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UIs veh bet Sa Anselmo Edvardo Diniz Francisco Carlos Marcondes Nivaldo Lemos Goppini TECNOLOGIA DA USINAGEM DOS MATERIAIS meditora jomedo Oigo, 318 - CEP 01155-900 - Sao Paulo - SP - Bras nn RY Prefacio Nos tompos de Taylor, muito da competitividade dependia da copacidade produtiva da industria. A fim de atender 4 crescente @ enorme demanda, era imprescindivel que se encontrasse métodos que pudessem multiplicar a velocidade dos sistemas de fabricacdo. Foi um tempo em que a diferenciacéo dos produtos néo era um fator muito relevante ¢, portanto, a producto massiva de um modelo padrao preenchia a contento as necessidades dos produtores e consumidores da época. Atualmente, 0 conério inverso. A segmentacao do mercado, a diferenciacao das linhas de produtes, objetivando 0 atendi mento das necessidades particulares de pblicos alvos espec ficos, tornaram-se estratégicas por consolidarem um diferen- ciol de competitividade. Clientes pagam mais por um atendi- mento personalizado. Esse acontecimento passou a exigir dos setores de producéo clem da renovacéo des paradigmas e méiodos de gostio, a modemizagao de maquinas, equipamentos e ferramentas, para que 0 atendimento dessa nove demanda, se tomasse vidvel em termos de custo e produtividade. Fatores como flexibilidade ¢ qualidade, passcram a receber a maxima atencdo. Paralelamente, coube aos fabricantes de ferramentas o desen- volvimento de produtos que pudessem contemplar ial deman- da, caracterizada pela maior segmentacao dos lotes e. consequentemente, maior numero de preparagées de méquinas e trocas de ferramentas. Com o progresse acelerado das ciencias da computacio, aliodo Go desenvolvimento da engenharia, as noves tecnologics pas- sam a ser rapidamente assimiladas de modo que qualquer novi- dade se torna obsoleta em prazos cada vez menores. Uma ferramenta lancada com alguma caractoristica tecnolégics inovadora, gerente co seu criador a alevancagem des vendos, pois ¢ natural que haja um direcionamento maior da demande Para um produto que proporcione mais beneficios que © seu FI Saas precedente. Contudo, néo passaré muito tempo até que os con- correntes adquiram know-how suficienle para contra-atacar. Como estratégia competitive, a pratica do “auto-canibalismo” passou a ser algo fraqiiente para aqueles que comproendiam a importancia da velocidade de iniroducéo de novos produtos no mercado, ov seja, muitos vezes & melhor que se ataque a pré- pria linha de produtos antes que © concorrente o face, matendo assim a pressdo para uma melhoric continua. Todavia, enquonto o usuario final nao estiver conscientizado, capacitado, seguro, © autoconvencide de que um nove produto poderé proporcionar a ele e a suc empresa beneficios impares, a implantacéo da novidade seré retardeda e a obsolescéncia reinaré por mais tempo. Quanto menor 0 conhecimento técnico, menor a aceitacéo do novo. Esse € 0 principio que leva a Sandvik a investir em projetos que possam promover a disseminagdo desse conhecimento, porque acredita que quanto mais copacitado tecnicamente estiver 0 mer- cade consumider, meiores sordo as chances de satisfazer plene- mente as expectativas € necessidades de ambas as partes. Assim, percebemos como uma grande oportunidade 0 patroci- io dossa obre em quo ilusires professores pesquisadores, Nivaldo Coppini e Anselmo Diniz, aliados 6 proficue contribuicéo de um dos nossos colaboradores, Francisco Marcondes, puderam tao objetivamente e com tanta propriedade tratar o assunto tecnologia de usinagem E nosso desejo, com essa publicegée, contribuir para que todes 03 leitores possam se fornar mais competitives em tudo aquilo ave se relacione com ferramentas © processos de usinagem, José Vivdes Parra Diretor Presidente ‘Sandvik do Brasil S/A Curriculum Prof. Dr. Anselmo Eduardo Diniz (© prof. Anselime é enganheiro mecénico graduaco pele UNICAMP em 1982. Ne mesma UNICAMP consegulu seus itulos de mestre edoutor em engenhiario mecé- nica am 1985 2 1989, respectivornante. Fm 1990. 1991, oprol Anselmo esteaiou ne “University of Coliferric ot Borkoiey” nes Estadot Unidos, realizende trabalne de pés-doutoramento, Desde 1983 ¢ professor da Faculdade de Engenhoria Mecdnica da UNICAME, tendo ministrado diversas cisciplines no érea de Processos de Fabricacéo, especialmente no drea de Processos de Usinagem, tanto a nivel de gradua- cdo, quanto de pos-groduacéo e especiclizacdo. Tomer desde 1983 ¢ pes- quisodor na 6100 de Processor de Usinagom, tendo publicado derenos de rabolhos técnicos/cientficos em angis de congresses & em revistos n e estrangeiras J orientou 13 crabalhas de tese de mestrado e douiorado, todas estudande o processo de usinagem, olém de dezenas de irebalhos de conclusao de curso de graduagéo ¢ rodolhos de iniciogdo cienffica. Curriculum Prof, Dr. Nivalde Lemos Coppini Graduado Engenheiro Mecénico em 1970 pela Escola de Engerharia de Sao Corlos de US? {oi imediatemente opés o conclusdo do curso contratado pora ctuar como Engenheiro do Departamento de Qualidede das Indistria Romi S.A Em 1971 iniciou sue correira como Professor Universitino junto co Deparomen fo de Engenhario Mocénica do Faculdade de Engerharis de Campinas de UNICAME Desde entdo, ensinartemas sempre ligades aos processos de fobricacdo, em portcular Usinagem dos Meteriais, Obteve o ttulo de Mestre e de Doutor em Engennoria Mecénict em 1974. 1978, respectivamente, em ambos os casos pela UNICAME eteve © oporiunidade de visitar tecnicamente as principais universidedes da Europa, do Jopao, des Estodos Unides » da Américo do Sul. F hoje Professor Titular de Faculdade de Engenharia Mecdnica ¢ Produgic de UNIMER onde otve come Professor e Coorcerodor do Programa de Mestrado em Ergenhoria Ge Produ- 0. £, também, Professor Titular Considado do Departamento de Engenhorio de Fabricagio da Focuidade de Engenharia Mecinice da UNICAMP o Profestor Convidado do Programa de Pés-Graduacao em Engenhario Mecénica da EPUSR Sua experiéncie profissional, expressa por suc produgio cientifica (ordem de duos centenas de trabalhos publicados em periédicos, revistas © oncis de con- gressos, em todos 0s casos, estrangeiros e nacioncis] eacadémica (10 teses de doutorado » 24 dieseracdes de mestrado orrentadas e aprovodas!, levou 0 pro fessor o ser convidedo pera ctuar como Assessor e porticiper como Membro de Comissées Especiais de proticamente todos 0s Organismos de Fomenso do Pals (CNPa, CAPES, FAPESP FINEP MCT, Procramas do RHAE, etc) se dedicado 0 estudar, pesqvisor, desenvolver Curriculum Francisco Carlos Marcondes, 41 Goronte de Morketing © Treinamento Técnico da Sandvik do Brosil S/A Diviséo. Coromant, Engerheiro Mecénico, Pés Graduedo em Marketing Professor Universitérie na Unimarco, mestrondo em engenharia de manulatura no: Unicamp, indice Caprtuto 1 - Movinentos & Granpezas Nos Procissos pe Usinacem | 1.1 - Movimentos no usinagem 1.2- Conceites eusiliares 1.3- Superticies definicas sciore a pest 4). Grandezas de ovonco TS) Grandezus de ponetaséo 6} Grandezasde core 77- Andlse smolficada dos randezos Caprruto 2 - GeomeTaia ba Cunna De Coxre 2.1 - Portes construtivos de uma ferromenta oy 2.3- Angulos do parte de cone 2.4- Relacéo entre Anguios do Ferromerta istermae de reference. © Seapiruto 3 - Mecantsmo ve Formacio Do CAVACO swsmsmen 13.1- Alnterlace Cavaco-Ferramento 3.2- Controle de Forma do Caveca 33- Temperatura de Core Casiruio 4 - Fongas « Poréweras De Conte. 4.)- Forcas durante a Usinogem 42- Poiéacios de Usinacem 43. Veriagio da Forca de corte com ascondicdesde trabalho a 44 Calevio de Fressio Espectica de Core (K) um 45- Fotores que infiuenciom os forcos de avango e de profundicade % JP cariruto 5 - Mareniais pana Frntaminns PP 5.1 -Iniroducdo 5 2 - Descrigéo dos Motericis oora Ferramentas © Caputo 6 - Avanias € Discastes Da Femnanena .. 27 - Medico dos Desaastes do Feramenta. £2 - Meconismos Causedores do Desgoste de Ferramente ~ a Cavirui0 7 ~ DESGASTEE VIDA DA FERRAMENTA se. 7.1 - Fatores de Influéncia no Desgaste e Vide do Forramenta 7.2. Fotores de Influéncia na Rugasidade da Peca 3+ Curve de Vida da Ferrementa se 1.4 Escolho do Avarco, de Profundidede de Usinagem # da Velocidede de Corte 7 128 Capituto 8 - AnAust pas Conpicoes Economicas pt Usinacen.. 8.1 - Ciclor e Tempos de Usinagem 8.2- Custos de Producéo 8.3 Intervolo de Maxima E cio Caviruro 9 - Usinasiioave Dos MArERIAIS 9.1 ~ Enscios de Usinabildade 9.2- AUsirabilidade ¢ as Propriadedes do Matera! 2148 9.3. Fotores MetolGgicos que Afetarn a Usinabilidade das gas de Aluminio 2 150. 9.4. Fotores Metclirgicos que Afetam o Usinabilidade dos Acos 153 9.5 Foteres Metalirgices que Afelorn o Usinabilidede dos Ferros Fundidos . 16] » Cavirute 10 - Fuuioos of Conte... eee 10.1 - Fungbes do Fluido de Corte... 102- Cl dos Fluidos de Carte 10.3 SelegSo do Fido de Cote 1 175 11.2- Formas Constr 1s Brocas Helicoidais os 7 11.3- Afiogéo: Helicoicais 179 114~ Coracteris rmagao do Cavaco ne Furaga0.... 180 11.5- Forgose as de Cortena Furecao. 183 11.6 Resisténcie de uma Broca Holiccidal e Avanga Maxime Pormissivel : 188 11.7 Broces Espec Furos Longos... 19) iru10 12 » Fresameno Tipos Fundamen . 12.2- Formasde Cavaco 202 193 Algumas Consideragées Sobre 6 Fresamente Targenciel de Destes Inclinados 204 Introdugéo Nés, 0s professores responséveis pela disciplina “Usinagem des Materiis” do curso de graduoge em Engenharia Mecénica de UNICAMP sentimos & pecessidade de um livro texio que conseguisse melhor correspender a0 Interesse que 05 alunos vinham demonsirendo pelo assunto. No mesmo ocasido, 2 Sandvik Coroment manifestou inferesse em um livro sobre Gsinagem, que pudesse servir de texto dos cursos de einomento que or noriamente oferece aos seus parceiros. Néo queriamos um manual, pois um manual com defalhes sobre quais condigges de usinagem, geometio de ferramenias e toda 9 sorte de informacées fécnicas € mois preciso quando elaborado & publicado dele préprio fabricante de ferrementas. Também, néo queriomos uma Sbro com fundomentos clenitficos profundos © que so transformasse numa colelénea de informagées complicadas de serem transporta- dos para a prdtica do proceso. ‘Assim idealizamos este livro. © Ieitor ou @ estudioso de usinegem poderd, oliorés dele, oprofundar-se um pouco mois nos aspectos fenomenolégicos que regem 0 proceso. Eniretanto, engenheiros que sd0 ou que virdo a ser quando formerem- Se, nao estardo exposios a ume obra excessivamente teérica ¢ nem femoouce excessivarente informativa, EstarBo, ao coniréiio, adquir Goo conhecimento fedrico fundamental capaz de prepard-los para uma vide profissional com o necessario senso critica pare vtilizagéo dos do Gosede observagéo des fenémenes do natureza ulilizados em usinagem. Os autores expressam seus agradecimentos Deus que, em sua Bondade infinita, Ihes concedeu a grace de poder ensinar. Agrade= Cem também a Unicamp, o Sandvik Coromant S. A Indistria e CO mércio e a todos que diretomente ou indirelamente contribulram fara realizagéo deste obra. Os cutores 1399 Movimentos ¢ Grandezas nos Processor de Usinagem \ Capitulo 1 MovimenTos — GRANDEZAS NOS Processos DE USINAGEM Biiem ce estudar os movinentos, os grandezos 2 sues relacées geométricas, este e2piulo tem, tombém por abjeliva, apresentar a torminolog e avo'ade pela Asso Giasdo Brosileire de Normas Técnicas (ABNT). Pore maior detalhamerto dese ‘essunio, recomenda-se consultar o norma NBR 6162 - Canceitos da Técnico de Usinagem - Movimentos ¢ RelagSes Geométricos, na qual es'e capitulo estdé ba- seado. Cabe cqui esclorecer, ave estes primeiros dois capitulos deste livio sao ecessérios pore que se defina a terminologia das Grondezas de Corte (capfulo |) do Geometia do Ferromente (capitule 2), terminologio esta que seré fortamente tliaada posteriormente. 1.1 - Movimentos na usinegem ‘Os movimertos enire ferramenta @ pega durarte o usinagem s60 aque- Jes que permitem 9 acorréncia do processo de usinagem. Tais movimentes S80 considerados duronte o projele ¢ a fabricagdo des méquinas fos que os realizaro. For convengao, os movimentos sempre estardo oco™ sendo supondo-se a peco parade e. portanto, todo o movimento sendo rec faodo pele ferramenlo. [sle procedimento, permite padronizer singis alge bricos cos movimentos, sempre tendo como reieréncia a peca. Além disto, fociita 0 esivdo dos movimentes, princigelmante quando @ usinagem ocorre com ferramentas com geometrias complexes. ‘Os movimentos podem ser clessificades como atives ou passives. Os movimento: ativor so equeles que promovem remogéo de moter {80 ccorterem. S00 eles: Movimento de corte - & 0 movimento entre a ferramenta & « pee! ecorréncia concomitarte do movimento de avanco, prox de cavaca durante uma (Figuras de 1.1 ¢ 1.3). ————————— Copitulo 1 Movimento de avango - ¢ 0 movimento entre « ferramenia € © poco que, iuntomente com 0 movimento de corte, possibilita uma remocéo conti- nua ou repetide do covaco, durante véries rolagées ou cursos da ferro menta. O movimento de avonco pode ser continue, como no caso do forneamento @ do furacéo, ou intermitente, como no ceso do 11.3) apleinemento (Figuras Movimento afetve de corte - 6 0 movimerto entre 0 ferramenta @ © pega, @ partir do quel resulla © piovesso de usinagern. Quando @ movimenta de avango & continuo, © movimenio efetivo é © resultarte da compesi G60 dos movimontos de corte 0 do avango. Quendo movimento de ovarge € intermitente, o movimento eletvo é 0 proprio movimento de cote (Figuras de 1.1 a 1.3) (Os movimentos passives sao aqueles que, apesar de fundomentas pore ¢ redlizaco do processo de usinagem, nao promovem remogao de material no ‘ecorrerom. Sé0 eles: Movimento de ojuste - & 0 movimento enive a ferramenia # @ pego, no qual & pré-delemmineds a espessura de comeda de material © ser removida Nos processos de soneromento, furagio e brochamento, este movimento no ocore, p08 @ espessura de material o ser remavide até dafinida pele geometric de ferramento. Movimento de corregéo - 6 © movimento enire ¢ ferromenta e @ pega, om- pregado para compensar alteragées de posicionamento devides, por ‘exemplo. co desgoste do ferramenta, variocées “érmicas, deforma- Ses plésticas , entre outros, que normalmente incidem durante ¢ ocor- réncia do processo, Movimento de oproximogie - & 0 movimento entre @ ferrementa ea pega, com ‘o qual aferaments, antes do inicio de usinagem, 6 oproximada do peca. Movimento de recuo - € 0 movimento entre o ferramema e a pega, com 0 gual «¢ ferramento, ands o usinogem, & afesiada do peco. Tonto os movimentos atvos como os passivos s00 importantes, pois eles eo ossocindos tempos que, somades, resultam ne tempo total de fobricagéo (producéo|. 18 a ‘Atodos estes movimenios esto associados direcoes, sentidos, velocidades urs08. As diregies dos movimentos sé suns direcées instaniéineas, os senti« S00 oquetes resultanes quando se considers a pega pared © « feramente Jo todo 0 movimento 2 os velocidades represertom a rapier com c quo svimento se desenvolve [Figures do 1.1 ¢ 1.3}. Os poreureos séo considerados .drecoes dos mowirertes durante um tempo desejado de evolugdo do proceso 21.) Assim, tom-se s Diregdo ofetiva , velocidade efstive [v,} e percurso efetivo (l) Diregdo de corte, velocidade ce corte (,) ¢ percurse de corte (|) * Diresdo de avenge, velocidede de evangs |) © pareutse de avanco Il) 0 de ajuste, velocidade de ojuste (y,) @ percurso de ajuste (|) de corregia, velocidede de corregao [v.) ¢ sercurso de corre <0 (I, de aproximagée, velocidade de aproximacéo (y,) epercursode opro- aimagéo (|) edo de recvo, velocdade de recuo [v) @ percurso de racuo (|) Fura.) -Dingie doe Tmorimertos do crt, Se orongo weletis gulos da direceo ce ‘evanc 9, a direoo — eietvo 2 Paro de hsbalho EE —_— Copitute 1 ‘reba e Figo 1.2 -Drecae dos ‘vango eto no Mon eetie TS men arnge Ponede Figura 1.2. Dvegéo as Movdecee Taba le rmovimentes ae core, de frosamorte dicerdoe fogue de avango p da diegio stern ne Plono de Faiguea 14 Pecan 3 Movimentos e Grandezas not Procen de nese \davelocidade de corte A velocidade de corte € 0 resultado do deslocamenta de feramenta di- de pec0, considerade no teripo, para operag6es do tive do aploinamento 1omento, onde o movimento de corte © de avanco 160 ocorrem jtantemente. A velocidade de corte 6 0 velocidede tengencial instants: resuliante da rotagdo do ferramenta emt tone da pega, para os operacoes ‘ioe torneamento, fresemento, ov furccdo, onde os movimentos de corte e nge ocarrem concemitantamente, Para otter vitimas, 2 velocidode de € calevlaca por: (1.1) velocidede de cote r/min | Siémeto da ieramen'a. |mm| 10 da ferramento [rpm | da velocidade de avenge Avolocidade de avenco, pare operagses do tipo oplainamente, 6 dado ‘em quontidade de deslocamento por curso. Em operagoes de tivo nto, & 0 produto de avanco (vide detinigéo no item 1.4.0), cela vo'o- forromerto, Esta é dedo ger 1000.v, md =f. f : 112) ‘erange | mm/voltal velocidade de evango_|mm/min| do tempo de corte (tempos ativos) _ O iempo de corte (1) resume a totalidade dos tempos atives, pois ele fo fempo em que os movimontos de corte © ov de avanco esto ‘ocorrendo. Em ume operagéo de tomeomento cllindrco 7 Capitulo 1 Em operagbes onde nao se fem rotogéo constant (por everplo, lernecmerto de joceamento com velocidade de corte constante) ou ande a trajetSria de forra- mente & complera, o célculo do tempo de corte depende de uma integracéo da relogéo (alf/#f). Nestes coscs, muios vezes 6 preferivel crcnometar o tempo de corte, ao invés de calculé-t, Calculo des tempos passivos Os temoos postivos nem sempre so possiveis de serem calculados Geralmenie, s60 estimados por técnicas especficas que estudam os movimen- tos e a cronometragem dos tempos a eles relacionadas, ertabelocendo os cho mados fempos-padrées. Este ossunto seré cbordado capitulo 8 que trote de determinacao das condigSes ecandmicos de usinacem. 1.2 - Conceitos auxiliares Os conceitos ovxiliares sera0 wilzodos pare definigéo de outros concetos ue serio tratedos em seguida © tombém para esiabelecer algumas rolacses indezas envolvides no processo de usinagem. Seo eles ertre’es diversos Angulo de direzéo de avange (g) - & 0 éngulo entre a directo de avanco a diresS0 de conte. Pode ser constonte, como no torneamento € na ‘uracéo (@ = 70°) ov variével continuaments duronte © processe, como no fresomento (figuras 1.1 a 1.3} Angulo da diego efetiva (n) - 6 © éngule entre a diregéo cletiva ea diregéo de cone, Estes Engulos obedscem a seguinte expresséo seng te) 0.4) “+ cose. Ponto de corte escolhido - & um ponto qualquer da aresta de core - principal ou secundéira - 'escolhido" esnactficamente pore endlise do sisteme terra menta/pege. & um ponte destinado & determinagéo das grandezos, dos superficies @ angulos do parte de corte, em uma posicéo genérica de oresta principal ou secundira de carte (vide capttulo 2). 2 de referéncia de aresto de core D - & um ponto stuado no meio de oresta principal de corte (vide 2.1.e1| utliado para a fisncéo do plano de me dida P, (iguro 1.5).€um ponto de corte escolhide com 6 porticularidede de stuarse no meio da areste de principal de corte ctiva de trabalho P., - € um plano imagindrio que contém as diregoes de conte de avanco, passondo pelo ponio de corte escolhido ffiguias 1.1 01.3). Como consequéncia de sue definigée, & sobre este plano que ocorrem (0s morimentos ativos de medida ?,,- € 0 plano perpendicular 8 diregie de corte, possonde pelo ponto de reteréncia da oresic de corte D {figure 1.5} - Superficies definidas sobre a peca Ja usiar - 60 supericie do pega artes da operagéo de urinogem figure 1.5) i om usinagem - 6 a superficie de peca que exté serdo gerada pela ferromenta, Ter-se-6 0 supertie em usinogem principal ou secundéria quando a geracdo de mesma esiver ocorrendo pela aco da aresta prin cipal de corte, ov do oresta secundérie de corte, respecivamente, icie usineda - é © superticie da pega que foi gerada pelo proceso de usinagem. (figura 1.5) : - Grendezes de avenco Sé0 grandezas que resultam do movimento de avanco. £6 0 oercurso de avango em cada volte ou em cade curso de fea ' mente (figure 1.5). 50 por dente fe - & 0 percurso de avango por dente e por volta ou Ferromerts, medide na direcdo do ovengo. Corresponde 6 di , fre duos superficies em usinagem consecutives, considerade na do evenga {figure 1.6). Term-se assim que: Tecnologia da Usinagem dos Tpatice —— Syatiiaen ‘Shagensrinipal wspemswcrdeo ada “EV VA \ Figura 15 Svverticies, meses de corte, ert nominal de corte by no Drege tecvons ‘onde’ “F 6 0 ndmero de dentes da ferament ‘Avonge de 6 distincio ontre duos eupedicies consecutives em usinegem, medido no plano de trebalho e perpendiculor & ditecao de 1.6). Tem-se assim cue! senp 04) 1.5 - Grandezes de penetracéo Sao grandezos que des: co ente a ferraments € 0 pecs sem geometricamente a relago de penetra- Frofundidade ou lorgura de us 1, £0 profundidede ov lorcura de pene- trag6o da ferramenta om rolazéo & pose, medida perpenciculerments eo plone de trabalho (figures 1.5, 1.7 € 1.8). No torneamenty cilindrico & Py de foceamento, fresomerto retificago frontal, a, € denomincda pro- fundidade de usinagen. No brochamento, iresomento ¢ retificaséo. Jongencial a, é denominede largura de usinogem. Na furagaa om cheio 2p corresponds & metade do diameiro éa broce. de trabalho @, - € 0 penstragie da ferraments em relogéo & pege, ‘medida no alone de trabalho ¢ perpencicularmente & diregae de avan- ge. A peretragéo de trebalha ©, tem importéncio predominant no fresamento ¢ na reificogdo plone. (figures 1.7 © 1.8) 16 Arango por J wangp 60 core Feronsoeietro! ro gto fodscordame —letve Fave 7 torque de wsirogen:o penetrocao de rrobohoo,e penetrocéo de fresomonio, ‘oogonia! 1.6 - Grandezas de corte As groni definigée de po consequéncios dos overgo € de penetracto, vistas anteriormente, soo comenia, para que o processo de Usinagem ocorre com a de meterial o 2er removide. As grandesas de corte 430 ndezos de avango ¢ de penetracae. Nao podem ser me- esentom.se acessvaic ands a usinagem. Apésa usinegem, corlem ser evertualmente medidas, porém estaréo com vido @ deformacie sotida pelo material. As grandezas lodee 0 ori das grandezas de avanco e do penstragio. inais de cone ste defnides no plano de medida PD de corte A, - 6.0 6rea da segGo transversal cole Secéo transve © ser removida, madida no plane de medida P., lode de wi (figure 1.5) ol de corte A... é ¢ some dos éroas das sogoor 1 core, geradas por arestas de corte que estejam nfe, quando se empregam ferramentos Secéo transversal nom ‘ransversais som em acdo simu mulicorontes tincia entre dois portos exkomos de areste © plano P, (fguea ).5). Lorgure eominal de core & principal de core, med 25 Movimentes ¢ Grandezas nos Processos de Usinagem ra rominel de corte h,,- ¢ o grandeza colculada, resultante do relacao ‘entre 0 seco transversal nominal de corte (A,} € ¢ lorgure nominal de keorte (by) Av. b a7) 10 local de corte h - é 0 espessura colculeda do cavaco a ser temovi- do, num ponto qualquer da oreste de corte, pervendicvlar & aresta no plone de modide (P,) figure 1.5). Este detinigéo & oorune para situ- agdes em que o espessuro de corte seja varidvel. Quando este fate neo ocorrer, a esnessuro local de corte seré constante e igual 4 espessura nominal de corte = Anélise simplificade das grandezos No prética de usinagem, raramente as grondezos acimo definidas so tes. Entietanto, é freqiente @ possibilidode de consideré-las oproxima- constontes, bastardo pare isto que uma andlise de magnitude do erro fdo seje feita. Como 0 processo de usinegem 8 dopendenie de um grarde de voridvels @ se construe em um processo rendomico, os ertos consi= aczitéveis podem oscilar enire até 10% e 15% des valores medidos ealevlacos. A sitvagao ideoimente simples pora andlise das relacses entre os fezas de usinogem, ocorre quando se considera uma ferramento com oresta fe ratilinea, com ponta de corfe em canto vivo, énaulo de inclinacio A, = 0 lo de posigéo de cresta secundéria x, ~ 0. Todor os itens relatives & etria de ferramente sertic vstos no copitulo 2. Pora o situagie idealments simplificoda acima, tem-se ffigura 1.9) By Tecnologia da Usinegem: mane Cepitule 1 | as A. bo dros de sogée transversal calculede de um , medice serpendiculormen'e @ diego de core Segio fronsversal febh (3) no plone de medida os0# vdlida @ relagae: conde: (be) & © lorguca de come = (h] € 0 espessura de come, defn a seguir. Movimentos e Grandezos nos Processos de Usinagem de corte (b} - 6 la:gura colevlede da segéo transversal de cote. Nos condicées ideclizados, o largura de corte (b} é identica ao comprimento ° do oresto de corte ofiva e & larqura nominal de corte (b,). De figure 1.9, tem-se que 4, b= 9 sen x, ‘0 éngulo de posicae do fexramenta, do oresta principal ce corte (delicide no capitulo 2) sro de conte h - & a espessura calculade da secdo transversal de corte Nas condicSes ideclizadas, 0 espessura de corte h € idéntica & espessura nominal de corte h, ¢ € ealeviade com base no Fgura 1.9, per h=f.seny, (1.10) rafia sogdo frotlera de Normes Téeniens- ARNT. ‘Concetes da Técnica de Usnegem - Moi “eRelogSez Gooménces! NER SIA2 Projpto de Raveas 198 3) ‘Tecnologia da Usinogem dos Geometria da Cunha de Corte Capitulo 2 GEomeTrIA DA CUNHA DE Corte de estudor 0 geomettia da cunha de corte de ferramentas de usinagem, iptteducéo dos sisiomos de referéncia ¢ dos angulos da ferramenta, lo ter também por objetivo, apresentar a terminolegie edotade s0cio¢Go Brasileira de Normes Técnicos (ABNI). Paro maior mento deste assunto, recomenda-se consultar a norme "NBR 6163 - do Técnica de Usinagem - Geometric da Cunha de Corie", na capitulo esté boseado. Todos 0: conceitos intraduzides agionts, referem-se « um ponte de corte no oresta de corte, para uma determinode situagao instantanec de do processo de usinagem. Fartes construtives de uma ferramenta As ferramenios de usinagem apresentam, geralmente, as seguintes por- tives: de corte - parle ative da ferramenta consituida pelos suas cunhos de corte. A parte ativa da ferramenta & consinuida ou fixade kobre um super te ov cabo do ferromenta, através do qual é possive! fixar @ ferramenta: pore construséo, afiecdo, reparo, controle ¢ trabalho. Pode-se ter, po onto, ume supertice de apeio de forramonta (figure 2.2), ave farramen to poders ser fxd pelo seu exo (figuras 2.3 2 2.4). de corte - & a cunha de ferramenta, formade pela intersocgGo dos super ficies de soida e de folga (figure 2.1). fe de soica (Ay) - é © superiicie do curho de corte sobre o qual o €formado e sobre 0 qual 0 covaco escoc durante sua scids do regio: trabalho de usinogem ffigues 2.1, 2.2, 2.3 2 2.4) Tecnologia éa Usinagem dos. —————— copitulo 2 Bie de cote Fgura 2.)-Cunha da restos de font pnp decane S Soperiprincgl de ole Ack supe de cna fevore S Asn sends, Pome decane etegeR Supeiepinines Se cone? efelgona cums Geometria da Cunhe de Corte rete vane sipernce sevoie defoge Ao Supe dessae ky Brescia ‘decom © supertieprinp arora ‘etsy Aa aeeene § Biaede avenge Superiicie principal de folga (Aa) - & 0 supecicie da cunhe de corte de ferramen- {0 Que contem sua aresta principal de corte e que deircnta com a super icie em usinagem principal {vide item 1.3), figuras 2.1, 2.2, 2.3 ¢ 2.4) ‘Superficie secundério de folga (Aq) - & 0 superiice de cunha de corte do ferramen- toque contem sua avesta de carte securderia © que defronte com © superli- cig em usinagem secundaria (vde tem L3}, figuias 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4), Arestaprincipalde corte S . 60 erecta de cunho de corte formade pele intersecgéo dos superiicies de soida # de folga orncipal {igure 2.1). Gera no peca @ superficie em usinagem.principel figuras 2.2, 2.3 « 2.4) Aresta secundoria de corte 5’ - € a cresta da cunha de core formade pela nierseccdo das superiicies de saide e de jolge secundério. Gera na ego © superficie em usinagem.secundéria (figuros 2.2, 2.3 e 2.4) Ponto de carte - & @ parte de cunha de corte onde se enconirum as arestos principal e secundéria de corte (iigures 2.2, 2.3 2.4). A ponta de corte Tecnologia da Usinagem dos Materiais —33 copituio 2 pode sera intersecedo das oresins, ou a concordéncia dos duss arestos atiovés de um errendondamente, ev 0 enconiro das duas cresias através de um chantro. 22- temos de referéncia Pore e detinicdo e descrgdo dos éngulos da parte de corte sa0 nacessc: fios um sistema de ceferéncia da ferremerta e um sistema de releréncia efetvo. Coda um destes sistemas sero consfituides por trés planes erlogonais enire si conforme seré visto adiante O sictero do referdncia do foramenta tem oplicagio na determina 00 de geometric da parte de corte do fertomenia, durante 0 projeto, execu- 680, afiacéo, repro & controle da mesma, considerada neste instante como se considera um comoonente mecdnico qualquer, completomente dissocioda do maquina fecramente que iré uiilizé-la. © sisteme de referéncia eietivo t0 aplica no determinagéo da geometric da porte de corte que estaré a'von- do durante 6 ocorréncia do processo de usinagem, cu seja, com a ferramen ta fixade ne respective maquina ferramenta @ com todas os condigées, operecionsis defnides © atvontes Desta forma, para projetar uma ferromento, primeiramente é necesstrio conhacar a sua geometra com auxilio do sistema de referencia efetivo, © qucl somenie vode ser fizodo, op6s 0 escolha dos velocidades de corte ¢ de avonco. Por traneleréncio de sistemas de relerércio, determina-se « gacmetvia da ‘erra mento no sistome de veferéncia de ferramenta. Tal goometrio serd utlizada na consirugéo, ofiecso, reparo e controle do ferroments. Quondo em trabalho, respeitadas as velocidaces de corte e de avonco escolhidas, estaré acrantida 0 geometria iniciolmente desejado, Ousode feramenic adquiride pronta, situagae mais comum na pidtica do usinagam, somente cpresertoré problemas quondo entre 0 sistema de refe- ‘encio do ferraments vilizado no suc fabricagéo ¢ © sisterra efetive de referer cic, cesultante de aplicacéo espectfica oore uma dode oplicacéo prética, hou- vor diferencas signfeat vce 2.2.1-Sisteme de referéncie da ferrementa A figure 2.5 mosira exquematicamarte o sistema de referéncia da terra menia, Os planos ortegonais ave o de’ermina sao: 34 fos irementa (Fr) - é 0 plono que, passando pelo pento de vés cone escelhido, & perpendicular & direcéo edmilide de corte. A direcao admitda de corte 8 escolhida de maneira que © plano de releréncia do ferramente (Pr) seja poraielo ou perpendicular 6 uma superficie cu eixo 6a ferromenta, ou ainda, que contenha ou coincida com referida super ficie cv sixo, Para 0 uso da ‘erramonta, som @ uillzogéo de colzos, dispo- sitivos e atificios que atastem o ditegdo de corte de sua diregao obvia, as sé direcées de corte 2 adrritide de corie coincidirse. Em feramentas de wo. barra (torreomento, aplainamente, et), © plano de veleréncia € porole- : lo c0 plono de apoio de ferramenta {figura 2.5). Para ferramentas que ‘operam por roiacGo em toro de seu éixo (frezamento, furacGo, atz..), 0 no plono de releiéncia do ferramen'a contem relerido eixo (fgures 2.6 & co 2.7), Para ume operacéo de brachamento intemo, o plano de referencia mo da ferramenia 6 perpendicular 60 eixe da brocha ido vo Plano de corte da ferramenta (Ps) - &0 plano que, pessando pelo ponto de core a ezcolhido, & tongente cu coniem o aresta de corte e & perpendicular oo en- plano de referéncie da ferramerta (Pr) sri val Figure 25 Planos do io stoma de Reeréncio do ac Taine Sey ho, | fico ofos Tecnologia de Usinagem dos Materiais — 35 een Capitule 2 Plano cortogonal da ferramenta (Po) - & 0 alono que possando pelo porto de core escolhido € perpendicular eos planos de referéncia do ferromenta (Pr) e de corte do ferrementa (Ps) Ne figura 2.5, tombém s60 mostades os planos auxliars, indispenscvels cara definicdo de olguns énguios da georretria ¢ posicicnamento do ferramenta. Sao ees: figue 2.5 -Flenes do Cina - Plano admiide de “abelho (Pi) - é ¢ plone que passando pale ponto de corte Paro. escolhide € perpendicular ao plane de referencia de ferramena (P)) © paralelo deco admitida de avanco. A directo odmitida de avanco & excolhida de maneira que © plono admitido de trabolho de ferramenta (F?) seie porale'o ou perpendicular a ume superiice ou eixo de ferramen- 10, Pore © use do feramenta, sem a ufilizagio de calcas e dispositives que olostem @ divecco de avongo de sua diregde ébvic, os dlregées de avanco ¢ admitice de avanco coincidito e 0 plano admitide de trabalho resulterd porolele & prdpria diregio do avanco. dorsal da ferraments (Pr) - plono que possando pelo ponto de corte excolhido 6 perpendiculo’ cos glones de referancia da ‘erromenio (Pr) # admitido de trabalho (9) Gepmetria da Cunha de Corte fe ve 4 to 127 -Parosdo nme OS Reierincio da Paras ¢ an Bitte Braco Teles | ‘4 , | * 2 fiat , _ Tome = = ta | aoa | rte ~ Sistema efetivo de referéncia Dé Se os sistemas de referéncia da ferramenta e efetivo tiverem como we crigent © mesmo porto de corte escolhide (@ néo exslom motives que * em 0 escolha de pontos distinios), 0 Uaice diferenca entie os dois 108, 1as, seré devido 4 rolagée de um em relacéo ao ovtro. No primeira, de ino de referéncia da ferramenta 6 perpendicular & diregéo de cone: ho liregao admitida de cone] e, no segundo, o plano efetivo de retersn- perpendicular 4 direcdo efetiva de core. Com isso, us ‘emo este jonado em relagéo ao outro de um éngule igual oo dngule de dire rte efetiva de corte (n). A partir disso, os plonos do sisteme efetivo de Je ncia serao definides de forma similar équela dos plonos do sistema feréncia do ferramenta, So eles: Tecnologio da Usinagem dos Metericie — 37 Plane de reieréncia efetivo (Fre) - é 0 plano que passando gelo ponto de cote escolhide, é perpendicular & diragéo efetive de corte Flone de corte efeivo (Psa) - & 0 plano ave nossando palo ponto de corte esco- Ihido, € fongente @ aresta de corte ¢ perpendicuier co plaro de referén- cio eletvo Pe). Flane ertogonal efetvo (Poe) - € 0 plano que passande pelo pono de cone escolhido, ¢ perpendicular cos plonos de referéncia efetivo (Pre) de corte efetivo (Pse}. Os planes auxiliaras na sistama afetivo de raferéncio, s60" Plano de trabalho (Pfe) - é 0 plano que passondo pelo ponto de corte escolhido, contem a2 diregies efetiva de corte © « diregdo de ovanco. Plane dorsal efetivo Poe - & 0 plano que passanco pelo ponte de corte escolhi- 0, € pervendicvler aos planos de referencia efetivo (Pre) e de trabalho (2). 2.3 - Angulos de parte de corte (Os engulos do porte de corte destinam-se 4 determinacso da posicae @ do forme de cunhe de corte. Serda definidas os angulos do sistema de releréncia de ferromenta ¢ os Gngulos do sistema de referéncia efetivo. No sistema de referéncia da ferramento os angules so identificados com o acrés- cimo de pelawo ferramenta ¢ no sistema de referéncio efetivo & adicionade o polavia efenvo. Oséingulos séo desianados com letras gregas e recebem um identificador do plano ¢ de stems de referéncie sobre © quel 280 medides. Todos os ele- mentos (planos, Srguics, etc...),referidos ¢ oreste secundaria de corte, deverao sor quolificados pelo odjetiva "secundaria! e deverdo ter seus simbolos acresci- dos de um apésirofo (). (Os 6ngulos poderso ser positives ou negctivos. Uma reara gerel prética pare atribuigéo de sinel oo ngulo, 6 analisar a posigée relotiva eniro © plano do sisterna de referéncio que o define e 0 cunha da ferramenta, no ponto de corte escolhido: "quando o plano do sistema de referéncia nd cortar a cunha, eSngulo sexé positive", 38 ote conte ode vido, oli lho 7 Geometria da Cunha de Corte 2.3.1 -Angulos da parte de corte no sistema de referéncia da ferramenta Os angulos definidos no sistema de referéncia de fecromenta cha mom-se dngulos de feriamense. Quando néo houver possibilidade de tro: co com 0 éngulo efstivo, a aclevra ferromenia pode ser omitide. Os éngu: los do ferromenia roferom-se ao ponto de corte excelhido. Os principals ‘engulos seo Angulo de pesigéo da ferramenta (gr) (figuras 2.8, 2.10, 2.11 © 2.12) -€ © Engulo entre o plano de corte da ferramenta (Ps) e o plano odmi. ido de trebelho [P¥|, medida sobre o plono do roferéncie de ferra menta (Pr) Angulo de posigéo do eresta secundaria da femamento (x"¢) {figures 2.8, 2.10, 2.11 22.12) 60 arguio entre o plano de corte secundéro da ferramen ta (P's) € 0 plano admitido de trabalho (Pi) .gulo de Ponta de Ferramenta (e) (figuas 2.8, 2.10,2.11 @ 2.12) -€ 0 Angulo entre os planos principal de core (Ps) e securdério de core [P's], medide: sobre © piano de referéncia de ferramenta Aagule de Inclinegée da Ferramenta (As) (figures 2.10, 2.11 @ 2.12) - 6 0 éngu- lo enite @ oresta de core o plano de re'eréncia da feramenta (P), medido sobre © plore de corte da ferramer (Ps) Angulo de Scida do Ferramente (figura 2.9) - & © éngulo entre a superti- ie de sada (Ay) © 0 plono de referéncic de ferramenta (Fr). Pode ser definido sobre um dos planos: piano ortogoncl do ferramenta (Po| - e seré, neste caso, 0 &ngulo de saida ortogona! da ferramen- ta (yo) Figures 2.10, 2.11 ¢ 2.12) . ou plone admitido de trebelho (P#} - quando serd o Gngulo de saide lateral da ferremente (y) (fix guras 2.9, 2.10, 2.11 € 2.12) - ov ainda plano dorsal da ferra- mente (Pp] - quence ser o Sngulo de soida dorsel do ferramente (3) ffiguras 2.10, 2.11 € 2.12). Tecnologia da Usinagem dos Metericis — 39 Copitule 2 Pant de cate a E Fgura 2.3 -Angul ors Tocneamento Cl sistema de Reterencia de Ferromenta Dicegao aemitien decote Plano de reteréncia da fercamente Seperticie deeaide ay Diregéo edmitide deavanco Plone de corte da ferramerteP, Finguos de Said, de Cunho e de Feige de Fevamento,representodes ro fe rasohe ments, Geometria da Cunne de Corte Tecnologie da Usinagem dos Moteriais— $1 Angulo de Cunha de Fenamenta figura 2.9) -&0) Angulo entre as superficias de saido (Ai @ de Folge (Aal. Pode ser definido num des plenos: plano otogencl da ferramenta (Po) cord, neste cose, o Gngulo de cunha ortogonalda feramen. ‘2. f§g4@s 2.10,2.11 62.12) -ov plano admitidede trabalho (F) - quanco 216 0 éngulo de cunha lateral da ferramenta (B) (Eguras 2.9, 2.10, 2.11 © 2.12)- ov cinds plano dorscl da ferramerta (Pp) - quando seré o Gngulo de Cobervie na 9 Braco de Repo fRovsche: 1950) women de are mtn) roe mated © G0 pido; 6 age rip niretndh;¢ TIN reatedo; dT nove 84 tte Materiais pare Ferramentas Tnbeia 5.2 - Comperagao 6a vieo de Kesos rvestar e no covestidos(Lefebve ofall, 1990) Critério de fim de vide da feramenta: V, = 0.2 mm, ‘Moterial da peca: aco 30NCD8 com nivel de resisiéncia de 900 N/mm?, _ Ferramerta | Tempode core | Comprimento vsinade | [ndice de duragto (i) (on) de vieo |= .s7 | nae ynsr vee | mvmia nein ovina 2 2 8805780 rod 35 | wits i503) | eb 7 iam | 8a [20 915 | 1680016470 1929 E légico que uma ferramenta revestida ¢ bem mois core que uma ndo Fevestide. Mos quando se leva em conta que a vido da ferrementa € maior e que otenpo de corte & menor devide as moiores velocidades de corte e evango gue cla posstilio, tem-se que © lempo pare @ usiragem folel de ume pea pode diminvir bastante, ndo $6 pela diminvicéo do tempo de corte, mas ‘am- bém pela diminuicéo do némere ée parades da méauira pare « troca de ferra- mentos. Assim, muitas vezes a vilizacdo de ume ferromenta revestida se justfica economicamente, principalimente quando os méquinas que realizam a usinagem s60 cares, come é 6 caso de contort de usinagem conirele numérico que perfazem boa parte dos processos atuais que uiilizom ferramentos de Aco Réci- do. Tamdém quando « ferramento é cara, tonto no que diz respeito & sua pro- dusio, quanto & sua afiaséo (como € 0 caso dos cortadores de centes de en- grenagens e dos brochos), 0 custo do recobrimen’o com TIN, relativamente néo 6 0 alto ©, assim, @ maiorie destas ferramantas 6 vtlizade com cobe-uro, Ur outro pont de interesse no utilzag6o de broces revestidas com TiN é a ualdidade obfida no furo. Em ensoios reclizados por Rauscher (1990) constatou- s€ que apés © 50! fure usinode por ume broca néo revestida, a rugosidede do furo era R= 27 ume, = 10pm, enquonto ume oraca vevestica obteve R= B ume R= 4 um, Esta mesma broce conseguiv uma nigosidade sunerticiel do 300° furo dR ~ 13pm oR, ~ 6 um. Devido a formacao diferente do cavaco e & utiizacdo de maiores avan- 50s ¢ velocidodes de corte, existe « necessidada de moditcacio da geometria de ferraments quando 0 TiN € aplicado em broces, a fim de que 0 maior volu- Tecnologie da Usinagem dos Materiais —85 \ Capitulo 5 me de covoce formado posse ser removido sem danos para @ peca ov ferramenta, Assim, noves geometris ié foram desenvoWvides aue incorporam um meior éngulo de hélice (ou de sada) do brace ¢ urra nove geometric dos canais da broco que faciltam esta remogoo. Além disto, estas brocas com novas geometrias possuem ores'e arincipal de core convex, Angulo de penta de 130" (ao invés dos 118° da geometria convencional) ¢ aresla transversal de corte atinade pele afiagdo em cruz. Este fpo de broca resulia em menores esforgos de corte © maior vide da feroments. Pode-se dizer que, atuolmente, a grande maioric dos ierromentos mais caras de aco répido, como brochos e cortadores de dentes de engre- nogens so recobertas com TiN © outros fips de forramentos, come bro cas helicoidais e fresas de aco rapido também apresentam uma percento- gem relevante recobertas. b) Coronite © Coronite um moterial pore ferramenta recente (desenvolvimento do Sandvik Coroment), vilizado principalmente em fresas de topo, ave sGo ferramentas de peaueno didmefro que, quando fabricedas de aco ré- pide n&o propiciam ¢ eficiéncio que se desejo da operago e, quando fabricadas de metal duro, possuem a limitaguo de néo poderem atingir as altos velocidades de corte requeridas pelo metal duro, devido ds altos ro- tagGes necessérios. O Coronite é compesto de finas particulos de nitreto de titanic [poriculas de cerca de 0.1 um de diémetro, muito menores que es perti- cules dures do metal duro, cuje tamanho varia de | 9 10 wm) dispersos numa matriz de aco temperado. As porticulas de TIN sGo 35 a 60% do volume do meterial. Esta oroporgée de pariiculos dures & bem maior do que o volume de poriculas duras possivel de ser obtido no aco répido (carbonetos), mas menor que o volume de particulas duros do metal duro (que serd visto mois a frente) ‘As principcis propriedades do Cororite s60: + tenecidade similar a0 aca répido (oem maior que a do metal duro); + modulo de elasticidade (que tem o ver com a rigidex do material) menor que ‘0 do metal duro, mas maior que 0 do aco répido; + durezo @ quente e resistincia a0 dasgeste bom maior que 0 do ago répido; + baixa rendenaia a crateriza;60 (formacao do desgaste na superficie de saide da ferromarta), devido ad foto de que o TIN & muito estével quimicamente: + capccidade de produzir superticies com bens ceabamentos maior que o do ‘a¢0 répide e do meicl duro. — 36 rou ferromenta. mmaior angulo is do broce cue etrias possuer 16s dos 118° do rele ofiacdo ex 3 melor vida do as ferramenios nies de engre- 198, como bro: ume percente ssenvalvimento de topo, ove dos de ago 16 30 €, quando rem atingir os do as altos ro: “eto de titénio s que as parti- Him) dispersos 35 a 60% do bom maior do no ago répido do metal duro | duro}; rial) menor que 4o age rapido: ficiede saida do auimmicamente; maier que a do Moteriois para Ferramentas Uma das principais cousas destas caraclerislicas do Coronite ¢ 0 folo de possvir pariculas duras de TiN estremamente finas. Com isto fica mais faci conseguir cresia afiade de ferramenia © as parliculas que s60 levades emboro do oresta durante 0 processo de desgaste s6o menores {fozendo com que, mes- mo denos de um certo descaste, « cresia ainde esteia afiada), Ne moiorie das vez2s, 0 forromenta de Coronite néo 6 composta total “mente deste motericl. Normalmente elo € composta de Wrés partes: J.um nécleo de ase rapido ov de aco mola, que adiciona tenecidede & feramecto; 2.uma comode de Coronite circundando 0 niicleo que representa cerca de 15% do diémeto da ‘reso: +3. uma comada de coberiura de TiN ou TICN com espessure aprosimeda de 2 mm. A clta afinidade fisico-quimica das eameda de TiCN ov TIN do co: berturc com o Coronite criam uma forte ligaggo entre 0 substrato & a co- bertura, diminuindo a possibilidade de lascomento. A cameda de cobertu- tom ume alto resisténcia a0 desgaste da superiicie de folgo de ferro- menta © 0 Coronite tem alta resisténcia oo desgaste de craters. Assim, uondo uma ferramenta deste tipo & afiade no sue superficie de saide jirondo dali toda a comada de coberiura) nGo precisa ser coberta de 0 €, mesmo ossim, mantém uma alte resisténcia ao desgoste. Metal Duro _O metal duro & um produto da metalurgia do pé feito de particulas 103 finamente divigidas de cerbonctos de meteis refrotérios, sinterizades m UM ou Mois metais do grupo do ferro [lerro, niquel ou cobalto) for- sando um corpo de alta dureza e resistencia & compressio. As porticulor oro 360 corboncivs de tungsiénia, vsvolmente em combinagéo com ou- “fros carbonetos, como carboneios de titénio, téntalo e niébio. O tamonho “destos particules veria entre 1 © 10 um © ocupem de 60 o 95% do volume do motericl. © metel aglomerante &, na grande maicria das vezes, 0 cobaltc. A utilizacdo do mete! duro € feita, na grande maioria das vezes, 0 forma de postilhas soldades ov fixades macanicamente {intercambidve's| sobre um porta-ferramenias de aco. Como ja se viv no inicio deste capitulo, « dureza em altos tempercturos ¢ stenocideds (ou capacidade de resisiéncia go choquel, s6o propriedaces que 2 exigem de qualquer matericl utiizado em ferremertas de usinagem e que encontram um compromisso bastante bom ne metel duo, isto 6, pode £0 ter metals duros de elevaca tenacidade, como tombémn pode-se conseguir metais ‘ ‘Teenclogia de Usinagem dos Materials — 87 Copitule 5 duros com olla resistencia ao desgaste ou durezo a quente. Outras coroctersticos que saa normalmente coniralados, pois afetam a copacidede de cote do metal duro, sd00 porosidade eo microesirulur, Porém, ctualments © metal dure recoberto Ique serd descrito no item ¢2) tem ocupado grande parte de fotia de mercado do metal duro som cobertura, 2 qual tem side utlizade soments para @ usinagem do aluminio e para operacoes especias A figura 5.2 apresenta 0 variacéo de dureza em funcéo do temperatura, mostrondo duas curras para motel duro com teeres diferentes de cobello © uma terceiro relative co aco rapido como padrao de comparagao. Ve-se que, a medide cue © qvanidede de cobato dirinuie, portonto, aumenia a porcento- gem de corbonstos, « dursea a quente oumenta 2000; | Fgwa 5.2 Infuéncia (hp orcentazem de Cobalia ed 1500 Temoeroture na Bu co Metal Dero 100 Dureza Vickers (kgverm?) S00} o 250500750 Temperature °C) Ume cuire coracteristice eue deve sor levada em conta quando de aplicacao de meta! duro € 0 seu coeticients de dilctagao térmice. O volor deste coeficiente para o metal duro & de cerca da metade do valor do aco, ‘em temperaturos desde ombionte até 675°C. A importéncia dessa dife renga reside no fato de que o aplicacoo de metal duro em ferromentas de corte 6 faito em formas de pastihas presos a0 suporte porta-ferromento, que é geralmente de ago, ou mecanicamente ov por solda. Se o fxacdo so der por intermédio de solda, ocasionom-se tensdes em ambas as pecas, 83 assim que @ ferromenta correse spele que edureza « tenacidac <0 do Ti ta de vit aumento si wsinagem, ve-se tamb eresisente, =) Classes ¢ Osdi ndicodo pa peratura de crotera). Ce mais do qu: cratera (pric bee 5.3-Ce vetal vero odo ado ue, ame nto- do aloe Igo, ife- ide ata, Moteriais para Ferramentas ‘isim que o color desenvolvide na usinagem face com eus a fomperatura da ferramenta e do porta-ferramenta cresca, sendo po's necessdrio se tomar al- qumos precaucées quando se realiza o sclda, no sentido de oessibililar espa~ G0 pare que fenlo o melol duro, quarto o aco de porta-terramenta se dilatem livremente. Atebele 5.3 opresenta a composigéo quimica # algumas caracterisli- cas corsespondentes a diversas classes de metal duro. Pode-se ver nesta fobelo cue a medide que o cuantidade de TiC + ToC sobe, a densidade coi ©. dureze cumente. Quando «0 introdu2 TeC (com ou sem niébio), melhare a tenacidade em relacao és composigoes isentas deste carboneto, A suasti- tuicdo de TiC pelo TaC cparentemente néo traz vantagens aorecidveis sob 0 ponto de vista de melhora de capocidede de corte. Entretento é certo que o ‘cumento simultéreo des dois carbonetos produz melhores resultados na Usinagem, provavelmerte devido & dureza 0 quente dessas composicoes Ve-se tombem nesto tabela que a medida que o volume de cobolio cresce (e, com isso, diminui 0 volume de carbenetos| o tenacidade (medida pela resisténcia @ rupture Hrasnversal) cumenia Uma dttima coracterstica do metal duro que deve ser analisoda ¢ otoma- nho de oréo dos porticulas duras. Particulas qrandes produzem maior tenacidade, cenquanto particvies pequenas.avxiliom na obiencéode um metal duro mais dure eresisierte, ¢\} Classes e Critérios de Selecéo do Metal Duro (Os diversas tipos de metol duro sd0 clessificados pela norma ISO em tas grupos designados pelos letras B Me K. Bxiste cinda uma subdivisio dentro de cada um destes grupos usando nimeros. Assim, existem os sub-crupos POT a P50, MO1 a M40 ¢ KO! « KAO. © grupo P € constituido de metais duros de elevaco teor de TiC ~ ToC, _que [hes confere uma elevada dureza a querte e resisténcia ao cesgaste. E indicodo pora a usinagem de materiais que produzem covacos continues (ago3 @ moteriais dite’s em geral) que, por formorem uma rea de atrite bestante grande con o supertice de soito de ferromento, desenvalvem uma clts tem perature de corte ¢ iendem a desgastar bostanie « ferramenta |desgaste de crater}. Como seré descrito no capitulo 6, 0 metal duro destc casse, resiste mais do que as classes K @ M 20 meconismo de geracéo do desgoste de crotera [principelmente difusdo), pois exigem temperatures mois alias pore reagirem com 0 fert0 dos ocos Tadeis 5.3. Cemposigia Quien » Corocteriticas das Mo auras (Ferrero, 1977) ‘Tecnologia da Usinagem dos Meteriais — 89 Copitule 5 Tebolo 5.3. Composigho Quimica « Corstens dos Meat Ours (Fears 1977) ee Detigra. WC. | HTICs | Co | Dencdede — Durezo Rosisdrcie & | 20 0 tot (Gem) (HM) Ruptura Tren | | | tein) mr | wo | 6 6 72 a0 15 Fe | a | 8 104 von 140 mo | 7% | «| 10 na | 1500 50 wo | @ 8 10 130 | 1450 | 170 po | 7 | om on 131 400 eo mo | mp | | 16 129 1390 | 200 | veso | 40 | 1380 160 | 1480 80 | 190 | 200 1650150 1580 ve vas | 190 | 1300 210 © grupe K foie primeiro tipo de metel duro a ser desenvolvide. S60 arbon de tungstér jos pelo cobalto. Este tipo de metal dure na é recsterte ao mecarismo que gevo 0 desgoste de cictara e, csim, 08 metals dures desio classe sic indicodos pore o usinagem de matericis {régets que formom cavacos cures (ferros fundidos ¢ latées) que néo irom muito com @ superficie de saida de ferramenta, pois 00 sclrerem ume peguene deformasdo, jé se rompem e auiom foro da regio de corte. ‘© arupo M é um grupo com propriedades intermedidrios, sendo destino do © ferramentos com oplicogées miliglos. A represeningao esquematica da figura 5.3 apresenta o subdiviséo dos ‘eleridos grupos citada acimo, mostrando 6 tendéncio de variogdo des caracte- ‘igivos de durezo, resisifrcia oo desgasie e tenacidade. Pode-se ver nesta figuro que umo ferramenia P35 mais tenar que urra P10, mas mencs resisien- te €0 desgas'e. Assim, o ferramento com metal duro P35 6 recomendade pore desboste de acos (operagéo onde se exige mois tenacidade} e a ferromente com 90 re se f@anesafoanama Materiais pore Ferramentas 5.1977) tal duro P10 ¢ recomendada pere azebomentode acos (onde se exige bastonte | istencio ao desgaste). © mesmo pods ser dito com relagGo @ closse K. Une Rerisiecio & menta K10, porser mais resistente 00 desaaste, é recarrendads para acabe- into de roteriois de covacos curtos [ferro ‘undido) © ume forramerte K35, per F mais teraz, € recomendada para desbasie destes mesmos moteriois. Rupture Trane (igtlenm, 75 vse —— P { a vo Covcersicanes | ze eo | Cases de nol Duro | x5 20 | eR 2 7 2 | 160 | Bois ‘0 Ferramenios de metal duro so usodes com oho AS 200 | sucesso er oneregées oo vsinager tas comma LV ws, Is tomeamento, fresamento, mondrlamento ¢ em zp Wn? 150 ‘dlouns casos furagdo, aplainamento eserramento. | a — 170 podem usinar qualquertipo de material, des- | S 2 190. -de que suo durezo nao ultropasse 45 HRe. Por z ro | incionar mais eficientemantea alias velocidades | [7] wes corle epor resisirem amais alles temperatures K hs ft “Becorte que qualquer aco répido, a utiizagsode | [Lo] V20 a5 0. Este tine de ‘gama de velocidades moiores € também méqui- de cratera ¢, pos ma's gids, afim de qvese evte a vibragéio ‘causode so processe polos possiveisfelgaede méquire ferremerta, que cousaria " choques enire ferramenta ¢ poca, os quais poderiam quebrara ferramento com eis facilidade do que se 28 fosse de 0co répico. jé queeste moteral é moistenaz gue © merol dure. nde moverais fe néo atritom ume pequena tendo destino Outros felores além dos j@ ctodes que influem re selezaa do metal duro -p0r0 ume determinede aplicactio sé: vubdivisdo dos “+ severidade do operagio de usinagem - operacdes com grondes ovango > dos coracte- profundidade de usinogem (desbaste] ov cortes interrompidos criam ten- 360s elevadas na ferramenta, exigirdo-se © emprego de closes com moior teracidade (maior teor de Co}. + velocidade de corte - a medida que o velocidade de core cresve @ 0 peca i6 soley ume operecéo onterior que retirou excentricidede, casea endure- rnenos resisten- nendede pare rramente com Tecnologia da Usinagem dos Materiais —91 - Copitule 5 cide, e'c. (operogoes de acabamenio) aumento a adequacao da utlizacao de classes com maior resistencia ao calor e & abroséa [menos Co e mais carbonotos) 6 Metal Duro com Cobarivia Uliimamente ver sendo basiante utilizades pastlhas de metal duro com coberivra de carbone’o de liténio e/oy éxido de aluminio, sitreto de titénio @ carbonitreto de titénio. A finelidede principal destar comodo 6 _oumentar a resisténcio 00 desgaste da camade superior que entre em _contocto com 0 covaco @ com a peso, sendo que 0 nucleo da pastilhe pormanece com a tenacidede coreciedafico do metal duro mais simples (WC + Co}. Assim, consegue-se, em muitos casos, oumentar bastante a vida do ferromenta e diminuir-se os esforcas de core. Com isto, conse. gue-te corjugar ne mesmo moterial, corocteristicas que erem até ent3o inconciliaveis, quais sejam, tenacidade com resisténcio uo desgaste ¢ dureza 6 quente Existern pastilhos com uma duas e até irés comodos de cobertura. Em bore outros materiais pessam ‘ambém ser usados para este fim (carboneto € nitsto de hafnic, carboritroto de iénio, ste. 0s materials mois usados so © carsoneto de tilénio, dxido de aluminio e ritreto de titénio. Geraimente o primeira comada, logo acima do nticlee € 0 carkonelo de titénia ov 0 carbonitrete de titanio, que olgumes vezes ¢ a Unica comado de cobertura. As pastilhas com dues comadas de coberture fem, em gercl, uma camade de 64140 de aluminio eu de siete de i#ténic por cima do comeda de TiC. As posilhas com tr8s camades tem, em geral, uma comade de TIN cecobrindo me camads inermedigria de Al,O, ave, por suc vez, recobre uma comada 9 TIC gue esté por cime do nicles de moral duro. Estos comadas sG0, em gercl, aplicadas utlizando-se 0 processo CVD [deposicdo quimrica a vapor). Porexemplo, para a deposicio de uma camada do TiC, voperize-s6 uma misture de tetraclereto de tt6nio (TIC|} ¢ mesano (CH) Esta mistura é colocada em um forno com otmoslere protetora de hidroaénio, temperctura da ordem de 1000°C e pressda lavamente nogotiva, onde se on conirai as pastilhas de metal duro que receberdo 0 recobrimento. Neste am- biente, acontece uma reacGo quimica cujo resultado € 0 vapor de TiC que condense sebre © metal duro formando @ camade ¢o revestimento. As outros comados também s6o produzidas e depositodas am pracesso semelhante. s principals caracterisicas de cade uma destas comadas sdo: scorbareto de ténio (TC) - posaui excelente resisiéncio oo desgas'e por edrasae, além de funcionar come elemento que promove a adeséo °2 dos bxic con out tod Ov sok séc dile dur do + oxido de ter res el tas cio + nite © oui ot Ae eo 12um, gaste aur 00 lescar ) Materic oO desde oc s6 oossar cado do conseguit ° ressantes frio, resis do uilizegao 2s Coe mais : metal duro 9, nitreto de comadas & ve entra em da pasiilha aeis simples F bostante © isto, conse m até entae desaaste © berturs. Em- ‘carboneto € 'sados s60.0 eralmente a iténio ou 0 oberturc. As comada de + de TC As | ecobrindo: ma comada ocesso CVD me camada etano (CH) hidrogenio, conde se en- Neste am- de TiC que 9. As outros ante. Bo: eageste por eo adesdo Manericis para Ferramentas dos comadas de coborture com 0 motel duro do nvcles, 6 que 6 oxido de aluminio |comado cue normalmente esié por cima do TiC) nao pessui alta ofinidade fisico-quimica com o metal duro a fim de conseguir uma forte edesde com o nielee. Por isso, em geral, ou 6.0 inico camoda de cobertura, ou 6 0 comada que esté po’ deboixo das oviras cemades. Sve dureza é de 3000 HY, maior que a dureza de todos 0s outros meterisis utilizados como coberiura de metel duro, Outros coracteristicas importantes deste materiol: baixc tencéncio de soldagem com o material de pega, dificultende o desgasie por ade. 300 € ¢ formacao de aresta postica de corte € baixo coeficienie de dilatagéo lérmica. A espessura da comoda é de 4a & um. O carbonitreto de titénio (TiCN), também usade come cobertura do metal duro, tom propriedades similores ao TiC, c menos de seu coeficiente Ge otro, qua é mois baie que o do TiC 6xido de cluminio - garante o estabilidade térmica necessério em lemperotu- ras elevadas devido 00 fato de ser ur material cerémico refratério ¢ “tombém posevi ata resistancio co desgeste por abrosdo, olém de lta resisténcio 0 ateques quimicos e 4 oxidagco. E a principal responsdvel pela boixa tendancie de formacdo de desgoste de cratera das ferramen- as de metal duro recoberto. Por outro lado apresenia pequene resistin- cia a choques térmicos mecénicos. tritrolo de fiténio - reduz 0 cosficiante de otrta entie a nostilha e 0 cavaco. E quimicamente mois estével que o TiC, ov seja, tem menor tendéncio & difuséo com agos. A espessura de camada & entre 5 @ 7 um. ‘A espessura total das comadas que recobrem 0 metal duro varia entre 2 6 12 Um. Quendo s2 aumento « espessura de cobertura, a resstércia ao des- gosie aumenis, porém tenacidade diminui e comega cumenter o lendancia 0 lascamento das crestas, 9) Material Cerémico (© moterial cerémico € citodo no litercture como ferramenta de usinagem desde ¢ décoda de 50, quando os primeiras ferramentas foro wtlzadas, max ‘8 possaram a ser um material com uma porcentagem nao desprezivel do mer- cado de ferromerras de corte na década de 80, deocis dos desenvoivimentos conseguides a0 campo dos propriedades da cerémica. ‘© material cerdmico possvi olgumas propredodes que so muito inte: “ressantes pore ume ferramente de usinagem. fois camo: dureza & quente © ffio, resistencia ao desgoste © excelenie estobiidode quimica (o que evita a e Tecnalagia do Usinogem dos Materiais — 93

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