desabitada... E l Ningum morava. Perguntei a Ningum porque ningum na casa habitava. E Ningum me respondeu que ningum residia na casa porque a porta estava trancada e que Ningum tinha a senha que lhe abria a fechadura. E que no encontrara ningum capaz de romper o segredo, pois este algum deveria ser puro de corao, e a todos amar, at quem no era Ningum, incondicionalmente... Desde ento procurei em todos os lugares, no cu, na terra e no mar. Removi montanhas, vasculhei florestas inteiras e no encontrei ningum que pudesse romper a aldrava, abrir a porta e habitar a casa encantada de Ningum.
Fonte: MALLMITH, Dcio de Moura. Poemas Anacrnicos. p. 11. Rio de Janeiro:
Cmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, 2008.