Você está na página 1de 73
= S| Nese sel ee ee ee en emery ried Py eee Oe re ee ey ee a oT Cece ees Pod... Ir. Emilio Sanchez Dimitroff, e com direcao do eee ae ee eee! I aL Prezados Hr. Recebam nossas cordiais saudagdes. CCheyamos ao final de 2016, com 0 nosso Ir-. Michel Temer assumindo defini- tivamente a Presidéncia da Republica do Brasil e razendo expectativas para os [réximas anos 6e seu governo com comprometimento e desafio na direeo de um pats melhor. Renovacao € sindnimo de aprimoramento das ideias e, através dela permite-seo crescimento moral eespiritual, consstente, que 6a restaura- ‘Go do entusiasmo. Neste processo eleitorl ndo houve vencedor nem vencido. Os grandes vencedores foram 0 povo brasileiro que enriqusceram este peito nas ruas, mostrando 0 qui so capazes de mudar historia de nosso Pais. Ends da Eaitora Novo Orient, parabenizamos e desejamos boa sorte ao Presidente Ir. Michel Te mere seus Ministros por esta nova empretada. Vamos postular para que se iniciem as to sonhadas reformas polticas, tributéra, trabahista e previdenciéra, a fim e que o pais enha condigves de wiliar novos caminbos que outroraexisiram de ‘maneira regular, aperfeigoando o sistema democratic do Brasil ‘A redagio da revista Universo Magdnico prestigioa importantes eventos neste segundo semestre tals como: Na seco Nosso Destaque, paticipamos das eleva .g6es do Grau 33 do Supremo Conselho do Brasil para o Re.Ev.A..A-. em Sio Paulo coma presenga de mais de 350 Inmos, onde comemorov-se também 0s 184 ‘anos de fundagao deste Supremo Conselho do R.E-.A-.A-., 0b coordenag30 ‘do Delegado Litirgico do Estado de Sao Paulo, Poderoso Ir. Emilio Sanchez de Dimitroff, que contou com a presenca, de virns autoridades MaGnicas, inclusive _adas Grios- Mestres do GOB.-SP- Eminent Ir-. Benedito Marques Ballouk Filho, do GOB-RI - Eminente Ir’. Edimo Muniz Pinho e do Grio-Meste Adjunto do ‘GOB-DE - Sapientissimo Ir-. Euripides Barbosa Nunes, 2 quem agradecemos as Dresengas nestes eventos to importantes para a nossa Orem Macéaica. "Nesta adigo destacanmos também a Posse do Presidente do Supremo Consellio. Flosético do Rito Moderno do Brasil (SCFRMB), Soberano Grande Inspetor Geral Ir-. Ségio Ruas, ue aconteceu np Templo da ARLS Estela de Santos - na cidade ‘Sanios «SP, coordenada pelo Soberano Grande Inspetor Ir. Sérgio Ruas, que qu soberano Grande Inspetor Geral do Rito Modemo, Irmao Sérgio Ruas, a sentar-se jun- to dele no Oriente de onde assistiu aos trabalhos de Elevagées e Reconhecimentos de Irméos no Grau 33. Foram devidamente reconhecidos no Grau 33, 0 Grande Chanceler do SCFRMB Irmio Sérgio Renato Monteiro Souza, o Grande Secretério Geral de Edu- cacdo e Cultura Inmao André Otévio Assis Muniz © 0 Grande Secretétio Adjunto para Assuntos Jurfdicos Inmao Osvaldo Zago. No Oriente, junto do Soberano Sérgio Ruas, esta- vao Grande Secretério Adjunto de Educagiio ¢ Cultu- ra do SCFRMB Irmio Marcelo Rezende. O Amado Irmo Arlindo Chapetta, Membro do SCFRMB e Delegado Litiirgico do Rito Adonhira- mita para o Estado de SP, além de Grande Secre- tario, também foi reconhecido no Grau 33 do Rito Brasileiro, o que muito nos alegrou tendo em vista 08 profundos lagos de amizade entre os Ritos Mo- demo ¢ Adonhiramita A sessiio contou com a presenga de dezenas de Ir- mos do Grau 33, intimeras Autoridades Magénicas, © foi bastante festiva. mt 22) SECre O G...A..D..U.. e o Rito Moderno Original Sobre a utilizagéo das mengées ao Grande Arquiteto do Universo e dos Livros Sagrados dos Membros dos Capitulos nos Rituais do Rito Moderno Iguns Irmdos podem vir a estranhar Ac questionar sobre as mengées fei- tas a0 Grande Arquiteto do Universo “GADU", ¢ sobre a utilizagio dos Livros Sa- grados religiosos dos Irmaos a prestarem com- promisso no ambito dos Rituais das Ordens Sapienciais do Rito Moderno Deixemos aqui bem esclarecidas as diividas: Em 10/11/1877, 0 Grande Oriente da Franca tirou a OBRIGATORIEDADE da utilizagio do termo “A Gléria do Grande Arquiteto do Uni- verso” e possibilitou que se utilizassem como substitutos os termos “Ao progresso da Humani- dade” e “A Gléria da Franco-Magonaria Unive sal”. - Isso foi motivado pelo fato de que, havia um bom tempo, o termo tinha se tornado sindni- mo para as concepedes tefstas judaico-cristas de grande parte dos Magons. Essa concepedo, do Grande Arquiteto do Uni- yerso como sendo sinénimo de um deus perso- nalizado, no esté de acordo com a Tradigao Ini- cidtica mais antiga. © "Grande Arquiteto do Universo", no &, nem deve ser, identificado com nenhum deus René Guénon, um dos maiores estudiosos do século XX das tradigGes inicidticas, em um tex- to datado de 1911, na revista "A Gnose”, expde com maestria 0 assunto ao afirmar: "J& dissemos que, para nés, 0 Grande Arqui- teto do Universo constitui unicamente um sim- bolo inicistico, que devemos tratar como todos 08 outros simbolos e do qual devemos, conse- quentemente, buscar antes de tudo formar uma ideia racional; em outras palavras, que esta con- ‘cepeiio ndo pode ter nada em comum com o deus das religides antropomérficas, que é no somen- te irracional, mas até mesmo anti-racional." No mesmo artigo, René Guénon prossegue demonstrando que o Grande Arquiteto do Uni- verso (G..As.D..U-.) € 0 conceito daquele que traca 0 "plano ideal". Enquanto 0 "demiur- g0" platénico é a coletividade de seres in duais, tomados em conjunto, que executa, ou seja, que atua como "operério" do Universo, 0 G-.As.D..U-. €0 proprio conceito metafisico do plano ideal, do projeto de transcendéncia e de transformagao. O arquiteto concebe o edifi- cio a ser construfdo, no entanto, nfo é ele que, materialmente, executa’a obra. Sendo assim e colocadas as coisas em seus devidos lugares, ¢ evidente que ndo hd qualquer contradig4o no fato de um Magom do Rito Mo- derno trabalhar "& Gl6ria do G-.As.D:.U-.", desde que n&o confunda os conceitos e ndo adote as perspectivas equivocadas to comuns nos dias de hoje. Quando se trabalha "2 Gléria da Humanida- de", "8 Gléria da Franco-Magonaria Universal” etc., $6 se troca seis por meia-dizia. A humanidade € 0 préprio "Homem Uni- versal" e sua “gloria” €, exatamente, a realiza- ¢40 do plano de transcendéncia representado pelo G-.As.D-.U... Jd a "Franco-Maconaria Universal” é, precisaniente, no dizer de René Guénon, "a humanidade considerada no cum- primento ideal da Grande Obra Construtiva", ou seja, 0 cumprimento da concepcio metaff- sica do G-.As.D..U- (20 sisters A utilizagio dos Livros Sagrados das re pectivas religides dos Inmaos dos Capitulos, € a prova inequivoca da mais ampla tolerdncia ¢ do mais amplo respeito & consciéncia individual de cada Irmio, Tendo em vista que todo Franco- -Magom regular precisa estar aberto a uma di- mensio sagrada, seja ela qual for, nada mais jus- to que preste seu compromisso sobre um livro que represente, para ele, essa dimensio, A nés soa estranho e mesmo desprovido de sentido, que se preste compromisso sobre uma Constituigtio Magénica a qual, muitas vezes, no se leu, ndo se conhece, ¢ que é, na acepcio propria do termo, um documento sem nenhum. sentido sagrado. Constituigdes ou regulamentos Magénicos sio documentos registrados em Cart6rio, pabli- cos, administrativos, e nio a expresso de uma Dimenso Superior, Metaffsica etc. Sendo assim, retomando 0 uso constante em todos os Rituais, do Rito Moderno anteriores a 1877, mantivemos "Jd dissemos que, para nos, o Grande Arquiteto do Universo constitui unicamente um simbolo inicidtico, que devemos tratar como todos os outros simbolos" as mengdes a0 G..A-.D..U-. ea utilizagio dos livros sagrados dos Irmdos Capitulares. Também cabe actescentar, aos Irmdos mais ten- dentes a transformarem a Maconaria em um substi- tuto para a religido, ¢ a cultuarem 0 G..A“.Dv.U-. como um deus ¢ que, infelizmente, gostam de taxar como “irregulares” aos Magons que no concebem G..As.D-.U-. da mesma maneia tefsta e antropo- mérfica que eles, que ortodoxia e regularidade Mag6- nica referem-se a um todo harménico e completo, € no especificamente a este ou aquele simbolo em par- ticular, ou mesmo & uma formula como “A Gldria do Grande Arquiteto do Universo”, da qual se quis fazer ‘da Magonaria Regular, como se s6 a frase, pudesse constituir uma condigZo necesséria © suficiente de regularidade. uma caracteris Pato: re, Ar Ot ARLS 14 de lho? 0 (rier de Sao Palo * Assis Mun (0SP1GOB vomnesensciricocomiy 25 DESTINACAO DA EDUCACAO NO BRASIL Deseja-se, com essa indagagdo, remeter o leitor ao encontro de uma resposta, seguindo os caminhos in- dicados pelos constituintes de 1988 ao redigirem 0 artigo 205 de nossa Carta Magna. Nesse dispositivo da Constituigao Federal, na parte final ,encontrar-se-4 © que se propée alcancar com a educacdo em nosso Pais, antecipando que “por meio dela a pessoa trans- forma-se, cria valores, qualifica-se para o trabalho exerce ¢ instrumentaliza sua cidadania”. 26 Ha trés anos as estatisticas gritavam serem necessdrios 3 trabalhadores brasileiros para produzir 0 mesmo que um sul-coreano; 4 brasileiros para um alemdo; e 5 brasileiros para um norte-americano +See EET CF ~ Art.205:.A educagéo, di- reito de todos e dever do Estado e da Familia, serd promovida e incentivada com a colaboraeao da sociedade, visando 0 pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercicio da ci- dadania e sua qualificagdo para o trabalho” Entio quero entender, como enten- deram os constituintes de 88, que 0 ensino deve contemplar no somente a qualidade, da qual estamos por demais ~ carentes, mas também a formagéio pro- fissional, sendo ofertada, e até me pa- rece ocioso dizer, conforme exijam os projetos de desenvolvimento em curso. Hé uma insistente reclamaciio do empresatiado a respeito da escassez de mo de obra técnica para as ativi- dades industriais, 0 que o tem levado, na busca para suprir essa demanda, & realizago de cursos de curta durago na pr6pria empresa, o que decerto nfo se compara, todos hao de convir,com uma habilitago no centro escolar. Daf a necessidade que se tem das escolas, muitas escolas, em que o en- sino médio seja ministrado em tempo integral e com destinagio profissio- nalizante, como aliés inspira a pré- pria Constituigao. A medida que o tempo passa, ¢ nem precisa de esforgo para entender, 0 desempenho do trabalho vai ficando mais exigente, requerendo dos que a ele se dedicam um preparo técnico da melhor qualifi- cago, habilitagdes alis que os tempos modemnos, e vindouros, totalmente voltados para a inovaciio e para a tecnologia esto revelando, 0 que inclui nao 86 0 processo criativo, mas também 0 manejo de ‘miquinas € robds que teimam em substituir a mio de obra, e dos quais a competitividade empresarial ndo poder fugir. E necessério saber-se que, na Europa, 0s gestores do ensino médio destinam cerca de 40% das vagas para os que desejam fazer curso técnico, No Brasil, comenta-se que ndo passam de 8% as vagas ofereci- das com a mesma destinagio. Registro, embora com tristeza, que hé trés anos as estatisticas gritavam serem necessérios 3 trabalhado- res brasileiros para produzir o mesmo que um sul-co- reano; 4 brasileiros para um aleméo; ¢ 5 brasileiros para um norte-americano. (Didrio de Pernambuco, edigtio de 20 de outubro de 2013). Entio entendemos acertada essa medida go- vernamental de reorganizar a grade de opedes no ensino médio, para incluir mais oferta de vagas destinadas & formacio técnica com 0 aumento do niimero de escolas de tempo integral para 0 atendi- mento a esse objetivo. ‘sor Grio-Mestre do GOP-COMAR Serene Astro do Carmo Ferreira Preicente dx ABIM (Associa Basra a Imprensa Mactrica) ‘wv domearmo blogspot.com ‘womunnersmacsacocambe 27 AY SLale MV ETecelal tee) A Visdo Macénica do A Maconaria, como niio poderia ser, admite a existéncia de um Ser Suptemo de Todo 0 Universo e ainda a vida eterna depois da morte do corpo fisico do ser humano. Tanto os Landmarks exigem esta crenga para 0 ingresso na Instituigdo Magénica, como também as constituigées das diversas Poténcias. Mas qual 0 significado desta admissio de um Ser Supremo e vida post mortem eter- na e ainda como deve ser interpretado e tra- tado 0 G..As.D..Us., como € chamado no Deve, inicialmente, ser lembrado que esta con cio nfo tem conotagao religiosa, eis que a Su- blime Ordem nao é nenhuma religido, seita ou algo similar, embora até incentive o iniciado a cultuar alguma delas, desde que se ajuste a sua doutrina. Assim, © sentimento € cultivo a este Deus diferem da concepgo _religiosa, do dai um afeto especial no mundo. magénico que podemos resumir no LOUVOR que con- surgin- duz a GLORIFICACAO do Grande Arquiteto do Universo. Convém lembrar que nos graus bésicos nos foram ensinados que cada um de nés constréi, lenta e con tinuamente, no nosso interior um Templo que sim: bolicamente representa nosso aperfeigoamento moral espiritual durante toda caminhada na Fraternidade. Desta mesma forma simbilica, a glorificago e a sub- missio devidas a0 G..A-.D-.U-. encerra que este Grande Arquiteto desse Templo imaginério necessita de outros arquitetos e também de pedreiros para exe- jo do empreendimento. Em decorréncia, cada um de nés é um pequeno arquiteto-pedreiro para constru- ‘¢o desse Templo noticiado. Toda essa Fé repousa também nos demais prin- cipios e postulados macdnicos, evocando todo sentimento que se empresta a0 G..A/.D-.U-. de louvor, gloria, submissao, respeito, obediéncia, ab- negagiio e afeto. Difere, pois, a devogdo da Ordem Fraternal da religiosidade no tocante a Deus, prevalecendo um O sentimento e cultivo a este Deus diferem da concep¢ao religiosa, surgindo dai um afeto especial no mundo mac¢énico 28 rivromaconcocam ir sentimento especial de louvor € gléria, sem relatos de alegados feitos como mencionados em diversos livros sagrados de diversas religiées. A visio da Sublime Ordem do G-.A..D--U portanto, esta relecionada as Leis da Nature- za que na verdade foram editadas pelo proprio G..A:.D-.Us. e antecederam 0 recebimento dos 10 mandamentos por Moisés na Cordilhei- ra de Sinai, conforme registra a Biblia no An- tigo Testamento: Igualmente, a Ordem Magénica no admite o tissima Trindade do cristianismo ro- dogma da S mano como também outras pregagées vinculadas a entidades ligadas a Divindade. Observe-se que visio magonica sobre 0 G-.As.D..U.. nfio reprova nenhum entendimen- to, em contrério, apenas possui uma concepgdo propria desligada de qualquer religiosidade, seita, crenga ou algo parecido, m re. Jo Gera de Lucena Soares - MI Fratemiade x fc ak” G; PONTO m Jad 8 sD parentemente, numa interpretago répida, deste titulo, um ponto preto, sobre um papel bran- A. co, pode significar muitas coisas Uns diriam que é maneira de vermos nossos er- ros € nossas falhas. E, que além deste ponto preto, ha um mundo de branco, significando que temos muito a0 nosso redor. Porém, ndo estamos acostumados a ver sob um dngulo diferente ou néo estamos acostu- mados, e, quem sabe, preparados, para o infinito de oportunidades que este mundo branco nos oferece. sobre o PAPEL BRANC “s Meus Inmiios! Pensem, num ponto preto, sobre uum papel branco! que significa para vocés? Seria somente uma brincadeira? Um teste psicol6gico para avaliago de personalidade? Nenhum nem outro, eu diria! Para esta refle- xo trata-se apenas de uma parabola para chamar a sua atengdo. Se pararmos para analisar essa pardbola, segundo 08 conceitos da Magonaria, poderiamos dizer: Um 30 srmnveroms come Seré que esta parabola ndo poderia estar representando um Irmdo que se sente sozinho numa Loja? SS ponto preto seria as nossas imperfeigdes e 0 branco, imenso, a purificago, a clareza das nossas atitudes € a conduta das nossas vidas. Outros diriio: O ponto preto, no papel branco, significa 0 profano, imperfeito, sozinho, sem tra- balhar a pedra bruta, enquanto o branco representa ‘4 Magonaria, sem manchas, sem problemas, sem macula, esperando que ele ingresse nos seus au- gustos mistérios e passe a trabalhar a pedra bruta, em busca da perfeicao. Alguns, mais exotéricos, diriam tratar-se de DUALIDADE, que esta sempre presente em nos- sas vidas, pois representa os opostos e a diversida- de da raga humana, Eu, na minha modesta forma de pensar, vejo que o significado de um ponto preto so- bre um papel branco, pode muito bem, sim- bolizar um Irmio, em meio & multidio de Magons, que pode, ou nao, fazer a diferenga no lugar onde esté vawvinveramsceregcombe 34 Ao pensarmos em Dualidade, chamo-Ihes a ater Ho para observarem 0 nosso Pavimento Mosaico. A representagio pura da Dualidade! Porém, neste ‘momento, ao observé-lo mais atentamente, veremos que ele, apesar de suas diferencas, representa a unidio entre Magons de todo o planeta. E como tal, ele nos remete ao Amor, Tolerncia, Criatividade, Iniciativa, Amizade, Admiragdo, Ajuda, Facilidade e Inclusio. Mas, quando falamos em um tinico ponto preto, €, em Dualidade, nfo poderfamos deixar de pensar nos ‘TRES PONTOS. Esses, que usamos para nos identi- ficarmos ¢ para abreviarmos nossas palavras. Pontos estes que sabemos tratar-se de um simbolo 0, que para nds vem a ser o simbolo da dis- crig&o, os quais constantemente nos vém A memoria no momento em que os colocamos, em nossas assina- turas, em qualquer documento. Ao mesmo tempo em que os trés pontos produzem tridngulo, primeira figura das superficies geométri- cas e aquela de deu origem a trigonometria, base de todas as medidas, os simbolistas do ao tridngulo a ideia de etemidade ou de Deus, sendo que os trés n- gulos significam Sabedoria, Forca e Beleza. Ou seja: Atributos do Grande Arquiteto do Universo. Neste sentido, os trés pontos formam uma das mais simples figuras geométricas, tornando- c, para nés Magons, uma representagao gréfica da IDEIA TERNARIA, a qual poderd estar ligada a existéncia de centenas de ternérios. Basta-nos, pensar e formé-los Pode ser Pai, Mie e Filho, Passado, Presente Fu- turo, Vontade, Sabedoria e Inteligéncia e muitos ou- tos temérios. Mas, para a nossa reflexdo de hoje, ao iniciar fa- lando de um ponto preto sobre um papel branco, que- 10 perguntar: Serd que esta parabola nio poderia estar represen- tando um Irmilo que se sente sozinho numa loja? Nio poderia ser um Irmiio sentindo-se PRETERI- DO pelos demais? Ou seria um Irmo que esti sozinho, porque niio conseguiu vencer suas paixdes e, 20 contririo do que pregamos, somente ergueu templos aos seus vicios? Deixando, nesse momento, a VAIDADE exacerbar sobre suas virtudes Ao contritio de pensarmos que somos apenas um ponto preto sobre um papel em branco, porque no pensamos que poderfamos ser TRES PONTOS Ao pensarmos em Dualidade, chamo-lhes a atencdo para observarem o nosso Pavimento Mosaico. A representacao pura da Dualidade! qs ES Rs SESE ha SE PRETOS sobre um papel em branco, representando a UNIAO ea MACONARIA, como deve ser,enquanto instituigio coesa? Sim! Meus irmaos! Podemos ser trés pontos pre- tos, como um ternario, denominado FORCA, UNIAO EALIANCA. ‘No queremos pensar na ideia desses trés pontos for- marem Lojas onde estes ng representam a unifio,e sim, TRES PONTOS que simbolizam grupos diferentes, ‘com ideias divergentes dentro de uma mesma Oficina. enso na Magonaria, ou em Lojas, onde este ter- nério seja: Clareza, Transparéncia e Nitidez, E sei que este também € o pensamento de varios Inmios, de muitas outras Lojas. E para mudarmos isso que participamos em as- sembleias de Macons. Porque, quando nos foi dada a LUZ, ao entrarmos para a Ordem, essa LUZ deveria advir deste ternério: Clareza, Transparéncia e Nitidez, E, este terndrio, deve ser seguido & luz do que diz. as escrituras e os ensinamentos da Ordem. E por isso que continuamos, visitamos lojas, estu- ‘damos nos graus filoséticos, buscamos seus mistérios! E para que meus Inmaios? Porque queremos Lojas, unidas como um time, fazendo difereneas, fazendo- -nos sentir titeis e inclufdos. E para isso que trazemos as mensagens a todos os Irmiios, mas, principalmente aos Irmos Aprendizes que so, ¢ sempre sero, os sustentéculos da Mago- naria do futuro. Participamos para nfo precisarmos ler Pegas de Arquitetura falando sobre Evasio Mag6nica, para no recebermos e-mails ou informativos falando so- bre fechamento ou desligamento de lojas. Esforcamo-nos para nao ouvir Venerdiveis Mes- tres lendo, no Oriente, pranchas de Irmios solicitan- do licengas desligamentos, Kits Placet’s, exatamente, ‘TALVEZ, por sentirem-se... Apenas um ponto preto, sobre um papel branco. Participamos sim! Para que todos saibam que ne- hum Magom deve sentir-se apenas um SIMPLES ponto preto sobre um papel branco. Antes disso, seremos Trés! Cinco! Sete! E de- pois mais! E 0 branco, a nossa volta, serd 0 universo de possibilidades que nés Magons, temos bem ali, ao nosso aleance. : Basta nos unirmos, com AMOR, VONTADE ¢ INTELIGENCIA. Mas, antes de tudo, eu vos convido a refletir ¢ pergunto-Ihes: Vocé! Enquanto “apenas” um ponto preto, sobre uum papel em branco (que representa a sua loja) esta em que posigtio? Um Exclufdo?, Um Soberbo? Ou um Agregador? Se estiver na posigdo de Excluido, grite! Manifes- te-se! Afinal, no somos Irmios? Se te encontras na posigao de Soberbo, desculpe- -me, mas... NAO SOIS MACOM! Agora, se a sua escolha for AGREGADOR, en- ‘Wo meu irmiio, voc€ poderd parar, pensar, fechar os olhos, respirar fundo, dar um sorriso com 0 canto dos labios, olhar em frente, levantar a cabega, sentir 0 vento tocar-Ihe levemente a face e falar pra si mesmo: verdade! Eu no sou apenas um ponto preto so- bre um papel em branco. Eu sou um Magom, Eu acredito, Eu participo, Eu compartilho... Eu fago a diferenga!!! ECOMO TAL... MEUS IRMAOS ME RECO- NHECERAO!! Que a Paz do G.:A.:D.:U.: descanse sobre vos- sos coragbes.t Adon be Bon Luis de Olvera Sr [ARLS Cavers da Luz, n* 205 (Oriente de Campins * GOPICOMAB A Republica, livro escrito pelo filosofo grego Platao, € uma obra que tem como tema central a Justiga Esté dividida em dez livros, todos em forma de di- logo socratico, em que 0 autor desenvolve o tema sob os mais variados aspectos. No Livro II encon- tramos 0 "Mito do Anel de Giges" que conta como um pastor encontrou um anel com o poder magico da invisibilidade, apés uma tempestade e tremor de terra. Bis 0 mito: Giges era um pastor que servia em casa do que era entéo soberano da Lidia. Devido a uma grande tempestade e tremor de terra, rasgou-se © solo e abriu-se uma fenda no local onde ele apascentava 0 rebanho. Admirado ao ver tal coisa, desceu por Ii e contemplou, entre outras maravilhas que para af fantasia, um cavalo de bronze, oco,com umas aberturas, espreitan- do através das quais viu lé dentro um cadéver, aparentemente maior do que um homem, e que nfo tinha mais nada sent mio. Arrancou-Iho ¢ saiu. Ora, como os pasto- res se tivessem reunido, da maneira habitual, a fim de comunicarem ao rei, todos os meses, © que dizia respeito aos rebanhos, Giges foi 1 também, com 0 seu anel. Estando ele, pois, sentado no meio dos outros, deu por acaso uma volta ao engaste do anel para dentro, em di- regio & parte interna da mio, e, ao fazer isso, tomnou-se invisfvel para os que estavam ao um anel de ouro na lado, os quais falavam dele como se tivesse ido embora, Admirado, passou de novo a mao pelo anel e virou para fora o engaste. Assim que 0 fer, tornou-se visivel. Tendo observado estes fatos, experimentou, a ver se o anel tinha aque- le poder, e verificou que, se voltasse 0 engaste para dentro tornava-se invisivel; se 0 voltasse para fora, visivel. Assim senhor de si, logo fez com que fosse um dos:delegados que iam junto do rei, Uma vez ld chegando, seduziu a mulher do soberano, e com o auxilio dela, atacou-o, e dessa maneira tomou 0 poder. Platiio nos esclarece através do "Mito do Anel de Giges" sobre natureza humana indisfarcavelmen- te violenta, gananciosa e submetida aos desejos de poder © aos apelos camnais, principalmente se acha protegida sob 0 manto da invisibilidade ¢, por co seguinte, da absoluta certeza da impunidade. Que homem teria forgas morais suficientes para resistir a essa tentagio? Plato estende o debate sobre a Lei, que impée o respeito a igualdade, obrigando os ho- ‘mens a agirem com justiga, e explora também as ca- racterfsticas humanas inatas e adquiridas, Desvendar a "natureza" do homem tem sido, ao longo dos sé- culos, objeto de estudo de grandes pensadores como Maquiavel, Thomas Hobbes, Rousseau, Sigmund Freud, dentre outros. Segundo Plato, ninguém é jus- to e integro voluntariamente. Quem pratica a just 34 wiiinveremcena com te a, 0 faz por obrigagdo, por medo, covardia ou por sentir-se impotente para deixar aflorar sta ambigio on, entio, por temer a aco dos agentes da Justica. 0 sentimento de justiga ndo é natural no homem ¢ para reforgar a ideia, Platio assevera: Se, portanto, houvesse dois anéis como este, ¢ ‘© homem justo pusesse um, e 0 injusto outro, ndo haveria ninguém, a0 que parece, tio inaba- vel que permanecesse no caminho da justiga, que fosse capaz.de se abster dos bens alheios e de nao Ihes tocar, sendo-Ihe dado tirar & von: tade 0 que quisesse do mercado, entrar nas ca- O Mestre Invisivel trama na surdina contra Irmdos que considera desafetos, espalhando a injuiria e a difama¢ao com ardilosidade wonwuivenaracnicocomis 35 Platdo estende o debate sobre a Lei, que impée o respeito a igualdade, obrigando os homens a agirem com justica sas e unir-se a quem Ihe apetecesse, matar ou libertar das algemas a quem Ihe aprouvesse, € fazer tudo 0 mais entre os homens, como se fosse igual aos deuses. Talvez, por conta da natureza humana egocéntri- ca e por ndo termos autossuficiéneia 6 que surgiram as leis, os contratos e as convengées, para inibir a tendéncia a privilegiar os proprios interesses em de- trimento da coletividade. Se, por suposigao, alguma pessoa tivesse o poder da invisibilidade e soubesse, de antemio, que nao Ihe seria imputada qualquer pe- nalidade, com certeza agiria conforme os interesses pessoais € daria vazio aos instintos e desejos mais inconfessaveis Mas se a Justiga nfo est em nossa natureza, 0 que faz. com que a busquemos? Por que a Maconaria nos ensina ¢ incita-nos a sermos Justos e Perfeitos? Pro- vavelmente a resposta esteja na acumulagdo de ex- petiéncia do conhecimento do que aconteceu com a vida de homens que sempre agiram com injustica, € que findaram as suas existéncias colhendo os fru tos amargos da prépria semeadura. Sob essa visio, Plato atribui a Sécrates, em A Repiiblica, a tarefa de mostrar que "a justiga € mais vantajosa do que a injustiga e, em si mesma, o maior dos bens". Sécrates desconstr6i, um a um, o pensamento dos seus interlo- cutores acerca do que é Justiga e conclui com admi- ravel habilidade que "justiga € virtude e sabedoriae a injustiga, maldade e ignoréncia" ‘A Maconaria 6 uma Escola de Conhecimentos. A graduagio dos seus ensinamentos € uma excelente didatica, encadeando licdes aprendidas ao longo do tempo, que nos possibilita a oportunidade de estudar 36 vmmmunverernecnicomr i «refletir sobre tais ensinos para a construgdo do nos- so Templo Interior. E uma tarefa drdua que exige-nos paciéncia, perseveranga e humildade. E trabalho de uma vida inteira € que no se encerra com a passa- gem para o Oriente Eterno. Sao ligdes imorredouras que nos acompanharao pelas existéncias no porvir. ‘Voltemos, pois, ao tema da invisibilidade e deixe- ‘mos em modo de espera os conceitos de Justiga, por serem to amplos € que suscitariam discusses ines- gotéveis. Tratemos da invisibilidade, hodiemamente, € que é uma realidade em nossas Lojas, na figura do Mestre Invisivel. Até onde vai o nosso conhecimento, esse termo niio existe para denominar a categoria do magom, nem nos Graus Simbélicos, tampouco nos Graus Filos6ficos e Graus posteriores, E uma alegoria que criamos para representar 0 magom que néo tem. compromisso com a Ordem e que, por egocentrismo, se interessa unicamente por aquilo que diz respeito a si pr6prio; aquele que em nada colabora com a Loja a qual pertence. O Mestre Invistvel néo tem frequéncia regular e comparece somente As SessGes Magnas fes- tivas, se autoridades magSnicas estiverem presentes; no se manifesta em Loja para contribuir com alguma ideia, ago ou projeto de interesse da Ordem em geral € do quadro, em particular; no giro do Tronco de So- lidariedade, com a mao direita vazia, simula deposi- tar 0 ébolo, e quando o faz, deposita a menor quantia; © Mesire Invisivel nfo socorre o Irmao necessitado de ajuda seja material, seja espiritual; nunca aparece nas visitas programadas a um Irmio enfermo: niio es- tuda o Ritual nem as leis mac6nicas mas quer impor «a sua opinido pessoal e de como ele “acha” que deve ser a Maconatia; O Mestre Invisivel rama na surdina contra Inmdos que considera desafetos, espalhando a injiria e a difamagdo com ardilosidade, tormando {quase impossfvel a tarefa de imputar-Ihe a autoria das infamias; 6 um arquiteto de vaidades e projeta com meticulosos célculos as ages que iro beneficid-lo exalté-lo perante a Magonaria e usa para os fins pla- nejados, os Irmios de boa-fé. Este profano de aven- Temos o Esquadro, o Compasso i e demais ferramentas para a execucdo da tarefa tal entrou na Magonaria mas nunca permitiu que a ‘Maconaria entrasse em seti espirito, para operar as mudangas éticas de que é tio necessitado. O Mestre Invisivel € um indigente moral Entretanto, gracas a0 G..A -.D..U-. que 0s Mes- tres Invistveis so pouquissimos em nossa Ordem € representam uma parcela infima na Grande Familia MacOnica Universal. So uma excegio, nio a regra. Por mecanismos misteriosos, insondaveis designios e reagindo com eficiente sentido de autopreservacio, a Maconaria sempre encontra um meio de afastar os Mestres Invisiveis da saudével convivéncia entre os verdadeiros magons. Quantos de nés néo 0 conhece- ‘mos e depois soubemos de seu afastamento definitive do nosso meio? Quantos jé ndo foram relegados ao perpétuo esquecimento? O mistério da Iniciagao é iniciar 0 dia sabendo-se melhor do que no dia anterior, E descobrir que muito do que aprendemos como simbélico pode se tomar conereto. E adquirir a certeza de que ser Justo é 0 que nos encaminha & Perfeicao. K trabalhar sem descanso erguendo templos as virtudes‘e cavando masmorras 208 vicios. Ao trabalho, Irmaios! ‘Temos 0 Esquadro, 0 Compasso ¢ demais ferra- mentas para a execugo da tarefa. Temos a paz, a har- monia e a coneérdia como triplices argamassas com que se ligam as nossas obras e sob a égide Divina, ‘Mo sucumbiremos aos insistentes apelos do ego, ‘Somos Mestres Macons, visiveis, em pé e & ordem para servir com Justiga e Perfeigio.m ‘Aor, Paulo Ferrandes Moura AzRoLaSe, Cardade 1° 0135 Oriente de Teresina * COB eterna: tasted orga de Gyzes ita anafarerae com brcorteide)koluraptso—o-mito-co-ane-de “ages 376. hp fewon.ebah com brkortenARAARE IAJanel gies, wniaepomaicle 37 EGO | PAWL Oser, MYON. W ODD eh “Satyagraha (fora da verdade) é uma forga que os individuos e as comunidades podem ter, tanto pra questées poltticas quanto particulares. Sua aplicagdo mostra a durabilidade e a sua invencibilidade. Homens, mulheres e criangas podem exercé-la completamente” - Gandhi Esta pergunta foi feita por POncio Pilatos para Jesus. Ele na- quele momento nada respondeu a pergunta que caminha pelos C. £2 séculos, em busca de uma resposta. O que é? Onde encon- trar? Como conhecer? Como saber? O Magom primordial mente busca uma resposta para este enigma o que é a verdade Sua vida pauta-se no encontro de agdes & atitudes comprometidas com o pleno exercicio da liberdade de opinido e responsabilidade no agir. oY ALT © como exercé A Verdade € um dos pontos primordiais da fi- losofia, que reflete sobre sua validade ¢ até sua existéncia. O tema da verdade atualmente, esté em relagio direta com a maneira de entender as transformagées neste mundo dinamico e contradi- t6rio, Esta busca se faz através de perguntas: onde esti a verdade das coisas? Serd que a realidade me mostra tudo ou seré que vivemos num mundo de convengGes, que a qualquer momento eu posso ver com outros olhos esta realidade? Segundo o dicionétio Aurélio, a verdade € “tudo que é verdadeiro ou real”, mas como sa- ber o que € verdadciro?. Como definir esta adequagio do pensamento aos fatos ou aos conhecimentos que se pretendem exprimir? A verdade 6 tida como algo que é justo, exato e do que € real. O conceito de verdade desempenha na lin- ‘guagem um significado do que € permanen- te, deste modo, a ciéncia tem como um dos ppressupostos que ela s6 tem validade quando € comunicada, assim a verdade é indissocié- vel da sua verbalizagio. A linguagem, deste modo, tem um papel determinante no seu des- velar. Contudo, A I6gica que utilizamos para apro- ximar-se da verdade & também um discurso passivel de questionamento, EntZo nao é uma tarefa fécil, mas, também ndo € impossivel. Um grande fisico dinamarqués Niels Bohr acre- ditava que a realidade subatémica era 0 resultado de forgas que se interagiam. Ele ganhow o prémio Nobel pela descoberta do movimento coletivo e movimen- to individual de particulas no micleo atémico e pelo desenvolvimento da teoria da estrutura do nticleo atémico. Ele defendia a ideia da complementaridade, onde a nossa realidade é complementar & realidade das particulas, existindo assim, uma bi-polaridade que se interage, ele dizia sempre que “o contrario de uma grande verdade poder ser outra grande verdade” tanto que em seu brasio ele colocou o sim- bolo chinés do Yin Yang cercado por uma frase em latim “Contraria sunt complementa” os contrarios se “S6 a plenitude conduz a claridade, e a verdade habita nas profundezas” Canrfiera. womuurvereraconcscombs 39 complementam, deste modo, o conhecimento da ver- dade , no pode dispensar o contraditério. Segundo ele, hi uma estrutura imbricada na es- s€ncia das coisas que faz. com que, mesmo sendo as informagdes que captamos da realidade algo contra- ditsrio, paradoxal, elas podem estar ligadas de algu- ma forma, ¢ elas se complementam, por isso, a ver- dade plena seré aquela que aceita esta dualidade, a mesma que os fisicos quiinticos descobriram sobre @ luz na sua dualidade onda-particula. A verdade na filosofia classica teve em Aristé- teles um grande pensador, enquanto em Séerates @ sua maiutica fazia a verdade aparecer de dentro do proprio interlocutor. Aristételes acreditava que po- demos chegar até a verdade através de formulagées € frases suscetiveis de serem verdadeiras ou falsas comprovadas pelo raciocinio légico. Neste sentido, as premissas, os silogismos, formatam um modelo para encontrar a verdade. Nietasche, em sua filosofia di- Brasdo de Niels Bohrcom ‘olema "CONTRARIA SUNT COMPLEMENTA" e colar da ordem dinamarquesa do El zia que a verdade é um ponto de vista. Ele no aceita ‘uma definigdio da verdade, porque ndo acredita que se pode alcangar uma certeza sobre tudo. Nietzsche di- zia que "Nao hé fatos eternos, como niio hé verdades absolutas". Aos olhos dos religiosos esta frase causa ‘uma repulsa, pois em qualquer segmento religioso & aceita a verdade da existéncia de um Deus e de stia intervengdo no mundo. Em seu livro 1984 George Orwell construiu uma so- ciedade ficticia onde os valores da verdade, da liberdade cram suprimidos, num momento do livro o personagem central escreve em seu difrio “Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois so quatro se isto for garan- tido as outras coisas também sero" nesta perspectiva, a verdade liberta, ou sea, ela € transcendente. Por isso, ao escrever no seu diftio esta frase ele resgata um ponto ‘crucial na busca da verdade, ela tem diversos angulos e percepedes e se ndo somos livres pra compormos estas informagdes com outras, muitas veces, que neguem a nossa convicedo, esta verdade serd apenas um argu- ‘mento Idgico pra confortar a mente. a conftauad Je comple mentarn Niels Bohr 2 )'A verdade como condigao de liberdade, é um re- ferencial religioso cristo em que encontramos no Evangelho de S. Jodo (8:32). “Conhecereis a verdade ea verdade vos libertara” neste sentido restrito, exis- te uma verdade e ela esté acessfvel, e para alcangé-la basta estar em acordo com os cédigos morais reli- giosos. Uma questo que temos que pensar antes de saber 0 que a verdade, é saber por que nos interessa tanto este tema? Que raziio faz dela vital para o ser humano na sua vida? Podemos como magons, inferir que a busca da verdade 6 um elemento primordial da formagio do homem, da sua totalidade e de sua plenitude. Sua condicao de homem no mundo tem na busca da ver- dade uma exigéncia existencial. Assim, 0 magom serd sempre um homem livre que buscard a esséncia das coisas, 0 elemento primordial, buscar sempre aproximar-se da verdade, em uma busca continua pelo que é justo e perfeito (© Macom sabe que o importante € buscar, tentar se aproximar o maximo possivel do que seja a verda- “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara” de, e de Carib ela responde as nossas inquietagdes, ¢ ‘a0 mesmo tempo, nos remete a novos desafios. Quan- to maior 0 nosso conhecimento, maior a nossa capa- cidade de perceber que nao sabemos tudo. © Magom como construtor social, tem na busca da verdade um elemento primordial para tragar ¢ edi- ficar uma nova sociedade. Com os seus planos em maos, herdados dos antigos construtores em que ele também faz suas anotagées, tijolo a tijolo trabalha in- cessantemente, Este trabalho € continuo e ele sabe que os planos estiio bem tragados, e 0 edificio ganha ascensio, pois ele é um operdrio zeloso na obra do Grande Arquiteto. = zor r=, Rena Lemos Caro |ARLS Aca da Alanga, "172 (Ofiente de Salvador CLERICS Bbstogrf: ‘Netzce dich, -Verdade Menta no Sento Exra-meral George Orval - 1984 wmmurhenoracnicncombr 41 Viv Ma ica ITI OLO VES e a Maconaria Grande Loja Unida da Inglaterra publicou regras para os macons que siio filiados a mesma sobre como se portar nas midias sociais. Segue livre tradugo do documento feita pelo Irmao Luciano Rodrigues € Rodrigues ¢ depois nossas conclusdes. POLITICA DE MIDIAS SOCIAIS Plataformas de midias sociais se tornaram canais cada vez mais populares para comunicacao no século XI. Eles fornecem maneiras de compattilhar 0 contetido com uma visibilidade ampla, ¢ como tal, so excelentes ferramentas para compartilhar informages sobre atividades da magonaria e dos macons. Contudo, como acontece com qualquer ferramenta poderosa, midias sociais precisam ser usadas com cautela, pois 0 uso incorreto pode ter um impacto negativo sobre a imagem ptiblica da Magonaria, e, ortanto, sobre a Maconaria em si. Esta deve ser uma questo de bom senso. Esta politica foi escrita para aconselhar os magons sobre como usar a miia social dentro do compasso do decoro. 1, EMBAIXADOR DIGITAL importante comentar que toda a interago que o ma- gom tem em uma midia social pode ser visfvel para qualquer pessoa no mundo: enquanto & possivel limi- lar a visibilidade de um posts, néio € possfvel controlar ‘como os outros vao reagir a elas. Um post privado pode set facilmente compartilhado divulgado publicamen- te por qualquer pessoa que tenha acesso a cla, Mesmo {que um post original seja exclufdo ou editado, alguém {i poderia ter compartilhado na sua forma original, No que diz. respeito &s mia sociais & preocupante, tudo 0 que se faz ou diz é gravado de forma permanente, e nfo hd um post realmente privado. Atuar como um embaixador para a Maconaria Online € parte do dever de um macom, e esté den- tro do Ambito do artigo 179 do Livro de Constitu ‘ses que afirma que um macom *... tem o dever de no se envolver em atividades que podem trazer descrédito a Magonaria". Regras (civis e magéni- cas) ¢ expectativas que se aplicam a sua conduta diéria aplicam-se igualmente dentro da esfera di- gital, pois comentérios podem ser citados fora de contexto © usados como representatividade da vi- siio da Grande Loja Unida da Inglaterra. Abaixo esta uma lista de comportamentos t6picos para se evitar a0 postar em midias so- ciais. Estes se aplicam para contas pessoai bem como a contas que magons individuais po dem gerenciar em nome de uma loja, delegacia, secretaria ou outra entidade macénica. Fles se aplicam a qualquer magom que € identificavel como um magom on-line, se ele esté postando em canais mag6nicos ou ndo. Esta lista nao é exaustiva, mas destina-se a atuar como um guia introdutério aos t6picos ou comportamentos que no so adequados para postar a qualquer piibli- co em midia social Ao postar em plataformas de midia social, um magom néo deve: Eelam Lay Welk REFERINDO A QUALQUER CONTEUDO QUE SEJA ILEGAL, DIFAMATORIO OU QUE lols=N Ty Vou o-a B. CAUSAR ‘OU CONTRIBUIR QUAISQUER ARGUMENTOS HOSTIS OU IMPRODUTIVOS, | OU EXERCER QUALQUER DESRESPEITO PESSOAL OU BRIGAS (OU SEJA, O DEBATE DE BOA INDOLE E BOM, MAS DEVE-SE ESTAR PREPARADO PARA ABANDONA.LO, SE DEJXAR DE SER SIMPATICO). €. DISCUTIR OU ALUDIR A QUALQUER UM DOS SINAIS MACONICOS SIMBOLOS OU PALAVRAS. D. FALAR EM NOME DE QUALQUER ORGAO MACONICO (POR EXEMPLO, VIVE MRon) Ween ar) Wola) Xe) M00) CIN uhitor-Xoler-cor Glin) oo POTENCIA) EM.CUJO NOME ELE NAO ESTA Ne OL KeLs a OP ZNO E. IDENTIFICAR QUALQUER OUTRA PESSOA COMO UM MACOM SEM O SEU CONSENTIMENTO EXPRESSO. F. SE REFERIR A QUALQUER INFORMACAO_ PESSOAL SOBRE QUALQUER MACOM. SEM O SEU CONSENTIMENTO EXPRESSO (COMO ENDERECO, NUMERO DE TELEFONE, OU QUALQUER OUTRA COISA, COBERTA PELA PROTEGAO DE DADOS ACT 1998; VER: HTTP://WWW.LEGISLATION.GOV. UK/UKPGA/1998/29/CONTENTS). CRIN) de Nee) (ory COMO UM VEICULO PARA LUCRO. PESSOAL, OU PARA QUALQUER OUTRA. FORMA DE AUTO-PROMOCAO. H. ATACAR A POTENCIA OU QUALQUER OUTRA AUTORIDADE wiwurversamcnkocemor 43 2. MELHORES PRATICAS Um macom pode compartilhar publicamente qual- quer contetido magénico que contribui para uma ima- ‘gem publica positiva da magonaria, como o trabalho de caridade e eventos, boas causas apoiadas por Ma- ‘gons, ¢ informagées sobre a histéria magnica. Canais de midia social também podem ser usa- dos para compartilhar informagoes relevantes apenas para os magons, mas 0 cuidado deve ser exercido para ‘usar um canal mais restrito, como um grupo fechado ou "secreto" no Facebook. O quadro ao lado mostra t6picos que podem ser discutidos aqui -magGnicos, € im- s escritas na Ao postar sobre assuntos portante lembrar a aderir as orienta segio Embaixador Digital acima. CONCLUSOES E muito legal ver um corpo importante como a Gran- de Loja Unida da Inglaterra tomar esse tipo de ati- tude, de forma a resguardar a imagem da instituiglio e evitar conflitos desnecessérios. Na hora de postar algo sobre qualquer assunto, eu sempre realizo aque- le exercicio que jé virou “chavao” nas redes sociai ‘Caso queiram realizar a mesma reflexio antes de pu- blicarem algo, deixo as indagagées para voces tam- bém: i verdade? ff dtil? Vai Ofender Alguém? m BA nnwariesracnacemty Irs. Eucides Aes da Graga Ropresertrt da Ector Now Oriente Fone: SITE MACONARIA TURINIQUIM fyande lojp-unde-da-ngaterafaz-coriceracnes-s00re-0 the das micas soci pareracors Refers: Se Freemasons For Dummies, Diponvel ems nip freeresonserduniesHapspot.Aceso em Setembro de 2016, ‘ogue fora mimeros no essenci Isto inclui idade, peso e altura. @ J Deixe que o doutor se preocupe com eles. Mantenha somente amigos alegres...os emburrados colocam voeé para baixo. Continue aprendendo. Aptenda mais sobre o computador, barcos, jardinagem, o que seja, nunca deixe seu cérebro inativo. ‘Uma mente imttil é a fébrica do diabo... O nome do diabo ¢ Alzheimer Aprecie as coisas simples. Quando as criangas so pequenas, quando as ctiangas esto na faculdade, quando vocé se aposentar. Tudo! ‘Tudo vocé pode aproveitar! Ria frequentemente, comprido e alto. Ria até Ihe faltar a. Ria tanto até que possa ser reconhecido pelo seu riso, As lgrimas acontecem. Aguente, lastime e continue, A dinica pessoa que est conosco nossa vida inteira, somos nds mesmos. Cerque-se do que vocé ama, seja famtflia, animais, lembrancas, mésicas, plantas, hobbies, qualquer coisa Sua casa é seu reftigio. Proteja sua satide. Se estd boa, preserve-a. Se esté instavel, melhore-a Se esté além do que vocé pode melhorar, peca ajuda Passeie. Ande pelas ruas...vé a outra cidade...tem tanto lugar lindo por af. Nao esconda seus sentiments. Diga as pessoas, varias vezes, que vocé gosta delas. Faz um bem. E.0 mais importante: "A vida no é medida pelo nimero de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiragtio." a ava eee paeiorctste wiourvencmacnicocomir 45 OSSA VIDA, TA Tiga izem que todo homem, para se sentir realiza- do, deveria plantar uma érvore, ter um filho e escrever um livro Plantar uma arvore € fécil. Mesmo que moremos em um apartamento, podemos tomar de um vaso planté-la. Pode ser um exemplar minésculo, um bon- sai por exemplo, Ter um filho requer responsabilidade, dedica- cdo. Exige tempo e nem todos estamos dispostos a isso. Ou, por vezes, € a vida que ndo nos per- mite por variadas questées que nos envolvem. En- tretanto, sempre podemos nos tornar 0s protetores, de uma vida, de um amigo, de um parente, de al- guém que necessite de apoio, ou até mesmo adotar 46 Podemos imaginar que, ao nascermos, um livro nos seja colocado nas mdaos. Paginas em branco, que iremos preenchendo, dia a dia 2 uma crianga. E teremos, de certa forma, atendido a questio. Seri que eserever um livro é para todos? Natural- mente, se pensamos em escrever, desejamos que seja algo bom, ttl, agradavel. E observamos, no mundo, tanta literatura ruim em prateleiras de biblioteca e livrarias.. que nfo nos damos conta, em verdade, € que nossa vida pode ser comparada com a elaboragio de um livro. Podemos imaginar que, a0 nascermos, um livro nos seja colocado nas mos. Paginas em branco, que iremos preenchendo, dia a dia. O que nelas escreveremos € decisfio de cada um. Verdade € que trazemos, ao (re)nascer neste planeta, um cabedal de conhecimentos, de virtudes ou de vi- cios em nossa intimidade. £ 0 nosso préprio contetido. Na medida em que vamos crescendo, ideias, tendéncias irdo se apre- sentando. Mas, a obra que vamos escrever nesta vida 6 inédita, Cada dia pode ser consideraclo uma linha, cada se- ‘mana um parégrafo, cada més, um texto, compondo as tantas paginas os anos que viveremos sobre a Terra. Podemos escrever um poema pleno de beleza com. verses harmoniosos. Podemos escrever uma ‘oragdio, uma siplica, um louvor. Podemos eserever palavras dsperas, de um dia de indignagio ou de desespero. Podemos escrever hist6rias lindas de superagio, de acolhimento, de doaco ao préximo. Podemos retratar os dias de felicidade, junto aos seres amados. A felicidade da chegada de um novo ser nossa familia Relataremos as conquistas, os estudos, as viagens, 9 encontros, reencontros e desencontros. Registraremos os dias de ventura, de sol, de mui- tas alegrias. Também aqueles em que a tormenta nos envolveu, um furacio nos roubou, momentaneamente, as esperangas, 0 frio tomou conta de nosso coragio. Quando nossa vida fisica se extinguir, teremos 0 livro pronto: fino, grosso, de poucas ou muitas pégi- nas, de acordo com os tantos anos vividos. E podere- ‘mos folhed-lo ¢ ler, com vagar. Ah! Meus Irmios! Com certeza descobriremos deta- Ihes que gostarfamos jamais tivessem sido escritos. Quantos desajustes por tolices ou até mesmo por vaidade, egofsmo, orgulho... Etc. Poderiamos ter sido mais compreensivos, tolerantes, amaveis... Quantas paginas poderiam ter palavras e/ou atitu- des mais amenas, mais carinhosas, mais titeis, me- nos dolorosas.... Como todo livro impresso, no entanto, esse no oderd ser corrigido sendo com nova edigao. Por isso, € que existe a possibilidade da reencar- nado. E a oportunidade de o Grande Arquiteto do Universo nos permitir escréver um novo livro, Utilizando o nosso livre arbitrio, poderemos reprisar todas as coisas boas que escrevemos. Po- deremos evitar aquelas amargas, desagradéveis, desnecessirias.. Somente em nds reside este poder: reescrever a nossa histéria, com letras caprichosas, encadernagao luxuosa, dizeres de ouro. E como ainda transitamos pela Terra, ou seja, como ainda estamos vivos neste presente, ¢ utili- zando 0 nosso livre arbitrio, que tal entiio comecar a escrever, no livro atual, agora, j4, as péginas de luz que desejamos poder ler, com alegria, ao final desta vida fisica? Pensemos nisso meus Irmaos. Aare Arido Dias ARLS Zen, 2" 441 Oriente de Maria * GLESP MF Mi Pesto rare pia —2015 wourheromacincecombe 47 Nave ata en kg A TENTACAO E O INTENTO de pensar na cultura representada como um rio Acho um simbolo apropriado dado’ extensio do seu traje- to, o que guarda nas profun- dezas, na impermanéncia de suas Aguas e nas ocorréncias imprevisiveis que sempre en- contraremos em nossas jor nadas. Me agrada pensar nas pessoas como pequenas em- barcagdes navegando através deste manancial, a levarem como carga, tripulantes ¢ passageiros suas formacdes, padrdes de comportamento, sentimentos, legados fami- liares, aspira sede de viver mais e mais e cada um de seus sonhos. Li em algum Iugar que os arcanos, 14 no idioma dos arménios, quer dizer arca ou embarcagao. 28 wonnanirarcerce.combe Quanto mais tempo navegamos, mais descobrimos do rio e dos sinais que nos auxiliam a cumprir nossos intentos Quanto mais tempo navegamos, mais descobri- mos do rio e dos sinais que nos auxiliam a cum- prir nossos intentos, 0 que nos é claro e trans- parente, ¢ discernit aquilo que so as nossas intengdes, que podem comprometer este trajeto. Hé uma sublime peculiaridade entre o intento © a intengao, sua m4 compreensao nos arremessa diretamente nas garras da tentagdo ¢ da ilusao. Aqui jaz uma insuficiéncia (e falha comum) da espécie humana de todas as épocas ¢ reinos que leva aos menos hébeis a presungo, a desmedida € outras lacunas ainda maiores. Uma insuficién- cia apenas requer a prdpria vigilancia, esmero pessoal ¢ intransferivel de um artesaio desenvol- vendo seu trabalho a fim de prover e solucio- nar tais lacunas do caréter. Dispensa homilias, conceituacio ou discursos autojustificativos e que no cerne apenas querem projetar méculas sobre terceiros ou ainda angariar atengao, afe- to ou ainda alguma punigao. Tudo em nome de agradar ou concluir alguma intengio, Nao admira que 0 inferno catélico esteja repleto de bem intencionados. Caros nayegantes, cada pessoa vem a “intro- jetar” na vida interior, 0 que Ihe € mais caro & afim. E vem a projetar e realizar seu imagindrio provando como realidade absoluta aquilo que mais Ihe convir e prover o fatidico sentido & cortespondéncia “pulsional” ou instintiva. No- vamente 0 elemento das éguas, afetos, emocio- nal e alguma espiritualidade em desarranjo. Em outras palavras cada um bebe e nada nas aguas que mais the convir. Um rio de aguas doces pode aplacar a sede. Seus peixes ¢ outros animais podem alimentar. Suas éguas fomentam 0 comércio. S6 que um rio também mata em seus turbilhdes, redemoinhos, bancos de areia e outros perigos aparentemente ocultos em sua vastidiio, Temos aqui o inegocis- vel, a perda da ilusao de controle eo definhar da azo ~ 0 lado “daeménico” da natureza — para o qual todos nossos avancos, filosofias ou inten- gGes nada so, Recordam cada um que perante a natureza nada somos ¢ nossos feitos apenas im- Portam em situagdes controléveis para cada um de nés — onde papéis sejam cumpridos, acordos estabelecidos e negociacdes sejam formaliz das, Tais momentos no so para amadores, so para os bons (jamais para bonzinhos) pois es- cancaram que intengdes apenas povoam o reino dos mortos ~ nada mais sto do que abusivas notas de auto referenciais © de vistoso egois- mo. Os perigos sio reais ¢ tem que ser bom para supera-los. > Ao mencionar tais simbolos verdadeiramente ineémodos, lidamos com 0 inegociével, o incer- to, 0 escuro € 0 vazio ~ algo sideral e césmico a0 ‘meu ver, pois € onde se desvela a luz, € a consci- éncia dos mais habeis fiéis aos seus intentos. E © que torna o olhar refulgente, iluminado como © de um feiticeiro além do caos do cotidiano, denotando quem € sé barro e quem porta chamas € até mesmo a luz da consciéneia habil ~ como uma lanterna - para navegar seu proprio arcano munido pelo intelecto acrescido de logos como navegador. E a habilidade na compreensio dos intentos como o leme para guiar a jornada.m Lord A. ou Aven siherus Sanz & autor do Into Mistéros Varpyrcos: A Are do Vampyr Corterporineo (pela Macias Edtora, 2014), hi [3 anos rador eect do poral swescresevarp.com e pode ser enconirado em ” swctacedook comfort a ofa ‘wwmuniesonacoscacmty 49 INTERIORIDADE E RETIDAO: A Franco-Magconaria como Escola de Formagao do Verdadeiro Eu “A Magonaria nos dé a oportunidade de buscar sempre uma nova vida, um novo ideal, ¢ cabe a nds saber aproveitd-la. Aproveitar todo [0] seu contetido filoséfico em todos os momentos, dentro e ra de nossos Templos, é a esséncia do ideal magénico, é transformar e aperfeigoar permanentemente nossas vidas” T[m simbolo é, para aqueles que 0 compreen- dem adequadamente, verdadeira chave de } acesso a profundos significados. Em uma Loj-. Azul, portanto, mui ricas so as possibilidades de significacdo que se nos oferecem & compreensiio,¢ a riqueza de sentidos aumenta & medida que alcanga- ‘mos novos niveis de conhecimento em nossa trajet6 ria; pois, com o auxiflio de uma linguagem eminente- mente simbélica, 20 passarmos de um grau para outro € nos empenharmos no estudo constante da simbolo- ‘gia mac6nica, conquistamos a todo instante um novo point of view, que nos permite visualizar ideias que dificilmente se desnudariam diante de nossos olhos se permanecéssemos no local donde observivamos outrora. E justamente por isso que todo Mag... tem — ou a0 menos deveria ter — plena consciéneia de ser um eterno aprendiz; gracas ao infinito desdobramen- to de sentidos desencadeado pelos simbolos, sempre ha algo novo pata se investigar, estudar, observar. aprender. E é com esse espitito de eterno aprendiz que gostariamos de fazer deste texto um brevissimo colhar contemplativo sobre um acrénimo que, em al- ‘guns Ritos ¢ Rituais, constitui-se como um dos prin: cipais elementos da Cam:. de Refl-. (WEY, 2015, p. 9, grifo nosso) Todos n6s facilmente identificamos a frase lati na 8 qual 0 actOnimo V..1/,T..R-.1e.0-.L.. nos remete, bem como nos é conhecida a sua tradugio — “Visita o interior da terra, e pela retidao encontra- rs a pedra oculta” (traduco nossa) —,mas ser que somos capazes de absorver fodas as ideias contidas nessa mensagem? Evidentemente que nio temos a pretenstio de fazer isso, muito menos aqui neste singelo texto, onde nosso objetivo nao € fixar sentidos e conceitos, mas apenas expor certas ideias e realizar algumas consideragées. E, com vistas a cumprimento desse nosso objetivo, este pequeno tex- to teré como triplice guia de andlise as seguintes in- dagagées: 1) O que é visitar o interior da terra?; 2) O que € retido?; 3) O que é a pedra oculta? Em relagdo A primeira questo, € provavel que alguém se lembre do livro Voyage au cenire de la Terre, do escritor Jules Verne. Essa lembranga no € gratuita, jd que, além de algumas fontes indicarem que Verne era Mag.-. no livro mencionado estio pre- sentes termos bastante utilizados em nossa Ordem — como 0 esquadro, 0 nfvel e © prumo (ef. VERNE, 1864, p. 70), por exemplo — havendo até menco a0 Grande Arquiteto do Universo (cf. VERNE, 1864, p. endo 50 snvauniemansconenscomte E, por saber o que é belo, por compreender que a verdadeira beleza é da ordem do mundo das ideias, ha algo que somente o Mag.’. que aceita o desafio de mergulhar nas profundezas de seu proprio eu entende nel ene 147), Destarte, um Mag. certamente veré a obra de Verne com outros olhos e até serd capaz de realizar, no geral, algumas observacdes. Todavia, a viagem proposta pelo V..1..T/-R/L.O-.L2. nao é literal ou ficcional — nao tem, portanto, 0 mesmo sentido a aventura emocionante que foi escrita pelo célebre autor francés, Para entendermos o que é “isitar oi terior da terra”, precisamos ter em mente que o signi- ficado de Ve.1.T.R-.[-.02.L~. € primordialmen: te alquimico, o que nos conduz seguinte questo: 0 que a palavra “terra” significa para a Alquimia? Oswald Wirth, em seu Le symbolisme hermétique dans ses rapports avec UAlchimie et la Francmagon- nerie, explica que nossa matéria corpérea correspon- de & terra, um dos quatro elementos que se retinem, psicologicamente, em cada um de nés (cf. WIRTH, 1930, p. 72). Em outras palavras o elemento terra pode representar © nosso préprio corpo, a matéria. Aqui, chegamos ao entendimento de que, para encon- trar aquilo que procura, o Mag.”. precisa viajar para dentro de si mesmo, metafisicamente, realizando an- tes de mais nada uma profunda autorreflexo. Quem isso fizer perceberd que nas profundezas dessa terra existe um exe que esté adormecido, oculto, precisando ser (te)descoberto e, por conseguinte, despertado. De acordo com Castellani, a maxima alquimica "alude & procura da pedra filosofal da alquimia. Para a Alquimia mistica, porém, a frase € um convite & introspeceao, & procura do eu interior, como expre: sdo inserita no frontispicio do Templo de Apolo, em Delfos: Nosce te ipsum (conhece-te a ti mesmo)" (CASTELLANI, 2013, p. 101). B, como bem explica veensriivomsconicocamir ST Jules Boucher em La Symbolique Maconnique, um clissico da literatura mag6nica francesa, a experién- cia. do Ve.I.TsR1s.0..L+, constitui-se como “um convite & procura do Ego profunds, [...] no silencio e na meditagio" (BOUCHER, 1979, p. 48, xgrifo nosso). Atender a esse convite 6, portanto, ini- ciar uma jornada rumo a interioridade, dar um mer- gulho nas profundezas de nosso préprio ew. Entre- tanto, esse mergulho nffo é, de modo algum, igual ou sequer semelhante ao daquela famosa figura da mi- tologia grega que, olhando fixamente para o seu pr6- prio reflexo, padecett amargamente nas profundezas do seu Ego justamente por niio ser capaz de perceber em si o maior dos defeitos do homem: o amor exa- cerbado a si mesmo, que conduz sempre o individuo a0 egoismo € a vaidade — e, nfio muito raramente, A autodestruigo. Ao contrario de Narciso, 0 Mag. no deve mergulhar no préprio ew movido por uma autoadmiragio, mas sempre em busca de autoconhe- cimento — i.e., visando a pratica do nosce te ipsum, do gnothi seauton, Somente quem tem coragem de ‘mergulhar dessa forma é capaz de perceber a diferen- cca entre esséncia e aparéncia, compreendendo 0 que é verdadeiramente belo. E, por saber 0 que é belo, por compreender que a verdadeira beleza é da ordem, do mundo das ideias, hé algo que somente 0 Mag. que aceita o desafio de mergulhar nas profundezas de seu proprio ew entende: enquanto ele, como homem, nfio reparar suas deformidades e deixar de ver 0 belo na vaidade da vida, na efemeridade das coisas, estard extremamente distante da ideal retido, coisa que a ‘Maconaria, enquanto instituigdo iniciética e filos6ti- ca, € capaz de Ihe oferecer. Buscar a retidfio — tornar-se reto — é justamente vencer, paulatinamente, as paixGes, 0s infames dese- jos, 08 vicios, os defeitos, tudo aquilo que avilta 0 homem, tudo o que o afasta da real beleza do mundo da verdade e de suas ideais virtudes. A retidtio das ages traduz-se como 0 comedimento e o equilibrio essenciais ao sucesso da incessante busca pela “pedra ‘oculta” — ou filosofal. Essa retiddo pode ser melhor compreendida pela figura da pedra polida, & qual se chega depois de muito desbastar a pedra bruta, com muita paciéncia, inteligéncia, técnica e dedicacio. Esse desbastar, na Arte Real, pode ser compreendido ‘como uma verdadeira busca — que para nds € seme- Ihante A que ocorre na arte da escultura, ja que Mi- cchelangelo certa vez. declarara o seguinte: Alguns tém olhos que ndo veem: mas em cada bloco de mérmore eu vejo uma estdtua = eu a vejo tao distintamente como se ela estivesse diante de mim moldada e perfei- ta na pose e no efeito. Eu somente tenho de desbastar as paredes da pedra que aprisio- nam sua amdvel aparigdo, revelando-a para outros olhos da forma como 0s meus jé sao capazes de enxergd-la. (MICHELANGELO Apud MCGOWAN, 2015: 182, tradugdo nossa) Dentro da pedra bruta, jé esté a polida — a ‘oculta —, que vai aos poucos se revelando e ga- nhando forma & medida que o Mag. vai retirando seus excessos, tal como 0 escultor vai libertando das prises mais grosseiras a sua mais bela obra de arte. Dessa forma, compreendemos que, por meio do acronimo V..12.T..R..1.0..L-., a Magona- ria nos incita a olhar nos olhos de nosso proprio eu para, enxergando nossas imperfeigdes, buscarmos ‘0 autopolimento, a autolapidagao, até que por fim encontremos, livre de todos os excessos e dentro de nés mesmos, o primeiro de todos os homens — porventura nao hé, dentro de cada um de nés, um Adio (in)conscientemente desejoso de voltar & imagem e & semelhanga de Deus? —, 0 homo ver- dadeiramente sapiens, 0 nosso genuino eu, Opus Magnum Dei, o ser humano ideal. m ‘tor: ferson de Moras Lina ARLS Acca Tyce oP 4442 Oriente do Rio de rere * GOB-RJGOB Bbicerafa BOUCHER jules Asimbsica magica, Tadugo de rederco Ozaram Dessoa de Baro. S80 Palos Pessmento, 1973, - CASTELLAN, Jot. agorariaeasologn. 2c Sto Pao: Landmark, 2013, - GAFROT él Diener Lat Fang. Pars Hache, (934 MCGOWAN, Michael. The bridge. Eugene: Pchwick, 2015. VERNE Jules. Voyage au centre dea Tee. Pris: Hetzel, 1864 WEY, joo Caros © il magico I: Luzes. Revista do Grande ‘vin de So Pula (GOSP),SE0 Palo, ana vo. 2, 2015, -AWIRTH, Osa © sibolams bein es rela com a quia ‘ea Franco Magonasa. Pr, 1930, Digoniel em: , Awe en 24 un. 2016 52 womunieromscoincombr a Odd ieAN BRUTA ODaiiuiall Moreh Eu sou uma Pedra Bruta Dentre tantas outras Sobrevivi as intempéries da Vida Sob chuva, vento... agradecida Meu espirito nasceu entre ranhuras, Tremores, abalos, gelo e lava Vagou por eras entre nervuras Uma Pedra Bruta que fala Imperfeita e bela criatura Nas méos desajeitadas do obreiro De Avental a proteger o umbigo Mago e Cinzel meus novos amigos Eu sou uma Pedra Bruta Nao sirvo, ainda, para algo edificar, Mas bem trabathada, estudada, Uma nova vida posso formar Vejo uma amurada sendo erguida E me pergunto: Onde me encaixo nessa vida? Calado ¢ atento, 0 Obreiro, nada fala, Apenas transpira ¢ atento trabalha Vejo uma amurada sendo erguida Sonko em ser: Reta, Angular, Lapidada Eu sou uma Pedra Bruta no canteiro Nas mos de um atento Obreiro Ele e eu ganhamos formas juntos Sendo instruidos pelos justos O Mestre pousa a mio no ombro do Obreiro Sorrindo the di Meu Amado Irmiio, estou satisfeito. Ir. Flivo Fererade Malo RLS Lz do Orie, 62706 (Oriente de Si0 Caetano so Diferencas e Evolucao ye eee ‘ibito de escrever textos, por tanto niio sei se este ser o primeiro e vinico ‘ou se com o decorrer do tempo outros serio eseritos. Varios estimulos me levaram, neste ‘momento, a colocar em letras alguns pensamentos que te- ‘ho observado na caminhada de um Macom e espero estar ccontribuindo de alguma forma com minhas colocagoes. Somos pessoas diferentes, as Lojas também tem suas diferencas, entZo como somos Irmios iguais,so- mos unidos? Realmente nfo somos iguais, ninguém € igual, mas somos bastante unidos. Acredito que isso ocorra em fungo de aceitarmos as imperfeig&es individuais. E isso mesmo, pois aceitar, conviver ¢ aplaudir virtudes como bondade, gentileza, simpatia, 54 etc. é muito fécil. Em compensagio, conviver, aceitar opinides e formas de ser contrérias, respeitando as in- dividualidades, nao é simples, mas produz uma liga- io extremamente potente. 0 tragado evolutivo desta cadcia inicia com 0 convite, que s6 € feito para um Personagem, o qual, de alguma forma possua uma li- ago com o proponente, existindo, portanto um elo afetivo ou social, sendo esta ligacio a primeira parte de um caminho que se adequadamente tracado, for- maré um Magom. Frequentando algumas Lojas, hoje vejo que o ini- ciado poderd ter trajet6rias distintas, pois os cuidados necessérios para estimular, de alguma forma, o enten- dimento basico ¢ o despertar da curiosidade, as vezes niio so oferecidos adequadamente. A base obrigatéiria das instrugdes estabelecidas nos rituais é fundamental © extremamente importante, mas no devem ser exclu- sivas, so uma base. Entendo como no minimo uma ingenuidade, passar velozmente pelas instrugdes com a finalidade de chegar a almejada e intitulada "plenitude ‘magénica", que talver nao exista. Ao ingressar na magonaria passamos a conviver em um mundo elaborado sob a batuta de simbolos, alegorias, metéforas ¢ uma série de fundamentos, os quais muitos niio esto acostumados a assimilar, ¢ mais, acredito que até aqueles familiarizados com es. ses estilos tenham algum tipo de dificuldade, Assim sendo, vejo com certa apreensdo a condugao dos pri- meiros passos dos iniciados, ciente de que a jornada € infinita e que cada um, como diferentes que somos, tem seu tempo. E mister que haja um equilibrio do compasso evolutivo, afim de nao ser uma trajetéria ™mon6tona ¢ infindével, assim como no deve ser uma Prova de velocidade contra o tempo, mas sim que hhaja uma forma equilibrada em que a interpretacdo, 0 entendimento gradual seja possivel. Assim como somos diferentes, temos Lojas dife~ rentes ¢ Ritos diferentes, contendo um conjunto de especificagdes e preceitos utilizados para se prati- ‘0S, mas todos com propésitos iguais, os quais, para os alcangarmos todos os esfor- gos devem ser empreendidos. Atividades festivas, fi- lantrépicas, culturais e outras, so bem vindas, mas Jamais devem superar aquelas que auxiliam os obrei- 108 a0 aperfeigoamento social, moral ¢ intelectual. A velocidade e as novas modalidades de comu- nicagdéo podem e devem ser utilizadas, mas sempre com 0s devidos cuidados de nao eliminar etapas ba- (Se Somos pessoas diferentes, as Lojas também tem suas diferencas, entéo como somos Irmdos iguais, somos unidos? SS sicas, através de fontes fidedignas e que promovam o estimulo ao aprendizado. Actedito que a leitura tenha um papel extrema- mente importante, digo até que seja fundamental, ara que o iniciado obtenha uma compressio adequa- da de conceitos ¢ a busca do entendimento de tantas metiforas, simbolos e alegorias. E ler um texto nfo € a mesma coisa que entender o texto, por quantas veres ji lie reli o mesmo texto ou mesmo um pard- grafo, para interpreté-lo. Mais complexo ainda, é a ratica efetiva de conceitos valorosos e fundamentais extrafdos de tantos ensinamentos que nos sto pro- porcionados, como por exemplo, no "Livro da Lei". ‘Vejo que o simbolismo muitas vezes transmite & nos- sa consciéncia informagdes que nos permitem um determinado entendimento, agindo como facilitador, uma ponte, sendo assim uma importante ferramen- ta no aprendizado, Entendo também que 0 convivio Prolongado em um meio onde so apresentados, de formas variadas, conceitos € comportamentos que transmitem a prética do bem, auxiliam na formagio de um Magom, porém, no serdo suficientes para busca de uma formagdo adequada, A busca do conhecimento é um processo de perseve- ranca, evolutivo e infinito, que se manterd a custa de uma ‘Variedade ce estimulos, os quais serio revelados a cada um dentro Uo seu proprio tempo, da sua prépria evolugdo.m ‘tr: Dirceu M, de Avarenga Menezes union YF ARS Loja ce Esucos Magticos Sebastio de Caro, 9° 150 rented Tes Roe © GLMERYCMSS, wmuinienoracicocmiy 55 niciar na ordem mag6nica requer do profano for- a € perseveranga do inicio do processo até seu assento na bancada rigida do aprendiz. em loja. Acreditamos que os candidatos, em sua maioria, es- barram na resisténcia inicial da famflia em aceitar a iniciago. Nao € por menos, pois a familia do preten- so iniciado tem 0 conhecimento leigo da magonaria. Muitos acreditam que se trata de uma seita secreta, em que seus seguidores exercem rituais macabros ou algo semelhante. O que € compreensfvel, pois é desta forma que os meios de comunicagao tratam a mago- naria, deturpando esta milenar Instituigio. ‘Vencido 0 preconceito familiar, o candidato fica ansiosamente aguardando 0 posicionamento da loja sobre sua aceitagao. Sio varios meses até que a afirmativa se concretize através do agendamento da esperada data. Seri neste dia que o pretendente a um lugar nesta escola de pedreiros ird montar 0 bode. Nossa, como escutamos histérias acerca do dia da iniciagao. Aos que tiveram a oportunidade de participar da Ordem Demolay chegam no dia da sua iniciagdo com ‘uma bagagem mais sobre aqueles totalmente leigos, Nao estamos aqui tratando do rito da iniciagao, mas 0 56 womunieromicoeacombe da simples vivénciaem um templo magdnico. ‘Apés a longa e quase —interminé- vel espera, eis que chega o grande dia, © entio profano se prepara. Ele niio sabe que faré uma inesquecivel viajem onde seus olhos es- taro vendados e sua imaginago —_vaguearé por um longo tempo, ma- terializando em sua mente as mais diversas sensagSes. © ne6fito no imagina, mas esté prestes a fazer parte de uma sociedade discreta. ‘Omada por simbologia ¢ ritos que o guiaro por uma nova senda, com o fito de crescimento pessoal e espi- ritual, somando ¢ unindo esforgos para construir uma Sociedade mais justa e igualitéria, A magonaria carrega tradigdes € principios de mais de 5.000 anos. Para isso, ela, que néio é uma Teligido, exige de seus membros a erenga em um tini- co prineipio criador, regulador, absoluto, supremo infinito denominado GA -.D.U-.. Aceita em seus quadros t2o somente homens livres e de bons costu- mes sem distincao de raga, credo ou posiciio social A iniciagdo estimula uma profunda reflexio, a0 exigir que o candidato se dispa de todos os seus obje- tos pessoais como: alianga, rel6gios, pulseiras, etc. O neGfito entio é colocado na camara de reflexes onde terd a oportunidade de pensar sobre sua caminhada até ali e redigir seu testamento filoséfico. Neste mo- ‘mento, 0 futuro magom comega a mergulhar no sim- bolismo da arte real, perplexo e curioso em conhecer tudo que esta a sua volta. igs ¥ renasga um novo ho- mem, pronto para pri- meiramente trabalhar seu Com a. iniciagio, propde-se a0 neotito a morte dos vicios do mundo profano como 0 orgulho, © preconceito © a vaidade, asperezas que devem ser des- bastadas de forma infindavel. Deseja-se que ali préprio eu. Convidado, pelo estudo e pela meditago, a apro- fundar no significado desse novo mun- do. B nesta trilha de esforco individual, com auxilio dos demais macons, transformar-se de pedra bruta em pedra poli © macom reeém iniciado tem uma ardua misao pela frente. E preciso trabalhar incansavelmente do meio dia a meia noite sob a luz do G-.As.D:.U... Hoje estamos no topo da coluna do Norte, mas cer- tamente e ao seu tempo caminharemos por todos os assentos, até chegar 0 momento em que poderemos escolher o lugar no templo da vida, sem nunca esque- cer que seremos etemos aprendizes.m ‘Autor, Ap. Eulee Rodigues dos Santos 'ARLS Unido do Vie da Gort, 115 ‘Ofenie de Jaraiba * GLMMGICHSB Referncas Biliogtce NEVES, Petro. Magorara andi dora de aprenciz aga, fio eacocts artigo e aceto 2. Belo Horizont: Fedo Neves 3013, CAMPOS, Tho Aves de: Isttucona Magni: Grau Aprende Lond: Ea Magénca “Troha, 201 | + Livro do Aprende Magom ltrs so exo da (Order e.ds Doutina Magica. winuurvercratariacomiy 57 (0 (ides de agosto no de 1954. Havia eu assentado praga na Forca Aérea Brasileira quando fui servir no Centro de Instrucdo Militar (CIM) em Natal (RN). Naquela noite de 24 de BA. agosto, a rédio anunciava 0 suicidio de Getdlio Vargas com um tiro no coragio. Quartel impedido, ninguém saia ou entrava, © comandante do Centro reuniu a soldadesca para narrar o triste aconteci- ‘mento passar-Ihe algumas instrugies. ‘Na minha inspirago poética, compus 0 mote: Falecen 0 Presidente Com um tiro no coracao. © Brasil desmoronou-se Quando correu a noticia Getilio suicidow-se. A imprensa comentou © povo também chorou De luto deixa a Nagao. Com grandes desgosto ardente — Faleceu o Presidente Com um tiro no corago Morto foi ele encontrado Num dos sal6es do Catete E ao lado do cadéver Um explicavel bithete ‘A sanha do inimigo Leva a morte comigo. Deixo minha retidiio... Com grande ardente — Faleceu o presidente Com um tira no coragio Mostrando a composigo a0 chefe dos meus instru- tores, 0 original chegou ao conhecimento do coman- dante do Quartel, que consignou ao poeta, diante das tropas, honroso elogio. rinta e trés anos depois, a revista Man- ¥ chete (N° 1.832 — 30-05-1987) pub cou substanciosa matéria: CARLOS LACERDA Rosas ¢ pedras do meu ca- — — minho que assim inicia: “Derrubador de presidentes”, definiu o jornal francés Le Mon- de, lembrando que Carlos Lacerda influiu no sui- cidio de Vargas, na rentincia de Jénio, n le Jango. Quando Lacerda morreu de enfarte,em 21 de maio de 77, houve quem indicasse como causa uma profunda frustracio: governo suspendera seus direitos politicos em 68, acabando com seu sonho de governar o pais. Neste décimo aniversé- rio da sua morte, aqui esti, em suas préprias pala- ‘Yras, um apanhado de suas principais impresses de vida publicadas, sob 0 titulo Rosas e Pedras do Meu Caminho, em onze némeros de MANCHE- ‘TE, hé 20 anos — em 1967. “Se morresse antes da hora, diria ao povo: Desconfie do democrata que nio se prepara para governar”, escreveu. Nao sa- bia que era profeta. No curso do depoimento de La- cerda condensado por Lorem Faledo, 1é-se 0 t6pico: “No dia em que Vargas se suicidou, 24 de agosto de 1954, eu acabava de passar a noite celebrando sua rendincia. Voltei a igreja, rezei por sua alma, profun- damente chocado com aquele desenlace que nio de- sejaria jamais. O suicidio foi um meio desesperado pelo qual Getilio Vargas procurou libertar-se dos erros acumulados € do grupo que o cercou. A carta- -testamento nunca existiu . Nao escrita por ele. O texto em trés vias chegou as mios de Getslio para ser assinado durante a dltima reuniéo do minis- tério com o presidente, na madrugada de 24 de agosto. Vargas assinou 0 papel sem ler 0 texto. O autor foi o publicista e industrial José Maciel Fi- Iho (0 grifo é nosso). Avvedete Virginia Lane deu uma versio sobre a mor- te de Getilio Vargas, que foi publicada por Ruy Castro, colunista da Fotha,em edicao de 16-02-2014. Ela disse: “Na madrugada de 24 de agosto de 1954, 0 presi dente Getilio Vargas estava na cama em seu quarto, no Palcio do Catete, quando quatro homens embu- ‘gados entraram pela janela e 0 mataram a tiros. Nao ria. Com ele, sob os lengéis, estava a vedete Virginia Lane, com quem Getilio tinha um caso de amor hi 15 anos. Da entrada dos assassinos pela janela até o fatal tiro no coracdo, Getilio teve tempo de tomar importantes providenci Virginia, em capa da revista A Noite Ilustrada, 1943 A primeira foi pedir a Virginia que jurasse nun- ca contar a ninguém que ele fora assassinado ~ ju- ramento que ela s6 quebrou ha pouco. A segunda foi chamar seu guarda-costas Gregorio Fortunato, certa- ‘mente dormindo no aposento ao lado, para que tirasse Virginia dali. Magicamente, Gregério materializou- se no quarto do presidente e, fiel 4s ordens do chefe, pegou Virginia nos bragos e a atirou pela janela. ‘Nas suas conclusdes sobre o depoimento da vede- te, disse Ruy Castro: “Pelas declaragdes de Virginia, nifo ficou muito claro 0 papel de Gregdrio nesse epi- s6dio. Por que ele dera preferéncia a salvar a vedete e nao defender o presidente? E 0 que aconteceu aos outros dois homens que ficaram para trés? E como Virginia conseguiu sair do Catete pelada e cheia de fraturas, e tomar um t4xi na rua sem ninguém per- ceber?” Virginia Lane morreu em 10 de fevereiro de 2014 aos 93 anos. (No curso da matéria, diz Ruy Castro que esse rrelato consta de uma entrevista concedida por Virginia a Radio Globo, em 2012, facil de encontrar no You Tube) ‘Aisoe:le Zelto Magalies 'ARLS Vara de Canaho, 88 | Orente de Frieza * GLMECECMS rmwunhesonacencoconir 59 DEDICACAO DO GRAU DE COMPANHEIRO . Companheiro Magom é um obreiro com no- ) vos conhecimentos, novas ferramentas € no- arefas na construcéo do Edificio, uma ‘yer que “deixastes de se dedicar ao trabalho fisico de aparelhar arestas, para iniciar 0 esquadrejamento € 0 polimento (...) na Pedra Cibica”.! “O Grau de Companheiro do Rito Brasileiro € consagrado & exaltagiio do trabalho construtivo € a0 estimulo da solidatiedade mag6nica, iluminados pelo sentimento superior da espiritualidade que emana da Estrela Radiante”? ‘A Dedicagio do Grau de Companheiro é a “exal- taco do trabalho”. Porém, é muito mais amplo e ex- traordinario, visto que, além de estimular a produgio, também incita a divisio do produto com os seus se- melhantes, assim fomentando o senso solidério. trabalho e a solidariedade estdo intimamen- te relacionados, devendo estar sempre sob a Luz, da Sabedoria do S -.A-.D/.U-., que é represen- tada pela Estrela Flamejante. No entanto, sob as nuyens da ignordncia se tornariam desordenados ¢ infrutiferos.* ‘A Estrela Radiante, Flamejante ou Flamigera, para © Macom, simboliza 0 Génio que eleva a alma as Sw premas tarefas, emblema da Divindade, principio da sabedoria, Estrela luminosa da Maconaria, Luz que ilumina os discipulos, eterna vigiliincia e protecao do Ss.Ac.Ds.U-.. Segundo J. Castellani eR. Rodrigues, a Estrela Flamejante representa 0 Homem Ideal, que deve ser a grande aspiracdio do Companheiro.A Estrela Lux, ¢ Luz é 0 simbolo da verdade e do saber™*6 NO RITO BRASILEIRO Eclesiastes 9:10' O trabalho realizado com sabedoria edifica ‘obras marayilhosas’, onde toda inércia desaparece, 0 uni verso sofre gigantescas transformagées ¢ tudo per- ‘manece em constante ‘movimento’. © Companheiro deve sempre exaltar 0 trabalho com respaldo nos nobres’prinefpios da dignidade, principalmente nesta época em que os valores inver- ‘sos sobrepujam a ética,e as tarefas ndo sao executadas com alegria e nem consideradas parte do crescimento spiritual. Para aperfeigoar tanto o seu labor quanto a 60 srwsanserorsccianortr O Grau de Companheiro do Rito Brasileiro é consagrado a exaltagao do trabalho construtivo e ao estimulo da solidariedade magénica mv VR ATVVVVVIN si mesmo, 0 Magom utiliza-se de todas as ferramentas colo- cadas & sua disposigiio® Ele deve manter a deter- minagéo © 0 bom senso do Mago ¢ do Cinzel; inserir eri- térios e regras em sua vida, Iembrando-se da Régua de 24 polegadas; buscar a justi- a ea sabedoria do Compas- so € do Esquadro, sempre manter a fraternidade entre 05 irmaos. Simbolicamente, na Arte Real, cada membro € um ponto de apoio, que, quando unidos, represen- tam a Alavanca. Um enot- me poder que s6 a Ordem propicia.”"™" “Dai- me uma alavanca e um ponto de apoio que moverei o mundo”. Arquimedes Fildsofo grego, 300 aC. Além dessas ferramentas, a Trolha também com- pie o painel simbélico do segundo Grau. Dentre tan- tos significados, simboliza a indulgéncia, cabendo a0 Magom a nobre tarefa de usé-la para corrigir os even- tuais rebordos restantes entre 0s irméios. Alids, 0 trabalho do Companheiro se funde com 0 espirito fratemo e os conceitos de Irmandade — ja en- raizados em seu coragdo desde o inicio da sua jornada como Aprendiz® Sendo 6 Magom o portador das ‘chaves’ da ver- dade, cabe deixé-lo abrir a porta, ¢, com sua vida, e ndo com palavras, pregar a doutrina que professa ha tempos. Assim, unindo @ espiritualidade Divina e a fraternidade humana para concluir o Templo Eterno, ou seja, 0 Grande Trabalho, gerador de todas as coi sas pelas quais € Glorificado 0 Criador!™ “ORAGAO E TRABALHO SAO OS RECURSOS MAIS PODEROSOS A CRIACAO MORAL (...). AORACAO E 0 [NTIMO SUBLIMAR-SE DA ALMA PELO CONTATO COM DEUS O TRABALHO E 0 INTEIRAR, O DESENVOL- VER, 0 APURAR DAS ENERGIAS DO CORPO E DO ESPIRITO, MEDIANTE AACAO. CONTINUA DE CADA UM SOBRE SI MESMO E SOBRE 0 MUNDO ONDE LABUTAMOS. (...) O CRIADOR COMECA E A CRIATURA ACABA ACRIACAO DE SI PROPRIA. QUEM QUER, POIS, QUE TRABALHE, ESTA EM ORACAO AO SENHOR.”** Se até 0 préprio Supremo trabalhou arquitetando o universo, como seria aceitavel que a Magonaria ad- mitisse 0 parasitismo e o comensalismo? ‘Quem niio age, no vive’, por isso 0 Magom deve trabalhar & exausto. Assim, o homem que nio vive do resultado do trabalho, ndo deve pertencer & Ordem. E a espa- da é concedida ao Magom para contrariar os antigos costumes da nobreza, e honrar somente os que trab- Tham, ou seja, os que usam avental.'* 62 “O que furtava ndo furte mais; antes trabalhe, Jazendo algo de util com as maos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade” . (Efésios 4:28)! Asolidariedade, a alegria ¢ 0 pensamento positive devem acompanhar 0 Magom na edificagio do Tem- plo, inevitavelmente, 0 ocupando com a preparagiio do seu proprio intelecto', Como disse o escritor ame- ricano Ralph Waldo Emerson: “Uma das mais belas ‘compensagdes desta vida € que nenhum ser humano pode sinceramente ajudar 0 outro sem que esteja aju- dando a si mesmo.” (1847). © Macom deve sempre ser um ‘trabalhador por exceléncia’, com perfeita e justa razdo deter 0 codi- nome ‘Obreiro’e designar o local de sua labuta como ‘Oficina’. Esse conceito se toma cabivel ao Compa- nheito Magom, quando sua qualidade de trabalhador se enaltece frente a0 seu espitito solidario, e passa entiio a compor a esséncia filosofica do Grau! Maior seré o bilo quando descobrir, em verdlade, que a construgio € um provesso de transformagio, no qual, em cada pedma assentada, 0s vicis so suprimidos, assim ‘como a infolerdincia, os ressentimentos, os receios, as mé- ‘201s ¢ tudo que se opse a Virtude, sdo eliminados e, grada- tivamente, o espiito sobrepuja a matéria. Aste fenémeno, “ouso chamar de Espiritualidade macOnica,¢ afirmar que, apenas através do trabalho, ela poderd ser verdadeiramente aprofundada no interior de cada magom. Nao um conceito que se aprenda em livros, tem de se sentir ¢ de se viver como fruto de um percurso inicidtico. A espiritualidade que aqui tratamos remete-se para a relago do homem com 0 divino, em vida, - aqui na Terra - e como essa relago pode condicionar as suas ages com vista ao cumpri- ‘mento de um ideal ou desfgnio.” Caracteristica indis- pensiivel ao aprimoramento da humanidade, que é 0 principal fundamento da Ordem.?m ‘Autor Ir Rachgo de Aes Massota ARLS Deus, usta e Uno? 2446 (Oriente ce Belo Heraonte » GOBMG Rete Biblogtifica |, Rita 2° Grau Compania Magom - Fito Brasero/ Grande Orien- 1 do Bras. pag. 201 - 202 So Paulo, 2009 2. Rita 2° Grau Companioro Magom - Fito Basler / Grande Oren- te do Bras. pag. 52. Sia Pano, 2008 3. Caster Jsé @ Rdeigues Raimunda, Cath do Comparheice, pg, 193, ~ 4 Ed ~ Landing: Eek Magica “A TROLHA, 2003, 4. Guedes, Palo R. usino. Anise da ecesertacio sims oa Estrela Flararte. Revita Universo Magdrico, n° 29 dezembro/2014. Ed Dominio 5. Camino, Rzardo da, Sinblsmo do Segundo Grau Compan! ag, 193.4 Ee — Rio de Jano: Ea Aurora, 1550 6. Dla fiir, Raymundo. Magonaria- 80 InstugSes de Compan. ag. 42€51.~ I Ed, So Pau: Bd. Mascras, 2013 7. Ala Sagrada, aude er Jodo Ferrara de Ameida, ECLESASTES, 9:10/ Sociedade Biblia do Bras, rasa DF 1968 8, Dia nor, Raydo, Nagonara - Strobes de Compantero, pag, 164— 166 ¢ 168.— 1° Eo, ~ Sao Paulo: Ed. Matra, 2013 8. Nerones, Ricardo. A terciraviagem do Camnanhiro Magom — Ra Alaanca Reusta Universo Manco, n? 29 dezembro/2014, Ed Dominio 10. DBianior,Rayrunde, Magonari- 50 Insucdes de Compan pag. 110-113._ [® Ea - Sto Pao: El, Maras, 2013 11, Cara, Dsio Piro de. Os Inetumentis de Compartir Magom = Medias cs cosas. RevitaUniverso Magno, n? 28 — out bre/2014. £4. Domhio 12. Castel Josée Reciques Ramco, Cartiha de Compartir, peg, 97. —4 Ed. ~ Loner: Ed. MagBnica A TROLHA, 2009. 13, DBia ini, Raymundo, Magcrar- 50 InstugBes de Compsnhero, pag. 275, 1° Ed. ~Séo Pale: Ed, Matas, 2013 14. Barbos, Ruy. Oragio aos mogos. Pag. 26 27.— So Paulo: E Marins Clare, 2003 15. DEIainr Raymundo, Magnara- 50 stages de Comparhei, ag. 284 — I° El, —Sio Paul: Ea, Masa, 2013 16. Biblia Sepac, aduzia por Jato Frei de Almeda. EFESIOS 4:28) SoccadeSibica do Basi, Brasla~ DF 1969 17. Eduard Souza Joss. O trabalho magico @ espintuaéade — Disp nap (Avon maconara neportalindex phoarigas/96-0-rababo-rnaconi- co-e-zespritualdade tml Acesio em 73 de abi de 2015 neem 6 3 RITO DE YORK NO GRANDE ORIENTE DO BRASIL por conta deste tema, especialmente a “tinta digital” das publicagdes nao impressas. O objetivo deste trabalho é esclarecer alguns pontos sobre este Rito, que no ano de 2015 foi o que percebeu o maior crescimento no Grande Oriente do Brasil, com o aumento de dezoito novas Lojas no territério nacional. 6A maniacs conte UM POUCO DE HISTORIA: A ORIGEM DO RITO E DA MACONARIA A estrutura magénica que conhecemos com o siste- ma obediencial regido por Grandes Lojas ou Grandes Orientes — como é o caso brasileiro — tem origem na Inglaterra, no ano de 1717, prestes a completar tre- zentos anos de atividade ininterrupta. Nao ¢ objetivo neste ensaio ater-me aos detalhes e quais as causas aque levaram a fundagdo deste tipo de estrutura mac nica na Inglaterra, mas comprometo-me a descreve- -los num préximo texto. O fato & que a magonaria ‘moderna, especulativa, congregada num sistema obe- diencial, teve origem em Londres em 24 de junho de 1717 (no coincidentemente no dia de Sio Joao Ba- tista), onde reuniram-se quatro Lojas: * Goose and Gridiron Ale-House (Cervejaria do Gan- soe da Grelha) + The Crown Ale-house (Cervejaria da Coroa) + The Apple-Tree Tavern (Taverna da Macieira) + The Rummer and Grapes Tavern (Taverna do Copo e das Uvas) Na poca as Lojas ndo tinham nome. Fram identi- ficadas pelo local onde se reuniam. Estas quatro Lojas fundaram a Grande Loja da Inglaterra, também co- nhecida como PREMIER GRAND LODGE ov ainda Cervejaria do Ganso e da Gretha onde tudo comesew LOJA DOS MODERNOS ~ um apelido jocoso que foi outorgado por uma Grande Loja rival, fundada em 1751, que se auto denominou “dos Antigos”. No solo inglés foram fundadas mais trés Grandes Lojas que tiveram duracdo efémera, até que em dezembro de 1813 as lojas remanescentes (dos “Modemos” ¢ dos “Antigos” fundiram-se numa tinica Loja, a Grande Loja Unida da Inglaterra ~ GLUI.A diregdo da recém fundada Grande Loja optou por criar um novo ritual, pois seu entendimento fora'que, se fossem mantidos 0s rituais dos “Antigos” e dos “Modemnos” néo have- ria uma unio “de fato” Para obter 0 (entéo) novo ritual foi fundada no dia da assinatura do Act of Union (Tratado de Unido) i. Vonsiniahoracorimcemir 65 Grande Oriente do Brasil CERIMONIAS EXATAS RITO de YORK 12GRAU (APRENDIZ) (EMULAGAO ) ‘raduzidas em 1920 do ORIGINAL INGLES Pelo Ven.-Ie:.AJ.TSADLERP-AGD.C:PDGM. para 0 Gr.: Cap. do Rito de ¥ ST. RK. do Gr.0r. sto Brasil Ritual de 1983 27 de dezembro de 1813, uma Loja especificamen- te com esta finalidade, a “Lodge of Reconciliation” (Loja de Reconciliagio), oriunda de duas Lojas, mais, precisamente da “Burlington Lodge e “Perseveran- ce Lodge”. Apés quase trés anos os magons noté- veis destas duas Lojas entraram num consenso sobre 6 novo ritual, submetida & diregdo da GLUL. Apés aprovado, fora ensaiado por cerca de sete anos € em 2 de outubro de 1823, ocorre a sua primeira demons- tragio para o piblico magdnico em geral — ou seja, entre a fundagao da GLUI e a primeira apresentagao do ritual passaram quase DEZ ANOS. Em seguida a Lodge of Reconciliation foi dissolvida e o encar- go de demonstrar o (entio) novo ritual ficou para a Emulation Lodge of Improvement for Master Ma- sons ~ Loja de Emulagao para Aperfeigoamento de Mestres Magons, ou simplesmente ELol. A opcao de no aprovar qualquer edigao impressa do novo Ritual Ritual de 1920 on €Exactas — * Arte Maconica come foram aeictelagt sancecionadas ¢ confirmadas PELA The UNITED GRAND LODGE OF ENGLAND em Bde Junho dest E COMO FORAM ENSINADAS NA THE UNIONS EMULATION LODGE OF IMPROVEMENT for M.Ms. ~ — EREEsason’s Hatz, Loxpons Traduosao approvada, sanccioniada.e confirmada pelo Grande Capitulo do Rito”de York (sob os auspicios do Grande Oriente do Brasil) ¢ feita por membros do mesmo, Rio de Janeiro 1020. Todot os direitos resersaitos foi determinante para que a tinica forma de aprende- -lo foi pela sua demonstrago semanal — exatamente pela ELol. Deste entio a ELol retne-se todas &s sex- tas feiras, de outubro a junho, a partir das 18:15 horas DEMONSTRANDO os trabalhos dos trés graus e de instalagdio de Venerdvel Mestre. Na Inglaterra nao existe o conceito de “rito”. La existe apenas UM, elaborado pela Lodge of Recon- ciliation e demonstrado pela ELol semanalmente. ‘Mas nao é 0 tinico RITUAL praticado pelos ingleses. Atualmente por Id existem mais de trinta sistemas, € ‘os mais conhecidos so (além do Emuation): Bris- tol, Cambridge, Stability, West-End, Logic, Oxford, Taylor’s, Perfect Ceremonies, dentre outros. Apontei propositadamente este sistema ~ PERFECT CERE- MONIES — por tiltimo, pois quero cité-lo mais adian- te. De modo muito distinto do que ocorre no Bras estes sistemas tém pequenas, sutis variagdes entre si 66 rvaunieromscinicn come Basicamente sio releituras do que fora inicialmente demonstrado pela ELol, agregado com os costumes das Lojas que praticavam magonaria antes da unido das Lojas € dos ritos. Por este motivo na Inglaterra néo existe 0 conceito de “rito”. O Oficio mag6nico € chamado indistintamente de CRAFT ORITUAL demonstrado na ELol no é “mais um” dentre os quase cinquenta sistemas: corresponde ao que foi convencionado pela Lodge of Reconciliation, na ORIGEM do (entiio) novo sistema littirgico, concluso em 1816 ¢ demonstrado pela primeira vez.em 1823. Tanto os “Antigos” como os “Modernos” foram, fundados em Londres. Alguns autores, alheios aos fa- tos hist6ricos, afirmam que os “Antigos” originaram- -se em York. Mil vezes no! A “Grande Loja de Toda a Inglaterra” (nome oficial dos “Antigos”) foi forma- da por magons irlandeses e escoveses que niio encon- traram abrigo na Premier Grand Lodge. Como néio encontraram guarida, fundaram uma Grande Loja RIVAL, e por conta de certas supressGes que os ma- ‘cons da Premier Grand Lodge realizaram, apelidaram de “modernos” — 0 que efetivamente nao era nada bom para uma associagéio que tinha como uma das premissas a ANTIGUIDADE. O ap perdura até hoje. © fator determinante para a unio entre “Mo- demos” e “Antigos” foi a “Lei das Sociedades Ile- gais”. Tenham em mente que o continente europea fervilhava de conspiragbes e derrubadas de tronos, ¢ originalmente a Magistratura Civil pretendia excluir ‘TODAS as sociedades secretas — e a Magonaria era uma delas. Por conta da grande influéncia dos seus respectivos Grdio-Mestres - Edward — Duque de Kent ~ Griio Mestre dos “Antigos” e Augustus Frederick — Duque de Sussex ~ Gro Mestre dos “Modernos” a ‘magonaria foi preservada, mas desde que se fundisse numa nica associacdo — e foi o que ocorren em 27 de dezembro de 1813, dia de So Joao Evangelista. Estava formada entdo a magonaria inglesa de forma Xinica, € assim permanece até hoje. Embora existam mais de trinta sistemas littirgicos na Inglaterra, a flagrante maioria das Lojas trabalha seguindo as diretrizes elaboradas pela Lodge of Re- conciliation, e DEMONSTRADAS pela ELol de ou- tubro a junho, as sextas feiras no Freemason’s Hall, em Londres, conhecido como EMULATION RITU- AL exatamente por conta do nome da LOJA que to- mou para si o encardo de demonstré-lo. 0 “pegou”, € s primeiros magons ingleses vieram em profustio a0 Brasil na construgio das estradas de ferro no Rio de Janeiro. E importante salientar que apenas pouco mais de vinte anos apés a consolidagio do invento da locomotiva na Inglaterra, ela foi trazida ao Bra- sil pelas maos do Baro e depois Visconde de Maus — mais precisamente em 30 de abril de 1854, Junto ‘com 0s engenheiros € demais especialistas ingleses vieram também magons, que no encontravam nas Lojas magénicas brasileiras um ritual que atendesse seus costumes originais. No mesmo perfodo chega- ram estadunidenses no Brasil, pela fuga dos Confe~ derados apés a sua derrota na guerra civikno seu pais de origem, Estes imigrantes se estabeleceram no inte- rior de S. Paulo, em Santa Barbara D’Oeste e depois fundaram o municipio de AMERICANA. Neste fluxo Theodore Langgaard de Menezes wmarvesamacsncocomts 67 A primeira iniciagao em lingua portuguesa ocorreu em 1903 na Loja EUREKA n° 440, no Rio de Janeiro. O candidato foi Theodore Langgaard de Menezes migratério também vieram magons estadunidenses, que praticavam 0 seu ritual ~ diferente dos rituais praticados em terras brasileiras. Embora falassem o mesmo idioma, magons ingle- ses cestadunidenses ndo tinham (e nem tém) 0 mesmo ritual. A magonaria estadunidense pratica um ritual pretensamente praticado pelos “Antigos” (1751). Isto niio se pode afirmar categoricamente, pois o ritual nfio era escrito, tampouco publicado ~ mas nos BUA foi patenteado por Thomas Smith Webb, juntamente um sistema progressivo de graus. De forma semelhan- te & Inglaterra, em relagio ao que conhecemos com “Simbolismo” nio existe 0 conceito de “RITO”, As Lojas estadunidenses trabalham num mesmo sistema litirgico, conhecido lé como “BLUE LODGES”. Em relagdo & pratica litingica, igualmente se pode garan- tir que o sistema elaborado pela Lodge of Reconcilia- tion nao foi alterado na sua origem, pelo mesmo mo- tivo. Embora o Comité da ELol desde sempre prime pela exatidio da sua execugiio, ndo se pode garantir ‘que nunca houve qualquer alteragdo. Obviamente pe- quenas adaptagdes nas edigées dos rituais impressos ‘ocorrem nas edigdes dos rituais A mais significativa ‘ocorreu em 11 de junho de 1986, onde a Grande Loja decidiu que “todas as penalidades fisicas fossem su- primidas dos juramentos prestados pelos Candidatos nos trés Graus, bem como pelo Mestre Eleito na sua Instalagiio, mas citados nas respectivas ceriménizs”. (Os macons ingleses fundaram lojas para a sua pré- tica, mais precisamente as seguintes: + Orphan Lodge n° 616 [Loja Orfi] - Rio de Janeiro em 17 de fevereiro de 1833 pelo inglés Joseph Ewbank, dois anos ap6s a reinstalaio do Grande Oriente do Brasil * St. John's Lodge n° 703 [Loja Sio Joo] - Rio de Janeiro em 21 de setembro de 1839 * Southem Cross Lodge n° 970 [Loja Cruzeiro do Sul] — Recife em 15 de junho de 1856. Estas lojas tiveram vida efémera. A St. John’s Lodge n° 703 — abateu colunas em 1862; a Southern Cross Lodge n° 970 — abateu colunas em 1872/73 € a Orphan Lodge n° 616 - abateu colunas em 1844 ou seja, este conjunto de lojas durou pouco mais de quarenta anos. ‘Mais uma vez os magons ingleses estavam alija- dos das suas préticas litirgicas, até que em 1912, sob a gestio do Soberano Irmo Lauro Sodré, houve um desfecho satisfatdrio, Naquela época 0 Grande Orien- te do Brasil era uma poténcia magOnica MISTA, isto €, 0 Grdo Mestre do Simbolismo regia também os Corpos Filoséficos dos ritos praticados. Embora os “altos corpos” sejam inexistentes na magonaria in- glesa, a alternativa foi fundar um “Grande Capftu- Io do Arco Real”. Faz parte da constituigao inglesa que “a antiga magonaria € composta por trés graus ~ Aprendiz, Companheiro, Mestre e o Sagrado Arco Real”. Embora aritmeticamente impreciso, 0 grau compreendido na Ordem do Sagrado Arco Real é IN- DISSOLUVEL da magonaria simbélica, e faz parte integrante da Lenda do Terceiro Grau. Faltava dar um NOME 20 rito, pois no Brasil existia (e obviamente ainda existe) mais de um, Na Inglaterra no existe © conceito de “Rito”, pois todas as Lojas trabalham no mesmo, com cerca de cinquenta variagdes — como {if foi dito, Estas variagdes so muito sutis, de modo istinto do que ocorre no Brasil, onde sinais, toques, palavras sagradas e outros elementos so muito, mas muito diferentes entre 0s ritos que praticamos. Como CONVENCAO foi adotado em 1912 sob 0s auspicios do Grande Oriente do Brasil 0 nome de “Grande Capftulo para o Rito de York”. Para quem critica uma CONVENCAO, lembre-se que a escolha foi uma mera... convengdio! Para 0s magons ingleses era indiferente 0 nome adotado — o importante era apenas a PRATICA LITURGICA que doravante es- 6B vmrercrcoricocmbr tavam habilitados a praticar. $6 como curiosidade para quem insiste em chamar 0 nome de “inadequa- do” ou adjetivos menos urbanos, existe um esporte praticado predominantemente nos EUA chamado “football”, enquanto que © nosso “futebol” Id é cha- mado de “soccer”, sem que nenhuma alma earidosa chame de “certo” ou “errado” este ou aquele nome. Enfim, a criago de um “corpo filos6fico” — vamos assim chamar, mesmo com ébvia imprecisio ~ foi suficiente para promover legalidade aos rituais prati- cados pelas Lojas dos ingleses. Até entiio as seguintes Lojas praticavam a liturgia inglesa, apontadas abaixo com os Orientes e respecti- ‘vos anos de fundacao: + Eureka Lodge n°440, Rio de Janeiro, RI, 1891 + Duke of Clarence n° 443, Salvador, BA, 1893 * Morro Velho n° 648, Nova Lima, MG, 1899 + Unity n? 792, Siio Paulo, SP,1902 + Saint George n® 817, Recife, PE, 1904 + Wanderers n° 856 , Santos, SP, 1907 A primeira iniciago em Iingua portuguesa ocorren em 1903 na Loja EUREKA n? 440 - Rio de Janeiro. O ‘candidato foi Theodore Langgaard de Menezes e quem conduziu foi o Venerdvel Indio Henry L. Wheatley. A ceriménia em portugués da iniciagao do Ir mio Theodore Langgaard de Menezes, teve como base o ritual THE PERFECT CEREMONIES OF CRAFT MASONRY. Isto é de suma importancia, pois apesar de can- tado em verso e em prosa que 0 GOB utiliza o ri- tual demonstrado pela Emulation Lodge ~ ou ainda © “Emulation Ritual”, isto no coresponde & nossa verdade hist6rica. E mais. A primeira tradugio do ritual inglés foi realizada pelo Indo J. A. Sadler, ¢ impresso na Inglaterra em 1920 — ou seja, oito anos APOS a oficializagio deste ritual no Brasil. O frontis- picio do ritual do Irmo Sadler declara: “Ceremonias Exactas da Arte Magonica como foram aprovadas, sancionadas e confirmadas pela THE UNITED GRAND LODGE OF ENGLAND em junho de 1816.” Nesta ediedo de 1920 o nome de quem traduziu 0 ritual foi omitido. Na edigdo seguinte, agora impressa no Brasil em 1983, aparece: “CERIMONIAS EXATAS DO RITO de YORK (EMULACAO) Traduzidas em 1920 do ORIGI- NAL INGLES PELO Ven.’. Ir’. A. J. T. SADLER, PA.D.D.C;; PD.GW para 0 Gr. Cap. Do Rito de York do Gr. Or. do Brasil.” Existem elementos minimamente curiosos no tex- to do ritual de 1983. Em primeiro lugar, o Grande Oriente do Brasil deixou de ser uma poténcia Mag6- nica Mista em 1929 — ou seja, nao existia qualquer relagio direta entre os corpos filos6ficos ~ inclua-se © “Grande Capitulo do Rito de York” fundado em 1912 e 0 simbolismo, Depois da cizinia promovida por Mario Marinho de Carvalho Behring 0 GOB dei- xou de exercer o cardter misto — os Corpos filossficos tinham vida independente do Simbolismo. E mais. A primeira edigiio do Emulation Ritual (ritual demons- trado pela ELol), aprovadas pelo seu Comité, ocor- re em 1969! Portanto é IMPOSS[VEL que um ritual impresso pela PRIMEIRA VEZ em 1969 tenha sido traduzido em 1920, colocando por terra qualquer ar- gumento racional que originalmente no Brasil se pra- ticou o “Emulation Ritual”. Como 0 nomé sugere, ou melhor DECLARA, 0 sistema litirgico 6 PERFECT CEREMONIES (CerimOnias Exactas, como traduzi- do pelo Irmio Sadler). As priticas macOnicas inglesas permitem uma boa dose de liberdade nos procedimentos litdrgi- ‘cos das suas Lojas, e isto € esperado pois, como jé foi dito, passaram-se DEZ ANOS entre a fundaciio a Grande Loja Unida da Inglaterra e a primeira ‘apresentagao do (entio) novo ritual. Enquanto isso as Lojas continuaram iniciando promovendo os magons de grau. A prética dos “Modernos” nao continha o cerimonial de instalagdo na Cadeira de ‘Venerdvel Mestre, enquanto a dos “Antigos” tinha. Esta prética foi incorporada nas demonstragées da ELol somente em 1827, ocasitio que se padronizou este cerimonial. Concluindo, hd muito o que se desmistificar nesta prética liuirgica que 0 Grande Oriente do Brasil con- ‘yencionou chamar de “Rito de York”. E 0 que consta nas nossas Cartas Constitutivas, € 0 que consta nos nossos Rituais, 6 0 que consta no tratado com a ma- onaria inglesa em 1912 e ratificada em 1935, m or I, CexarA, Ming |ARLS Tempo de Eston n° 3630 } (Oriente de Sto Fado» GOB/SP BIBLIOGRAFIA Emulation ital ~ Leis Masonic — 13% igh 2014 ial do Rito de York ~ 1920 Impress ra ingaterra Rial do Rito de York — 1983 — Impcessa ra Grafica do GOB Presa do Imo Pri Gana V Seino Manion ~Campinas,rav?2007 \womuveromacorcacomtr 69 PILULA MACONICA | FN PAPAL PAARL) ‘tren er i - i CLEMENS EPISCOPUS © contrétio do que muitos pensam, a palavra , “Bula” nfo refere-se somente a um documen- AA to Papal. Ao contrério, na verdade, segundo Dicionério Aurélio, “Bula” € um antigo selo de ouro, prata ou chumbo, pendente de documentos emitidos por pa- pas € outros soberanos, e que resultava da compres- sio do metal entre dois cunhos. Refere-se, também, ao impresso que acompanha um medicamento ¢ contém informagées sobre com- posigdo e posologia do mesmo. No caso da Igreja Cat6lica, as “Bulas” so desig- nadas muitas vezes com as palavras pelas quais co- mecam, distinguindo-se de acordo com sua destina- do. Desse modo, temos bulas de excomunhao, bulas doutrinais, etc (Aslan). Existem muitas Bulas Papais contra a Magonaria, sendo as mais importantes a “In Eminenti” ~ 1738 (foi a primeira para a Magonaria Especulativa). “Apos- tolicae Provida” — 1751. “Quo Graviora” — 1825. “Qui Pluribus” — 1846.“ Humanum Genus — 1884, et etc Segundo 0 Mestre Nicola Astan, todas elas atri- buiram & Maconaria intengdes que ela nunca teve, € Humanun Genus Bree Latter of i POPE LEO XIIT FREEMASONRY Ari 20,884 Rev. Gerald Treacy Sj tornaram-na responsavel, gragas s caltinias de Pe. Barruel, de todos os empreendimentos das socie- dades secretas politicas. Acusaram-na de conspi- rago contra 8 Igreja, poder temporal, maliciosa- mente confundida com a Igreja, poder espiritual, e contra os legitimos poderes civis, represent dos pelos reis absolutistas. Continuando com 0 Mestre Aslan que nos re- lata em sua Enciclopédia: “nao cabe aqui tira justiga de todos esses documentos. Fica, po- rém, a impressdo de que a Santa Igreja, por seus dirigentes, quase todos pertencentes & nobreza, sempre esteve mal informada, e seus membros, imbuidos da prepoténcia da aristocracia de en- to, julgavam-se acima de qualquer critica e uti- lizavam os mesmos métodos dos reis absoluti tas”. Estes, ao darem uma ordem, costumavam acrescentar: “Porque tal 6 0 meu bel prazer”. bres EA 00 Mee. Geimo Neto eda 22.5 )acqus de Molay 0° 2778 . (Orerte de Sio Fao + GOS?/GO8 scu- 70 wonwurivereracoreascmir Hew fr. & aaa Comunicamos 0 recebimento da revista Universo Magénico n° 33, a qual jé estamos terminando de ler. Queremos parabeniza-lo pelo excelente trabalho, pois os _ artigos séo de uma qualidade inigualaveis, faceis e agradaveis de serem lidos, so _—_Ieituras enriquecedoras. Estou bastante feliz de ser assinante de tio bom material. F Aguardamos a chegada dos novos exemplares com os artigos de Alberto Galletin __—- Mackey, Landmarks de Mackey. Grato pelo seu pronto atendimento, rogando ao G..A-.D..U:. que cubra de béngdos este Irméo e 0 ilumine cada vez mais. = Orly Alves de Freitas Fiquei muito feliz em fazer parte da edigao 33. A diagramagao ¢ 0 carinho com meu texto foi impecdvel. . Flavio Mello ae Universe Macénice na Informahim — A Revista Universo MagOnico foi destague no Informatio Informabion n° 412, publicado em Agosto de 2016. Abaixo reproduzimos a nota: / O Ir. José Aleixo é um empresério de admirdvel conceito no mundo | das comunicagées, onde tem feito prosperar a Editora Novo Oriente, | responsével pela publicagao do Guia Macdnico Nacional e da revista Universo Macénico, esta de circulagéo trimestral. A edigao de junho, | cuja capa estampamos, presta homenagem aos aprendizes macons coma inseredo de varios artigos e matérias de cunho doutrinério | | = pertinentes ao Grau. Além de muitos outros assuntos do maior interesse para Ordem, em todos os seus Ritos e Graus, nos campos da simbologia, espiritualidade, historia, vivéncia magonica, esoterismo, ritualistica, literatura. O Presidente da ABIM agradece a consideragao do Ir: José Aleixo em publicando 0s seus artigos nessa revista de leitura do atraente. A Revista Universo Macénico tem registro ABIM. Editor: José Aleixo Vieira, E-mail: josealeixo@ editoradominio.com.br S Site: www.universomaconico.com.br | 3 ooneagage m1 Tempo de Estudos A INSTRUCAO Fator essencial da Educagado Macénica oy R A instrugao, como qualquer instrumento de outra natureza, tem, pois, seu uso eficiente garantido na medida em que se incorporar ao patriménio das experiéncias individuais, podendo assim ser utilizadas de diferentes maneiras a a considerar 0 verbo “educar” como rigorosamente pronominal. © exato, pois, a nosso ver, é 0 “edu- car-se”, “eu me educo”, “nés nos educamos”. Re- almente, 0 fenémeno da educagio, em si mesmo, € puramente individual e psiquico (LOURENCO. FILHO, s/d), porque, ou 0 préprio individuo or- ganiza suas experiéncias (DEWEY, 1936), ou nin- ‘guém poderé fazé-lo por ele. © fendmeno puro da educagiio é, portanto, a autoeducagao, quer para as experiéncias biéticas, quer para as psiquicas e/ou ‘quer para as sociais. © que acabamos de afirmar, contudo, nao im- pede 0 reconhecimento do importante ¢ decisi- Vo papel que, no nosso caso a Maconaria, exerce sobre 0 processo educative nem implica negé-lo (AZEVEDO, 1940). Ea Magonaria que cria 0 cli- ma, proporciona 0 meios, determina os objetivos entago dese processo. O individuo educa © sempre para determinada situagao e, de certa maneira, por meio de uns tantos recursos técnicos materiais ¢ humanos que a Magonaria Ihe prepara cuidadosamente. Nesse sentido é que devemos fa- lar nos aspectos sociais da educagio, considerada como processo social. Dos aspectos sociais da educacao, os intencionais (compreende as situagdes em que o grupo, no qual € para 0 qual o individuo se educa, prepara condigées a fim de suscitar ideias, atitudes e comportamentos que, dados certos padres e valores pré-estabelecidos no proprio grupo, este mesmo julga indispenséveis a perfeita incorporagio e ajustamento do educando em seu seio) siio, sendo os mais ricos, os primeiros e, pelo menos, os mais importantes em consequéncia, ois constitucm como que 0 lastro sobre o qual se vai construir todo 0 tecido de relagées entre os individu- 08 € os grupos de que participam, onde a Magonaria pode ser destacada como um exemplo. Assinalemos agora que, na educagao intencional, © mais significativo é a preocupago de “comunicar” as experiéneias anteriores, tanto quanto possivel mi- nuciosamente preparadas e visando obter certa in- terpretacdo da parte do individuo. A esse aspecto da educagio intencional — “comunicago” das experién- cias ou conhecimentos — chamamos INSTRUCGAO, aproveitando um conceito de Lalande (1947:504) no qual o vocébulo “comunicago” (por isso entre aspas) tem sentido mais pedagégico do que sociolégico. A ‘nosso ver, todo processo educativo intencional se de- senvolve que alicercado e orientado pela “comunica- do”, Seria talvez possfvel reconhecer também nas situag&es educativas ndo intencionais alguma “co- ‘municagio” do conhecimento, mas pensamos que, do onto de vista pedagégico, a ideia de “comunicagio” implica intengo e, por isso, nao seria corretamente enquaidrado dentro dos processos nilo intencionais. Daremos, em virtude dos objetivos que temos em vista, énfase & parte intencional da educagao. Em tese, os conhecimentos e experiéncias adquiridos niio podem ser considerados com fins em si mesmos. Eles constituem um equipamento instrumental destinado nanieramacenoconbe 73 a realizar o ajustamento do individuo aos Augustos Mistérios da Ordem, um equipamento cujo uso se torna possivel pela elaboragao ¢ integraciio individu- al. Isso nos levard logicamente a considerar também fa instrugGo, como a educagfo, uma atividade de na- tureza psiquica. A instrugo, como qualquer instru- mento de outra natureza, tem, pois, seu uso eficiente garantido na medida em que se incorporar ao patri- ‘mOnio das experiéncias individuais, podendo assim ser utilizadas de diferentes maneciras, esse fato fica demonstrado, quando nos recordamos do dia da nos- sa Iniciagdo que em virios discursos uma praxe foi dita algumas vezes repetidamente: “é fécil entrar na Magonaria 0 exerefcio daqui para frente 6 fazé-la en- trarem vocé... ou fécil é ser Magom em Loja, 0 dificil 6 ser Id fora na sociedade...” Desse modo, dada, todavia, sua origem in- tencional, a instrugao deveré servir, principal- mente, para facilitar a integragdo do individuo no complexo magénico que o envolve e a que se destina, por isso, a séries de sinais, toques palavras. A instrug&o se apresenta, pois, como um dos recursos basicos da educagio; é uma das técnicas elementares de que a Magonaria langa mao para desenvolver nos individuos aquelas tendéncias e aptiddes que selecionou segundo critérios, valores e padrdes pré-esta- belecidos. Dirfamos mesmo que a instrugaio é uma das condigées indispensdveis, embora nio suficiente, do proceso educativo.™ ‘Autor: Davy Sleman de Negreros Ben. Lal. Sma. GBngaves Lado, n° 08 (Oriente de Cacoal » GLOMARONCMSE. Bblograta FILHO, LOURENCO. Introdusio 30 estudo da escolanova. 5 edo, SP Eton Melhoramentes, sé DEWEY, John, Demecraca e Educa, SP: Ca. Edtora Nacional, 1936 AZEVEDO, Femenco, Sociologia Edveaionl Itrduglo ao estos dos fenémeros eestor ede suas relagées corn os offs fenémenos so is, SP Ca. Eltora Nacional, 1940, LALANDE, Fangois, Voce technique et cque de la plilosopie Pars: Presses Unvestaires de France, 1947 TA susiversoracorcocombr eee eels O MILAGRE DA RESSURREICAO que, através da Magonaria, de seus august 16 rios e de seus ensinamentos profundissimos, velados através de sabias € especulativas alegorias e ilustra~ dos por simbolos operati se perdem nas bru- tui a propria Magonaria, fluimos, e para seres humanos melhores e mais fraternos atra~ vés do cinzelar da P-.B..,com a consciente ago do maco intelectual e fraterno. Renascer para uma nova vida (levantando Templos, interiores, espirituais, a Virtude) é, indubitavelmente, evoluir! Renascer para uma nova vida (levantando Templos, interiores, espirituais, & Virtude) 6, indubi- tayelmente, evoluir! “Perpinhar- -se”, E renascer para uma novae § acrisolada vida, e essa fantistica transmutago alquimica moral e spiritual, maravilhosamente, é possivel! Néo precisando, para atingir seu escopo, ter que, ne- cessiria € literalmente morrer, sucumbir materialmente espe- rar por uma nova oportunidade spiritual através de um milagre extraordindrio ou sobrenatural, metafisicamente. Grandes homens da huma- nidade dedicaram-se (e as suas vidas, até mesmo sacrificando- -as), para ensinar ¢ demonstrar tal sublime ligdo através do mais cristalino e fraterno amor, tendo, f inclusive, que até mesmo operar milagres materiais e 0 da ressur- . reigdo espttito-corpérea para que acreditassem em seus ministérios rabinicos ou sacerdotais. Exem- plificativimens ini dosrmeiares O Renascimento de Lécaro, por Duecio, 1310-11 homens da humanidade, o judeu da Galileia, Yeshua Ben Joseph, —_tantes no Novo Testamento, em sendo 35 milagres atribufdos ao Grande além de suas palavras redento- Rabino e, dentre estes, os, da ressurreigo espitito-corpéreo. ras espiritualmente, repletas de ‘Teologicamente, considerado 0 maior de todos os milagres, (evidente- alegorias, simbolos e sabedorias, __mente para quem os acredita), as ressurreigdes, no foram somente opera- registraram-se muitos de seus das por Yeshua, elencam-se, registrados nas Sagradas Escrituras da Biblia Prodigios fantésticos, extraordi- © a titulo de ilustracZo, outras ressureigées, sendo no Antigo Testamento: niérios e até sobrenaturais, cons- 0 filho da viva (I Reis 17.17-24); A mulher sunamita (2 Reis 4:32-37); 7 uveracorcacombe S O homem que foi encostado nos ossos do profeta Eli- seu (2 Reis 13.20-21) e, no Novo Testamento: O filho uma vitiva (Lucas 7.11-15); A filha de Jairo (Lucas 8.41.42; 49-45); Lézaro (Joao 11.1-44); Muitos san- tos (Mateus 27.52); Jesus (Mateus 28.1-8); Tabita (Atos 9.36-43); Butico (Atos 20.9-10). Portém, amantissimos Inmios,o exequivel e constante milagre da ressurreigiio de nossas vidas. de nossas quali- dades; do nosso carter, nfo consiste simploriamente na morte fisica, consiste na extirpagio dos vicios e paixGes deletérias¢ a revivificagio de nossas Virtudes,do metho- Tamento de nossos caréteres, assim como a nova aqui- sigdo e methoria de tantas outras virtudes que nos tesi- dirdo em nossos espititos e que constitui 0 verdadeiro ‘milagre espiritual magénico que operamos todos os dias, razerosa, incansavel e constantemente, como magons, “perpianhos”, dentro e fora de nossos Templos Mac- nicos, numa gloriosa luta magOnica porfiada,& gléria do G-.A-.D/.U-. ,desbastando-nos a nossa P. © Cinzel e Mago de nossas justas conscit objetivamente, os OOr.. da L-. so: O Pav. M-.,A Or. Dent. e, (no 1° Gr. a nossa belissima, C.. de 81 NN-., com suas BB. da Justiga e Prudéncia). Os Par. da L.. so: OL-. da L~.,e sobre ele, quando em trabalho magénico, O Be. € 0 Cv.. As Je. de nossa L. mag6nica as Moveis: O Esq.’., simbolizado pelo Ven. M. N-.., pelo nosso 1° Vig... 0 Pr-., pelo 2° Vig. que se alternam, sabiamente, em nosso sistema demo- crético legal macOnico, movem-se, de dois em dois anos, e, finalmente, as JJ.. Fixas: AP-.B-.,aP..P-. eaPr-. daL... (pp. 175-176 do Rit. de Apr. Me. doR..Ev.A..A-. - GOB. 2* Ligdo. 2009) Das IJ-. 0 significado e importancia das PP. B..e P-. chamam-nos atengo pelo grau ou nivel de simbolismo da evolugao do nosso mictocosmo; do nosso Templo Interior, no sentido de vencermos nossas paixdes, submetermos nossa vontade, fazendo sempre novos progressos na Magonaria, estreitando 6 lagos de fraternidade que nos unem como verda- 78. snwmiververaconceenbe deiros Irmiios, levantando templos a virtude e cavan- do masmortas aos vicios. Retrospectivamente, recorda-nos que, inicialmen- te, & nossa admissio & Ordem, postulantes ainda, somos levados a uma Cém.. de Refl-. onde, preli- minarmente, dentre tantos ensinamentos, adverte-nos 0 VeLeT. O..L-., exortando-nos & grande liglio: “Retifica a tua Pedra”, 0 teu espftito, antes de morreres para 0 mundo profano, Saldos desta Cim.., tendo-nos, entre aspas: “morrido” e, encontrando-nos nas trevas, desejosos de Luz, € feita a nossa peg..de test’., comegamos, ali, a encetar nossos primeiros passos numa jorna- da indescritivel para a reffexao e aprendizado, ainda ‘Ho incipientes que estévamos para a nossa evolugio como um novo ser humano, que se curva e se langa destemidamente, embora estando nas trevas, encora- ja-se as provas e viagens mag6nicas para a sua evolu- gio pessoal, que é infinda. Desta “proto-pedra”, iremos nos deparar com a primeira Joia: A P.B/., que simboticamente, traba- Iharemos desbastando-a, em vérias circunstincias e ‘momentos, por toda as nossas vidas, por varios de- safios porfiados, burilando-a, a ponto de retirarmos toda ou grande parte das arestas que nos prendem as asperezas de nossos comportamentos imperfeitos, atitudes ¢ acdes ainda grosseiras, rudes e toscas, para transformé-la numa joia perolizada, lisa, polida, tra- balhada, agora jé resplandecente de virtudes e sabe- doria, tornando-se, finalmente, e por consequéncia do rduo trabalho, em P..C. ‘Todavia, segundo o Inno Colin F, W. Dyer, inclito literato magdnico da ARLS Quatuor Coronati, n° 2076, ‘em sua obra O Simbolismo na Magonaria, relata ainda sobre um outro tipo de pedra, a pedra Perpianho, e ar- gumenta que a histéria desta pedra cubicada é um tan- to quanto confusa na histéria da magonaria. Segundo (YER, 2010. pp. 115 e 116): “Uma pedra ja estava ‘entre os antigos simbolos encontradlos em textos magd- nicos, embora inicialmente descrita como um “Perpia- nnho”, era soletrada de formas pouco usuais.” “Um “perpianho”, termo utilizado em obras de al- venaria, é uma espécie de viga, trata-se de um bloco de pedra aparelhada, colocado de parede a parede e servindo de pedra ou forte viga de amarragao. Esse aspecto, por si, s6 oferece certo grau de simbolismo (..)”, pois “amarrar” em fratermnidade mag6nica é tor- né-la mais forte e foi um dos objetivos essenciais da Arte Real até os nossos dias: tornar-se sempre pujante e unida (Basta lembrar das Rendilhas e as Sementes de Roma em nossos Capitéis...). E continua, o Irmao Colin, asseverando: “Ademais. se os blocos de pedra usados nas construgdes tinham, em geral, formato ctibico, entéo aquela Pedra (0 Perpianho) possuia a aparéncia de duplo cubo, com alguma importincia e significado na Magonaria, e na qual alguns autores veem um especial significado simbélico”. Cinzeladas estas explanagdes, depreende-se conclui-se que devemos trabalhar a P..B.:. de nos- ‘sos Cardteres; poli-la, esquadrejé-la, tornd-la PC. e esforcar-mo-nos para irmos adiante no esplendoro- s0 trabalho de nosso desbaste interior, tomando-nos “Blocos Perpianhos de Pedras Polidas e Fraternas” como escopo maior em nossa Arte Real. Portanto, na Pedra Perpianho reside a simbologia do magom acrisolado, forte, duas vezes cubicado, 0 hexé- gono regular perfeito, esquadrejado e polido, virtuoso harménico, aquele que promove a estabilidade fraternal ‘na construgao da Arte Real. O Macom sabio e de “amar- ragdo”, forte maconicamente, prudente, tolerante ¢ fra- ternal; um Magom acrisolado, efetivamente renascido, © verdadeiro “Macom Perpianho”. ‘Levamos, no sem uma razdo muito sabia de ser pelo G.A-.D..U-., muitas fragSes de tempo nas nossas vidas para, realmente, de forma esclarecida e consciente, apés muito refletir, entender sobre esse augusto ensinamento, tendo fodo o seu bojo de signi- ficado voltado para o desenvolvimento moral e espi- ritual do ser humano, para a evolugdo do “pedreiro” que somos, do “ser edificante” e que “se edifica”, na Grande Obra do G..A-.D-.U..; no aprimoramento cotidiano e gradativo do “ser magom”, do ser huma- no, profusamente melhorado e a melhorar-se sempre, renascendo-se constantemente, na sociedade ¢ para a sociedade, para o bem da Patria e da Humanidade. Seton Riese eae see \ ‘Ator: Ir Aleandre L Fortes 'ARLS Sara Mendes, 2/39 (Crente de Teresina * GOB-PI Relerénca ibiogrices ALMEIDA, jo Ferrers de. Trad. A Bla Sagrada (revit © atic no Basi) 2 e6 Sio Pano. Sociedade Biba Brae, 1993, DDYER Colin. O Simbolarna ne Magorara Eitora Maas 2015. MACKEY Abert G. Toe Book of Maconcjureprudence, Seveuth Edition 1872 = RITUAL DO APRENDIZ MACOM 0 REAA. GOB, 2008, ‘wenanieriomaconicamir 79 “Os primeiros magons do Rito Escocés..os graus jd existiam antes de 1743, mas eram sobretudo graus isolados ou pequenos sistemas de alguns graus, ndo constituindo verdadeiros ritos ordenados numa progressdo inicidica refletida. ApOs esse periodo, nossos rituais foram reescritos, atualizados e modificadas. As pesquisas mais recentes sugerem que 0s rituaisligados aos graus escoceses foram uma ‘laboragdo colegial no seio das lojas. Ap6s isso novas contribuicdes e desempenkos pessoais € que determinaram o processo mais ‘largado dle participagdo. Os autores dos rituais dos graus do Rito Escocés Antigo ¢ Aceito foram designados por vérias referéncias do- ‘cumentais, nomeadamente a Coleco Sharp ~Os Jardineiros da Rosa. Nao se encontram referencias pessoais concretas..reconhecemse tno conteddo certasinfluéncias judias do protestantismo Francés, concretamente o Calvinista, das lojas militares dos burgueses como Classe social. Par exemplo 0 conceito de Iniciado,¢ de insplracao calvinista e 0 cardrer salomdnico do Antigo grau de Mesire revela (influéncia judia que é ainda sublinhada pela abundéncia de hebratomos..ndo existem duvidas da sua origem em Franca, pois é uma referéncia hist6rica muito marcante - Loja Os Eleitos Perfeitos em Bordéus, também designada: Loja Escocesa de S. Joao de Jeruse- ém. Os regulamentos adotados a 0810711745, possuem as assinaturas de Etienne Morin, Lamolére de Feiuillas, Raoul, Lavie e Riboutet ¢, de acordo com a carta de Dupin Deslezes, que era Venerdvel em 1750, dirigida a Pierre-Frangois Roussillon em 24105/1759, 0 fun- dador da loja foi Etienne Morin..0s Eleitas Perfeitos jé passutam, nesta época, um verdadeiro rito constituido de 10 grause iniciaram ‘a criagdo de varias lojas designadas: Perfeitas Lojas da Escécia, mas, todas em Paris, Toulouse, Marselha ena Ita de S. Domingos, ‘em Franca..Na esséncia, 0 projeto destes obreiros, permanece vélido ¢ transporta em sta esperanca que se chama Iniciapdo. Esto na ‘rigem do Rito Escocés Antigo e Aceito ¢ foram eles que introduciram na Maconaria as tradigdes esotéricas, de que a alquimia, suas relacies coma astronomia e a Filosofia, e 0 Hermetismo, sao exemplos préticos. Lembrar 0 seu trabatho heroico é também uma forma ‘de mantermos a nossa identidade como magons e como homens de tolerncia na procura permanente da elevagio fraterna, da verdade, do aperfeisoamento filosdfco e do bem da humanidade.” Marti, José (n.s.)— Loja Ocidente - Revista Grémio Lusitano, n° 16 (especial) 2° Semestre de 2010, pe 1001101 ~ GRANDE ORIENTE LUSITANO - PORTUGAL BO vewvarvanomaain cm be ‘sem palavras, pelas ruinas e calabougos Nao importa se haverd o futuro acompanha-o feito sombra pelo chao emsiléncio. Silencio no trono de Saloma haverd reuniio com os deuses, 0 elo da iniciagao. Envolto em manto, semi-despido, carregas o profano pelas viagens do impossivel Siléncio dos mortais morreré a arrogancia dos homens renascerdo as rosas com os jardineiros normais. NGo importa se nos perdermos na rota ndio seré o fim da viagem, apenas 0 inicio do caminho das pedras, o verdadeiro. E haveremos de fazer um siléncio maior do que 0 universo inteiro. Nenhuma ldgrima ser chorada em vao nao se sabe nada dos medos nem se escuta 0 som das baionetas do romper da verdade ou do siléncio da luta. Apenas siléncio. Este é o discreto momento do desbastar da pedra bruta, Assim, de repente, o estranho siléncio conforta o iniciado ou 0 que restou da explosio ou 0 que sobrou do fogo, da terra, do ar edo perdao... O anénimo mestre, ainda guia o profano sem vestes pela viagem do tempo, sem direcao. O inicio é a beleza da historia 0 nascimento da honra, da gloria e da vida em algum canto do mundo O silencio € 0 tamanho do abismo € 0 poder da iniciagao. A calma para compreender o espirito do homem, a humanidade ¢ a busca do conhecimento profundo O renascimento comega agora dentro do templo na pureza da prosa. O mestre ensina na calada da noite a invisivel voz do siléncio dos Jardineiros da rosa. ‘Algor Ie Wikton Lopas da Sha AARLS Mount Mish, 327 (Ofente de Sao Paulo * GOSF/GOB ‘wren com br wigan lopes@vol come wawnivescracoicocante BT

Você também pode gostar