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No ms de Outubro

Era no ms de Outubro, num sbado tarde.


Nos sbados tarde Isabel no tinha aulas.
Por isso, mal acabou o almoo, saiu para o quintal.
O tempo estava ainda muito quente e nem uma erva bulia.
Isabel dirigiu-se para um pequeno bosque que ficava perto da casa.
O cho estava todo coberto de musgo e das altas copas das rvores descia
uma sombra trmula atravessada aqui e alm por raios doirados de sol.
Isabel estendeu-se ao comprido no cho junto de um carvalho e comeou a
ler...
Ao fim de algum tempo Isabel pousou o livro que estava a ler e comeou a olhar
um carreiro de formigas que, avanando atravs do musgo, se dirigia para um buraco
que ficava perto da rvore. Ento o olhar de Isabel pousou no tronco do carvalho. Era
escuro, enorme e rugoso e seriam precisos trs homens para o abraar. As razes,
saindo um pouco da terra, formavam arcos e cavidades que lembravam pequenas
cavernas.
Um stio bom para morarem anes pensou Isabel.

Sophia de Mello Breyner

No ms de Outubro
Era no ms de Outubro, num sbado tarde.
Nos sbados tarde Isabel no tinha aulas.
Por isso, mal acabou o almoo, saiu para o quintal.
O tempo estava ainda muito quente e nem uma erva bulia.
Isabel dirigiu-se para um pequeno bosque que ficava perto da casa.
O cho estava todo coberto de musgo e das altas copas das rvores descia
uma sombra trmula atravessada aqui e alm por raios doirados de sol.
Isabel estendeu-se ao comprido no cho junto de um carvalho e comeou a
ler...
Ao fim de algum tempo Isabel pousou o livro que estava a ler e comeou a olhar
um carreiro de formigas que, avanando atravs do musgo, se dirigia para um buraco
que ficava perto da rvore. Ento o olhar de Isabel pousou no tronco do carvalho. Era
escuro, enorme e rugoso e seriam precisos trs homens para o abraar. As razes,
saindo um pouco da terra, formavam arcos e cavidades que lembravam pequenas
cavernas.

Um stio bom para morarem anes pensou Isabel.

Sophia de Mello Breyner

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