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O Enterrado Vivo

sempre no passado aquele orgasmo,


sempre no presente aquele duplo,
sempre no futuro aquele pnico.

sempre no meu peito aquela garra.


sempre no meu tdio aquele aceno.
sempre no meu sono aquela guerra.

sempre no meu trato o amplo distrato.


Sempre na minha firma a antiga fria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.

sempre nos meus pulos o limite.


sempre nos meus lbios a estampilha.
sempre no meu no aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.


Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausncia.

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