Você está na página 1de 19
OETICA DA RARRATIVA HUSTORIA,FICGAO, TEMPO Cchegou © momento de por & prova a hipétese malo desta ‘quarts parte, saber, que a chave do problema da refigwagde {ide na maneira. como stra ea ego tomadasconjnts Inne, oferecem as aporias do tempo revladas pela fenomenol- (pn rep de win pte vu No exhogo ds problemas colocados sob a dgde de mimese 1. sdentiteamos o problema da refguragdo so da referencia ‘ruzada ene histiae ogo, e admits que tempo humane frocede esse entrecraramento no mela do ag edo pec. ara reapetarmes a dissimetra entre as itengtes respec: tras da histérta eda fog, toraremos a partir de uma apreen- ‘So reslutamentedlooomien dessus tntengses. 6 portant & ‘epecidade dn referencia da arrava historic, e depots & da ‘harrativa de ogo, que faremos jastica nos dois primeirs cap tulos desta sefie. E necessrio proceder assim para que & ‘onjungan entre a hiss a fe¢do no trabalho de eiuragto ‘do tempo conserve até fim se Televo paradaya Aa tes, sul, € de que # manera siniea como a histéra responde As ‘peri da enomenaogi do tempo consiste na claboragio de um terete-tempo tempo prepriamente hitérico ue faz Iediagio entre otanpo vido eo tempo cosmic. Para demons: tua ates, recorteremos as procedimentes deconexdo,tmados a propria prticahisteriadora, que garantem a reac do Tempo vido no tempo cdma ealenle, seen das era (hee, argos, dactment, resto. Para apres historadora, ho sio problema esses procelinentos: 56 seu felacionamento ‘com as aportas do tempo faz apareccr, para umm pensamento da histori, earaterpostco da hstria relatvamente aos embara oe da especulgso Areinscrgao do tempo vivido no tempo edsmic realzada aa hstrla esponde. da parte da fegao, uma solugio opesta ‘dee mesoas aporias da fenomencloga do tempo, a saber a8 anagies imagines que afiegao opera sabre os temas malores ‘essa encmennogia. Assim, nos eats Ue Mh a relagao entre {histéria e-a tegdo, quanto a sas respects pottncias de {eligaragio, permanccera marcsda com © slgno 6 oposgso. Todavia. a enomensloga do tempo permanecera como seam medida sem a qual a renga entre Mego ehistria permanecera Daremos, em seguids. nos capiulos eV, um passo na ‘trio da vengio de complementariade entre m histéia © 4 flgho, tomands como pedra de toque o problema castco da relagdo da narrativa. tanto histéiee quanto de fog com & ‘ealldade. A emadelagem do problems e de soo ust ‘ars a mudana terminliges que nbs fz constanterente pre fer, a partir dao temo retiguragao a0 de referencia. Tomado ‘da pare da usta, 0 proslema csasca da efertnca cont, ‘om eet em saber 0 que quecemos der quando deetaramos ‘pie anarratva histérien se relacona com eventos que realmente Scovveram ne pastada.£ precisamente 4 sigriieagio hada 3 palavra "ealidade™ aplicada 20 pussado, que espero renovar TTeremos comerado a fazt-le, pelo menos impetamente, 20 Igartmos & sorte dense exprenado & inven (nos dls sens ‘de ertapto e de descobertl do terete tempo historia Mas esa ‘especie de seguranga que a reiserigio do tempo vo no tempo ‘tamica pers ter provocadle deseancce-s to logo enfentamos ‘ paradono igo & ita de urn passado desapareldo que, 10 fntanto, 1 ~ fol “eal Esse paradox fora cusdadosarente ‘mantido & pare de noseo esto ea intencioalidade histéica* ‘oras a um avila de nclode: controntades com a nog de Scontecimento, optamos por sepaar os citresepistemalgheos ddoscontecnento de seas ertrios ontlogeos. para permanceet hos limites de uma testigario consagrada 4 reagao entre a ‘explcagsonstaria ea configiracio pr armacao de trig, So sits eitrios otetoyces que voltam 20 primeio plano com © ‘once de possado veal Este €. com eto, sustentado Por Uma ontologa impli. em vrtude da qual as construgdes do Iisterador tem a smbigso de ser reconstruges mals ou menos ‘srondmadas do quem dia fl real Tudo ee passa como se © Iistriador se souesse sd por sma ditda para com os homens de antigamente, ara com 06 mprtos. A tarefa de una Fellede lioséiea € razr a luz os pressupostosdesse"ealimno™ {eto que o “consttinama” man nian da aor parte dos historadoresepfetemdlogoe nao consegue sbolr. Daremes © nome de rpresentancta fou de huartenensa bs Flagees entre sconstruges da striae sew acre, asaber, wn passa so mesmo fempo sblidoe preservado ern seus eastos.O para fox que esta Iigedo a essa nogao de representanca (ou de lagertenénetal ger me pr cenceto mgénuo de possodo “rea prota de alguns “grandes gineros"lwemente nsprados dio Safes te Plath 0 Maemo, @ Outro. © Analogs, Digamot ‘medintamente que no caperomoe que cosa dialtten da Tepre Scotia anv 0 pardon ie slg o cone de pan dade" apicado ao paesad, Exist, da parte da ego, sgn felagée com o “real” que podemos dizer que corresponda a epresetinch? A primeira sta, parece que esta lima reac ‘dove permanocer sem paral. ha media em que os persona gens, os acontecmentos, as intrigas proeiadas peas feces ‘arratv so erate. Ente opaseada “real ef “veal O abismo parece intransponitel, Una investigaggo mais nana Dadri, pen, lnitar-sea essa dleotomiaelementarenrereal™ irra” Aprenderemen,no apie Il, &custa de que acl des ida de passado “veal” pode ser preservada. © 2 que testament daléico ester de ser sabes. O mesmo aconte ce, smetricamente, com a sirealdade” das entidadesfctcas ‘ho dit-as reas, caractereamos estas entidades em termos Spee negation. Ar fogs tem, por outro Indo, flow que ‘expeimem sua funo posta, de veveacio ede tansormacao davridae dos costumes. pois, dolado de uma teota dos eetos ‘que & prea arena agora a pesquisa. Percoremos a metas do caminho nessa dveeao quando Invedurimos. no thal de ‘Tempo e narration Ia nog se mando do texto, no sentido de lim mundo ‘em que poderiamas habilar © denenvolver nossa Potenclaidades mais propias.” Mas ese mundo Go tee anda pesto, ee permancee como sig do texto, A segunda metade do amino consiste na mediagao que a lua realza ene © feo eos de role ce wannloacto, ado no essen ‘de sg, campo praia « pc da cst pol 0 Ilo dane ie ani eave ego de ‘A chuma etapa de nossa investigngso dos entreeruzamen- tos da istériae da ogso nos levara para afm da mera dito tla e até da convergincta, entre o poder que shila tern © 0 ‘que & edo tem de Fefigiraro tempo: a Saber, no coraco do Problema que, em nosso primelo vlume, haviamos sesigads ‘oma term dereferéniacruzadaentrea histériaea ego Por Faséesvirias venesenncnd, preforms falar agora de ref ragto eruzada pars dizeros Os eftosconjuntos da historia © ‘a ego no plano do agi e do pedecer mano. Para ter acesso ‘sua problematica tltma, € preciso ampllaro expago de etura ‘toda grata A histograia tanto quanta & Heraturs. Dat Fesula tna teria gorl dos efetes que permite acompanhar, ate Seu esto uitimo de coneretaao,o wabalho de reiguragao da Drie pela narrativa omada e toda a aaa extenado:O proble fna sera, entde, mostrar como a felguragio do tempo pela Istria pela ego se coneretizagragas a empeéstines que ‘cada mode narrative toma do oul, Bass emprectimos conse lao no fet de que @ ntenconaldade histdrica $0 se efetua 16 Incorporando & sua intengdo os recursos de fectonaltaapto que ‘dependem do imagindrio nrrativ, ho paso que a intencional ‘dae da naratva de gio 3 produ os seus eetos de detecgao ‘ede transformagio do agi do padecerasbumindo simetriea mente os recursos de Nistor que De ferecem as tental vas de reconstragso do passado evo. Desees itercambios Inumos ente hitorcleago da narativn de fog Hesnalza fio da narrative hist6riea,naace 9 que ehamames de tempo Fhumano, «que nfo ¢sendo o tempo narvado. Para sublithat 3 {nterraiads mutun desses dois mowmentosentrecruzados, faptulo inc Ihe sera consagrado, auinin dala seo Fatars uma iterrogacto sobre a natureza do proceso de tocatagio que permite anda design por tm lagu entetbo 0 tempo nesim reigurado pela arraiva Base sera.ocbjeto dos ois lumos cpitlos do Tempo narado ‘Aquestio ser. saber o que, da parte da narra tanto de fog quanto histria,responde 8 pressupostese da unlefade Go tesspo. Unt novo sentido da palaera“histria” we revelaré ines fate, senda eate que excode a distingao entre Mstrioga- fine ego e que admie como melhores siponimes os terms ‘onscloncia histone condiggo histrea. A fungso nartatva, tomada em toda su amplitude, cobrindo os desenveimentos ‘Gu epoptia ao romance modero, bem com da lenda& histro. [Bolin define-se 8 oslo por sua ambigdo de reigurar a Enagde histrica de assim elvan a0 nivel de consciences histéiea, Esse sentido novo que otermo “histria” ganhara no final de nostaivestigacao¢atestado pela propria semantca da plea, que designe ha pelo menos dois seeulos, nam nero ‘ito grande de ing, 0 mesmo tempo a totalidade do cure fos acontecienton es ttalidade das narrtias que se rlaco. ‘bam com esce curso, Esse dupo sentido da paavra “Distirist ‘to decore deform algema dea amentave ambiguidade da Ingaagem, maw alesta uma outa pressuposito, subjacente & ‘cnsclencla gubal que temos de nossa condigio istics, & Saber, que arsim como a palvra "tempo", terme “hist Sesigin tabem ele um singular coletvo, que engloba os dots processes de totalzaggo em eurso, tanto no nivel da stein harrativa quanto.no a histrn feta. Essa corelagto entre consalénola histrieaunitria ums condigéo histrt iu ‘mente indvsivetorarse, assim. 0 timo objetivo de nose lnvestigngso sobre a refiguracio do tempo pela narratva, © tetor de ter reconhecido sem difewidade a marca hegellana nessa formulaeso do problema. & por isso gue aceaitames possielTurtar-nas abrlgagio. de examinee as Faabes que tomam necessrio passar por Hegel e aquelas, mals fortes. de renuncla.porém. a Hegel Esse sera o objeto de nosso antepenmo captula Ora, se preciso, como cremos, pensar a condo lstériea ‘como um process de toalzaao,seré preciso der que espe ‘Ge meiagao mpereta entre oftero,o paseo e 0 presente € ‘suscetvel de tomar o hgar da mediagdo total segundo Hege! Essa questio depende de wma hermentsitea da conslene Iisterea, ou saa, de uma interpretaro da relagso que a narra iva histrca ea narrativa de Myo, tomadas eanjuntameate ‘mantem com a pertenga de ada wm de ns & historia ete, & titulo de agente ede pacente Esea hermentutica, ao contre a fenomensioga ¢ da experiéneta pessonl do tompo, tem ‘rabigio de articular eiretamente no sve da hstta tomer {ues grandes ekstases do tempo: o ftir 20 o sign do her zn {ede expoctatia,o pasado sob @ signe da tradgao. 0 presente ‘0b 0 signe do intempestivo Assim poderé se conuerva © Impulso dado por Hegel ao procaso de ‘otlizagso, sem no tanto cetera tentagao de una totalidade aeabada. Cont ese Jog de remissces entre espera, radigioe surgiment Intempes five do presente, encerrarsea trabalho de religuragso do {tempo pela narratia. Reservames para o capitulo de concusto a questio de saber sea corclago entre s narratva co tempo & tea adeiads ‘quando a narrative ¢tamada em au fancio de ttalagan ante {Tpressupostao da unidade do tempe quanto quando onside: Fada do ponto de vista do eruzamento das intends efrenesais Fespectvas da historiogratia eda mrrativa ce gto. Essa ques to dependeré de uma teflexto critica sre os imtes que enon tra anossa ambigio de responder ds gporias do tempo por meio (de uma pote da naveaia, 178 ro Tin entra Hssanico, No estado presente ds dcusato sobre a losaia da hist ‘a. de bom grado edmitimos que a tinea opeio est entre uma ‘specilagso robre histriawnverel, 8 manera hegeltana. © ‘uma epstemotoga a esentura da mstoria, a manea da sto ‘ogra francees ou da fost anaiten da historia ce lingua Ingles Uma terceva opeso, aberta pela ruminago das aporias tempo fisico quanto ao tempo vivide. Por um lado, todos Instantes so candidatos de direto igual a0 pape de momento fra Por outro lado nada de de tal dia do calendeto,tomado fm st mesmo, se cle € passado, presente os foturo:a mesma das pode desigay um acontecimento futuro, como nas elgustlan de ler um presente, como tambem aprendemon em Benveniste, € preciso que além fale: 0 presente ¢ ent, resinniado pn feinetdénca entre tm acontcemento 0 diserso queoemuneca ‘para aleangaro tempo vide a partir do tempo enc, ¢ pret. portato, passar pelo tempo lngustic.referdo eo discus: € por iso le al dta, completa e expla nao pode ser dita nem Fatura nem passada se gnorarmos a data da enunelagao que @ rome, A exteriordade atrbuida so ealendio retatvamente 8s ocorrnciag flakes aon acontecimentoa vidos exprine 10 Plano lence especiiedade do tempo erdnco e aeu papel de Imedlador entre as duss perspectives sobre o tempo: ee conor toga o tempo vivid, humaniaa o tempo cbumica, & dessa Tempo do mo. Sho essas as “condigbes necessrias” a que satisfazem todos os calendriosconheios, Revl-as eae ama reflex transcendental, que nto excl a dedengto ao esto histrien € Steg das fungdes socal exercias peo calendne. Alem ‘isso, pare no substulr por uma espe de poatvem trans: ‘endental empire genétic, tentamos interpretar eas cot {es unversats como eriages que exeoer ha fargo media- thr entre due perspectnas heterogeneas sobre o tempo. A Fells transcendental sobre o tempo do calendar vee. 05: ‘sim. reerutada por nossa hermendutlea da temporaldade 2.A seqiénca das geraces: Contemporineos predecessoresesucessores ‘A segunda mediagio proposta pela prétcahistoriadora 2 a soquineta das gergoes: Com ela 0 esteto bolic do tree ‘ostempo histo sucede o este astrondmice. Ent compensa- ‘io, a tia de sequencia das geragaes encontra sua projesio Srcoiglea na relagaoandnina entre contemporancas. predeces- ves, suceasores, segundo a frmila fee que tomo emprestada Ge ted Sette Se a idea de sequeneta das grates 80 entra ‘bo campo histrcoretomada nade tram das cntemporénecs, fos preecessores e dos sucessores, inversamente, 9 dela de ‘eqenca das geagoes proporcona a base sobre a qual repousa ‘iss relag snonima entre indvivos toma em sin dena {emporal. Nossa ambigio €abterdesse complexo de Ideas Un ‘ove operader temporal que retra a sua sean da elagao ‘om a aporia maior da temporliade. a qual da éplca numa nivel diferente do que o tempo do calendério. analtea hele seria co sal dew-nos a eportundade de formula ssa poria foe termos de uma antinomia entre tempo mortal e tempo Dpbteo’" A nosso de seqiénca das geracbes dhe a replica, Sesignando a cade dos agents istrzos come uteres que vn ‘coupar o liga doe marie, &eaea eubathuigio que conattl @ {erceo-tempo carscterisco da naio de sequinci de erage © recurso a idea de geragdo na flosela da histnia é antigo, Kant néo esta em fazer uso deta nadeia de uma histia lunwersal do ponto de vista cosmopolia. Essa noqio aparece precsamente no ponto de desi entre atlelogin da naturess {que cpse o homer &sociabldade, ea tarfaétiea ue requer 420 homem a instauragao de uma socedade etl "O que aq ‘ermaneceestranho" selena explicagao da “Tesetra propos: fio" “e que as geragoes anteoves sempre parecem consagrar {oxo seu esforg em provi spenas das geragéesullerores, para es proporcionar wma etapa nove. a partir da qual poderso ‘evar mals allo oefcocuj designe a natureza formers, de tal ‘manera que s6 as tltimes geapoesterdo a feiesdade de habtar ‘ect no qual abathou {sem se dar conta disso, na verdad) a uma longa age de precursores, quent puderam parteipar pessoalmente da felkidade preparada por elas" Esse papel ‘desempenhado pela ti de geragio nada tem deespantoso: ele fexprime a ancoragem da trea eco pliten na natrezae in ftlaanopio de isin humana Ade espéte humana, assumida © enviquecimento que 0 concelto de geragio tra 20 de hnistériaefetva 6 portant, mais considerve do qe se poderin ‘speltar Com eto, a substtigao das gee {ima ou de outra mance, & contineidadehistéie, com orn 4a tradigao da inovago. Hume e Comte gostavam de imaginar que seria ums sociedade em que ima geagio ou subsiulese butra de wna 2 ve. em verde aslo pla continua compensa ‘so da morte pela vida. ou ndofosse nunca substiuid, porque ‘lena. sea dupla experince pensamento sempre seri de ‘gun, implica ou explctament, para aprecta a mportancia do Tendmeno da sequéncla das geragses Mas com esse fendmeno afta hstrt € tempo hist: ‘ea? Deum ponte de vista postvo — senso positivsta aca Sako exe gins ts tras debt humans © ‘bem ele brute. da dade madi de procringso — cerca de 30 anos Sn, oe Sa wes, aan mma don orion Pele {ermos de unidades do calendar wna: das meses, anos. Esse ‘ont de vist postin, igido apenas aos aspectos quantiativos 4s nog. no pareceu sifcente aog delensores da secaigie ‘compreenaoa, Dithey e Mannheim," geramente stentos aoe laspectos qualatias do tempo soca. Eaves autores se pergun- {aram o que era pretsoacrescentar aos fats Incontornaves da Dologa humana para incorporaro fendmeno da geragdes x ‘nels humanas. Nio se pode. com ecto ar drtamente de ‘um fo bolgleo uma let eral a respeto dos rtmos da hist, ‘como sea juventudefosse, por defnedo, progreseista ea velhce ‘conservadora, © como 20 medida de 80-anos da subtle fas geapies comandase automatienmenteo tempo do progres. co mum tempo liner, Neese sentido, 9 mera substiigdo das fseregdes, em termos quantities (contar-se-am, assim. 84 feragdes cue Tales e a época em que Dithey escrevel. 260 uitale ao que desigramos por sequénca (Pig) das geragoes, Dey foto prmetr ase apegar aos earaceres que fern do conceit de gerago un fendmeno intrmediroengeo temp “exterior do ealendiee o tempo “interior da da psiqutca.” ie distingue dois usos do terme pertenca 8 mesma geragto es “sequencia” das geragbes, que é ui fendmeno ase Fine Dretado em rlago ao anterior se So Wer de ser redusido aos fnomenos puramente quantativos des da nogdo de ds ragao media de vida Pertencem a "mesma geraco". segundo Dilthey. conte poraneos que foram expestos smesmas infuéncis, maresos Delos mesmos acontecmmentose pelas mesmas mudangas. © ecu assim tragado € mais amp do que o do nds e menos ‘vaste do que o da contemporaneidade andra Essa pertenga ‘ompde um "odo" em que se combinam uma bagagem © ume ‘rentag comm. Recloeada no tempo, essa combinagto entre Ilueneas ecebias eiafutncias exeridas expicno que fz 8 ‘speatiedade do conceto de seqUenca” de geragoes. E un “theadearmente”erundo do eruramento entre a ranamiseso da Dagagem ea sbertura de nova posadedes, ‘Karl Mannelm enpenha-s em afar essa nogso de per tenga &' mesma geragso, somando aos eritéos biolgicos um ‘tern soilgle dspostional, que leva em conta tanto entra ves quanto propenstes a agi. seni. pensar de certa manetra, Nem todos os contempordneas, com eft estao submetdos as rmesmasinvéncins, nem exercem a mesma infiencia." Nease Sento, 0 conceto de geragio exige que se distinga a“pertenca or localizarao"(eerwandte Lagerungh da mera pertenga aur “eeu” oct para designar essas afnidades tals padeidas ¢ recebidas do que intencional ¢alivamente buscadas,¢ que se faracerite 9 “vine de geragio” (Generatlonszusammenhana) ‘ano pela partipagioprérelleva num destino camum quanto pel partcpaco real em intengesdretoras ¢ em tendéncis Tormadarasreeonbecdas, A nogao de segiéncia das goragses, que & o verdadero ‘objeto de nosso interesse sal enniquecia das precisées tanks 2 de pertenga & mesma geragto para Dilteyesea nook ‘constitu wma estrutra intermedia ene aexteroridade iia 3 interiridade psiguea do tempo, ¢ far da histira wma “totaliade gpa pela continuldade (op... 38), Reencontra ‘mos assim, na escalaintermediria da seqdencia das gages, ‘requtvalete histéico do encadeamento Zusammennangl 0 ‘madiono sentido de eonexio de motvagao, que €o coneettrsior a pscalogia compreensen de Diltey. ‘yt Mannheim, por suave, vu o quate adindmica seta depends das movalidades de encadcamento das geragoes, toma: ‘das no nivel potencial da localzagae™ no expago seca. Algins teagos fundamentals desse eneadetenta sucesso chamaram ‘2 sua alengso. em primetro hugs, cheyada, ineeseante, de ‘novos portadores de cultura e a para, contin, de outros portadores de cultura ~ das eagos que, tomados confuntamen: te riam as condigdes de uma compensagio entre rejuvenesc ‘mento envelhecimento; em seguda, a estratjeagao das classes 4e Kade num mesmo momento — ma vee que a compensagto ‘entre rejuveneseimento e envelhecimento te faa. em cada corte tnunoveral efeuado sobre a curacao, pela fongevdade meal os vives. Um novo eaneeto, um cancel duro, de gerasio \decorre dessa combnagao entre substitu sucestra) eae: Leagio (emultanea. Dao carater que Mannheim chama de "atta" dos fendmenos abrangidos plo temo geragio: nko ‘confonto entre heranca einovagsona transmisato da bagngem futural. mas também e reochete dos questonamentoe feos ‘elas castes de dade mats joven sobre as certvas adquldae pelos velos em seus anos de jventude. E nessa “compensa Fetroativa’ —eato notavel de ago reciproca que se Basel, em titina stint, a continuldade da madanga de geragoes, om todes os graus de conto provorados por esse ntrcambie ‘Asésade"Yeio dos contemporincos, dos predecessores © dos scessore nein por Aled Seta, consti, como ‘lssenoe 0 complemento sorotgico da sla de sequéncia das erage, sue, em compensagto, confere Ine urn esl biolgieo. ‘Gq esta em gs, para nds, dscermiea ges do tempo nonimo sue se canst nesee nivel mefiane, no Ponto de “culo entre tempo fenomeneligco e tempo cosmic. © grande mérit de Aled Shuts ft er mado sla reamente as ons de HsserP™ ede Max Weber eer Ura da ‘is sectelogs orga do ser soil em sua dimenséo ands, © interesse malor da fenomenologia do ser soca conslste a explragao ds transis que levam da experiencia deta do hs ao anonimate earacersteo do. mundo socal colilano [esse sentido, A Schute faz o eruzamento a fenomensigia rnétca eda fenomenologa da lntersubjetvidade, qe permane- ‘em ial vinculadas em Huser. A socologla fenomencigia, pars A. Schts, €cm ampla media uma constigao genetca da “nonimat,instituido parr da ilersubjeldade inttunt: ‘do ds ctetamente experiment, 20 anonimato que escapa Staplamente nossa viganca. Ora, a ampliacio progressva da ‘tera das relegtesinerpessoas diets para as relagdes anon ‘nas toca tas as relagoesteporis entre pastado, presente © futuro, Conn eet eiagin drets do es 20 ts © ao nos € desde Sesntes pacetes da agio, para o pasando ememorade para ‘presente vivo e para ofuturoantcepado da condita do out. ‘Apna hstra temporal a gneae de sentido do anonimato va. {partir da, consis em dervar da. ade presente. passa, fturo, caracerstiea da rengaotntepessoal deta. a triade do ‘eino dos cntomportneos, clo reine dos predecessores edo reno ‘dos sucessores Bo enonimata desse trip rino qu frnece a Iediagio por ds procurada entre tempo prado © tempo pabiieo. No que diz respit & primera figura do tempo annie. © reino dos contempordneos,otemenoerginrio€o do ese ‘iment smite de vrios duxos temperate "a stmultanetds- de ou a quate simultaneidade da consténca de do outro com | minha" (p. 149) € 0 pressuposto mais primitvo da géneee de fentido do campo histo. A. Schuts prope aqul une formula Dartcularmentefla:"ganhar idade juntos “envelbecer junto" Zr simultaneidade nio € algo de puramente Instantines ela ‘elacona o desdobramento Ge duas dures (ee, com Spinora aca, lo def. 5, entende-se por durarso “uma continang#0 Indeinda da existent’) Um ux temporal acompania oo, fenquanto eles dram juntas. A expeiéeta do mundo compart: ad baease al mins coma tanto de tempo quate Sobre essa silence de dos dstintosMxos de con citncla € que se edilon a eontemporaneidade, que se estende ult alm do campo das relagdesinerpessoais, arsnlias 29 entto pessoal. Tod o genio fenomencligen de State cosa fem poreoreer as transighes que leat do “envelhecer juntos" & ‘ontemporaneidade anima, Se, na rlagie deta don an medlagdes simbolieas so pouco tematizadas, a paseagera 2 ‘ontemporsnetdade anénimaassinala um sumento dan medi ‘hey smbrlias. na Fano lnversa do decréscimo a tmedintiss: {de interpeetagao aparece assim como um remédio para perda crescent de inediadade:"Fazemos a transigAo da expe ‘tne socal deta 2 experiencia inretasimpleaments seg doo eque da vvacsade decresente"(p. 179) Pertencem a ea ‘mediagao os Upos-deals do proprio Max Weber: “Quando estou ‘nentado para Ble, tenho pos como parceros(p. 188), Com ‘fet, 56 aleancamnes nossoscontempordneos por meio dos pa és upiicades que ier slo atribuidor pe insula, © ‘mundo dos meres contempordneos, assim como, alls. 9 dos predecessors, feito dea galeria e personagens que ni #80 ‘hem nunca sero pessoas. No melhor dos caso, ommpreico do ‘orretoreduz-se a um "apo" am papel a que respondo expe ‘ande dele uma dstbuigio corrta da corespondenci. A ct temporanaidade perdew ecarster dem parts de expects ‘Atmoginagse supre completamente a experiencia de urn compre. ‘nisso mituo, A Inferencia substitu a lmediatdade, O conte: pordnco no € dado de modo anteprediatvo. a Para a nossa prépria pesquisa a conclusto é que arelagdo te mera contemporanetdade é uma estutura de medagao ene 0 tempo prvado do destin ndiuidual 0 temo plc da hist, fem nitude da equagdo entre cntemporancidade, cnonimato ¢ ‘improensdo iden pice: "Mes simples contemporineo algaérm (que set que este comigo no tempo, mas de quem nso tenho nenbiama experineta imedtat”(p. 1811 1 pena que Alred Schutz nao tena dedicado tanta aten ‘so ag mundo dos predecessores quanto 80 dos contempors ‘ees Algumasnotas, orem. permitem reorgar oeanceto de Seqhencia das geragoes dscutdo anteiermente Com felt, na tho ita de se Wagar quanto parece inlcamente a kontera ‘entre a memeia individual e esse passado de anes da meméria ‘que € 0 pateado histirce,Fatando sbsolulamente, 80 meus Dredecestores os omens de quer ientuums das vivincias € ‘ontempordnea de nenbur das minha, Nese senda, om {do dos prdecessores€ 0 que exist anes de meu nascimento © ‘que no pono infenclar por nenbuma interagio feta neh [resente con. Todava, este entre memcrine pasta hist: "ico wm cecobrimento parcial que contribu para a consti ‘det tempo antnino, a elo turin ents tempo prado ¢ tempo publice. O exempo eandico a ease respeito € 0 das ‘areata recolhidas da boea dos antepassados. met a¥® pade ‘eres qe no pute concer. Assim, torna-seporos a rontetra {qe separa 0 passado histérien da meméria Individual (como ‘vemos na hstra do passado recente —oginero mals perigosl Ttque mesa testemunho dos sobrevventes as rast doc ‘mentale separados de seus autres)" A memérn do anteparsa do est em interop eam memoria de ses descendents, ‘esa interegao se realisa num presente comm, que pode ele repro apresentar todos os graus, desde antmidade do nés ate ‘© anonimato da reportagem. & assim lancada uma ponte entre assado istic, entendido como tempo dos morte, e tempo de ‘mérias, «hist tend aim relagso em termer de ns, que se fstende de manera continua desde os primeires dias da hura- rr. idade até o presente, Esas cadeia de mendrias est para a ‘ical do mune dos predecessres como a retengao das rete (ies enti para acacia de uma meméra individual Mas deve se ‘er em sentido nvereo, que amarratva do ancestral jintrot ‘| mediagao dos sos e pende para o lado da media muda do documento e do monamento, que faz do conheeimento do passa- {do hstrio algo completamente diferente de wna meméra am: Dliada, exalamente como ¢ mundo doe contemporanees se de Tinga dene pelo anonina das wedges” ase trago ato rion a concluir que va corrente da histéria € festa de [scontecimentos anérimos”(p 213) Para conclu, gostaria de tar dune consequéncias do papel de conector que a itn de seqenca das grapes comple tad pela de ede de contemporaneas, predesestoes scent res, exerceentie tempo feomenolgco eo tempo cosmico | prime de respite ao ugar dos mortos na escita da histéris, A norte, para a istéria assume uma sigiieasio fmninentemente ambigua. em que se misturam a referencia & Intinidade da mortaidade de eada homem e a refevencla 20 ‘rier public da substi dos morts pelos vies. No pont ‘de confiuéncn desea das referencias: a morte andnina. Sob 0 ‘igo doa gente more™ a morte, horzonte screto de cada va humana, pasea a scr vada oblquamente peo dseurso do Pistorinor apenas para serio em segutaa rspassada, ‘Visada obliquamente.a morte 0, com fet. no sentido de ‘que substituigo das geragdes€0eufemtamo pelo ual sil ‘uinos que o* rvos tomam o lugar dos orton, tanaformando texos nos. os vos. em sobreviventes:gragas @ essa wsada ‘blqua, aide de gerago era com inaateneta qe a historia a histrin doe mortals Ulrspassda, a morte o€ pore, 19 ‘Ge mada: para a histria, com ello, hi apenas paps Jamas ‘eacdos sean erdelro, mas a cada ver atibuldos a novos Stores: para sti, «more, como fim de cada via tomada ‘ums a uma, 26 watade por aus, em favor das enidades cult ‘daraggo pase sobre os caddveres: pow. nasa, Esta, classe ‘ilmagio. Eno entanto, a morte no pode ser eliminada do 19 campo de tengo do historador, sob pena de fater a histria perder a sua qualidade historiea Dai a nocao mista. embigu. ‘Se morte andnima. Coneetoinmuportivel? Sim, para quem de plora a nnutentiidade da "gente" no, pars quem discern. no nonimato dn morte, 0 proprio emblems do ancrimato no ‘omente postulado, mas tnsiaurado pelo trope istico no panto mals agudo de collie entre o tempo mortal © 0 tempo atlc: a morte andnima € como o ponte odal de toda rama Doctonal a que pertacem as nogtes de eontemperaneos. de Dredeceasores ede sicessores —e, no pano de fund dela, & hogao de seqhéncla das geragoes, ‘segunda consegatnct, anda mals notsvel, x6 ganbars todo 6 seu sentido quando ceder gar anise lterior do ‘sto. Ela dis respeto menor A vertente agin da Wie de equincia de geragies do que a vertente simboliea da idea ‘onexa de feito dos contemporaneos, dos predecessres ¢ dos ‘sucessores. Os antepassadese os sucescore sto outros, porta ores de um sinbolisme opaco.cuja figura vem ocupar 0 Iugst ‘detum Outro, completamente Outro, eatvamente aos mortals.” ‘Sia lestemunhas disso, por um lad, a representagso dos mor tos, nao mals apenas come ausentes da historia, ras aston and com suas sombraso presente histrco.c, por outro lado. 4 representa nian futera como tora. como ve ‘nos em mutton pensodores do Itminismo. Assim. 0 epusculo poll, ocomentiro (lado anterormente deforma parca da “Ferceira proposigt" termina com a segue sfirmagso, que = poe sj adit’: Deve est urna expe animal detentora fle raze. como classe de sere oconatstoosindstinsmente Iortis, mas cija expe ¢ mortal lgrfos nosts), la deve orem, alanar a plenitude do desenvolvimento de suas disper Sggen” Enea represeniagso de ma hamanidade Imortal. que Kant cla a condiggo de postlado,€o stoma mesmo de Um functonamente sialic mate profando, em virtade do qual ‘isamoa a um Outro mals do que humano, cua cartncia pre: ‘hemos com a figura dos ancestrals, cone do imemeral, © com 8 dos sucessores, fone da esperana. E esse funcionamento Smbieo que a nogte de resto va eclarece, OO 3. Argutos, document, sto ‘A nosio de rasio consttul um nove conecior entre 25 perspectivas sobre o tempo que © pensamenteexpeculatvo ds: Sela sob o agulhto da fenomencloia, principalmenteheldegs Hana. Um novo conectr:talver 0 lino canectr. A nogeo de astro, com efeitos se torn pensivel se consegutrmos nals Aiscerniorequsto de todas as produces da pratien historia ra. que replicam as aporias do tempo para a especulacio. Para mostrar que o rasro & este requlsito para a prea hstariadara, basta seguro proceso de pensamento que, pain: do da nog de arqution, depara com a de documento, dente f= documentos com de testers) e, dal, remonla ao Ste prestuposto epstemoligen lta © rasro, preciamente. lense requis que ares anbre »consriénci Matra lot ‘nar a parr para a mun nvestigacio de segundo gra ‘Que seentende por arguivos? [Abramos a Baeylopacdla.Unteersalis © a Eneyclopaedia Bruarnicane verbete arqivos, Na primeta, ton 0 segunte "Os arqutts si constutios pelo cenjunte dos documentos que ‘eultam da tad ema nsf ode a pessoa ikea ‘8 moral” E na segunda: The term archives designates the organized boxy of records produced or received by publi Sompuble, tutional. business or prteenaty inthe transac: tion of ts ajars and preserued by tts successors or utoriaed Fepostion dough exensonafts orignal meaning as te repost ‘ory for such mater” [As duas definigbs ¢ os desemvolvimentos que se sequent ‘nas dua enclelopédins permite iasiar Wes aracterstlca: emt rime lugar, © exo a nogto de documento (ou de record 0s azqutos so wn eanjanto um corp organizado, de documentos, Ge registos: em seguida, a relagSo com uma tstitugdo: os larqutvos sd dios, mim cso, resultar da auvdade institvlonal ‘ow proissional; no outro caso, eles sto dios produziios ox reeebides pea entidade de que tals documents sto os arquivos nfm, a arquiagio tem como objetivo conseuar preseruar os documentos predusts pela inttieso em quest2o (ou se ‘equivalent jurisico; a primera Enciclopedia etada precisa, @ fase respett, que of argusus, a0 contd das bblctcas ‘Constitutes por documentos eunldos, "sto apenas documentos ‘conservados" aditindo« porsbldade de cori ena dst ‘go a observa que uma disrminagao¢ieltvel conserva © ‘que? destrulr 0 ue?) ainda que esta #6 sea eatabeletda em Virtade da suposta utldade dos documentos, portant, da ate: fade de que ies procedem segunda Encciopéda precisa, num sentido préxime, que #conservagio transforma os arquvos nam “Gepint autriaado” pela exipulages que completa a dein ‘Go dos ebjetvos da institu considera. © cardter institucional dos arquvos 6, portato, afensdo ‘nea vera: os arqttos constituem o fundo documenta de uma ‘mstiaigio,produztos, recebtlos ou conser € uma at dace espera dessa inaituig,o dealt asim consti € fom depesito autorzada por ua estpulagso adjunta 8 que Insta entidade de que os arquivos soos funds. ‘Uma socolgia poe leyiiamente enxerta-se mess card ter atiuconal para denuniar, se pretso foe 0 caate dooo- ford dcrminagso qe pee 8 operagio sparentcmente fe confesen dessa operagio io € nessa dregio que noses investigngto nos cond, ‘mas sim para os lados da nogio de dacumento (ow de record conta na primetra definiie dos arquvos e para os lados da ‘ogi de rasta conta implictamente na de depos, "Na nogio de documento, hop. nto se dé énfase & angao 4 ensinamento, que aetimoogin dn palvra sina embora o ensinamento — enseinement — &informagio — rensetne- iment — a tranagGo no seja cet, mas sie 8 de apo, de ‘aranta, taza awa histri, ma narativa, um debate. Esse Dapel de gavanta consitl a prova material 0 que em ings € rs hamao de “eodence, da relagéo que € feta de uma sequéncia {ce acontecnentos. Sea stria€ una narrativa verdadetra ¢ ot 2 petenso que hstra em de se Dasear em fon" ‘Acta da nogio de documento pode ser levada a varios ives de profndidade, Num nivel epstemoligio clementar tornou-se banal ressaltar que qualquer rast deat pelo pas Sado s¢forna um documento para o stridor, desde que cle Satba ntetogar seus vestigis e questiond-os. Nesse asp. 08 tals preciosos sto eo que no eslatam destinados & nosta Informacto,O que gus oinerrogalirie de historiador€a propria temdtica esolhida por ele para guar a sua peoquea. Bara rineira abordagem da naga Ge documento nox far come ‘issemos na segunda parte, a eaga ao documento na cessou de ‘anes zona de iformarso cadaver mais dstantes da espe {de documentos eonservados em fg de sua suposa utldade 'E doramento tao 0 que poe inormar im pesqueador eu} Investigagdo € orentada por uma esclha razavel de questbes ‘Bam eritea de prmeiro nivel casa bem com a nope de tester ‘nko inveuntario— os “Yestemunhos contra a vontade” de Marc Bloch. Ela no poe em questao o esatite epstemeligeo do Socurnento, mas amplla 0 Seu campo." Lima exten de seguir da deenmentn &contemport nea da istéria quantita de que flames anteriormente. A ‘elagdo entre documento e monumento servi de pera de toque para essa rien. Comg observa. Le Gal mr igo nea da EnelclopediaEinaudt, os raballion de arqutvosfoacn durante ‘mute tempo des peo terme manmenta (coma nos Mo ‘umenta Germaniae Historica, que catam ainda de 162). 0 esevolvimento da histria posts. no Anal do século XI © to nite do século XX. arsnalaotnfo do documento sobre © ‘monumento. © que tornaa suspelto 9 manumento, a desplto Go ato de que muss eres cle se encontrava i sti ra a sua ‘nnalidade ostentada a comemoragso de acoterimento cos ersos pelos paderoaos dignos de seem ntegradon na meméria ‘let, Em contrapari, 9 document, embora forse coltado 198 nto herdedo dletamente do passade. parecia possulr uma ‘bjetivdade que se ope & ntencionalldade do monument, que ‘propramente ediieante. Os textos de argavos evan assim. ‘onsderados mae dacumentos do que monuments, Para uma tritea ideologies, sue prolongn aque menelonamos antes acres fa institigao dom arguives. 09 documentos nio se mostrar ‘eno stitutes do que os montimentos, no menos edfieados do ue estes em proveito do paler dos poderes. Nasce wma ‘riiea que assume como tarefa descobiro menunento que se ‘Second aks do documento critica mas radical do ques ertca Ge autenteidade, que garaniva a wie do documento sobre 0 tmonumesta Ela se apega as candies da produ hisérea © {sta intenconaidade desimelada ou inconscente, E preciso tae lier com Le Ooi, que, wma ver desmistiieada a sua Senitearso aparente °o documento é manamento eves prém Feiner aver na Istolograia conten porane, com seus bancos de dados, eu processamento infer tito, saconstuigde de séres, egundo modelo da stra ‘Seva, uma ampligio da memeria calla Iso seria romper Com as negoes de rang € de testemano do passado. Assi ‘Como a ipo dementia collin deve ser considerada uma ogi dif, despeowida de qualquer evidencia propia, asst também a sua reso prenanclari, along prazo,osuido da Pistia, Com fet, a substituted de una cnet histriea nova pela menor coleiva se baseara ma isdn documenta que dio wera fundamentalment diferente da fusio postvista que ‘la rt comboter Ox data dos bancos de dados véen-se de {epente suresados da mesma swtorade que o documento pl ‘opel cies posts, A isdo€ a mas perigosa: a partis flo momento em que aia de wna dvida para com os mertos, Seerea dos homats de carne aque algo realmente acontecet no pasado, deh de dar & pesquisa docutmentria a sua fnalidade primela, a historia perde a sua sgniicacao. Bm sua igenuida: eepisteroliges 0 postviemo pelo menos preservara a sign fcinca do documento, om ef fanclonar como rasro dence pelo possado, Trad essa signin, o dado torne-se propia mente tnstnfeante, © uso elentien ds dadosarmazenados © 9 processados pelo computador dé, certamente, origem a uma Avtade cinta dem novo género, Mas esta constitut apenas tum amo desvio metodolgio destnado a ampllar a memoria leva, en oposigio ao monopole exredo sobre apalara pelos poderosos pelos letvados. Ora a histrla nunca den de set tum crea da naratva seca, nesseseiido, uma relia fda memoria comm. Todas at revlupies documentsria se {nserevem na mesma trajetria, ‘Se, portanto, nem a revlugio documentéria nem a rica ‘eotogea do documenta /montimenteatingem em se fund & fungio que o dacumenta tem de informer sabre passado © de ampliar'a base de meméea coletva. a fente de autordade do dlocumento, con Instrumente dessa metnéra,€ 2 signa ligada ao rastro. Se os arquivos poem ser dios institidos, 08 documentos, colette e conservaden, ¢ como pressuposto de (que 0 passado detent wm rasio. ergido por momsmentos © Alocumenton como testemunho do passa, Mas que silica Agu 0 Mstoriador sano senso comm, no que. come seremon ee no se engana* Lttre ds como primero seo da palawa face (rastol“wesigio que im homem our animal ‘deo no lugar em que pass Depts registra oemprego mais {gral “toda marca desada por uma coisa”: Por genealzagao © ‘Seago tomonse mares meso emp ange doestr se fstendeu de um homem ou de um animal a uma cosa quae, fem compensagae desaparcee a idea de que se passou po all Subsiste apenas o reise de que oraszo¢ deta B ease on o paradaxo. Por Indo, o rasta € viel aqul e agra, como ‘eligi, como marea, Por outro lado, ha rasta porgue ones om Dome, un anal passow por als wma cosa ag. No proprio ‘wo da lingua. o vestgio, a marca indteam o passa da passe fem, a anteroridade do aranho, do entae, sem masta, se fazer apatecer, agua que passou po al. Noles fla boron ‘mia, em fancis, entee "tre passe” ter passado), no senlido de ter pastado por um lugar. eee passé" no sentide de pertencer 0 pastado. Ito nso surpreendente; ax Confess de Ag. 0 he familariarant-nos com a metéfora do tempo como passa: fem: presente como rdnsto aio e tranlgdo passa, uma ver Fealanda a pasmagem, © passado desaparece fecuando — ele Dassou (est passe) por all Ese dir que o proprio tempo pass. ‘Onde est, entso,o pardons? No fato de que a passage 20 fexste mals, mas 0 rast permanece: nao nos eaquecemos do “mbarago Ge Agostino perante dea de vestigia como algo que ermancee(manetl na mente © historador tile 9 casa pré-compreenséo familar 3 Inngungem ordindra em ques. Asi a, com ao, fs ro det expresses mais aproprudas.” Mals precsamente. 0 historindor prs a meio-caminbo enize a denigad ini do ‘asi ea sin extenado a uma cosa. Os homens do passado € [que desea veaigor, maz aio também os produtos de sus ‘vdade, de suns obras, Jogo. dam clean que Heldegser dite ‘Saas e manejivee (erramentas, cara, templos, sepulturas, ‘seit, que debaram uma marca Nesse seni, er passa or llc fer posto ima marea se equtvalem: © passogem diz fmetbor a dindmica do rastro, « mareagio die melhor & su sti, ‘Sigamos, pars malorproveit da Misti, o sebentendido do sentido prineir.alguém passon por alo rasto convida 8 Seguro, volar, por melo dee se posse, até homer «até 0 ‘nal gue pasa poral vaste pn sx penn ye te tdpro perderse, leva a lugar nent: pode também apagae Se pots o vaso ¢ fragile exge ser conservado intact sen @ seam realmente acoreu, mas simplestnente cou passa 8b; podemos saber por euttosindision que homens ¢ animals ‘xistram em sg lugar eles permanceerao para sempre des. ‘onhecdos, se nenfuim astro levar ales. Assi, o rast indica ‘aqu,potante no expaco, «agar, portanto no prevent ps. Sagem passada dos vos: ele olen acaga.a Busca ainvest- eto, a pesquisa. Ora, tudo a0 €a historia. Der que ela ¢ um ‘onhecimento por rastios€ apeat, em tio recurso para & ‘Sonffedneta de um passade fade que, no entanto, permanece preserva em seus vestigon

Você também pode gostar