A lei de falncia atribuiu ao comit de credores funes de grande
importncia nos processos de recuperao judicial, como a fiscalizao de todos os personagens na recuperao.
Disciplinou-se que ser constitudo por deliberao de quaisquer das classes
de credores da assembleia geral, quando ocorrera a constituio do comit e a escolha de seus membros, vale ressaltar que, entre outras questes, a ser deliberada na assembleia a aprovao ou rejeio do plano.
Devem ser observadas as restries previstas no artigo 30 da lei:
Art. 30. No poder integrar o Comit ou exercer as funes de
administrador judicial quem, nos ltimos 5 (cinco) anos, no exerccio do cargo de administrador judicial ou de membro do Comit em falncia ou recuperao judicial anterior, foi destitudo, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestao de contas desaprovada.
1o Ficar tambm impedido de integrar o Comit ou exercer a
funo de administrador judicial quem tiver relao de parentesco ou afinidade at o 3o (terceiro) grau com o devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente.
A instalao do comit facultativa, devendo, em tese, existir apenas se a
complexidade e o volume da massa falida justificarem a sua constituio.
A principal funo do comit a de fiscalizao, seja em relao ao
administrador ou a sociedade em recuperao. Para o exerccio da funo de fiscal permitido o acesso as dependncias das empresas, a escriturao e demais documentos relacionados a empresa.
O comit deve apresentar ao juiz relatrio mensal das atividades realizadas
pela recuperanda, apontando as falhas e irregularidades. Importante frisar que as decises do Comit, como rgo colegiado que , so sempre tomadas pela maioria de seus membros, tendo direito a voto um nico representante de cada classe.