Você está na página 1de 1

Dos Viveres que Vivi

Décio Mallmith

Dos viveres que vivi


pouco ou nada ficou:
Frases desconjuntas,
imagens indefinidas
e vidas não vividas.

Dos viveres que vivi


acumularam-se dramas:
mágoas mal dormidas,
feridas não curadas
e histórias inacabadas.

Dos viveres que vivi


restam-me fragmentos:
coisas não resolvidas,
melodias inconclusas
e amores não solvidos.

Dos viveres que vivi


obtusos sentimentos
fizeram-se concretos
e amei-te e sonhei-te.
Não deveria tê-lo feito!

- Composta em 21.06.2007.
- Publicada em: http://www.recantodasletras.com.br/autores/mallmith, 27/02/08.
- MALLMITH, Décio de Moura. Dos Viveres que Vivi (Poesia). In Antologia de
Poetas Brasileiros Contemporâneos – 44º Volume. Março de 2008. Pág. 14. 1ª.
Ed. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, 2008.
- Integra o e-book “Vaga Paixão”, pág. 9, Porto Alegre: edição do autor, 2007.
- MALLMITH, Décio de Moura. Poemas Anacrônicos. p. 31. Rio de Janeiro:
Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, 2008.
- MALLMITH, Décio de Moura. Verve. Coleção Scrivere. Vol. 7. p. 29. São
Paulo: Madio Editorial, 2010.

Você também pode gostar