—A e 3B. A Tabela 3B é mais completa, de vez que fornece 9 valor de C nao sé em funcdo do material, como também em fung3o da idade da tubulacdo e do seu didmetro. Observar, ainda, que o valor C = 100 caracteriza o estado super- ficial das paredes internas de um tubo de ferro fundido velho (com, mais ou menos, 20 anos de uso). 35 ABACO1 RUGOSIDADE RELATIVA DAS TUBULAGOES 0} ‘000: orcone| 4 20 10 eee 2 4 6 6 0 2 ar DIAMETRO OAS TUBULACOES EM POLEGADAS 36 z e WAS re~z~ pio ose 2 gorsssys 2 ,osocee 2 5500 we ose sz oo 388 24 00 zg § oS” NoInotus 8p YoL Vd Apoow| — 2 OOVEY 37 ABACO DE HANZEN-WILLIAMS Q v U/seq) ar On/5% (m/Km) Para se determinar J pa- ra C # 100 deve-se pro- curar na tabela (ao pé do abaco) o valor do fator de correcio K_ para C # 100 e relativo ao material da tubulagao e, entdo, usa-se a expressdo: Fig. 7 — Abaco de Hazen-Williams (croquis) ic #100) = 4/Kic = 100) * Kic #100) 1) Observe que: — Quanto maior for o valor de C, MELHOR ¢ 0 acabamento superficial da parede do tubo (Valores de C fornecidos pela Tabela 3—A ou 3-B). Exemplo: ferro fundido velho C = 90 PVC... wn © = 140 — Para valores de C > 100, K <1 e J_ 1000 140 ATE 50 125 Pvc be tall) 50 100 135 USADO 700 300 140 TUBO DE CONCRETO | NOVO OU. ATE 600 ER. F. CIME. ACENTRIFUGADO. | _USADO S_600__[ =ACO REVES. ‘AGOS/REVEST. NOVO = FER, FUND. NV. PICHADO SOLDADO USADO, 7 FER. FUND. USA. PICHADO ‘AGO S/ REVEST. NOVO = FER. FUND. C/ 10 ANOS REBITADO USADO NO MIN. =A FER. F. C/20 ANOS N/O REVESTIMENTO DO ACO € CONFORME A NORMA A.W.W.A. — C 202 ABACO 3 Formula de Hozen-Witlloms rts att ane * er2res duraS™ o7esctu ‘006 ou k= (loose) se 30005 An Geum) a 20004 0001 aa ON 0.009 1000 001 0074 ae for j Eoos fo 200. Out ie 00 oz fos Eos ef E bow Fr Fos 204, Eos 10. 7 4 E20 7 E : lak 13 70/548 solar 7 60] 258 70)1.93 E, q 80] 131 aoe: 90] 121 a 100 | 1.00 1000 23 110 Jace 1200713 130 Joes oz. 140 [0.356] ts0}a471 Ee a 6.3 — Perda de carga em canalizagdes de PVC rigido Para cdlculo da perda de carga contfnua em tubulacdes de PVC rigido pode ser usado, diretamente, o ébaco fornecido pela Cia Hansen Industrial — Tubos e conexdes TIGRE de PVC rigido (Abaco 4), ABACO 4 ABACO PARA O CALCULO DE PERDAS DE CARGA EM _ CANALIZACOES DE PVC RIGIDO | iat vate CIA. HANSEN INDUSTRIAL - Tubos e Conexées TIGRE de PVC rigido 42 7 — CALCULO DA PERDA DE CARGA LOCALIZADA. 7.1 — Método dos comprimentos equivalentes. Tal processo consiste em substituir o acessério por um compri- mento de tubulacdo reta de mesmo diametro e material, na qual ocorra uma perda de carga igual aquela que acontecera no acess6rio. Assim a tabela dos comprimentos equivalentes permite-nos substituir os acessérios pelos comprimentos equivalentes em tubos retos, RETIFICANDO (para fins de cdlculo) a instalagéo, quando, ento, recaimos num dos processos de perda de carga CONTINUA. Ao comprimento retificado de determinada linha damos 0 nome de COMPRIMENTO VIRTUAL (por exemplo: comprimento virtual da succao). As tabelas 4 e 5 dao os valores dos comprimentos equivalentes a perdas localizadas em acessérios de ferro fundido (e aco) e PVC, respec- tivamente. 7.2 ~ Método direto. A perda de carga localizada pode ser dada diretamente por: AHy = kv (13) ‘g Onde: AHg : perda de carga no acessério, em m V *: velocidade média de escoamento, em m/seg K : caracterfstica do acessério g : aceleragiio da gravidade, em m/seg? A perda de carga em todos os acessérios (AH, } seré, entdo ve AHL = (2k) (14 ait \e ) A tabela 6 dé os valores aproximados de K para os varios acess6- rios e 0 diagrama mostrado na figura 8 fornece o valor de V2/2g para os valores de V até 3,0 m/seg. 7.3 — Concluséo Com relacao a estes dois métodos, somos de opinido que o método dos comprimentos equivalentes deve conduzir a resultados mais exatos, principalmente quando s&o diretamente usadas as tabelas de comprimen- tos equivalentes dos fabricantes dos acess6rios empregados na instalagao. 43 jjoninbs sowveujiéueo (ov 2 caionns owyas 30 Gag>vinenL) bwiaave Benen sep eal cole te tet ete ee ear Set ee eae bee [oe coals ae ma eho ebete ee ete oa eoloee}] cz) ze] ocz) ce] ce] o1| oz | ox] vz] oo ve | zee 2 ae See Se EE ete ts sapechet ep etetetet ey efetatefs Se ane Speke ee tele fers Te REE SE SSRIS Olt PYLE 515) 8 . Nouv |p eosow we ojou: 3907 "6109 ap sDpsed sviaave Inde ong 45 OyOVZIIVNVD WN S0VdIN013A ¥ WAILWT4Y (YON3W ODS) HOI JAVGINOISA WN 3sva WOO . 00'L g3qVvGI9013A £0'0 | OYSWAIHAC WNANDAd 3G VIONALSIXS osz. OVONSLSY BAVINATYA | OO'L vauos 30 VOVELNS aut Bd a0 VINATYA | 090 | OYSWZITVNVO WS TWWHON VOVYLNS 08" Twuaiviis vaivs 31 | o1'o 292% IG VABND oe’ ogv7 30 vaivs 34 | 0z’0 «9% Id WAND 09'0 VL3uIG W3DVSsvd 51 | Or’ 206 30 WAND 00" OySvzMvnvo ad vaivs | sz’0 OAIwS oo'oL OLusav Og07D 3a OLsIDIy | Ov'0 i 2S? 30 O13AOLOD oz’ Ouugev viaAVS 3dOMISsINSY | 060 | 206 3G O1SAOLOD 00'9 OLusaV OINONY AGOULSIOIH | 0S'% OyZVA 30 HOdV10¥.LNOO «510 awnavys ovSnas¥ OO'L ae VLYaSV VLYOdWOD 209% TwLN3A yoaiaaW | sz sivo08 ov'o ovonnr | .0€'0 Tvndvy5 OySvindny y voad » woad 3G SOGVINIXOHdV SAHOTWA 6, “4 4 = HV SVGVZITV907 VOUVO 3d svauad 9VIaEVL 48 VARIAGAO DA ENERGIA CINETICA C/A VELOCIDADE 2 Me 28 44, 035) 0,30) 025 020 8 — MEDICAO DIRETA DA ALTURA MANOMETRICA. Nume instalagdo de bombeamento em funcionamento poderd haver a necescidade de variar a vazo para atendimento do consumo. Esta variacdo de vazdo, processada através da variac&o da abertura do registro de recalque, torna, evidentemente, varidvel o valor da altura manométrica (na expressio Hyyan = Hy + AH vai variar a perda de carga). Através do que, a seguir, se expord, mostraremos que, com a colo- cagao de um mandmetro a saida da bomba e de um vacudmetro a entrada da mesma, 6 possivel medir diretamente a altura monométrica desenvol- vida pela bomba, qualquer que seja a vazio recalcada. Para tal, consideraremos 2 (dois) casos: 8.1 — A bomba tem sucedo positiva (esté montada acima do N.A. do reservatério de sucgéo). Na figura 9 seja y 0 desnivel entre o manémetro (saida da bomba) € 0 vacuémetro (entrada da bomba) e sejam ainda: 1 — indice referencial das grandezas relativas a entrada da bomba. 2. — indice referencial das grandezas relativas a saida da bomba. Fig, 9 — Instalacdo Tipica com manémetro a saida da bomba e vacudmetro 4 entrada. Desta forma, considerando que a altura manométrica é definida como sendo a quantidade de energia absorvida por 1 kg de fluido que atravessa a bomba, podemos escrever: 48 Pa V3 Pa Vi H aH + + y) — (———_ + —_} (15) ele x 2a x 2g E, E : Consideradas as pressés p2/y ep, /y medidas em termos de pres- sdes absolutas, temos: M= P2 (abs) — Patm (aps) (16) y Yr y » Patm (aps) — Pt Y (abs) (17) Somando membro a membro (16) e (17), teremos: Pa Pr a Como a variagéio de energia cinética (V3/2g — V?/2g) é despre- zivel, levando (18) em (15) | Hman =MtV ty (19) Conclusdo: Numa instalagdo de bombeamento, a altura manométrica é igual 4 soma das leituras de um manémetro (colocado a saida da bomba) e de um vacuémetro (colocado 4 entrada da bomba) mais 0 desnivel entre os aparelhos. Quando os dois mostradores estiverem nivelados (y = 0) (Fig. 10) M+vVv = (abs) (18) (abs) — Fig. 10 — Borbas com manémetro e vacuémetro nivelados. 8.2 — A bomba tem sucgao negativa (esté montada abaixo do N.A. do reservatorio de succdo, isto é, esté afogada). Na expresso que define a altura manométrica: 49 ty - (Ph + Sy (15) id ‘g considerando as pressdes po/-y e p,/y medidas em termos de pressio efetiva, teremos Fe feet) =m (20) Y Quanto a presséo p,/y me dida em termos das pressdo efetiva, teremos, aplicando Bernoulli entre 0 N.A. do re- servatrio de succdo (ponto A) | ea entrada da bomba: 7 a Fig. 11 — Instalagéo com bomba atogada (M: manémetro). 2 2 iL) isa eget Caer uPA gL Y 29 i 29 Mas, sendo PA = Patm = 0 (zero) (em termos de pressdo efetiva) Y Y Va ~ Vi Eaeet i VASE (variagéio da energia cinética): desprezivel g Logo: Pr (efet) = h (21) Levando (20) e (21) em (15), onde jé se sabe ser desprezivel a variagdo da energia cinética (Vv3/2g — V3/2g = 0), 50 Hman = M=(h= y) (22) Ou, quando h = Hman = M (23) 9 — RENDIMENTOS A CONSIDERAR EM UMA BOMBA. 9,1 — Rendimento hidrdulico. Leva em consideragéo 0 acabamento superficial interno das paredes do rotor e da carcaga da bomba. Representado por: ny :rendimento hidréulico da bomba Hman’ energia absorvida por 1 kg de fluido que atravessa a bomba. Hyp: energia cedida a cada um dos kg de fluido que atravessam a bomba. AH;42 (ou AHp) : energia dissipada no interior da bomba (funcdo do seu acabamento superficial interno). Teremos: Hth = Hman + AHis2 (24) @, por definigSo: eevee eee H = man | TH = i (25) Heh | ou - AH; _,2 7H = Fp = OMe 2g Apa (26) Heh Heh Mostra, assim, a expresso (26) que, quanto maior for AH, 42 (perda de carga no interior da bomba), tanto menor, para o mesmo valor de Hj, (energia cedida}, sera o rendimento hidréulico (m4) da bomba. 9.2 — Rendimento volumétrico. Leva em consideracdo a recirculagdo ¢ o vazamento existente no estojo de gaxetas da bomba. Assim, sendo:

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