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Estudo sobre as diferencas e similaridades entre as Normas Internacionhis de Contabilidade — IFRS e as Normas e Praticas Contabeis Brasileiras . TAS 36 - Impairment of Assets 2008 ESTUDO SOBRE AS DIFERENGAS E SIMILARIDADES ENTRE AS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE — IFRS E AS NORMAS FE PRATICAS : CONTABEIS BRASILEJRAS. TAS 36 - IMPAIRMENT OF ASSETS 2008 “4 Indice 1. Resumo Executivo . 1, Pontos Relevantes Identificados na Comparagéo das Norma: 2. Comentitios sobre os Pontos Relevantes Notaidos na Comparagiio das Divulgagées 3, Barreiras na Aplicago da Norma Internacional ~ . Opinio dos Autores sobre as Barreiras na Aplicagdo da Norma Internacional. 5. Lei n® 11.638 de 28 de dezembro de 2007. 6, Proposta de Agao Regulatéria. 7, Bibliografia Utilizada na Compatagto, de Normas e Priticas 8.!Opini&o ¢ Comentarios do Consultor da FIPECAFI. ANEXO | - Comparagéio detalhada da Notma Internacional de Contabilidade com as ‘Normas Biasilviras de Contabilidade . 7 ANEXO LI ~Estatistica de divulgagtio BRGAAP. ANEXO III Estatistica de divulgagaio — IFRS. ANEXO LV — Exemplo de divulgagdes _ ANEXOY ‘Exemplo pratico ~ Taxa de desconto ANEXO VI-~ Exemplo pritico — Valor Ifquido de venda ' ‘ANEXO VII —Divulgages sobre impairment de 50 empresas.de acordo com as priticas contébeis adotadas no Brasil e de 50 empresas de acordo com as IFRS. ._Resumo Executive : ‘ © Q IAS 36 — Impairment of Assets € 0 pronunciamento emitido rio Ambito das Normas Internacjonais de Contabilidade (Iniernational Financial Reporting Standards ~ IFRS) define a metodologia a ser aplicada por uma companhia para assegurar que seus ativos de longo. prazo nfo estio registrados ‘contabilmente, por um valor, superior aquele passivel de recuperagio por uso nas operagSes da companhia ou por meio de sua venda. Essa Norma deve ser aplicada na contabilizagio do impairment de todos os ativos, ‘exeeto pelos compoientes descritos a seguir: Estoques (IAS 2 ~ Inventories), “Ativos relativos a contratos de construgtio (IAS 11 — Cénstruction Contracts); ‘Ativos relativos a impostos diferidos (IAS 12 Income Taxes); : ‘Ativos provenientes de beneficios a empregado (IAS 19 - Employee Benefits); ‘Ativos. financeitos. (IAS 39, - Financial Instruments: Recognition and “Measurement; + Ativos de investimentos mensurados ao valor justo (IAS 40 — Investment Property); + Alivos biolégicos relacionados a atividades agricolas (IAS 41 — Agriculture); + Alivos diferidos e intangiveis resultantes de um contrato de seguro em uma seguradora (IFRS 4 ~ Insurance Contracts); © + Ativos no cortentes destinados a venda (IFRS 5—Non-current Assets Held for Sale and Discontinued Operations), ‘A adogio do IAS 36 ¢ essencial no ambito da estratégia do International Accounting , Standards Board (IASB) de migrar a contabilidade com base no custo histérico para ‘uma contabilidade com base em beneficios econdmicos futuros provaveis (ativos) ou nos valores de sactificios econdmicos futuros provaveis (passivos). ‘As Normas Brasileiras de Contabilidade (BRGAAP) ja prevéem a necessidade de avaliagdio e teste de recuperabilidade dos ativos de longo prazo em bases periédicas, incluindo 0 ative fixo, porém nfo havia detalhamento © normatizagio dentro da Jiteratura brasileira, indicando ou esclatecendo como essa anélise deveria ser efetuada e qual sua extensio em relagao aos ativos de uma companhia. Em, 1° de itovembro de 2007, @ Comissiio dé Valores Mobilidrios (CVM) omitiu a Deliberagio n® 527/07 que aprovou e tornou obrigatério, para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 01 (CPC 01), emitido pelo Comité’ de Pronunciamentos Contébeis (CPC) em 14/09/07, que dispée sobre a Redugdo ao Valor Recuperdvel de Ativos, o qual prevé o alinhamento aos padiées coritébeis internacionais, Esse CPC-OL foi também aprovado pela SUSEP ~ Superintendéneia de Seguros Privados e pelo CFC = Conselho Federal de Contabitidade, I, Resumo Exeeutivo—Continuagio Em conseqtiéncia desse’ vazio normativo anterior & entrada em vigor do CPC O1.c considerando 0 alto grau de complexidade envolvido na avaliagio do valor recuperivel de ativos, a Emst & Young entende que havera uma série de dificuldades na aplicagiio desta Norma no primeiro ano de sua adogéio (2008). Um estudo desenvolvido pela Emst & Young com empresas da Unitio Européia, que adotarain 0 IFRS em 2005, revela que um dos principais desafios do proceso de consolidagao das normas é methoria na transparéncia ¢ no nivel de comparabilidade das informagdes. O levantamento mostra ainda que, apesar de ja tor sido implantado por mais de 8 mil empresas da Unitio Européia e suas filiais, 0 proceso ainda precisa ‘ganhar consisténcia. Esse estudo contemplou a revistio de balangos de 65 grandes empresas que élaboraram demonstragdes financeiras em 2005 de acordo com o IFRS, para identificar tendéneias¢ necessidades no primeiro ano completo de implantagdo, com énfase principalmente no gio fundamentado na expectativa de rentabilidade futuro (goodwill) e em ativos intang{veis com vida util indefinida, Procurou ainda avaliar 0 grau de consisténcia na dogo do novo modelo ¢ descobrir como a avaliagaio de desempenho baseada em IFRS tem sido usada na comunieagiio com o mercado, ‘Da amostra das empresas analisadas, 64 apresentavam saldo de goodwill em suas demonstrégbes financeiras do exercicio findo em 31 de dezembro de 2005, ¢ aproximadamente metade delas apresentou perda por redugo a0 valor recuperdvel do ‘goodivill em 2005, enquanto 70% dessas empresas reportaram perda por redugio a0 valor tecuperivel de ativos tangiveis ¢ ativos intangiveis com vida itil definida, ‘Embora uma petda por reduglio ao valor recuperdvel de ativos dependa das > gireunstincias espeeificas de uma empresa, a freqiiéncia das perdas do valor recuperivel de ativos na amostra pesquisada sugere quo o padrdo requetido pelo IAS 36 introduz maior énfase na rotina e formalizagio do teste, gerando, por conseqtiéncia, perdas mais freqitentes. Por outro lado, & de se ressaltar que, polo fato de o Brasil obrigar 4 amortizagto do Goodwill em até, no maximo, dez. anos, ess¢ problema poder’ ser bem menor aqui. Outea questio que, no julgamento da Emst & Young, pode ser crucial, 6 0 entendimento, a identificagio ¢ a°determinagiio do conceito de unidades geradoras de caixa (Cash-generating units - CGU). Resumo Executivo--Continuagiio Q parigrafo 6 do IAS 36 define uma unidade geradora de caixa como “o menor grupo de ativos identificaveis que geram fluxos de caixa significativamente independentes dos fiuxos de caixa de outros grupos de ativos”. O pardgrafo 80 do IAS 36 descreve como 0 ‘goodwill deve ser alocado a cada CGU. Mais de um quarto das empresas na amostra pesquisada adotou uma abordagem-padrio para deserever como as unidades geradoras de caixa foram determinadas e de que forma 0 goodwill foi alocado a essas unidades, resumindo os requetimentos-chave do IAS 36 e adicionando detalhes especificos sobre cada companhia, : ‘Algumas dessas companhias definiram suas unidades geradoras de eaixa como um segmento de negécio, conforme deliherado pelo IAS 14 - Segment Reporting. Um niimero significativo de companbias indicou que as unidades goradoras de caixa foram definidas em um nivel menor que um segmento de negécio. fm | Binbora 0 1AS 36 permits uma série de diferentes emétodos a serem utilizados na detetminago das suas diversas premtissas, pouca orientaglo conereta & passada aos contabilistas na aplicago desses métodos. Aliada a complexidade natural na introdugio de um conceit ¢ normative contabil, deve-se considerar a auséncia de mao-de-obra qualificada no Brasil para definir ¢ aplicar premissas complexas, sensiveis e com alto grau de julgamento envolvido. Isso posto, & dese esperar que a definigo e aplicagéio dessas premissas devam ser suportadas por especialistas independentes ¢ amplamente discutidas ‘entre os administradores das. companhias. Relafamos no t6pico 3B as principais promissas a serem ultilizadas e discorremos, em termos priticos, no tépico 4B, sobre a metodologia que, no éntendimento da Ernst & Young, deva ser aplicada. ; Nalor-conthtit ”. Compatado com Resumo Exceutivo~Continuagaio ‘A teoria por tris da revisdo do Valor Recuperdivel de Ativos : “The purpose of the review is to ensure that intangible and tangible assets, and ‘goodwill are not carried at a figure greater than their recoverable amount, This recoverable amount is compared with the carrying value of the asset to determine if ihe asset is impaired, The definition of recoverable amount, therefore, is key. It is defined as the higher of fair value less costs to sell (FV) and value in use (VIU); the underlying concept being that’ an asset should not be carried at more than the amount it will be raised, either from selling it now or from using it in the future.” Valor recuperavel ‘© maior entre ‘Se'se recotrer aos conceitos contabeis tradicionais, encontra-se a definigio de al recursos que geram beneficios econdmicos para as empresas, que refletem em fluxos futuros de caixa. O prinefpio fundamental do custo como base de valor define que “o ‘custo de aquisiggo de um ativo ou dos insumos necessirios para fabricé-lo ¢ colocé-lo + em condigdes de gerar beneficios para a Entidade representa a base de.valor para a Contabilidade”? ~ Em determinadas eitcunstincias, 0 valor de mercado de'um ativo (fair value less costs 1o sell - FY) ou seu valor em uso (value in use - VIU) tem scus bencficios econdmicos jnigialmente previstos pela Administragfo afetados por agentes extemos & companhia, ‘ais como mudangas de condiges mereadolégicas, mudangas no ambiente tecnoldgico, egal ou econémico. Ha que se observar, ainda, mudangas cm condigées intemas, como dano fisico, obsolescéncia, dispéndios acima do esperado para manutengao do ativo ete. Tais mudangas sto facilmente notadas em ativos de répida recuperagiio, como caixa, contas a receber e estoques. Contudo, a avaliag#o dos beneficios econémicos de ativos de longo prazo & mais complexa ¢ requer a aplicagio de premissas que envolyem.alto grau de julgamento, * : 1. Extraido do Livro Internationdl GAAP 2007, LexisNexis e Fanst & Young. 2 Bxtraldo do Manual de Contabilidade das Sociedades por Ages (Apliciveis as demsis Sociedades), * Eaigto. I. Resumo Executivo~Continuagao if O teste do Valor Recuperdivel de Ativos ‘Ao comparar é Norma Internacional, mais especificamente 0 IAS 36, com 0 Pronunciamento do CPC, notam-se semelhangas conceituais nas “metodologias aplicadas para identificagao, mensurag%o, reconhecimento contabil ¢ divulzagdo nas demonstragées financeitas, Em suma, 0s passos a seguir devem ser executados nia ayaliagiio do valor recuperdvel do ativo: 1+ Identificago do menor nfvel de geragio de caixa; 2+. Identificagao do8 indicativos de perda do valor de recuperagéio; 3+ Determinagio da metodologia para avaliagao; 4-. Definigfio des premissas a serem ulilizadas no célculo do valor de recuperagéio; 5- Reconheciménto contébil da perda; 6 Reyersio da provisto para perdas; ¢ 7. Divulgagtio nas demonstragdes financeiras. Embora as normas contébeis brasileiras ¢ intemacionais utilizem metodologias semethantes na avaliago do valor recuperdvel de um ativo, existem certas diferengas conceituais que sero discutidas nesto-relatdrio. As principais diferengas identificadas entre 0 TRS e 0 BRGAAP estio incluidas no Anexo I, que apresenta uma comparago detalhada das normas contébeis intemacionais vigentes (IAS 36) ¢ a norma contél ira (CPC 01) acerca da Reduedo ao Valor Recupertivel de Ativos:” 1, Pontos Relevantes Identificados na Comparagiio das Normas ‘A. Valor contébil do 4gio fndamentado na expectativa de resultado futuro Natureza do assunto De acordo com’o parégrafo 2° do artigo 14 da Instrugio CVM 247/96, o-valor de gio ou desagio apurado decorrente de expectativa de resultado futuro deverd ser ~ amortizado no prazo ¢ na extensfio das projegdes que o determinaram. IFRS 3 ~ Business Combinations, em seu pardgrafo 55, determina que o gio néio deva set amortizado, mas, sim, avaliado quanto a perda por redugio ao valor reouperivel pelo menos anualmente, Adicionalmente, quando o valor pago numa concentraggo’ de atividades empresatiais for inferior ao valor contbil (0 que ¢ definido pela Norma Brasileira como desigio), esse excesso deve ser reconhecido ‘no sesultado.do exercicio em que for incorrido, conforme definido no pardgrafo 56 do IFRS 3." Como se pode notar, hi uma diferenga Televante ina avaliago ¢ mensuragio do saldo.contébil que pode impactar o valor contébil da unidade de geragfio de caixa - originada de uma concentragao de atividades empresatiais, ‘A identificagtlo de uma perda por redug%o ao valor recuperivel de ativos requer a comparagiio do valor conidbil do ativo (ou grupo de ativos) e seu prego liquido de ‘venda out seu valor em uso (dos dois o maior). Conseqiientemente, uma diferenga no valor contébil do ative pode acarretar a identificagio ow nfo da existéncia de petda e/ou diferenga na valoragto da perda por redugtio ao valor recuperive! de ativos, O exemplo simplificado abaixo ilustra essa situago: niisrocntats wan Feat ge ae. ‘ae teres Roar Re Aoioranaiits iets XD om 0 ()Asoriasiotnsinet so. ‘i eon) , : aa 0. 7 00 (Cyanoriagtotapiaen G00 ( 00) wo) EPS ee 2 30 si x0 {()Anodiastotglnet a) 2s 00) - 250) {Cal ide 8 ze 0 ca, 50), 1. Pontos Relevantes Identificados na Comparagiio das Normas~-Continuagao ‘A. Valor_contébil do dgio furndamentado na expestativa: de _resultado_futuro-- Continuagito Natureza do assunto--Continuagio ‘Como se pode notar, diferengas no valor contébil de ativos, ocasionadas pela aplicagdo das Notmas Intemacionais ¢ aquelas preconizadas por meio do CPC 01, poder apresentar variagbes significativas no resultado contébil das companhias. O quadro abaixo apresenta um resumo comparativo do efeito no resultado do exereicio € no patriménio Iiquido de uma companbia que adota as Normas Brasileiras de Contabilidade (BRGAAP) em comparago com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS): “ Patrimdpio Mado Higaido BRGAAP x Ga Gm) Diferensaapurada/ 30 300 inns. x 7 : BRGAAP a on) ‘itera pura : res, x @® DROAAP 8 eo) Difecengaapureda 30 HRS, x8 250 Conelusdo dos autores Na adogio do IFRS 3, 05 diferengas relativas ao valor comtébil do fgio serio eliminadas. : i Agilo regulatéria ‘Nato hd nenhuma ago regulatéria de curto prazo, pois os prinofpios ¢ eritérios contabeis utilizados na contabilizagio das aquisigdes de companhias no Brasil 16m diferengas televantes em relagao as priticas contébeis internacionais, Em se adotando o IFRS 3, necessariamente seria necessaria a revogagio ou a modificagtio da Instrugtio CVM 247/96 (especificamente o parfigrafo 2° do artigo 14). 1, Pontos Relevantes Identi icados na Comparagio das Normas-Continuagiio, B. Divulgaco de informagSes por segniento de negécios Natureza do assunto Os parigrafos 126 a 133 do IAS 36 determinam unia séric de divulgagdes pertinentes & redugdo ao valor recuperavel de ativos. Tais informag6es incluem, mas rl se limitam a: i. _O valor da perda ou a reversdo de perda anteriormente reconhecida, langada no resultado’ do exerefcio c/ou em reservas de. reavaliagéo, ¢ a linha na demonstragao do resultado na qual a perda foi incluida/revertida; ii. Os eventos e as circunstancias que levaram a tal reconhecimento; iii, A natuieza de cada ativo que tenha sido ajustado ao valor de recuperagiios iv. Para cada unidadé de geragéo de caixa: a) a desori¢do da tunidade de geragiio de éaixa; b) o valor da proviso para perda reconhecida ou revertida para cada ativo ou segmento de negdcio que a companhia reporte; ec) se a maneira utilizada pela companhia para agregar os ativos tiver sido modificada, essa mudanga deve ser divulgada; ¢, ¥. 0 valor Hquido de venda considerado na avaliagio ou a taxa de desconto uilizada na estimativa caso tenha sido determinado 0 valor de recuperagtio do ativo em uso. Adicionalmente, 0 pardgrafo 129 do IAS 36 requer as seguintes divulgagdes por segmento de negécio: * O valor da perda reconhecida no resultado e diretamente no patriménio liquido; e ‘© O valor da reverstio da perda anteriormente reconhecida, registrada no resultado do exercicio ou no pattiménio liquido. O.CPC 01 trata das divulgagdes em notas explicativas ds demonstragdes financeiras hos parigeafos 121 a 130, as quais so similares. aquelas exigidas pelo IAS 36, exceto quanto a divulgagtio de informagdes por segmento de negécio, para qual a CPC 01 6 omissa, . Conchisdo dos autores Dada a omisstio da CPC 01 em relagao as divalgagées por segmento de negécios, & nosso entendimento que instrugdes adicionais devem ser fornecidas ao mercado com 0 objetivo de definir a obrigatoriedade da divulgagio.de informagdes por segmento de negécio. ' . Pontos Relevantes Identificados na Comparagio das Normas--Continuagao B, Divulgacdo de informages por segmento de negécios-~-Continuagiio Agdo regulaisria Transitéria (com efeito nas demonstragées financeiras do exercfcio a findar-se em 31/12/2007) ‘Uma companhia que apresente informagdes céntibeis por segmento de negicio ‘deverd divalgar para cada um dos segmentos de negécio as seguintes informages, se aplicdvel: : 2) O montante da perda no valor recuperdvel de ativos reconhecida no resultado do exercicio ou no patrim6nio Iiquido, como reverstio de reserva de reavaliago previamente reconhecida; ¢, 2 'b) ‘O-montante da reverstio da perda no valor recuperdvel de ativos reconhecida no resultado do exerefeio ,ou no patriménio Itquido, que previamente reverteu reserva de reavaliagao anteriormente reconhecida. } Aplicar 0 CPC 01 a todas as empresas no Brasil. C. Classifieagtio da perda no resultado doexercicio Natureza do assunto — + © pronunciamento contébil CPC O1-e 0 IAS 36 sto omissos em relagiio. & classificagtio da despesa com perda no valor recuperivel no resultado do exerefeio (operacional ou no operacional). A Norma Internacional sugere que a classificago seja baseada na natuteza da despesa e sua’ fungio na companhia, prevaletendo aquela que fornega informagdes mais confidveis ¢ relevantes. Este conceito esti descrito no patdgrafo 88 do IAS 1 = Presentation of Financial Statements, 0 qual tem a seguinte redagdo: “An entity shall present an analysis of expenses using a classification based on either the nature ‘of expenses or their fimetion within the entity, whichever provides information that is reliable and more relevant”. Adicionalmente, considerando a forma de apresentagtio na’ demonstrago do resultado prevista'no [AS | comentado acima e a auséncia de itens ou resultados extraordindtios nas praticas intemacionais, as perdas de valor recuperdvel de ativos dover set ineluidas no resultado “operacional na demonstragiio do resultado do exereicio. 1. Pontos Relevantes Identificados na Comparagio das Normas--Continuagiio C.. Classificagfio da perda no resultado do exereicio--Continuagio : Natureza do assynto--Continuegio ‘Atualmente, na legislagao brasileira, este assunto é tratedo no pardgrafo 47 da NPC 07 ~ Ativo Imobilizado, emitida pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (BRACON), a qual requér que a classificagto da referida despesa seja considerada como resultado niio operacional. A seguir, extraimos a integra do ‘0 valor contébil de um bem do ativo imobitizado ou de um grupo de ens idénticos do. ativo imobilizado deve ser revisado: periodicamente a fim de parigeafo 4 avaliar sé 0 valor recuperivel declinou para um nfvel-abaixo do valor, contébil. reconhecido como reversiio dessa reserva, até o montante que esta for suficiente.” Consequentemente, tendo em vista a legislagio atual existente no Brasil, rnotadamente a NPC 07, haveria, divergéncias significativas na apresentagio das demonstragdes financeitas de companhias brasileiras que adotarem a CPC Ol, ‘quando comparadas 4s companhias que adotaram o IFRS na integra. Por meio da.anlise de 50 demonstragdes financeitas de companhias abertas listadas na Bolsa de Valores de Sio Paulo (Bovespa), notou-se que apenas uma divulgou a linha do resultado em que.a perda foi registrada (despesa nfo operacional).’ As demais ‘empresas nfo registraram nenhuma perda ou nfo divulgaram a linha do resultado em que registraram a perda, Com relagio as companhias abertas que reportem em JFRS, das 50 analisadas, 22 divulgaram o reconhecimento de perda por redugio ao valor recuperdvel de ativos. iio resultado e todas ¢las-classificaram a ‘perda no resultado operacional (resulting from continuing operation). Conclusdo dos autores , Portanto, com o objetive de manter a uniformidade dos procedimentos adotados ‘pelas empresas. brasileiras, deve ser dada uma orientagiio clara que revogue ou ‘confirme a classificag#o requetida pela NPC. 07. Na opinidio dos autores, a classificagtio da despesa como operacional ou néo operacional deve seguir a natureza do ativo para o qual a perda foi reconhecida ¢ sua fungiio na Companhia, Quando ocorrer esse declinio, 0 valor contébil deve ser reduzido para o valor recuperivel, reconhevendo imediatariente como- despesa nio-operacional 0 ‘montante da redugfo. Nos casos em que existir saldo de. reservas relativas a reavaliagdes anteriores dese mesmo bem ou grupo de bens, 0 valor. deverd ser 1. Pontos Relevantes Identifieados na Coinparagtio das Normas--Continuago Cy Classifieagiio da perda no resultado do exerefcio--Continuagio Agao regulatoria Transitéria (com efeito nas demonstragdes financeiras do exercicio a findar-se em 31/12/2007) ‘Adote-se 0 CPC 01 de forma plena, para todas as empresas ‘no Brasils adicionalmente, o parigrafo 47 da NPC 07 deveria ser modificado de modo a ter a -seguinte redagiio: DENERIA SER MoediPicALo : “O valor contabil de um bem do ativa,imobilizado ou de um grupo de bens idénticos do ativo iniobilizado deve ser revisado periodicamente a fim de avaliat se 0 valor recuperdvel declinow para um nivel abaixo do valor contébil, Quando ocorrer esse declinio, o valor contébil deve ser reduzido para o valor tecuperdvel, reconhecendo imediatamente no resultado do excrefcio 6 montante da redugfo. A classificagio da ‘despesa como operacional ou nfo operacional deve seguir a natureza do ativo para o qual a perda foi reconhecida e sua-fungio na Companhia, Nos casos em que oxistir saldo de reservas relativas a reavaliag6es aiteriores desse mesmo bem ou ‘grupo de bens, o valor deveri ser’ reconhecido, como reversto dessa reserva, alé 0 montante que esta for suficiente.” : Definitive ‘Quando da adogiio definitiva do conjunto de normas internacionais, esta questo estard superada, 1D, Ausénéia de uniformidade nas praticas correntemente adotadas no Brasil Natureza do assunto . A’ CPC 01 € © normativo brasileiro -que apresentaré, em maior detalhe, os procedimentos. a serem aplicados na identificagio, na -mensurngio, no reconhecimento contébil ¢ na divulgagdo nas demonsttagdes financeiras relativos & provistio para perda no.valor de recuperagio. Todavia, esta norma ainda nfo entrou emt vigor, sendo que apenas um sumério desta Norma tem sido apresentado por meio do Oficio-Ciroular CVM 01/2007. Em fung&lo desse vazio normativo nesses anos todos, observou-se, por meio de andlises de demonstragSes financeiras de diversas empresas listadas na Bovespa, uma auséncia na uniformidade, natureza ¢.extensio das’ divulgagdes em notas explicativas das informagSes pertinentes ao teste do valor recuperdvel de ativos. ul 1. Pontos Relevantes Identificados na Comparagio das Normas--Continuagio Natureza do assunto--Continuago ‘Nao ha, conceitualmente, diferengas substanciais entre a Norma Internacional ¢ a Brasileira, mas é interessante notar que, na prética, hd um distanciamento relevante centre o requerido pela Norma Internacional e as divulgagdes até agora efetuadas em nota’ explicativas nas demonstragGes financeiras de empresas brasileiras. Dentre as distorgdes notadas, destaca-se a utilizagio de fluxos de caixa nto descontados na avaliagto de perda por redugo a0 valor recuperivel de ativos. Esse conceito ¢ bastante difundido tendo em vista que esté alinhado com os principios ccontabeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da Amérien (USGAAP), definidas especificamente no SEAS 144 — Accounting for Impairment or Disposal of Long- Lived Assets. Futretanto, a ulilizagaio de fluxo ge caixa no descontado no esté em consondincia com 0 IAS 36.~ ‘Adicionalmente, determinados coneeitos no so unanimemente utilizados: no Brasil, Os seguintes exemplos podem ser considerados: (1) Impairment loss ora conceituado (traduzido) como perda por desvalorizagao, ora conceituado (iraduzido) ‘como redugo ao valor de recuperagiia, o qual parece mais adequado, na opinito dos autores; ¢ Gi) Fair value — 0 conceito pode ter significado diferente no cenéirio contabil brasileiro. - Conclusdo dos autores OCPC 1 define os critérios a serem utilizados na determinago das premissas para determinagdo do montante da perda por redugo ao valor recuperdvel de ativos. Portanto, a Exnst’& Young concluiu que a adogao do CPC 01 eliminard de maneira substancial as distorgdes nas pritieas contébeis aclotadas atualmente no Brasil. Agao régulatoria ‘Transitéria (com efeito nas demonstragdes financeiras do exereicio a findat-se em 31/12/2007) ‘Adote-se 0 CPC 01 para todas as empresas no Brasil. Definitiva Quando da adogdo definitiva do conjunto de normas internacionais, ser necessiiria uma definigfio clara do conceito de fair value. 12 1. Pontos Relevantes Identificados na Comparagiio das Normas--Contiriuagio E, Referéncia 4 norma americana ~ US GAAP. Natureza do assunto Histoticamente, quando a norma contébil. brasileira € silenciosa ou nio ha ~ detathamento suficiente em relag%o a determinado assunto, 6 comum que sejam feitas referencias as normas contAbeis americanas (USGAAP). Nesse contexto, deve-se atentar para as. principais diferengas entre a Norma Internacional e a norma contabil americana, a saber: i. Pela’ Norma. Tntemacional IAS 36, quando indicativos de perda no valor recuperdvel so identificados, a companhia deve cfetuar 0 célculo do valor presente dos fluxos de caixa de um ativo destinado ao uso. Pela regra americana definida no SFAS 144, a. primeira avaliagio, apds terem sido. identificados indicativos, deve ser feita considerando fluxos de caixa futuro nfo descontados «, caso esses nifo excedam o valor contabil Iiquido do ativo em teste, devem ser caleulados os fluxos de caixa futuros descontados; & ii, A norma contébil. internacional permite que perdas passadas sejam revertidas ‘caso 0 evento que a ocasionou seja revertido. A regra americana, por meio do SEAS 144, nfo permite, em nenhuma hipétese, que uma reversio de perda anteriormente registrada seja contabilizada, Encontram-se, a seguit, dois exemplos concretos de diferengas entre as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) e os prinefpios contébeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (USGAAP) divulgadas em notas de conciliagio as demonstragdes financeitas da Swisscom AG e China Petroleum & Chemical Corporatior i, Swisscom AG (2003) — tradusiio livre do original em Inglés Baixa de ativos de longo prazo Em 1997, a Swisscom registrou uma perda por redugao ao valor recuperdvel de CHF 107 milhdes relacionada & baixa de certos ativos imobilizados aos seus respectivos valores. recuperiveis. Na-determinagao. do valor recuperivel, a Swissom descontou os fluxos de caixa futuros que sie esperados do uso e da eventual yenda desses ativos. De acordo com 0 USGAAP, os valores recuperdveis desses ativos stio determinados utilizando-se fluxos de caixa nfo descontagos. 0 valor recuperdvel, baseado nos fluxos de eaixa nfo descontads, excede 0 valor contébil liquido e, conseqiientemente, a perda por redugio ao valor recuperdvel foi revertida para fins de USGAAP. 13 1. Pontos Relevantes Identifieados na Comparagio das'Normas--Continuacaio B. Referéncia A norma americana — US GAAP--Continuagiio Natureza do assunto—Continuacio tradugdo livre do original em Inglés--Continuagio Swisscom AG (2003) Baixa de ativos de longo prazo--Continuagiio ‘Como os atiyos nifo foram baixados para fins de USGAAP, a despesa de depreciago adicional de CHF 30 milhdes foi reconhecida no resultado do ‘exetcicio findo em 31 de dezembro de 2001. Em 31 de dezembro de 2001, esses ativos estavam totalmente depreciados. ii). China Petroleum & Chemical Corporation ~ tradugdo livre do original em inglés De acoro com os IFRSs, perdas do valor recuperdvel de ativos sto reconhecidas quando © Valor contébil Ifquido de um ativo de longa duragiio excede 0 thaior entre 0 seu valor liquido de venda e seu valot em uso, © que incorpora o desconto dos fluxos de caixa futuros estimados do ativo, De acordo com 0 USGAAP, a determinagio da recuperabilidade de um ativo'de Tonga duragiio é baseada na estimativa de fluxds de eaixa futuro no descontado, resultante do.uso ou eventual venda do ativo, Se a soma dos fluxos de eaixa futuro esperados 6 menior que o valor contabil liquido do ativo, uma perda por ‘redugao ao valor recuperdvel deve ser reconhecida. A mensurago da perda por redugilo ao valor recuperavel de um ativo de longa durago 6 baseada no valor justo do ativo (luxos de caixa futuros descontados a valor presente). ‘Adicionalmente, de acordo.com os IFRSs, um aumento subsequente no valor recuperdvel de um ativo ¢ revertido na demonstragio do°resultado ‘consolidados, ‘caso uma perda desse valor recuperavel tenha sido reconhecida no passado ¢ se ‘0s eventos e as circunstancias, que levaram a essa perda deixarem de existir. A reverstio & reduzida pelo valor que teria sido reconhecido como depreciagtio, caso a petda no tivesse sido registrada no passado. De acordo com 0 USGAAP, * ‘uma'perda por tedugdo ao valor recuperdvel de ativos estabelece uma nova base de valor contébil para o ative e essa riovq base nfo deve ser ajustada _subseqilentemente, exceto se por perdas adicionais. ajuste de USGAAP representa 0 efeito da reverstio da recuperagio de uma perda por redusiio' ao’ valor recupersivel anteriormente reconhecida de acordo com os IFRSs. 4, Pontos Relevantes Identificados na Comparagio das Normas--Continuagio BE, Referéncia 4 norma americana — US GAAP--Continuagiio Conelusdo dos autores OCPC 01 define os citétios a serem uilizados na determinagiio das premissas para deteriminago ‘do montante da perda por redugo a0 valor tecuperdvel de ativos. Porlanto, a.Emst & Young coneluiu que a adogio do CPC 01 eliminaré a necessidade de recorrer & literatura americana acerca do assunto, ‘Asao regulatéria ‘Adotar a-CPC 01 de maneira plena para todas as empresas no Brasil. ", Adocio inicial do IFRS Natureza do assunto ‘As companhias que adotam o IERS pela primeira vez. sto requeridas pelo IFRS 1 First Time Adoption of International Financial Reporting Standards a revisee todo 0 saldo de gio com fundamento econémico na expectativa de rentabilidade future (goodvill) ineluido no balango patrimonial da data de transigao, independentemente da existéricia ou nfo de indicativos de perda por redugao ao valor recuperivel, Qualquer perda por redugfio ao valor recuperdvel na data da transig&o sera registrada como um ajuste contralucros acumulados (ou reserva de reavaliagfio, conforme o caso). . + Para outros ativos, as companhias que estiverom efetuando a adogtio inicial do IFRS ‘devem aplicat 0 TAS 36 na determinagao da existéneia ou ndo de perda por redugto ao valor recuperdvel de ativos na data da transigdo para os IFRSs. Essas companhias devem mensutar qualquer pérda por redugo ao valor recuperivel de ativos que existam na data da transigdo ¢ reverter qualquer perda por redugio ao valor recuperdvel que n&io mais exista. nae ‘Na preparagdio do balango de abertura para fins de IFRS, se a companbia reconhecer ou reverter uma perda por redugo ao valor recuperdvel, deverd efetuar a divulgagao ‘de mesma natureza e-extensio que teria sido feita caso a perda ou reversio tivesse ‘ocorride no perfodo iniciado a partir da transig&o para os IFRSs. 15 1. Pontos Relevantes Identifieados na Comparagio das Normas~-Continuagao, F. Adogfio inicial do [FRS--Continuagiio Conclusdo dos autores ‘Tanto a norma CPC 01 quanto. IAS 36 nao fazem mengio a ajustes iniciais de dogo, Entretanto, 0 IAS 36 foi adotado concomitantemente com um conjunto de normas, ineluindo 0 IFRS 1, Logo, embora o CPC 01 ¢ o IAS 36 sejam semelhantes fem sua esséncia, 0 ajuste inicial de uma companhia que adote o CPC 01 serd istinto do ajuste inicial de uma companhia que adote 0 JAS 36. Entretanto, considerando a data prevista para entrada em vigor da CPC 01 (1° de janeiro de 2008).¢ o ano de adogiio das normas contébeis intemacionais no Brasil (previsiio para 2010), entende-se que néo haverd impactos significativos, visto que o balango de abertura para fins de IFRS que seré apurado no exercicio a findar-se em 31 de dezembro de 2009 (para ds companhias que apresentem exercicio social em 31 de dezembro) j4 contemplard os ajustes de impairment calculados de forma essencialmente consistente com o requerido pela Norma Intemcional, Agito regulatoria i Adotar a CPC 01 plenamente no Brasil. 2. Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagbes (divulgagio) ‘A Bist & Young efetuou uma anilise das divulgagdes contidas nas notas explicativas as demonstiagées financeiras de companhias abertas (registradas na autoridade ‘reguladora do mereado de eapitais ¢ listadas em bolsa de valores mobilidtios). A. anélise consistiu na sclegfio de 50 balangos de empresas brasileiras (inclufdas em anexo a este relatério), representativas dos progdes da Bovespa ¢ comparagao com 50 balangos de empresas que reportam em IERS (incluidas em anexo a este relatério). Como resultado dessa observagiio, nota-se que 0 nivel de divulgagto apresentado nas notas explicativas para as empresas brasileiras pode ser considerado irrelevante, com nivel extremamente reduzido de informagées, que nifo permitem ao leitor uma analise mais detalhada sobre a avaliagio dos ativos sujeitos a impairment. Portanto, com a adogao do CPC 01, espera-se um impacto significative na extensio das divulgagées, sobre 0 assunto ‘em notas explicativas s’demonstragées finaneciras de empresas brasileiras, Este nivel de divulgacdo é expressivamente inferior ao atualmente praticado por grandes empresas que divulgam suas demonstragdes financeiras de acordo com as IFRS. 16 2. Comentirios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparngio das Divulgagies (ivulgagio)~-Continuagto ‘A fim de oxemplificar essa afirmativa, comparamos a divulgagio acerca do impairment de duas empresas do ramo de varejo, notadamente o Grupo Pao de Agticar (BR GAAP), 6 qual esta em linha com as divulgagdes das demais empresas brasileiras, incluidas em ‘nossa amostragem e o Grupo Ahold (IFRS), 0 qual no entendimento dos autores, atende de forma completa as. divulgagdes requeridas pela ‘norma do IAS 36. Abaixo reproduzimos na integra as divulgagdes das duas companhias: Nota explicativa do Grupo Pio de Agiicar preparada de acorde com as praticas contibeis geralmente aceitas no Brasil. ‘A Companhla contratou consultores especializados, os quais durante o periodo de abril fa outubro de 2006 realizaram 0 inventirio flsico dos bens classificados como equipamentos, méveis ¢ utensilios, bem como benfeitorias ¢ melhoramentos em todas as instalagdes das empresas do grupo. Além disso, a Companhia constituiu provisto pata realizagio de ativos referentes as benfeitorias ¢ aos melhoramentos. As diferengas identificadas ao final do inventétio fisico e a provisto para realizagdo, que totalizam R$ 24.045, foram contabilizadas em contrapartida ao resultado das respectivas empresas na rubrica de despesa nfio-operacional. Nota explicativa do Grupo Ahold preparada de acordo com as IFRS. Property, plant and equipment Ebadi pins aa) - @ apeces 8 ‘Streit 1.206 Mie sa ow. ‘Spetacaaee mate otto i See ot » 6 eerie a 7 ‘valet 3 g 8 Eehmgretooes a a 2 ‘conan ou moe ‘eeuddectsd tpn coat ey o SER ae “ feted Mee a o 0 sD eet nti 3 3 : 2 see 9 4 i os 6 @ Sree o ° : a 2 8 Ecrseene 7 ? ‘eects oud s a Q eacjertteoee oo iy QB ‘tigermatt fe we Sa tor eon sa ehdesoqainetingneles, an, ep) a emu ue ia me 7 2, Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparacio das Divulgagdes (ivulgagiio)--Continuagio Property, plant and equipment--Continuagio Buildings and land include improvements to these assets, "Other" buildings and land mainly includes distribution centers. "Other" property, plant and equipment mainly consists of trucks, trailers and other vehicles as well as office furniture and fixtures. Assets under construction mainly consists of stores. In 2006, Ahold recognized impairment losses of EUR 63 relating to property, plant and ‘equipment. The carrying value of the affected assets exceeded the higher of the present value of their estimated future cash flows and fair value less costs to sell, The present ‘value of estimated future cash flows has been calculated using discount rates ranging between 8,3 percent- 12.2 pereent. ‘The Central Europe Arena recorded impairment losses amounting to EUR 37. An impairment loss of BUR 19 was recognized as a result of the announcement in the fourth quarter of 2006 to divest the operations in Slovakia, BUR 17 was recognized in the Czech Republic on several hypermarket sand EUR 1 was recognized in Poland. Other impairment losses related to the Stop & Shop/Giant- Landover Arena (BUR 7), the Giant-Carlisle/Tops Arena (BUR 9), the Albert Heijn ‘Arena (EUR 8) and Schuitema (EUR 2). The impairment reversals wore recognized in the Giant-Carlisle/Tops Arena (BUR 4) and the Stop & Shop/Giant-Landover Arena (EUR3). ‘Assets classified as held for sale or sold during 2006 mainly relate to the planned sale of ‘operations in Poland, that was announced in the fourth quarter of 2006, the divestment of the Northeast Ohio operations in the Giant-Carlisle/Tops Arena, and the divestment of two distribution facilities in the Stop & Shop/Giant-Landover Arena, ‘The additions to property, plant and equipment include capitalized borrowing costs of BUR 9 (2005: EUR 7), Generally, the capitalization rate used to determine the amount of capitalized borrowing costs is a weighted average of the interest rate applicable to the respective operating, companies. This rate ranged between 3.8 pereent-6.8 percent (2005: 3.8 percent -8.0 percent). Other movements include transfers to and from investment property. ‘The carrying amount of land and buildings includes an amount of BUR 1,024and BUR 322 (lanuary I, 2006: EUR 1,056 and BUR 378) in respect of assets held under finance leases and financings, respectively, In addition, the carrying amount of machinery and equipment ineludes an amount of EUR 16 (January 1, 2006: EUR 17) in respect of assets held under finance leases. Ahold does not have legal title to ‘these assots, Company-owned property, plant and equipment with a.canying amount of EUR 335 Ganuary 1, 2006: EUR 322) have been pledged as security for liabilities. 18 2, Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagies (ivulgagio)--Continuagio Investment property 206 200s A being of eye Moo ou is ‘Acunbeddeeciaion id Ingsimentfoses as) as) CCaying snout ‘66 466 Adios Ww “4 Depeiatn @ ay, Ingest 0 @ ‘Aso cise asbeld forsale or sold @) 2) ‘chang ra ieeness 4 3) (Csi eayiag amoet @ 9 ‘Arteta yeor 7 Areas so an ‘Astle depres od ingsiment oes (ty cs) Conying ncut 1 456 Investment property consists of land and buildings held by Ahold to earn fental income or for capital appreciation, or both. Ahold often owns (or leases under a finance lease) shopping centers containing both an Ahold store and third-party retail units. In these cases, the third-party retail units generate rental income, but are primarily of strategic importance to Ahold in its retail operations. Ahold recognizes the part of an owned (or eased under @ finance lease) shopping center that is leased to third-party retailers as investment property. ‘The majority of Ahold’s investment buildings leased to franchises fare not considered to be investment property as they contribute directly to the sale of goods. ‘The fair value of investment property as of December 31, 2006 amounted to approximately BUR 640 (January 1, 2006: EUR 651). ‘The fair value of investment ‘property as of January I, 2006 reflects a correction compared to Ahold's 2005 Annual Report to exclude BUR 34 transfered to assets held for sale, Fair value represents the price at which a property could be sold to a knowledgeable, willing party and has generally been determined using discounted cash flow projections. Rental income from investment property included in the consolidated statements of operations amounted to EUR 70 (2005 and 2004: EUR 63 and EUR 49, respectively), Direct operating expenses (Gncluding repairs and maintenance) arising from rental income generating investment property in 2006 amounted to EUR 60 {2005 and 2004: EUR 56 and BUR 37, respectively). Diteot operating expenses (including repairs and maintenance) a rising from non-rental income generating investment property in 2006 amounted to nil (2005 and 2004; BUR 1 and EUR 2, respectively). The carrying amount of investment property includes an amount of BUR 42 (January 1, 2006: EUR 47) and EUR 34 {January 1,2006: EUR 26) in respect of assets held under finance leases and financings, respectively. Ahold does not have legal title to these assets. Company-owned investment property with a carrying amount of BUR 12 Ganwary 1, 2006: nil) has been pledged as security for liabilities. 19, 2. Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagdes (@ivulgagio)--Continuagiio Goodwill : 2006 2005 Alte begining of te year Atcost 2282 1,961 ‘Accumulated depreciation and Impaiment losses ro) - Creying amount 2263 1961 155 2 Innpairment esses @ a Assets clase as ld fe sal or sold © 2» Exchango rt diferenes 025) 3) Closing crying amount 2186 228 Attheend ofthe year Ateost aos 2.282 ‘Accaulated depresation and impairment losis al) co) Carrying amount 2184 2268 Goodwill recognized upon acquisitions in 2006 relates mainly to the acqui Konmar stores by Albert Heijn and Schuitema from Laurus (UR 89) and the acquisition of 14 stores by Giant-Carlisle fom Clemens (EUR 46) (see Note 4). In addition, goodwill was recognized upon acquisitions of individual stores in the Albert Heijn Arena and at Schuitema. Goodwill acquired in a business combination is allocated, at acquisition, to the cash- generating units ("CGUs") that ate expected to benefit from that business combination. ‘The carrying amounts of goodwill allocated to CGUs within Ahold's business segments areas follows: December31, January 1, Business segment cou 2006 2005, ‘Stop & Shop! Giant-Landover Arena. Peapod 20 2 Ginn-Carlsle/Tops Arena Giant-Catisle 37 4 Albert Helin Arene Albert Heija 123 33, Eros 2 3 CContal Burope Arent Czech Reputlie 24 20 Seluitema Sehuiteme 12 3 “Tolal retail 28 95 US, foodservice US. foodservice 1,946 2,168 20 2. Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagbes (divulgagiia)--Continuagio For impairment testing purposes, all goodwill recognized upon the acquisition of (and ‘subsequent acquisitions by) U.S. Food service was allocated as of January 1,2006, to the CGUs Broad line (BUR 2,086) and North Star Foodservice (BUR 82). Following the announcement on November 6, 2006 that Ahold intends to divest U.S. Foodservice in a single transaction, Ahold allocated this goodwill to the CGU U.S. Foodservice for impairment testing purposes, In addition to goodwill recognized at U.S. Foodservice, brand names have been recognized upon acquisitions with a carrying amount of EUR 13 and EUR Idasof December 31, 2006 and January I, 2006, respectively. Brand names are not amortized as they have an indefinite useful life (see Note 17). CGUs to which goodwill has been allocated are tested for impairment annually, or more frequently if there are indications that a particular CGU might be impaired. The recoverable amount of each CGU is determined based on value-in-use or fair value less costs to sell calculations. Value-in-use calculations use cash flow projections covering a maximum period of 10 years that are based on three-year financial budgets approved by Company management, Cash flows beyond this period are extrapolated “using estimated growth rates that do not excced the long-term average growth rate for ‘the retail trade or food service business in which the CGU operates and are consistent with forecasts included in industry reports. The rates used to discount the projected cash flows reflect specific risks relating fo relevant CGUs and are 7.5 percent for U.S. Foodservice, 7.9 percent for retail operations in the United States, 6.0 percent for the Netherlands and 7.4 percent for the Czech Republic, The impairment. loss recognized in 2006 related to the CGU Aitert Heljn, The impairment loss recognized in 2005 related mainly to the CGU Tops (BUR 14), Impairment of non-current assets other than goodwill Ahold assesses on a quarterly basis whether there is any indication that non-cutrent assets may be: impaired. If indicators of impairment cxist, Ahold estimates the recoverable amount of the asset. Where it is not possible to estimate the recoverable amount of an individual asset, ‘Ahold estimates the recoverable amount of the eash-generating unit to which it belongs. Individual stotes aie considered separate cash-generating units for impairment testing purposes. ‘The recoverable amount is the higher of an asset's fair value less cost to sell and its value in use. In assessing value in use, the estimated future cash flows are discounted to their present value using a pre-tax discount rate that reflects current market assessments of the time value of money and the risks specific to the asset. An impairment loss is recognized in the consolidated statements of operations for the amount by which the asset's (ot cash-generating unit's) carrying a mount exceeds its recovérable amount, a 2, Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagées (divulgagio)--Continuagiio In subsequent years, Ahold assesses whether indications exist that impairment losses previously recognized for non-eurrent assets other than goodwill may no longer exist ot may:have decreased, If any such indication exists, the recoverable amount of that asset (or cash generating unit) is recalculated and its cattying amount is increased to the revised recoverable amount, The increase is recognized in orating income. A reversal is recognized only if it arises from @ change in the assumptions used to calculate the recoverable amount. The increase in an asset's (or cash-generating unit's} canying ‘amount due to an impairment reversal is limited to the depreciated amount that would have been recognized had the original impairment not occurred. Property, plant and equipment ‘tems of property, plant and equipment are stated at cost less accumulated depreciation and impairment losses. Cost includes expenditures that are directly attributable to the acquisition of construction of an asset and may include borrowing costs ineumred during construction, Where applicable, estimated asset retirement costs are added to the cost of ‘an asset. Subsequent expenditures are capitalized only when it is probable that future ‘economic benefits associated with the item will flow to the Company and the costs can be measured reliably, All other subsequent expenditures represent repairs. and ‘maintenance and are expensed as incurred. Depreciation is computed using the straight-line method based on the estimated useful lives of the items of property, plant and equipment, taking into account the estimated residual value, Where an ifem of property, plant and equipment comprises major components having different useful lives, each such part is depreciated separately. The assets! useful lives are reviewed, and adjusted if appropriate, at each year-end balance sheet date, ‘The estimated useful lives of property, plant and equipment are: indetiite 30-40 years : 7-20 years ‘Machinery and equipment S-12years Other 3-10years Depreciation of assets subject to finance leases and leasehold improvements is calculated on a straight-line basis over either the lease term (including renewal periods when renewal is reasonably assured) or the estimated useful life of the asset, whichever is shorter, 22 2, Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagies (divulga¢%o)—Continuagio Como notado na comparagio acima, os autores esperam que o nivel de divulgagto devera ser impactado significativamente com a adogio do pronunciamento CPC 01 ‘Adicionalmente, citamos abaixo outros exemplos representativos do nflvel de divulgagio atualmente encontrado nas demonstragées financeiras elaboradas de acordo com os principios contébeis brasileiros e de acordo com os padres internacionais (IERS). A repredugdo. detalhada das divulgagdes utilizadas na comparagio estio apresentadas em artexo a este relatdrio, juntamente com outras empresas constantes de nossa amostra, Os autores esperam que com a adogéo do CPC 01, haja uma melhoria significativa nas divulgagées em demonstragées financeiras em empresas brasileiras, visando 0 atendimento pleno desta norma. ‘Notas explicativas preparadas de acordo com as priticas contébels geralmente aceitas no Brasil. Petrobras: Os custos capitalizados e bens vinculados séo revisados anualmente, campo a campo, para identificagiio de possiveis perdas na recuperagio, com base no fluxo de eaixa futuro estimado. TM: Os ativos de longo prazo, principalmente ativo imobilizado, sto revisados periodicamente para se determinar © monsurar a existéncia de necessidade de quaisquer provisbes pata perdas em relago arecuperagao de tais ativos. Votorantim: ‘A Administragiio revisa a vida iil estimada dos ativos, principalmente edificagdes © equipamentos utilizados em cada operagiio, com 0 objetivo de determinar e mensurar a perda de valor dle forma recorrente, ou quando eventos ou mudangas nas circusténcias indicam que o valor contébil de um ativo ou grupo de ativos pode nao ser recuperado por meio das atividades operacionais, A redugdo do valor contabil de ativos ou grupo de ativos 6 realizada se, e quando, apropriado, 23 2. Comentirios sobre 08 Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagies (divulgagio)--Continuagao SABE! Estudos que comprovam as baixas motivadas por obsolescénia e gbras em andamento foram concluidos pela Companhia no periodo contabil da baixa baseados em projegies de fluxos de caixa nfo descontados, ¢ foram aprovados pela Administragio. O valor contibil do imobilizado 6 monitorado continuamente ¢ ajustado, quando apropriado, para assegurar que a receita operacional projetada futura seja suficiente para ressarcir 0 valor contébil dos ativos, Quando aplicével, as taxas de depreciagtio sto ajustadas para evar em conta mudangas na via econdmica restante estimada dos ativos & medida em que stio substituidos. ‘Notas explicativas preparadas de acordo com as IFRS Exenplo 1 - Alcatel: Impairment of property, plant and equipment In accordance with IAS 36 "Impairment of Assets". when events or changes in market conditions indicate that tangible or intangible assets may be impaired, such assets are reviewed in detail to determine whether their carrying value is lower than their recoverable value, which could lead fo recording an impairment loss (recoverable value is the higher of its value in use and its fair value less costs to sell). Value in use is estimated by calculating the present value of the future cash flows expected to be derived from the asset. Fair value less costs to sell is based on the most reliable information available (market statistics, recent transactions, eto.). ‘The planned closing of certain facilities, additional reductions, in personnel and reductions in market outlooks have been considered impairment triggering events in prior years. No significant impairment losses were recorded in the first quarter 2007 and in 2006, When determining recoverable value of property, plant and equipment, assumptions and estimates are made, based primarily on market outlooks, obsolescence and sale or liquidation disposal values. Any change in these assumptions can have a significant effect on the recoverable amount and could lead to a revision of recorded impairment losses. 24 2. Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagiio das Divulgagdes (@divulgagio)--Continuagtio Property. plant and equipment Property. plant and equipment are valued at historical cost for the Group less accumulated depreciation expenses and any impairment losses. Depreciation expense is ‘generally calculated over the following useful lives: Buildings and building improvements 5-50 years Inastructure and fixtures 5-20 years Plant and equipment 2-10 years, Depreciation expense is determined using the straight-line method, Fixed assets acquired through finance lease arrangements or long-term rental arrangements that transform substantially all the risks and rewards associated with ownership of the asset (o the Group (tenant) are capitalized. Residual value, if considered. to be significant, is included when calculating the depreciable amount, Property. plant and equipment are segregated into their separate ‘components if there is a significant difference in their expected useful lives, and depreciated accordingly. Depreciation and impairment losses are accounted for in the income statement under cost of sales", "research and development costs” or “administrative and selling expenses", depending on the nature of the asset. 1, intangible assets and prop iipment In accordance with IAS 16 "Property, Plant and Equipment” and with IAS 38 "Intangible Assets", only items whoso cost can be reliably measured and for which future economic benefits are likely to flow to the Group are recognized as assets. In accordance with IAS 36 "Impairment’of Assets", whenever events or changes in market conditions indicate a risk of impairment of intangible assets and property, plant and equipment, a detailed review is carried out in order to determine whether the not carrying amount of such assets remains lower than their recoverable amount, which is defined as the greater of fair value (less costs to sell) and value in use. Value in use is, ‘measured by discounting the expected future cash flows from continuing use of the asset and its ultimate disposal, Intangible assets with indefinite useful lives are impairment tested annually. In the event that the recoverable value is lower than the not carrying value, the difference between the two amounts is recorded as an impairment loss. Impairment losses for property, plant and equipment or intangible assets with indefinite useful lives can be reversed if the recoverable value becomes higher than the not catrying value (but not exceeding the loss initially recorded). 7 25 2, Comentarios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagies ivulgaso)—Continuagio Goodwi Since transition to IFRSs, goodwill is no longer amortized in accordance with IFRS 3 Business Combinations". Before January 1, 2004, goodwill was amortized using the straight-line method over a period, determined on a case-by-case basis, not exceeding 20 years. Fach goodwill item is tested for impairment annually. It is done quarter of the year. The impairment test methodology is based on a compar the recoverable amounts of each of the Group's business divisions (con grouping of cash generating units (*CGU") at which level the impairment test is performed) with the business division's not asset carrying values (including goodwill). In the reporting structure, the Business Divisions ate one level below the Business Groups for the cartier Business Segment and one level below the Business Segment for the two other Business Segments, Such recoverable amounts are mainly determined using discounted cash flows over five years and a discounted residual value. The discount rate used for the annual impairment test was the Group's weighted average cost of capital of 10.8% for 2004 and 9.5% for 2005 and for 2006. These discount rates are ‘afler-tax rates applied to after-tax cash flows. The use of such rates results in recoverable values that are identical {o those that would be obtained by using as requited by IAS 36, before-fax rates applied to before-tax cash flows. A single discount ‘rate has been used on the basis that risks specific to certain products or markets have been reflected in determining the cash flows. Management believes the assumptions ‘used concerning sales growth and residual values are reasonable and in line with market data available for each business division. Further impairment tests are cattied out if events occur indicating a potential impairment, Goodwill impairment losses cannot be reversed. _ Equity affiliate goodwill is included with the related investment in “share in not assets of equity affiliates". The requirements of IAS 39 are applied to determine whether any impairment Joss must be rocognized with respect tothe not investment in equity affiliates, The impairment loss is caloulated according to LAS 36 requirements. When the reporting structure is reorganized in a way that changes the composition of one or mote business divisions to which goodwill has been allocated, a new impairment test is performed on the goodwill for which underlying business divisions have been changed, Such a reallocation has been made in December 2006 using a relative value approach similar to the one used when an entity disposes of an operation within a Business Division, 26 2. Comentirios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagies (divulgagio)--Continuagio Exemplo 2- LVME Goodwi ‘When the Group takes the jure or the facto exclusive control of an enterprise, its assets, liabilities and contingent liabilities are estimated at their fair value and the difference between the cost of taking exclusive control and the Group's share of the fair value of those assets, liabilities and contingent liabilities is recognized as goodwill. ‘The cost of taking exclusive conttol is the price paid by the Group in the context of an acquisition, or an estimate of this price if the transaction is carried out without any payment of cash, Pending specific guidance fiom current standards, the difference between the cost and carrying amount of minority interests purchased after control is acquired is recognized as goodwill. Goodwill accounted for in the functional currency of the acquired entity. Goodwill is not amoztized but is subject to annual impairment testing. Any impairment expense recognized is included within "Other operating income and expenses”. Impairment testing of fixed assets Intangible and tangible fixed assets are subject to impairment Testing whenever there is any indication that an asset may be impaired, and in any event at least annually in the case of intangible assets with indefinite useful lives (mainly brands, trade names and goodwill), When the carrying amount of such assets is greater than the higher of their value in use or net selling price, the resulting impairment loss is recognized within *Other operating income and expenses", allocated in priority to any existing goodwill. Value in use is based on the present value of the cash flows expected to be generated by these assets, Net selling price is estimated by comparison with recent similar transactions or on the basis of valuations performed by independent experts. Cash flows ate forecast for each businiess segment defined as one or several brands or ‘trade names under the responsibility of a specific management team, Smaller scale cash generating units, e.g, a group of stores, may be distinguished within a particular business segment. 27 2. Comentirios sobre os Pontos Relevantes Notados na Comparagio das Divulgagies divulgagio)--Continuagao Brands and goodwill are chiefly valued on the basis of the present value of forecast cash flows, or of comparable transactions (i.e. using the revenue and net profit coefficients employed for recent transactions involving similar brands), or of stock ‘market multiples observed for related businesses. Other complementary methods may ‘also be employed: the royally method, involving equating a brand's value with the present value of the royalties required to be paid for its use; the margin differential ‘method, only applicable when a measurable difference can be identified between the amount of revenue generated by a branded product in comparison with an unbranded product; and finally the equivalent brand reconstitution method itivolving, in particular, estimation of the amount of advertising required to generate a similar brand. - The forecast data required for the cash flow methods is based on budgets and business plans prepated by management of the related business segments, Detailed forecasts cover a five-year period with the exception of certain brands undergoing strategic repositioning for which a longer period is retained. Moreover, a final value is also estimated, which corresponds to the capitalization in perpetuity of cash flows most often arising from the last year of the plan, When several forecast scenatios are developed, the probability of occurrence of each scenatio is assessed. Forecast cash flows are discounted on the basis of the rate of retum to be expected by an investor in the applicable business and include assessment of the risk factor associated with each business. Goodwill (EUR millions) J 2006 2008 | 2008 po Gross_| Impairment [Net_|_ Net _| Net ‘Goodwill arising on consolidated westments 3,847 (1,093) |_2,754| 2,910 | 2,580} ‘Goodwill arising on purchase ‘commitments for minority interest | 1,802 9) |_ 1,783 | 1,569 | 1,468 Total 5,649. Gila) {4,537 4,079 | 4,048, Changes in net goodwill in 2006 break down as follows: (0R ions) Gross_| Impairment [Net ‘As of December 31,2005 Sas |e) | 4a ‘ihanges in the scope of consoldation in the period iL “i ‘Changes in purchase commitments for minority interest 220. = 220. { iienges in impairment : 715) | 113) ‘Translation adjustment i) 69 | “U1s8) ‘As of December 31, 2006 5,649, (112) | 4,537 28

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