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PeRertr , Iaoior da Racha. tone pe PRO da do poate da G’ ds forrten. Poreter [S/n J} 1990 ( Rosndor: Gey Rolin Srrerunga) | PARTE VISITAGGES DA FREGUESIA DA SE DE LISBOA (1596-1648) De entre os numerosos livros de visitagdes paroquiais existentes no Arquivo da Ciria Patriarcal de Lisboa, jé inventeriados, encontra-se um pequeno volume referente & Sé de Lisboa que abrange o petiodo de 1596 ‘2 1648. Eo mais antigo livro de visitagdes da cidade de Lisboa que por ora se conhece.! Trata-se de um pequeno cbdice com 64 fis, de pepel (286x205) enca- iernado em pergamino, [Neste periodo foram arcebispos de Lisboa D. Miguel de Castro (1586- -1625), D. Afonso Furtado de Mendonca (1626-1630), D. Jofo Manuel 133) € D, Rodrigo da Cunha (1635-1683). Desde 1643 até 1670 2 Sé ve vacante por nfo haver relagdes com # Ciria Romana, Nos 52 anos que o am-se 29 visitagdes & freguesia a Sé de Lisboa, no govei de D, Afonso Furtado de Mendonga e de D. Rodrigo da Cunhs ddelegacio do Cabido no tempo da vacincia da Se. Nao ha visitagdes no curto governo de D. Joie ‘Manuel ‘As vistagSes sto assim disteibuidas: vinte e quatro no tempo de D. Miguel de Castro, uma sede vacante, uma no tempo de D, Afonso Fur- tado de Mendonca, uma no tempo de D. Rodrigo da Cunha e duss em St vacante. D, Miguel de Castro visitou pessoalmente @ Sé quatro vezes e D. Ro- fiser. Eo Padre Cura da Sé dara vista deste capitulo ao dito Padre além de fo ler na estagdo. 2, Na visitagio passada foi mandado ao Padre Capetio de Santo Anténio no mandasse dizer fora da dita casa as missas que por devosiio nela se mandam dizer © as que sobejassem no distribulsse para fora sem primeiro nos dar disso conta. Mandamos-Ihe que inteiramente cumpra isto, sob pena de excomunhio e de vinte eruzados se-0 contririo fizer, E se Ihe lembra ainda Fe ito se acharam elgumas queixas, ¢ 0 Padre Cura Ihe notficard este ca tulo e fard aqui assento da notificagao. 3, Aos confessores que nesta nossa santa Sé confessam esti proibido © | mandado por vistagies niio confessem sem sobrepelizes e que por cima delas no tenham mantéus por certos respeitos do servigo de Deus, no que ainda achamos alguns culpados, os quals se nfo nomeiam em pablico ex causa ‘mas sejam sabedores que em particular se thes dari o castigo devido a tal desobedigncia. E os tornamas a admoestar satistagam ao que Ihes esté man- dado sob as penas impostas, nas quais ¢ nas mais que nos parecer sero com rigor executados. E o Padre Cura além de ler este na estagio 0 notificara em particular @ cada um dos ditos confessores para que no possam alegar ignorincia e da notificagdo fara assento neste livro. 4. Por certos respeitos do servigo de nosso Sent liveo os nomes dos culpados na visitagdo desta fre se niio poem neste os quais se man- 3 visitadores para ‘que 0s faa aparecer em mesa de visitagdo e saiba da emenda de seus fregue- S85, 0 qual rol guardaré para na visitaglo que vier dar conta da emenda eles © se saiba se satisfizeram com o que thes foi mandado, e outro tal fice em poder dos nossos visitadores para se vi igéncia com que faz isto que se Ihe encomenda, o que se cumpriri em virtude de obedigncia e sob ena de dez cruzados para obras pias e meirinho. E. com os culpados da sua freguesia que até agora ndo apareceram faré diligéncia para que logo apare- fm sob pena de excomunhdo maior ipso facto que jé no he foi posta 5. Mandamos ao Padre Cura, Capelies ¢ fregueses cumpram ¢ guardem as Constituigoes e Visitagdes passadas sob as penas delas e publique este trés Dada em Lisboa sob nosso sinal e selo de nossa Cama quatro dias de Maio, Ambrosio Ferreira 0 escrevi, de mi aos vinte € seiscentos quatro anos. 1s) Arcebispo de Lisboa [A estagio da missa nesta Sé de Lisboa publiquei trés domingos a visite- ‘980 acima ¢ atrés escrita assim e da maneira que nela se contém; a primeira publicagio foi ao derradeiro domingo de Maio de [1]604, a segunda e terceira, ‘0s primeiros dois domingos de Junho da dita era. E aos 19 dias do dito més ubliquef em sua pessoa dentro na igreja de Santo Anténio ao Padre Capelio da dita igceja Martins Goncalves 0 capitulo que se the manda notificar © 0 ‘mesmo fiz a0 licenciado Jodo Ferreira, Cura de Santo Aleixo, e assim a todos os confessores, a cada um em particular conforme ao que na presente visitagio me esté mandado, e assinei aqui aos vinte © quatro dias de Junho de seiscentos © quatro anos. 8) Jorge Perdigéo, Cura da Sé (Conserva 0 selo de chapa com a rubrice Damido Viegas) 1608, Junko, 6 Dom Miguel de Castro, metropotitano arcebispo de Lisboa, et. Fazemos saber aos que esta nossa carta de visitagio virem que, sendo visitada de nosso mandato esta nossa santa Sé e freguesia dela aos 6 de Junho de [1]605, nos pareceu servigo de nosso Senhor e bem das almas prover no seguinte’ 1. © Padre Cura teré muito euidado de c seu oficio como faz e se informara dos pecados froguesia e lhes acudira para se usar dos mais rem uar com as obrigagSes de capacidade @ se sabem o mais que se requer para receber tio Sacramento. Quando fizer o rol dos confessados pediré certidées auté aos casados forasteiros e que por tais ndo sejam conhecidos, porque se tem 4 2. Notificaré mais o dito Padre Cura aos confessores desta nossa santa Sé que sob pena de excomunhéo maior em termo de seis dias apresentem na ‘mesa da visitago as licencas que tém para confessar @ os que forem fora do arcebispado suas dimissorias. Aos quals mandamos que sob pena de dez cruzados para obras pias e meirinko ndo confessem nos confessiondrios sem terem vestidas sobrepel 3, Por cottos respeitos do se livro 0s nomes dos culpados na dar ao Padre Cura em um rol assinado pelo nosso visitador para que os faga parecer em mesa de visitago e saiba da emenda de seus fregueses, 0 qual rol guardara para na visitagdo que vier dar conta da emenda deles ¢ se saber se satisfizeram com 0 que Ihes foi mandado, E outro tal fica em poder ‘de nosso visitador para se ver a diligéneia com que faz. isto que se Ihe enco- ‘menila, 0 que cumpriré em virtude de obedigncia e sob pena de excomunhao maior, « com os culpados da sua freguesia que até agora néo apareceram faré diligéncia para que logo aparecam sob pena de excomunhio ipso facto que no tal rot Ihe foi imposta, 4. Mandamos 20 Padre Cura, Capelies ¢ feegueses cumpram e guardem as Constituigdes © Visitagdes passadas sob as penas delas e 0 Padre Cura ppublicara esta tr8s domingos na estagdo a seus fregueses ¢ pora aqui a publi- cagdo sob pena de quinhentos cruzados. Dada em Lisboa sob o sinal do nosso visitador e selo da nossa Cémara, 05 16 dias do més de Junho de [1]605 anos, as) Gaspar d’Abreu Carvalhal A estado da missa nesta Sé de Lisboa publiquei trés domingos a visita- gio acima ¢ atrés escrita assim e da maneira que nela se contém, dez dias de Julho de [1}605, as) Jorge Perdigdo, Cura da Sé (Conserva o selo de chapa com a rubrica Viegas) van 1606, Fevereiro, 9 Dom Miguel de Castro, metropolitano arcebispo de Lisboa, ete, Fazemos saber aos que esta nossa carta de visitagio virem que, visitando nds pessoalmente esta nossa santa Sé ¢ a freguesia dela aos 9 de Fevereiro R 1, © Padre Cura continuaré com a obrigasio de seu of Tincia ¢ cuidado com que procede ¢ se informaré nesta freguesia houver ¢ Ihes acudiré com a correegio fraterna ¢ tando nos informara para se Ihes acudir com o mais remédio que convém 1 servigo de Deus © bem das almas. E assim ele desta nossa santa Sé ‘bem instruidos na doutrina cristé os filhos-familia, menores, criados e escra- ‘vos cativos, no que Ihes encarcegam suas consciéncias. E ele ler este capitulo aos padres confessores além de o ler na estacto. 2, Temse achado que algumas pessoas fingindo ser casados se deixem estar em pecado mortal com to grave e notavel perigo de sua salvagio, pel que mandamos a0 Padre Cura que por vezes pela igéncia em pedir cartas de casamentos as pessoas de que houver suspeita no serem casados ¢ dos que ndo sttisfizerem nos informari para que se procure © remédio que convém ¢ se possa remediar estado tio perigoso 3, Mandamos ao Padre Cura de Santo Aleixo que om tudo guarde © ccampra a obrigacio de seu oficio como nas visitagses passadas Ihe estd mandado, Dir missa as horas compet esto assinadas. E os padres confessores se nio esquecerio de assistir com sobrepel fessionsrios, como também thes esté mandado por visitagSes passadas, o que ccumprirao sob as penas delas 4, Por certos resp do servigo de nosso Senhor se no péem neste livro 0s nomes dos eu freguesia, os quais se mandam dar ao Padre Cura em um rol assinado pelo nosso visitador que os faca apa- recer em mesa de visitaco e saiba da emenda de seus fregueses. O qual rol guardard para na visitagio que vier dar la deles e se saber se satisfizeram com 0 que fica em poder de nosso visitador para se ver a diligéncia com que fazem isto que se The enco- ‘meni, 0 que cumprité em virtude de obediéncia e sob pena de excomunhio es fo} mandad foi imposta. 5, Mandamos ao Paire Cura, Capelies ¢ fregueses eumpram ¢ guardem E 0 Padre Cuta publicera esta iia publicagio sob pena as Constituigdes passadas sob as penas del trés domingos na estado a seus fregueses ¢ pord a de quinhentos reis. Dada em Lisboa sob nosso sinal ¢ selo de nossa C: Maio de seiscentos e seis. Ambrésio Ferreira o eserevi, a n05 9 dias de era at supra, B Na estagio da missa nesta Sé de Lisboa estando 0 povo junto publiquei tugs domingos a visitagio acima e atrds escrita da maneica que nela se con- tém. E 0 derradeiro domingo foi aos 4 de Junho de (1]606. as) Jorge Perdigao, C va 1607, Junho, 20 Dom Miguel de Castro, metropolitano arcsbispo de Lisboa, etc Fazemos saber aos que esta nossa carta de visitagdo virem que, vistan dose de nosso mandado esta nossa Sée freguesia dels, aos 20 dias de Junho de [1J607 anos, por servigo de nosso Senhor « bem das almas de nossos siibditos mandamos as coisas seguintes: 1. Achémos esta igreja e freguesia no espiritual bem servida da parte do Padre Cura ao qual encomendamos que persevere em seu santo procedi- mento e que aos fregueses de suspeita que de outras freguesias se mudassem para esta pega certidio de como se confessaram a Quarsma passada para ‘com isso juntamente saber seus nomes prépries, pois € mui ordinario gente dle mau viver mudar 0 nome para com isso encobrir seu mau estado, 2. E porque alguns com nome de casados vivem em estado de. condena- edo, nfo 0 sendo, outros jurados para caser coabitam por muito tempo deixando-se estar em pecado mortal, pelo que mandamos ao Padre Cura em virtude de obediéncia que com os que disserem ser casados faca diligéncia que lhe mostre disso os titulos, e no thos mostrando nos avise a nés ou a0 nosso vigério geral, ¢ aos que disserem estar desposados © jurados avise ue sob as penas de nossas Constituigdes se apartem, aliés os declare por piiblicos excomungados, 3. E porque fomos informados que alguns sacerdotes levados da ava- zeza recebendo por missas votivas esmolas mais grosses mandavam dizer as ditas missas pela esmole ordinéria ficando-se com o mais @ fezendo disso trato (coisa to injusta © condenada), pelo que mandamos sob pena de exco- munho maior ipso facto incurrenda e de vinte cruzados para obras pias ¢ meirinho que nenhum padre use de tal trato, ¢ 0 Padre Cura em virtude de obedincia ¢ sob pena de excomunhio publicars este capitulo aos capelies dda ermida de Santo Antonio. 4, Por certos e justos respeitos de servigo de nosso Senhor nio manda- 56 2 es ein neon a fe es Se ‘cruzados para a Santa Cruzada ¢ me finho ndo consinta que bates a intro Peter as imundioes que nos tas lugares se detavam, o que além 1, Nao acham ” sob pena de excomunhio, em termo de quinze dias, se esforce com toda a dilgéncia das que houver neste freguesia postas em semelhantes lugares, as intadas mande cobrir de cal e as de pau que se arranquem, para o que se Ihe dara da fabrica 0 ce daqui em diante nenhuma pessoa inte ou mande pintar cruzes em lugares sob pena de excomunhiio incurrenda. 5, Mandamos ao Padre Cura, Capelies ¢ fregueses guardem nossas Cons- tituigdes © Visitagdes passadas sob as mesmas penas delas ¢ leré esta tr8s domingos a estagao da missa de que se fard termo sob pena de quinkentos réis para a Santa Cruzada e meirinho. Dada em Lisboa aos 3 de Juho, Jodo do Rego o fiz, de (1}617 anos. 6, Mandamos ao Padre Cura que notifique os oficiais das confrarias que no tiverem dado conta delas este ano a venham dar ao nosso visitador em (ermo de seis dias sob pena de excomunhdo ipso facto nko 0 fazendo. os 4 de Julho, Jodo do Rego o fez, de [1}617 anos. nheiro necessiri as) Arcebispo de Lisboa A estagio qu 205 continuo, nesta Sé de Lisboa publique esta visitagdo trés domin- as) Ferndo Luis, Cura da Sé XIX D. Miguel de Castro, metropolitan arcebispo de Lisboa, ete Fazemos saber aos que esta nossa [carta] de visitagio virem que, do-se de nosso mandado esta nossa Sé ¢ freguesia de Capelies © parte dos fregueses aos 24 de Abril de [1] servigo de Deus prover no seguinte 1. Achamos que no altar do Santissimo Sacramento se dizem missas ondinariamente, e por ser grande inconveniente assi se deve a0 Sacramento como por se Sacramento a seus tempos devidos, mandamos que daqui em diante se nfo diga missa no dito altar sendo as cantadas dos primeiros e terceiros domin- iitan- com o Padre Cura © 8 anos, nos parece 58 padres subtesoureiro ¢ altareiro que de presente sio ¢ ao diante forem no abram a porta da capela nem déem a chave para nela se dizer missa, o que ‘cumpritao sob pena de excomunhio ¢ de 4 s r8is para a Santa Cru- zada ¢ meirinho por cada vez que 0 con! Segredo 2. Foisnos feito queixa por alguns fregueses desta Sé vindo fazer orago ao Santissimo Sacramento achavam as Kimpedas que es sna mesma capela apagadas, e para que no haja descuido daqui em diante emt coisa Uo necessiria mandamos aos padres altarcico e subtesoureiro tenham ‘muita vigiléncia e procurem e facam de maneira com que as Himpadas este- jam sempre acesas de modo que se atalhe o fazerem-se semelhantes queixas, porque néo o fazendo assim além de Ihe ser estranha ‘que seu descuido merecer 3. Também nos foi feita queixa que os meninos e escraves desta fre gguesia ndo andam bem instruidos nem sabem a doutrina cristd seado coisa ‘to necesséria para bem de nossa salvaglo, e por acharmos que o Padre Cura {dos pobres tem obrigacdo ensinar a doutrina ¢ que assit 0 faziam aos dom 205, pela uma hora, mande tanger uma campainha om sinal de haver do trina, para que todos venham a ela. E 0 Padre Cura teré cuidado de admoes- tar nas estagdes 2 seu fregueses mandem seus filhos, eriados ¢ escravos & hora acima Iimitada 4. Achamos que na casinha dos almotactis situada na Ribeira desta cidade se faziam avd domingos e santos pela manta e a tarde, estando os almotacéis ouvindo partes, escrivdes escrevendo, condenando € absolvendo como qualquer outro dia da semana, de que ‘hé grandissimo eseindalo entre os fii 10 como das outras partes da cri 1e por ai passam e véem estar fazendo 0 tal oficlo, E como 0 fazé-lo sera proibido por direito divin © humano, mandamos 20s all otis que ora so e adionte forem sob slgumas vezes mais as tais audigncias nos domingos © dias santos de guarda nem ougam as partes nos tais dias. E o Padre Cura thes lera este capitulo para que sejam certos da proibigdo nele conteida, ¢ pata os demais que ao diante forem no possam alegar ignordncia o mesmo Padre Cura lerd este capi que fizer de trés em tr8s meses outra vez 5. Por certos respeitos que a iss passada que 0s parovos se informassem das cruzes qu ou postas em lugares indecentes as mandasse -apagar ¢ os moveram, provemos 59 por uma nossa extravagante, de que ndo havia de haver noticia, mandamos ‘a0 Padre Cura sob pena de obediéncia lela a dita extravagante a0 povo na estago que thes fizer pelo menos uma vez em cada més, para que com 0 temor da pena, quando ndo for pela reveréacia que devem, se abstenbam de semelhantes excessos 6 Mandamos a0 Padre Cura que notifique 0s oft {que nio tiverem dado conta a venham dar dentro de ito cexcomunhiio. J, Mandamos ao Padre Cura, Capeldes ¢ fregueses cumptar nosias Visitagses e Constituigdes sob as mesmas penas delas, e leré esta trés domingos ou dias santos & estagio que the fizer de que se fara termo sob pena de quinkentos réis para a Santa Cruzada e meirinho. ‘Dada em Lisboa aos 14 de Setembro, Joao do Rego a fiz, de [1]618 anos. das confrarias sob pena de e guardem as) Arcebispo de Lisboa [Em trés dias santos & esiagdo da missa publiquei esta vistagao nesta Sé de Lisboa, as) Ferniio Luts, Cura da Sé 19, Marco, 14 D, Miguel de Castro, metropolitano arcebispo de Lisbos, ete Fazemos saber aos que esta nossa carta de visitagdo virem que, visitan- dose de nosso mandado esta nossa Sé ¢ freguesia dela com o Pade Cure & capeldes e parte dos fregueses aos 14 de Marco de [1]619 anos, nos pareceu servigo de nosso Senhor prover no se Searedo 1, Achamos esta igreja bem servida pelo Padre Cura, encomendamos- -lhe que nio deixe de proceder daqui em diante com a vigilancia e cuidado gue costuma, Searedo 2. Algumas queixas nos fizeram do pouco resguardo que os padres 60 segredo que se trata, pelo que mandamos aos ditos padres que daqui em diante, em semelhantes acasides sejam advertidos de fazerem apartar a gente de maneira que possa o penitente acusarse de seus pecados com menos perturbagde, e que quando os confessarem e falarem com eles ¢ tratarem do que importa & sua conscigncia seja com muito segredo © quietagio ¢ auto- ridade, de modo que 05 que estdo presentes no possam aleancar por estes sinais extrinsecos © que se passa em segredo 3. Fomos informados que nos domingos ¢ dias santos de guarda se poem muitas cadeiras e recolhem na porta travessa da nossa Sé, com que se impede notavelmente a entrada ¢ saida da dita $é, pelo que mandamos sob pena de excomunhio ipso facto incurrenda e de mil séis para a Santa Cruzada ¢ acusador que nenhuma pessoa nos tais dias ponhem nem recolham cadeira alguma no dito lugar das grades para denteo nem fora em parte que causem 0 mesmo impedimento. 4. Mandamos ao Padre Cura, Capelies ¢ fregueses cumpram e guardem nnossas Visitagdes € Constituigdes sob as mesmas penas delas,e lerd esta trés domingos ou dias santos de guarda a estacio da missa do dia e fard termo disso sob pena de quinkentos réis para a Santa Cruzada e meirinho. Dada em Lisboa, a0s 9 de Julho, sob sinal de nosso visitador e selo da nossa Camara, Joao do Rego a fiz, de [1]619 anos as) F, da Motta Pessoa Publiquei e notifiquet esta visitago como nela se contém nesta Sé de Lisboa, as) Ferndo Luis, Cura da Sé XXI 1820, D. Miguel de Castro, metropolitano arcebispo de Lisboe, etc. Fazemos saber aos que esta nossa carta de yisitagio virem que, vigitan- do-se de nosso mandato esta nossa Sé aos dois de Maio de [1}620 com 0 Padre Cura, Capelies © parte dos fregueses, nos pareceu servigo de Nosso Senhor prover no seguinte: 1. Fomos informado que na Misericérdia desta cidade se administram 5 sacramentos de ordinério assim por padres de fora como pelos capeldes 61 facto que nenhum dos ditos padres administre mais os sacramentos nel; sendo caso que na dita casa da Miscricordia haja algum pri poderem administrar, se fara pelos capelies e no pode padre que 0 no seja, Por muitos respeitos e causas que para isso ha, e este capitulo serd notificado 8 todos os ditos padres 2. E porque de se administrar também 0 Santissimo Sacramento da Eucaristia nesta Sé fora de sua capela hé alguns inconvenientes, mendamos sob as mesmas penas acima que nenhum padre o administre sendo na sua capela. 3. Foimnos feito queixa que de se assentarem diante de grade de Nossa Senhora a Grande a0 tempo dos oficios divinos nos domingos e dias santos de guarda nasciam alguns inconvenientes ¢ escdndalos, pelo que mandamos sob pena de excomunho ipso facto incurrenda se no ponham cadviras nem assentos alguns do principio da grade para 0 cruzeiro nem pessoa alguma de qualquer qualidade que seja se assente no dito lugar nos tais dias e tempos os oficos divinos e pregacio. 4, Fomos informado que aigumas vezes esto confessando nesta Sé de noite e outras pela manhd muito cedo do que procede alguma murmuracao, ‘© qual para que cesse mandamos sob pena de excomunrao e de mil réis para a Santa Cruzada e meirinho que nenhum padre confessor desta Sé ou de fora confesse nla de noite tanto que se tanger as Ave Maris ndo vio mais por diante com as confissées nem pela manhi confessem até as porias da Sé ndlo serem abertas, ‘5. Mandamos ao Padre Cura, Capelies ¢ fregueses cumpram e guardem nossas Constituigdes e Visitagdes passadas sob as mesmas penas delas e leré esta trés domingos & estagio da missa do dia e fard termo disso sob pene de uinhentos réis para a Santa Cruzada e meirinho. Dada em Lisboa, aos 6 de Julho, Joo do Rego a fez, sob nosso sinal e selo, de [1620 anos. 18) Arcebispo de Lisbon Publiguei sta vis nto & missa do dia, e por verda ias do més de Junho de (13622. ago atrés trés domingos continuos estando 0 povo fiz-e assinei esta em Lisboa aos dezanove as) Ferndo Luts, Cura da Sé E outrossim notifiquei a todos os confessores desta Sé 0 capitulo quarto tras que trata dees, e E assim fiz por um notirio apostélico notificar o capitulo primeiro desta visitagao atrés escrito aos capelies da casa da Santa Misericérdia desta cidade, e de que me deu £8 Antonio de Matos, notério apostolico, E por ver ‘dade fiz esta em Lisboa hoje dezanove dias do més de Junho de (11622. as) Ferndo Luis, Cura da Sé XxIL 122, Abel, $ D. Miguel de Castro, metropolitano areebispo de Lisboa, ete. Fazemas saber aos que esta nossa carta de visitagio virem que, visitan- dose de nosso mandade esta nossa Sé aos cinco dias do més de Abril de seiscentos e vinte ¢ dois, com o Padre Cura, Capelaes ¢ parte dos fregueses, nos pareceu servigo de nosso Senhor prover no seguinte’ 1, Fomos informado que pelo tempo da Quaresma, dias de festa e de jubileus confessam alguns padres na ermida de Sento Ant6nio, o que € grande Inconveniente pela pouca comodidade que para isso ha e concurso we muita gente, mandamos que dagui em diante nenhum padre de qualquer qualidade que seja confesse na dita ermide sob pena de excomunto e de mil reis para 2 Santa Cruzada e acusador. E esta proibiedo se no entender na contissio € reconciliago que os padres fazem uns aos outros, sendo na confissio de seculares. 2. Na visitagio proxima passada se proveu que nenhum padre de fora nnem capelio da Misericérdia administrasse os sacramentos nela por justos respeitos ¢ inconvenientes que para isso se nos representaram, encome: ao Padre Cura tenhe nisso vigilincia e veja se guarda 0 capitulo que sobre isso fizemos na forma em que esti, e em caso que aja outra coisa advertiré disso 0 nosso visitador que provera isso como the parecer justica 3. Mandamos ap Padre Cura, Capelies ¢ fregueses cumpram guardem nnossas Constituigdes e Visitagdes passadas sob as penas delas e o Padre Cura lera esta trés domingos ou santos & estac termo Sob pena de quinhentos réis para a Sante Cruzada em Dada em Lisboa, aos dois dias do més de Julho sob Luis Pinto Monteiro a fiz, de [1]622, dda missa conventu: 48) Arcebispo de Lisboa Nesta Sé de Lisboa na estagdo que fiz trés dias santos de guarda publi- ‘quei esta visitacdo e por verdade fiz e assinci aqui, XXII 1623, Abril, 25 D. Miguel de Castro, metropolitano arcebispo de Lisboa, ete. Fazemos saber 0s que esta nossa carta de visitagdo virem que, visiten- do-se de nosso mandado esta nossa Sé, com o Padre Cura ¢ parte dos fre gueses, aos vinte ¢ oito de Abril de seiscentos e vinte e tts, por servigo de nosso Senhior se proveu no seguint Fomos informado que quem rigagio para levar os corporais e como ji thes esti mandado, e que quando se leva © sacramento da Ungdo 0 ndo acompanha o mogo do coro, como também ppelo que mandamos a0 prioste das ditos capelies assine ‘a cada um dos capeliies © mocos de coro as semanas para haverem de sat fazer cada um com obrigagio e Ihes repartira de modo que cada um saiba quando a sua Ihe eabe, o que fara sob pena de mil rSis para a Santa Cruzade. E em caso que nisso haja faltas o Padre Cura no-lo far saber para se have- rem de remediar pelo modo que meliior nos parecer. 2, Mandamos ao Padre Cura, Capelies ¢ fregueses cumpram ¢ guardem rnossas Constituigdes e Visiagies passadas sob as penas nelas conteddas, ¢ alo a seus fregueses na estagio que fizer os trés pri lias santos, de que fara termo sob pena de «1 ‘nhentos réis para a Santa Cruzada meiriaho, Dada em Lisboa, sob nosso sinal e se de {1}623, Luts Pinto Monteiro o subscrevi fos vinte ¢ oito de Seiembro a8) Arcebispo de Lisboa Nesta Santa Sé metropolitana desta cidade de Lisboa publiquei esta visi tagio na estagdo que fiz trés dias Festivas e por verdade assinei aqui vinte de Outubro de [1] 623 a8) Ferndo Luis, Cura da Sé XxIV of do-se de nosso mandado esta nossa Sé, com o Padre Cure e parte dos fre- gueses, aos dezassete de Abril de [1}624, provemos no seguinte: 1. Achamos que a0 presente no havia coisa digna de reformagio. Encomendamos ao Padre Cura proceda com a diligéncia e cuidado que con- vyém a0 bem ¢ proveito das almas que tem a seu cargo e nfo felte no ensino dda doutrina cristé aos tempos e dias que Ihe so ordenados por nossas Cons 5 Visitagdes, as quais o Padre Cura guardard os mais fregueses sob as penas nelas contetdas. E os oficiais das confrarias sero notificados em termo de seis dias sob pena de excomunh@o venham dar conta a nosso visitador. 2, Mandamos ao Padre Cura ¢ Capelies © mais fregueses cumpram ¢ guardem nossas Constituigdes e Visitagées passadas sob as penas delas, ¢ 0 Padre Cura leré esta trés domingos ou dias santos de guarda de que ferd termo, Dada em Lisboa sob nosso sinal somente aos (ndo foi escrita a data, cer- tamente por esquecimento do escrivéo) as) Arcebispo de Lisboa ‘Nesta Senta Sé metropolitana desta cidade’ de Lisboa publi visitagdo em tr&s dias festivos estando o povo junto a estagao da verdade fiz e assinei em Lisboa aos dez dias do més de Maio de as) Ferndo Luts, Cura da Sé 1626, Mai, 13 © Dedo ¢ Cabido da Santa Tgrja metropolitana de Lisboa, Sé vacante Fazemos saber aos que esta nossa carta de visitagio virem gue, visitane ‘dose de nosso mandado esta Santa Sé, com o Padre Cura e parte dos fre- gueses, os treze dias do més de Maio de [1}626: ‘Achamos que nfo havia cosa digna de reformagSo 20 presente, Eneo- rmendamoshe proceda com a vigilincia © cuidado que convém ao bem © proveto das almas que estdo a seu cargo eo Padre Cura e fregueses cumpram € guardem nossas Constituigdes ¢ Vistagdes passadas sob as penas dels. Eo Pade Cura leré esta tr€s domingos ou santos de guarda & estagio da pperimnioa 6 Dada em Lisboa, sab selo e sinal do doutor Francisco da Mota nosso visitador, aos quinze dias do més de Setembro, Luis Pinto Monteiro, eserivao das visitagdes, a fiz, de as) F, da Motta Pessoa (Nunca teve 0 sel0 que se anuncia) XXVI 1627, Dezembro D. Afonso Furtado de Mendonga, por mercé de Deus ¢ da Sante Sé Apostélica metropolitano arcebispo de Lisboa, do Conseiho do Estado de ‘Sua Majestade, ete, Fazemos saber que, visitando-se de nosso mandado a nossa Santa Sé metropolitana no més de Dezembro de mil seiscentos e vinte © sete, com 0 Padre Cure ¢ fregueses, por servigo de Deus ¢ bem das almas provemos € ordenamos o seguinte: 1, Porquanto a enfermidade do corpo procede algumas vezes da enfer- ‘midade da alma, convém muito aos enfermos tratar primeiro dos médicos espirtuais ainda pars sade corporal, da qual muitas vezes desconfiam quando no decurso da doenga Ihe dizem que recebam os sacramentos imagi- nando que estio no fim da vi ‘0s médicos preve- nniram e avisaram a todos nos descuido m0 remédios espirituais das almas, pelo que exortamos muito acs médicos © cirurgides desta cidade © kes mando em virtude de obediéncia e sob pena de cinco cruzados por a primeira vez e de haverem de ser gravemente casti- sgados cometendo mais vezes esta culpa, que cumpram com sua obrigacio € Facam esta Jembranga aos enfermos que estiverem em cama de doenga con- siderével. 2. Outrossim exortamos aos parentes © pessoas que tiverem a seu cargo os enfermos que no principio das doencas os avisem e admoestem que se ‘confessem logo ¢ recebam o Santissimo Sacramento ¢ o da Ungio em tempo devido, sob pena de se Ines dar em culps ¢ serem gravemente castigados cons- acudic 20s ¢ Jembrando-thes que os recebam, © nas lembranga a seus fregueses sob pena de se Ihe dar em culpa e serem castiga- dos com todo o rigor constando que por culpa ou negigéncia sue morrea algum fregués seu sem os sacramentos ou algum deles 4. Ao Santissimo Sacramento da Eucaristia se deve profunda reveréncia ‘© acatamento e devogio pois contém em si verdadeira ¢ realmente 0 Corpo e ‘Sangue juntamente com a Alma e Divindade de nosso Senhor ¢ Redentor Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, ¢ temos todos mui parti- cular obrigagio de nos mostrarmos egradecidos & grande mercé que recebe- ‘mos de sua Divina Majestade cm deixar 0 Santissimo Sacramento & sua Igreja militante, e mui particularmente devemos mostrar esta gratidio quando ‘© Senhor € levado aos enfermos para remédio e salvago de suas almas, pelo que exortamos muito aos fregueses desta Santa Igreja que quando o Santis- simo Sacramento da Eucaristia for levado aos enfermos o acompentiem com ‘Brande devosio, roveréncia ¢ acatamente reformando-se como € razio o des- cuido que houver nesta matéri. 5. Porquanto é contra todo 0 direito e razio que por coisas temporais se dificultem ou dilatem os sacramentos da Igreje, proibimos sob pena de excomunhio maior ipso facto incurrenda e de se Ihe dar em culpa ¢ ser gravemente castigado ao paroco desta Santa Igreja que por coisa slguma tem- poral ainda que the seja devida no negue, nem dilate ou dificulle os sacr ‘mentos ou alguns deles a seus fregueses, e sobre as coisas que lhe forem devi das requelra e se Ihe fard justiga. E sob as mesmas penas the mandamos que nfio altere as esmolas e ofertas, nem pega nem leve mais que 0 que por costume legitimamente prescrito Ihe for devido. 6. E outrossim Ihe mandamos sob pena de se the dar em culpa acuda ‘com muita diligéncis a encomendar os fregueses defuntos € a os enterrar & Ihes fazer os mais sufrigios. 7. Tendo os pérocos obrigagio de residirem dentro dos limites de suas paréquias conforme 0 direito © sagrado Concilio Tridentino e declaragies dos Hustrissimos Senhores Cardeais intérpretes dele, corre esta obrigagio mais particularmente em respeito dos pirocos desta cidade por a grandeza dela © das mais das paréquias e das grandes distincias em que de ordindrio 1m, vivendo fora delas, pelo que mandamos aos pairocos desta Santa Igrejs com virtude de obediéncia e sob pena de excomunhio maior ipso facto incur- or tenham cuidado de saber se se cumpre a os culpados na forma dele, sem embargo de qualquer despacho ou provisio nossa ou dos seahores arcebispos nossos res ou do nosso muito Reverendo Cabido na Sé vacante que em jo haja, as quais revogamos € havemos gor revogadas. 8, Para que os delitos se castiguem, assim em pena dos que os cometem como para exemplo de os ndo cometerem outros, mandamos ao piroco ou & ia sob pena de 1 ipso facto incurrenda € de dez cruzados do aljube que dentro em um dia depois que nesta Santa Igreja ou adro dela se cometer algum sacrilégio, ou nesta freguesia se fizer algum faga saber 20 nosso Vigirio Geral e Promotor para se proceder contra 08 culpados como requer 2 qualidade destes por © prejudicial exemplo ‘que resulta deles, 9. Os confessores desta Santa Sé confessem nos confessionérios ¢ com sobrepelizes sem terem os mantéus sobre elas como muites vezes les esta ‘mandado, o que cumpriro em virtude de obediéncia e sob pena de excomu- thio maior e de dez cruzados para a Cruzada ¢ acusador. E nosso Provisor tenha cuidado de saber se se cumpre assim e proceda contra os que ndo cumpritem na forma desta visitagdo. 10. © Padre Cura Ieia © publique esta visitagio assim como se nela contém nos trés primeiros domingos ou dias santos de guarda, e de como a publicou passe sua certidio 20 pé dela, em modo que fags ££, sob pena de quinhentos réis e de se Ihe dar em culpa. Dada em Lisboa sob nosso selo ¢ sinal do douior Gaspar do Rego da Fonseca, conego da nossa Santa Sé, deputado do Santo Oficio e Provisor des- te arcebispado, visitedor que foi da freguesia da dita nossa Sé de nosso especial mandado, aos trinta dias do més de Margo de mil seiscentos e vinte © nove anos, Pedro Lopes d’Orta, secretirio da dita visitagdo, que o escrevi 8) Gaspar do Rego d’Afonseca Nesta Santa Sé de Lisboa a estaglo que fiz eu Feo Luis, Cura nela, estando 0 povo fo trés dias de guarde, lendo-a assim como se nela comtém, © por verdade fiz ¢ assinei aqui, em Lisboa € na dita Sé aos oito dias do més de Maio de seiscentos e vinte © nove anos. 68 XXVIT 1637, Abel, 29 D. Rodrigo da Cunha, por mereé de Deus e da Santa Sé Apostolica ‘metropolitano areebispo de Lisboa e do Conselho de Sua Majestade, ete Fazemos saber que, visitando nos pessoalmente a nossa Santa Sé metro- politane, em os vinte e nove do més de Abril de (1]637, com o Padre Cura fe fregueses, por servigo de Deus ¢ bem das almas nos pareceu bem prover ¢ ordenar o seguinte: 1. Sendo (...) 0 offeio pastoral d ‘gago nossa atender com muito cu exercicio de seus curados € servigas das igrejas que Ihe sdo encarregados se Ihe fagam as devidas lembrancas sobre a administragao dos sacramentos, que muito se exorta no s6 aos médicos c cirurgides e assim mesmo aos parentes dos enfermos © pessoas que deles tém cuidado que logo no principio das enfermidades tratem de thes procurar ‘os sacramentos necessérios encarregando-se também 0 mesmo cuidado a0 Padre Cura, mandamos que 0s ditos capitulos se publiquem de novo com os mais desta Visitagio que abaixo se forem continuando 2. E quanto aos sacrilégios que sucederem nesta Igreja ¢ seu adro, ou algum matriménio clandestino, se guardard o que esté disposto ou 0 que se dispBe no cap. 7.* da visitagéo proxima passads. 3. Ags lugares sagrados e deputados para o culto divino principalmente as igeejas, a que Deus nosso Senhor chama casa sua propria, onde 0 povo cristdo se ajunta para honrar ao mesmo Deus e o reconhecer por Senhor com a celebragdo dos oficios € ministérios divinos se deve toda a composi¢ao decéneia interior e exterior nfo se dando ocasiio de se perturbar a atengao que se requer na assisténcia das missas e pregagbes; ¢ por sermos informados que no tal tempo se retiram algumas pessoas para converser em algumas partes desta Igreja com grande perturbacio ¢ escandalo das mais pessoas, ‘que na dita Igreja se acham, mandamos em virtude de santa obediéncia que se reformem 0s que nesta parte se sentirem compreendidos © encomendamos 20s, padres Cura e Altareiro desta Santa SE que advirtam com particular cuidado ‘nos que excederem nesta matéria para se prover com 0 rigor que justo parecer. 4. Endo somente ne igreja se deve guardar toda a decéncia, composigao © honestidade, mas também nas claustras e lugares mais remotos onde a 6 excomunho que nas claustras ¢ principalmente na porta que vai éa capel de So Lourenco para dentro néo se permita falarem mulheres e deterem-se com homens ¢ muito menos com clérigos, pelo que encomendamos muito 0 cumprimento deste capitulo aos padres Curas e Altareiros que por tempo forem que em razlo de seus oficios so mais assstentes nela os advirtam mandem advertir, (A margem, do proprio punho do arcebispo); Mandamos que em um lugar pablico da dita Sé, qual mais conveniente parecer, se ponha uma tabus com 6 letreiro seguinte: «Nesta Santa Sé hé excomunhdo maior contra as pessoas que falaram nela com mulheres escandalosamenten. R. Arcebispo, 5. Sucedendo ordinariamente recolherem-se homiziados nesta Igreja ¢ deterem-se muito tempo nela por razbo de seus homizios, acudindo mulheres 4 toda a hora de dia e de noite a falar com os ditos homiziados com grande devassidéo ¢ escindalo contra toda a dectncia que se deve ao lugar em gue se acham, no zeparando como seculares no escindalo que dagui resulta, 20 ‘que querendo és atalhar mandamos sab pena de excomunhto maior (acres centado a margem pelo arcebispado: sob pena. de excomunhio maior ipso facto incurrenda. R. Arcebispo), as pessoas que tém cuidado das portas que dentro em nove dias os despidam e lancem fora, e que passado 0 dito tempo nfo possam os ditos homiziados mais estar em qualquer parte da dita igreja sem licenga;e com a mesma pene proibimos que nem em 0s ditos dias posam dormir em capela alguma em que se diga missa, e ue nlo consintam as tas entrades eas profbam com grande rigor assim as mulheres como aos mesmios hhomiziados, os quais no obedecendo sejam logo expedidos da dita lareja ¢ qualquer lugar dela 6, Muitas e mui encarecidas lembrancas se tém feito nas vistagdes sadas pelos senhores prelados nossos antecessores aos padres Cras ¢ Capelies desta Igreja sobre as esmolas que se costumam dar por razio de seu oficio no servigo da igreja para que nio excedessem nem na quantia delas nem a0 modo de as procurar com pactos antecedentes, ¢ porque nesta parte convém que sendo esta igreja e devendo ser exemplo como primeira e principal para a5 mais desta Cidade e Arcebispado Ihes possa ser forma de justa moderasio nesta matéria, mandamos com pena de excomunhiio ¢ vinte cruzados aplica- dos para acusador e Bula da Santa Cruzada que nenhum Péroco leve ma por cada banho que correr aos esposados (ou sejam seus fregueses ou alheios) que um vintém e que somente possam Jevar uma galinha ou sua estimaclo 0 Paroco que of receber por ser este 0 louvavel costume que em todo o Reino se pratica de longo tempo a esta parte. E que de passar uma certidio dos 70 por mandado dos superiores no possam os Procos levar dinheiro por absol: verem os excomungados nem por qualquer outra absolvigio. 7, Algumas queixas se nos fizeram do coveiro desta Igreja fundadas n0 cexcesso da paga que pede pelas covas que abre no guardando o seu regi mento que Ihe esté dado alterando como Ihe parece o prego que Ihe esté taxado, pelo que mandamos em virtude de obediéncia a0 dito coveiro © de ‘quinhentos réis por cada vez para a Santa Cruzada sob pena de se the dar ‘em culpa que se acomode com a forma de seu regimento nfo o excedendo, © 0 Padre Cura nos dard conta em visitagdo de como o dito coveiro procede nesta parte, E heverd livro das covas com a declaragao e nimero éelas e de tempo de suas aberturas para que nfo suceda, como jé se tem visto, abrirem- se algumas nio estando ainda os corpos gastados. 8. Por muitas vezes se tem tratado e desejado com efeito a reformasao dos padres confessores desta Igreja para que possa cessar a murmurago & csciindalo dos ditos padres aceitarem dinheiro dos penitentes quando se confessam ou sejam antes ou depois logo de confessados, ndo considerando nem entendendo outro respeito mais que o da confissio, coisa tao alheia © issonante da pureza e santidade de qualquer sacramento e particularmente deste da Peniténcia onde se consideram algumas conveniéncias para se r¢pa~ rar e reformar este costume de mais de sua indectncia ¢ indigaidade da maté- ta; no tendo lugar o pretexto da esmola com que se podia coonestar com 0 exemplo da esmola da missa, porquanto sio muito diferentes as razies ¢ it~ ‘canstincia que concorrem neste sacramento da Peniténcia em que toda ¢ qualquer espécie e sombra de simonia se nio deve nem pode por modo algum tolerar nem dissimular; tendo chegado a tais termos este costume ou abuso que se ouve dizer publicamente que o lugar das ditos confessionarios ajudam a sus- tentar os ditos padres como se fasse um beneficio e como tal © procuram com tantas instancias; pelo que atendendo todas estas circunstdncias a ser tio sin- gular nesta igreja 0 tal costume, nos achamos em consciéncia obrigados a 0 rio tolerar ordenando pela presente visitagdo sob pena de excomunhio maior © de vinte eruzados pagos do aljube que daqui em diante nenbum padre con- fessor desta Sé, nem de outra igreja deste nosso arcebispado, no acto da confisséo nem antes nem depois dela no mesmo acto pega dinheiro,a0s pen tentes sem i porquanto sendo o pretextd somente de esmote the poderd dar e ele receber fora do tal acto e daquele lugar, sem respeito a0 sacramento. E eu Filipe da Fonseca escrivio da Cimara o subscrevi por mandado do Tiustrissimo Senor Arcebispo. 7 © Padre Cura que ora é publique esta vi jo-a na estagio que costuma fazer a seus fregueses em t8s domingos ou dias santos de que passaré certidao na forma das mais visitagdes, Lisboa 12 de Margo 1638, as) Francisco da Cunha Nesta Santa Sé de Lisboa se publicaram estas visitagdes trés dias de guarda estando 0 povo junto. Lisboa 28 Marco [1]638. as) Fernfo Luis, Cura da Sé 1 Domingo 21 Marco [11638 ia Conceigdo de Nossa Senhora 25 Margo [1]638 ingo 28 Marco [11638 3—Dor Xxxvol 1618, Marco, 9 © Delo e Cabido da Santa Igroja metropolitana de Lisboa $é vacante, ete Fazemos saber aos que esta nossa carta de visitagio virem que, do-se de nosso mandado esta Santa Sé com 0 Padre Coadjutor e parte dos requeses, em os nove dias do més de Margo de mil seiscentos e quarenta © trés anos, ordenamos 0 seguinte: 1. 0 Padre Coadjutor tem satisteito com sus obrigesio, encomendamos- -Ihe proceda com a vigilancia ¢ cuidado que convém ao proveito © bem das almas que estio a seu cargo. 2, Mandamos ao Padre Coadjutor e fregueses cumpram ¢ guardem nos- sas Constituigdes © Visitagses passadas sob as penas delas 3, Fomos informado que nas festas que se fazem, nesta santa Igreja, nna capela do Senkor se sobem ao allar e pOem sobre ele escadss para porem ceastigais, velas € ramalhetes, andando também com os pés pelo sacrario em ue esté 0 Santissimo Sacramento com grande indecéncia ¢ pouco resptito, pelo que mandamos aes armadores ov irmos do Senhor que daqui em diante ras festas que se fizerem na dita capela se no suba pessoa nenhuma sobre © sterério nem andem com os pés sobre ele, sob pena de quatro mil réis 2 venientes que disso resultam, nem também armem pelas manhis junto aos altares a donde dizem missa pelo perigo que hi, sob a mesma pena. E 0 Padre Coadjutor tera particular cuidado de saber se se cumpre este cay no se cumprindo tars conta a0 Promotor sob pena de Ihe ser muito estra- shado, 4, Sobre o coveiro se fizeram grandes queixas que se no conformava no fazer das covas com o regimento que tem da cidade, por cujo respeito ruitas vezes ficavam os defuntos depois de encomendados sobre a terra sem enterrar por nilo estar a cova feita, do que havia grande escandalo, pelo que ‘mandamos a0 dito coveiro se conforme dagui por diante com o dito regi- ‘mento, sob pena de quatro mil réis para o meirinho e de se proceder contra cle como for justiga. E © Padre Coadjutor vendo que este capit cumpre 0 manifestaré ao Promotor, sob pena de se the dar em culpa 5. Por muitas vezes © em muitas visitagbes passadas se tem mandado tos padres confessores desta Santa Sé ndo confessem sem sobrepelizes, © que nfo querem observar, pelo que mandamos assim aos ditos padres confessores desta Santa Sé, como aos da ermida de Santo Anténio, no confessem daqui por diante sem sobrepelizes, sob pena de cinco cruzados aplicados para 0 meirinho geral deste arcebispado. 6. Tivemos por informagdo que na ermida de Santo Anténio se dava comunhao @ toda a pessoa, pelo que mandamos ao padre capelio da dita ermida ou a quem seu cargo servir, sob pena de excomunhio e de cinco ceruzados aplicados na forma sobredita, néo déem comunhdo nela nem con- sintam que se dé a nenhuma pessoa sem licenga do Padre Cura da Santa Sé por ser anexa sua, e este capitulo se notificara ao dito padre capeldo para ue no possa alegar ignorincia, de que se fara termo a0 pé desta visitacdo, 7. O Padre Coadjutor leré esta visitagiio em tr8s domingos ou dias santos, de que fara termo sob pena de quinhentos réis para 0 meirinho, Dada em Lisboa, sob nosso selo e sinal do doutor Gaspar Soares de Torneo, nosso visitador, 20s trinta dias do més de Abri ) ser vio das visitagdes a fez, de seiscentos e quarenta ¢ trés anos. 1s) Gaspar Soares de Torneo (Nunca teve 0 selo que se anuencia) Em trés dias santos de guards continuos publiguei nesta Santa Sé, na estagdo que fiz aos fregueses, a de verbo ad verbum, de ue passei esta em Lisboa 17 de Maio de 1643, 78 XXIX 1648, Margo, 16 © Dede © Cabido sede vacante, ete Fazemos saber aos que esta nossa carta de visitagio virem que, visiten- dose a freguesia desta Santa Sé em os dezasseis dias do més de Margo de ‘il seiscentos quarenta e oito anos, nos pareceu prover no espiritual e tem- poral na forma seguinte: LO Padre Cura e mais pessoas a que tocar cumpram ¢ guardem as tagoes pessadas salvo no que estiverem especialmente revogades. 2. Em muitas visitas passadas esta disposto, ¢ em particular na do ano de [1}628, que os médicos e cirurgides desta cidade logo no principio das doengas fagam lembrangas aos enfermos se confessem € comunguems, 20 ue no satisfazem movidos mais de seus respeitos pai ddas almas e servigo de Deus nosso Senhor, 0 que & muito de estranhar, pois ppor esta causa tém resultado grandes faltas e queixas como nos constou por pessoas timoratas ¢ pelos parocos desta cidade afirmando que por muitas vvezes tinha sucedido falecerem alguns enfermos sem confissio e sagrado Vistico e outros ja quando pediam os sacramentos ¢ avisavam ao pairoco estavam em estado que com dificuldade se Ihes podiam administrar, pelo ‘que mandamos aos ditos médicos ¢ cirurgides sob pena de excomunhéo maior © de vinte cruzados aplicados para a Bula da Santa Cruzada e meisinho geral, por esta nossa carta de visitagdo os chamamos e citamos para cumprimento estes capitulos satisfagem go que Ihes esté mandado e como por diteto so obrigados. E 0 péroco, sob pena de excomunhio maior ¢ de se the dar em culpa achando-se algum descuido da parte dos tais médicos e cirurgives, se informe dos enfermos ou pessoas de suas casas dos nomes dos ditos médi- cos ¢ cirurgides com que se curam, os quais denunciaré 20 nosso Promotor a Justiga para promover contra eles diante do nosso Vigério Geral. E outros- sim exortamos aos parentes ¢ pessoas que tiverem a sew cargo os enfermos ‘avisem logo no principio da enfermidade a0 Piroco como também Ihes esta mandado, aliés os denunciaro ao nosso Promotor da Justiga na forma sobredita. 3, So grandes as queixas que hi de se nio muitos capitulos de Visitagdes passadas feitos pelo senhor Arcebispo Dom Miguel de Castro que, com seu santo zelo e vigilincia de verdadeiro Prelado © a experiéncia dos muitos anos que 0 foi, proveu o que Ihe pareceu de mais 1a desta cidade de Lisboa la Santa Tgreje metropal lares que do bem bedecerem nem guardarem. ” raabes ¢ inconvenientes que htouve para se fazerem 38 t estas se guardam com pontualidade servem de remédio, © pelo contrario, ok io se fazendo o que se mandou, ficam 10 danos parecendo maiores depois de advertidos quem assim obra desobede- cendo € os que o sabem escandalizando-se com maior fundam: posto que mandamos cumprir as Visitagbes passadas em capi neste exortamos que todos no que lhe tocar guardem mi ditas visitagdes, estando certos que se 0 « Fiaerem crescendo a con tumécia erescerd a pena. Eo Padre Cura sera obrigado 0s ditos capitulos e mais em particular os em que de novo provemos, ¢ achan- reineidéncia em se nfo guardarem o fara saber ao nosso Promotor da Justiga pata promover contra os culpados diante do nosso Vigario Geral © também dard conta nas visitagées seguintes, no que muito Ihe encarregamos jando-se © que se proi 4, Aos padres confessores desta Sé se Ihe fizeram algumas adverténcias | 34, em que se referem outros muitos capitulos, ¢ porque achamos que em particular desprezam a proibigZo posta sobre confessarem ros pelos grandes inconvenientes que se seguem tendo facto, de novo os amoestamos que em tudo déem Jo no confessando fora de seus contessionérios mais que as pessoas exceptuadas nele, © que cumprirao sob a dita pena de excomunhio e de mil réis que aplicamos para a Bula da Santa Cruzada ¢ ‘meitinho getal, e the encomendamos tenham grande adverténcia em fazerem afastar das pessoas que se confessam as outras que estio para se confessarem, pois ficando to perto, como se vé, pode-se ouvir o segredo do penitente. E Padre Cura Ihe notificara a cada um em particular este capitulo os mais fa que se refere, 5. Mui geral e antiga é a queixa de se dizerem as missas de Santa Cata- rina to de madrugada que se d& ocasifo a grandes males ¢ ofensas de Deus, € suposto que neste particular se tem provido com censuras © ps tem ordena ser manhi nenhum sacerdote diga as tais missas antes 10 The dé o guisamento para isso nem os abra as porlas Sé antgs de ser das devogaes jrito Santo j& de noite, nfo se guardando a visitaglo, fl, 37, mandamos aos oficiais da dita confra (que tanto que derem Ave Marias logo apaguem as velas que tiverem acesas no altar da capela, Eo padre altareiro sera obrigado a fechar as portas da 75 havemos por condenados ao padre altareiro todas as vezes que 0 contritio fier € a cada uma das pessoas referidas cujos nomes e cognomes aqui have- ‘mos por expressos ¢ declarades, 2 qual condenacéo splicamos para a Bula dda Santa Cruzada © meirinho geral 6. Também informados que na ermida de Nossa Senhora da Consolagio desta freguesia se continuam as mesmas devogSes nas treze noites antes do Espirito Santo com os mesmos inconvenientes, pelo que mendamos, sob mesma pena de excomunlio maior e de vinte eruzados aplicados para Bula da Santa Cruzada e meirinko geral, a todos ¢ a cada um dos da dita ermida ou s pessoas 2 cujo cargo estiver a fechem nos ditos dias tanto que derem as Ave Marias apagando logo as velas do altar. Eo Padre capelio ou quem seu cargo servir, sob as mesmas penas, fara cumpric 0 que ‘ordenamos neste capitulo no consentindo por via alguma que 0 contrério se fnga, E mandamos 20 Padre Cura tho notifique e as mais pessoas a que tocar para que em neahum tempo possam alegar ignorancia, de que passard certo, 7. Por muitas vezes se tem nesta SE enquanto bagio e indecénei andado aos armadores que no armem iverem as missas, o que continuam com grande pertuc- com pouco temor das censuras, em muito prejuizo de suas consciéncias; assim, usando de meio que mais eficaz parece, mandamos fos ditos armadores que nesta SE nfo armem enquanto estiverem as missas € em tudo guardem a visitagdo, fl. 1, ¢ todas as mais, o que cumpririo, sob pena de quatro mil réis em que os havemos por condenados a ceda um todas as vees que 0 contririo fizer, as quais aplicamos para a Bula da Santa Cru- zacla © meitinho geral. E ao Padre Cura encomendamos que com muito © dado trate da observancia deste capitulo notificando-Iho, ¢ quando ests di séncia no bastar avisar a0 meirinho. Segredo 8, Uma das principais obrigagdes dos eclesidsticos € cumprirem com ‘grande pontualidade os encargos dos defuntos que para esse efeito suas fazendas as igrejas, e do contririo se seguem grandes exer consciéncias e se prejudica o aumento delas, porque os figis que véem se no executam semelhantes obrigagdes ou perdem a devogtio de os deixar Por sua morte, ou buscam outros meios para plamente disporem de seus bens que Ihes parece tero melhor cumprimento. E porque os capelies réis desta SE tém obrigagio de irem fazer alguns aniversdrios & igreja de So Jorge pela alma do arcediago Francisco Fernandes, ao que no satsfa- 76 dos © repreendidos, contudo os relev {que os mais dos ditos bacharéls so 1m este encargo, e assim ordenamos que todos os anos facam os m os capitulos referi= vez com consideragio de ante for, sob pena de excomunhio maior e de quatro mil réis que aplicamios ppara a Bula da Santa Cruzada e meirinho geral, ¢ a cada um dos ditos bacha- réis em particular cujos nomes ¢ cognomes aqui havemos por expressos € declarados e de se Ihes dar em culpa que assim o executem com mi tualidade, estando certos que fazendo 0 contrario serdo rigorosamer gados. E 0 Padre Cura notificard a cada um deles este capitulo € ‘mas sob pena de obediéacia se informe ¢ procure se satisfazem neste parti cular 20 que se thes manda, ¢ achando que nio obedecem passara 20 nosso Promotor da Justiga o traslado deste capitulo e dos mais para promover contra eles, ¢ de tudo dara conta sempre em acto de visitagGo. 9, ‘So grandes as queixas que se nos fizeram dos muitos erros ¢ sias com que 0 coveiro desta Santa Sé procede no exercicio de seu off sendo repreendido muitas vezes pelas culpas que contra ele resultaram nas visitas passadas © castigado com prisfo, tudo despreza reincidindo cada nos mesmos e770s, e dandose-the a fl. 55 ¢ 57v a forma que havia de seguir tendo regimento ¢ guardando-o ¢ um livro para assentar as covas e fazer as mais coisas que se contém nos ditos capitulos, contudo sendo chamado em acto da presente visitagio por muitas vezes e notificado que presentasse 0 sro com cominagio de pens nunca satisfez, € suposto que as culpas que contra ele resultaram de préximo se pronunciaram como pare ‘eeu justiga, provendo para que com acerto se proceda de koje em diante mandamos ao dito coveiro ou a quem seu cargo servir haja ¢ tenha um regi mento de forma que 0 tém os mais coveiros desta cidade, 0 jal em tudo guardara com muito pontualidade e bem assim compre e tenha tum livro em que assente as covas ¢ nlimero delas com muita clareza para gue se faca tudo com perfeigdo, evitendose o dano grande de se abrirem algumas covas sem estarem os corpos gastados, ao que satisfard em termo de quinze dias que comegario do da notificagio deste sob pena de excomu- hie ipso facto ¢ de quateo mil réis pagos do aljube que aplicamos gara a nho geral. E outrossim Ihe mandamos que fem tendo recado para abrir covas dos defuntos que mortem as abra logo fem forma que no suceda, como muitas vezes se tem visto, trazerem os defuntos e depois de encomendados ficarem pela igreja desacompanhados até se abrir a cova, no qual ha grandes Bula da Santa Cruzada e me 7 que 0 contrério fizer. E de novo o admoestamos que tornando a servir seu iio procure ajustar os procedimentos com a ebrigagio em forma que conste de sua conhecida emenda, E o Padre Cura serd obrigado 2 The notificar este capitulo sob pena de obediéncia, de que passard certidao 10. O Padre Cura ow quem seu cargo servir publicaré esta vsitago nos trés domingos ou dias santos primeiros seguintes na estagdo da missa hentos ri do dia que fizer a seus fregueses, sob pena de 4 certidao na forma costumada. Dada em Lisboa, sob sinal somente do doutor Fernio Cabral, arcediago de Lisboa e visitador desta cidade, aos Vinte sete dias do més de Novembro de mil seiscentos quarente ¢ oito anos, Antonio Ferreira Barroso, escrivgo da casa do despaco ¢ visitagdes desta cidade, o subserev que passarit 18) Fernio Cabral, arcediago de Lisboa Na estago que fiz nesta Santa Sé estando 0 povo junto publiquei retado em os capitulos de visitaedo atrés em trés dias santos continuos © ali toda de verbo ad verbum como nei segredo que notifiquei aos padres bacharéis todos, ¢ assim mais confessores ¢ coveito o que Ihe tocava a cada um ¢ juntamente padre altarciro © ao padre capeldo da ermida de Nossa Senhora da Consola- ‘940, © todos os mais, segundo disposigao dos ditos capitulos. Assim 0 certi- fico em Lisboa a0s 20 de Dezembro de [1]648, as) Francisco de Sousa, Cura da Sé

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