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Consoles de ago: analise tedrica e experimental de um caso tipico Maximilian Malite * Joao Ricardo Maia de Magalhdes* RESUMO Devido a0 fato de consoles de apoio ndo possuirem um eotiportamento dc barra, pois as dimensies da seeo transversal sdo aproximadamente iguais ao scu comprimento, torna-se ‘complicado avaliat fe maneira simples, o estado de deformacdo/ tenso num determinado ponto do elemento. Desta forma, modelos teéricos simples podem conduzir a sesultados bem ‘istantes da realidade, sendo necessério em alguns casos, analisar co elemento cstrutural mestiante técnicas mais sofisticadas, como por exemplo, via método dos elementos finitos (M.E.F). Como principal objetivo deste trabalho, tem-se a comparagéo dos resultados obtidos isavés de modelos teéricos simplificados com os obtidos por meio do M.E.F. e andlise experimental para ‘um modelo de console com nervura triangulas. Pera isto, sfo, plotades resultados para duas etapas de carregamento: uma primeira em que o console encontrava-se em regime eléstico e Dutra na qual algumas regides jd se encontravam em plastificagdo. {-INTRODUGAO Um elemento mito utilizado em conexdes viga-coluna é 0 ‘gonsole “rigido” (stiffened seat). Normalmente conectado & coluna atraves de sold, serve de apoio para vigas longitudinais 40 seu cixo ou transversais. Uma utilizagao muito frequente 2 5 10 cones 4 cons? MEDIA °. ty (181/em 2) Gréfico 2.2 - Tensio tang. na seco 1-1 Giéncia e Tecnologia - 5 3 GN Jem) X(em) Grégieo 2.3 - Tensto normal na segdo 2-2 14 (kM er) x(em) Gréfieo 2.4 - Tensio tang, na sego 2-2 ‘De uma maneira geral, pode-se observar a proximidade entre 08, valores de tenses obtidos para os dois casos analisados: CONS- 1.6 CONS-2. K importante observar a discrepfincis'nos valores 4e endo normal junto d bordainferior danervura, tendo andlise vie MBP, indicado valor menor de tensio no CONS-2, quando comparado aos valores obtidos para © CONS-1 ¢ pelo models dc viga om balango. Com relagao & tensdo de cisalhamento na secio 1-1 ¢ tensao normal na seco 2-2, o valor de referéncia da tenstio resyltou préximo aos méximos valores obtides pela andise via MEF. podendo se considerado como um “mite superionic casoo, 3-ANALISE EXPERIMENTAL DE UM CONSOLE Em continuidade & andlise teérica apresentada e discutida no item 2, procedeu-se 4 experimentacio de um console, correspondente ao exemplo CONS-2 (fig. 3.1) cujos resulrados (deformages ¢ tensdes) foram confrontados com aqucles obtides mediante o¢ dois modelos teéricos considerados: vign em Dauang ecasca-3D (M.E.F. Para a realizagéo do ensaio,.o console foi soldado 2 umna coluna de ago ¢ 6 conjunto fixada 2 laje de reacio do Laboratério 4¢ Estroturas do Departamento de Engenharia de Fstruturas da RESC-USP (fig. 32) © carregamenta foi'constituido pot duas forgas: uma delas aplicada sobre um tilho de aco apoiado no console, repretentando wma forga uniformemente disttibuida com extensio de 100mm; e a outra aplicada na linha de centro do oluna, com valor variando de 100 KN 4 163 XN, cui oetivc foi ode aliviar a forge de trag0 nos chumbadores. Tnicialmente foram aplicadas duas etapas de carrogamente (2x20KN = 404N), referente ao escorvamento da estitura Em seguida procedeu-se ao descarregamenta e inicio da casaia propriamente dito, consstindo na aplicagdo de 7 etapas de 20KN, ‘otalizando 140KN, mais 12 etapas de 1OKN, perfazendo.ao iodo 270KN. £8 importante fisar que o bite de 270KN foi definido om fuga acapacidade da estrutra de reagdo e nS0 do console ensaiado. Bigura 3.1 -Esquema geval do console eazaindo 6 Cieneia o Tecnologia so gee seo © ‘tal 7, a Jigura 8.2 - Eequema goral do ensaio ‘A caracterizagao mecAnica do ago das chapas cmpregadas na ‘sonfeegao do console (mesa enervura oi feita mediante ensaios, 2 1racdo em corpos.de-prova de sect circular, cujas dimensbes, sto compativeis com as recomendadas pela especificagio ASTM A370 [3]. [No encaio em questio foram utilizados extensGmetros elétricos dcresisténcia para medigao das dcformayes na mesa (uniaxiais) © na norvura (rosetas retangulares). Para aplicagao da forca utittzousse cllindros (macacos) hidrdulicos de capacidade stominal S00 KN © 200 KN. A medigiio da intensidade da forga {oi feita por cetutas de carya do tipo coluna de mesma capacidade dos masavos, Fes: 3c uso também, do sistema'de aquisigéo de dados SYSTEM 4000 (Moncuromonts Group), par aquisigao automstica das medidas de forca, deformagdo ¢ deslocamentas, Para nedicdo de detorrmaybes foram instrumentadas dus segs do console (fig, 3.3). Para monitoramento dos deslocamentos vertical horizontal do console, durante 0 ensaio, foram posicionados 2 relégios comparadorcs. 5 resuttados obtidos nesta andlise experimental, juntamente ‘0m 08 resultados teGricos, aio apresentados e analisados na seca0 4. sans = nes @ Figura 3.3 - Instrumentagdo do console; posigio dos extensOmetros elétricos 4~ ANALISE DOS RESULTADOS E CONCLUSOES Como resultado da caracterizagao mecanica dos agos da mesa e da nervura do console obteve-se as seguintes valores: nervura: 243MPa 380 MPa 31,3% (base de A= 33.3% (base de ‘medida SOmm) ‘medida SOmm) A= alongamento na ruptura Para a comparagéo dos resultados te6ricos com os obtidos experimentalmente, foram plotados grifieos para diag erapae do ensaio. A primeira, de 100KN, correspundente a 37% da maxima forga aplicada, onde as tensdes em todo 0 cansala cencontravam-se em regime cléstico-linear; ¢ uma segunda, de 2S0KN, correspondente a93%, onde algumas regides do console {jéestavam em regime pléstico. A andlise tedrica, via MEF. foi feita admitindo-se linearidade fisica © geométrica, ‘A determinagio dos valores experimentais das tons6co fvi foita 4 partir dos valores medidos das deformagies, udmitindo.ve comportamento eléstico-linear do material, porém Timitands a tensfo normal ao valor méximo f, ea tensdo de cisalhamento 00 valor méximo 0.6, (critério de von Mises). ‘Adotou-se médulo de elasticidade longitudinal. F=203 000 MP jemte de Poisson n = 0,3. Giéncia ¢ Tecnologia -7

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