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Capitulo 1 Identidade Pessoal Theodore Sider O conceito de identidade pessoal Ao ser julgado por homicidio, o leitor decide fazer a sua prépria defesa, Afirma nao ser 0 assassino; 0 assassino e 0 presses digita arma do foram encontradas. sassino é canhoto? «Nao», impressies di ode, como que as minhas eq AtG se parece exa 1 Mas ewe o homicida nao somes 1¢ sofri mudangas. A banda de rock ENTGtAS DA BXISTENCIA Rundgren. Essa pessoa tinh apendice, mas eum removido na semana pass tenho 30. Eu e esse assassino de b pessoa, Portanto, n mento. No entante sofre mud: nverte a uma religitio 0 cabe que era antes. Di , qualitativamente, 5 ndio €a mesma pessoa. Entéo, m fio & «a mesnia pessba». Mas noutro sentido n tomou o seu lugar. Chama-se representam 0 mesmo néimero, ra em bebé, apesar ‘mesma pessoa ninguém na, E verdade que «ninguém pode ser punido pelos crimes de ourrems. Mas aqui «outrem» signi- fica alguém numericamente distinto de si O coneeito de identidade numérica € importante pata os assuntos humanos. Afecta a questao de saber quem pode- 16 IDENTIDADE PESSOAL ‘mos punis, uma vez que € injusto alguém numerica- saber o que faz as pessoas sere longo do tempo chamam os fildsofos a questi pessoal Pode representar-se a questio da identidade pessoal através de um exemplo. Imagine acerca de co 4 que est muito curioso nhentos anos apis a s uro. A principio fi te en mado, mas depois comoca @ duvidar. Como ira Deus garantir 4 uned a existir no futuro? Daqui a quinhentos anos corpo ter-se-i decomposto. An wr-se-4 enti dispersad te, téria, uma nova pessoa que se assemelhe a si, mas isso no Ihe da qualquer conforto, Voc® quer ser o pwd fue serve Este exemplo torna o problema da identidade pessoal particularmente vivido, mas repare que a mudanga triv Jongo do tempo levanta as mesmas questées. Olhando para ENIGHAS DA EKISTENCIA ografias da infancia, voce diz «este era eu». Mas porque? Oqueo ma pessoa que aquele bebé, apesar de todas as mudangas que sofreu (Os filésofos reflectem também sobre longo do tempo de abjectos que nao sto pessoas; qu bicicleta ou nag mesma ¢ stintos. Estes objectos levan- es que se colocam acerca das so par- 1 dos anc identidade ao reflectem > serem, faz um electtdo, arvore sa em momentos tam muitas das mesmas guest pessoas, além de algumas diferentes. Mas as pess ticularmente fascinantes. Por um lado, x6 a identidade pess Jaomente por nds préprios.) Entao, como poderia D turo? Como vimos, nao basta reconstit éria, uma pessoa fisicamente similar. Seria . Adiantaria usar a mesma matéria? Deus ies, neutrdes ¢ electroes que existir no fu- it, a partir de outra ra seme- entio dis- 2s numa pessoa. poderia até fazer esta nova pessoa o seria vocé. Seria uma nova ha matéria. Se nao con- sca o futuro; tanto quanto matéria de que agora € com) foi, em parte do corpo de outra pessoa, hé milhares de wel que a seu cor tempos anos. E muitissimo improvavel mas contudo poss iéria de um antigo estadista grego se tenha reciclado através da biosfera, vindo a acabar em si. £ claro que isso Jo o tomaria numericamente idéntico Aquele estadista. Vocé nao deveria ser punido pelos crimes do dito; niv po- deria arrepender-se dos males que © outro tivesse come- 18 TEVTIDADE FESSOR tido, A identidade da matéria ndo 6 cond para a identidade pessoal. To-pouco € necesstria. Polo menos, a exacta identidade da matéria ndo & necesséria para a identidade pessoal. As pes matéria, Ingerem e excretam, cortam o cabelo e perdem por- cies de pele e, por vezes, fazem implantes, nos seus com pele ou de outra matéria, Na verdad ingestio ¢ excregio recicla quase toda a matéria de qu ocesso normal de a ser ve idade pessd particularmente ligada a identidade da matéria, Ao q ligada entao? Aalma Alguns fildsofos e pensadores religiosos respond ‘Aaalma de uma pessoa esséncia psicolégica, uma en- tidade niio-fisica em que ha pensamentos e emogdes. A alma sobrevive ilesa a todo o género de transformagées fisieas do corpo e pode mesmo sobrev al. A sua a € o que o faz ser quem é, O bebé nas fotos é vocé porque a alma que agora habita o seu corpo € a mesma que entio habitava o corpo daguele bebé. Deus pode entio res suscité-lo no futuro fazendo um nove corpo ¢ nele inserindo Asua deste: arecem dar as perplexidades filoséficas acerca da identidade ao longo do tempo, mas nao ha qualquer razdo vélida para pensar que existem. Os fil6sofos coscumavam angumentar que temos de post ment resposta f EMIGMAS 0a BxISTENCIA © eérebro. Mesmo ‘abia-se que as lesdes cefali- que certas neurociéncia contemp. am danos Hoje saber s do cérebro esto associadas a cer estados psicoldgicos com os estados cerebrais, 5 0 suficiente p io & uma hipétese ra Nio que a cigneia neuroldgica refute a alma: as almas p rian existit ainda que os estudos psicolégicos ¢ os estados mentais estejam perfeitamente correlacionados. Mas se © mental, ndo hé necessidade uldede em expli- compare, ma vez que quer mente, que a alma niio tem partes menores. As almas nao compostas de bil icas. (Se fossem, deixari ra as per plexidades filosdficas acerca da identidade ao longo do tempo. A teoria da alma enfrentaria as mesmas questées fi losoficas dificeis do que nés, Por exemplo: 0 que faz uma alma ser a mesma ao longo do tempo, apesar das mudangas nas 20 IDENTIDADE PESSOAL \s anfmicas?) Mas se as almas nda tém minis. rticulas animicas, nao rém algo semelhante a neurd- nios para as ajudar a fazer 0 que fazem, Mas entdo como fazem? A continuidade espacio-temporal e 0 caso do principe e do sapateiro Pond de parte as almas, voltemo-nos para as teorias ci ficas, que basciam a identidade pessoal em fendmenos natu- rais. Uma dessas teor de continuidade es- pacio-temporal 0 agarsa a bola e prepara o lang. hé uma bola na luva precisamos deste método para longo do tempo, uma vez ss pode ser 0s. Quer saber se ¢ identificar uma pessou joria, as pessvas informag dores. Depois, usando esta informagao, esboce uma série con- tinua regredindo no tempo a partir da pessoa € veja a qual dos gémeos conduz, 21 IAS DA EXISTENCIA Todos concordam que a continuidade espécio-temporal da identidade pessoal. Mas, enquan- remos descobrit a esséncia her 0 que é ter identidade pessoal e ndo apenas reconhecé-la quando esta presente. Se 6 leitor quiser saber se um certo homem ¢ solteito, um bom . pois alguns solteiros sc n certo peso ¢ uma certa aparéncia ndo é a esséncia do m metal parecer ouro (em te ticas superficiais) sem q ase na pirite). A verdad essénc ino que p30 é no € ter o nfimeto atémico 79. a possivel em que alyo seja ¢ 79. Tudo o que exigimos dos ros ou ouro que funcionem na maior a esséncia tém de eis. A teoria da que a continuidade Je pessoal le pessoal é, nsideragdes espicio-temporal é de facto a essincia da identi eno apenas um bom indicio pritico. A identi io-temporal para que possa 6 possiveis. simplesmente, a continuidade esp Tem de se aperfeigoar nar et m pouco a teo odas as circunstanc! na panela e transfor: série c a realmente funcit Suponha que € capturad mado em sopa. Embora possamos tragat « metido r 22 IDENTIDADE PESSOAL entre si e a sopa, a sopa no € voce. Depois de liquefeito, deixa de existir; a matéria que antes 0 compunha compée agora ra coisa qualquer. Assim, temos de aperfeicoar a teoria da continuidade espicio-temporal até se obter a se- re formulaggio: as pessoas siio numericamente idénticas se, e86 se, hi uma continuidade espscio-temporal numa série de pessoas. O leitor ost certamente ligado & sopa por uma série continua, mas os diltimos elementos da série séo porgées le sopa e nfio pessoas. Pode melhorar-se a teoria (nomeadamente, afirmando que qualquer mudanga de matéria numa série continua tem de ocorrer gradualmente, ou que os elementos anteriores de uma tal série sdo a causa clos elementos posteriores). Mas pas- teressa John Locke. Um prin- cipe interroga-se como seria viver como um humilde sapa- teiro. Reciprocamente, hé um sapateiro que sonha com uma vida de principe. Um dia tém a sua oportunidade: permuta sticas mentais do Q corpo do sapateiro fica coma os atributos pessoais do principe, cujas caracteristicas mentais igraram por stta vez para 0 corpo do sapateito. O proprio Locke falou em alma: do principe e do sapateiro permutam-se. Mas modifiquemos a sua bistéria: suponha-se fea troca ocorre porque os céret twito sio alterados por um cientista malévolo, sem qualquer transferéncia de almas ou de matéria. Embora nfo seja p sivel, ndo é de todo em todo inconcehivel. A ciGacia diz-nos «que 0s estados mentais dependem da configuragio dos neu- 10 cérebro. Essa configuragao poderia em princfpio ser de modo a ficar exactamente igual & configur de outro cérebro. se to : i : eNzGuas DA ExISTENCIA do sapa- le ex- Depois da permuta, a pessoa que est: oh se-4 de ter sido um principe e do dese perimentar a sapateiro. Dird para consigo: «Final- mente, ten tunidadel» Reconhece-se como principe e nao como sapateiro. A pessoa quc esté no corpo do principe reconhece-se como sapateito € no come principe Tero atémse a compos; vio do prine corpo do principe e do sapateito ye esté no ciro. Entio, se a teoria da e espa a que est no corpo do sa- o principe e a pessoa que © principe e nao o sapa: corpo do say cio-te: pateiro 6 de fac no corpo do principe é de idopta uma perspectiva diference; concorda com Se tem razio, entdo a sua ex a teoria da continuidade espacio mento poderoso da parte de Locke: me horrivel, sabia sila para fugit las teu e espera . Depois da troca, o crime é descoberto eos pado, Nuda sabem da troca, pelo que pren- lem a pessoa que est po do principe, ignorando os seus protestos de inocéncia. A pessoa que esté no corpo do se vé como principe) lembra-se de ter come > a crime e gaba-se de ter escapado por um triz, Trata-se ne injustiga! O fanfarrao que est no corpo do set punido. Sc € assim, entio a pessoa que ipe € no 0 sapateito, pois, cla propria fez. sapateiro deve est no corpo do sapate 6 se deve punir uma pessoa pelo qu éopr 24 IDENTIDADE PESSOAL A continuidade psicoldgica eo problema da duplicagéo Locke usov 0 exemplo do principe ¢ do sapateiro para mostrar que a identidade pessoal segue outro tipo de conti- lade, a continuidade psicolégica. Segundo a nova teoria acke, a teoria ale psicol6i uma pessoa no passado é numericamente idéntica & pessoa no fut Iguma houver, que tenha a meméria da pessoa no passado, as suas caracteristicas individuais, etc. — quer a pessoa no passado € a pessoa no Ista por io que est no corpo do sa ortanto culpaca pelos erimes do prin- cipe e & cipe, uma vez que filésofo britanico do século xx, caracteristicas mentais de Fawkes, ent&o, segundo Locke, Charles é Guy Fawkes. Até aqui tudo bem. Mas agora o nosso cientista, perversamente, provoca transformagio também noutra pes ss catacterfsticas mentais de Fawkes consiste apenas numa Iteragéo do cérebro; se pode acontacer a Charles, entio pode acontecer também a Robert. A teoria de Locke est ora em dificuldades. Tanto existe continuidade psicolégica 25 ENIGHAS DA EXISTENCIA entre Charles ¢ Fawkes quanto entre Robert e Fawkes. Se a identidade pessoal ¢ a continuidade psicoldgica, ento tanto Charles quanto Robert seriam idénticos a Fawkes. Mas tal nfo faz sentid icaria que Charles ¢ Robert sio idénticos entre § Pois se sabemos 4 x=4ey=4 entio podemos coneluir que xy Do mesmo modo, se sabemos que les = Fawkes e Robert = Fawkes que les = Robert mat que Charles = Robert. Apesar de tivamente semelhantes (cada um tem a de Fawkes e as suas caracteristicas individuais}, ou- mericamente sfio duas pessoas distintas. Este € » problema da duplicacio na teoria de Locke: 0 que sucede 4 continuidade psicoligica ¢ duplicad: sada...) Williams prefer a psicoliigica devido ao probler irmos na sua pevgada, pensemos u nuuidade espécio-temporal. Tal como uma dtvore pode sobre- viver & perda de um camo, uma pessoa pode sobreviver & perda de algumas partes, ainda que significativas. Mesmo que The amputassem as pernas ou os bragos voce continuaria a ser a mesma pe: a perda de partes provoca )-temporal ¢ nado Antes de nti- 28 IDENTIDADE FESSOAL alguma descontinuidade espacio-temporal, uma vez que a re- i tempo ocupada pela pessoa muda abrupta- mente de forma. Assim, a «continuidade espéicio-temporal> deve ser entendida como continuidade espacio-temporal su- pessoa per Que continuicade espécio-temporal € gine que tem um cane metade direita do seu compo, mas que a esquerda se encontra saudavel. Este cancro range o seu cérebro: 0 hi ccem as mesmas. » incurdv isfér eit est cancer vel. Felizmente, Fé uns cientistas futuristas que podem separar o sen corpo em dois. Podem dividir os hemisférios cerebrais e remover a parte cancerosa. Dio-lhe priteses do brago e da perna di ete. C cerebr: ni sauda bard por funcionar do mesmo mode que todo o seu eérebr costumava funcionas. (Apesar de ficcional, de todo hemisférios cerebrais humanos pode passo que o esquerdo se encontn ligados, e replic: mas fung&es um do outro — embora fo todas.) Seguramente, a pessoa depois da operagio & a mesma que era antes: esta operagio 6 uma maneira de Ihe salvar a vida! Mas o resultado da operagio é uma descont re a pes reduz merade do corpo. Moral da histéria: mesmo a continuidade de apenas metade do corpo seria suficiente para manter a identidade pessoal Mas agora a teoria da continu enfrente 0 seu proprio prel ile espéicio-temporal histéria do pardgrafo anterior de tal modo que o cancro esteja férios. A ti penas no cérebro, mas em cura € a radioterapi mas a probabilidade de sucesso € apenas de 10%. E uma probabilidade baixa. Felizmente, podemos aumenté-la. Antes da radioterapia, os médicos di- videm © seu corpo — incluindo os hemisférios — em dois metade é compl ana narrativa: sus cada suficientes consi tempo gue metade de ma pessoa peso: ais 2 consequéncia absurda de que estas duas novas pessoas sto idénticas entre si uma das nossas te teoria da continuidade psice e duns sucessoras. Cada teoria at original 6 ident de as sucessoras screm idénticas entre si. caa cada sucessora, decorrendo dai o abs mo resolver este as teorias cienci- -m se sinta tentado a abandon: cdo-se para a alma. A continuidade, psicolégica no determina o que acontece a uma ficas, volt: 28 IDENTIDADE PESEORL pode ser fo por ambos. Embora scja t io bonita, os indicios disponiveis nao a su huamos a nao ter razto para acred Seria methor reformular de alguma maneita as teorias cient as tendo em conta o problema da duplicagio. (Se formo temos ainda de decidir entre a contin ia de almas. é a continuidade, Podemos é-las, para que afirmem, ao invés, que a identidade ntinuidade imbifurcante. Nornmalmente, idade no tem bifurcacSes: not de, em cada momento, ha continui- outta pessoa 08 exem- volvem hifurcagao, ou seja, num dado dade entre duas pessoas € uma cinica ‘ssoa anterior, Assim, segundo a tes e io » ha identidade brevive ao transplante duplo. Ao contrério da afirmacao de que as pesso. entre si, esta niio 6 absurda. Mas ¢ de aceitar. Imagine qu mento: seu hetisfério esquerdo iré io. Excelente. Mas agora, se a teoria modi- spicio-temporal esti conecta, € se » disso a pessoa que tem o hemistério dircito sobrevive, para si sea pessoa que hemisfério diteito sobreviver. Tem de fazer figas para 29. ENIGMAS DA BEISTENCTA 1 pessoa que tem o hemisfério diteito morra. Que estra- ticia de que © hemisfério es- pessoa hemisfério direito também sobrevivers parece ser mais uma boa noticia. Como poderia mais uma boa noticia tornar as coisas mui Solugées radicais para o problema da duplicagao A duplicagio é um problema realmente diffcil! Talver seja cs radicais. Eis duas delas ‘em causa um pre cerca da identidade pessoal: o pressuposto de que a ident. deste capftulo, concor- © arrependimento e ao castigo. Isto € uma parte identidade pessoal. O a rafo da secgio tra parte: que é€ muito mau para si se dade entre si e a outra pessoa. ‘tinci anterior pressupds a bi rio houver iden Isto é, deixar de existir é m pressuposto de que a identidade é importante. Segu Parfit, o que é realmente importante é a continuidade psi- colégica, Na maior parte dos casos triviais, a continuidade psicol6gica e a identidade pessoal andam a pat, Isto porque, segundo Parfit, a identidade pessoal é continuidade imbifur- cante, ¢ a continuicade raramente bifurea. Mas no caso da duplicacao isso acontece. Nesse caso, portanto, vocé deixa de existin. Mas no exemplo da duplicacao, segundo Parfit, deixar de existir nao é mau. Pois ainda que deixe de existis, preser- 30 IDENTIOADE PESSOAL varé tudo o que importa: ter continuridade psicolégica (em dose dupla, na verdade!). As perspectivas de Parfit siio interessantes ¢ estim tes. Mas podemos realmente aceitar que por vezes deixar completamente de existir€ insignificante? Isto implicaria uma revisio radical das nossas crencas habituais. Haver mais opgies? Podemos, a0 invés, reconsiderar outro dos nossos pres supostos acerca da identidade pessoal. O argume! plicagio pressupde que se hé identidade pessoal entre a pes- original e cada u ucessoras, temos 0 resulta absurdo de que as sucessoras so id@nticas entre si. Mas este ido absurdo 56 se segue se a identidade pessoal for identid dade (=) exprime na Matematica. F logo a partida, mas talvez seja um erro. Talvez a «identidade pessoal» nunca seja realmente identidade numérica, Talvez resu we numérica, a mesma nogio que 0 s res mericamente distinta, Se as afirmar que a hifurcagio d ntidade» pessoal ral — falta isso). Nos casos em que ha bifurcagao, pode haver relagio de «identidade pessoal» entre uma tnica pessoa e duas pessoas distintas; isto nao é absurdo se a ident pe tinguir entre a mera se foi para a faculdade, j4 nao € a mesma pessoa) e uma nogo mais estrita de «identidade» pessoal que se associe av cas Ligo, & antecipagao e a0 arrependimento. Mas nogdo mais estrita setia menos estrita do que a identidade numérica, e os ainda de dis- rativa («desde ENIGHAS DA EXISTENCIA Poderemos realmente acreditar que as nossas fotografias de infancia sao de pessoas numericamente distintas de nds? exigiria uma revisio radical de crengas. Mas por que a vezes ¢ preci ‘Lerrura COMPLEMENTAR da identi Contém dda perspectiva da continuidade is OULrOS arti os de 6 também exe cclente, 1984). A mente aces- ms introduz o problemi \d Individuations ce University Press, 1973) acho em, 1 Problems of 2

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