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11 DE AGOSTO DE 1958 nas obras de coustrugio civil serdo objecto de regula mento a publicar pelos Ministérios das Obras Publicas © das Corporagées © Previdéncia Social. Art. 2° A fiscalizagio do disposto no regulamento competira & Inspecgio do Trabalho e as ofmaras mu- nicipais. § nico. Nas obras do Estado e dos corpos adminis trativos, 2 fiscalizagio seré da competéncia da Inspec- ‘g20 do Trabalho e dos servigos téenieos de que aquelas obras dependam, ‘Art. 8.° As infracgdes a0 regulamento sero punidas com multa até 10,0008, aplicéveis ao técnico respon- séval da obra, ou, so este nfo estiver nomeado, ao em- preiteiro, ou, nfo havendo empreiteiro, ao dono da obra, § 12 Bm casos de maior gravidade, quando a apli- cagio desta multa se mostrar ineficiente, podertio as obras ser embargadas pelas entidades fiscalizadoras. §2.° Quando a aplicago do disposto no pardgrafo an- terior for motivada por falta imputivel ao téenico res- ponsivel, poderé 0 Ministro das Coxporagdes e Pre- vidéncia Social, sob proposta da entidade fiscalizadora, suspendé-lo do exereicio da profissio por um periodo de dois a vinte © quatro meses. Art 4 Os ‘rabalhadores quo nfo ao eubmetam i+ rescrigdes de seguranga estabelecidas poderdo ser puni- Rosrcom suspensdo de dois a quinze dias de trabalho, ‘Art. 5.° julgamento das infracgGes ao regulamento serd da competéncia dos tribunais do trabalho, sendo icavel aos autos de noticia levantados pelos funcio- nirios da fiscalizagio 0 disposto nos artigos 24.° ¢ se- guintes do Decreto-Lei n.* 37 245, de 27 de Dezembro de 1948. ‘Art. 6° Ninguém poderé ser despedido por ter re- clamade contra a falta de seguranga dos locais de tra- balho, das instalagGes e dos aparelhos ou méquinas ali empregados. : § Wnico. Verificado 0 despedimento por essa causa, © trabalhador tera direito .& indemnizagta fixada no artigo 4. do Decreto-Lei n.* 31280, de 22 de Maio de 1941, Art. 7° 0 Ministro das Corporages © Previdéncia Social poderd estabelecer as condigdes de exercicio da actividade profissional dos trabalhadores da construgio civil, bem como definir os titulos indispensaveis ao mesmo exercicio. Publique-se e cumpra-se como nele se contém. Pagos do Governo da Repiiblica, 11 de Agosto de 1958. — Aasiico Deus Roparoves Txoxaz — Anté- rio do Oligeira Salazar — Marcello, Cactane — Fer nando dos Santos Costa — Joaquim Trigo de Negrei- tos-— Toto de Matos Antunes Varela— Antonio Manuel Pinto Barbosa — Paulo Arsénio Virissimo Cunha — Eduardo de Avante: ¢ Oliveira — Raul Jorge Rodrigues Ventura — Francisco de Paula Leite Pinto — Ulisses Cruz de Aguiar Cortés — Manuel Gomes de Aratijo — “Henrique Veiga de Macedo. Decreto n° 41 821 Considerando 0 exposto no preimbulo do Decreto- -Lei n.* 41 820, desta data, e em observincia do pre- ceituado no artigo 1.* desse diploma, que prevé deve- rem as normas de seguranga no trabalho da construgio vil ser objecto de regulamento a publicar pelos Mi- nistérios das Obras Piblicas e das Conporagdese Pre- vidéneia Social; 851 Usando da faculdade conferida pelo n.* 3.° do ar- tigo 109.* da Constituigio, 0 Governo decreta e eu promulgo o seguinte: Regulamento de Seguranga no Trabalho da Construgio Civil TITULO I Andaimes, plataformas suspensas, passadigos, pranchadas e escadas CAPITULO 1 Andaimes seegio 1 Disposigses gerais Artigo 1." obrigatério o emprego de andaimes nas obras de construgio civil em que os operdrios tenham de trabalhar a mais de 4m do solo ow de qualquer superficie continua que oferega as necessérias condi- Ges de segurange. ‘Art. 2° Os andaimes serdo de madeira, metélicos ou mistos. Art. 3.° Sempre que nfo seja possivel_estabelecer ligagdes eficientes do andaime A construgio, ¢ indis- pensivol a existéncia de duas filas de prumos. 0 afas- tamento entre estas ha-de assegurar ao andaime posigiio independente, considerando mesmo a aegio de forgas eventuais, como @ do vento. ‘Nao 6 permitada a fixagio dos andaimes d cofragem. ‘Art. 4.° Os andaimes de conservagio no podem ser ligados a qualquer ponto das janelas e caixilharia que se encontrem em mau estado ou nio oferegam resis- téncia bastante, : Art. 5.° A construgio, desmontagem ou modificagao de andaimes efectuadas por operirios especial- mente habilitados, sob a direegio de um téonico respon- sével, legalmente’ idéneo. § 12 Nas localidades onde no haja téonicos po- derdo as entidades competentas dispensar a exigéncia da sua intervengio, desile que as condigdes de trabalho garantam a indispensivel seguranga e 0s andaimes no ultrapassem 8m. § 2° Os andaimes de altura superior a 25 m seito reviamente caleulados pelo téonico responsivel, qual- quer que soja o material neles empregado. ‘Art, 6.° Antes da montagem, todas as pegas serio inspeccionadas, elemento por elemento, nao podendo ser utilizadas as que nfo satisfagamn as condigdes deste regulamento. § nico. Em seguida a temporais ou a interrupgdes, a wo por mie didi o anda sed examinndo pelo técnico responsivel antes da sua utilizagio. On sesultedow dos ‘exames earl Tegistades, sob rubrica do téenieo, na folha ou boletim de fiscal zaeko, da obra, presumindo-se que o acto foi omitido se faltar aquele averbamento ou a rubrica correspondente. ‘Art. 7.° Os andaimes serio montados de modo a re- sistirem a uma carga igual ao triplo do peso dos ope- rérios © materiais a suportar. § L? Poderé a fiscalizagio submeter os andaimes aos ensaios de resisténcia que repute neoessérios. § 22 & proibida a acumulagio de pessoas ou de ma- teriais, ma mesma zona do andaime, além do esirita- mente indispensavel aos trabalhos em curso. Art. 8.° A construgio dos andaimes nos cunhais de- veré ser feita com especiais cuidados, em ordem a con. 852 seguir-se completa seguranga dos operérios, bem como uma ligagio perfeita eum travatento Aime. pars © conjunto do andaime. Art. 9.° Os prumos serio travados junto ao solo e, se 0 declive do terreno exceder 30 por cento, fcardo enterrados até & profundidade mfnima de 0,20'm. § tinico. O dono da obra responders pela reposigiio dos pavimentos. Art. 10.* As tébuas de pé sorfio assontes de junta no sentido transversal e imbricadas no sentido longi- tudinal, nunea podendo a sobreposigio ser inferior a 0,35 m. § 1° Quando 0s andaimes forem constitufdos por duas filas de prumos ¢ as tébuas de pé nfo ocuparem todo 0 comprimento das travessas, serio instalados, na zona considerada, guarda-cabegas ¢ guarda-costas com as ca~ racteristicas definidas neste regulamento. § 2.° 0 intervalo entre a parede e a tabua de pé nfo serd superior a 0,45 m. Art. 11° 0 acesso aos diferentes pisos dos andaimes far-se-a por meio de pranchadas ou escadas com as ca- racteristicas rogulamentares. Art. 12.* Quando se trate de construgdes com estru- turas moldadas no préprio local ou pré-fabricadas, que exijam andaimes diferentes do tipo usual, os servigos de inspecgdio podem relevar a inobservancia dos precei- tos regulamentares correspondentes, desde que se veri- fiquem requisitos de seguranca idénticos ‘Art. 13. Nao é permitida a utilizagio dos andaimes durante os temporais que comprometam a sua estabilie dade ou a seguranga do pessoal. Art. 14° transporte manual de materiais nos an- @aimes, pranchadas e escadas: de acesso s6 poderé ser efectuado por operirios do sexo masoulino com mais, de 16 anos de idade. A carga e a altura nfo podem ex- coiler, respectivamente, 30 kg © 9 m. snogio Andaimes de madeira supszogto 1 Materiats Art. 15.° As madeiras a empregar nos andaimes de- vem estar completamente descascadas e em bom estado de conservagio e ter arestas vivas e fibras direitas ¢ paralelas ao eixo de cada pega. A pintura e 0 tratamento das madeiras nfo poderio encobrir os defeitos destas. § 1.° As pegas sero de seogto bem definida e igual em todo 0 seu comprimento. § 2." Excepto nas polés e travessanhos, poderio ser tolerados nés de diametro inferior a 0,010 m, desde que sejam sios, bem aderentes e nio agrupados. $8" Nao é permitido 0 uso de madeizas com nés gue possam diminuir a resisténeia mecdnica das pe- gas. Art. 16° A uniiio dos elementos que compdem 0 an- daime s6 pode ser feita por meio de parafusos de ferz0, com anilhas ¢ porcas, § inico. Poderdo, todavia, ser sregados os guarda- costas, guarda-cabegas ¢ tabuas do pe s le pé. sunszogio Constenglo © oarscteristoas Art. 17. 0 afastamento méximo dos prumos seré de 2m nos andaimes de construgio e de 2,9 :m nos de con servagiio. 1 SERIE — NOMBRO 175 Art. 18.° Nas jungdes, os prumos tém de topejar ser ligados por empalmes ou talas, observando-se 0 5 guinte: @) Os empalmes ou talas serio duplos © de secgiio igual e medirto cada um 0,80 m, nfo podendo a soma das seogdes ser inferior a dos prumos. b) A junta ficaré a meio dos empaimes, e estes serio fixados com dois parafusos por prumo (quatro por cada par’ 0) Os parafusos estardo afastados 0,20 m entre sie 08 dos extremos distardo 0,10 m do topo dos empalmes. § tinico. Poderdo ser utilizados empalmes metalioo: desde que garantam condigdes de seguranga nfo infe- riores ais dos de madeira. Art. 19° O travamento dos prumos junto ao solo far-se-4 por meio de varas on de costaneiras. A ligagdo de vara a vara seré feita com doi fusos, afastados 0,15 m pelo menos, e a distancia do yrumo ao parafuso mais préximo n&o poderé cer i Ferior a 0,00 m. § tinico. Quando 0 terreno tiver declive superior a 0,30 m por metro, no 6 permitido o emprego de costa- neiras ¢ a secgio das varas nfo poderé ser inferior 0,06 mx 0,07 m, Art. 20." Quando se apliquem travessanhos, a extre- ridade que, for aparafusada, ao prume também se spoiaré na tébua do travessanho; esta, por sua ver, ficaré aparafusada a6 prumo polo lado’ de dentro. Art. 21° As tabuas de pé serio, pelo menos, em mi mero de quatro nos andaimes de construgio e de duas nos andaimes de conservagio. § timico. Nos casos em que 0 tipo da obra o justifique, podem 0s servigos de inspecgio autorizar, por escrito, que nos andaimes de construgio haja menos de quatro tabuas de pé Art, 22." Para garantia da solides dos andaimes, colo- car-se-io sempre travessas ou diagonais de contraven- tamonto. Art, 23. E obrigatéria a aplicagio de guarda-costas, ue deverio ser pregados sdlidamente As faces interiores dos prumos, a 0,90 m da cada plataforma do andaime. ‘Art. 24.°' Para impedir a queda de materiais ¢ uten- silios, hnvera tdbuas guarda-cabegas, que serio prega- das por forma indéntica a dos guarda-costas. “Art. 25." As pegas dos andaimes de madeira terfo as seegdes minimas constantes da tabela seguinte costae | eoteraate Ba contain .[16><8 | 10>8 wxs | [piesa fo . =" | S25 Tabass de'pé cfaaxa_ | idea" ‘Pravoseas ou diagonals. <2 2112212 38x25 | 16225, Guarda-costas . - Cli) adea | 14525 Guarda-cabogas * > DLT! 1) sade9 | asa, Empalmes. ss 022002211. 1fs638a | 105<35 | 3,20 10 ‘Som cousietdacia. 5516 | Pranchada) 3015 | 130 | 10%<1 | 30 80 szopio = Passadigos para veiculos Art. 73.° Os passadigos para veiculos poderio ser objesto do estritura propria ou executados directa: mente sobre o terreno. Em qualquer das hipéteses, tordo a largura minima de 3,60, devendo os bordos late- ais ser guamnecidos silidamente por uma fila de bar- rotes § inico, Se a inclinaggo for acentuada ¢ houver ne- eessidade de o vefoulo estacionar na rampa, as rodas traseiras serio bloqueadas por meio de cunha com cabo resistente. seogio ur Eacadas Art. 74.* O desnivel méximo a vencer por um tramo inico de escadas auxiliares, de qualquer tipo, é de 6m. No cimo de cada tramo, haveré uma plataforma com corrimio © guarda-cabeqas. ‘Art. 75. Na abertura de trincheires haverd, pelo menos, uma escada de mio em cada trogo de 19 m, 1 qual sairé 0,90 m para fora da borda superior. sropio rv ‘Macacos Art. 76.° Os macacos a empregar nas entivagies (ge- _ralmente de parafuso) satisfario as seguintes exigén- cis: ‘a) Serem adequados ao fim a que s0 destinam; 2) Estarem eempro em boas condigées de funcion mento; § 1. Os macacos sario examinados, com frequéncia, 2 As cargas a suportar pelos macacos sero bem 1 operdirios idéneos. : itido 0 trabalho debaixo de qual- ré confiado ssmento ¢) Serem utilizados ¢ conservados de acordo com a8 inatragies dos respectivos fabricantes, pessoa competente e, bem assim, antes da sua uti- io apés grandes periodos de repouso. contradas. § 8° 0 manejo dos macacos Nao 6 permit quer objecto suportado-apenas por macacos. seogio v Escavadoras mecinicas Art. 771 As escavadoras mecinicas, qualquer que seja.o seu tipo (de baldes, de colher ou de garras, etc.), meio de acoionamento (a vapor, electricidade, ar com- primido ou afta ots.) © proceso de destoagto (cari agartas, etc.), satisfardo aos seguintes requisitos m{- nimos: a) Serem apropriadas para o género de escavagio 8: gue to destinam; )) Funcionarem sempre em boas condigs 0) Serem utilizadas ¢ conservadas segundo as ins- trugdes dos respectivos fabricantes. § L As escavadoras mecinicas serio examinadas com frequéncia por pessoa competente, especialmente depois de periodos grandes de repouso, mio podendo ser postas em servigo antes de supridas as deficiéncias quo 0 exame revelar. § 22 As escavadoras mecinicas 86 poderiio ser con- duzidas. por maquinistas © operérios habilitados, dis- pondo de um sistema de sinslizagio eficiente. § 82 Quando as escavadoras mecdnicas estiverem em funcionamento, 6 proibida a aproximagio de qualquer pessoa estranha a0 servigo. ‘CAPITULO UT Normas de trabalho Art, 78. Durante as escavagdes em que sejam utili- zados pis, picaretas, percutores outras ferramentas semelhantes, os operdrios deverio manter entre si a dis- tincia minima de 3,6 m, para evitar lesdes. ‘Art. 79.° Os produtos’ de escavaggo nfo podem ser epostadoe a monos do 0,60 m do bordo riperior do talude. § nico. Ao longo do bordo superior do talude fixar- sed uma prancha de madeira, como resguardo, para evitar que os materiais rolem para a3 zonas escavadas ‘Art. 80° Quando para a construgio de muros de porte ou de qualquer outro tipo de construgio se hajam utilizado cortinas de estacas-pranchas ow outros ele- mentos auxiliares, no podem os mesmos ser removidos dos seus lugares enquanto as ditas construgies néo ati girem a resisténcia necesséria para o fim a que se des- tinam, ‘Art, B1.? Antes do se executarem escavagdes préximas de muros ou paredes de edificios, deve verificar-se essas escavagées poderio afectar a sua estabilidade. Na hipétese afirmativa, serio adoptados processos eficazes, como escoramento ou recalgamento, para garantir a es- tabilidade. § vinico. Os trabalhos referidos no corpo deste artigo serdo orientados © examinados por pessoa competente. ‘Art 02° Dopois de femporais ou de qualquer outra ocorréncia susceptivel de afectar as condigdes de segu- 11 DE AGOSTO DE 1958 ranga estabelecidas, os trabalhos de eseavagdo 86 po- derio continuar depois de uma inspecgio geral, que abranja os elementos de proteogo dos trabalhadores e CAPITULO IV Protecgio do 2) seogko 1 Sinalizagao Art. 83.° O transite de podes e veioulos deveré ser orientado por meio de sistemas adequados de sinalizagio que oferegam completa seguranca. § 1+ Bm todas as entradas e saidas de camides haveré sinais de prevengio, devendo as manobras destes vei- culos ser dirigidas por um sinaleiro, que, simultinea- mente, advertiré 0 priblico. , § 2. Durante a noite, a sinalizagio far-se-& por meio de sinais luminosos vermelhos, ¢ 05 passadigos destina- dos ao publica deverio ser convenientemente ilumminado '§. 82 Nas trincheiras, os sinais Iuminosos vermelhos serio colocados ao longo das barreiras de proteogio, seegio 11 Passadigos e barreiras Art. 84° Sempre que as escavagies impegam ou di- ficultem a normal passagem do piiblico, serdo instalados passadigos provisérios até quo se restabelega a norma- Tidade. §,1L° Na construgio dos pas de madeira, ter-se-é em conta o seguinte: a) A largura deve estar de acordo com o movimento de pessoas; . ') Dever oferecer estabilidade suficiente © ter os ados protegidos com oorrimao; ) Serio mantidos livres de quaisquer obsticulos; d) Se forem executados com pranchas, estas serio de espessura uniforme e ligadas entre si para evitar tropagos ¢ deslocamentos. § 2 Quando a inclinagio o aconseliie, os passadigos serio constituidos por degraus de pranchas sobre bar- rotes robustos ou por rampas com travessns antiescor- regamento, espagadas umas das outras no méximo de 0,40 m. ‘Art. 85.° Os trabalhos de escavagio devem ficar iso- lados do piiblieo por meio de barreirs protectoras, ra- roavelmente afastadas dos bordos. ‘TITULO VI Aparelhos olevatérios OAPITULO T Disposigdes gerais Ast, 86° Os elementos de estruturn, mecanismo fixagio de que se compdem os guindastes, guinchos, ta- thas, cadernais, roldanas e outros engenhos elevatdrios deverio ser de boa construgio meciinica e de materiais apropriados, sélidos, resistentes, isentos de defeitos © mantidos permanentomente em estado impecivel de conservagao e funcionamento. ; § nico. 0 téenico responsivel examinaré os referidos elementos quando forem instalados e, wlteriormente, pelo menos uma ver. por semana. ‘A estes exames aplica-se o disposto na segunda parte do § nico do artigo 6.° ‘Art. 87." Em cada aparelho elevatério figuraré por forma bem visivel a carga méxima admitida, diserimi- 857 nando-se, quanto aos guindastes de langa mével, as carges maximas nos diferentes aleances da langa. § tinico. Prevendo-se que determinada carga atinja © peso itil admissivel, ser préviamente ensaiada, com elevagdo a pequene altura, para verificar se 0 aparelho a suporta plenamente. Art. 88.° Os motores, engrenagens, transmissies, oon- autores eléctricos © outras partes perigosas serio pro- Yidos de dispositivos eficazes de proteogio, que ni podem ser retirados durante o funcionamento. § ‘inioo. Quando houver necessidade de os retirar, seriio repostos tio depressa quanto possivel, no podendo a maquina ou aparelho entrar em servigo antes de efectuada a reposigio. Art. 89.° Adoptar-se-io todas as disposigées conve nientes para salvaguardar a seguranga das pessoas on- carregadas do veriicagio e lubrifcagto dos guindastes ‘Art, 90°°0s_condutores de guindastes ¢ aparelhos temelhantes,devem dispor do uma’ cabina ou posto de comando coberto, que garanta completa seguranga e perfelta visibilidade. ae Art. 91.° Nenhum condutor pode abandonar 0 apa- relho que manobra estando a carga suspensa. Art. 92.° Nao 6 permitido o transporte de qualquer pessoa por meio de guindastes, excepto na cabina do condutor, nem nos clevadores para catros de mio ou para argamass 5 Art. $3.° Os recipientes destinados a igar tijolos, te- Thas ou outros materiais devem ser vedados de ma- neira que nenhum dos objectos transportados possa § 1? Os estrados destinados a igar ou a arrear mate- riais soltos ow carros de mio carregados serio guar- necidos de protecgdes adequadas. § 2.° Os materiais teréo do ser igados, arriados ou removidos de modo a exitar choques bruscos. ‘Art. $4." Utilizandosse pans de carga, serdo estes sdlidamente espiados por meio de cordas ou cabos, que niio podem ser fixados ao andaime. Art. 95.° O igamento de cargas junto de locais de circulagio habitual de pessoas seré feito em recintos resguardados. Se o volume da carga ou outro motivo atendivel impedirem a aplicagio desta regra, cumpriré 205 interessados providenciar para que a cireulagao ja, desviads ow interrompida pelo tempo indispen- sive Art. 96.° Serio usadas as necessérias precaugdes para que, a0 igar e arriar, a carga nio va‘embater em qusl- quer obstéculo. 5 Art. 97° Os condutores de aparelhos elevatérios serko aperscios especializados, com a idade minima do 18 anos. CAPITULO IL Melos de suspensio © fixagio Art. 98.° Os cabos © qualquer outro meio de suspen siio utilizados para igar ou arriar materiais devem ofe- recer ampla margem de resisténcia e encontrar-se sem- pre em perfeito estado de conservagio. © seu comprimento tem de ser suficiente para que, na méxima posiggo de trabalho, fiquem ainda duas voltas no tambo: ‘Art. 99.° O didmetro das roldanas e dos tambores em. quo girem eabos metdlicos nfo pode ser inferfor a qua- trocentas vezes 0 didmetro dos fios que constituem 0 cabo, exoluida a ealman do cabo ‘Art. 100.° Se os tambores e 6s guinchos forem de gomes, o raio destes seré igual ou pouco superior ao do cabo. O passo dos gornes nunca seré menor do que o dikmetzo do: cabo. : 858 Art, 101.° Os tambores dos guinchos estardo providos de guias que impegam a fuga dos cabos. ‘Art. 102.* Nos gornes do tambor ou na gola da rol- dana nifo podem ser usados cabos de didmetro superior 20 patso doe prineiros ou largura da sogunda, Art. 108° Os cabos metélieos serfo calculados de forma que tenham pelo menos um coeficiente de se- guranga de 6 em relagdo & carga maxima. ‘A sua resisténcia serd determinada supondo og cabos apenas submetidos & forga de tracgio. ‘Art, 104.° Nos trabalhos de igar ou arriar cargas nfo se empregaré qualquer corrente ou cabo metélico com Art. 105.* Os cabos ¢ correntes dos aparelhos eleva- térios, incluindo os que servem para a suspensio das langas méveis dos eguindastes derrick», devem ser fixa- dos aos tambores dos guindastes ou dos guinchos por forma segura e de modo que nio corram 0 risco de se- rem cortados. Art. 106.° Seré bastante resistente e adequada ao fim em vista qualquer ligagio ‘ou unio proviséria de cabos, correntes © de outros dispositives aplicados na montage ou desmontagem do guindastes. ‘Art. 107 As correntes, talhas e quaisquer argolas ow ganchos para igar ou arriar materiais ou emprega- dos como meio de suspensio devem ser préviamente ensaiados e ter inscritas, de forma bem legivel, as indi- gagdes de carga vil edumissivel ¢ 0 marca do ident. cagio. ‘Art. 108° A no ser para efeitos de ensaio superior- mente fiscalizado, nenhum elemento de fixagio ou sis- pensio pode ser submetido a esforgos que excedam a ‘carga itil admissivel. Art. 100.° Os genchos para igar ou arriar materiais estardo munidos de um dispositive oficiente que evite 0 desprendimento da lingada ou da carga. § tinico. Serio boleadas as partes dos ganchos que possam entrar em contacto com os cabos, cordas ou cor rentes. Art, 110° Quando sejam utilizadas lingadas duplas ou miltiplas, as extremidades cuperiores das lingas devem ser reunidas por meio de uma argola e no meti- das separadamente no egatos. § tinico. Esta presorigdo nfo é obrigatéria se a carga total nio atingir metade da wtil admitida pelo «gato e se, além disso, a pernas da linga formarem um ingulo inferior a 60°. Art. 111 Ao igar ou arriar objectos volumosos, a carga méxima da lingada seré determinada em fungio da Tessténcia © também da inclinagio dos estropos ou iingas. Nenhum estropo ou linga poderd estar em contacto com arestas vivas das estroncas ou das eargas. Art. 112° O téenico responsivel da obra examinaré frequentemente os cabos, correntes, lingas ou estropos e outros acessérios de aparelhos elevatérios. E aplicével a estes exames o disposto na segunda parte do § xinico do artigo 6.° ‘GAPITULO Ir Freios e dispositivos de travagem Art, 113.2 Os guinchos, sarilhos e talhas serio pro- vidos de um ou varios freios eficazes, bem como de gusiaquor outros dgpostivos de sagurange que a6 tor nom necessirios para evitar a queda das cargas. ‘Art. 114° Aplicar-se-& um dispositive de travagem apropriado no tambor dos guindastos de langa. mével ena alavanca de comando dos sarilhos e talhas. ‘Art. 115° Nos aparelhos clevatérios accionados a vapor, a alavanca das mudangas de marcha teré um travio por meio de mola. I SERIE — NUMERO 175 CAPITULO IV Guindastes swopio x Disposig6es gerais Art. 116° Nao pode ser posto em servigo qualquer guindaste sem o certificado de exame e ensaio, a passar pela autoridade competente e com especificagio das car- 8s titeis admissiveis nos diferentes aleances da langa. § tinico. Os exames e ensaios repetir-se-ao regul: mento dentro do prazo estabelecido no ultimo certifi- cado ¢ em seguida & montagem ou a qualquer reparagio importante do guindaste. Art. 117 A carga titil edmissivel, especificada para cada aleance da lange no certifieado mais recente, nio deve exceder 80 por cento da carga maxima que o guin- daste tenha suportado nesse alcance, durante 0 ensaio, @ nunca ultrapassaré a carga méxima declarada pelo fabricante. Act. 118.° A amarragio dos guindastes deve ser en- saiada submetendo-se cada uma das amarras 20 esforgo méximo de arrangue ou tracgio, quer por meio de uma carga que ultrapasse em 25 por cento a carga méxima a elevar pelo guindaste, tal como esté instalado, quer por meio de carga mais pequena disposta de forma a exigir um esforgo equivalente. Art. 119° Nenhum guindaste de longa mével pode ser usado sem estar provido do indicador automation que mostre claramente ao condutor a aproximagio dos limites de carga ttil para os diversos aleances da langa. Se algum maximo for excedido, o aparelho indicador doverd emitir logo um sinal automético de alarme, de som caracteristico ¢ intensidade suficiente. § ‘nico. O disposto neste artigo no se aplica aos eguindastes derrick» com ovéns, aos guindastes ma- nuaie dnicamente empragados ns’ montagom © desmon- tagem de outro guindaste, nem aqueles cuja carga’ mé- Sine admissivel mao ultrapeste 1000 kg. ‘Nestes casos seré afixado no guindaste um quadro indicative das cargas wteis admissiveis em todos os aleances da langa. Art, 120.° Em condigdes normais de trabalho, haveré ‘um observador para dar ao condutor do guindaste 08 sinais indispensaveis manobra. Art. 121." Nao sendo possivel ao condutor ver a carga em todas as posigdes, serio colocados win ou mais observadores, de modo que a vigiem em todo o per- curso e déem aquele os sinais necessérios. Art, 122." Os sinais devem ser bem definidos para cada espécie de manobra e tais que a pessoa a quem te destinamn og veja e interprete facilmente. Os sinais principais so 0s seguintes, a realizar com © brago direito completamente estendido: Tear: mio fechada, com 0 polegar voltado para Arriar: mio fecheda, com o polegar voltado para baixo; Parar: mio aberta, com a palma voltada para condutar. § tinico. Os condutores siio responsiveis pelo rigoroso acataminto dos sinais. Art. 123." Durante 0 funcionamento do guindaste, tomar-se-do todas as providéneias necessérias para im- pedir que alguém estacione ou circule onde possa ser stingido tanio pela carga como por qualquer pega do aparelho. ‘Art. 124° Sendo necessério empregar simultanes~ mente mais de um guindaste ou guincho para igar ou 11 DE AGOSTO DE 1958 arriar uma carga, as méquinas, as instalagies e o3 apa- relhos a utilizar ‘serio dispostos e fixados de maneira fal que nenhum deles, om qualguer momento, tenho de suportar carga superior & vitil admissivel ou soja colocado em posigZo de instabilidade. § tinico, A manobra conjunta dos aparclhos seré executada sob a responsabilidade dum técnico. Art. 125." As plataformas dos guindastes hao-de o recer a necesséria seguranga, atendendo & altura, posi- io, eapacidade de carga ¢ poténeia do guindaste. ‘Act, 126° A plataforma de qualquer guindaste teré piso de madeira ou de chapa de ferro, gradeamento de proteogiio e meios seguros de acesso. 0 condutor, a péssoa encarregada de fazer os sinais e, tratando-se de eguindastes derrick» com ovéns, 0 ope- rador do mecanismo rotativo disporio, na plataforma, de espago suficiente. Art. 127.° Os guindastes s6 podem sér empregados para igar ou arriar cargas verticalmente, salvo nos ca- 808 em que a sua estabilidade nao soja afectada, seopio 1 Guindastes fixos indastes fixos serZo lastrados_por meio de carga suficiente e sdlidamente presa ou eficaz- mente imobilizados por outro processo. § tinico. No caso de estabilizagio por meio de lastro, sord'afizado na cabina de manobra do guindaste um diagrama indicando a posigio e o valor do contrapeso. Art. 128.° Os seogio mr Guindastes méveis Art. 129" Os carris em que se movani guindastes hao-de ter secgio suficiente e superficie de rolamento continua; sero ligados por meio de barretas e fixados firmemente As travessas, a menos que outras providén- cias adoptadas assegurem a ligagio e evitem variagdes sensiveis do seu afastamento. § tinico. Havers um dispositive para fixagio do guin-, daste ao carril da via de rolamento. Art, 180.° As vias de apoio dos guindastes méveis serio bem assentes sobre suportes em bom estado e com & necessiria resistincia.e terio calgos ou esperas nas extremidades dos carris ‘Art. 131.° Deve ser prevista uma passagem nas pla- taformas, estruturas ou apoios, que fique o mais livre possivel em todas as posigdes do guindaste e tenha, pelo menos, a largura de 0,60 m entre as partes méveis deste © as partes fixas ou 0 bordo das plataformas, estru- turas ou apoios. § tinico. Serdo tomadas as providéncias neces para impedir 0 acesso de pessoas a qualquer ponto onde nfo for possivel manter livre a largura indicada no corpo do artigo. Art. 182.* Sempre que os ovéns méveis de um «guin- daste derricks no possam ser fixados a distancia apro- ximadamente igual entre si, devem tomar-se medidas fara garantir a seguranga do guindaste. PMAarts 133.7 O aloance miximo.da lange de um «guin- daste derrick» deve ser claramente indicado no préprio guindaste, : § sinico. B aplicavel o disposto no artigo 98." & qua- Iidade e a0 comprimento do eabo que serve para regu- lar o aleance da langa. CAPITULO V Monta-cargas Art. 184.° Os monta-cargas destinam-se normalmente go transporte de materiais. 859 § tinieo. A sua utilizagio no transporte de pessoas 86 © permitida em algum dos oasos seguintes: 1)_ Quando satisfagam As disposigées rogulamentares previstas para a instalagio ¢ funcionamento dos ascen- sores para pessoas; . 2) Quando houver consentimento escrito da autori- dade competente. Art, 135." exame ¢ o ensaio dos monta-cargas serio renovados nos termos estabelecides no § nico do ar- tigo 116.° para os guindastes. ‘Art. 136.* Sexo afixadas, de forma bem visivel e em caracteres facilmente legiveis, as seguintes indioagd a) Em todos os monta-cargas: No estrado ¢ no guincho: a carga maxima, expressa ‘em quilogramas ou em toneladas. b) Nos monta-cargas com certificado ou autorizagio para o transporte de pessoa: No estrado ou na cabina: o niimero méximo de pes- soas que podem ser transportadas de cada vez. § tinico. Em todos os locais de acesso aos monta-car- gas destinados exclusivamente ao transporte de mate- Tiais sera afixado o distico: «Monta-cargas. Proibido © transporte de pessoas». g Art. 137.* Os monta-oargas devem reunir os seguintes requisites: @) O estrado seré construido de forma a garantir toda a segaranga e, se for necessario, teré guardas b) As guias serio suficientemente rigidas para nto flectirem e devem oferecer resisténcia bastante a0 ¥ rejamento, no caso de eventual paragem brusca do es- trado; 2) As caixas ou pogos devem estar protegidos, em todos os niveis de trabalho, com excepgio dos acessos, Bor ieipais de 1,80 m de altura ow por outra vedagt® le eficdcia equivalente; 4) 0 contrapeso mover-se-é entre guias; e, se for constituido por varias pogas, estas terio de ser esp. cialmente construidas para esse fim e ligadas umas as outras de modo seguro; €) Qs acessos serio convenientemente iluminados e protegidos por portas ou outras vedagdes equivalente com a altura minima de 1m, e dispositivos que as con servem fechadas durante o movimento do monta-cargas § tinico. O movimento do monta-cargas mio pide ser comandado do respectivo estrado, Art, 138.° Além de corresponderem as regras do ar tigo 98.*, todos os cabos de suspensio hio-de garantir, pele menos, um conficiente de seguranga de 8 em ze. Iago A carga méxima: § tinico, Nao podem utilizar-se cabos acrescentados. Art. 139.° As extremidades dos cabos de suspensio devem estar fixadas ao estado por uma costura, com ligago sélida em fos de ago ou por qualquer outro processo equivalente. § Unico. A fixaglio do cabo ao tambor deve ser feita por forma adequada e segura Art. 140.° Os tambores devem estar munidos de res- guardos laterais que impegam os cabos de se escaparom. Art. 141.° Quando se fizer uso de dois ou mais eabos de suspensio, a carga deve ser repartida igualmente por meio de dispositive adequado. Art. 142° As vagonetas transportadas em monta- ~cargas serio imobilizadas no estrado, em posigio que oferega toda a seguranga. Art. 143.° 0 didmetro dos cabos, nos tambores de gomes, seré inferior 20 passo ¢ igual ou inferior ao rmetro dos gornes. Art. 144.° O didmetro das roldanas ou dos tambores, nio pode ser inferior a quatrocentas vezes o didmetro dos fios que formam o cabo. 860 I SERIE — NOMERO 175 Art. 145° Nao podendo 0 condutor ver o estrado em todo seu percurso, colocar-se-a, em local apropriado, um observador responsiyel que The transmita os sinais necessdrios. . ‘Art. 146." Quando 0 estrado estiver parado, o travio deve ficar aplicado automiticamente. § tinico. Durante a carga ¢ descarga, a imobiliza- go do estrado deve, além disso, estar assegurada por meio de calgos ou outros dispositives andlogos. ‘Art. 147" No deve ser possivel inverter 0 sentido de mayeha, go monta-cargas som passar por uma po- sigdo de para ‘Art. 148° Nao 6 permitido o emprogo do rodas de roquets a que tenha de se soltar o linguete para 0 estrado poder descer. ‘Art. 149. Os monta-cargas terio interruptores de fim de curso, que fagam eessar automiticamente a mar- ‘cha logo que o estrado atinja o ponto superior de para~ gem. Acima deste ponto, haveré um espago livre, de altura suficiente, para, em caso de avaria do interrup- tor, permitir a continuago da marcha. TITULO VIL Equipamento de protecgdo e primeiros socorros OAPETULO 1 Equipamento de proteorio Art. 160." A entidade patronal deve pér a disposi- 80 dos operérios os cintos de seguranga, méscaras @ Soules de protecgio que forem nevessérios. § nico. Os operdrios utilizardo obrigatoriamente es- tes meios de proteogio sempre que 0 téenico responsi- vel ou a entidade patronal assim 0 prescrevam. “oaprruLo Melos de salvagio ‘Art. 161° Quando 08 trabalhos se realizarem junto de lugares em que haja risco de derrocada, incéndio ou afogamento, haveré no local de trabalho, em condiges de utilizagio imediata, o necessario material de: sal- vamento. Além disso, serio tomadas todas as providén- cias para o pronto socorro de qualquer pessoa em pe- rigo. . TITULO VIIL Disposig6es gerais, Art. 152.° Este regulamento seré distribuido aos industriais e aos operdrios da construggo civil por in- termédio dos organismos corporativos que 03 represen- tam, sem prejnizo de aoglo a desenvalver om cumpri- mento da Lei n.* 2085, de 17 de Agosto de 1956, na arte que interessa & prevengio dos acidentes de tra- Patho @ das doenges profissionais. Nos locais de trabalho, serd afixado o texto das disposigdes deste regulamento que mais directa- monte interessem & defesa © protecgdo dos trabalhado- res que neles prestem servigo. Art. 154.° Os operdrios cumpririo as prescrigies de seguranga respeitantes ao seu trabalho, quer estabele- cidas pele egislagio aplicavel, quer concrataments de- terminadas pela entidade que os dirigi ‘Art. 155." O pessoal das obras tomar as precan necessérias em ordem & seguranca propria ou alheia, abstendo-se de quaisquer actos que originem situagies de perigo. : ‘Art. 156." Aquele gue verifique alguma deficiéncia susveptivel de provocar acidente tem obrigagio de a remediar prontamente ou prevenir sem demora quem possa tomar as necessérias. providéncias. Art. 167° Os meios de acesso aos locais de trabalho devem garantir toda a seguranga. Art, 168° Nenhum operério pode utilizar, para ati Grou abandonar qualquer Lugar de, trabilho, meior iferentes dos estabelecidos pela entidade patronal ou pelo encarregado da obra. ‘Art. 169." Ficando colocados a mais de 3,50 m de altura materiais ¢ utensilios que possam eair e atingir alguém, soré construfda uma cobertura de protecgio ou adoptada outra modida eficaz. ‘Art. 160," O material dos andaimes, as pegas das mé- quinas © quaisquer outros objectos serio arriados com cuidado ¢ nunca anremessados directamente. Art. 161." Os estaleiros © outros locais de trabalho onde entrem pessoas, ¢ todos os lugares”de acoss0, sero convenientemente iluminados. § nico. Tornando-se mecossério, instalar-se-é ilumi- nagio especial nas zonas dos andaimes ou das constra- ges em que os materiais sejam igados. Art, 162° Durante a realizagio de obras de constru- gio civil, serio tomados os cuidados necessérios para evitar que o9 operirios contactem com condutores ou aparelhos eléctricos de qualquer tensio. Art. 163.° Nao 6 permitida a utilizagio nem a arru- magdo de madeiras com pregos salientes. A arrumagio em depésito 6 sempre obrigatéria rel tivamente as pegas que nio estejam em servigo e serd feita de modo que nio oferega perigo. Art. 164.° Sem autorizagio do responsivel da obra, ninguém pode alterar, deslocar, retirar, desarmar ou destruir as instalagdes © dispositivos de seguranga pres- critos no presente regulamento. Art, 166+ Sem prejuizo dos comunicagies impostas pela legislaggo em vigor sobre acidentes de trabalho, © téonico responsavel, o empreiteiro ou 0 proprietério, conforme os casos, participario, no prazo de vinte ¢ quatro horas, qualquer acidente que obrigue a vitima 1 interromper o trabalho. A participagio sera feita as entidades fiscalizadoras. “Art:-166.° Se do acidente resultar morte ou lesies graves, as ontidades competentes realizarvio, com ur géncia, inquérito sumério sobre as causas do acidente, lavrando 0 respective auto. § tinico. Sem prejuizo da assisténcia a: prestar -as vitimas, o participante do acidente suspendera, nestes casos, qualquer trabalho susceptivel de destruir ou alterar os vestigios deixados. TITULO IX Fiscalizagao Art. 167.° A fiscalizagiio do disposto neste regula- aento compete & Tnapechto Jo rabulho ois ebteates munieipas. § tinico. Nas obras do Estado e dos corpos admi- strativos a fscalizagio sera. da: competénols da Tas. peogio do Trabalho e dos servigos técnloos de que aq Revobras depeadam. ‘Art. 168.° Os funcionérios da fiscalizagio devem fexereer uma aogio no apenas repressiva, mas predo- minantemente educativa e orientadora, __ Art, 169.* Em caso algum poderd ser diffcultada ou impedide a ae as obras 008 Soeene C a calbeagio e, hem assim, o sea seesso a qualquer lod de trabalho. ae Os donos, empreiteires e técnicos so obrigados a prestar os esclarecimentos ¢ a exibir os documentos que por aqueles Ihes forem exigidos. ‘Art. 176° Nao podem aceitat, sob pretexto algum, teabafhe partioulat para projectos e obras de ons. ttugle civ os fincionarios que interveniam, por qual: quer forma, na sua fiscalizagto. 11 DE AGOSTO DE 1958 TITULO X Disposicdes venais Art, 171.* Sem prejuizo de quaisquer outras sangbes de caricter penal aplicaveis nem das indemnizagves a que possa dar lugar, a transgressfio das disposigées deste regulamenio seré punida nos termos seguintes: a) Com multa de 200 a 500$, a dos artigos 5.°; 72, § 29; 48° sou § tinico; 1", § 2.%; 62°, § 1 64.9565, 5 83.", SF 1" © 2. 4) Com multa de 200$ a 5008, por pessoa em rela- G0 & qual se verifique a transgressio, a dos artigos 14.°; 440, $28; 55.2, §§ Le 22; 6025 76.%, § 3.°5 © 92%; 2) Com mulis de 5008 a 2.0008, a dos preceitos nao mencionados nas alineas’ anteriores. ‘Art. 172.* O trabalhador que violar o preceituado nos artigos 154.", 165.*, 156.*, 158. e 164.° sera pu- nido com euspensio de dois a quinze dias de trabalho. ‘Art. 173° Em caso de reincidéncia pela primeira ‘ver, 08 limites das multas sero agravados para o do- bro; nas eincidéncids subsequentes, a mula nfo po- derd ser inferior a0 limite méximo da aplicével pela primeira reincidéncia, § nico. A suspensto referida no artigo 172.° nio seré inferior a dois tergos ow a totalidade da sua du- Tago méxima, conforme se trate-da primeira ou das refncidéncias seguintes. ‘Art. 174 As multas so apliciveis 20 técnica res- ponsivel da obra; se este nio tiver sido nomeado, a0 émpreiteiro; nao’ havendo empreiteiro, a0 dono’ da obra. ‘Art. 175.2 Compete aos tribunais do trabalho o jul- gamento das transgressies a0s preceitos deste regula- tnento, sendo aplicdvel aos autos de noticia levantados pelos funcionarios da fiscalizagio 0 disposto nos arti- 08 24.° e seguintes do Decreto-Lei n.* 37 245, de 27 de jexombro de 1948. ‘Art. 176.° Em caso de autuagéo, ¢ independente- mente do. normal prosseguimento do auto, notificar-se-é 0 técnica responsivel, o empreiteito ou o dono da obra, 861 consoante 0$ casos, para suprir, dentro de prazo certo, te deficitncias encontradas. 7 § tinico. A falta de cumprimento, dentro do prazo sxiabelecid, por parte do notifcado, punida com multa igual & anterformente imposta, multiplicada pelo coufciente 20, nie podendo exceder'10.0008. Art. 1772 Him ensos de maior gravidade, ¢ quando a aplicaggo das ‘multas previstas no artigo anterior se mostrar ineficiente, podera a obra ser embargada por earie eecer pare aaa § nico. A entidade que haja ordenado o embargo pode autorizar @ continuagio da obra, desde que te- tham cessado as razies daquela providéncia. Art, 178.° Quando @ aplicagio do disposto no artigo anterior for motivada por falta imputdvel ao téonico responsivel, poderé o Ministro das Corporagées e Pre- vidEncia Social, sob proposta da entidade fiscalizadora, suspendé-lo do exercicio da profissdo por um periodo de dois a vinte © quatro meses. TITULO XI Disposigées finais e transitérias ‘Art. 179.* Ninguém pode ser despedido por ter recla- mado contra a falta de segurange dos locais de trebalho, das instalages © dos aparelhos ow méquinas ali empre- gados. § Yinico. Verificado 0 despedimento por essa cause, o traballiador teré direito a indemnizagio fixada no artigo 4.° do Decreto-Lei n.° 31 280, de 22 de Maio de 1941, ‘Art, 180.* Nas obras om curso, serdo obrigatiria- mento adoptadas as regras agora presoritas para todas as instalag6es, maquinas, aparelhos ¢ demais elementos de trabalho, no prazo maximo de seis moses. Publique-se © cumpra-se como nele ce contém. Pagos do Governo da Republica, 11 de Agosto de 1958. — Auémico Deus Ropeicuzs Txouaz — Anto- nio de Oliveira Salazar — Henrique Veiga de Macedo. 864 I SERIE — NOMERO 115 MINISTERIO DO ULTRAMAR Direcglo-Geral de Fazenda 1? Repattgio Portaria n° 16 821 * Manda o Governo da Republica Portuguesa, pelo Mi- nistro do Ultramar, nos termos do artigo 5.° do Decreto- “Lei. n.* 28 826, de 27 de Dezembro de 1937, abrir um exédito especial de 10.000$ para reforgo da verba do capitulo nico, artigo 9.*, n.° 2) «Pagamento de servi- gos — Despesas de comunicagdes — Velefones», da ta- bela de despesa do orgamento do Hospital do Ultramar em vigor, tomando como contrapartida disponibilidades da verba'do artigo 1.*, n.* 2), alinea a) «Despesas com ‘0 pessoal — RemuneragBes certas a0 pessoal em exer- efeo — Pessoal contratado — Quadro de cirurgites © especialistas — Vencimentos», do mesmo orgamento Ministério do Ultramar, 11 de Agosto de 1958. — Pelo Ministro do Ultramar, Carlos Krus Abecasis, Subsooretirio de Estado do Ultramar Inspecgdo Superior das Alfandegas do Ultramar Portaria n° 16 822 Manda 0 Governo da Repéblica Portuguesa, pelo Mi- nistro do Ultramar, ao abrigo do artigo 6.° do Decreto "41 026, de 9 de Margo de 1937, reduzir para 20 por conto ad valorem a sobretaxa da’ semente de algodio da campanha de 1958, classificada pelo artigo 67 da pauta de exportagio em vigor ha provincia de Mogam- bique, quando exportada para o estrangeiro. Ministério do Ultramar, 11 de Agosto de 1958. — © Ministro do Ultramar, Raul Jorge Rodrigues Ventura. Para ser publicada no Boletim Oficial de Mo- gambique. — R. Ventura. Direccdo-Geral de Obras Publicas e Comunicagées Servigos de valores postais, 16 823 Manda o Governo da Repiiblica Portuguesa, pelo Ministeo do Ultramar, noi termos do. artago 12.° do Decreto n° 37 050, de 8 de Setembro de 1948, que sejam retirados da’ circulagio © recolhidos até 20 B1 de Agosto do corrente ano os selos de porteado man- dados emitir e por em circulagio nas provincias de Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Principe, Angola e Mogam- bique'e no Estado da India pela Portaria n.* 11 162, de 81 de Outubro de 1945, os quais deizario de ter va- lidade a partir do dia 1 do proximo més de Setembro. Ministério do Ultramar, 11 de Agosto de 1958. — © Ministro do Ultramar, Raul Jorge Rodrigues Ven- ture, Para ser publicada no Boletim Oficial de Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Principe, Angola, Mogambique ¢ Estado da India.— 2. Ven. tur, Portaria, Tabaewsa Naciowas, ba Laspon

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