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ANALISES DE SOLO, PLANTAS E OUTROS MATERIAIS MARINO JOSE TEDESCO CLESIO GIANELLO CARLOS ALBERTO BISSANT HUMBERTO BOHNEN SERGIO JORGE VOLKWEISS! BOLETIM TECNICO N° 5 (28 edicdo revisada e ampliada) DEPARTAMENTO DE SOLOS FACULDADE DE AGRONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PORTO ALEGRE 1995 Tiragem : 300 exemplares CIP . CATALOGAGAO INTERNACIONAL NA PUBLICACAO, Andlises de solo, plantas € outros materiais / Marino José Te- desco.., jet al.] — 2. ed rev. ¢ ampl. — Porto Alegre: Departa- mento de Solos, UFRGS, 174p, : il. (Boletim Técnico [de Solos] / UFRGS, Departamento de Solos: n. 5) Co-autoria: Clesio Gianello, Carlos Alberto Bissani, Humberto Bohnen, Sérgio Jorge Volieweiss, 1, Solo : + Andlise quimica. 2. Solo : analise fisica. 3. Adubos orgé- nicos : Analise quimica, 4. Agua : Anélise quimica. 5. Planta : Andlise quimica. 1. Tedesco, Marino José, . Gianello, Clesto. Ill Bissani, Carlos Alberto, IV Bohnen, Humberto, V-Volleweiss, Sérgio Jorge. VI. Titulo. Vit. Série CDD 631.4 Catalogacao na publicacdo: Biblio‘eca Setorial da Faculdade de Agronomia da UPRGS 1- 2 2a INDICE APRESENTAGAO wrropucao ~ ANALISES DE SOLO Preparacao das amostras 2.2 —Determinacao da umidade do solo 2.3 — Avaliagao da acidez ativa e potencial do solo 2.4 - Avaliagao de fosforo € potassio “disponiveis” € sédio no solo 2.8 ~ Avaliagao da matéria organica do solo 2.6 - Avallagao da argila do sole 2.7 - Aluminio, calcio, magnésto ¢ manganés no solo 2.8 - Zinco € cobre no solo 2.9 ~ Ferro (amorfo) no solo 2.10-Borono solo... 2.11 ~ Enxofre no solo 2.12 ~ Cloro no solo 2.13 - Capacidade de troca de cétions no solo 2.14 ~ Nitrogénio total no solo 2.15 ~ Nitrogenio mineral no solo 2.16 ~ Carbono organico do solo 2.17 ~ Molibdénio no solo 2.18 - Outros metais no solo 2.19 - Condutividade eletrica do solo 2.20 ~ Andllise granulométrica do solo ANALISES DE PLANTAS E RESIDUOS ORGANICOS 3.1 ~Introdugao . 3.2. Preparo das amostras : 3.3 ~ Teor de umidade de plantas e residuos organicos 3.4 ~ Determinagao do pH em residuos organicos ~ Macronutrientes (N, P, K, Ca ¢ Mg) em plantas € residuos organices 3.6 - Micronustrientes (2n, Cu, Mn Fe), enxofre ¢ s6dio em plantas e residuos organicos 3.7 ~ Carbono organico em plantas e residuos organicos 3.8 — Nitrogenio mineral cm plantas ¢ residuos organicos 3.9 ~ Boro em plantas ¢ residuos or 3.10 ~ Molibdénio em plantas e residues organicos 20 25, 28 30 40 42 45 48 51 54 62 68 7 72 73 77 a3 85 87 88 89 98 106 109 un m4 4 ~ ANALISES DE AGUA 4.1 = Coleta ¢ watamento das amostras 4.2 — Determinagées de pl ¢ condutividade elétviea 4.3 — Beterminagdes de séclio ¢ potassio 4.4 ~ Determinagoes de calcio ¢ magnésia 4.5 ~ Delerminagsio de sulfate 4.6 - Deter 4.7 ~ Determinacio de clareto 4.8 ~ Determinagio de bore nacdes de carbonate € bicarhonato 4.9 — Determinagiio de carbono organico 4.10 — Deterninagae de fosforo 4.11 = Determinagies de amonio ¢ nitrito + mitrato 5 ~ ANALISES DE CORRETIVOS DP ACIDEZ 5.1 Determinacao da eficiencia retativa 5.2 ~ Delerminacao do valor de neutralizagae 5.3 — Determinagao dos tcores de calcio e magnésio 5.4 — Determinacao do poder de neutralizagao 6 - OUTRO METAIS 6.1 Metais para determinacao em forno de grafite 6.2 — Mercurio 7 — BIBLIOGRAFIA 8 — ANEXOS . 8.1 -Qualidade da agua 8.2 ~ Formulas para calculo da molaridade de 4cidos 8.3 - Expressao dos resultados de analises de re: organicos . juos 8.4 — Necessidade de caledrio para corre¢ao do solo 8.5 ~ Inlerpretacao das analises de solo 8.6 ~ Determinagao de P, K, Ca ¢ Mg em solos atilizando resinas de Lroca em laminas 8.7 ~ Nem so de analise se vive 7 ns 120 a 122 128 124 126 127 128, 13) 133 145 147 150 159 162 162 163 164 165 167 172 APRESENTAGAO 0 laboratério de analises da Faculdade de Agronomia da UFRGS initiou suas alividades de presiacao de servigos 4 comunidade em 1966. com os programas de melhoramenio da (ertilidade do solo (Operagao Tatu), adotando a metodologia de analises répidas, enm equipamento automatizado. © mapeamento ¢ a classificagao dos solos de determinada regido possibitita a escollia dos métodos mais adequados para a caracterzacao dos mesmos sob 0 aspecto de Sua fertilidade € necessidade de adubac3o. Um laboratério de andlise de solos com esta finatidade utiliza portante um néimero minimo de determinagoes, (de fAcil execugao) para atingir seus objetivos, Nos estados do RS e SC os solos sao em geral Acidos, com baixos teores de fosforo, nivels médios a altos de potassio. com quantidade variavel de matéria organica (DRESCHER et al., 1995), e suprimento adeguado de enxofce ¢ micronu- trientes. Para a avaliacao da fertilidade destes solos s4o necessarias portanto as determinagoes de pli, necessidade de calcario para a correcao do pH a niveis ade- quados para as culturas, fosforo € potassio “disponiveis’ ¢ matéria organica. A correcao dos solos acidos com caledrio dolomitico, necessaria na maior Parte dos casos. supre as quantidades de calcio ¢ magnésio absorvidos pelas cul- turas, neutralizando ao mesmo tempo o Al* trocavel (toxico). A necessidade de vnifermizagan da metodologia analitica proporcionou a criagéo da Rede Oficial de Laboratérios de Analise de Solos dos estados do Rio Grande do Sui ¢ Santa Catarina (ROLAS) em 1969, com reuniées anuais em que so discutidos: metodologia de andlise, interpretagées de resultados analiticos, Fecomendagdes de adubagao ¢ control de qualidade intra e inter laboratérios por amostras padrao. Com a criagdo do Nacleo Regional Sul da Sociedade Brasileira de Ciéncia do Solo as Reunides da ROLAS passaram a secdo de Fertilidade do referide Nticleo. A metodologia adotada para a caracterizagao da fertilidade do solo fol padro- nizada para os laboratérios que constituem a ROLAS conforme a ata da V Reunfao Anual dos Laboratorios integrantes da mesma (ulho de 1973), com base na pro- posi¢ao de métodos de andlise de MIFLNICZUK et al. (1969). Alguns anos mais tarde fol introduzida a avaliacao da textura do solo (pelo. tato) para interpretacao da andlise de fésforo “disponivel”. A partir de 1987 esta determinacao fol automatizada (TEDESCO, 1984) Os teores de calcio e magnésio trocaveis foram incluidos nos laudos de anilise dos laboratérios integrantes da ROLAS a partir de 1995, Devido as caracteristicas dos solos da regiao sul do Brasil, outras determi- nacées (enxolre, cobre, zinco, calcio, magnésio, etc) eram pouco solicitadas, sendo restritas a trabalhos de pesquisa. A demanda destas andlises entretanto cresecu, face a intensidade de uso dos solos © a expansdo da rea cultivada. A analise de tecido de plantas também esta sendo utilizada em maior escala no diagnostico do estado nutricional de plantas frutiferas e perenes, © laboratério de anatises da Faculdade de Agronomia da UFRGS em decor véneia desta demanda ampliou suas atividades incluindo andlises de elementos secundarios © micronutrientes no solo, macro ¢ micronu(rientes em plantas, em adubos orginicos ¢ em compostos, andlises de agua (de lixiviagao ¢ escorrimento) € avaliagdo da qualidade de caleario Os métodos adotados neste laboratério, descrilos a seguir, foram previa mente (estados € adaptados {em alguns casos) da bibliografia para atender as possibilidades € equipamentos disponiveis no laboralorio, Detalhes como eurvas de calibragao, limites de deteecdo, faixa de trabalho. digitos significantes e diluigoes foram incluidos com fins didaticos. Neste boletim s4o utilizadas unidades do Systéme International d’Unités proposto pela Conferéncia Geral de Pesos € Medidas de 1960 ¢ oficializado 0 Brasil (Resolugao n* 14/88 de 12/10/88) Na andlise para fins de diagnéstico da fertilidade sao medidos volumes de solo, sendo entao utllizadas unidades em massa por volume (mg. dm, g dm3, 9% Im w!}, cmol, dm’ ). No caso de andlises de tecide de plantas, em que a amostra para andlise ¢ pesada, as unidades s80 expressas em massa por massa (mg kg"), g kg! % (mm, cmol, kg), Palavras freqientemente repetidas s€o abreviadas neste texto. As abrevia turas utiliZadas sao: ~ aproximadamente (~ 40 ml de ...) AA = espectrofotémetro de absorgao atomica abs ac = acido am = amostra (s) ‘aprox = aproximadamente aut absorbancia automatico (a) br = (prova em branco) calib = calibrada (0) CE = condutividade elétrica cent = centésimo cf conforme cone = concentrado (a) determ = determinagio d = densidade des = descartavel (eis) deion = deionizada (gua) dest = destilada (agua) dil = dituido (a) ext rlenmaier (irasco de] fe = fator de concentragao fal = Kator dle diluigaa mos L eb 2 = comprimento de onda Inoxidavel aminho dlico M = molar ug = mierograma ug dm“ = microgram por decimetro cétbico (ppb) ng kg? = micrograma por kilo (ppb) ug L = micrograma por litro (ppb) mg L:! = miligrama por litro (ppm) mg kg"? = miligrama por kilo (ppm) mg dm? = miligrama por decimetro etibico (ppm) mol, L'! = centimol de carga por litro cmole din? = centimol de carga por decimetro cabico mmol, [! = milimol de carga por litro (cmol, Lt x 10°!) mil = milésimo min = minuto mm = milimetro MO = matéria organica mpp = malhas por polegada am nanometro obs = observagao ose por min = oscilagao por minuto P.a. = pro-andllise (reativo) PRNT = poder relativo de neutralizagao total rpm = rotagoes por minuto ser = seringa solueao vol = volumétrico (a) ou volume T= transmitancia un = unidade UFRGS = Universidade Federal do Rio Grande do Sul @ = diametro % percentage (mm! m v1, v v4, conforme especificagso) Os autores expressam seus agradecimentos aos alunos do Programa de Pés-Graduagao em Agronomia, curso Ciéncia do Solo € aos técnicos de laboratorio pelas sugestdes € corregao do texto. = INTRODUGAO Na organizacao de um Iaboratério devem ser considerados fatores como tipo de andlises, métodos analiticos empregados, equipamentos disponiveis, numero de amostras, custo, ee. Laboratories de analises com a finalidade de caracterizagao da (ertilidade do solo para efetuar recomendagdes de adubagdo necessitam de equiparentos simples como balangas, fotémetro de chama, espectrofotémetro, medidor de pH entre outros. Caso sejam incluidas anélises de micronutricntes em solo e de plantas ¢ exigido um investimento maior, com a aquisigdo de cquipamentos de espectrofotometria de absorgao. Estimativas de custo de analises de solo consid! yando-se aquisigao ¢ depreciagao de equipamentos, pessoal, reagentes € materials diversos foram apresentadas por TEDESCO & GIANELLO (1988). Laboratérios mais especializados (¢ com maior investimento) podem dispor de auto-analisadores, equipamento de injegao em fluxo e espectrometro de plasma (seqfiencial ou multicanal). Estes equipamentos nao garantem por si uma andlise melhor ¢ mais barata, O analista deve portanto saber escolher o equipamento mais adequado a sua neeessidade, com garantia de assisténcia técnica, © laboratorio de andlises quimicas do Departamento de Solos da UFRGS cresceu a partir de equipamento essencial para analise basica do solo por meto- dologia automatizada, com adaptagbes para possibilitar a utilizagao do material auxillar (conjuntos de frascas de extragao, diluicao ¢ leitura) nes analises de micsonutrientes € de tecido de plantas. A automatizagao nestas determinagies limitada, utilizanda-se em geral seringas calibradas para a diluicdo das amostras. Serio abordados a seguir alguns aspectes importantes na metodologia analitica ¢ procedimentos utilizados no laboratorio de andlises quimicas de Depar- tamento de Solos da UFRGS, A- Agua destilada © euidado na purificagao da Agua para as andlises depende de varios fatores como: impurezas na agua de suprimento do laboratorio (tomneiral. elementos a ser analisados, métodos de andlise empregados, limites de deteccao dos métodos, etc. Estes fatores devern ser considcrados antes da aquisigéo do equipa- mento de purificagdo da agua, para evitar gastos desnecessdrios. Em regioes de solos dcidos, a Agua geralmente contém baixos tcores de sais. Neste caso, um des- tilador de boa qualidade, com limpeza periédica {no minima a cada 15 dias) pode suprir agua de qualidade adequada as determinagoes de macro e micronutrientes no sola ¢ no tecido de plantas, como pode ser observado no Anexo 8.1, A utilizagao de agua bi-destilada ou destilada-deiontzada ¢ necessiiria nas determinagdes que requerem sensibilidade na faixa de ug L*! B - Vidraria © frascos de diluicao € leitura Automalizacao (otal ou parcial € necessaria para aumentar a eficiéncia, No laboratérin do Departamenlo de Solos, UFRGS. sao ulilizados loles de 40 provas. em conjuntos de & unidades. E possivel desta forma compatibilizar 08 materiats & procedimentos de analises de tecido de plantas (cuja digestao acida & feita em bloco digestor com 40 provas) com as andlises de solo. Oulra vantagem é 0 menor tamanho das bandejas, facilitando seu manuseio no laboratdrio. Nas andlises de solo sao processadas 38 amostras por bandeja, sendo as Provas n® 1 € 2 destinadas @ prova em branco (para ajuste do espectrofotometro € fotémetro de chama] ¢ ao padrao (para verificac4o da variéncia do valor anali tico}, respectivamente. Nas extragdes de solo sito utilizados frascos de boca larga com lampa plis- tica de pressdo (tipo “snap-cap") de 90 mL. A extracao 6 feila com os frascos deitades em agilador horizontal (Lipo vai- vyém). Estes frascos podem também ser utilizados nas diluigdes. Para a dilufeao final ¢/ou nas reagées colorimétricas (ou turbidimétricas no caso do enxofre] sao utilizados, na maior parte dos casos. copes plasticos descar- taveis de 25-30 mL (tipo cafezinho), de baixo custo ¢ reduzido risco de contammagae, C~ Utilizacdo de pipetas automaticas ou seringes A automacao do procedimento analitico pode ser conscguida de diversas formas. desde 0 tradicional sistema de pipetas automaticas até 0 método de injegao em fluxo (ZAGATTO et al, 1981); a escolha do equipamento deve ser condicionada ao mimero ¢ diversidade de andlises previstas, custo do equipa- mento. manutengao. ctc. O sistema de pipetas automaticas (com aferigao no tubo capilar e unidade de controle de vacuo © pressée} € de baixo custo, podendo ser construido no proprio laboratério, adquirindo-se a vidraria em casa especializada {p. ex. TECNOGLASS" ~ Porto Alegre-RS). A manutencao deste sistema pode ser feita pelos técnicos do laboratérlo, tendo-se o culdado de estocar algumas pipetas para reposigao As pipetas automaticas sio especialmente titeis para adicionar solugdes extratoras, com 0 minimo de erro entre amostras, Na retirada de aliquotas do extrato entretanto deve-se ter 0 cuidado de evitar a contaminacao das amos- tras. Apés a retirada da aliquota de extrato, as pipetas deve ser lavadas pelo menos uma vez, seja com solugdo de diluigao da aliquota ou com reagentes para a colorimetria, Por exemple, se na determinacao de fosforo (método 2.4.3) a pipeta retém 0.3 mL (2 golas) de um extrato contendo 20 mg ant’ de P, a contaminacdo para a amostra seguinte sera de 1 mg dm de P (a mais}, se a pipeta nao for lavada, Com uma lavagem entretanto (conforme 0 procedimento recomendado) 2 contaminagdo sera de somente 0.17 mg dm, que € aceitavel *A Indicagao de fabricantes ou marcas, neste bolelim. & fella apenas para informagao ao leltor, nae indieando recomendagao des autores, 40 na delerminagao do P no solo por este método (com 2 lavagens a contaminacao é reduzida para 0,03 mg div) Na caracterizacao da fertilidade do solo ¢ na delermmimacao de micronu- trientes neste laboralério séo utilizadas pipelas aulomaticas na maioria dos pas- 508 analiticos. Nas outras determinagées € adotado menor grau de automacao. A retirada de aliquota ¢ diluigdes sao em geral feitas por seringas de vidro de diversas capacidades, com dispositive limitador do movimento de émbolo. Estas seringas podem ser calibradas pesando-se 0 volume conlide de agua destilada, Para as diluigdes em que tanto as amostras como os padrées sao diluidos na mesnia proporcao utilizando as mesmas seringas, ndo ha necessidade de cali- bragao exata destas, Em alguns casos é conveniente reduzir 9 volume morto da seringa pela uli- lizagdo de um pequeno (ubo de aco inoxidavel (obtido de uma agulha hipodérmica) introduzido € fixo no orificio da seringa por cola epoxi. Recomendam-se 2 lavagens da seringa no processo de tomada de aliquotas € diluicao, D ~ Cailculos utilizando a curva padrio Nos métodos espectrofotométricos, 0 calcul do teor de elemento em anilise € feite com base na absorbancia de varias soluges de concentragao conhecida, obtendo-se uma curva padrao (absorbancia no eixo Ye concentracao no eixo X). A faixa de trabalho atil para as analises € a porgao reta deste grafico, que em geral varia de zero até 0,5-0,8 unidades de absorbancia, dependendo do método. Alguns aparelnos possibilitam a leitura direta em concentragao (na solucao ou no solo, conforme o ajuste feito). Nos casos de nio se utilizar a leitura direta, € til o caleulo do fator de concentracao, isto é, 0 teor do elemento presente para determinada fracéo da absorbancia da amostra. Por exemplo, se a absorbancia da solugdo padrao de 1.75 mg L de P é de 0,329, ¢ este padrao estiver situado na parte reta da curva de calibracao, o fator de concentrago (multiplicando-se a absorbancia lida no aparetho por 1,000) sera: fe = 1,75/31 = 0,00529 mg L* por mil abs (ver item 2.4.5a). © fe podera ser utilizado na formuta do calculo do teor do elemento no solo obtendo-se um fator total a ser multiplicado pelo valor da absorbancia determi- nada no esnectrofotdmetro (multiplicada por 1.000) para a amostra, facilitando desta forma os caleulos. Deve-se lembrar, entretanto, que tanto os metodos de leitura direta como 0 uso do fe podem ser utilizades somente na faixa situada na parte reta da curva de calibragao, e se esta passa pela origem. Dentro de limites restritos, a parte nao retilinea da curva de calibragao pode ser utilizada pela equacao (potencial} da mes- ma. Entretanto a sensibilidade da determinagao diminut nesses casos. " E — Limite de deteceao ¢ concentragao caracteristica na determinagao da absorbancia © Iinile de dieleccao de um aparetho de medigao & a menor concentracao de uni clentento que pode ser medida. Este valor depende da amplitude do sinal e do ruido de fundo, A IUPAC (international Union of Pure and Applyed Chemistry) define 0 limite de deteccao como “a concentragao que produz um sinal de absor- baneia les yezes maior que oO ruido de fundo”. O ruicto de fundo pode ser quan- lilicade estatisticamente por 10 ou mais repeligoes da prova em branco, determinando-se 0 desvio padrho destas medidas. © limite de detecgao é entaa a concentragio que produz uma absorbaneia tres vezes maior que o desvio padrao da prova em branco (BEATY & KERBER, 1993) Como o limite de detecgao assim caleulado depende de varios fatores de dificil controle, wlitiza-se usualmente 2 concentracao caracteristica (CC), definida como “a concentracao de unt elemento (em mg 1) necessaria para produzir um sinal de absoreao de 1% (0.0044 de absorbancia) ACC pode se calculada pela absorbancia de uma solugdo padrao [situada na parte reta da curva de calibracao} pela formula: cone do padrao (mg L") x 0,0044 ce (mg L) absorbancia medida ACC é lil para 0 operador verificar se as condigdes de operacac do aparelho esto otimizadas € se este esta operando conforme as especificacdes do fabricante Valores de CC sao geralmente especificados nos manuals dos aparelhos. Devido a dificuldade de estahelecer limites de deteccao, utilizamos neste ma- nual o valor de 0.5% de absorgao (0,002 de asorbancia) como limite de sen: bilidade nos diferentes métodos de determinacao. As curvas padrao de potassio ¢ s6dio obtidas pelos fotometros de chama em geral ajustam-se & equacao potencial, devido 4 autoabsorgao em altas concen- tragées, ionizacdo na chama e perda de sensibilidade da fotocélula. Pode-se nestes casos utilizar a equacao potencial para os calculos (item 2.4.5.b1) ou gravar uma escala com 03 (eores no solo (para leitura direta) no mostrador do aparelho. se este for do tipo analogico. 12 Adade 4 ANALISES DE SOLO Os solos agricolas em geral contém todos os clementos necessaries a0 crescimento das plantas, além de outros nao essenciais ou {ixicos. Entretanto, 0 tor Lotal destes elementos nao reflete a disponibilidade para as plantas. pors grande parle dos nulrientes esta cm formas insoluvets ov de dissolugda fenta (minerais primarios, secundarios € compostos de alts estabitidade} Na avaliagao da fertilidade do solo sdo portanto utilizados métodos de extragdo do solo que apresentam alta correlagéo com a absorgéo de nutrientes pelas plantas. A intensidade da extragdo pode variar desde a fragéio soltivel em Agua até o teor (otal. Para os nutrientes minerais (D, K, Ca, Mg, Cu, Zn, 8, etc] .40 em geral utilizados extratores de intensidade média como sais diluidos, acids fortes diluidos, resinas trocadoras, etc A bibliografia que trata de métodos de anélise de solos ¢ muito extensa podendo ser utilizados diferentes métodos, dependendo dos objetivos das andlises, tipos de solos da regiao de atuacdo do laboratério, disponibilidade de equipamento ete. As revisdes de PAGE et al. (1982), JACKSON (1958) ¢ HESSE (1971), dentre outras, s4o muito teis para o estudo da metodologia de anatise dos solos. Neste manual séo apresentados os mélodos atualmente em uso no laboratério de andlises quimicas do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia (UFRGS). A metodologia utilizada para a caracterizacao da fertilidade do solo {itens 2.3 a 2.7) € a adotada pelos laboratérios integrantes da ROLAS (RS € SC) Nas determinagdes de disponibilidade de nutrientes para as plantas s&o utilizados volumes de solo (por medidas calibradas ou “cachimbos"). Os resultados sao portanto expressos em teor do elemento em peso por volume de solo (mg dm, % em peso por volume {no caso da MO} ou cmole dm). As medidas calibradas, apos aferico ¢ com uaiformizacéo do procedimento de amostragem, apresentam boa reprodutibilidade de medida (TEDESCO, 1985) Para analises destinadas ao levantamento ¢ classificagao é ulilizada a pesa gem do solo. Nos métodos deserifos é dado também o nimero de digitos significantes que deve constar no laudo de analise, de conformidade com a metodologia adotada Os principais equipamentos utilizados no laboratério de analise de solo a) medidor de pH com eletrodo de vidro: b) espectrofotometro (2 325 a 770 nmi; ©) fotmetro de chama (nao necessario se houver 0 equipamento a): a) espectrofotémetro de absorgio atémica de duplo feixe (com possibilidade de leitura em emissao); €) balanga de precisao (0,001 g) 4] agitador magnético para titulacao: 8) destilador (5 a 10 litros por horal: hb} estasfa (40-50°C) com ar forcad: 13 i) estufa (108°C). j}_mioinho de solos com peneira de 2 mm; k} banho-maria (90°C): 1 bomba de vacuo: m) agitador horizontal com velocidade varidvel ou fixa de 110 ose por min hn} microcomputader com impressora Os materiais diversos mais importantes, que em alguns casos podem ser confeccionades no laboratorio $40. a) medidas calibradas (cachimbos) para amostragem de soto: ) lavador de vidraria: ©) pipetas automaticas de varias capacidades; 4) suportes para copos descartaveis (40 mL}, com 8 lugares ¢) caixas de papelao para secagem das amostras (7 x 8 x 9 cm) em handejas de 40 unidades, com fundo de tela: §) armarios para estocagem de bandejas com amostras analisadas Os materiais especificos para as varias delerminagdes sero indicades nos itens apropriados. 14 2.1 - PREPARACAO DAS AMOSTRAS, A antostra de solo levada ao laboratério para andlise deve ser representativa da area em que (oi retirada. Devido variabilidade natural do solo, grande numero de sub-amostras devem ser ulilizadas na cousti(uicao da amostra. Para solos nao adubados ¢ aparentemente uniformes (no aspecto fisico, vegetagae ¢ uso), so suficientes 10 sub-amostras retiradas com {rado de rosea (ou tubo). Utilizando-se trado holandes {com 7-8 em de diametra) ou pa. este nUmero pode ser menor. Em solos adubados a lango, o niimero de sub-amostras deve set pelo menos dupli- cade. No caso da adugao em linha. deve-se observar 0 procedimento de amostra- gem sugerido nas “Recomendagies de adubacao...” (SBCS - NRS. 1995) A secagem do solo para andlises de disponibilidade de nutrientes deve ser feita & baixa temperatura (ao ar na sombra ou em estufa de circulagao forcada a 40-45°C). Temperaturas altas podem alterar os valores de fésforo € potassio extraidos em alguns solos. A moagem das amostras é geralmente fcita em moimho com almofariz de porcelana ¢ pistilo giratorio de fetro ou em moinho de martelos. A contaminagao das amostras por elementos contidos no material do moinho é desprezavel, sendo 2 limpeza € durabilidade do equipamento facilitadas pela utilizagao do ago inoxi- davel. 15 2.2 — DETERMINACAO DA UMIDADE DO SOLO. ‘A umidade do solo & determinada secando-se 0 mesmo emi estufa a 105%C por 2 horas, sendo expressa em base de peso seco. Esta delerminagao é utilizada para calcular 0 fator de correcdo nas analises para levantamento ¢ classificagao de solos, A diferenga no teor de umidade de solos minerais secos 4 baixa temperature © a 105°C é de = 1 4 2% 2.2.1 ~ Material a) Capsulas com capacidade de 100 - 200 ¢. 2.2.2 - Procedimento a) Pesar 50 a 150 g de solo umido em | a) capsula adequada, b) Sccar a 105°C por 2 horas. b] ©) Retirar da estufa e pesar 3 2.2.3 — Calculos a) Teor de umidade do solo: Umidade (99) = (PES2 Solo tmido} - (peso sole seco) peso solo seco Tarar e identificar as capsulas secas. De preferéncia em estufa com cireulagao de ar. & conveniente deixar as amostras esfriarem por 10-15 min em Gessecador, 100 b) Expressar o resultado com um digito decimal (% mm). 16 Dae Bn Res Dail va 2.3 ~ AVALIAGAO DA ACIDEZ ATIVA F POTENCIAL DO SOLO A acidez aliva do solo @ determinada pelo pH em agua (na relagao soloagua de 1:1) A acidez, patencial & avahada pekt mudanca de pli de uma solugéo tampo: nada, conforme ¢ método proposto por SHOEMAKER et al. (1961), ablendo-se o indig@ SMP; este € corvelacionado com a quantidade de caleario necessaria para atingir valores de pH compativeis com as diversas culturas. Estes estudos de conelacao foram feitos em diversos trabalhos, para solos dit regio Sul (SBCS - NRS, 1995]. O indice SMP apresenta alta correlagdo com 0 valor de H+Al (acide potencial}, como @ mostrado no sem 2.13. Em outros estados do Brasil esie método também mosirou bons resultados (PREITAS et al. 1968: SOUZA et al. 1980), A metodologia de andlise de solo uutilizada pelo Instituto Agronémico de Campimas (RAV et al., 1987] Lambem utiliza solucao tamponada para avaliacao da aciciez potencial do solo (H+ Al) que € consideraga na recomendacae de caleario para a corregao da acidez do sole 2.3.1 — Material a) Medida de 10 mL. b) Pipetas automaticas de Se 10 mL. ©. Conjuntos para copos plastics fixos de 40 mL, com 8 unidades Caso seja utilizado eletrodo combinado, podem ser usadas embalagens de filme de $5 mm. 2.3.2 ~ Solugées a) Solugéo tampao SMP (para 4 L) a.l) pesar 14,58 g de p-nitrofenol c dissolver em = 400 mL de agua dest quente {50-60°C) em copo de becker de 1.000 mL; @.2) colocar ~ 500 mL de_agua dest em copo de becker de 4.000 mL ¢ adicio- nar, agitando com um bastao de vidro ou agitador magnético ¢ colocando Agua dest gradativamente entre um reagente ¢ outro, na sequiéncia: a) trietanolamina’ 20,0 ml, (com provetal; b) cromato de potassio - KCrO4 : 24.0 g. €) acetato de caleio - Ca(CHsCOO}: 8.0 g: @) cloreto de calcio - CaCly.2120 : 424,0 g: ¢} a solugao de p-nitroferiol preparada do item a.1; f Agua dest alé = 3.900 ml. 7 by a a} 3 a 2) a al b) 2.3) misturar bem com um bastao de vidro ¢ ajustar o pH para 7.5 com NaOH (0M ou HCI [0M a.4) transler para 2 bales vol de 2,000 mn. 2.5) completar o volume de cada bala ¢ asitaty 2.6) transterir para wm yecipiente de plastico com capacidade para 4,0 L ¢ agitar bem! 2.7) guardat esta solugao por 7 a 10 dias antes do aso, agitando de vez em. quando, ¢ depois avertar novainente 0 pl Sohicdo tampado de pH 4,0 (biflalato de potassio 0,05MI: dissolver 10.21 g de biflalata de K {seco a 105% por 2 horas) em digua dest e diluir a | L. Pade-se adicionar | mL de cloroférnvio ov um eristal de timel (Lem de @) por L de sol, com conservante. Esta sol fem pl de 4.0 A temperatura de 15 a 30°C. Solugdo Lampao de pH 7.0 (KHyPOs 0.025M + NacHPOs 0,025M): dissolver 3.44 @ de KH2PO. ¢ 3.55 g de NagHPOs (secos a 105°C por 2 horas) em agua desi ¢ diluir a 2 L (adicionar conscrvante como para o padrao anterior). Esta solugao tem pH 6,90 a 15%C, ph 6.88 a 20°C, pH 6.86 a 25°C e pHi 6.85 a 30°C Podem ser também utilizada solugdes padrao adquiridas no comércio. 2.3.3 ~ Procedimento Medir 10 mL de solo em copo plastico. | a) Utilizar medida calih. Adicionar 10 mL de agua destilada e | b) Com pipetas aulomaticas. agitar com basta de vidr®. Deixar em repouso por 30 minutos. Agitar novamente ¢ determinar o pi. | d) Logo apés a agitagao. Adicionar 5 mL da solugéo SMP e | ¢) Utilizar pipeta agilar com bastdo de vidro. automaticas, Deixar em repouso por 20 minutos. Agitar novamente € determinar o pH |g) Logo apos a agitacao. Lavar 0 {indice SMP). eletrodo apés cada’ leitura com uma jato de agua 2.8.4 ~ Observagées . Deve-se ler 0 cuidado de nao encostar 0 eletrodo medidor (de vidro) no fundo do copo com lerra, Quaiguer dana na membrana sensivel do mesmo pode afetar seu desempenho. E aconselhavel manter 0 eletrodo de referencia um. pouco abaixo do eletrodo de vidro. © potenciometro deve ser calibrado com os padres de pti 4 e 7 antes de inicio do trabalho. Se 0 aparelho tem boa estabilidade, uma verificagao na calibragao. a cada bandeja ¢ suficiente. 18 ? a 3 @ a) b) ° Os eletrodos devem ser mantides em agua. O eletrodo de referencia deve ser ‘carregado periodicamente cam solucao saturada de KCI. com a presenca de alguns cristais deste sal Quando fora de uso, o eletrodo de referencia deve ser mantido em solugio salurada de KCl. Se a juncao (orificio com fibra de asbestos) secar, o eletrodo podera ter sido danificado. Quando fora de uso 0 eletrodo de vidro deve ser mantido em sohicao tampao de pH 7. Antes da utllizagio, um eletrodo novo (ou guardado secol deve ser condicionado por 2-3 horas na solugao tampio. Manter sempre cristais de KCI no eletrodo de referencia Os padrées ¢ as solucdes de leitura devem estar a mesma temperatura. 2.3.5 ~ Céloulos Anecessidade de caleario (com PRNT 100%) para clevar 0 pli do solo a 5,5. 6.0 ou 6.5, utilizando-se 0 indice SMP é dada no Anexo 8.4. A corregao da quantidade para 0 PRNT do caleario & Quantidade recomendada (tha) PRNT do calcario Quantidade a aplicar (ha~ 00 Expressar os resultados com um digito decimal. 19 2.4 - AVALIAGAO DE FOSFORO EB POTASSIO "DISPONIVEIS" E SODIO NO SOLO Nos estados do RS ¢ SC predominam 05 solos Acidos. bastante intemperiza- dos, contendo caulinita ¢ Oxides de ferro ¢ aluminio, Os extratores com dcidos fortes diluidos tém apresentado boa correlacav com a absor¢ao de fosloro e poias- sio pelas plantas {ANGHINON! & BOHNEN. 1974; GALRAO & VOLKWEISS 1981: BAHIA P* & BRAGA, 1975: GIANELLO & MIELNICZUK. 1981; REIN, 1991) 0 método do extrator duplo ciclo (Mehlich-1) (ent a vantagem de fornecer extratos limpidos (condigao essencial a colorimetria) por sedimentagao, dispensando @ fitracao © extrator acido solubiliza parte do fosforo adsorvido pelos constituintes de solo, € desloca a maior parte do polassio Lrocavel, quantidades considcradas “dispo- niveis” pelos estudos de correlacao: dissolve também minerais apatilicos. propt- ciando valores erroneamente elevades em solos adubados com fosfato natural. A extragao do solo com resina de troca, conforme metodvlogia adotada no Instituto Agronémico de Campinas (RAlJ et al., 1987) ndo apresenta esle inconveniente A extragao com resina em forma de laminas é um métode muito promissor. © procedimento que esta sendo atualmente testado no Departam: nto de Solos (UFRGS) € descrito no Anexo 8.6, No extrato do duplo acido pode também ser determinado 0 sddio trocavel (em solos Acidos) 2.4.1 - Material a) Medida de 3,0 mL. b) Pipetas automaticas de 3 ¢ de 30 mL. ©} Conjuntos com frascos de erl de 50 mL. 4) Suportes para copos plasticos (tipo “cafezinho") 2.4.2 — Solugées a) Acidos cloridrico e sulfiirico concenirados (p.a.) a.) HCl cone (4 = 1,191: 87.7%; 12,31M): a.2) HaSOq cone {d = 1,840; 96.7%; 18,02M) ~ (se os acidos nao tiverem estas especificagées, consullar o Anexo €.2 para calcula a molaridade dos mes~ mos, € as quantidades @ utilizar no item b, a seguir) b) Preparo de 18,0 L de solugao P-A (HCI 0.05M + H2SO4 0,0125™) b.1) colocar = 1.000 mL de agua dest etn balao vol de 2 1: 20 a) } b.2) adicionay (com proveta on pipeta de Mole) 73.1 mL de HCL cone € 12.5 mt. de 1,80. cone: b.3} conipletar a volume com agus dest ¢ agitar novamente; Da) Gausteriy parc unt tanibor pkistico com: eapacidade de 20 L; b.5) adicionar 16.0 L de agua de ulilizando balées vol de 2.000 mL: }.6} agitar bem o tambor para uma perfetla homogeneizacao da solugao. Prepare de 10,0 1 de sohicado P-B (HCL 0.87M ¢ (NHaleMo7O24.4H20 0.38%: CI) dissoWer 38.0 g de molibdato de atdnio ((NHalgMo7O24.44H20) em = 1,500 mL de Agua dest previamente aquecida a 60°C em copo de becker de 2.000 mL: 6.2) deixar esfriar ¢ transferir para umn bali vol de 2.000 mL € completar 0 volume com agua dest ©.9) transferir para um tambor piastico com capacidade de 10,0 L: 4) coloc: 300 in de agua dest em aldo vol de 2.000 mL; €.5) adicionar 707,0 mL de HCI conc (d = 1,191; 37,7% € 12.31M) € agilar (se o Acido nao tiver estas especificacées consultar 0 Anexo 8.2 para a modi: ficagao da quantidade a usar}; ¢.6] completar 0 volunie com agua dest ¢ agitar ©-7) transferir para o tamnbor plastico de 10,0 L onde ja se encontra a sol de molibdato de amonio e agitar, ©.8) adicionar 6,0 L de agua dest utilizando bales vol de 2.000 mL ¢ agitar bem o tambor para uma perfeita homogencizagao da solucao. Preparo da solugao P-C (Acido I-amino-2-naftol-4-sulfénico, sulfito de s6dio € metabissulfito de sédio} 4.1) preparar um estoque de p6 redutor, misturando ¢ triturando em um almo- fariz. os seguintes reagentes: a] Acido 1-amino-2-naftol-4-sulfonico: 2.50 g: b) sulfito de sédio (Na2SO3}: 5.0 ¢: ¢) metabissulfito de sodio (NaxS2Os): 146,0 g, 4.2) guardar 0 p6 redutor em vidro fosco. envolto com folha de aluminio (a0 maximo 40 dias): 4.3) dissolver 32,0 g do po redutor em 200 mL de agua dest morna (50-60°C) em copo de becker: 4.4) transferir para um vidro escuro ¢ deixar em repouso até cristalizar. A cris- talizacao demora de 3 a 6 dias, Apés cristalizado pode ser filtrado. Nova solucdo deve ser preparada a cada 3 semanas. Padrao misto concentrado (1.000 mg Lt de K*; 1.000 mg L*!_de Na* ¢ 500 mg i! de P}: pesar 0,704 g de KCI, 2,542 g de NaC! € 2,196 g de KHaPOs (secos a 105°C por uma hora) € dissolver a 1 L em balao vol com solugdo P-A. Padrao misto dituldo (200 mg L/! de K* e Na* ¢ 100 mg L de ®): diluir 100 mt. do padre misto cone a 500 mL em balio vol com solugao P-A. 21 19 Padrdes de trabalho: pipelar aliquotas de 0,0 -10 - 20 - 35 - 50 - 75 ¢ 100 mL do padre misto dil para baldes vol de 1.000 mL, Completar 0 volume com sol P-A, Estes padroes contém 0,0 - 2,0 - 4,0 - 7.0 - 19.0 - 15,0 ¢ 20.0 mg L"! de K+ eMat ¢ 0.0 - 1,0-2.0-3.5-5.0-7.5¢ 10 mg L'! de P. 2.4.3 ~ Procedimento 1) Medit 3.0 wt de solo ¢ colocar em | a) Ulilizar medida calibrada. fraseo dle erl de 50 m. b) Adicionar 30 mL da sol P-A. v} Utilizar pipetas automaticas. ©) Agilar 5 rin em agitador horizontal ©} Com 110-120 ose por min d) Deixur em repouso alé o dia seguinte a) Por 15a 18 horas. ¢) Pipelar 3.0 mL do sobrenadante para | ¢) Para determinacdo do P. copos des, 1) Pipetar 6,0 mt para copos des: f} Para determinagao de K. Para determinagao do P g) Adicionar 3,0 mL da sol P-B &aliquota |g) Utilizar pipetas automaticas do extrato, (ver obs 2.4.4c), h) Adicionar 3 gotas da solugao P-C e agt- tar. 3) Apés 15 min determinar a abs da sol | §) Em temperaturas inferiores em 660 nm. a 18°C, determinar a abs apés 20-30 min, Para determinagao de K* (¢ Na’) i) Determinar a intensidade da emissdo | J) Utilizar o filtro adequado. de IC (ou Na*) da aliquota no fotometro Diluir com solugéo P-A se de chama, necessario, 2.4.4 — Observacoes a) Curva padrao de P: pipetar 3,0 mL dos padres de trabalho (item 2.4.2g), adicionar 3,0 mL de P-B e 3 gotas de P-C. Agitar ¢ determinar a abs a 660 nm apés 15 minutos. Estes padroes contém 0,0 - 0.5 - 1,0 - 1,75 - 2.5 - 3,75 5,0 mg L"! de P {ignorands a diluicao do P-C. igual para amostras e padrdes) b) Curvas padrao de K* ¢ Na‘: determinar a emisséo correspondente a estes ions dos padroes de trabalho. A concentragao destes padides ¢ a dada no item 2.4.2g. 22 3 a a Lavar as pipetns com agua dest antes de adicionar a solugao P-B & aliquota do lem 2.4.36. Lavar Lambém antes de (rar as aliquotas de outro conjunto de amostras Nao ha necessidade de fazer a curva de calibracao de P todos 0s ias (ver os ilens 2.4.5a.5 ¢ 2.4.5.6 a seguit} Os limites de seusibilidade sao de 0.2 mg dur? de P no solo [abs = 0,002) ¢ 2 mg dm de K* ¢ Na* no solo (para a leitura de uma unidade na escala de zero a 100). Pode-se obler maior sensibilidade para K* ¢ Na” diminuindo-se os valores maximos da curva padrao (p. ex. ajustando-se 0 ponto 100 da escaia com o padrao de 10 mg L"!), Os teores maximos de P. K* ¢ Na” determinados por este método, sem diluigvo ‘so de 100 mg dm? de P e 200 mg din? de K* € Na* no soto. 2.4.5 - Caleulos Fosforo a.1) Curva padrao de P; 10 0,18953% 08) P0903 8 2 08 B A oa MRR Spectronic 20 b= 15mm 02 = 660nm 09 o 1 2 39 8 5 Prna sol final (mg L") 4.2) fator de concentracao para o ponto 1,75 mg L! na curva acima: fe = 0,00529 mg 17! por mil abs 2.3) fator de diluigao: (sem considerar a dituicdo pelo P-C) a4) teor de P no solo: P(mg dm“) = leitura x fe x fd a.5) em trabalho diario pode-se fazer uma tabela, plotando-se a curva padrao em papel semi-log com as leitaras em % T no aparelho (valores de T na escala logaritinica). A curva entretanto deve ser verificada frequentemente, pois pode scr alterada por variacdes no aparelho (ajustes, consertos, intensidade de lmpada, etc} a.6) pode-se fazer leitura diveta, ajtstando 0 aparello para leittra de 0.50 de abs com: o padrao de 5,0 mg L*. A leitura da absorbancia x 100 da 0 teot do P no solo, em mg dm’. b) Potassio ° b.1) curva padrae de K: (mgt) EEL- Coming K na sol final . a 0 8 8 100 Emiss3o (unidades da escaia} b.2) concentragao na sol de leitura (es) obtida pela curva padrao, b.3) fator de diluicao: ta = 20 3 10 b.4) teor de K* no solo: Ke (mg dm) cs x fe ».5) em trabalho diario, pode-se gravar uma escala de leitura direta no mostra- dor do galvanémetro (se este for tipo analégico), graduada de zero a 200, ajustando-se a leitura 100 no mostrador com o padrao de 10 mg L'!. O emo devido & saturagdo nas concentragdes mais altas de K* nao tem importancia na irtespretagao das analises, pois 08 teores de K* utilizados na separacdo de classes de disponibilidade (Anexo 8.5) situam-se abaixo de 100 mg dm”? no solo (faixa de menor erro neste procedimento): b.6) expressar 0 resultado em nOmero inteiro (mg dm). Sodio © caleulo do teor de Na* no solo é semelhante ao do K*, aplicando-se as mesmas considerag6es. 24 2.5 - AVALIACAO DA MATERIA ORGANICA DO SOLO © teor de MO é um parametro de grande utilidade na avaliagao da fertilidade do solo, sendo considerado na estimativa da disponibilidade de nitrogénio do solo UANOMINONS, 1984) ¢ wa conseaiiente recomendacao de adubo nitrogenado © método de oxidacdo da MO do solo por solucao sulfocrémfca com calor externo & determinacdo espectrolotométeica do Cr3* é de facil execugao ¢ baixo custo 2.5.1 — Material a) Medida de 1,5 mb. b) Pipetas automaticas de 3 e de 15 ml. ©) Conjuntos com frascos de erl de 50 mL. 4) Suportes para copos plasticos {tipo “cafezinho") 2.5.2 ~ Solucdes a) Preparacéo de 10,0 L da solug&o sulfcrémica (NagCr207 15% em H2SO4 5,0M): a.1) usar § recipientes de vidro (Pyrex) com capacidade de 2,5 L: a2) colocar em cada recipiente 298g de dicromato de sédio comercial (azCr207) 4.8) adiclonar ~ 1.000 mL de agua dest ¢ agitar até sua completa dissolugac! a4) adicionar lentamente em cada recipiente 556,0 mL de acido sulfarico conc comercial (d = 1,840; 97.0% € 18M); a.5) agitar culdadosamente com o recipiente destampade ¢ deixar esfriar: a.6) transferir o volume de cada recipiente para baldes vol de 2.000 mL ¢ com- pletar 0 volume com agua dest: 7) transferir 0 volume de cada balao para um tambor plastico com capacida- de de 10,0 L; a.8) agitar bem o tambor para a perfeita homogeneizagao da solugao 2.5.3 — Procedimento a] Medir 1,5 mL de solo ¢ colocar em | a) Utilizar medida calibrada frascos de erl de 50 mL. b] Adicionar 15 mL de solugao sulfo- |b) Utilizar pipetas awtomaticas cromica 25 ” a hy) al » a) b) Aquecer minutos 2 banho-maria por 80 | c} A temperatura de 75 - 80°C Awitar por 5 minutos. @)_ Em agitador horizontal. Adicionar 15 mL de agua Deixar em repouso durante a noite. ) Por 15a 18 horas. Vinelar 3,0 mL do sobrenadante para |) Ulilizar pipetas automalicas. co pos des. Adicionar 3,0 mL de agua dest ¢ agilar Determinar a absorbancia da sotugao cut 645 nm 2.8.4 ~ Observacoes Deve-se (er 0 euidado para nao turvar 0 extrato na relirada da aliquota, 0 que nem sempre pode ser cservado facilmente devido coloracao do extrato. A lurvacdo pode ser observada olhando-se 0 tubo de leitura contra a hue, A senstbilidade do método (abs 0,002) é de 0,04%, podendo-se determinar teores de alé 6% de MO sem necessidade de diluicaa. 2.5.5 ~ Céleulos 2.5.5.1 - Utilizando o solo como padréo 0 teor de MO do solo € obtido por caleulo de correlagao entre @ abs no método colorimétrico e 0 teor de carbono obtido pelo método de Walkley-Black {ou outro semelhante), descrito no item 2.16, Nesta corrclacao deven ser utilizados 15 a 20 solos com. tear variavel de MO. Os teores obtidos pelo método de Walkley-Black devem ser corrigidos para a densidade dos solos. Na cocrelagao apresentada no item 2.5.5, 1¢ foi utilizado 0 fator 1.72 para obter 0 teor de MO a partir do teor de carbono dos solos. Regular 0 colorimetro para 100% ce T com a prova en branco ¢ 0% sem a cubtta. Fazer a leitura das amostras em absorbancia. Com a equacao de correlaco pode-se elaborar uma tabela para a determinagae do ter de MO. sta tabela deve, entretanto, ser verificada freqitentemente para detectar modificacées na sensibilidade do aparelho. Para a leitura direta, escolher umm solo sittado na curva padréo (assinalado pot P na figura do item 2.5.5.1¢) para ser utilizado como padrao, ajustando-se 0 colorimetro para a leitura em absorbancia (x10) correspondente ao teor de MO do mesmo. ¢) Correlacde entre 0 método colarimétrice e o de Walkley-Black: Materia orgdnica (%) x densidad c= 0398 | sett | 0 aaa 00 01 02 02 04 a8 06 a7 2.5.5.2 ~ Utilizando amido como padrao a) Pesar diversas quantidades de amido (zero a 200 mg) e proceder de modo igual as amostras a partir do, item 2.5.3b. Determinar a absorbancia of descrito no item 2.5.5.1 b) Calcular a equagdo de regressdo entre abs € quantidade de amido pesada Caleular a quantidade de amido a ser pesada para obter © mesmo valor de abs abtido na anslise do solo padrao. Esta quantidade é entao pesada e tratata da mesma forma que as amostras, servindo de padrao para regular 0 colorimetro em leitura diteta (item 2.5.5. 1b), ©] Este padrao se conserva indefinidamente em frasco tampado, podenda ser preparada quantidade suficiente para alguns anos, 4d) Expressar o resultado com um digito decimal (% m w-) 2.6 ~ AVALIACAO DA ARGILA DO SOLO © teor de argila do solo necessario para a interpretagia da analise de fosforo “disponivel” (ANGHINONI & BOHNEN, 1974), separando-se os solos em 5 classes, Essa determinagao ¢ feita por densimetre, apos dispersaa do solo com solugao de hidréxide de sédie (TEDESCO, 1984’) 2.6.1 ~ Material a) Medida de 10 b) Frascos “snap-cap"de 90 mL. ¢] Pipetas automalicas de 15 mL. 4) Tubos de leitura (canos de PCV branco} para determinacde da densidade da suspensao do solo, com 275 mim de altura ¢ 20 mm de @ (medidas internas}, ¢) Densimetros (ARBA 1,000 a 1,100) 2.6.2 ~ Solugées. a) NaOH 0,167M: Pesar 6,68 g de NaOH ¢ dissolver a 1 L com agua dest. 2.6.3 ~ Procedimento a) Colocar 15 mL de NaOH 0,167M em | a) Uttlizar pipetador de Kipp. frasco "snap-cap” de 90 mL. b) Medir 10 mL de solo € adicicnar a0 | b) Utilizar medida calib. irasco. ©) Deixar em repouso durante a noite. ) Entre 15 a 18 horas. 4) Colocar no frasco uma bolita de vidro | d) Com pipetas automaticas. € 50 mL de agua dest. ©) tampar os frascos e agilar por 2 horas. | @) Aproximacamente 120 ose por min. f) Transferir imediatamente 0 sobrena- | ) Nao é necessario transferir a dante para 0s tubos de leitura. bolita de vidro € 0 solo que sedimenta. 8) Manter os tubos em repouso na posigao vertical por 2:30 horas. h) Determinar a densidade, anotando o | h) Com densimetro ARBA de resultado (ef observagdes abaixo) 1,000 a 1,100. * ste método fol aprovado na XVI Reuniao anual da ROLAS - Floriandpolis, sotembro de 1984, 28 2.6.4 — Observacées a) conventente utilizar agua a temperatura do Laboratorio {estocada em piente grande) para manter uniforme a lemperatura das amosiras b) Os resultados sdo anotados numa escala de zero a 100 (p.ex.. para a leitura de 1,024 anota-se o teor de argila 24%, na temperatura de 15.5 a 205°C) ©} Ao anotar os vesullados, adicionar 0 fator de correcao adequado, conforme a faixa de temperatura da suspensao: TEMPERATURA: FATOR: 15.5 a 20,5°C wwio necessario 20,6 a 25.5°C somar uma unidade 25,6 2 30,5°C somar duas unidades d) © valor final para teor de argila é obtido na tabela seguinte (de correlagoes obtidas com 52 solos do RS) LD* %arg LD %arg LD %arg o-~ 3 23 — 27 46 — 56 1 4 24 — 28 47 — 387 2-5 25 = 29 48 — 59 3 6 26 — 30 49 — 60 4-7 27 — 31 50 — 62 5 8 28 — 32 Sl — 64 6— 9 29 — 33 52 — 65 7 — 10 30 — 34 53 — 67 8 — 12 31 — 35 54 — 69 9 ~ 13 32 — 36 55 — 70 10 — 14 33 — 38 56 — 72 ll — 15 34 — 39 57 — 74 12 —~ 16 35 — 40 58 — 75 13 17 36 — 42 59 — 77 14 — 18 37 — 43 60 — 79 15 — 19 38 — 44 61 — 81 18 — 20 39. 46 62 — 83 w= 2 40 — 47 63 — 85 18 — 22 Al — 48 64 — 86 19 — 23 42 — 50 65 — 88 20 — 24 43 — 51 66 — 90 21 — 25 44 53 er 9 22 — 26 45 — 54 “LD = leitura no densimetro, em fracao de 1,000 (p. ex: a leitura 1,021 corresponde ao tear de 25% de argila) 29 2.7 - ALUMINIO, CALCIO, MAGNESIO E MANGANES NO SOLO © calcio ¢ o magnésio sao os principais componentes da capacidade de troca G6 cations na maioria dos solos. A determinagao destes nutrientes é feita apos a extiagae do solo com sais neutros ou solugdes tamponadas a pt pré-fixado. oblendo-se os leores “trocaveis” (ver as consideragdes do item 2.13}. O Instituto Agronémico de Campinas utiliza a extracao com resina de troca (RAlJ et al., 1987). obtendo valores comparaveis & extragao com cloreto de potassio. © cloreto de potassio € um sal neutro, que extrai do solo, por mecanismo de troca, ions como sédio, calcio, magnésio, aménio, nianganés, hidrogénio, aluminio, ete. Pela extracao com KCI sao obtides os teores “Lrocaveis* dos diversos cations com o K* 1M, a pif em geral uma unidade inferior ao do solo, devido ao efeito da concentragao do sal Em solos Acidos, os teores de calcio e magnésio extraidos por KCl 1M sao em geral inferiores a 12 € 6 cmol, dnr3, respectivamente. Os teores de Mn extraidos com KCI IM sao inferiores aos extraidos por Mg(NOslo, Como 0 Al%* é determinado por titulagdo acido-base, 0s componentes acidos do solo extraidos com KCI 1M sao referidos como Al% trocavel, indistintamente de sua natureza (em alguns casos, parte desta acidez pode ser constituida de hidrogenio, principalmente em solos com alto teor de MO} A metodologia descrita € adaptada do SNLCS (BR-MA-EMBRAPA-SNLCS, 1979}, com titulacao do Al* por NaOH com indicador de fenolftaleina, ¢ determi- nacéo dos outros ions por espectrofotometria de absorcao. O indicador azul de bromotimot pode também ser utilizada (ver observacao 2.7.3.2.1¢) 2.7.1 - Material a) Medida de 2,5 mL. b) Suportes para frascos “snap-cap" de 90 mL. ©) Microbureta de carga automatica, de 10 mL. 4d) Suportes para copinhos plasticos. ¢) Pipetas automaticas de 5, 25 ¢ 50 mL. 2.7.2 — Solugoes a) KCI 1M: diluir 74,6 g de KCl a 1 L com agua dest. b) Estroncio a 0,3% em HCI 0,2M: diluir 5,42 g de SrClz € 16,7 mL de HCI cone a 1 Lcom agua dest. 20 (ti tg baba deaarmaddiddddsadari sans: 2) Azul de Bromotimel: lazer unm pasta com 0.1 4 de azul de bromotimol 1.6 mb de NaOll O.1M (em gral de Agata), misturando até a coloragao ficar verde, ativionarile mais NaOH se necessario, Diluir a 100 mL de agua dest, @) Fenolftalema 1 Diluir a 100 ral, dissolver 1,0. g de fenolflateina em 50 mL de etanol 95%, €) NaOH 0.0125: pessur 0,50 g de NaOH € dissolver a 1 L com agua dest. Titular com Acido padronizide © ajistar a cone, Conservar em frascos de vidro com ammaudilha para CO2 do ar 1) Padyao primario de Ca ¢ Mg (1.200 mg L? de Ca e 360 mg Lt de Mg): pesar 0,360 g de My inetalivo e dissolver com 20 ml, de HC1 50% em copo de becker de 100 mi... Teansterie Guautitativamente para balao vol de 1.000 mb. Adicionar 2.997 g de CaCOs (seco a 105°C por 2 horas) ¢ dissolver. Completar o volume, § Padre secundario de Ca e Mg’ diluir 100 mL do padrao primario a 1 L com a 01 de Sr 0.3% em HCI0.2M, Esta sol contém 120 mg Li de Cae 36 mg Le! de Mg, h) Padrdes de trabalho (Ca € Mg): diluir 0 - 2,5 - 5 - 10 - 20 ¢ 30 mL do padrao secundario & 100 mL (em baldes voll, com a sol de Sr 0,3% em HCl 0,2M, Estes padrées lerao 0,0 - 3.0 - 6,0 - 12,0 - 24.0 ¢ 36.0 mgL' de Cae 00-09-18 + 3,6 - 7,2 € 10,8 mg L! de Mg. respectivamente. 4] Solugéo padrao de 200 mg L' de Min: dissolwer 0.200 g de Mn metatico em 10 mL de HNO3 $0%6. Diluir a 1 L com HCI 0,1M. 3) Padres de Mn: diluir 0 - 0,5 - 1,0 - 2.0 - 4,0 € 8,0 mL da sol de 200 mg L! de Mn a 200 mL com HCI 0,1M. Estas sol contém 0,0 - 0.5 - 1,0-20-49e 8,0 mg L! de Mn®, respectivamente Padem também ser utilizadas solugées padrao (primario) obtidas no comércio. 2.7.3 ~ Procedimento 2.7.3.1 ~ Extracao a) Medir 2,5 mL de solo a) Usar medida ealib € frasco de er] de 100 mL. b) Adicionar 50 mL de KCL 1M b}_Utilizar pipetas automaticas. ¢) Tampar os frascos ¢ agitar 1/2 hora. |} Com movimento horizontal. 4) Deixar decantar até o dia seguinte, d) Por 15-18 horas. ¢} Retirar 25 mL do sobrenadante para | ¢) Utilizar pipetas automaticas e determ do Al” frasco “snap-cap” de 90 mL. Retirar 5 mL. do sobrenadante para | 1 Utilizar pipetas automdticas € determ de Ca e Mg. frascas “snap-cap” de 90 mL, @) Retirar S mL do sobrenadante para | g) Utilizar pipetas automiaticas € determ de Mn. copo des de 30 mL. 3 ooo al a) » o a) b) a) b) a a e) hy) 2.7.3.2 — Determinagao do Al** trocavel Titular 0 extrato do item 2.7.3.1¢ com:NaOH 0,0125M, apés a adigao de 3 gotas de fenolftaleina, (até a cor yosa clare persistente por 10 segundos). No caso de ser utilizado 0 indicader de azut de bromotimol a coloracéo nuda de amarelo-citrica para azul 2.7.3.2.1 — Observagoes Se o NaOH for exatamente 0,0125M. 0 nt de smb de NaOH gastos menos o branco (s6 com KCl 1M) € 0 n* de entole dm’? de Al troc no solo, O KCl deve ser de boa qualidade. livre de inpurezas que alterem seu pH (p. x carbonatos) Os valores obtides cam a utilizagéo do indicador de aul de bromotimel S80. em geral, mats batxos (= 0,3 cmole dm) que os obtidas com fenolftaleina devido & diferenga do ponto de viragem desses indicadores 2.7.8.2.2 ~ Caleulo Teor de A1% no soto: ‘Al®*(emolg dm-2) = (le NaOHam ~ LAOH) x MNaOH x 100 x 2 Expressar 0 resultado com 1 digito decimal (emol, dmv}, 2.7.3.3 ~ Determinages de Ca e Mg Adicionar 25 mL de agua dest a | a) Uullzar pipetas automaticas aliquota resrada no item 2.7.5.1f Retirar 5 ml. para copos des. b) Utilizar pipetas automaticas. Adicionar 5 mL da sol de Sr 0,3% em | c) Utilizar a mesma ser. HCL 0.2m. Determinar a abs do Ca no fotometro de absoreio, Retirar uma aliquota de 5 mL ¢ | e) Utilizar a mesma ser. descartar 0 excesso de liquide. Retornar ao copo des os 5 mL do extrato. Adicionar 10 mL de agua dest. g) Utilizar a mesma ser. Determinar a abs do Mg no fotémetro da absorgéo. 2.7.3.3.1 - Observagses a) Curvas padrao de Ca ¢ Mg: em copos des contendo 5 mL da sol em branea (solucde de KCI IM utilizada para extracdo das amostras, diluida 6 vezes) adicionar § mL de cada padrao (em Sr 0,3% ¢ HCI 0.2M). Estes padrées terao 0.0 - 1.5 - 3.0 - 6.0 - 12,0 € 18,0 mg L"! de Ca, respectivamente. Apos a diluigdo (3x) para determinacao de Mg. 0 teor deste sera de 0,0 - 0.15 - 0,3 - 0,6 - 1,2. 1,8 mg Ll, respectivamente. b)_Em servico colidiano, nao ha necessidade de repetir a curva compteta todos os, dias, desde que sejam usadas as mesmas sol e vidraria, Usar sO 0s pontos zero mais os I? © 3% padrdes ©) Aabs do padrao de 3 mg L*! de Ca, na curva padre mostrada abaixo, é de ~ 0,143. A sensibilidade do método (abs = 0,002) neste ponto da curva corresponde a 0,05 cmole dm’. @) Aabs do padrao de 0.3 mg L* de Mg. no exemplo de curva padrao do item 2.7.3,3.2b, € = 0,129. A sensibilidade do método (abs = 0,002) neste ponto da curva, corresponde a 0,027 cmole dm’ S¥YYrrryyrr ry rrr ry rr rr rr rT? 2.7.3.3.2 — Célculos a) Calcio a.) curva padrao de Ca’ 2 075 Sd SF ooanrx-opnis73e 2 060 |? =0,9992 4 = 045 tt 5 |e 2 030 Perkin Elmer 3110 “ d= 4227 1 615 r 0.001 r eo 4 68 2 6 Cana sol final (mg L") a.2) fator de concentragao calculado para o ponto 3 mg 1"! fe = 0.0213 mg 1: por mil abs a3) fator de diluigao: a.4} calculo de teor de Ca no solo: 3) _ leitura x fe x fa 200 Ca (emol, dm“ 33 a.5) 0 fotdmetto de absorsao pode ser nlilizado em letura direta, ajrstando-se © valor de 7.20 emole dar com 0 padiao de 6 mg Le? de Ca (apés a diut ‘cA0). Testar os ontros padrdes para verificar a curva padrao, Pede-se tam- bem calibrar o fotonictro de absoreao com todos 03 pontos da Curva, seo equipantento permite este ajuste a.6) expressar o resultado com 1 digito decimal (cmole dn) b) Magnesto b.1) curva padria do Mg: Perkin Elmer 3410 = 2852 ot | d0 03 06 o9 12 18 18 1g na sol final (mg L) Absorbarcia .2) fator de concentragao para o ponto 0,3 mg L"! na curva acima: fe = 0,00229 mg L'! por mil abs 10.3) fator de diluigao, = 52 28 b.4} caloulo de teor de Mg no solo: 2 leitura x fe x fd W215 Mg (emole dm b.5) 0 fotmetro de absorgao pode ser wUlizads em leitura direta, ajustando-se © valor de 3.56 cmol, dm? com o padrac de 0,6 mg L'! de Mg, Testar 0s outros padrées para verificar a curva padrao b,6] expressar o resultado com 1 digito decimal (cmol, dm}. 2.7.3.4 ~ Determinagao de Mn a) Adicionar 5 mL de HCI 01M ao a) Utilizar pipetas automaticas exirato do em 2.7.3.1g. b) Delerminar a abs de Mn no fotometro | b) Se necessario, diluir com HCl de absorgao 0,1M as amostras ¢ os padroes 34 CNV EKR DADO DD IDIHHKHFFIWDIIIAIIVG 2.7.3.4.1 ~ Observacoes a) Curva padrao de Mn: em copo des contendo 5 mL, da sol em branco (KCl uulilizado para extracao das amostras) adicionar 5 mL de cada padrao. Estas sol contém 0,0 - 0,25 - 0.5 - 1,0 2,0 ¢ 4.0 mg L"! de Mn®*, respectivamente. b) Caso haja necessidade de diluir as amostras, retirar 5 mL do extrato preparado cfo tem 2.7.3.4b e adicional 5 mL de HCL 0,1. Para preparar os padroes, misturar 2.5 mL de solugao extratora (KCI 1,0M), 2,5 mL de HCI O,1M € 5 mL. de cada padrao. ©) A abs do padrao de 1,0 mg L1 de Mn, para © exemplo de curva padrao mostrade abaixo, ¢ = 0.044. A sensibilidade do método (abs = 0,002) para © ponto 1,0 mg L"! corresponde a 1.8 mg dm’. 2.7.3.4.2 ~ Caleulos a) Curva padrao de Mn, Y= ooassx-0.00123% Ps 09009 06 0.2 0.08 Perkin Elmer 3110 n=2098 Absorbancia 2 3 0 1 2 3 4 ‘a na sol final (mg L") b) Pator de concentragao para o ponto 1,0 mg L’t no exemplo de curva acima: fe = 0,0227 mg L'! por mil abs c] Fator de diluigao: a) Calculo do teor de Mn no solo: Mn (mg dm’) = leitura x fe x fd ¢) Para leitura em mg dm, ajustar o valor de 40 no aparelho para o padréo de 1,0 mg Lt 9 Expressar os valores de Mn em n* inteiro (mg dmv), 35 2.8 ~ ZINCO EF COBRE NO SOLO Cobre, zinco, niquel ¢ cadmio apresentam varios aspectos semelhantes cm relagao as reagdes no solo. Ocarrem nos minerais primarios ¢ precipitam cont hidréxide, fosfato, carbonato ¢ silicate, sendo constituintes da fracao amorfa do solo. Podem formar complexos insoliveis com compostos orga nicos. Eslas formas nao sao disponiveis para as plantas. A parte disponivel destes metais € constiluida pelas fracées: solvel na solugdo do solo (na faixa de pg kg? em solos nao tratados com materiais contendo estes elementos). adsorvida por minerais da fracao ari xada com compostos organicos soliveis. © comple- A disponibilidade para as plantas diminui com 0 aumento do pH. Defi- clencias de cobre ¢ zinco sao frequentemente observadas em solos alcalinos. Solos acidos arenosos ou muito intemperizados (p-ex. na regio do cerrado, no Brasil Central) podem também apresentar deficiéncias A extracao de cobre zinco das formas disponiveis pode ser feita por solugées de sais, Acidos ou quelantes. Nesta iiltima categoria esta sendo bastante utilizada a extragdo com DTPA (ac dietileno-triamino-pentaacético} tamponado a pit 7,3 (LINDSAY & NORVELL, 1978]. que apresenta boa correla- 40 com a absorcao pelas plantas, sendo muito adequada a solos alcalinos. especialmente quando é considerado 0 efeito do pH. BATAGLIA & RAW (1994) também obtiveram boa correlacdo entre 0 zinco absorvido pelas plantas de milho € © extraido por DTPA. A extragao de Zn com solucdo de EDTA (ac etile- no-diamino-tetraacético} tamponado a pli 6.0 também apresentou boa correla- 80 com a absorgéo pelas plantas em solos acidos (LANTMANN & MEURER, 1982). A extragao com HCl 0,1M, proposta inicialmente por NELSON et al. (1959), também apresenta boas correlagdes com a absorcao pelas plantas (LANTMANN & MEURER, 1980 ¢ 1982; BATAGLIA & RALJ, 1994), com a vantagem de extrair quantidades matores, fecilitando a determinagae do cobre por espectrofotometria de absorcao (MISSIO, 1995). Os teores de cobre © zinco do solo extraidos por HCl 01M podem variar de fragdes de mg dro até valores muito altos, no caso de adigées de fertilizantes residues ou pesticidas (p.ex. pela aplicacao de calda bordaleza). Os teores mais comuns em solos de Sul do Brasil variam de 0,1 a 5 mg din’? de cobre e de 0.1 a 15 mg dmv de zinco. Na determinagao destes metais, a contaminacdo pela agua pode ser evitada observando-se 05 cuidados da observacao 2.8.4 2.8.1 — Material a) Frascos de erl de 100 mL. b) Pspectrofotémetro de absoreao. a6 al b) a) °) a) b) a @ a a) by ) a 2.8.2 - Solueses Solugdo extratora de HCE O.1M: me: 10 L com agua dest 83,3 mi. de HCI cone pa. e dissolver a Padrao de 1.000 mg 1:1 de Zn: pesar 1.000 g de Zn metalico ¢ dissolver com 20 ml. com HCI a $0%. Dituir a 1 L. Padsao de 1.000 mg 1"! de Cu: pesar 1,000 g de Cu metilico ¢ dissolver com 20 mL de HNOs a 50%. Diluir a1 Lom HCI O.1M Padrao misto de 100 mg L'! de Zn ¢ 400 mg 1 de Cu: pipetar 50 mL da solugao de 1.000 mg Ll de Zn © 200 mL da solucdo de 1.000 mg L de Cu. Diluir @ 00 mL com HCI 0,1M, utilizado como extrator do solo. Solugoes padrao de trabalho: pipetar 0 - 2,5 - 5 - 10- 15 ¢ 25 mL da solugao padrao mista de Zn © Ca (100 mg L*! de Zn ¢ 400 mg 1! de Cu) para baldes de 1 Le completar 0 volume com HCI Q,1M utilizado para a extragdo das amostras, Estes padrdes contém 0 - 0,25 -0,5 - 1,0- 1,5¢ 2,5 mg Lt de Zn €0,0 - 1,0- 2,0 - 4,0 - 6,0 ¢ 10,0 mg LI de Cu, respectivamente. 2.8.3 - Procedimento Medir 10 mL de solo, a) Usar frasco de erl de 100 mb. Adicionar 40 mL de HCI 0,1M. | >) Com pipeta aut Agitar 1/2 hora ©) A 120 ose por min. Deixar decantar por uma noite | @) 15a 18 horas. Retirar 10 mL do sobrenadante. @) Usar ser. Determinar a abs de Cu e Zn no folémetro de absoreao. 2.8.4 - Observagées Curvas padrac: determinar a abs dos padrées de trabalho no fotometro de absorgao Para a leitura direta (em concentragaa), 0 padrao com 1,0 mg Lt de Zn e 4,0 mg L de Cu representa um teor de 4,0 mg dm de Zn € 16,0 mg dm de Cu no solo, respectivamente Aabs do padrao de } mg L"! de Zn, na curva padrao mostrada a seguir, & = 0,122. A sensibilidade de método (abs = 0.002) para este ponto, € de 0,016 mg L"! na solucdo de leitura ou 0,064 mg dm no solo. A abs do padrao de 4 mg L'! de Cu, na curva padrao mostrada a seguir, € = 0.140. A sensibilidade do método (abs = 0,002) para este ponto € de 0,057 mg L*! na solugao de leitura, ou 0,23 mg dm no soto. 37 e) Novas solugées padrao de trabalho ¢ padraa a quando a solugao extralora ¢ renovada. contaminacao por agua dest ou pelo Acido. sto devemt ser preparadas para compensar uma possivel 2.8.5 ~ Calculos a) Zinco a.1) curva padyaa: 0.30 — Y= 0,779x- 000670x" sess Perkin Eimer 3110 YO 22139 ta 09 05 10 15 20 25 30 Zn sob final (ea L"') a2) fator de concentragao para 0 ponto 1,0 mg Lt fe = 0,00820 mg L por mil abs a.3) fator de dihsigao: 40 74 fa 2.4} teor de zinco no solo: Zn (mg div) = leitura x fe x ft a.5) expres: cx 0 resultado com wm digito decimal (em mg dm“) b) Cobre b.1) curva padrao: bap a0 028 osorbncie Peskin Fler 3110 | 00 A =3248 0 02 4 & & MO 8 Cu na sol final (ng Lt) 28 ° 3 @ ~@ °’ ~ 2 ° o @ wo we v » we » ~s o cd ” ” Co » e e CY o = = ¥ ® h.2) fator de concentracio para © ponto 4 mg L*! na curva anterior fe = 0,02 ng por mail abs b.4) fator de dilurgso 49 fa- = -4 10 bA} teor de cobre no solo: Cu (mg div} = leitura x Te x 8 a.5) expressar o resultado com um digito decimal (em mg dav). 39 2,9 ~ FERRO (AMORFO) NO SOLO © Fe é um dos principais constituintes de muitos solos, podendo estar pre- sente em formas altamente insoliiveis (p.ex. em solos alealinos) provocando defi- ciéncia para as plantas ou em forma solivel (Fe%), As vezes em concentraces toxicas (em condigdes de redugao); solos acidos muito arenoses podem também apresenlar deficiencia de Fe. © Fe “disponivel” para as plantas € 9 Fe2*, Sua determinagio entretanto é dificultada devido 4 oxidacao a Fe™ que ocorre na preparagio da amostra para andllise. A disponibitidade para as plantas depende principalmente das condigoes de oxi-redugao ¢ pH do solo. Alguns laboratéries avaliam 0 Fe “disponivel” com 0 agente complexante DTPA (ac dietileno-triamino-pentaacéticol. Esta extracao ¢ entretanto uma processo de néo-equilibrio (OLSON & ELLIS, 1982), devendo as condigées de andlise ser rigorosament# estabelecidas, mantidas ¢ calibradas (em casa de vegetagao inicialmente) A extragae de Fe amorifo (freqientemente na fora de 6xidos que ecorrem livremente, em cobertura ou cimentante entre particulas de solo) além de avaliar alguns processes de formacao de solo (p.ex. podzolizagao ¢ laterizagao) indica a quantidade de Fe recém-precipitado, que potenicialmente pode Ser solubilizado (na forma de Fe?*) em condigdes favoraveis de pH € oxi-redugao. O método a seguir descrito foi proposto por SCHWERTMANN (1964) 2.9.1 ~ Material a) Frascos “snap- cap” de 50 mL, 2.9.2 ~ Solugdes a) Solugao extratora (oxalato de aménio 0,2M, pH 3,0): pesar 28,4 g de oxalato de aménio ((NH4)2C204.1120) ¢ dissolver para 1 L com agua dest. Ajustar 0 pH para 3,0 com ac oxailico (18 gL) b) Solugao padrao de 650 mg L*! de Fe: pesar 0,650 g de Fe metélico ¢ dissolver em 25 mL de HNOs 1:1 (na capela). Completar o volume a I L com agua dest. €) Solugdes padrao de trabalho: pipetar 0,0 - 2.0 - 4.0 - 8.0 - 16.0 € 32,0 mL da sol de 650 mg L"! de Fe e dilttir a 100 mL corn sol extratora, Estas solugées contém 0,0 - 13,0 - 26.0 - 52,0 - 104,0 € 208,0 mg L'! de Fe 2.9.3 - Procedimentos a) Medir 1,5 mL de solo ¢ colocar em frascos “snap-cap” de 50 mL. b) Adicionar 30 mL de sol extratora, b) Utilizar ser calib ou repipe- tador. Tampar os tubos, 40 a) ») a) b) a a 3) Cobrir os frascos cam papel eseuro. ©) Individualmente ow em con- junto (em catxa de papelao) Agitar 2 bovas. Deixar decantar por 10a 15 min. Retirar imediatamente 1 mL do sobrena- | f) Pode-se usar ser calib € dante copos descartaveis, Adicionar 25 ml. de agua dest. 8) Usar ser ou repipelador Deterniinar a abs em fotémetro de absercio. 2.9.4 - Observacées Para a curva padrao, pipelar | mL de cada solugao padrao de trabalho (com a mesma seringa utilizada nas amostras). Seguir 0 procedimento a partir do item. 2.9.3g. Apis a diluigdo final os padrdes terao 0.0 - 0,5 - 1,0 - 2.0 - 40 € 8,0 mgL de Fe A sensibilidade do método (abs = 0,002) ¢ de 0,01% tm v"ll de Fe no solo, 2.9.8 - Calculos Curva padrao: 098 F Y= 003227% -Gamneaax? 0.20 08 Perkin Elmer 3110 A= 2883 00 Absorbinda 0.95 «00 at o 12345 67 8 oO Fe na sot final (ng Lt) Fator de concentracao para o ponto 2 mg L? no exemplo de curva acima: fe = 0.0323 mg L por mil abs Fator de dituigao: 30, 26 ta ~ 22 28 59, On yg * 7820 Teor de ferro: leitura x fe » fd wre(e) = Mare x te xT ee) (0.000 Expressar 0 resultado com 2 digitos decimais (em % mv"). 4 2.10 - BORO NO SOLO © boro corre na forma de borate nos minerais silicatados. Nos salos, as formas “disponiveis” para as plantas so principalmente o Anion borato € 0 ac horico, Solos acids bem iylemperizados apresentam valores nuuito baixos de boro, enquanto solos salinos podem conter (cores Léxicos, A extragao de B “disponivel” com aigua quente € muito ublzada, determi nando-se 0 B extraido por colorimetria com curcumina JOHNSON & ULRICH. 1969). A padronizacao do pracedimento analitico € fundamentst nesta andlise. A melodologia descrita a sey{siir foi proposta por JOHN (1973), ulllizando um bloco digestor para controle da temperatura de extacao (140°C), com alguns cuidados sugeridos no trabalho de GUSERRES (1986) 2.10.1 — Material a) Bloco digestor com controle cletrénico de temperatura b) Tubos de 25 x 250 mm. ©) Banho-maria ou estufa com temperatura controlada (55 + 3°C) 4) Funis de vidro (para condensacao de 30 mm de @ na parte mais larga, com 45 mm de comprimento ¢ § mm de @ externo na base). e} Centrifuga (2.000 rpm). 2.10.2 ~ Solucoes a) Etanol 96% (produto técnico, de boa qualidade’. b) Curcumina: pesar 0,04 g de curcumina ¢ 5,0 g de ac oxalico ¢ dissolver a 100 mL com etanol 96%. Manter em refrigerador € preparar solucao nova a cada 15 dias. ¢) Padrao de 50 mg L*! de B: dissolver 0,286 g de HaBOs (seco a 105°C por 2 horas) a1 L com Agua dest. ) Padroes de trabalho: diluir 0 - 0,5 - 1,0 - 1,5 ¢ 2,0 mL da sol padrao de 50 mg L'! de Ba 100 mL em baldes vol. Estes padrées terdo 0.0 - 0.25 - 0.50 0,75 € 1,0 mg 17? de B, respectivamente. 42 ° ° ~ * * @ ° 2 . ° . = 2 = » . ° ” « a ™ = = a = = = * a) ») a a) e Sy i d 4) » a) b) a a) 2.10.3 ~ Procedimento Medir 5.0 ml do solo em tubes de | a) Usar mec cali ensaio de 25 x 250 me Adicionar 12,6 mt de agua dest. 'b) Usar ser calib Agitar manualmente alguns segundos. Colocar no bloco digestor a 140°C. 4) © bloco ja deve estar a esta temperatirs Cobrir os \ubos com um funil de video | @) Para reduzir @ evaporagao da lef especificagdo no lem 2.10.14) ¢ Agua manter no bloco cxatamente 9 min Retirar 0s tubos ¢ esfriar rapidamente. | f) Usar uma cuba com agua fria Retirar os funis apés esfriar Agitar manualmente € transferir para | g) Balancear 05 lubos, retirando tubos de centrifuga de 25 ou 8 ral. extralo do que estiver mais pesado Centrifugar a 2.000 rpm por 15 min. Retirar 0,5 mL do sobrenadante para | i) Usar ser calib. © copo plastico copo plastico des ndo deve ter ranhuras verticals Adicionar 2 mL de curcumina e secar | j) © controle € a uniformidade da a SBC =8°C. temperatura sao fatores criti- cos, devendo ser muito bem controlados. Adicionar 10 mL de etanol 96% ¢ | k) Usar ser calib. Manter 0s copos agitat manualmente para dissolver 0 eobertos com uma folha de precipitado. polietileno Determinar a abs em $40 nm. W) Ente 5 min © 2 horas (obs 2.10.4e), 2.10.4 ~ Observacées Para @ curva padrao, retirar 0,5 mL de cada sol padréo de trabalho (com a mesma ser utilizada para as amostras) ¢ conduzir cf 0 procedimento a partir do item 2.10.3}. Apés a adicao de 10 mL de etanol. estes padrdes teréo 0,00 - 0.0125 - 0,025 - 0,0375 ¢ 0,05 mg I! de B, respectivamente, A curva de calibracdo apresenta uma parte rela até = 0,0375 mg L"! (abs = 0,48) equivalente a 1.9 mg dm’ de B no solo. A sensibilidade do método {para abs = 0,002) € de 0,00016 mg L*? na sol ow 0,008 mg dm” no soto Se a. amostra apresentar teor de boro maior que o determinado na pavte reta da curva de calibracao, dilutr 0 extrato convenientemente com agua dest. 43 ¢ a) b) a a 2) Antes da letura da abs. deixar os extralos em repouso alguns minutos ¢ decantar parte do sobrenadante com owidado para o frasea de leitura, evitando assim (ransferir qualquer precipitado que as vezes se forma. 2.10.5 ~ Caleulos Curva padrao de B: 08> y= ator -72288x? 8 9995 BoA 3 A Specranic 20 2 op i= 15mm 540nm BQ O01 00293904905 Ba sol final (mg L*) Fator de concentragao para 0 ponto 0,025 mg L’! no exemplo de curva acina: fe = 0,000077 mg 1° por mil abs Fator de diluicao: 30 Os Teor de boro no solo: B (mg dm) leitura x fe x fd Expressar 05 resultados com um digito decimal (em mg dm), 44 , 2.11 - BNXOFRE NO SOLO Em solos bem drenados, o § “disponivel” esta na forma de sulfato, adsorvido as argilas © Gxidas ow ligncta & MO. Denire as soluches extratoras utilizadas na delerminacao de § “disponivel” do solo, 0 fosfato de Ca (500 mg L? de P) apresenta as vantagens de fornecer extratos de ficil decantagao € om boa correlacdo com: a absorgao pelas plantas (FOX el al., 1964). Os teores extraidos de solos dcidos do Sul do Brasil por esta solugao variam em geral de zero a 20 mg dm’? de SO? A determinacao de SO,2 na solugae € camumente feita por turbidimetria Influenciam nessa determinacao a acidez da solugdo, temperatura, outros ions: presentes, maléria organica soltivel, etc. Por este motive deve-se conduzir uma curva padrao para cada batelada de amostras. No método descrita a seguir, a extracao € feita com fosfato de Ca, deixando- seo solo decantar para retirar uma aliquota da solugao sobrenadante limpa. Como nesta estdo presentes compostos organo-minerais soltiveis, adotou-se a seguir um tratamento com HINOs-HCIO, (BEATON et al., 1968), determinando-se 0 SO,? apés precipitacao com solucao de gelatina-BaCl (TABATABAl & BREMNER, 1970) 2.11.1 ~ Material a) Bloco digestur com temperatura regulivel até 200°C, para tubos com 25 mm de diametro. b) Tubos de ensaio de 25 mm de dimetro com 85 mm de comprimento, para secagem. ¢) Colorimetro com possibilidade de leitura em 440 nm. 2.11.2 — Solucbes a) Solugao extratora (500 mg L? de P):Pesar 2,02 g de CaltzPOsl.H20 © dissolver a 1 L com Agua destilada. Pode-se também, alternativamente, dissolver 2.16 mL de HPO. cone (d = 1,71; 85%) em 90 mL de agua dest Adicionar 0,71 g de CalOH)2 e dissolver. Completar 0 volume a 1900 mL. Ajusiar © pH a 3,0 com HCI ou Ca(OHJ2 0,1M. Diluir a 2 L. b) HINO3-HCIO4 3:1: misturar 30 mL de HNOs cone com 10 mL de HCIOs cone. ¢] BaClz-gelatina: dissolver 0.6 g de gelatina {pode-se usar produto contercial incoivr) em 200 mL de agua dest aquecida a 60-70°C, Colocat em geladeira &4°C) por 16-18 horas. Trazer 4 temperatura ambiente (20-25°C), e adicionar 2,0 g de BaClo. Dissoiver. Esta solucdo deve ser guardada em geladeira & temperatura entre 4-8°C (sc mantém estavel por ~ 10 dias). Antes de usar, trazer a temperatura ambiente e agitar 45 y a a a a hy 0 d K) v m) a} b) padrao de 500 my 1? de S: dissalver 2.717 g de KeSOu (seco a 105°C por 2 horas) @ LL com agua dest Padre de 50 mg Le! de S: diluir 100 m1. de sot de S00 mg L“! a 1 L com agua dlest. 2.11.3 ~ Procedimento Medir 10 ml. de solo seco. a] Colocar em frasco de vidro | “snap-cap" de 80 mL com tampa, Adicionar 50 mL de solucao extratora Agitar 1/2 hora. }_ Em agilador horizontal Decantar até o dia seguinte. @) Retirar as (ampas. Pipelar 20 mL do sobrenadante para | ¢) Pode-se usar ser calib (bos de secagem. Evaporar a 120-130°C ate secar. f) Por 2,53 horas. Deixar esfriar e adicionar 1 mi. de | g) Usar ser calib. HNOs-HCIOa 3:1 | Aquecer a 150-160°C por 10 min com | ) Os extralos comecam a clarear. 08 tubos tampados com funis pequencs. Retirar com cuidado os funts, i) Bvitar derramar 0 Acido condensado na haste do furii. Manter a 150-160°C por mais 10 min, | j) Nao deve secar. A temperatura nao deve ullrapassar 170°C. Retirar do bloco, esfriar ¢ adicionar | k) Usar ser calib. 10 mL de H20 dest. Adicionar 1 mL de gelatina-BaCl e | 1) Usar ser cal. agitar. Apés 30 min, agitar e determinar a absorbancia em 440 nm. 2.11.4 - Observagées Para preparar a curva padrao: a.1) pipetar 20 mL da sohugdo extratora (com a mesnta ser) para tubos de se- cagem: a.2) adicionar 0,0 - 0.5 - 1,0 - 2,0 - 3,0 € 4.0 mL da solugao padrao de 50 mg L aes; 2.3) conduzir juntamente com as amostras a partir do item 2.11.38 Apos a diluigao a 10 mL estes padroes contém 0,0 - 2,5 - 5,0 - 10,0 - 15.0 € 20,0 mg L! de S, respectivamente (nao considerando a diluigao por BaCla-gelatina, que € igual tanto para amostras como para os padrées); Para evilar contaminagées, a vidraria deve ser lavada com HCI 1M antes do uso. 46 €) Com 0 tempo, 1m pre (ado de BaCl adere fortemente aos hubos de secagen podendo ser removide facilmente com um banho rapido (3-4 segundos} com AF conc. 4) A sensibifidade para 0 ponto 2.5 nig L'! na solugio uo exemplo da curva abaixo € de = 0,053 mg L*! na solugdo ou 0,13 mg dm* no solo {para uma leitura de 0,002 de abs) 2.11.5 ~ Célculos a) Curva padrao: y= 0,0388x 9.000517" 9993 MR Spectronic 20 be 18mm = 400m Absorbéncia| o 2 4 6 8 1 802 nasoktinal (mg L") b) Fator de concentragde para o ponto 2.5 mg L"? na curva acima: fe = 0,0265 mg L por mil abs ¢) Fator de diluigao: (sem considerar a diluigao com BaClz-gelatina) 4) Teor de $ no soto: 8-SO,® (mg div) = leitura x fe x fd ©) Expressar os resultados com um digito decimal para valores abaixo de 20 mg dm®, acima deste valor expressar em algarismo inteiro. ar 2.12 - CLORO NO SOLO © cloro é encontrado no solo principalmente na forma de cloreto. Este ion é muito mével, sendo utilizado como indicador da qualidade de aguas de trrigacao, lixiviagao de sais, contaminagao ambiental. etc © cloreto ¢ adicionado aos solos por fertilizantes minerais ou organicos. agua da chuva, pocira, etc. Extratos de solo contém desde alguns mg L'! (em solos acidos, de regides com alta precipitagao) alé centenas de mg L/? (em solos afetados: por sais) A extragao do clorelo pode ser feta por agua. O extrato entretanto deve ser limpo, pois compostos orginicos soliveis interferem tanto na determinacao colo. rimétrica como na (iuilacao potenciométrica de cloreto. Estes compostos podem ser separados por decantac4o apés acidificagao do extrato com HNOs, ou por filtro Millipore (0,45 xm) A determinagao de cloreto pode ser feita de varias maneiras. Em autoanali- zadores so ulilizados métodos colorimétricos: os métodos eletrométricos S40 entretanto mais comuns. A tilulagao potenciométrica (com AgNOs) € bastante simples € muito utilizada, necessitando de medidor de pH ¢ eletrodo de Ag/AgCl A Utulagao com AgNOs pode ser feita também utilizando eletrodos especificos (estad6 sdlido ou de membrana liquidal. A quantificagao direta de cloretos nos extratos de solo ¢ plantas por eletrodos especificos € muito sujeita a erros por fons ou compostos que interferem nesta determinacéo (LaCROIX et al., 1970) A determinagao colorimétrica de Cl’ por tiocianato de Hg ¢ baseada no deslocamento do ion tiocianato por Cl, na presenca de Fe**, formando-se um. complexo colorido de tiocianato ferrico: 2 Cl + Hg(SCN)g + 2 Fe8* ——+ HgCle + 2 Fe(SCN)* Esse método foi descrito por BERGMANN & SANIK (1957). © procedimento descrito a seguir é 0 apresentado por ADRIANO & DONER (1982). 0 método é bastante sensivel (zero a 5 mg L*!) e a coloragao estavel. Nitrito, sulfeto, cianeto, bromo ¢ iodo podem interferir quando em quantidades altas. 2.12.1 — Material a) Espectrofotometro (4 = 460 nm). 2.12.2 ~ Solugdes a) Sol saturada de tiocianato de Hg = 0,075%: adicionar 0,75 g de Hg(SCN}2 a 1b de agua dest ¢ agitar (com agitador magnético) por 16 horas. Detxar decantar € utilizar 0 sobrenadante limpo para as andlises. 48 ») a a) e) a) b) °) @ Q a v) od Nitvato férrico (IM) nonahidratado: dissolver 20.2 g de Fe(NO}3.9H20 em 500 mL de agua dest e adicionar HNO3 cone até que a sol fique quase incolor Completar a 1 L com agua dest (0 HNOg deve estar um pouco em excesso para evitar que 4 sol escurega com o tempo) Padrao primario de NaCl com 640 mg L*) de Cl’: pesar 1,055 g de NaCl (seco a 108°C per 1 hora) e dissolver a 1 L com agua dest. Padrao secundario de 32 mg Ll de CI: diluir 50 mL do padrao primacio a 1 1, com agua dest Padrdes de trabalho: diluir 0,0 - 5.0 - 10.0 - 15.0 - 20,0 e 30.0 mL do padrao undario a 100 mL com agua dest. Estes padrdes terao 0,0 - 1,6 -3.2- 4.8 - 6,4 2.6 mg L de Cr, respectivamente 2.12.3 - Procedimento Medit § mL de solo para frasco “snap- | a) Usar medida calib. cap" de 90 mL. Adicionar 25 mL de agua dest. ‘Agitar 30 min. Deixar decantar até 0 extrato ficar limpo | d) Manter 08 frascos fechados (ou fittrar com Millipore). em ambiente isento de vapo- res de HCl Pipetar 5 mL do extrato para copo des. ©) A turvagaa do extrato desaparece muito ientamente (48 horas) (ver obs 2.12.4d). Adicionar 1,5 mL da sol de nitrato férrico | f) Usar ser. © 1,5 mL de tioctanato de Hig. Agitar. Determinar a abs em 460 nm. g) Ap6s LO min. 2.12.4 — Observagées Fazer a curva padrao pipetando 5 mL de cada padr3o de trabalho e seguir 0 mesmo procedimento das amostras a partir do item 2.12.3f. A concentracao final destes padrées sera de 0,0 - 1.0 - 2,0 - 3,0 - 4,0 € 6,0 mg L? de Cr, respectivamente. A sensibilidade do método (abs = 0,002) é de 0,21 mg dm’ de Cr no solo, podendo ser determinados sem diltsigao até 21 mg din’ de Cr- A agua dest nao deve ser contaminada com CI’, embora pequenas quantidades deste ion nao interferem na determinacdo sendo canceladas pela prova em branco se 0s padrées e os extratos das amostras forem preparados com agua dest do mesmo reservatorio. 49 ) Extratos de dificil decantacao podem ser diluidos {1 mL de extrato: 4 mL de Agua) para reduzir a interferéncia da colaragao, ou filtrados com Millipore) 2.12.5 ~ Caleulos a) Curva padrao de Cl 040 .08129% -0004486H? e030} Fx 09993 3 3" MR Spectonic 20 * 4= 15mm or) 2 =A60nm 00 o 1 23 4 5 6 7 CI na sol final (mgt) b) Concentracao na sol de leilura (cs) obtida pela curva padrao. <} Fator de diluigao: 4) Teor de cloreto: Cr (mg dm’) = leitura x cs x fd ¢) Expressar 0 resultado em niimero inteiro (mg dm) 50 A Soff fa A aa 2.18 ~ CAPACIDADE DE TROCA DE CATIONS DO SOLO Os constituintes minerais ¢ organicos da fragao coloidal do solo possuem cargas de superficie, as quais so neutralizadas por fons. Dependende do tipo de material ¢ do pH do solo, as cargas das partieulas podem ser positivas on nega livas. Nos solos agricolas predominam as cargas superticiais negativas. neutrali zadas por cations. Na neutralizagao de cargas eletrostaticas. os ions sio intercambiaveis (ow troc:iveis) por outros da solucao, por processes fisico-quimicos que dependem da concentracdo relativa dos ions, carga elétrica, raio fonico hidratado, et A capacidade de trora de cations (CPC) de um solo é uma caracleristica importante para a delerminagio de suas propriedades quimicas e fertilidade potencial; a CTC indica a reserva de nutrientes para as plantas, a possibilidade de redugdo das perdas de cations por lixiviagdo, a inativagde de compostos Loxicos, etc. A CTC dos solos agricolas pode variar desde valoves préximos a zero (em solos arenosos) até 20-30 cmol, dm? (em solos férteis) Como o solo € constituido por um sistema fisico-quimico heterogsneo. a determinagdo exata da capacidade de troca € praticamente impossivel, pois os resultados obtidos sao influenciados por diversos parametros do método de deter- minagao como natureza ¢ concentracao do fon trocante, pH da solucdo, tempera- tura, ete Em geral 2 classes de métodes sao ulilizadas na determinagao da CTC do solo: a} solugdes nao tamponadas. ¢ b) solugdes tamponadas a pH pré-determinado. A- CTC determinada por solugées nao tamponadas Nestes métodos sao utilizados sais neutros para a extragae dos cations. O pH em que ocorre a extracao € determinado pela concentracao do sal. Como a CTC varia com 0 pH do solo, seria desejavel avaliar a CTC com uma solugao de concentragao proxima a da solugao do solo. Uma valor aproximado (com erro em geral inferior a 5%) da CTC do solo pode ser obtido pela soma dos teores de Ca®*, Mg?*, AlS* e Mn trocavets extraidos por KCl 1M (método 2.7), Kt © Na* “disponiveis” extraidos por scl P-A (método 2.4), Em solos altamente intemperizados, 0 teor de Na* é muito baixo (solos com acu- mulacdo de sais devem ser lavados previamente). © Mn” trocavel também € baixo na maioria dos casos. A CTC do solo determinada dessa forma é descrita no item 213.1. B - CTC determinada por solugées tamponadas Pela utilizacdo de extratores tamponados obtém-se a CTC do solo ao pH do extrato tamponado. Os valores obtides so também influeniciados por fatores como natureza ¢ concentragao do ion de saturacdo, temperatura, ete. 54 © tamponamento a pH 7 & amplamente ntiivade na avaliagta da CYC, Em solos sexlos. os valores obtidos nesta delerminagag sdo superiores avs abtides a pH natural do solo. Esta dilerenca expressa a capacidade de twoca pH-dependente do solo. A uiilizagio de acetaw de amonio IM a ptt 7 conto extrator, determinando-se H+Al por fitulagao ¢ Ca+Mg por fotometria de absoreao € nuuito difundida no Brasil (BI-MA-EMBRAPA-SNLCS, 1979). Na inctodologia utilizada pelo IAC (RAI et al 1987) a CTC & calebids pois soma dos teores de Ca, Mg ¢ K extraidos com resina 0 TsALdeterminada pelo indice SMP. A corvelagao wbtida entre o (cor de H+Al assim determmmado € 0 obtido por extracho com Ca-acetalo IM a plt 7 € alta (2 = 0.96) © mélodo deserito no item 2.13.2 utiliza para o cileulo da CTC a pH 7 os lores de Ca, MX ¢ Mn extvaidos por KCL IM (método 2.7). Ke Na extraides por P-A finétodo 2.4) ¢ © HL4Al obtida por regressao com o indice SMP (mélodo 2.3). A relacda entre o H+AL extraicly por Ca-acetato 1M pH 7 (¥, em enrol, dims) ¢ 0 indice SMP [X} para 250 amostras de solo dos estados do RS © SC é: log (H1FAl] = 2,904 - 0.392 SMP (2 = 0,90) (BISSANI & ESCOSTEGUI, 1995] 2.13.1 — Determinagao da CTC a pH do solo pela soma de cations 2.13.1.1 ~ Observagaes a) Se os leores de K, Na ¢ Mn forem menores que 0,1 emole dm‘? podem ser desconsiderados no caleulo da CTC. 2.13.1.2 ~ Célculos a) Ca (rocavel: obtide no Lem 2.7.3.3.2a.4, em cmole dm 1b) Mg trocdvel: oblido no item 2.7.3.3.2b.4, em cmole dm, ¢) Al trocavel: obtido no item 2.7.3.2.2a, em cmole dm’?, @) K trocavel: obtide no ilem 2.4.5b.4, dividindo-se 0 teor em mg day por 391 para obter 0 valor em mole dm ©) Na Lrocavel: obtido no ilers 2.4.5¢, dividindo-se 0 teor em mg dm’ por 230 para obter 0 valor em: emole dm 4] Mn trocavel; obtido no item 2.7.3.4.2d, dividindo-se o teor em mg dm? por 275 para obter o valor em cmole den’? g) Valor da cre CTC (emole dm") = Ca + Mg + Al+K +Na + Mn (teores de Ca, Mg. ... expressos em cmole dm" hh) Expressar o resultado com um digsto decimal 82 J al a) ») ) @ ) a a A) d Assaluracao de bases (indice V) é obtida por Ca+Mg+K +Na cic V Oi) = »100 — (Teores expressos emi cmole din“) [A.% de saturacao no complexo de troca de cada componente (X) é calculada por: X (%) = x x 100 2.13.2 - Determinacao da CIC a pH 7 pela soma de cations 2.13.2.1 ~ Observacoes Se os teores de K, Na € Mn forem menores que 0.1 mole dn podem ser desconsiderados no catculo da CTC. 2.13.22 ~ Calculos Ca trocavel: obtida no item 2.7.3.3.2a.4, em emoledm™. Mg trocavel: obtide no item 2.7.3.3.2b.4, em emole dmv H+Al, calculado pela equacdo: log Y= 2,904 - 0,392X (VY = H + Alem cmole dm; X= indice SMP ebtide pelo metodo 2.3) K trocavel: obtido no item 2.4.5b.4, dividindo-se 0 leur em mg dm? por 391 para obter o valor em cmole dm? Na trocavel obtido no item 2.4.5¢, dividindo-se 0 teor em mg dm“ por 230 para obter 0 valor em cmole dim’ Mn trocavel: obtido no item 2.7.3.4d, dividindo-se 0 teor em mg dm? por 275 para obter 0 valor em emole dn. Valor da CTC: CTC (emole dm) = Ca + Mg + (H+Al) + K+ Na + Mn (teores de Ca, Mg, ... expressos em cmole dm’) Expressar 0 resultado com um digito decimal Os valores de V ¢ a saturacao de bases no complexo de troca podem ser calculados ef os ilens 2.13.1.21 ¢ 2.1.1.2}, respectivamente © teor de H* pode ser calculado subtraindo-se o valor do Al trocavel (item 2.7.3.2.2a) do valor de H+Al (item 2.13.2.2c) 53 2.14 - NITROGENIO TOTAL NO SOLO. © nitrogénio € encontrado na natureza como gas (Nz) muito pouce reativo fenergia de dissociacao de 225.8 Keal mol") ou combinado com outros elementos, principalmente oxigénio, hidrogénio © carbono em ligagdes covalentes. Os ions NH,*, NOs", NO" podem ser factimente determinades por destilacao ou colorime- tria, ©8 gases nitrogenados mais reativos como NO ¢ NO, sie também de facil delerminacdo, 0 qué nao ocorre entretanto com NoO © Nz. Os métodos de avaliagao do N total mais ulilizados soo métoda de Kjeldahl (oxidagao umida] € 0 método de Dumas (oxidagdo seca ou combustao) Devido a facilidade de execugao. utilizagao de equipamento simples € baixo custo das analises. o método de Kjeldahl é usado preferencialmente. Sstéo dispo- niveis também aparelhos semi-automatizades de combustao Seca que apresentam entretanto as desvantagens de alto custo e dependéncia de reatives da fabrica © procedimento comentado a seguir € baseado no método descrito por J. KSELDAHL em 1883. com pequenas modificages para aumentar a sensibili- dade ¢ exatidao de metodo, além do uso de equipamento mais adequado. Uma discussao detalhada de cada fase desse procedimento € dada por BREMNER (1965) € BREMNER & MULVANEY (1982). No método de Kjeldahl, o N da amostra é reduzide @ NH,* pela digestéo com HaS04 concentrado. Para as proteinas por exemplo, a reagao é: \ ~ C~ NH + HpS0, ——+ NHq' + S04? + CO21 + SOyT i Para aumentar a rapidez € a eficiéncia da conversdo da N organico em N-NH,* pela digestdo com HySO, adicionam-se: a) sais. como KySO4 0 NagSO,. para aumentar a temperatura da digestao ¢. b) catalizadores para facilitar a oxi- dacao da matéria organica, como Se, Hg ou Cu Neste método, a digestio com HySOq nao € completa para o N organico de compostos heterociclicos refratarios (p.ex. piridinas), ¢ de certos compostos con- tendo ligacdes N-N ¢ N-O (p.ex. NaH, NO3). Com excecdo de NO3 todavia, estes compostes nao sao encontrados em quantidades suficientes para alterar os resul- tados, € os procedimentos a seguir descritos fornecem resultados suficientemente exatos para as andlises de N total no solo ¢ em plantas. Em solos, 0 teor de NOs" é geralmente insignificante em relacao a0 N total. © tecido vegetal todavia em alguns casos pode conter alta percentagem de NOs". Deve-se, neste caso, usar 9 metodo modificado, para Inclusdo do NOs' (descrito no stem 2.14.3.3) Devido a maior eficiéncia, foi adotado o método de digestao em tubos de ensaio (25 x 250 mm) com bloco digestor (350-375°C), mantendo-se a mistura de digestao (com NazSO,) ¢ catalizador nas proporgées recomendadas por BREMNER & MULVANEY (1982). Para as amostras com alto teor de nitrato (acima de 10% do valor de N total) € recomendado o método modificado com redugao prévia de nitrato por permanganato ¢ Fe reduzido (BREMNER & SHAW, 1958) Para a destite 0 do N deve-se alealinizar a sohucdo: My! OW NI FIO Na deslilacdo, 0 vapor de agua favorece (por arraste & ayitagao) a volat 0 da am@nia. No condensadar a reacao anterior procede da direita para a esquerda, recolhenda-se entan @ condensado cm solurie de Acide bérico-indicador. liza HaBOy + OH" H2BOx + HO A itulacao € (eita com HySQ, diluido: H+ HBOY + H3BOs 0 indicador misto de verde de bromocresol e vermetho de metila em ac borico possibilita a facil observagao da mudanga de cor na (itulagaéo, que ocorre em. intervalo menor do que uma unidade de pH (de 4.8 a 5.6) A adaptagao de uma agulha hipodénmica fina (cortada em Angulo reto pata obter gotas pequenas, de 0.01 mL) A microbureta de 5 ml usada na titulaao com H2S0, 0,025M possibitita uma, sensibilidade de 7 ug de N (erro de 0,12% numa amostra de 0,200 g de um material com 2% de Nj Devide a pequena quantidade de solo utilizada na andlise, 0 erro de amos tragem deve ser controlado por: al moagem da amostra até passar em peneira de 50 mpp (0,30 mm); b} homogeneizacao da amostra moida 2.14.1 ~ Material a) Bloco digestor com 40 provas para (bos de ensaio de 25 x 250 mm em Pyrex, com controle eletronico de temperatura [até 400°C) b) Manta elétrica pata producdo de vapor, com frasco de fundo redondo de 5 Iitros. B aconselhade 9 uso de um reostato para controle da producao de vapor. Pode ser também utilizado um bakéo de pisex de 2 L, com resistencia elétrica no interior e controle eletronico de intensidade de calor. ©) Agitador magnético para a titulacao. 0} Destitador a vapor semi-micro-Kjeldahl, proposto por BREMNER & EDWARDS (1965), modificado (Fig. \} por TEDESCO & GIANELLO (1979) com frascos de digestao-destilacdo de 100 ml. (com Jungao de vidro esmerilado 19/38) - (TECNOGLASS - P. Alegre) 6) Microbureta de 5 mL com carregamento automatico (graduagao de 0,01 mL) 2.14.2 - Solugées a] _Ha804 concentrado {d = 1.84), 56 db} NaOH 10M: pesar 400 f de NaOH € dissolver em BOO mL. de Agua dest em copo de beoker. Apos esfriar, tvansferit para um halao vol e compictar o volume 3 1.000 nn, 6) Mistura de digestsio: moer eu alnotariz separadantente 100 g de NazSO«, 10 g de CuSO4.51120 € | g de selénio (metalica). Misturar bem, ¢ moer novamente a mistura (0 Se em geral ja 6 adquirido em pd) a) Solugao de indieador-ac béricor dissolver 40 g de ac borico (9 produto comercial pode ser usado se nao for feita a determinacao tsotépica de EN) em ~ 1.400 mi. de agua quente. Apos esftiar, transferir para um balao vol de 2 L contendo 400 niL de etanol 95% [produto lécnico) © 40 mL de unta solugao obtida pela dissolucdo de 0,660 g de verde de bromocresol ¢ 0,330 g de vermelho de metila em 1.000 mL de elanol 95%. Misturar as solugdes no balao vohumétrica ¢ adicionar cuidadosamente NaOt 0,05M até que mal se observe uma leve mudanga de cor de roxe para verde claro ao adicfonar 1 mL de agua dest a] mL do indicador. Completar a seguir o volume a2 L com agua dest ¢ misturar. Pode-se também determinar 0 pH da solucdo, que deve ficar entre 5.0¢5.1 €) HaS0s 0,025M: dissolver 1,4 mL de HzSO4 conc a 1 L com agua dest (1 mL desta solugao gasto na Utulacdo corresponde a 700 ug de N [ver item 2.14.3.4 para a padronizacao}} ) Solugao de KMnO, 5%: dissolver 50 g de KMnOs em 1,000 mL de agua dest € guardar em frases escuro @) HaSOq4 50%: adicionar (vagarosamente ¢ agitando) 500 mL de H2SOs cone a 500 mL de Agua dest h) Fe reduzido (moido até passar em peneira de 100 mpp) 2,14.3.1 ~ Operagao dos destiladores A operagao correta dos destiladores requer alguns cuidados, detalhados a seguir, para a melhor efieléncia de trabalho € evitar contaminacao nas andlises, a) Usar~ 4,3 L de agua dest no balao de 5 L (de fundo redondo) para produgao de vapor, ao qual se acrescenta I mL de H2SOx cone (para evitar a volatizagao de NH presente na 4gua como impureza). A medida que baixa 0 nivel da gua no baléo pela formagao de vapor, completar o volume. Trocar a agua a cada 15 Gias aproximadamente, quando em uso intenso. No caso de ser utilizado balao com resisténcia elétrica, nao adicionar Acido, Dependendo do teor de NH3 da agua podera neste caso ocorter contaminagao de N. b} Colocar no balgo de vapor algumas esferas de vidro para favorecer a ebuligao (pode-se também usar Sragmentos de “pedra pomes” com esta finalidade) ¢] A taxa de producao de vapor deve ser ajustada para a coleta de 35-40 mL de dgua no condensador em 4 min, 58 pa F080 € E 8 | ze oem 4 Figura 1- Conjunto modificado de destilagéo de aménia por axraste de vapor (TEDESCO & GIANELLO. 1979), com coluna d'agua para controlar a saida de vapor. ‘7 d) © fluxo de agua para resfriamento do condensador deve ser ajustado para que a temperatura do condensado seja inferior a 22°C, caso contrario paderao ovorrer perdas de NH. ©) Antes de iniciar as andlises, operar o destilador por 10-15 min a fim de assegurat que 0 mesmo esteja limpo. Para testar a limpeza do aparetho, destilam-se 20 mL de Agua dest: o indicadar ac bérico deve tornar-se cor verde claro com os primeiros mihlitros de destilado. O valor da titulacdo deste destilado deve estar compreendido na variagdo usual obtida neste teste (que varia com o ponto de tilulagdo do indicador € a concentragao do acido). € préximo a prova em branco. @ Sempre destilar ¢ titular a prova cm branco (contendo somente os reativos ¢/ou solugies) antes das amosiras. Se for obtide um valor muito diferente do usual, ¢liminar a fonte de contarinacao antes de prosseguir 0 trabalho. h) O destilador sempre apresenta ui pequeno efelto de “meméria” nas analises Gevido a adsoreao de NHg nas paredes da vidraria. Isto pode provocar um erro sério somente quando: a) for fella uma destilacdo de amostra com baixo teor de N apés uma amostra com alto teor de N: e, b) ha necessidade da determinacao Isotépica de ‘SN. Nestes casos deve-se lavar 0 aparelho apés cada analise destilando-se 10-15 mL de alcool 95%, i) Se ocorrer 0 arraste do material no frasco de destilacao para dentro do destilador, este pode ser lavado com H2S0s diluido (destilando cuidadosamente 45 mL de acido num frasco de 50 mL). © aparelho deve ser a seguir lavado da mesrna forma diversas vezes com Agua dest. Operar depols o destilador (sem amostra) por no minimo 15 min. Testar entao a‘limpeza do aparelho como foi descrito no item f. Sl A limpeza dos frascos de destilacao de nitratos (em que se utliza a liga Devarda) pode ser feita eficientemente com solugao de limpeza lapos uma lavagem previa com Agua). Os frascos utilizados na determinacao de N total podem ser limpos eficientemente com uma solugdo de Acido 2M (apés uma lavagem prévia com agua) k} A quantidade de 4cido gasto na titulac3o da prova em branco (somente os reativos) deve ser subtraida do valor da titulacdo das amostras, 2.14.3.2 ~ Determinagao do Nitrogénio Total (para amostras com baixo teor de nitrato) a) Pesar 0,500 g de solo mineral e colo a) Para solos organics (MO > 8% ‘em tubo de ensaio de 25 x 250 mm. utilizar 0,200 g) b) Adicionar 1 miL de H202 30%. b) Usar ser. ©) Adicionar 2,0 mL de H2SO«. ©) Usar ser. @) Deixar esfriar 15-10 min. @) Ou S min em agua fria. 58 hy i) J i} y m) a) a) b) ° a Adicionar 0.7 g de mistura de digestio. |e} Usar medida calib ¢ funil de haste longa. Colocar no bloco digestor € clevar a | Este aquecimento deve ser ura 2 250°C. Manter a esta gradual; comegar com bloco ratura por 15a 20 min. fhio ou abaixo de 150°C. Elevar a temperatura a 350-375°C. ) Marear o tempo em que as amosivas perdem a coloragao preta, ficando cor de palha Apds clarear (cor asnarelo-esverdeado), | _h) Ver obs 2.14.3.2.1b. mianter a 350-375°C por 2 horas. Deixar esfriar sobre uma placa de | i Ate poder tocar o fundo dos amianto ou madeira tubos (60-60°C) Adicionar 5 mL de agua deste agitar. | j) Se esfriar demais, 0 extrata solidifica (deve-se neste caso aquecer em banho-maria, nao no bloco digestor} Transferir quantitativamente para um | k) Cuidar para nao perder extrato frasco de destilagao de 100 mL, na transferéncia zando 20 a 30 mL de agua dest. utiliz Conectar o frasco ao destilador, e com |) © destilador ja deve estar limpo a coluna de agua abaixada, adicionar (er obs 2.14.3.2.1a). O NaOH vagarosamente pelo funil 10 mL de € colocado no funil com pipe- NaOH 10M. tador de Kipp. Levantar a coluna de agua e destilar | m) © indicador pode ser medide em 5 ml de indicador-ac borico. com pipetador de Kipp ou ser, ‘Apés coletar 35-40 mL de destilado, | n) A cor muda de verde a rosa. parar a destilacao e titular com H2SO« Usar microbureta de 5 mL ¢ 0,025M. agilador magnético. 2,14.3.2.1 ~ Observacoes Antes das amostras, destilar ¢ titular a prova em branco. Se a temperatura se elevar acima desse maximo (por aquecimento desuniforme do bloco digestor ou per defeito no controlador eletronico), as amostras podem se solidificar. Se isso ocorrer, detxar os tubos esiriarem, adicionar 5-10 mL de HO dest © aquecer em banho-maria para ressolubilizar 0s sais. Sc a solidificagdo ocorrer com muita freqiéncia, diminuir a temperatura do bloco digestor até que no ocorra mais a solidificagao (nao diminuir abaixo de 330°C) Se 0 valor da titulacdo da prova em brance for muito diferente da variacao normalmente encontrada, localizar 0 erro antes de iniciar a titulagdo das amostras, Se 0 H2S04 utilizado na titulagao for exatamente 0,025M, cada mL gasto na titulacao (subtraido o valor da prova em branco) corresponde a 700 ug de N. Se a normalidade do cido for diferente, calcular 0 valor correspondente por proporcdo direta b) al b) 0 a a hy 2 w) m) A sensibilidade do meétodo (0,01 mL de acide gasto amostra de 0.5 g) ¢ de 0.001% 2.14.3.2.2 ~ Caleulos ‘Uuilizar a formula: IML H! an — aa Hd) ON = MET ML 700 (para 0 Acido 0.25M). ‘{80lo x 10.000 Expressar 0 valor emt % de N (otal com 3 digitos decimais (% m my). 2.14.3.3 - Determinagao do Nitrogénio Total (para amostras com alto teor de nitrato} Pesar 0,500 g de solo mineral ¢ | a) Para solos organicos (MO > 8% colocar em tubo de ensaia de 25 x utilizar 0,200 g) 250 mm. Adicionar na sequiéneia b) Usar ser 1 mL de He 20%, 1 ml de KMnO4 50%: 2 mL de HySO4 0%. Depois de 5 min, adicionar 0,5 gde Fe | c) Usar medida calib © (unit de reduzido. haste longa Digerir por 1 hora em temperatura | 4) Pode-se usar 0 bloco digestor inferior a 100°C. ou banho-maria. Adicionar 0,7 g de mistura de | ¢) Usar medida calib e funil de digestéo. haste longa Adicionar 2 mL de HaSO4 cone 0) Usar ser. Colocar no bloco digestor e elevar a temperatura a 250°C, Manter a esta temperatura por 15-20 min Blevar a temperatura a 350-375°C. Apés clarear (cor amarelo-esverdeado) | 1) Ver observagao 2.14.3.2. 1b manter a 350-375°C por 2 horas. Deixar esfriar sobre uma placa de | j) Até poder tocar o fundo (50 amianto ou madeira, 60°C), Adicionar 5 mL de agua dest ¢ agitar. | k) Evitar que o extrato solidifique. ‘Transferir quantitativamente para um frasco de destilacao de 100 mL, utili- zando 20 a 30 mL de agua dest, Conectar 0 frasco ae destilador, ¢ com a coluna d'agua abaixada adicionar vagarosamente pelo funil 15 mL de NaOH 10M 60 8) Levantar a coluns c'agua ¢ destilar em | n) Medit © sndicador com pipe- 5 mL de tndicadar-ac borico ador de Kipp ou ser 0) Apds colctar 35-40 ml. de destilado, | 0} A car muda de verde a rosa parar 2 destilagao ¢ titular com HySO4 Usar nitcrobureta de S mL ¢ 0,025M agitador magnético. 2.14.3.3.1 — Observagées Cfo tem 2.14.3.2.1 2.14.3.3.2 - Caleulos Cfo item 2.14.3.2.2 2.14.3.4 ~Padronizagao do acido com TRIS © TRIS ou THAM (Tris-(hidroximetil) amino metano) € um padrao primario para a estandartizacao de solugdes diluidas de acidds. Possui alto peso molecular, € incolor, nao higroscopio e pode ser obtido com alla pureza, Nao absorve COp quer na forma sélida quer ert solucdo. Seu pH no ponto de equivaléncia € de 4,7 As solugdes sdo estaveis & temperatura ambiente por no minimo 3 meses. Para a padronizagao do acido procede-se da seguinte meneira: a) Pesar 0,7 g de TRIS (reagente Mercls n* 8382) ¢ secar por {hora a 102°C {nao deixar nesta temperatura por mais de 2 horas). b) Dissolver 0,6057 g do reagente seco em balao vol de 100 mL com agua dest livre de CO2. ©) Ajustar o volume e homogeneizar. A solucdo assim preparada € 0,050 mole L*1 4) Pipetar 10,00 mL da solucao 0,050 mols [71 de TRIS para um frasco de erl de 125 mL. (em duplicata). €) Adicionar 10 ml. de agua dest (livre de COz), 9 Adicionar 5 mL do indicador-ac bérico e titular com 0 écido. No ponto de viragem 0 indicador passa da cor verde-claro a rosa-claro permanente 10,00 » 0,050 oo HY Unig mL AY Observagao: para a titulacdo do Acido 0,0025M utilizar somente 2,00 mL da solugao de TRIS 0,050 mole L? 61 2.15 - NITROGENIO MINERAL NO SOLO Na maioria dos solos, 0 N inorganico se encontra na forma de NH,* e NOs. Geralmente © NOz’ ocorre em quantidades muito pequenas (em solos alcalinos pode-se encontrar NO," em niveis (éxicos para as plantas apés uma aphieagao de adubos amoniacais) Alguns solos podem (er NH,* “fixado” (ndo (rocavel) nos minerais de argila de tipo 2:1, 0 qual nao é extraido por solugao de KCI (que extrai o NH! trocavel € da solugao). O mélodo de determinacao de NH," fixado € descrito por SILVA & BREMNER (1966) A avaliacdo de Niy* (rocavel, NOz’ € NOs” no solo € dificultada porque essas formas de N se modiicam rapidamente pela mineralizagao da matéria organica (amonificagaol, nitrificagao, desnitrificagao, ete. AS aniilises portanto deveriam ser feitas imediatamente apés a coleta. Em condigdes de campo isto nem sempre é possivel, O congelamento possibilila guardar as amostras por tempo indeter- minado, A secagem no paralisa totalmente as reacdes miicrobianas (princi- palmente a mineralizagao} A solugao extratora, além de remover quantitativamente NH,* trocavel, NOz" © NOg, deve impedir qualquer modificagao de natureza quimica ou biolégica dessas formas durante 0 periodo de extragao, possibilitando guardar o extrato por um tempo suficiente para as analises. Tanto 0 NO como 0 NOs" sao soltiveis em agua, mas o NH," trocavel deve ser extraido com solugées salinas, utilizando- se geralmente KCI, que nao interfere no metodo de determinacao apresentado, Os métodos de destilacao a vapor descritos a seguir S40 simples, rapidos e precisos, tendo sensibilidade adequada para a maioria dos trabalhos em solos. Sao também livres de interferéncias de outros compostos organicos nitrogenados {pro- teinas, aminas, etc). Nao ha necessidade de filtrar os extratos para a destilacao. A liberacdo de NH na destilacdo € obtida pela alcalinizagao do extrato com MgO. MgO + H,0 —+ Mg? + 20H NHy + OH” —+ {NHy + Hj0 Apés a destilacdo da NHs em presenga de NOg" ¢ NOs (que no sao desti- lados), adiciona-s¢ a liga Devarda (50% Cu, 45% Al © 8% Zn) para reduzir esses a NHq" 0 qual é a seguir destilado na forma de NH. © NOx é determinado por titulacao diferencial, com tratamento prévio do extrato com ac sulfamica, que destroi quantitativamente 0 N02" HNO» + NH,SO3H = —+Np + HaSO, + HzO Os métodos apresentados a seguir s4o os descritos por BREMNER & KEENEY (1966), com extracdo e destilacdo de uma aliquota do extrato, tendo-se as Scguintes opgdes: 1) determinacao conjunta de NHyt +NOg + NO2" : 2) determinagao de NHq" ¢ NO3" + NOz ¢ 8) determinacao separada de cada um destes ions. 62 A extragao do N mineral no solo é feita comm KC}. BREMNER & KEENEY (1966) recomendam 0 uso de KCl 2M. Em nossas condicées entretanto (soles com baixo (eor de MO. menor CTC) o KCl 1M é eficiente na extragao quantitativa do N mineral no soto. 2.15.1 - Material A vidraria ¢ aparclhos auniliares (mantas, agiladores, etc) necessarios $40 os mesmos descritos em 2.14.1, Na determinagao concomitante de Nite? ¢ NOg é conveniente utilizar 0s trascos de destilacao com brago de carga lateral de 100 mL, E recomendado ter A mao também frascos de 200 mL. para algumas siluagées especiais (necessidade de usar uma aliquota de até 100 mL na destila- 40, extratos de solos que apresentam grande formagae de espuma, ete) 2.15.2 ~ Sotugées e reagentes a) MgO: aquecer 0 MgO leve (produto tecnico pode ser usado se ndo houver necessidade da determinacao isotépica de 8N) no forno a 700°C por 2 horas. Deixar esfriar ¢ guardar em frasco bem tampado (para evitar a absorgao de CO2 do ar. com formagae de carbonato, que interfere nas anélises}. Se o MgO foi calcinado ha bastante tempo (mais de 6 meses}, & aconselhavel caleind-lo novamente antes de usar v) Liga Devarda: deve ser bem fina (passar em peneira de 100 mpp ¢ 20 menos 75% em peneira de 300 mpp}, caso contrario triturar em motnho de bolas, ©) Acido sulfamico: dissolver 2 g do reagente puro em 100 mL de agua dest. Guardar em refrigerador. Se ndo houver disponibilidade de reagente de boa qualidade, pode-se purificar 0 NH2SOsH1 por eristalizagao em agua quente 4) H2S0z 0,0025M: diluir 10x a solugo (HzSOs 0,025M) preparada cf o item 2.14.2e; padronizar pelo procedimento deserito em 2.14.3.4; Um mil. gasto na titulagao equivale a 70 ug de N (se 8 concentragao for exatamente 0,0025M) ©) KC] 1M: dissolver 74,5 g de KCl a 1 L com agua dest. 1) Indicador-at bérico:" dissolver 200 g de ac bérico em 8 L de agua dest quente (60-60°C), Esfriar, ajustar o volume e transferir para um frasco de volume adequado, Adicionar 1 L de etaniol 95% © a soluao de indicador preparada dissolvendo 0,132 g de verde de bramocresol ¢ 0,066 g de vermelho de metila em. 1 L de etanol 95%. Agitar e titular adicionando cuidadosamente NaOH 0,05M até que mal se obscrve uma leve mudanga de cor de roxo para verde claro a0 adicionar 1 mL de gua dest a 1 mL do indicador. Esta solugio pode ser conservada indefinidamente (pociem ser uttlizados 0 ac borico técnico ¢ 0 etanol 95% comercial, caso nao haja necessidade da determinagao isotopica de !9N) ‘uma altemativa do procedimento descrito anteriormente (2.14.24). para preparar 10 L de indlcador, suliciente para 2.000 andlises, 63 2.15.3.1 — Extragao de NH4", NOs € NO2’ do solo a) Pesar § gde solo em frasco “snap-cap" | a} Medir 0 solo, se necessario de 90 mb. expressar 0 resultado em leor por volume. b] Adicionar 50 mL de KC] 1M. Agilar 30 min. di Deixar decantar por 30 min, ¢) Pipetar aliquotas adequadas do extra- |e) conforme os procedimentos des: wo. cntos nos itens 2.15.32 ¢ subseqientes, 2.15,8.1.1 — Observacoes a) Se a destilaco ndo for feita dentro de 24 horas, filtrar 0 extrato © guardar o Siltrado em refrigerador (= 4°C} para posterior destilacao. b) Se houver necessidade de usar menor relagao solo:solucao deve-se aumentar a concentracao do KCl (p. ex. 5 mL de KCl 2M por g de solo). ©] © método mais indicado para a avaliagao do N mineral a campo [em experimento) é a extragao no préprio local. Pesam-se 30-40 g da amostra recém colhida e bem homogeneizada (com balanca de sensibilidade de 0,1) € coloca-se a sub-amostra em garrafas ou frascos de boca larga contendo 200 mL de KCl 1M (pesa-se também outra sub-amosira para determinagao da umidade). Se as analises forem feitas no periodo de 24 horas, utiliza-se simiplesmente uma aliquota do extrato; caso contrario, deve-se filtrar ¢ guardar o filtrado em refrigerador (« 4°C} d) E possivel também determinar 0 N mineral no solo por destilacao direta (KEENEY & BREMNER, 1966) colocando-se 2 g de solo no frasco de destilacao contendo 20 mL de KCl 1M, € destilando-se a seguir, Em solos com alto teor de MO, entretanto, este procedimento dificultado pela excessiva formagao de espuma no extrato apos a adigao de liga Devarda. 2.15.3.2 ~ Determinagao do N mineral (NHi4* + NOs’ + NO2') a) Pipetar uma aliquota de 20 mL do | a) Aliquota néo deve conter mais extrato pata um frasco de destilagéo de 2 mg de N. de 100 mL. b) Ajustar no condensador um frasco de | b] Nao ha necessidade de mer- etl de 50 mL contendo 5 mL de indica- gulhar a ponta do condensador dor-ac bérico, na solugao do indicador ©) Adicionar 0,2 g de MgO ¢ 0,2 g de liga | ¢) Usar um funil de haste longa Devarda. com @ de l cm e medidas cali. 6a AISASIFATIAIVMIPHVIS IS IVIIIIG TRG iT destilador ¢ iniciar & destilacdo levan- ) Conectar imediatamente o frasco =| tando a coluna asta e) Recother 35-40 ml, de desttade no | © destiado eontém a soma de frasco de er, } MH4*. NOs c NOg presentes na sliquota desttada D Paray s destilagde ¢ Glalar o destilado. 1) A coloragao do indicador que se aiweiras, gous, do destade Masta paralrosa-claca ne ponte de viragem da (itulagao. 2.15.3.2.1 — Observacées a) Antes das amostras. destilar ¢ titular a prova em branco. b) Se o valor da {itulagdo da prova em branco for muito diferente da variagao nommalmente encontrada, ‘ocalizar 0 erro antes de iniclar a titulagao das amostras. ©) A sensibilidade do método deserito € de 0,035 mg L* na solucio ou 0,35 mg kg? no solo fincerteza na titulacdo de 2 gotas HeSO« 0.0025M, microbureta de leitura de 0.01 mL com gotas de 0.01 mL, relagao solo:sohugao de 1:10 ¢ aliquota destilada de 20 mi), Uma sensibilidade maior pode ser obtida pela redugdo da relagdo solo:solugao (aumentando porém a concentragao do extrator) ou destilando-se uma aliquota maior do extrato (até 100 mL, utilizande o frasco de destilagao de 200 mL} a) Se a concentragao do H2504 for diferente de 0,0025M, calculas por proporeao direta 0 numero de ug de N equivalentes a] ml gasto na titulaggo (descontado © branco). 2.15.3.2.2 ~ Célculos a) Utilizar a férmula: (mL Htam - mL Htbs) x 70 x 2.5 mom 8 (para H2S04 0,0025M, 5 g de solo extraido com 50 mb de KC] LN ¢ destilacdo de 20 mL do extrato) N mineral (mg kg b) Expressar 0 resultado em ntimero inteiro (mg ke"). 65 2.15.8.3 — Determinagao de NH4* ¢ NOs” + NO2 Pipetar uma aliquota de 20 ml do extrafo para um frasco de destilagao de 100 mL. a) b) a b) D » Usar 0 fraseo com braco de car- ga lateral. 4 aliquota nao deve conter mais de 2 mg de N. Nao Aa necessidade de mer- gular a ponta do condensador ha solugae do indicador. Usar um funil de haste longa e @ inlemo de I cm e medida cali © destilado contém o NHg* pre- sente na aliquota destilada Usar outro funil de haste curta @ interno de 1 cm € medida calibrada. © destilado contém 0 NOg+NOz" presentes na aliquota destilada. A coloragao do indicador que se torna verde-clara. com as primeires gotas do destilado, passa para rosa-claro ne ponto de viragem da titulagao. Cfo item 2.15.3.2.2, especificando neste caso 0s teores de NHg*, NOs" + NO b) Ajustar no condensador um frasco de er] de 50 mL contendo 5 mL de indica- dor-ae berieo, ©) Adicionar 0,2 ¢ de MgO. «) Conectar imediatamente 0 frasco no destilador e@ Iniciar a destilagao levantando a colina d'agua. cl Recolher 35-40 mi, de destitado no frasco de er! 1) Parar a destilagao baixando a coluna agua @® Ajustar no condensador outro frasco de er! de 50 mL contendo 5 mL de in- dicador-ac borico: h) Adicionar 0.2 g de liga Devarda pelo brago de carga lateral do frasco de destilagao. i) Fechar imediatamente o brago de carga lateral do frasco initiar a destilagao. J) Recother 35-40 mL do destilado no frasco de eri K) Parar a destilacdio e titular 0 destilado. 2.15.3.3.1 — Observagoes Cfo item 2.15.3.2.1 2.15.3.3.2 - Calleulos fem mg kg) a) ») ; 3 @) 3 @ : ny = 3 7 teores de NHg*, NOs € NOx (em mg kg”) 2.15.3.4 — Determinacae de NHa*, NOg’ € NO2’ Destilar uma aliquota de 20 ml. do exirato € executar © procedimento descrito em 2.15.3.3 Pipetar outra aliquota de 20 ml. do extrato para um frasco de destilacto de 100 mL. Adicionar 1 mL da solugao de ac salfamico € agitar com cuxdade por alguns minutos Adicionar 0,2 g de MgO e destilar até recolher 35-40 mL de destilado. Ajustar no condensador uni frasee de er! de 50 mL contend § mL de indica. dor-ac borico. Adicionar 0.2 g de liga Devarda pelo braco de carga lateral do frasco de destilagao. Fechar imediatamente 0 braco de carga lateral e iniclar a destilagao. Recolher 35-40 ml, do destilado no frasco de erl Parar a destilacao ¢ titular 0 destilade, 2.15.3.4.1 — Observacées Cfo item 2.15.3.2.1 2.15.3.4.2 ~ Caiteulos a) ») a qd) el A) ) Determina-se assim o NHy" ea soma de NOg e NOX Usar 0 fraseo com braco de ear: ga lateral © NOY é decomposte pelo sulfamico Nao ha necessidade de titular este destilado. Nao ha necessidade de mer- guthar a ponta do condensador na solucao do indicador Usar outro funil de haste curta e © interno de 1 cm e medida cali, © destilado contém o NOs! presente na aliquota destilada. A coloracao do indicador que se torna verde-clara com as pri- meiras gotas do destilado, pas- sa para rosa-Clare ne ponto de viragem da titulagao Cfo item 2.15,3.2.2, obtendo-se 0 teor de NO, por diferenca entre as duas “ destilagdes com liga Devarda, e espetificanda neste caso, separadamente, os 67 2.16 - CARBONO ORGANICO DO SOLO © carbono do solo pode estar nas formas inorganica (carbonato ¢ bicarbo- nato} € orgénica. Em solos acidos nao caleariados recentemente nao se observam quantidades apreciaveis de C na forma inorwinica. O C oryfinico do solo & con: lituido per microorganismos. humus estabilizado, residuos vegetais ¢ animais em varios estagios de decomposi¢ao e carbono inerte (carvao vegetal ¢/our mmeral) © lor de C do solo varia de algumas fragies de % em arelas até 40-50% em turfetras. Solos agrivalas contém em geral de 0.2 a 5.0% de C. A maior parte do C nos solos dcidos esta na Jorma organiea A delerminagao direta do C total do solo é feila avaliando-se a quantidade de CO, liberado apos combustao {por via seca ou vimidal, A oxidagao dos compo: los organicos do solo por dicromato em meio acido ¢ entretento um metodo mais simples ¢ rapido para avaliar o C organico (SCHOLLEMBERGER, 1927), conforme a reagao: 2Cr207? + 3C9 + 16H == 4Cr* + 3C02 + BHO Considera-se neste metodo que a valéncia média do C do solo é igual a zero. © teor de Cr formade pode ser determinado colorimetricamente, ou titulando-se © dicromato adicionado em excesso. Inlerferem substancias que podem ser facil mente oxidadas (como Cl ¢ Fe?*, que causam erro posilivo) ou reduzidas (como MnOg, que causa erro negativo). Em solos Acidos oxidados estas interferéncias, entretanto, nao sao apreciaveis. Carbonato € bicarbonate naa interferem A oxidagao dos compostes organicos do solo € incompleta (70 2 90%) se néo for suprido calor externo, fervendo-se a amostra na solugao sulfocrémica sob re- fluxo por longo tempo (como no método descrita por MEBIUS, 1960). No procedi- mento recomendado aplica-se calor externo, elevando-se a temperatura a 150°C em = 1 min, Embora a recuperacdo do C nao seja quantitativa (dai a necessidade de utilizar o fator 1,12 no calculo), o método € simples, rapido ¢ nao requer equi- pamento especial (ALLISON, 1965) Devido a dificuldade de se observar 0 ponto de viragem da titulagao, especl- almente em solos argilosos, 0 procedimento foi modificado permitindo-se a decan- taco da fragao mineral ¢ titulando-se uma aliquota do sobrenadante © teor de matéria orgnica do solo pode ser obtido multiplicando-se 9 teor de C organico por 1,72 (fator de Van Bemmielen). Este fator entretanto, embora geralmente aceito. é variavel conforme o tipo de solo. Algumas avaliagées indicam que o valor de 1.9 seria mais correto para amostras superficiais de solos, ¢ 2.5 para subsolos (BROADBENT, 1953). & preferivel portanto cxpressar 0 resultado em teor de C. © método descrito a seguir € 0 de Walkley-Black (com calor externo} descrito por ALLISON (1965) com aumento em 25% da concentracao de dicromato (para maior abrangéncia de amostras com diferentes teores de C} € decantagdo da fragao mineral 68 2.16.1 ~ Material a) Bico de Bunsen b) Bureta de 25 mL {de preferéneia com zero automatico) 6} Agitador magnético, com uma lampada de 3 W, 110 V protegida por uma peca de madeira, 2.16.2 ~ Solugdes, a) FeSO, 0,25 mole L'!: dissolver 69,9 g de FeSOs.7H20 em 400 mi. de agua dest, Adicionar 15 mL de HoSO4 cone e diluir a 1 L (esta solugdo deve ser preparada ‘cada 10-15 dias}. Pode-se também diluir a solugaa 0.5 mole L (item 3.7.2) em 50% (filtrar se tiver (urvagao) b) KyCr207 1,25 mole L*!: pesar 61.30 g de KaCr207 (seco a 105°C por 2 horas) € dissolver a | L.com agua dest ©) H280q cone d) Indicador ferroin (complexo ortofenantrolina ~ FeSOs 0,025 mole L): dissolver 1,485 g de O-fenantrolina (monohidrato) € 0,695 g de FeSOs.7Hz0 em agua € completar 0 vol para 100 mi. 2.16.3 - Procedimento a) Pesar uma amostra contendo de 10 a | a) solo deve ser moido ate pas- 25 mg de C. sar em peneira de 50 mpp (observagao 2.16.4a) b) Colocar em frasco de erl de 250 mL | bj} Utilizar pipeta vol (0 K2Cr207 € adicionar 10 mL de KeCr207 1,25 @ utilizado como padrao na mok L+ titulagao) €) Agitar levemente o frasco. d) Adicionar 20 mL de H2SO4 cone, a) Utilizar ser. ¢} Aquecer com cuidado no bico de | ¢) Utilzar um termémetro de Bunsen, agitando devagar até atingir 200°C mergulhado no liquido. 150°C em = ] min Evitar o superaquecimento local (sem liguido) do frasco, que pro- voca decomposigao do di cromato. f) Detxar esfriar. ) Evitar 0 chogue térmico no termémetro entre amostras. ® Adicionar 50 mL de Agua dest € agitar. hh) Transferir para uma proveta de 100 | h) Com cuidado. para nao der- mi. ramar 0 extrato 4) Ajustar 0 vol a 100 mL. | 69 J} Devolver a0 frasco de erl ¢ homo- | j) Enxaguar a proveta com o geneizar extrato Kk) Deixar em repouso 15 a 30 min. k) Para decantar a fragdo mine- ral }) Transferir 50 mL do sobrenadante | 1) Pode-se usar ser calib (com para um copo de becker de 250 mL. erro inferior a 1%), m) Adicionar 3 gotas de indicador ferroin. xn) Titular com FeSQ4 0,25 mole L'!, Acor | n) Utilizar burela de 25 mL com muda de verde a vermelho, com luz zero automatico, agilador magné- transmitida tico e uma fonte de luz embaixo | do copo de becker. 2.16.4 ~ Observacées a) Pesar 2,00 g para amostras com menos de 2% de MO; 1,00 g para amostras com 2 a 4% de MO; 0,500 g para amostras com 4 2 10% de MO; 0,250 g para amostras de 10 a 20% de MO; 0,100 g para amostras com mais de 20% de MO. b} Se © ponto de viragem for atingido antes da titulacao, ou forem gastos menos de 3,€ mL de FeSOx, repetir a analise com menor quantidade de material. ©) © FeSOs deve ser de preparagao recente (até 15 dias}, pois se oxida a Fe, dificultando a observacao do ponto de viragem @) A titulacao da aliquota da prova em branco (50 ml) pode ser testada titulando-se a aliquota restante (50 mL). Os resultados devem ser coincidentes. 2.16.5 ~ Célcutos a) Utilizar a formula: _ (mmol, F* Cr0,2- ~ mmol, 17 Fe?*) x 0,003 x 100 x L12. de solo % C(mm™) em que mmole L! Cr207?*= 12,5 (se forem utilizados 10 mL de K2Cr207 1,25 mole 1") muole L** Fe? = (mL de FeSO« gastos a titulagdo da am x 2] x (mole L'* FeSOs) 0 namero de mol, L" do FeSO, é calculado na titulagao da prova em branco: 125 mol, Lt «12.9 _ mL FeSO x2 ») Expressar 0 resultado, com 2 digitos decimais (em % mm"). 70 2.17 - MOLIBDENIO NO SOLO © molibdénio € um mieronutriente que pode afetar 0 crescimento das plantas ¢ dos animais que consomem a forragem. A deficiéncia para as plantas se mani- festa em {eores geralmente abaixa de 0,1 mg kg’! no tecido ¢ a molibdenose (to- xide#) ocorre em animais consumindo forragem com teores de 10a 20 mg kg"! de Mo. A determinagae de Mo no solo é dificuliada por a} baxos teores do elemento (0,1 a 2 mg kg’. totall: b) inexisténcia de um método de extragao de Mo correlacionade com a dispo- nibilidade para as plantas; € ©) necessidade de concentragao do extrato em solventes organicos A determinacdo colorimétrica do Mo no extrato por Hocianato & freqiiente- mente utilizada. KUBOTA & CARY (1982) apresentam um método de concentragao do extrato com éler iso-propilico (com densidade menor que a agua) determina ¢40 colorimétrica do Mo por complexagao em tiocianato. A determinagao colorimétrica do Mo por espectrofotometria de absorgao em forno de grafite pode ser utilizada (ver capitulo 6} 2.18 - OUTROS METAIS NO SOLO A delerminagao de outros metais no solo como cobalto ¢ selénio é importante s0b 0 ponte de vista da alimentagao animal (deficiéncia ou toxidez)}, Chumbo, cadmnio. estudes de polui wrbanos, ete) as niguel e merenria sao geralmente determinados em. 40 ambiental (por deferisivos agricolas. residues industeiais, m1 Come Arsenio © cromno, A excegio de Cd € Ni (extraidos com HCl 0.1M 00 por complexantes como EDTA ou DTPA) as corselacdes entre as quantidades extraidas por diversas solugées lestadas ¢ a absorgao pelas plantas ndo sio salisfatorias. Mereaivia, seténio ¢ arstnio extraides por HNOg cone (4 baixa (empecatura) sao determinados pela técnica de yerago de hidretos Outros metais como cromo, coballo, chuntho, cédinio ¢ niquel sao muitas veres exltaidos por Acidd nitrico ¢ delerminados por AA [Cr € Pb] ov por AA em forno de grafite (Ni, Cd). Uma descricdo resumida dessa tecnica ¢ dada no capitulo 6 2.19 - CONDUTIVIDADE ELETRICA DO SOLO A condutividade elétrica indica 9 teor de ¢letrélitos ou sais dissolvidos na solugd0 do solo, A concentracao de sais na solugao varia com o teor de umidade do solo, Devido a dificuldade de determinar as concentragées efetivas de sais em teores baixos de umidade do solo fem que as plantas se desenvolvem, principal- mente em climas semi-Aridos) utiliza-se 0 extralo de saturagao para estas avalia- s6e8, corrclacionando-se os resultados obtides com 0 crescimento das plantas, 0 extrato de saturagao representa 0 menor teor de umidade do solo que pode ser repetido com ceria seguranga ¢ relativa facilidade, possibilitando a colela de volumes razofveis de liquido para andlises (RHOADES, 1982], Os valores de parametros analiticos obtidos no extrato de salurago geralmente apresentam alta correlagdo com os medidos na condigao de umidade natural do solo. Por este motivo, a tolerancia das culturas a salinidade € relacionada condutividade elétrica, ou concentracao total de eletrolitos do extrato de saturacao © método de obtengdo do extrato de saturagao descrito no item 2.19.1 € 0 apresentado por RHOADES (1982). Determinacdes de pH € de outros fons também podem ser {citas neste extrato pelos métodos descritos no capitulo 4, apés diluigao adequada 2.19.1 ~ Obtencao do extrato de saturagao do solo 2.19.1.1 - Material a) Capsulas de porcelana ou aco inoxidavel de tamanho adequtado b] Filtros de Bachner, aparetho de pressao (100 Ib} ou centrifuga ©) Filtro Millipore 2.19,1.2 — Solucoes a] As mesmas utilizadas no procedimento de clarificagéo da agua de escorst- mento, se necessario (capitulo 4). 2.19.1.3 — Procedimento a) Tarar a capsula com a espatula (Ta) e a] Nao utilizar solo seco a 105°C pesar na capsula 200-400 g de solo Wer obs 2.19.1.4g) seco (3) b) Adicionar agua dest até proximo ao | b) Utitvar espatula para mi ponto de saturaeao do solo. turar o solo 73 cl a e a nh) i a) b) a a) @ a Deixar a mistura em repouso por 2-3 horas. Adicionar mais agua alé atingir uma pasta solo-4gua uniformemente satura- da. Misturar bem com a espatula Cobrir ¢ deixar durante a noite. Apos este periodo, ver se a pasia ainda esta em ponto de saluracao. Misturar bem novamente, Pesar a pasta na capsula (3) Deixar em repouso mais 4 horas, trans- ferir para filtro de Bochner contendo papel de filtro de poros finos ¢ extrair a Agua com vacuo até comecar a passar ar pelo solo. Se a porcao intcial turva, refiltrar. do filtrado sair Medir imediatamente o pH ¢ a CE do extrato ¢ dilulr 2x com agua dest Guardar o restante do extrato para andlises quimicas, se necessarias. 2.19.1.4 ~ Observacées a a) el Para o solo absorver a Agua. Neste ponto a pasta apresenta uma superficie brilhante. Ou por 4 horas no minimo. Nao deve acumular agua na superficie Coma espatula Um extrator de umidade por pressao pode também ser usado, ou centrifuga (10.000 rpm) Utilizar proveta. A diluigdo & para evilar a precipitacao de CaCO3 em solos alcalinos. A quantidade de solo a utitwzar depende das anélises a serem feitas. O rendi- mento de extrato é de 1/4 a 1/3 do peso do solo. Solos organicos (de turfeiras) nao devem scr secados (ao ar) antes da saturagao. Necessitam também de um tempo major para a saturagao com agua tuma noite). Em solos muito argilosos é conveniente a adigéo da agua de saturagao de uma 86 vez, sem agitar, para evitar o empastamento do solo. Em solos muito arenosos, a agua deve ser adicfonada com cuidado para nao passar do ponto. Para andlises quimicas podem ser ultiizados 0s métodos de clarificagao do extrato utilizados para aguas de escorrimento (capitulo 4) Os métodos de analise quimica s40 0s mesmos da agua de escorrimento. Os extratos de saturagao entretanto sao mais concentrades, diluigao, exigindo maior Medir a densidade do solo, para expressar os resultados analiticos em relagao ao volume de solo 74 Peer rr rrr rrrr rer rere reser ys) h) Para a determinacao da condutividade elétrica, ver as observagdes do item 2.19.24 2.19.1.5 - Calculos a) Teor de umidade da amostra seca a 105°C por 2 horas em relagao & amostra sect a0 ar 6 am sex ao ar ~ peso am seca a 105°C peso ami seca a 105°C. % agua a 108°C = b) Quantidade de agua iniciat da amostra: Peso da agua (inicial) ~ P= Ta) « Ye de agua a 05°C) 100 + (% de agua a 105°C} ©) Quantidade total de agua da amostra: Peso da agua = (Po - Pi) + (peso (inicial) da agua) d) Peso do sole seco a 105°C: (PL- Ta) Peso do solo = | ___x 100 + (% de agua a 105°C) 100 ©) Percentagent de saturagao do sole seco a 100°C: Peso da agua % saturagao = Peso do solo «100 (Obs.: valores de % expressos em m mv. 2.19.2 - Condutividade elétrica nos extratos de saturagéo ena relagao 1:5 Extratos de solo mas proporcdes de 1:1 € 1:5 séo as vezes utilizados devido A maior facilidade de execucao ¢ maior rendimento de liquido. A determinacao da condutividade elétrica (CE} no extrato de 1:5 pode ser relacionada ao extrato de saturagao pela equacao: CEx, = 0,004 + 12,08 CEy.5 (:? = 0,98) para solos com predominancia de cloretos (PEREIRA et al., 1981). 2,19.2.1 — Material a) Centrifuga (2.000 rpm) com tubes de 50 mL. b) Condutivimetro 75 b) a) ») a) b) 2.19.2.2 ~ Solugées vadrao de condutividade de KCI 0.010M: pesar 0.7456 g de KCI (seco a 105°C por 1 hora) c ) Quando comegar o desprendim vapor de HCIOq (branco}, colocar nto de fanis de 30 mm de @ nos tuhos de digesta, Manter a esta lemperatura por, 2 horas. Deixar esfriar ¢ adicionar = 5 mL de Hg dest Ajustar 0 vol a 20 mL com agua dest Homogeneizar cada Wubo. Deixar decantar alé o dia seguinte. 3. 3.1.1 - Observacées Ww) mu Para evitar perda de 11ClOx ¢ secagem ¢lo material Sobre placa de madeira, até poder amianto ow tocar a tubo com a ntiv (50-60"C). Se houver formagao de eristais, aquecer levemente Aone final do ac 6 057M. Manualmente fraseos 90 mL. “snap-cap” de Para as curvas padrao, medir (com microbureta) 0.0 - 0.5 - 1.0 - 15 -2.5¢ 4,0 mL do padrao misto para tubos de digesta deserito a partir do item 3.6.3.1b. Apés a diluigao a 20 mL ter-se-ha: mL de padrao: 0.0 teor de Cu (mg L) 0,0 teor de Zn (mg L"): 0,0 teor de Fe (mg L}: 0.0 teor de Mn (mg L); 0.0 teor de Na (mg 11); 0.0 teor de S (mg L")) 00 0.5 1,0 0.6 6.0 45 60 33.0 1,0 2.0 12 12,0 9.0 12.0 66,0 15 3.0 1s. 18,0 13,5 18,0 99,0 25 5.0 [30 30.0 22,5 300 165.0 , seguindo o procedimento 4,0 8.0 48 48.0 36,0 48,0 264,0 Com as diluigdes € os métodos de determinagao descritos abaixe as concen- tragées finais sero (sem diluigao para Cu, diluigdo de 3x para Zn, Fe, Mn € Na e diluigao de 11x para S) teor de Cu tng L 0.0 teor de Zn (mg L"); 0.0 teor de Fe (mg L"); 0,0 teor de Mn (mg LY): 0.0 teor de Na (mg L"}) 0.0 teor de S (mg L): 0.0 1,0 02 2.0 LS. 2.0 3.0 2,0 04 4,0 3,0 4.0 6.0 3.0 06 6,0 45 6.0 9.0 5.0 1.0 19.0 78 10,0 15.0 8,0 16 16.0 12,0 16,0 24.0 Em (rabalho quotidiano, nao € necessiric repetir as curvas padrao a cada batelada, mas somente a prova em branco e 2 padrées. 1 or a) b) a a 3 a) b) od a) b) a a é 3.6.3.2 ~ Determinagao de enxofre Pipetar 1,0 ml. de sobrenadante. a) Pode-se usar ser © copos des- cartavels, Adicionar 10 mL de HC!0,1M | b) Usar sex Adicionar 1,0 mL. da solugao BaCle- |) Usar ser e agitar com pe- gelatina. Agilar alguns segundos queno bastao de vidro. Deixar em repouso 30 min. Agila: wovamente e determinar a abs | c} Fazer a leilura entre 30 ¢ 60 no fotémetro em 440 nm. min apos a adicao de BaCle- gelatina. 3.6.3.1.1 - Observacoes A sensibilidade (abs = 0,002) de 0,052 mg L'! na solucao de leitura (para ponto 2.5 mg L! ma curva da p. 47}, ou 25 mg kg! (0,0011%} na amostra (diluigao de 20x}. Com @ procedimento descrito pode-se determinar teores de até 0,35% de S no tecido. sem outra diluigao. Para a leitura direta do teor de S na amostra, ajustar a abs de 0,095 com o pacrao de 2.5 mg L! de S na sol final. 3.6.3.2.2 - Calculos ‘Curva padrao de S: Cfo item 2.11.5a, Fator de concentracdo: determinado pela curva padrao. Fator de diluigso: ‘Teor de enxofre: ettura x fe x fd S 0%) 10.000 Expressar 0 resultado com 2 digitos decimais (% mm”) 102 3.6.3.3 ~ Determinagao do cobre, zinco. ferro, manganés ¢ sédio a) Pipetar 10 mL de sobrenadante. a) Usar ser € copos plasticos des- cartaveis. b) Determinar a abs de Cu no fotometro | de absor¢ao, | Pipetar 9,0 mL da sol restante e | ¢) Usar ser, com cuidado para adicionar 10 val. de agua dest evitar contaminagao, @) Determinar as abs de Zn, Fe e Mn no fotometro de absoreao, Detenninar a emissdo de Na no | ¢) Regular 0 fotémetro de chama fatometro de chama ‘com os padrées convenientes 3.6.3.3.1 - Observagoes a) Amostras com altos teores devem ser diluidas convenientemente com 0 extrato da prova em branco, ») Para o Cu, a sensibilidade (abs = 0,002) é de = 0,057 mg L'! na sol de leitura (fe para o ponto 4,0 mg L'! na curva da p. 38), ou 1.14 mg ke? na amostra (ailuipao de 20x), Concentrages de até 120 mg kg? na amostra podem ser determinadas pelo procedimento deserito, sem outra dillutgao. ©) Para 0 Zn. a sensibilidade fabs = 0,002} € de = 0,016 mg L*? na sol de leitura, (fe para 0 ponto 1.0 mg L? na curva da p. 38) ov 0,98 mg kg? na amostra (diluigao de 60x), Goncentragdes de até 95 mg kg! na amostra podem ser determinadas pelo procedimento descrito, sem outra diluigao. €) Para 0 Fe, a sensibilidade (abs = 0,002) é de 0,06 mg L! na sol de leitura (fe para © ponto 2,0 mg LT na curva da p. 41) ou 3,60 mg kg na amnstra (diluigao de 60x). Concentragses de até 365 mg kg? na amostra podem ser determinadas. pelo procedimento dlescrito, sem outra diluigao, *) Para o Mn, a sensibilidade (abs = 0,002) é de 0,045 mg L*! na sol de leitura (fe para 0 ponto 1.0 mg L7 na curva da p. 35), ou 2,70 mg ke! na amostra (diluigao de 60x). Concentragdes de até 140 mg ke? na amostra podem ser determinadas pelo procedimento descrito, sem outra diluicao. 1) Na determinacao do Na, o fotdmetro de chama pode ser ajustado para registrar com 0 padrao de 4 mg LT na sol de leitura. A sensibilidade neste caso (para a leitura de 1 unidade) € de aproximadamente 0,05 mg L'! na sol de leitura, ot 3,0 mg kg? na amostra (diluigao de 60x). Concentragées de 300 a 600 mg kg? na amostra podem ser determinadas pelo procedimento descrito, sem outa diluigéo (Geterminar 0 teor de Na na sol de leitura pela curva) 103 a al ») a Para a leitura direta dos teores de Cu, Zn, Fe ¢ Mn da amostra, ajustar 0 foldmetro de absorgao para obler os valores de 40 mg kg’! de Cu, 24 mg kg? de Zn, 240 mg ky! de Fe © 180 mg kg! de Mn com o extrato com 1 ml. do padrao misto, diluido ef as amostras (cuja concentracae final € de 2 mg LI de Cu, 0.4 mgt’! de Zn, 4 mg L! de Fe ¢ 3 mg Lt de Mn). 3.6.3.3.2 ~ Caleulos Cobre a.) curva padrao de Cu of tem 2.8.5.5) a,2) fator de concentragao: determinado pela curva padrao. a.8) falor de diluigao: fd = 22-90 1 a.4) teor de cobre: Cu tg ke) = leitura x fe x fa a.) expressar o resultado em niimero inteiro (mg kg) Zinco b.1) curva padrao de Zn: cfo item 2.8.5.a1 b.2) fator de concentracao: determinade pela curva padrao b.3) fator de diluigao: b.4) teor de zinco: Zn (mg kg") = leitura x fe x fd 1.5) expressar 0 resultado era nimero inteiro (mg kg") Ferro 1) curva padréo de Fe: cfo tern 2.9.8a. ©.2) fator de concentragao: determinado pela curva padrao. €.8) fator de diluigao: f= 20,38 1 5 104 a 4) (eor de ferro: Fe feng key = leitura x fe x fd 5) expressar o resultado em nitmero inteiro (my key) Manganés 4.1) curva padrao de Mn: cfo tem 2.7.3.4.2a. 4.2) {ator de concentragao: detetminado pela curva padyao 1.3) jator de aituigao: 4.4) teor de manganes: Ma (mg kg’) = Ieitura x fe x fd 4.5) expressar 0 resultado em niimero inteiro (mg kg"! Sodio: ¢.1) curva padrao de Na: ajustar a leitura 100 (na escala de zero & 100) com 0 padrao de 20 mg L"}) €.2] Concentragao na sol final (cs), determinada pela curva padréo. ¢.3) fator de diluigao: €.4) teor de s6dio: Na (mg kg") = leitura x es x fd €.5) expressar o resultado em numero inteiro (mg kg). 105, 3.7 - CARBONO EM PLANTAS E RESIDUOS ORGANICOS © carbono € 0 elemento mais abundante no tecido vegetal seco (45 a 55%). Em adubos organicos o teor de C orginico varia com a inclusdo de materia mine- ral (terra, cinzas, adubo mineral, etc) A combustdo seca ou timida com a determinagao de CO, formade (em geral por gravimetria) so os métotas mais cxaios para a determinacic do € total no tecido vegetal ou em residuos organicos. Est exigir aparelhagem especial (ford LECO ou similar, no caso da combustao seca) €/ou requerer longo tempo para @ analise (NELSON & SOMMERS, 1982). Carbo- nato € bicarbonato podem interferir. devendo ser eliminados antes da determi- nagao do C organico, métodes (ém 9 inconventente de © método da oxidagao do C da amostra por dicromato em mieto deida, com titulagdo do Cr5* em excesso. ¢ de facil execugao. apresentandy boa correlagao com 05 teores determinados pelos métodos de combustao. As interferéncias foram apontadas no capitulo 2.16, alertando-se para o fato de que em alguns casos adubos organo-minerais contém altos leores de Cl’. A determinagao de C neste caso pode ser feita por combustao amida, dcterminado-se « CO» formado (verificar se 0 material contém carbonates}, cf o procedimento descrito por ALLISON (1965) Outra alternativa é a Iavagem do cloreto. A determinagéo de C organico em adubos arganicos por queima a 550°C (cf recomendado no método publicado no Diario Oficial da Unido em 14/06/1982) esta sujeita a sérios erros devido a presenca de agua de constituigao de alguns compostos, ¢ 4 presenca de substancias volateis até esta temperatura, ¢ & decom- Posi¢ao de compostos inorganicos (p.ex. sais de aménio). ete: © método apresentado a seguir (Walkley-Black com calor externo} foi deserito por ALLISON (1965). sendo introduzidas pequenas modhficagses com 0 objetivo de aumentar a quantidade de material a pesar e facilitar a execugao das analises. © teor de C de residuos organicos € utilizado para o calculo da Demanda Quimica de Oxigenio do material (DQO) 3.7.1 — Material Cf especificacao no item 2.16.1 3.7.2 ~ Solugoes a) FeSO4.7H20 0,50 mole L*!: dissolver 139 g de Fe.SOs.7H20 em ~ 400 mL de agua dest. Adicionar 15 mL de HzSO« conc ¢ diluir a 1 L (esta sol deve ser preparada a cada 15-20 dias} b) KeCr207 1,25 mole L cf 0 item 2.16.2b. 106 MMAR AMMAMA WMD VS ©) Indicador ferroin of 0 tem 2.16.24 dl) M280 cone: 3.7.3 - Procedimento a) Pesar uma porgao do material con- | a) © material deve ser moido até tendo 10 a 50 mg de C. passar em peneira de 50 mpp (observacao 3.7.4a) b) Colocar em frasco de erl de 250 mt | 5) Usar pipeta volumétrica (0 © adicionar 15 mL de KaCr207 K2Cr207 & utilizada como 1,25 mole L™ padrao na titulagao], ©) Agitar levemente 0 frasco. @) Adicionar 30 mL de HeSO« cone. d) Usar ser au proveta. €) Aquecer cont cuidado no bico de | ¢) Utilizar um termémetro de 200°C Bunsen. agitando devagar até atingir mergulhado no liquide. Evitar 0 150°C em aproximadamente. I min. superaquecimento local (sem li- guido) do frasco, que provoca decomposigao do dicromate 1) Deixar esfriar ) Evitar 0 chogue térmico no termometro entre amostras. * ~ a a ” % ” a) Adicionar 100 mL de H2O dest ¢ | g) Usar proveta homogeneizar. h) Adicionar 3 gotas de indicador ferroin. = 3) Titular com FeSOq 0,50 moleL"!. Acor | 1) Utilizar bureta de 25 mL com muda de verde a vermelho, com luz zero automiatico, _agitador a transmitida, magnético uma fonte de luz > embaixo do frasco de erl. 3.7.4 — Observagées “ a) Pesar 0,500 g para amostras com 5,5 a 11% de C; 0,250 g para amostras com S 1] a 22% de C: 0,100 g para amostras de 22 a 55% de C (tecido vegetal) b) Cfo item 2.16.4b. - ) Cfo item 2.16.4¢. = d) O coeficiente 1,12 utilizado no caleulo do teor de C do solo {item 2.16.52) ndo utilizado nos casos de materiais facilmente oxidados pela solugao sulfocromica. 107 e} Amostras de plantas em geral possuem baixo teor de cloreto (<2.000 mg kg"! Bm amostras de residuos com alto teor de cloreto pode-se utilizar sulfato mereusico para reduzir a interferéneia deste (SILVA, 1977) 3.7.5 ~ Calculos a) Utitivar a formula _ frame], L*? Crg07?" — manole 1! Fe?" } x 0,008 « 100) material %C onde: mmole L"1 Cr2Q7 = 18.75 (se forein utitizados 15 mL de KaCraO7 1.25 mole L")) mmole L'! Fe = (ml de FeSO« gastos na Utulagao da am) x [mole L’! FeSO.) © numero de mole 1! do FeSO, é caleulado na titulagao da prova em branco: 1875 NOhe 1? = me ml FeSOq b) Expressar o resultado em % de C (m mr}, com 2 digitos decimais, ¢} Para calcular 0 DQO do residuo, uti DQO (mg kg!) = C org (%) x 26.600 ose a formula (KIEHL, 1985): 108 Aaa ea daa ada aan ~ 3.8 - NITROGENIO MINERAL EM PLANTAS E RESiDUOS ORGANICOS Amonio, nitrilo ¢ nitrate constituem a maior parte do N mineral encentcado nas plantas. Os teores destes ions podem variar desde fragdes até varios milhares de mg kg"! depenctentls do estaclo nutricional € condicées de metabolisme das plantas. Nitrato © nitrite do Leciclo vegetal seco sao soliiveis em aygua. A extragdo quantilativa do amdnio entretanto requer a utilizagao de solugdes silinas, © teor de nilrato nas folhas €/ou nos peciolos das plantas tem side ulilizado come diagnostico do estado nutricional de mitrogento, O procedimento deserilo a seguir utiliza a extracda por KCl 1M € determinagao de amor ¢ nitsito + nitrato, Se 0 objetivo for somente a determinacio de nitrato € nitrito, pode ser ullizada extracdo coi Agua, nas mesmas proporgées. Se houver necessidade de determinar nitrito separadamente, deve-se adotar a metodologia adequada tratando-se 0 extralo com ac sulfamico (KEENEY & BREMNER, 1966). As delerminacées de aménio, nitrito © nitralo extraides so feilas por destilagao a vapor (BREMNER & EDWARDS, 1965) com o destilader modificade descrito por TEDESCO & GIANELLO (1979) 3.8.1 - Material a) Destilador de arraste de vapor (cf deserigdo no item 2.14.1], com frascos de destilagao de 100 mL, de carga lateral. b) Microbureta de 5 mL e agitador magnético. 3.8.2 — Solugdes a) KCl IM: dissolver 74,5 g de KCl a 1 L-com agua dest b) Indicador-ac bérico (ef descrigao no item 2.14.2¢). ©) HzSO« 0,0025M: dissolver 1,4 mL de HaSO4 cone em 10 L com agua dest. Titular com TRIS (ef descrigdo no item 2.14.3.4}, d) Mgo aleinado, ef descrigao no item 2.15.2a) ©) Liga devarda (finamente pulverizada) 3.8.3 - Procedimento a) Pesar 1,00 g de tecido vegetal seco. a) Moido até passar em peneira de 20 mpp. b) Colocar em frasco de destilagéo de | b) Usar ser calib. 100 mL c adicionar 15 mL de KC] 1M. 109, 6} Agtar intermitentamente por 5 min. | @ Destilar apos a adigao de 0.2 Bde MYO. | 4) Usar medida calib 1) Coletar 35-40 ait. der cestitade em |e} Em 3-4 min 5 nil. do indicadar-ae boric f) Titular com FeSO, 0,0025M 1. Obtém-se 9 teor de NHa* ) Adicionar 0.2 4 de liga devarda |g) Utilizar medida ealib pelo tubo | de carga lateral do balio (sem retirar do apareiho) h) Reiniciar a destilagao em 5 mL de | h) Coletar 35-40 mL de destilado, indicador-e bérico. ) Miular cont HySOs 0,0025M if Obtent-se 0 teor de NOx + NOs. 3.8.4 ~ Observagoes 4} Destilar ¢ titular a prova em branco antes de iniciar a determinagao das amosiras, Se os valores desta estiverem muito afastados da Variagao usvalmente observada, identificar a causa do erro. b) Se o teor de N mineral das amostras for muito clevado, pode-se usar na titulagde acido 0,025M ou reduzir a quantidade de tecido extraido. ¢) Desejando-se determinar 0 NOz’ separadamente, extrair 5 g de tecido com 50 mL de KCl 1M em copo de becker de 100 mL, destilando-se a seguir duas aliquotas de 20 mL (uma com tratamento prévio com ac sulfamico). Nao ha necessidade de filttacdo, protegendo-se somente a ponta da pipeta com uma mecha de algodao. 4) Se o material apresentar excessiva formagao de espuma na destilagdo com liga devarda, utilizar balae de 200 mL ou extracao prévia cf a obs ¢ 3.8.5 ~ Céilculos a) Cadz mL de H250« 0.0025M utilizado na titulagao da amostra (descontado 0 valor da prova ent branco} representa uma quantidade de 70 yg de N. Se for utilizada uma microbureta de 5 mL, com leitura de 0,01 mL, podem ser determinados valores acima de 0.7 mg kg"! (na extragao € destilagao direta de 1 g de tecido} (mL H’em - mb f*bed x 70 ing kg"! de N-INEg") ou - mg kg"! de N-(NH,") ou de N~{NO3*) g tecido b) Se 0 ac ulilizado ndo for exatamente 0,0025M, caleula-se por proporgae simples 0 n* de pg de N equivalentes a 1 mL gasto na titulacao, ©) 0 resultado ¢ expresso em ntimero inteiro de mg dm’, ito pty me ele fae Soe Soe oe Go eo COOK CCC CE 3.9 ~ BORO EM PLANTAS E RESIDUOS ORGANICOS, A extragao do boro do tecido de plantas é fella por queima em forno “mutfla’ (650-650°C), pois na digestdo dcida ocorre volalilizagéc de H3BO, (CHAPMAN & PRATT, 1961). © tecido vegetal contém, em geral. suficiente tor ete sais para im- pedir a volatilizacéo de B durante a queima. No caso dle Sementes, ent especial as oleaginosas, recomenda-se a adigao de Ca(OH) (2 mL de sol saturada) antes da queima (DIBLE et al., 1954) A determinagao colorimétrica do B com curcumina em sol alcoblica é ampla- mente ulilizada, sendo entretanto muito sensivel 4 lemperatura de evaporagao. A ulilizagée de azometina-H nao apresenta este inconveniente, embora possam ocorrer interferéncias por Zn, Cu, Fe ¢ Al, climinadas pelo usa de EDTA (nas conicentragées normalmente encontradas no tecido vegetal) © procedimento proposto a seguir ¢ baseado nos tabalhos de GAINES & MITCHELL (1979) nos aspectos referentes 4 proporgae de reagentes, temperatura da queima ¢ solubilizagao do material e de KRUG et al. {1981) em relacio a concentragdo de azometina-H: esta pode ser obtida de fabricantes (Merck ou Sigma) ou sintetizada no laboratério (MAZAHERI, 1976) As amostras néo devem ser acondicionadas em embalagens de papel ou papeldo para evitar contaminacao de B que estes materiais em geral contém, Recomenda-se também guardar as solugées em frascos de polietileno, bem como @ ulilizagao de vidraria de vidro neutro, Vidraria de borossilicato (pyrex) deve ser antes “envelhecida’ com ac forte (HCI 50%). © teor de boro nas plantas € muito variavel, sendo geralmente entre 10 & 100 mg ke? 3.9.1 — Material a) Forno “mufla” com regulador de temperatura até 800°C b) Cadinhos de porcelana, com 35 mL de capacidade, formato alte. ¢) Espectrofotometro @ = 435 nm) 3.9.2 ~ Solugdes al H2SO« 0,18M: dissolver 10 mL de H2SQ4 conc a 1 L.com agua dest b) Sol tampao: dissolver 20 g de EDTA (sal dissédico) € 192 g de INH4)2HPO« em 500 mL de agua dest, Este tampao tem pH = 8,1 c} Azometina: dissolver 0,50 g de azometina-H € 2.0 g de ac ascérbico em 100 mL de HgO dest. Preparar este reativo pelo menos um dia antes da utilizagao. © mesmo mantém-se estavel até 15 dias em geladeira nt d) Padro de 50 mg L"! de B: dissolv 1 hora) com Hy$Ox 0, 18M (guardar em 1 3 Padrdes de trabalho Estes padrées comtém 0 - 0,5 - 1,0 (guaréar em recipiente p) tico) 3.9.3 ~ Procedimento a) b) a a 2 g hy a dD » Pesar 0,500 g de material seco. Colocar em cadinho de porcelana, Queimar a 600°C por 1 hora. Apés esfriar, retivar da mufla. Adicionar 5 gotas de agua dest Adicionar 10 mL de HSQs 0.18M Agitar intermitentemente por 1 hora. Detxar decantar 3 horas. Pipetar cuidadosamente 4 mi do sobrenadante para copos plasticos. Adicionar 4 mL de sol tampao-azome- misturadas imediatamente tna 3:1, antes do uso. Determinar a abs em 435 nm. 3.9.4 ~ Observacées al b) A sensibilidade do método é de ~ 0,4 mg kg"! no tecido fabs = 0,002) para as + condig6es indicadas. Podem ser determinados os teores de até ~ 133 mg Kg? pipelar O- 1-2-3 al b) } dj a » a D ©.286 de HyBOs (seco a 105°C por apiente plastica) 5 ¢ 10 mL da sol padréo de 50 mgt! de B para baldes de 100 mL. Completar 0 vol com HzSOu 0,18M. 1,5 - 2,5 - 5,0 mgL! de B, respectivamente Moido < 20 mpp e seco a 70- 75°C. Capacidade de mato alto. 5 mb. for- Deixar a porta levemente aberta no inicio para supri- mento de O2 As cinzas em geral ficam de cor clara, Utilizar ser cali. Utilizar bastao de plastico Ou até o dia seguinte, Utilizar ser calib € copos tipo ‘cafezinho" Utilizar ser caltb. promovendo mistura dos reagentes. Entre 15 30 min apos a mis- tura das amostras (ou padroes} ea sol tampao-azometina Para a curva padrao, pipetar 4 mL de cada sol padrao (com a mesma ser udlizada para as amostras) ¢ seguir os itens j ¢ k do procedimento 3.9.2. Ads a diluigao com azometina a curva {ecé as concentragdes: 0,0 - 0,25 - 0,75 - 1,25 € 2,50 mg Lt de B no tecide (abs ~ 0,70) sem necessidade de diluicao. 112 d) Caso houver necessidade de diluigao. utilizar 2 ou 1 ml. do extrato e completar a 4 mL. com H2S0s 0,18M. ¢) Dependendo do teor de Fe e/ou Mn da amostra, as cinzas podem apresentar cor escura ou avermelhada, ¢ exigir tempo maior para a decantagao. §) As curvas de calibracdo variam basiante entre dias diferentes. Deve-se portanto fazer uma curva de calibracao @ cada batelada. 3.9.5 ~ Calculos a) Curva padrao de boro MR Spectronic 20 b= 15mm. Bna sol final mg L") b) ator de concentragao para o ponto 1,5 mg Lt na curva acima: fe = 0,0046 mg L por mil abs ©) Fator de diluigao: 4d) Teor de bore: B (mg kg") eitura x {6 x fd ©) Expressar 0 resultado em n? inteiro (mg kg") 113, 3.10 ~ MOLIBDENIO EM PLANTAS E RESiDUOS © miolibdénia € encantrade nas plantas em concenteagdes vartiveis desde 0.02 mg kx! Weficientes) até 20 mg ky (com excesso) ou mais. Os teores hormais variam de 0.1 a 1.0 mg kg" © Mo pode ser delerminado por colormetia, por absorgao com forno de grahte ow por espectroscopia. Os métodos colorimétnicos de determinacao diceta de Mo em melo aquosv apresentam sensibitidade Insuficiente paya ulttizagao na analise de plantas. A concentagao de compleacs coloridos de Mo por meio de solventes orginicos tem sido bastante ulilizada (KUBOTA & CARY, 1982). Estes métodos apresentam a desvaniagen de necessilarem rigido controle no procedi mento analitico, além de serem muito demorados Um metodo colorimétrico indireto de determinagao de Mo em solugdo aquosa foi apresentacto por EIVAST ef al. (1982), Neste, 0 Mo age como catalisador da oxidagao do KI por Hz02. A sensibilidade deste método é adequada para analise de plantas, necessitando entretanto rigido controle sobre o tempo de reacdo. O procedimento descrito a seguir foi modificado do original e testado por JF. GUTERRES ¢ V. SALGADO (comunicag4o pessoal). © método nao € sensivel 4 concentracao de sals alé 5%, sendo a interferéncia por Fe {lll} anulada por complexagaa com NH3F. Recomenda-se utilizar agua destilada-deionizada ou duplamente destilada (a segunda destilacao em destilador de vidro) (ver Anexo 8.1) 3.10.1 ~ Material a) Espectrofotomnetra 0. 405 nm) ») Forno mufla, ¢) Placa elétrica, ) Cadinhos de porcelana de 50 inL. 3.10.2 - Solugdes a) Padrio de 1.000 mg L'! de Mo: pesar 1,900 g de MoO3 ¢ dissolver em 10 mL de HCI cone. Diluir a 1 L com H20 dest-deion {pode-se utilizar também 1,840 g de {NHLalaMo7024.4H20 (seco a 105°C) diluido a 1 L com HCI 0.125M). b) Padrao de 10 mg L*! de Mo: Dissolver 5 miL da solugao a) a 500 mL com HCI 0.125M, ©) Padrao de 1,0 mg L-! de Mo: ditwit 10 mL da sol b) a 10 mL com HCI 0,125M. 14 a 3 dD a ») 3 a 3 8 hl I ¥ v Padroes de trabalho: pipetar 0.0 - 5 - 10 - 15 - 20 © 30 mit do padrao de 1,0 mg L*! ce Mo para baldes volumeétricos de 100 mL. Completar o volume com HCI 0,125M, Estas solugdes terdo 0 - 50 - 100 - 150 - 200 ¢ 300 nx Lt de Mo. respectivamente (preparar estas solugéies no dia «te 1350) Fluoreto de amdnio 0.25%: pesar 0.25 g de NHAP c diluit a 100 ml. com Hz0 dest-deton. lodeto de potassio 0,5%: pesar 0.5 gde KI e diluir a 100 mL. com 120 dest-deion Agua oxigenada a 5%: diluir 5 ml. de Hg02 130 vol a 100 mL com 10 dest-deion (a HO2 utilizada para digestéo de tecide vegetal — item 3.5.2b — pode ser empregada). ‘Agua oxigenada a 0,02%6: diluir 1 mL de agua oxigenada a 5% (item 1) a 250 mt com Hg0 dest-deion Acido cloridrico 2M: diluir 167 mL de HCl cone a | L com H20 dest-deion, Acido cloridrico 0.125M: diluir 62,5 mL de HCl 2M filem h) a 1 L, com #20 dest-deion. 3.10.3 ~ Procedimento Pesar 1,00 ¢ de amostra em cadinho | a) Cadinhos de 25 a 75 mL. podem: de porcelana de $0 mL. ser utilizados. Queimar a 500°C por 2 horas. Apos esfriar, adicionar 3 gotas de H20 dest-defon. Adicionar 5 mL de HCL2M. Evaporar na placa quente até secar. ) Em 110-120°C. Adicionar 10 mL de HC! 0,125M € agitar com bastao de vidro. Deixar decantar, @ De 12 a 16 horas, Retirar 3 mL do sobrenadante ¢ | h) Pode-se usar seringa calibrada, transferir para copo plastico descar tavel de 50 mL. Adicionar 1 mL de NHaF 0.25%. i) Com seringa. Adicionar 1 mL de H»02 0.02%. i) Com seringa Adicionar | mL de KI 0.5%. Iniciar a contagem do tempo. Apés exatamente 10 minutos. deter- | 1) Este tempo deve ser controlado minar a absorbancia em 405 nm. rigorosamente (no segundo} 118 3.10.4 ~ Observagées a) Como a delerminacao da absorbancia € feita em condigdes de nao equilibrio. 0 controle do (empo é essencial. Isto pede ser consegulde pelo Labalho sinicronizado de 2 (Genicos, adivionando-se 0 KI a cada 30 ow 60 sewendos, b) Curva padrao: pipetar 3 mL de cada padrao de trabalho filem 3.10.34) para copes plasticos € sefuir a metocologit descrita no procedimento para as amostias a pavlir da them 3.10.31). A curva assim preparada (era 0.0 - 25 - 0 - 75 ~ 100 ¢ 150 ng L*! a solucao (anal ©) conveniente incir um braneo a cada 10 amostras, para zerar o aparetho. & farrdamental que o especirofotometro tenhia hoa estabitidade. a) A sensibilidade do método, fabs = 0.002) para o ponto 50 ug Lt da curva abaixa, é de O44 1g L'! pa solucdo, ou 9.2 Hg keg? ne Lecido, 3.10.5 ~ Caleulos a) Curva padrao: Y= OnATSaK -onge80e6 09999 MR Specironic 20 b= 15mm Absorbancia 0% 8 75 10 128180 (Mo na sol final (ug L") b} Fator de concentragao para o ponto 50 wg L*! da curva fe = 0,22 yg L? por mil abs, ©} Fator de dihuigao: | CAlculo: Teor de Ma (ng kg!) = leitura x fe x fd €) A faixa de trabalho do método ¢ de 9 a 3.000 ug ket no (ecido, 116 4 — ANALISES DE AGUA AS maiores Aificuldades encontradas na andlise de agua {de percolagao, escorrimento ou extrato satucado) sao: a) baixo teor de alguns nutrientes como o fasforo e fons metalicos fortemente retidos pela fragao argila e maléria organica © b) dificuldade de ob(er um extrato claro para as analises colorimétricas (fosforo) ou (urbidimétricas (enxofie. As opgoes para contornar estas dificuldades s40: a - Filwar a amostra com filtro de 45 ym (Millipore) 1b - Plocular’ os materiais em suspensao pela adi¢éo de acidos ¢/ou sais. c Concentrar a amostra d = Utilizar métodos com limites de deteccao mais baixos ¢ - Extrair um volume grande de solucao com resina trocadora de fons, ou papel filtro impregnado com xido de Fe {para P). A filtracae com Millipore ou com papel filtro de textura fina (tipo Whatman 42) pode ser utilizada em alguns casos, tendo entretanto 0 inconveniente do alto custo € baixa eficiéncia se o pH da agua for alcalino (dispersdo dos coldides orga. nicos). A utilizagdo de carvao ativado em geral é problematica porque pode conta minar a amostra com fésforo, enxofre ¢ micronutrientes As determinagdes de sédio, potdssio, calcio € magnésio podem ser feitas diretamente no liquide sem tratamento prévio, apés decantagao por, no minimo, 48 horas, se a turvagao das amostras for pequena (em agua de percolacao, por exemple) No caso do fésforo, pode ser utilizado 0 método de MURPHY & RILEY (1962) que tem sensibilidade de até 0,002 mg Lt As determinagdes de amténio € nitrato podem ser feitas por destilagao de arraste de vapores (método 2. 15.3.3) utilizando-se balées de destilagao de 200 mL € quantidades de amostra de até 100 mL, se o teor for baixo. A amostra coletada no campo deve ser, neste caso, trazida ao laboratétio no menor periodo de tempo possivel ¢ guardada em congelador (temperatura menor que -7°C) até ser anali- sada (para evitar transformagdes microbianas entre as diversas formas de nitro génio (KEENEY & NELSON, 1982). Os coldides em suspensao nao interferem nas determinagdes por este método. E apresentado a seguir um procedimento de coleta, preparagao € analises adequado a estudos de perdas pela agua de escorrimento ou Hxiviagao. Para andlises de agua com a finalidade de monitoramento ambiental procedimentos especificos devem ser adotados, conforme instrugses do “Standard Methods” (EATON et al., 1995). 4.1 ~ COLETA E TRATAMENTO DAS AMOSTRAS A amostra homogeneizada deve ser coletada em frasco plastico de 1 L. Desejando-se determinar ambniv e nicala, deve ser trazida ao laboratdrio no menor periodo de tenipo (se possivel no mesmo dial para a sub-amostragem. coniorme 0 esquena seguinte: NHAt NOs Teo pH CE CO. fof mst - Congelar ou analise Sem “ imediata tratamento Sub-amostra 4 Sub-amostra 2 - ~ _— Sub-amostra 3. 4 [| C : 1 J 4 \ - “> Sub-amostra 4 - r “ Solugao [ve | HePOr ve - ja ¢ ¥ t fe { Y Pe Piresing) SOP HCOx — Outros nutr. K K* (resina) Co Metais Nat Ca®*(KCI, resinay 8 B Mag** (KCI, resina) a Ao chegar no laboratério, homogeneizar a amostra ¢ transferir 10 a 300 mL para recipiente plastic (encher somente 3/4 do mesmo), identificar € conservar ~ no congelador até 0 momento de detenminar aménio nitrato (sub-amostra 1). Para as determinagées de pH, condutividade elétrica € carbono organico, transferir = 150 Ti. da amostra homogeneizada para frasco “snap-cap" (sub-amos- tra 2), E recomendado determinar pH ¢ condutividade elétrica ne menor tempo . possivel (2 a 3 horas) Os teores “totais” de N, P, K, Ca, Mg, S, Cu, Zn, Ma, Fe, B © metais (Pb, Cr, Cd. Ni) podem ser determinados pelos métodos utilizados na analise de plantas, em uma amosira de volume adequado, conforme a concentragao do elemento a ~ ser determinado € a sensibilidade dos métodos. A-EXTRACAO COM HCL Para as deterinmagers de fosforo, potassia, sodio ¢ boro. transterir 100 ml. da amostra recém homogeneizada para frasco “snap-cap”. Adicionar 2 mL de HCL 50%. agitar intermitentemente 10 min e deixar decautar ale o dia seguinle. As determinagaes § crao feitas no sobrenadante (sub-amostra 3a) A clarificagéo das amostras por HCl é uma extragio de nutrientes “disponi- yeis’ dos colides em suspensio, a semelhinica do extrator duplo acto para determinacdo de Tostaro ¢ porassio wo gale. Embora os valores pblidos nito corres: pondant aos teores cn Sol, represeutam as perdus de nutrientes “disponiveis” para as plantas na agua da enxurrada. A concentracde do HCI uo extrato ¢ de aproxi- madamente 0,1 tM, extraindo “P disponivel”. Na € K trocaveis parte de Ca ¢ Mg (rocaveis, O $0, adsorvido nfo ¢ extraido pelo Cla este pl. Deve-se ter em conta que o HCI extvai P de minerais apatiticos ot aduibos que os contenhan, B - EXTRACAO COM KCI OU RESINAS Para as detenw ages de calcio ¢ Magnésio trocavels, transferir (com pipeta die ponta larga) 50 mL da amosira recém homogeneivada pata frasco “snap-cap” Adicionar {com medida calibrada) 1,9 g de KCl, agitar intermilentemente por 10 min e deixar decantar até o dia Seguinte, As determinagées serao feitas no sobrenadante (sub-amostra 3b) Os teores de P extraivel e Ca, Mg ¢ K trocdveis podem ser também extraides com resinas de troca (acido/base fortes) conforme a metodologia descrita no Anexo 8.6. Aliquotas a serem utilizadas e 0 método de delerminagao de P devem ser adequados aos teores destes elementos na amostra e sensibilidade dos metodo. C- EXTRAGAO DE SULFATO Para a extracdo de sulfate, transferir (com pipeta de ponta larga) 50 mL da amostra recém homogeneizada para frasco “snap-cap”. Adicionar 0.05 mL de HPOq cone. (gotas) ¢ ajustar 0 pH a = 3.0 com solugao saturada de Ca(OH}, ou HCl 0,1M, Agitar intermitentemente por 10 min ¢ deixar decantar até 0 dia seguinte. A determinacao sera feita no sobrenadante {sub-amostra 3c]. A concen- tragao final do extrator sera de ~ 500 mg L7 de P. Para obter um extrato limpo pode-se alternativamente adicionar 1 mL de HCI 50% a 50 mL da amostta, agitar c deixar decantar alé o dia seguinte D - FILTRACAO DAS AMOSTRAS. Para determinagao dos fons em solugao, as amostras deve ser filtradas com filtro Miltipore de 0.45 xm, oblendo-se filtrados Iimpos; estes so necessaries es- pecialmente no caso de determinacdes espectrofotométricas (P, B, SOq?, Cl), ou para a determinagao de metais em forno de gralite. Filtrados levemente turvos nao afelam as determinagdes de carbonato e bicarbonate. Os métodos de determinacao de P, K, Ca, Mg e S descritos a seguit sao adequados para determinagao destes nutrientes extraidos de amostras de agua de Iixiviagdo ou de escorrimento de solos emi concentragses usuais: 119 4.2 ~ DETERMINACOES DE pH E CONDUTIVIDADE ELETRICA Estas determinagdes devem ser feilas sem tratamento prévio das amostras, logo apés o recebimento no laboratorio. A estocagem das amostras na geladeira ( 4°C) pode ser utilizada por we periodo curio (1-2 dias) 4.2.1 ~ Material a) Medidor de pH com eletrodo de vidro, b) Conduiivimetro, 4.2.2 — Solugoes a) Padroes de pH 4,0 e 7,0 (ef ilens 2.3.2b e 2.3.2¢l. b) Padréo de condutividade (cf item 2.19.2.2a] 4.2.3 - Procedimento a) Transferir = 20 mL da sub-amostra 2 | a) Apos homogenetzacao. (p. 118) para copo descartavel b) Determinar o pH. b) Apés regular o medidor com as sol padrao. c} Determinar a condutividade na | o) Ver procedimento e observacoes mesma amostra {se 240 {01 contami- do item 2.19.2. nada pela lavagem dos ¢letrados na determinagao do pH! 4.2.4 - Observacoes a) Se a temperatura entre os padrées e as amostras for muito diferente, ajustar 0 aparelho para compensar esta diferenga ou deixar as amostras ¢ padrées no laboratorio para nivelar as temperaturas. b]_Expressar os valores da condutividade (em relagdo a temperatura de 25°C} em mS em’! (ou pS cm") 120 LO PAWN RRR ARR al 4.3 - DETERMINAGOES DE SODIO E POTASSIO. 4.3.1 — Material a} Foldmetro de chama 4.3.2 — Solugées a) Solugdes padrao: Cf tem 2.4.22 4.3.3 - Procedimento Determinar a intensidade de emissao de tuz de Nae K de uma aliquota [= 15 ml) da sub-amostra 3a (p. 118) com os filtros adequados, apds a determinagao da curva padrao. 4.3.4 ~ Observagoes a) Se os teores de Na € K da amostra forem superiores ao ponto maximo da curva padréo, diluir a amostra com agua dest. b) Se os teores de Na ¢ K da amostra forem baixos, pode-se expandir a escala de Jeitura, utilizando-se como ponto maximo da escala padrao de 7 mg L'! de K ede Na 4.3.5 ~ Célculos a} Determinar na curva de calibragao © valor correspondente @ concentracao destes elementos na sol de leitura (cs). b) Calculo dos teores de Na eK mg L'! = lettura x es x 1,02 (© fator 1,02 € devido a diluigo no tratamento da amostra com HC), 121 a} al b) a) b) <) d a) ») a) v) 3 4.4 ~ DETERMINACOES DE CALCIO E MAGNESIO 4.4.1 - Material Rotemeire de absoreao, 4.4.2 ~ Solugoes Padroes de Cae Mg Cf item 2.7.2h, Estroncio a 0.3% em HCl 0,2M. Cf item 2.7.20, 4.4.3 ~ Procedimento ‘Transferir 5 mL da sub-amostra 3b | a) Pode-se utilizar ser cath, (p. 118) para copos descartaveis Adicionar 5 mL da sot de Sr a 0.3% | b) Com ser cali, em HC10,2M Determinar a absorbancia do calcio. Diluir 5 ral. da amostra com 10 mL de | d)_Utilizar ser. agua dest, Determninar a absorbancia do magnésio. 4.4.4 — Observacoes Para a curva padrao, diluir 5 mL de cada sol padrao com 5 mL de agua dest, Seguir 0 procedimento a partir do item c A sensibilidade do método (abs = 0.002) € de = 0,1 mg L! de Cae 0,03 mg L? de Mgna amostra 4.4.5 ~ Calculos Fatores de concentracao (fe) de Ca e Mg obtidos das respectivas curvas padrao. Fatores de diluigao (fd) de Ca (2x) ¢ Mg (6x) Teores de Cae Mg Ca, Mg (mg L"') = leilura x fe x fd 122 ey MN (MODENA KAM wD DY 4 bh al a) ») al d) a) >) 3 4.5 ~ DETERMINACAO DE SULFATO 4.5.1 ~ Material Espectrolotometro (), = 440 nm}. Bloco digestor com temperatura regutavel até 200°C 4.5.2 - Solucées Sol padvao de 50 mg [1 de 8, BaCly-gelatina e HNOs-HCIO4 ef item 2.11.2 4.8.3 ~ Procedimento Transfer 20 mL do extrato da sub- | a) Pode-se utilizar ser calib, amostra 8c (p. 118) para tubos de 25x85 mm, Conduit ef 0 procedimento 2.11.3 2 partir do item f. 4.5.4 ~ Observacdes, Preparar a curva padrao cf o item 2.11.4a A sensibilidade de método (abs = 0,002) é de = 0,05 mg L*! de S04 na amostra (caso a diluigSo para ajuste de pH tenha sido muito pequena) Em caso de amostras clarificadas com HCl $0%, adicionar 1 mL de BaClz-gelatina a 20 mL da amostra. Determinar a abs apés 30 min. 4.5.5 ~ Géleulos Fator de concentragao (fe) obtide da curva padrae. Fator de diluicaio [fd], conforme 0 ajuste de pH do extrato, ou diluigéo do mesmo. ‘Teor de sutfato: SO4* (mg 1") = leitura x fe x fe 123 4.6 ~ DETERMINACOES DE CARBONATO E BICARBONATO Os teores de carbonao ¢ bicarbonato indicam a alcalinidade total da solu- GA, Uni titulador automtico acoplado a um potenciémetro com registrador pode dar © valor destes ions na mesma titulagao (RHOADES. 1982). A titulagde da snostist com trnolfialeina (ponte de inflexdio em pH 6.3) ¢ com metilorange (ponte cle inMexao em pH 4,5) pode enwwetanto, ser ulilizada quando 0 namero de amos- ras a analisar nao € mute grande. A metodologia descrita a seguir ¢ « proposta bor RICHARDS ct al. (1954), com modificagdes do SNLCS (BR-MA-EMBRAPA, SNCS, 1979). 4.6.1 — Material «J. Mierobureta de 10 mL. D) Agitador magnético, 4.6.2 ~ Solugées a) Fenolftaleina a 19%: ef item 2.7.24, ©) Metitorange a 0.01%, pesar 0.01 g do indicador e dissolver em 100 mL de agua dest J HaS04 0,025M: chitem 2.14.20. 4.6.3 - Procedimenta a) Transferir uma aliquota de 10 a 25 mL | a) Usar pipeta ou ser calib. Diluir da sub-amostra 4 (p. 118) para frasco com agua dest fervida (se de erl de 125 mb. necessario) ¥} Adicionar 3 gotas de fenolftaleina a | b) Se nao aparecer cor rosa o teor 1%, de carbonates ¢ zero. ©) Titular com HaSO2 0,025M_ até | c) Uma gota a cada 2 segundos desaparecer a cor rosa @ Anotar o vol de ac gasto ©) Adicionar 8 gotas do indicador metil- } @ A cor fica levemente amarelada, orange 1) Continuar a titulagao com Acido até o | ) Nao é necessario zerar a bureta, A ponte de viragem. | cor fica entre laranja-clara ¢ rosa 39 Anolar oval de ac gasto. 124 4.6.4 - Observacées a} Sea amostra estiver limpa nao € necessaria a filtracdo. b) A sensibilidade do método (para 20 mL da amostra, ac 0.025M € 0.0) mL gastal € de 0,02 cmole L"), 4.6.5 ~ Calculos a) Teor de carbonate ou bicarbonate nal 17 x mol, Lx 1.000 605% HCO,” femol, Lo! mL amostra (mol, Lt € 6 ntimero de mol, 12? da solucio de HySO, utilizada na titulacao) 125 4.7 - DETERMINACAO DE CLORETO A determinacao de clorcto pode ser feita por métodos graviniétrices, colort métricos, voluméiticos ou eletrométricos, Neste altimo grupo. a tittlagao poten ciométrica com eletrados de Ag-AZCI ou com eletroco de Cl (estaclo sdlido) & bastante utilizada (ADRIANO & DONER. 19: seguir € 0 utilizado para extralos de solos (capitulo 2.12) © wetodo colorimétricn deserita st 4.7.1 ~ Material CE tem 2.12.1 4.7.2 ~ Solugdes CT item 2.12.2 4.7.3 ~ Procedimento a) Pipetar 5 mL da sub-amostra 4 (p.118) | a) Usar pipeta ou ser caltb. para copos descarlaveis e conduzir cf 6 item 2.12.3 a partir da letra f 4.7.4 ~ Observacoes a) Fazer a curva padrao: ef 0 item 2.12.4a 0) A sensibilidade do método (abs = 0,002) € de = 0.01 mg 1/! de Cl na amostra (sem diluigao) 4.7.5 ~ Caleulos a) Fator de concentragao (fe) obtido da curva padrao. b) Falor de diluigao (fd) se a amosira for diluida, ©) Teor de cloreto: Cl (mg L'!) = leitura x fe x fa 126 al by a) b) al b b) a a) 4.8 ~- DETERMINACAO DE BORO E ulilizado mélode colorumétrico da curcumina ef 9 capitulo 2.19) 4.8.1 - Material Espectrofolémetro 0, = $40 nm) Banho-maria com temperatura controlada (85°C + 3°C). 4.8.2 ~ Solucées Cfo tem 2.10.2 4.8.3 - Procedimento Retirar 0,5 ml da sub-amostra 84 (ou | a) Usar ser caltb. 4, p. 118) para copo descartavel. Proceder ef o item 2.10.3 a partir da letra 4.8.4 ~ Observacées Para a curva padrao, proceder ef o item 2.10.4a, A sensibilidade do método fabs = 0,002) € de = 0,002 mg L') na agua {sem diluigao) 4.8.5 - Céiculos Curva padrao Cf item 2.10.54, Fator de concentracao (fe) obtido da curva padrao, Fator de diluigdo (fd), se amostra for dituida, Teor de boro na agua B img L'!) = Jeitura x fe x fd 427 4.9 - DETERMINACAO DE CARBONO ORGANICO © teor de carbono organico em amostras de lixiviado pode ser determinado por oxidagao por dicromata emt meio ac com ealor externo (método Walkley-Black, descrite por ALLISON, 1965). deserito a seguir. Para determinagao da DQO de efluentes € recomendado © procedimento com refluxo (EATON et al., 1995 - Standard Methods) 4.9.1 — Material a) Placa elétrica (110-120°C). b) Bico de Bunsen ©) Agitador magnético, com uma limpada de 3 W, 110 V, protegida por uma peca de madeira 4.9.2 ~ Solugées a) FeS04 0.25 mole L": of item 2.16.2a. D) KeCra07 1,25 mole L*: of item 2.16.2 1] Ho8O4 cone, p.a. 4) Indicador ferroin: ef item 2.16.24 4.9.3 - Procedimento a) Pipetar 25 mL da sub-amostra 2 para | a) Amostra recém homogenci- frasco de erl de 250 mL. zada (ver detalhes p. 118) b) Adicionar 5 mL de KeCrO7 1,25 moleL'. |b) Utilizar pipeta vol. ©) Adicionar 2 mL de H2S04 conc ©) Com ser (obs 4.9.4¢.) d) Evaporar na placa a 110-120°C ate o vol de 10-15 mi. ¢) Adicionar 10 mL de HeSOg conc. ) Com ser. 128

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