Aterramento elétrico = “} t << ‘CLAMPER’ or Cari Soe, Motu Takayanogl José Meuro* BéTiGHt evemr) Capitulo V Aterramento da rede de distribuigao Neste capitulo, vamos abordar as metodologia para atender 4s determinagSes das condigées minimas a serem satisitas pelo projet, focando 0 objetivo principal do aterramento da rede de distibuigio que visa garantz, entre outros, escoamento das sobretensdes, tensio de toque e passo pela circulasio da corrente de desequilibrio, bem como, assegura a operagioripidaeefetiva dos dspositivos de protegio. Inclusive, em situagies de defeito ou rompimento da isolagio dos equipamentoslimitando a valores nio perigosos durante a passagem da corrente & terra, principalmente em relasio&tensio de togue e paso. Para obter os objetivos.propostos para_o- aterramento, € necessirio ter um projto especfco para cada sistema de distribuigio, considerando a avaliar as vantagens e as desvantagens de cada tipo de sistem, considerando, nesta anise, 0s aspectos da tensio suportivel de impuso, matriis empregados, equi ise téenico-econdmica global, smentos, estruturas de sustentacio, distincias de escoamento dos isoladores © nivel maximos de curto-ircuito. [As metodologias adequadas is condigdes minimas a serem satiseitas pelo projeto de aterramento da rede de distribuigio si: SISTEMA TRIFASICO A QUATRO FIOS, MULTIATERRADOS, EA TRES FIOS COM SECUNDARIO CoNTINUO “J I ai en [Neste tipo de sistema de rede multiaterrada, os aterramentos do neutro da rede eefetvados ao longo da rede, além de propiciaem «© adequado escoamento adequaclo dos surts, devem satisfazer a0s requisitos bisicos como: > — Garantir a efetividade do aterramento do. sistema; condigao, na pritica,satiseita quando a resistencia do aterramento equivalente se stuar na faxa de 0,1 0403.0 > Garantira manutengio do neutro, em condigdes normais de operacio, a. um potencial inferior a 10 V em relagio a terra, ‘ondigdo que aseguraa ndo alcangaro limite ce 10 mA, quando de ‘um eventual toque no condutor neutro; > — Garantir a manutengio dos poter de limites tolerives, em condigdes de defito; condi restrita aos ais de passo dentro potencias de pass, por nio ser sempre vivel a manutencio dos potencias de toque e de transferéncia, em condighes de defeito, dentro dos limits toleriveis, tendo em vita os tempos de operacio dos dispositivos de protesio usuals. A protegio parcial para os potenciais de toque & possivel ser obtida instalando © condutor de aterramento interno ou extern a0 poste; no caso de instalagio externa, ocondutor deve ter uma proteg de canaletas até a altura de 3 m, Esta protegio é totalmente invidvel nos casos de postes metilicos, em que. prépria estruturaéutilizada como condutor de aterramento. letromecinica por meio ‘Caberessltar que, no caso de sistemasa trésfoscom secundrio continuo, em eondigies normais de operagio, 0 potencal do neutro deve ser inferior 8 10 V em rela da corrente de desequilibrio (no caso de rede secundéria BT) restringe-se & zona de influgneia de cada transformador de dlistibuicdo, implicando no seu confinament, quase que total, a0 4 terra, jd que a circulagio neutro do circuit. Permanece em estudo a padronizasio de uma sistemitica pars cileulo preciso das tensies passiveis de serem transferidas pelo atendidas em neutro para as entradas consumid porocasiio de curtos-crcuitosfasee neutro nas redesde MT, valores estes aserem compatibilizados com os limites de suportabilidade25 SISTEMAS TRIFASICOS A TRES FIOS COM NEUTRO SECUNDARIO DEScoNTiNUO ourrane nto. Pa eouunnento PHOTESIOG — gee Neste caso, devido ao fato de ser invivel a limitagdo das tensdes passiveis de serem transferidas pelo neutro para as entradas consumidoras atendidas pela rede secundiia de distribaigao (BT), como alternativa, € necessério que os transformadores € demais equipamentos ligados na rede primaria de distribuigdo (MT) sejam contemplados com aterramento independente, bem como o aterramento do neutro da rede secundaria de Aistribuigao (BT), ou sea: > Do lado da rede de distribuic carcagas e/ow as ferragens de todos os equipamentos, garantindo as condigdes operacionais, de seguranga e, em cada ponto, interligar as malhas de terra por meio de condutores de aterramento independente para o sistema primério (MT) e secunditio (BT); > Olado da rede socundiria deve ser provido de aterramento com hastesalinhadas nos pontos de instalacio dos transformadores de dstribuigio, no minimo, com tréshastes Alistribuidas em relagdo a0 condutor de descida de aterramento, a intervalos de até 150 priméria ou de media tensio (MT), aterrar as ‘metros, mantendo o afestamento em relagio ao aterramento de MT; > Todo fim da rede de dstribuigio secundéria (BT) deve sr aerrado, no minimo, ‘com uma haste. )FILARES COM RETORNO POR TERRA (MRT) ‘As redes de média tensio (MT) no sistema monofilar com retorno por terra (MRT) so providas de um dinico condutor-fase que alimenta um ou mais transformadores de Aistibuicio, sendo o retorno da corrente feito pelo solo. O ciruito secundiio & composto de tts condutores (duas fases e neutro) nas tensbes de 230/115 V. [Na rede de média tensio (MT) devem ser projetados aterramentos somente nos pontos de instalagio das subestagbes de islamento edistribuicio, salva anecessidade de instalagso de dispositivos de protesdo contra sobretensdo em outros pontos da rede, © condutor neutro deve ser continuo entre 0 transformador e as instalagbes consumidoras, nio vinculando ao aterramento do poste do transformador e sim a0 do poste da entrada do consumidor. Por questdes de seguranga, © poste do consumidor deve situarse a uma dis ‘minima de 30 metros do aterramento do poste do transformador. Para 0 confinamento das correntes que retornam pelo solo, deve-se utilizar um transformador de isolamento para evitar as possives interferéncias na protegio da linha supridora. Sua relagio de transformagio depende do planejamento elétrico da area,«€ DéuIGer CLAMPER evemr) podendo ser ainda utilizado o transformador de isolamento para aadequar as tensBes na linha supridora, bem como as derivagdes MRT, apresentando, para tanto, um enrolamento primério aadequado is tensdes de fase da linha supridora e um enrolamento secundirio ao qual liga-se o ramal MRT. [Nossistemas MRT, ascortentes de carga dos transformadores de dlistibuicdo passam necessiria e continuamente pelos aterramentos estes, Dessa forma, pela fungio essencial que cumprem para 0 desempenho do sistema e para a seguranca de pessoas e animals, os aterramentos devem ser executados deforma citeriosa, envolvendo a medigio da resistvidade do solo, 0 projeto, a construgio ¢ 0 acompanhamento periédico. As caractersticas necessiras ao sistema de aterramento dos transformadores nas redes MRT, sejam eles de distribuigao ou de isolamento, sio determinadas em fungio de seguranga,levando-se em consideragio a corrente de carga e a mixima corrente de falta prevista para o ponte. ‘Tiros pe repr MRT + Rede monoilar no isolada da inka supridora ti A rede do sistema MRT lina trifsca,Emperativo, nese tio de rede, qu se proceds 30 talanccamento das corentes noalimentadortifisico. imentada diretamente de uma + Rede monofilar isolada da linha supridora trifésica A rede do sistema MRT ¢ alimentada por meio de um transformador de isolamento instalado na rede trifisica, proporcionanda um seccionamento elétrico entre os dois sistemas. Esta alternativa é apropriada a ramais com cargas mais significativas ¢ onde a carrente de desequilibrio & terra possa influenciar a protecio. © dimensionamento do aterramento do transformador de isolamento deve ser feito de forma a atender as caracteristicas de operacio em regime de carga, sobrecarga e curto-circuit. Para as poténcias de transformadores MRT normalmente tutilizados (5 kVA a 25 kVA), 0s valores de correntes de cargas {que podem circular entre o sistema de aterramento ¢ 0 solo, considerados seus valores nominais, podem ser encontrados na tabela a seguir, confeccionado para sistemas supridores em 13,8, kV 6 34,5 kV. TTT nal n 13,8/Y 3 KV 068 0.25 126 050 1,88 075 314 126 Corn 34,5 3RV (Os transformadores instalados no sistema MRT devem ser contemplados com dois aterramentos distintos: > no aterramento denominado “aterramento primario’, sto interligados o terminal H2 do enrolamento de alta tensio (se exist), na sua respectiva carcagae 0 para-raios nele instalado; > oaterramento, denominado “aterramento secundério” ou do padrio de entrada do consumidor, destina-se exclusivamente conexdo do neutro do circuito de baixa tensio, [A filosofia de se adotar o sistema de aterramentos independentes visa permite a manutengio em condigdes de seguranga, quando do eventual rompimento do condutor do aterramento primério, independentemente de qualquer exigéncia complementar no que se refere aos valores. de resistencias dos demais aterramentos secundérios (redes € consumidores). Para minimizar ou evitar a transferéncia de potencial a0 consumidor, com a separasdo entre aterramentos primirio € secunditio, basta que o aterramento secundicio seja composto ppor uma tinica haste de referéncta, independentemente de sew valor éhmico. Nesta configuragdo de aterramentos independentes, quando da ocorréncia de citculagao de corrente de curto-circuito, a ‘mesma devers circular preferencialmente pelo aterramento primério, -minimizando potenciais indesejaveis na regio do padrio do consumidor, desta maneira, os27 Para minimizar as indugdes provocadas pelas sobretensdes no enrolamento.secundirio, quando da descarga de surtos por meio dos para- raios, deve-se manter uma distincia minima entee os aterramentos primério e secundiio, Os detalhamentos quanto as retodologias adequadas determinacio das condigées minimas a serem satiseitas pelo projeto do aterramento de forma a atender, simultancamente, a todos 0s requisitos, poderio ser obtidos no item 5, bem como nos anexos da ABNT NBR 16527-1 Aterramento para Sistema de Distribuigio - Requsitos Gerais, publicada em 06/10/2016 Nos préximos _captulos, abordaremos a metodologia para aterramento das cercas em funcio da configuragio da rede de distibuigio, as caractersticas dos condutores de sterramento eas configuracées. dos eletrodos de aterramento ee et ee ee ane 3s de “Seguranca em