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DRATICA De CC@LOGA IT RODUTORIA GERALDO NORBERTO CHAVES SGARBI Professor auxiliar do Departamento de Geologia do Instituto de Geociéncias ds UFMG ROBERTO NOGUEIRA CARDOSO Professor adjunto do Departamento de Geologia do Instituto de Geociéncias da UFMG PRATICA DE GEOLOGIA INTRODUTORIA Belo Horizonte Editora UFMG/PROED 1987 Apresentacao Com prazer |i, quando ingressei na UFMG em .1984, 0 entdo manuscrito da presente obra. A época, em fase de elaboracdo pelos autores Geraldo Norberto Chaves Sgarbi e Roberto Nogueira Cardoso. O texto, datilografado como apostila, entrou em teste pelos estudantes da UFMG de 1984 a 1985 0 que ensejou aos autores importantes modificagbes de conteddo e di- distica, face 85 contribuic&es advindas da dtice estudantil. Devido ao cardter prético do texto 4 sua fundamentagdo tedrico-conceitual, procurei incentivar os autores a ter como meta sua transformago em livro. Em boa hora a Editora UFMG se interessou em edité-lo sendo hoje para mim, grande honra e satisfacdo apresenté-lo. Roberto Cardoso carece de apresentago, visto ser por demais conhecido nos meios geo- légicos, face 4 ampla gama de atividades geolégicas que exerce. Porém, para os jovens estudantes que usardo este texto, gostaria de mencionar-thes que 0 Cardoso, formado pela Faculdade de Fi- losofia Ciéncia e Letras da USP, do prédio da Geologia da Antiga Alameda Glete, em 1958, iniciou- -se no magistério em 1959, lecionando Geologia e Paleontologia na Faculdade de Filosofia de Sao José do Rio Preto, bem como Geologia, Petrogratia e Mineralogia na USP. ‘Sua transferéncia para Minas deu-se em 1962, quando convidado pelo Prof. Iphygénio Soares Coelho, veio lecionar Geologia no Dept? de Engenharia de Minas da UFMG. De 1967 1977 também lecionou Geologia Fisica e Geomorfologia na Escola de Minas de Ouro Preto. De 1966 a-1967 fez curso de especializaco em Geologia na Kansas State University, Wichita, tendo posteriormente realizado cursos de extensdo em Gemologia e Oceanografia na USP e Geologia Precambriana na Escola de Minas de Ouro Preto, ‘Além de magistério, realizou importantes, pesquisas no mbito da Paleontologia, quando entre 1962-1965 era, praticamente, © Unico especialista brasileiro em conchostréceos. O Prof. Cardoso tem exercido importantes trabalhos de consultoria na drea industrial, voltada para maté- rias-primas minerais para cerémica, pesquisa e minérios de chumbo, zinco, ouro, diamante e outros. De 1967 a 1977 foi diretor Técnico da EAM — Engenharia de Recursos Minerais. De 1972 a 1973 foi diretor técnico do entéo reeém criado Instituto de Geologia Aplicada. Ocupou, tam bém, de 1974 a 1979, 0 cargo de Chefe do Departamento de Geologia da UFMG, quando aqui co- ordenou a implantacdo do curso de Geologia. Desde sua vinda para a UFMG até 1985, quando se aposentou, 0 Prof. Cardoso deu varios cursos curriculares ¢ de extenstio, publicou vérios trabalhos, angariando com seus aprofundados co- nhecimentos e afavel personalidade, a estima de quantos com ele se interagiram. Norberto Sgarbi, graduado em Geologia pela UFMG em 1978, realizou cursos de aper- feicoamento em Economia Mineral (PUC-MG), Ensino de Geologiaem Nivel Superior (UNICAMP) Pesquisa Mineral (SBG-MG), tendo exercido atividades na drea de sondagens para prospeceo mi- neral e geotécnica, entre 1979 a 1983. Nesse perfodo, foi o responsével técni¢o por supervisso de campanhas de sondagens geoldgicas realizadas no canteiro de obras da Agominas, ou destina- das & pesquisa mineral em vérios pontos do territério nacional, notadamente Parand, Sao Paulo, Minas Gerais, Pard e outros. Em’ 1983, ingressou por concurso na UFMG, onde tem se devotado ao ensino de Geolo- gia Introdutoria para a drea de Engenharia Civil e Geologia Geral para o Curso de Geologia, além de vir realizando pesquisas didaticas pertinentes a essas disciplinas, objeto de artigos jé publicados. Portanto, o presente texto, tendo a chancela dos dedicados mestres Sgarbi e Cardoso, seré certamente de extrema aplicago para todos aqueles que o utilizarem. Esto de parabéns o Departamento de Geologia — IGC por apolar e a Editora UFMG por publicar a presente obra. Prof. Eduardo Anténio Ladeira. Agradecimentos (0s autores dedicam especiais agradecimentos aos colegas, cujo apoio fot indispensdvel execugdo do presente trabalho: = Professor Edézio Teixeira de Carvalho, OD. Diretor do Instituto de Geociéncias da Universidade Federal de Minas Gerais; = Professor Joo Alberto Pratini de Morais, DD. Chefe do Departamento de Geologia do Instituto de Geociéncias da Universidade Federal de Minas Gerais, no inicio dos trabalhes, em janeiro de 1984. — Professor Eduardo Antonio Ladeira, professor do Departamento de Geologia do Insti- tuto de Geociéncias da Universidade Federal de Minas Gerais, pelo incentivo @ reviséo sgeral do trabalho. = Professor Anténio Celso Campolim Fogaca, responsével pela contecgio do Capitulo 8 — Aerofotogrametria —, a0 Professor Carlos A. Rosiére pelas muitas sugestdes apresentadas durante 0 decorrer dos trabalhos, como também aos demais professores do Departamento que nos auxiliaram, revendo 0s originais @ oferecendo sugestBes. = Funcionério José Anténio Silva Bessa, pelos servicos de datilogratia; = Funcionéria’ Angela Maria Mendes Pinto, pelos servigos de desenho, auxiliada em parte por Frederico Rosa e Silva, desenhista lotado no Centro de Pesquisa Manoel Teixeira da Costa/UFMG. " 1 — ESTRATIFICAGAO E ALEITAMENTO. DIREGAO E MERGULHO DE CAMADAS. Estratificagdo @ Aleitamento Sedimentos depositados sob a dgua, géralmente apresentam disposicgo regular, resultado da deposigao dos fragmentos camada sobre camada. A rocha ¢ denominads estratificada e os pla- nos que @ separam sao os planos de estratificago ou aleitamento. Quando as caracter sticas dos fragmentos variam em decorréncia de alguma causa durante 2 deposico, os planos de estratificacZo mostram-se bem definidos. Se as mudangas so suficientemente acentuadss, permitindo separar uma camada de outra, os planos de aleitamento geraimente s8o paralelos e dispostos horizontal- mente, a meno’ que perturbacdes posteriores modifiquem a posig&o original. Afloramento Quando uma camada de roche aparece & superficie, diz-se que naquele local hé um affora- ‘mento. Se as rochas permanecessem na posi¢o em que estavam quando da deposi¢go, somente ca: madas superiores seriam vis(veis. Ne maior parte das vezes isso ndo acontece; na maioria dos locals ‘onde acorrem afloramentos, mavimentos ocorrem durante e subseqiientemente ao perfodo da de- posicdio, determinando que os estratos mostrem-se em posicao inclinada. 0 dngulo de inclinagio com o plano horizontal é chamado mergulho. Mergulho Verdadeiro Mergulho verdadeiro é 0 angulo maximo entre o plano de uma camada e o plano horizon: tal. Coincide com a diregdo em que a agua escorre quando despejada sobre a superficie da camada. Diregio Uma Itnha horizontal no plano da camada é chamada de linha de dirego ou simplesmente dirego da camada. Uma linha de dirego ¢ uma linha de nfval e pode ser imaginada como uma curva de nivel para a super cie da camada. Se a camada 6 uniformemente inclinada, as linhas de diregdo ter8o dis- posigdo perfeitamente paralela. Se a camada ndo se apresenta com inclinagSo uniforme, mas dobra- da, as linhas de diregdo véo se apresentar curvas, da mesma forma que as curvas de n{vel em um ter- reno irregular. A dirego de uma camada é definida pela intersecdo do plano de estratificaggo com 0 plano horizontal. Merguiho Aparente ‘A inclinago da camada com relacdo ao plano horizontal, em qualquer diregéio, exceto Aquela do mergulho verdadeiro, formaré um dngulo sempre menor que 0 éngulo do mergulho ver- dadeiro, Quanto mais préxima a dirego do mergulho aparente com a direco do merguiho verda- deiro, mis se aproxima o valor do merguiho aparente com o valor do éngulo do mergulho verda- deiro. O ngulo do mergutho 6 definido em termos de graus a partir do plano horizontal ou.em 12 Pratica de geologia introdutéria termos da tangente do dngulo, isto 6, um mergulho de 1 em 5 significa que duas linhas de direco distanciacas na vertical em 100 metros estardo 500 metras distantes na horizontal, senda 1/5 a valor da tangente do éngulo. ° ‘A menos que seja indicada, o termo mergulho, sem qualificacdo, dave ser entendida como margulho verdadeiro, ‘A figura 1.1 é um bloco-diagrama em que as camadas com mergutho uniforme afloram em uma superfeie horizontal ») Fig. 1.1 — Blocordiagrame ilustrondo 0 merguho verdadeire. 0 plano contido em ABZX ¢ horizontal. AB é ume linha de diregdo situada na parte supe rior de camada com legends em pontos; CD € outta linha de dirego da mesma camada mas em po sigdo mais baixa. O mergulho verdadeiro da camada € 0 éngulo YOE, na direcdo OY, que esté em 2ngulo reto 2 AB, que é a linha de direcdo. ‘A comada cai uma disténcia XC igual a YE na direcSo OX; sendo que OX ¢ maior que OY. © merguiho aparente na directo OX, que é a Angulo XOC necessariamente & menor do que o éngu Jo do merguiho verdadeira. Da mesma forma o mergulha aparente na direcdo O2: 0 Angulo DOZ € menor do que o éngulo do merguiho verdadeiro. Um plano de uma camada do bloco-diagrama esté representado na Fig. 1.1 8. AB e CD so paralelas, ambas correspondentes a linhas de direcdo, OE é normal entre elas. © comprimento das retas OC, OD e OE séo inversamente proporcionais as tangentes dos éngulos de Mergulhos nas direcées OX, OZ ¢ OY. Por exemplo, se o Mergulho na direco OC & de 1:10, em OD € de 1.7, em OE 6 de 1:5; 05 comprimentos OC, OD e OE estarfo na razio de 10, 7@ 5. Pode'se assim adotar uma construgdo grdfica simples para a soluco de problemas que en: volvamn mergulhos verdadeiras e aparentes. Exemplo 1: uma camiada de carvélo merguiha na razdo de 1:6 na direpa Sul. Qual sord a inclinagéo de uma estrada locada na caiada segunda a direcao S 60°W? f i err [MERGULHO VERDADEIRO ns Fig. 1.2 ~ Determinago da mergulho aparente, € c t CCCCECECCECCCCCECCCECCCCCCECCCECECCCECCECEE | Estratificagao ¢ aleitamento 13 Trace a linha Norte em qualquer posiedo. A partir dessa linhe todas as autres diregBes se- +80 definidas, Escolha um ponto qualquer 0. A partir de 0 trace OE, com cinco unidades na direedo Sul ‘Trace uma linha de direcdo segundo E-W. Desde que o mergulho verdadeiro é para Sul ne- cesseriamente a linha de dirogo serd E-W. A partir de O trace uma linha na direedo S 609W fazenda uma intersecgo com a linha de dirego, em C. © comprimanto da reta OC, madido na mes’ do mergulho aparente na direc OC. OC 6 igual 2 10 unidades. Dassa forma, o mergulho eparente na direro S 60W é de 1:10, 1 escala de unidade que OE, forneée o valor Exemplo 2: Uma camada merguiha na razio de 1:8 ne diregfio S 45° W. Em que dirego 0 merguho da camads teré valor de 1:162 c MERGULHO|vERDADEIRO | ~O Fig. 1.3 — Determinapo do valor do mergulbo aparente em uma determinads direc, Trace & linha Norte e marque um panto conveniente come origem, Trace a linha OE na ditec$o do mergulho verdadeira, estabelecando seu comprimento igual a 8 unidades. ‘Trace a linha de dirego segundo E-W, passando por E. A partir de O defina um arco com 16 unidades, fazendo com que intercepte a linha de direcdo que passa por E,em Ce (OC e OD tém 16 unidades de camprimento, Ce D esto na mesmo nivel que E, pois esta contidos na mesma linha de direcao, © mergutho aparente, segundo OC e OD, tem valor 1:16. Assim, hd 2 ciregéies em que o valor do merguiho aparenta é de 1:16, as quais situam-se ern posicfes apostas 20 mergulho verda- deiro. Besse mode, as diregdes em que as camadas mergulham com valor de 1:16 so S 450W + 80? ¢ S 459 W — 60° [determine os valores dos 2ngulos EOC 2 EOD). Isto é, N 75° Wo § 18° E Exemplo 3 — Uma camads de arenito em um atloramenta mergulha, aparentemente, com um valor de 1:16 segundo § 55° E. Outro afloramento, préximo a um cérrego, mostra um mergu tho aparente de 14 na direcdo do § 30° E, Qual o valor e o rumo do mergulho verdadeira de ea mada? 14 Prética de geologia introdutéria MERG. VEROADEIRO Fig. 1.4 — Oeterminagio do mergulho verdadeiro a partir de 2 mergulhos aparentes. A partir da origem 0 trace uma linha OA, com 6 unidades no ruma $ 85°. Trace OB no rumo $ 30°E com 4 unidades de comprimento. Ligue AB. Esta é uma linha de direpdo sendo que Ae B vo estar trés e meia unidades abaixo de 0. © mergutho verdadsiro é normal a diego. Dassa forma, trace uma perpendicular QD 2 partir de O, fazendo uma intersegdo em AB, 00 representa o mergulno verdadeiro em valor ¢ rumo. Estabeloca a escala de OD. OD = 3,5 unidades (aprox.) Meca AOD com o transferidor AOD = 559 O mergulha verdadeiro ¢ de 1:3,5 no rumo Sul Exercicios propostos 1.A) — Uma camada mergulha na 13230 de 1:10 na diresdo N. Calcule qual saré a inclinacéo de pi cadas locadas na camada, segundo as direces N 400 W: N 70° Ee N 109 E. 1.8) — Uma camada mergulna na razio de 1:5 na diregio N 452. W, Calcule om que diragdo 0 mergulho da camada teré o valor 1:3. 1.C) — As camadas de, uma seqiiéncia de rochas mergulham com 0 valor de 1:10 na diregaio $ 309 We, segundo o valor de 1:8, na direro E. Determine o valor e ruma do mergulha verdadei- ro das camades, 1.0) — Uma camada aflora no ponto A na cota 400; no ponto 8 na cota 500, distante 900m na di tegdo N45 E de A. Uma sondagem a 1.270m acima do n vel do mar a uma disténcia de 1,5km a Sul de 8 atingiu 3 camada a uma profundidade de 200m. Determine o valor do mergulho e rump, supondo que a cemada apresenta mergulho constant 1.£} — Uma camada de carvao apresenta merauino verdadeiro de 1:10 no rummo N 75 E.Deseja-se locar uma estrada na camads com um gradiente de 1:40 @ outra com um gradiante de 1:30, Em que direndo esses estradas dever ser locadas? 1.F} — Proponha e resolva trés problemas em que: al —E conhecido 0 valor e diego do mergulho verdadeiro, Deve ser determinado o valor do mergulho aperente em uma determinada diracko. )~ E conhecidia 0 valor e direedo do mergulho verdadeiro; deve ser determinada a direcfo dde qualquer énguio de mergulho aparente. &} ~ Dados 05 valores e dirego de mergulho aparente determinar o mergulho verdadsiro 18 2 ~ PERFIS TOPOGRAFICOS E SEGOES GEOLOGICAS Escalas Dé-se 9 nome de Escala @ uma relacdo ndmerica, vinculando as axtensbes.ou dimenstes que figuram no desenho com as grandezas reais correspandentes no modelo que se representa, Ela ade ser expressa por uma relag#o numérica ou gréfica, denaminada respectivamente Escala Nu. mérica ou Escala Grafica Escala NUmerica Sele L' a medica de um modelo e La medida natural do objeto representado par esse mo: delo, A escala é dada pela exprossdo: es c Tratase de uma fragao cujo numerador é sempre unitéric. O denominador pode assumir Giferentes valores, conforme seja 0 objetivo estabelecido, Ume escala, por exemplo, ‘'de um para vinte mil” podard ser grafada de trés maneiras + 1/20.000 ou 1:20.000, rae 000 sendo que todas elas, informam que uma extensio linear medida no mapa representa ume extensio equivalente vinte mil vezes maior no terreno. Nessa escala, 1 cm no mapa corresponds 3 20.000 em ‘au a 200 mo terreno. Escala Gréfice A representagio grafica de uma Escala Numérica é chamada Escala Gréfica, € de grande utilidade e ver colocada junto @0 mapa, fornecendo rapidamente @ sem cdlculos 0 valor real das medidas executadas sobre o desenho. Essa escala 6 uma extensio retil nea, graduada segundo os valores resis correspondentes, 30 terreno e dividida em segmentos convanientes cam a escala do mapa. Para maior preciséo, segmento @ esquerda da origem é dividido em 10 partes, podendo, assim, medir até 1/10 da divisso principal 100 Woo 200 00 400 50D 60D DOH Mutua merros T0000 Fig. 21 — Escola Grética 16 Pratica de geologia introdutoria E de grande importéncia a escolha da escala adequada em funco da preciso das medidas. Goraimente utilizam-se escalas pequenas para mapeamento geoldgico regional, por exemplo 7 250,000 e escales grandes para mapeamentos qeologicos de detalhe, par exemplo 1:5.000, Mapas Topogréficas © método mais utilizado para a representacda da relevo sobre mapas 6 o das curvas de ni- vel. Uma curva de nivel é uma linha imagindria sobre = superticie terrestre que une pontos de igual elevacio com relacdo a um plano de referéncia ou superticie de comparagdo, que normalmente é © nivel do mar. A altura sobre o plane de referéncia denomina-se cota qua ¢ a disténcia vertical entre 0 nivel de comparacia e a curva de nivel Segundo Breed, ¢.8, 1969 Fig. 22 — Coracteristicas das curs de nivel (Broad, C. 8. 1969). A figura 2.3, reproduzida do livro de Breed (1969), € um mapa de curves de nivel que mostra o divisor de aguas ABCDE, entre os sistemas de escoamento Norte @ Sul. A partir dessa di visiria, © aproximadamente normal @ ela, gartem 03 morros convexos ou lembadas, que separam ‘8 cursos d’4gua. Os meis importantes do lado Sul sequem aproximadamente as diregtes AF, OG @ EH, Da mesma figura, pademas ainda tirar as sequintes conclusdes: = todos os pontos de ura mesma curva de nivel t8m a mess elevagso, como os Y; — 33 elevagdes estZo indicadas por curvas fechadas, como em A, B e C. As depressées também podem ser indicadas da mesma maneira, utilizandose neste caso um simbolo. especial tal como em M, para distinguilas das curvas que marcam elevecbes; — as curvas de nivel nunca se cortam,no caso de uma escarpa haveria pontos de superpo- sigo, tais como em Re S..s curvas de nivel nunca se biturcam ou se ramiticam, No caso extremo de ume escarpe vertical, podria parecer que isso acontece, mas ne realidade se trata de curves de nivel distintas; ~ as curvas de nivel de uma superficie plana sfo linhas retas paralelas. Esse caso no ovor rena figura em questo, — as ladeiras de pendente uniforme so representadas por curvas de nivel eqiiiistantes, como sucede 20 longo da linha gh. A ladeire TW é convexa ea AV, cdncave, Qusnto maior a proxi- midade entre as curvas de nivel, maior a pendente: — entre as linhas de tr2gos ab e od as curvas de nivel indicam a existéncia de um talvegue Observa'se que as curvas sober, cruzam a aguada normalmente e dascem palo outro lado. Em geral as curvas de nivel que cortam um curso d'égua apresentam sue convexidede volteda pera montante. Pequenas ravines se reoresentam por “ondulagdes” nas curvas de nivel, coma se pode ver em L; — entre cd e ef existe uma elevacio cuja divisbria 6 também perpendicular 8s curvas de nf- vel, tal como em Wi; — entra 0S picos so notadas pequenas depressBes ou vales, indicadas por N, U, Pe Qe mas esto indicadas pelas curves de nivel entre Ae B, Be C, etc. nama nen DR De ee eh Be ee OO Beane eee eeen eens a Perfis topograticos e secbes geoldgicas 7 Fig. 23 — Mapa de curvas de nivel mostrancio Divisor de Aguas, Vertantes 6 Talvegue (Breed, C. 2. 1969) Perfis Topouréticos O perfil topogréfico € prenarado a partir de mepas topagréficos. Tomase uma tira de pa pel, coincidinco com @ linha da see3o. Os pontos de intersegdes das curvas de nivel séo marcadas € 8 Cotas transfaridas para a tira de papel. Em sequida, prepare-se uma base, na qual o perfil € dese- nhado, conforrie a figura 2.4. Em um perfil topogrético, a escala horizontal é a mesma do mapa. A escala vertical pode- ré ser 2 mesma, se ndo se daseja um realce das feicées do relevo ou se ele jd possul contrasies alti- métricos apreciveis, Sendo necessério, exagera-se a escala vertical, de mado a evidenciar a tapogra fia, Fig. 24 — Método de preperapso de perfil toposrétco. 18 Prética de geologia introdutoria Segdes Geolégicas A seco geoldgica é exeoutada sobre 0 perfil topogréfico. Na verdade, a seco & um perfil topogréfico, contendo as formagées gaalégicas, Uma sepa geolégica deve conter as seguintes infor- macies = escalas horizontal e vertical; — direcdo da segio; —_nomes dos principais acidentes topogrétivos cruzados pela secdo: —_representagaio adequada dos simbolos de indicacda das rochas, Um exemplo de segio geolégica ¢ mostrado pela figura 2.5, onde a escala vertical foi exa- gerada 10 vezes. Observa'se que 05 contarnas geoldgicos cruzanr as curvas de nivel, indicando ca madas no-horizontsis. Nota'se tamibém o efeito da topografia sobre as camiadas, dando a falsa im pressZo de debramento das mesmas. Nests exemplo no se corrigiu o angula de inclinacdo dos estratos no perfil, cuja necessidade serd mostrada adiante, ESC. HORIZ.1:2000 ESC. VERT. 1200 EXAGERAGAO VERT. 10 MODIFICADO DE ELLISON, S.P Jr, 1958 Fig. 2.5 — Wiétodo de preperacso de Sesiio Geolbgica, (Reproduzide, com maditicagfo, de ELLISON Jr, SP., 1958) ~a41F Perfis topograficos e secaes geologicas: Outro exemplo € a figura 2.64 que mostra um mapa geoldgico com camadas horizontais, ‘cujos contamos acomipenham as curvas de nivel. Neste mapa, as curvas de nivel coincidentes com 0s limites gealdgicos, so represantadas apenas pelas sues cotes. ‘Segundo BENNISON Lina de topserofia 6M, 1975 ——— Linn de contato geoisgico Fig, 2.64 — Mape geoldoico, mostrando a disposicSo dos afforamentos de camadas horizontals (BENNISON, Gut, 1975). 20 Prética de geologia introdutoria A figura 2.68 uma seco geolégica construida através do mena da figura anterior. Pars methor representagdo do relevo, a escala vertical foi exagerada 4 vezes. Essa procedimento facilita 2 representagdo das camadas em perfil e evidencia a ordem estratigréfice existente. NE ESCALA HORIZONTAL | 40.000, ts VERTICAL 1:10000 F700 EXAGERAGAO VERTICAL 4 Fig. 268 — Septo gooldgica de Area ocupada por estrados horizontas. Representacdo de camadas inclinadas em pertis exegerados Um plano ou camada inclinada que tenha de ser representada em um perfil exagerado ex ge correcdo do Angulo medida, Duas maneiras de se proceder & correcdo séo aqui prapostas. 12. Estabelecendo se os valores do seno © cosseno do &ngulo medido com as escalas este belecidas horizontal e vertical. (0 valor anguiar da camada, exagerads a escala, aumenta, Esse aumento pode ser facilmen: te estabelacido, definidas as relacdes do 4ngulo medido com as esralas horizontal e verticel, pois @ primeira relaciona-se com o casseno € @ segunda com o seno do referide éngulo. Pertis topograticos e segdes geolégicas 21 Fig. 27 ~ Detitminagdo do aumento do valor angular de un plano em perfil exagerado, Exemplo: angula medide A = 200 sen 209 = 0,34 cos 209 = 0,93 escala hor. = 1/200 escala ver. = 1/100. 2 um valor 100 pare 0 comprimento total das escalas; como os valores méximos do seno e cosseno & 1, temos: Escala horizontal:1 = 100 og = x 93 Escala vertical: "1 = 100 O34 — x x= 34 Transferidos 08 novos valores para as escalas respectivas abtemos o valor de B = 36 graus, 28 Através da relado angular definida pela tangente do angulo medido com as respecti- vas escalas. 22 Pratica de geologia introdutéria “ Fig. 28 — Determinseo do eumente de valor angular de um plano em perfil exagerado, Ocstudo da Fig. 2.8 mostra que: Yes Xese ane Y real D Yea = tang 2 Y real - E = tong A ¥ real ae X eal bo eng tang 8 ae a tang A Exemplo: Angulo medido = 200 Escala horizontal = 1/200 (a) Escala vertical 1/100 tb} afb = 05 tang. A= 0,38, 8 36 graus A figura 10.3, p. 152, mostra a solugto da equaeo tang 8 . a/b = teng A selecionados de A ¢ a/b (angulo do mergulho da camada e exegero vertical], a/b assumindo valores iguais a 2,3, 5 10. Neste exemplo, com um exagero vertical correspondente @ 10, linhas mergulhando em ngulo 30° e 60° vo aparecer com inclinaro de 809 870. Vamos examinar agora 0 caso de segtes geoldgicas em que suas diregées fazem éngulos diferentes de 90° com a direcio des camades. Se a camada tem diregSo E @ merguiha de 450 N, © merguiho aparente em uma seo80 vertical N-S teré o mesmo valor do mergulho verdadeiro. Mas s© @ diregdo da segdo tem direodo N 450 W 0 mergulho aparente terd valor diverso do merguino verdadeira, como veramos a seguir. Pertis topograficos e sagdes geolégicas 23 eB Fig, 29 — Sepdus gooibgicas em que as depBes néo so ortogonals a8 direptes dos camadas. Na figura 2.9 teros mergulho verdadeiro Angulo que a direcdo de camada faz com direco da Seeto OB meraulho gparente OP © AB so duas horizontals do plano, 4 resoliggo trigonométrica é a sequinte. OA = "PB AX = BY Triéngulo OAX; d = OA tangs. ridngul on Tringulo OPB; OB Ga be Tigngulo 0BYs tange = ai ‘idngul ; tang be tange = OAtanae ene reslvende a expresso cia tomes tang c tanga sen b, que é @ expresso que relaciona entre si o mergulho verdadei- ro, 0 mergulho aparente e direc da seco, O problema poderia ainda ser resolvido por geomettia descritiva, conforme a fig, 2.10 que 6 desenwalvide a partir da figura anterior. S V 00 Fig, 2.10 — CorreeSo do mergulio em secdes nfo ortogonais ds direpBes des cemadae © mergulho aparente pode ser determinado com seguranca utilizando-se o diagrama para cAlcules de mergulhos aparentes, conforme est4 mostrado na p. 151 Prética de geologia introdutoria 2A) — Construir 0 perfil geoldgico, segundo @ directo AB. {BENNISON 1975). Exercicios propostos 24 Perfis topogréficos e segGes geolégicas 2.8) — Construir os perfis geolégicos segundo as direcdes A~B e CD. 26 3 —PADRAO DE AELORAMENTO DE CAMADAS INCLINADAS. REGRA DOS Vs. PRO- BLEMA DOS TRES PONTOS, Padrdo de afloramenta de camadas Gs fatares que governam a forme do afloramento do plano de uma camada so a sue dire- 880 € 0 relevo. Em goral, 0 greu em que cada um desses fatores influoncia a forma do afloramento. depende do valor do mergulho das camadas e do gradiente da inclinacdo da superficie. Quando o mergulho zero (camades horizontais) no hd dirego, ou soja, qualquer linha Bertencente aa plano da comada é uma linha de direelo ¢ 0 afloramento é uma curva de nivel, Nes Se 880, 9 forma do afloramenta ¢ intensamente determinada pelo relevo. Quando o mergulho é de 908, © afloramento correspende a uma linha reta paralela 4 direcdo, qualquer que seje 0 televo. En. {We esses dois axtremos, 0 ator direodo tornase mais importante e o fator relevo menos importante 2 medide que o valor do mergulho eumenta Guando 3 superficie do terreno é plana o aflorementa & intensamente determinado pela direcdio das camacias; este fator torna-se menos importante eo fator relavo mais importante A med da que o gradiente do terreno aumenta Suponhiainos que a superficie topogréfica seja um vale cuja linha de talvegue inclinada de 45° sob a Horizontal. Se fizermos um carte longitudinel eo vale, segundo a linha V_-V, teremos 2 representagdo om perfil desta linha, com relacSo & quel se posiclonam as camadas em suas sas posiges particularas, conforms e figura 3.1 (BONTE, 1968). A intersegdo do trago do plano de astratificacdo no plano horizontal com as horizontals. de eotas, 20, 40 6 50 nos do trés pontos que correspondem, no plano horizontal, 2 6 pontos situs. os dois @ dais nas curvas de nivel respectivas 30, 40 2 50, O vértice da curve de interseeiia € dit'g do para jusente do vale, A inclinapio das carnadas 6 conforme a pendente do vale e inferior a els 11’). ‘A mesma construgdo mostra que a curva de interseodo (II) tem a mesma fei¢o das curvas, de nivel ¢ 2s corte abliquamente, com uma abertura menor. O vértice da curva de interseglo 6 diri- ido para. a montante do vale. A InclinagSo des camadas & contréria¢ pendente do vate (11). A curva. (Il) tem @ mesma feiedo que as curvas de nivel @ as corta obliquamente com uma abertura meior, Q vértice da curva de intersecaa é dirigide pare a montante, Camads verticals (V1. A curva de intersecio {V) é uma linhs A 8 Teta. A superficie topogratica ndo influencia a re- resentacdo em plano das caradas verticeis, Padrao de afloramento de camadas inclinades a7 Fig, 2.1 A inclinae0 das earnades & conforme a pendente do valee superior a ela (V). A intarsegio do traco do plano de estratificagdo no plano horizontal com as horizontais de cotas, 30, 40 © 50 mos do trés pontos que correspondem, no plano horizontal, a 6 pantas si tuados do's @ dois nas curvas de nivel respectivas 30, 40 © 60. O vértice da curva de interseggo & dirigido para jusante do vale. A inclinagao das camadas é conforme a pendente do vale e inferior a ela (HI). A mesma construgdo mostra que @ curva de interseedo (II} tem a mesma fei¢go das cur- vas de nivel e as corta obliquamente, com uma abertura mengr. O vértice da curva de interseglo 6 dirigido para a montante do vale. A inclinagdo das camadas & contréria & pendente do vale (I1!'). 28 Prética de geologia introdutéria A curva (III) tem @ mesma feicdo que as curvas de nivel @ as corta obliguamente com ume abertura maior. O vértice da curva dé intersecdo € dirigido para a montante. Camadas verticais (V'), ‘A curva de intersegio (V) é uma linha reta. & superficie topogréfica nfo influencia a representaggo em plano das camadas verticais. Caradss horizontals (H1) 0 trago do plano de estratificacsa no plano vertical é a horizontal de cota 25; a curva de interseedo {H) no plana horizontal é a curva de nivel de cots 26. Camadss paralelas 3 pendente do vale (7. ‘A curva de interse¢o P) é formada por duas ramificardes que tearicamente séo parelelas 8 linha de talvegue. Se o trago do plano de estratificagdo no plana vertical é canfundido com a li- nha de talveguo, a curva de interseeso no plano horizontal é representada pela rete V—V. Método ce definigdo da linha de afloramento em maps © padréo de afloramento de uma camada inclinada pode ser estabelecido desde que se dis- Bonha de mapa toposrafico, direcdo, mergulho e esteja locado pelo menos um afloramnento da ca mada. Todavia, isso é possfvel somente se a camada for plana, A Fig. 3.2 ilustra 0 metodo. O plano da canada aflora em X. Os intervalos sio representa dos por esparamentos de 100 metros. A camada tem posi¢o N 90° E; 209 S, E possivel determi nar @ posicdo da camada em qualquer lugar do mapa Trace a linha SS" etravés do aflaramento X, parslelamente 8 direcdo (N 90° E), Observe gue estando o afloramento na cota 800, em qualquer lugar desta linha a camada vai estar a 800m, Trace AB perpendicular & direo3o da camada, a qualquer distancia que considerar conveniente; C é a interseceda de AB com 8S". A partir de C trace um angulo correspondente 80 mergulho da cama da, no caso 20° . CE corresponde eo mergulho de camada em seco transversal. Ao longo de SS’, @ partir do ponto C, faca divisées correspondentas e0s intervalos de 100m {iguais aos da curva de nivel), usando @ mesma escala do mapa osassz ang | z| Gere T Ca Ame = oo" — 00 a { { Fig.3.2 ~ Se um horizonteestratigrético em x afora com posicso N 90° E: mergutho 20° S, 0 padrio de afar ‘mento & mostrado através da linhe continua passando pelos circules. (baseado em BILLINGS, MP., 1972), PadrGo de afloramento de camadas inclinadas 28 A partir de cada ponto, que corresponde 2 100m de interval, trace linhas paralelas o AB de forma a interceptarem a linha CE, AS intersepGes soqpontos no plano da cammada com eta mento de 100m. A partir dessas intersects, trace linhas paralelas a SS". Estas so linhas com espo- gamento de 100m relacionadas a canada, Cada ponto onde interceptam curvas de nfvel com a mesma altitude corresponde 29 afloramenio da camada. Ligando esses pontos, fica estabelecido “raga da camads no mapa. _A Fig. 3.3 ilustra um segundo método de definigio de linha de efloramento, em que no se utiliza rebatimento, procedendo-se de forma direta 2) — selecione dois pantos de um afioramento que interceptam a mesma curva de nivel; b] — trace uma linha através desses dois pontos. Esta é uma horizontal do plano da cama- da ou ume linha de direefo © 0 seu valor & 0 mesmo da curve de nivel: c) — ache outro ponto onde o afloramento corte outra curva de n{vel; trace através desta uma linha de dirego; 0 valor desta segunda linha de direo, da mesma forma, corresponde ao da curva de nivel; d} — trace todas as linhas de direc&o. Observe que quando sao tracadas duas linhas de dire- ‘Ho todas as outras so conhecidas e que todas as tracadas em intervalos verticais correspondentes: So eqlidistantes; @) — trace linhas de ¢40 Ocupando toda a dimensdo do mapa {com o mesmo intervalo. vertical que aquele das curvas de nivel); 1 — apds reqistrar os valores de cada linha de dirego e sendo os valores das curvss ce ni vel conhecidas, marque no maps as intersecbes onde cada linha de diego corta a curva de nfvel correspondente. Estes so pontos de afloramento da camada; g} — complete o afloramento, ligando os pontos. Ha duas importantes ragras (a validade das mesmas deve ser testada nos exercicios) a se- rem observadas a0 se ligaram os pontos: 1 a linha de afloremento pode cortar somente uma linha de direco ou uma curva de nivel onde intercepta linhas de igual valor; isto, deve passar sobre amtas 20 mesmo tempo. Uma linha de afloramento nfo pode cruzar quslquer linha de direggo ou qualquer curva de nivel, exce- to No ponto de intersecao; 2 —a linha de afloramento deve dirigir-se diretamente ao ponto adjacente. E util ter em mente a presenca e a posico provavel de curvas de nivel ede linhas de direcdo interpolavels Fig. 33 — Definieso da linha de atloramento de camada por método direto, (Baseado em PLATT @ CHALLINOR, 1954), [esse desenho, so dadas duas partes do afloramento de uma cemada representadas polas linhas continuas; foi adotado 0 seguinte procedimento: 1 = foi tracada a linha de direcdo de 180m através de AB; 2~ foi tracada outra linha de 150m pessando por C; 3 — conheeida a diragéio da camada e os intervalos horizontais, tragam-se as demeis linhas de diego até 0s limites da dree do mapa; 30 Pratica de geologia introdutoria 4 ~ os pontosa, b, ¢, d, egf, © g permitem completar 9 afloramento. 4 Notese que 0 afloramento do plafio-de uma camada no precisa ser continuo dentro dos limites de um mapa; ele pode aparecer como ihas ou porgdes isoladas. O mesmo aplica-se 8s curvas Ge nivel que podem ser consideradas como afloramentos de planos horizantais. Mas nem as linhas Ge direcdio nem as curves de nivel podem apresentar extremidades "perdides’” Observe-se também que o plano de uma camada pode ser determinado conhecendo-se @ osicdo no esnaco de trés pontos quaisquer nele contidos. O mesma ocorre quando se da um pont de afloramento da camada com o registro da direcSo e mergulho, ou somente do mergulho. Tres Pontos de um plano da camada numa mesma curva de nivel definem urna linha de direco mas nao fornecem 0 mergulho. Como pode ser mostrado acima, a direg4o @ valor da mergulho verdadeiro e do mergulho aparente padem ser obtidos medindo-se a distancia entre duas linhas de direcSo. Assim, na fig. 3.3, WX ou VX ou qualquer outra rete perpendicular & direcda mostra que o margulho é de 1/8, segun doa direcdo Oeste, O comprimanta de MN mostra que, naquela direc, o mergulho & de 1/9. Problema dos trés pontos Fesoluedo de problemas dos trés pantos é 0 inverso daquele da construcSo da linha de afloramento de camada. € possivel calcular o mergulho e dirego de uma camada, se a posiczo de ‘rs pontos da camada so conhecidos e se a camada ¢ verdadsiramente um pleno. (o) (o) N Soro N t vl £ 3 a “ee Fig, 34 — Método dos Trs Pontos. Dé a akitudede um plano. O merguho-divegie podem ser determinads. AA Fig. 3.4a mostra a resclugdo de um probleme simples, Corresponde a um mapa em que 6 dada a altitude de trés pontos da camada (A, Be C). A direcdo de um plano corresponde neste Caso 2 AB. O merguiho é perpendicular & diego, nesse caso para SE. Traca-se uma parpendigular de C8 AB, a interserao € D. Para se determinar o valor do mergulho, um tviangulo de rescluedo definido, cujo eixo corresponde a DC. Traca-se CF perpendicularmente 6 DC. A diferenca de altitu ge entre 0s pontos C e D, 180m, € registrada, na mesma escala do mapa, 60 longo da nha CE. O Angulo CDF, corresponds 20 mergulho. Na Fig. 2.4b, outro probleme € resolvido, Os trés pontos esto definidos, Algum ponto, a 32F determinado, entre B e C, terd a mesma altitude que A (1,050); @ linha ligando esse ponte com A, correspanderd & direcdo co plano, O ponto descanhecido pode ser locaco. 550 Altitude de A ~ Alt Sap. Altitude ds udeds 8 _—Distincia BD ae. Altitude de B Disténcia BC | 5, TAD £2 Ponto a ser determinado, Resolvendo a equacio, obtém-se BD = 1.100m. Esse valor suengado,2 partir do ponto B, usando-se a mesma escala do maps. AD é a direc do plano. O mer gulhe pode ser determinado come na Fig. 3a, Padrdo de atloramento de camadas inclinadas 31 Exerc(cio Resolvido 3.1 Exeraioio resolvid ~ 3.1 — Forem feites sondaguns em A, Be C que atingiram uma camada de carvéo. Em Aa ‘camadsa situa-se 400m abaixo da superficie, om B e Ca 300m, Determine a diragdo e merguino da camade, Em que profundidade a camads sord encontrada airavds dle sondagens nos pontes D ¢ E? Resoluedo: a) — Tragar as horizantais fazendo a triangulagSo e, dividindo os espagos entre dois vértices de mo- do a conter 0 terceiro vértice, Desse modo, fica estebolecida a directo da camada de carvas que 6 N 289 E 6) ~ O merguiho encontrado para 2 camada de carvdo é de aproximadamente 1:7 (89). ¢) — A camada ser encontrada em D @ E 2 490m 400m, respectivamente, abaixo da superficie topogrética, ——..s <$ —S 32 Pratica de geologia introdutéri Exercicio Resolvide 3.2 , Exereicfo resolvido — 3.2 ~ 0 topo de uma camado aflora nos pontos A, B @ C. Qualadireeso da camede e o valor do mergulho? Qual 0 valor do mergulho aparente na direcSo S 75 W? Trace o atloramento do topo ca camade. Resolugso a) — A dliregSo da camada é aproximadamente N 90° E com mergulho verdadeiro de 1:5 para S ‘ 'b] — O merqulho aparente na diregdo S 75 W ¢ de 1:18. ¢) — O afloramento do topo da camada esta tragado no mapa Padrao de efloramento de camedas inclinadas 33 Exere{cios propostas 3.8) — Os mapas a, b e ¢ mostram vales, cujas curvas de nivel t8 espacamento de 30m, Em cada um esta indicado o afloramento de uma camada nos pontas igual mente referldos por a, b ec. Complete o afloramento da camada e determine a gradiente do vele aa longo do talve- gue. Q 390| (a) 34 3.8) — A base de uma camada de arenito aflora em A, Be o topo em C@ D. Defina 0 afloramento Pratica de geologia introdutéria dda camada, — y Po 270 RCE 50 Padrao de afloramento de camadas inclinadas 35 3.C) — 0 topo de uma camads aflora no panto O indicado e sua espessura é de 16 m. Complete o seu afloramento, 30 36 Pratica de geologia introdutoria . 3.D) — Nio 6 dada 2 escala. Um arenito com 25m de espessura, descansa sobre um calcério de 75m ‘ de espessura. A base do arenito aflora am A, Be C. Complete 0 afloramento do arenito e do caleario, Pecrao de atloramento ce carnadas inclinedas 3.£) — Na drea representada pelo mapa, foram executadas trés sondagens verticais que atingiram uma camada de carvdo. nas profundidades indicadas. Execute uma seodo através de D na direco da mergulho verdadeiro, mostrando @ posicdo dessa comada, / /camoda Furo ¢ 59m Fuyo A 103m p/eomoda ‘Segundo ELLISON,S Pur, 1958. 38 Prética de geologia introdutoria 3.) — Uma sondagem vertical em D revelou @ seguinte sucessia de rochas: Arenito 36 metros. Fothelho 15 metros Siltito 100 metros Falhelno grafitoso 75 metros Conglomerado 25 metros. Caledria 125 metros Pede-se estabelacer 0 mapa geol6gica, considerando que o gradiente das camadas ¢ de 1:10 Sul ‘Segundo ELLISON,S P JF, 1958 Pacrao de afloramento de camadas inclinadas 3.6) — Construa uma seco geolégiea ao longo de A-B. \ \ ny In Hah a ESCALA 120000 39 40 Prética de geologia introdutéria 3.H) — 0 reconhecimento da drea do maps revelou que as camadas so horizontais. Verificouse ‘também que 0 porto A possui cota de 950 matros, As Iitologias encontradas foram No ponte A: Arenito No ponto B: Contato Arenito-Siltito No ponto C: Contato Siltito-Marga No ponte D: Contato Marge-Argilito No panto E: Cantate Argilito-Caleério As curves de nivel séo de 100 em 100 metros. Pede-se completar o mapa geoldgico e fazer o perfil XY. Padréo de afloramento de camadas inclinadas 41 3.1) — Os pontos A e B, ¢ C © D so, respectivamente, pontos de topo e base de uma camada de \\ {| \ wi ‘Segundo GA © VARAIAO,1963 Prética de geologia introdutéria 42 Desenhe as secties geolbgicas X—Y relotivas aos mapas a seguir. 3d) ESC. 120000 es¢.1.20000, 43 4 — DESCONTINUIDADES ESTRATIGRAFICAS Rochas sedimentares t8m sido depositadas em diversos ambientes através da historia da Terra © estes sedimentos, quando preservados nos fornecem valioses informagdes relatives ao assedo do nosso planeta, 83 reRist/O8, No entanto, nem sempre so completes @ mesma em escala Dequena & dificil encontrar uma continuidade sedimentar perfeita, devida ao fato de que tais interrupgdes: io muito freqientes. Na verdade, estes lapsos na sedimentacéio cobrem uma maior magnitude de tempo geolégico do que o reterente aos materias existentes Quando as rachas, situadas abaixo de uma superficie ndo estéo em continuidade temporal © sedimentoldgica cam rochas situadas acima daquela superticie, dizemos que tal feigdo caracteriza uma descontinuidade estratigréfica. Esta noc3o relaciona-se com o estudo das relagdes existentes entre 0 conjunto de estratos superior ¢ inferior a interrupeda sedimentar. Sob este aspect enqva fam-se Os conceitos de concordancia e discordancia (paralelismo e ndo paralelismo), atendendo sobetud 20 aspecto geométrico; destas relaqdes eparecem os termos paracanformidade, discon. rmidiade @discordéincia Um auto agpecto da questo seria 0 estudo dos materiais eliminados pelas atividades 2rosivas, surging entdo os termos lacuna, histo, vazio erosional-e diasterna Tais termos sero definidos a saguir Paraconfarmidade Segundo Dunber e Rodgers (paraconformity, 1968) 2 paraconformidade é a descontl- nuidisde estratigréfica em que se mantém o paralalisma entre os materiais inferiores @ superiores, 2 superficie € coma um plano de estratificacao, sem que saja necessdria a presenca de erosio. 9 terme foi traduzido para o castelhano {1963} come dlscardéncia estratigréfica (Fig. 4.2) PARACONFORMIDADE Segundo DUMBAR © RODGERS , 1958 Fig. 4.2 ~ Poraconformidade 4a Pratica de goologia introdutéria Disconformidade E a descontinuidade estratigrdfica em que os materiais superiores e inferiores mantém. um paralelismo, mas a superficie de interrupeda 4 uma superficie erosionada (disconfarmity, segundo Dunbar e Rodgers, 1958). Os estratos no sofrem nenhum movimento que altere a incli ‘nage original anterior 8 descontinuidads. O termo foi traduzido para o castelhano como discor- dlincia erosional (162) Fig. 43. DISCONFORMMIDADE Segundo DUMBAR e RONGERS , 1958 Fig, 43 ~ Disconformidode Discordancia Os conceitas de concordéncia © discordéncia ténr sofrida modificagdes desde que se detiniram, Hutton (1795} foi o primeiro que usou a termo discardéncia (uncanformity), referin do-se, sob 0 aspecto geométrico, 4 falta de paralelismo entre formagies superpostas. Posterior- mente, desde o inicio do presente século, comecou-se a relacionar 0 terma mais no sentido de descontinuidade estratigrafica, sem que fosse imprescindivel a felta de paralelismo. No prasente capitulo o terma discordéncia ser aplicade no seu sentido original de descontinuidade estratigrética em que os materiais que @ delimitam nao quardam paralelismo entre si Durenie 0 tempo que sbrange a descontinuidade representada por uma discordéncia, tem que ter havido um movimento que deformou ou moveu os materiais jd sedimentados fan- gular unconformity, segundo Dunisar © Rodgers, 1958). As figuras 4.44 e 4.48 mostam exem- plos de discordéncias. A primeira delas mostra materials deformados que sofreram um processo erosive que aplainou 0 relevo. A segunda mostra uma superficie que conservau restos deste relevo, Que existiu antes do reinicio da sedimentagdo, O termo foi traduzide pare o castelhano como, discordéncia angular {1963} Fig, 4.4. a : 8 4 = A DISCORDANCIA — 8. DISCORDANCIA COM PALEORELEVO Segundo OUMBAR © RODGERS , 1958 Fig. 44 ~ A. Discordincia ~ 8. Discorctnoie com paleorelevo Descontinuidades estratigraficas 45 Pode-se ainda incluir dentra das discordancias 0 conceito de incanformidads (nancon- formity, no sentido de Dunber e Rodgers, 1958], quanda um conjunta de materiais estratifica descansa sobre outros que no o so, sendo estes igneas ou metamérfics. O termo foi raduzida para o castelhano coma discordlincia litolégica, (1953) Fig. 4.5. INCONFORMIDADE Segundo DUMBAR @ RODGERS , 1958 Fig, 4.5 — inoonformicace Lacuna, Hiato, Vazia Erosional, Diastema A auséncia, por nio sedimentacéo de materiais que deveriam se encontrar entre @ base & 9 topo de uma interrupgao secimentar denomina-se hiato,havendo eroséo durante este mesmo lepso de temporteva © nome de lacuna. Se no tempo transcorrido entre a interrupcdo ca sedimen: taco e seu posterior reinicio nBo houve nenhum outra fenémeno, a lacuna seré equivalente 20 biato. © conceito da vazio erosional representa os materiais sedimentados @ posteriormente eliminados. © vazio erosional se detecta por andlise litaldaica enquanto que 2 determinacso do hiato se realiza por técnicas cronoestratigraticas A figura 4.1 representa estas possibilidades. As formacdes X @ Z delimitam respective: mente a base © 0 topo da interrupcéo. O espace Ey seria ocupad pela formacdo Y se ela houvess sedimentado durante 0 tempo ty, 0 Gue representaria em A o histo. Neste caso, a lacuna é igual a0 hiato, (© espaco Ez formau-se 20 ser eliminado por erosSo 0s materiais do topo de formacio X, no tempo ty, € representa um vazio erosional. Em B, durante o mesmo tempo que em A, esto (08 espacos E1 & Ep, existindo a relacdo: Lacuna = Hiato + V2zio Erosional, donde se deduz que Lacuna’ > Hiato. No caso em que 6 tempo transcorrido durante a interrupeéo sedimentar seja relative @ que 0 vazio erosional seja iguol a zero, a descontinuidade recebe o nome de dias 46 Prética de geologia introdutéria LACUNA HiATO Fig, 4.1 ~ Conceite de hiato, lacunae vazio erosional Critérios para reconhecimento de descontinuidede estratigréficas Os principais critérios titeis para reconhecer a existéncia de descontinuidades estratigra: ficas podem ser agrupados em: ftolégicos, paleontoldgicos, estruturats geomorfoldgicos. Critérios Litolégicos Uma mudanca brusca na litolagia pode significer uma descontinuidade, porém deve-se ter 0 cvidado de observar se a mudanca no ¢ devida 2 mudancas bruseas no regime de sedimen. tagdo, como por examplo no caso dos turbiditos aparecimanto ce um conglamerado ne base de unidade superior, assim como a presenga de seixos pertencentes 4 unidade inferior, so indicativos de existéncia de urna fase erosiva entre as unidades litolégicas. A abundancia ‘de nddulos fostatados e manganesifaros podem indicar periodos sem sedimentacéo, assim como a presenca de materiais de alterago tis como lateritas e argiles de descalcificapgo padem ser critérios litolégicas de descontinuidacies estratigréticas. Critérios Paleo: logicos A existéncia, em dais esiratos sucsssivos de f6sseis correspondentes a idades muito diferentes. € um critério de descntinuidade, Este critério & bdsico no caso das paraconformi dades pois na maior parte das vezes,néo existe sinais de outro tipo. Critérios Estruturais, 4 falta de paralelismo dos estratos em uma descontinuldade fez com que a mesma seja facil mente identificdvel 4 intorrupedo sistemtica de falhas ao longo de ume mesma superficie, da mesma forme que a interrupcao de diques sem que metemarfoseiem os estratos superioras, $80 indicios de descontinuidades, Descontinuidades estratigrdficas a7 Critério Geomorfaldgicos O principal indicador geomortolégica que marca uma interrupe8o sedimentar é @ presenca cde superficies de erosio formando paleorelevos. Outros Critérios Uma mudanca brusca no graul de metamorfisma em ambos os ledos de uma superficie Pode ser indicativo de uma descontinuidade estratigrética, Também a determinago de idades absolutes constituem um valioso critério auxiliar, que permite nda somente identificar 2s inter- Tupedes sedimentares, mas em casos concretos, pade precisar a magnitude temporal da interrupedo. 43 Prética de geologia introdutéria Exercicio Resolvide 4.1 — (Bascado em PLATT & CHALLINOR, 1974) 69 Plott, J IS7& 3 4 | ARGILITO 2 CONGLOMERADO cameniano N 3 FOLMELHO. 4 ARENITO CONGLOMERATICO 5 ARENITO CARBONIFERO 6 CALCARIO cccee € Descontinuidades estratigraticas 49 Na drea indicada no mapa, hé dois grupos de rachas separados por uma discorcéncta, que 6 uma superficie plana e para a qual podem ser tragadas linhas de dieedo, como indica. O mer. ulho é de 1:20, 700 SE. A série superior Consiste de arenitase calcérios e os planos das camadas apresentom a mes: ima ditegaa e velar do merqulho que o da discordéncia. Algm disso, a inha da direrso 210m da dis cordéncia € caincidente com 3 linha de direcdo 240m pera 0 topo do arenito, indicendo que o il timo tem uma espessura de 30 metros. A espessura vartical do calcério no pode ser daterminads, ois somente @ sua base aflora na area, mas a comada atinge mais de 90 metres, como indicada na saga AA seatiéncia interior consiste do argilitos, conglomeradas, felhelhos e arenitos. As linhas de direedo lancadas pare 0s plenos que separam assas camadas mostram que © mergulha 6 de 1:5 A espassura verticel do arenito nfo pode sor detorminada, pois somente a sua base acorve na étoa, es a cemmada atinge espossura vortical superior a 80 metras, como indicado na sacs, A linha cs iregio 210 metros para 0 topo do flhelho coincide cam alinha de cirerdo G0 metros paras ha. se, 0 valor da Uitima senda determinado traganda-se linhas de direcdo perpendiculares ao merqu Iho, 9 intervatos de 130 metras a partir daqueas jd definidas palos atloramantos. A espessure vert c2l do folhetho &, portanto, da 120 metros. Da mesma forma, @ espessura vertical do canglomerado 4 de 180 metros. A espessure vertical do argilito no pode ser determinads, pois somente 0 sau to. po acorn ns ares, mas atinge urna espessura vertical superior 2 6D metros, Preparacdo da Seco A soo & desanhada ao longo do boro Norte do mapa. 1 — Desenhe a seco topogréfica projetanda os pantos anda as curvas de nivel fazem in- lerse0 coma linha da sero nas altitudes Gorrespondentos: 2 — Desenhe 0 piano de descontinuidade, projatando, como antes, os pontos onde as I has de direqo desse plano fazem intarsecyo com 8 linha da see0; una os ponts projetedos, 3 — Da mesma forma, registre a base do calcsrio, projatando, como antes, as pantos onde 28 linhes de direeo para esse plano fazem intorsoedo com a linha da Saco; una 3 pontos projet os; 4 — Do mesmo modo, desenhe, um por um, os plans da seatiénele interior prolengando. 25 lines 4 diregdo através da Soqdéncie superior até a linha da sepSo: epés projeta’ os pontos de- interseedo, una os pontos projetados. Deseo 2) — Suosssto Ssodérea Suparior (Carbonifeo): Espessure Vortcal Calero 0m (unicade mais nova) Arent 30m Seqtiéneia lnferior (Cambriano): Aranita 50m, Folnelha . CL 12000 Conglomerado at 2 18m Argilito 200m (unidede mais antiga) b) = Estruture 1 — As camadss da sizfe superior (Carbon‘tero) mergulham 1:20 E, 2 — As comadas da série inferior (Cambriano) merguiham 1:5 1, 6) — Topooratiae Relagies com a Estrutura Pratica de geologia introdutéria 0 relevo mais alta (270m), situado 20 Norte do maoa é constitufde de caleSrio, Urs vale, ujo talvegue tem rumo NWSE, erodiu a sério superior ¢ implantou-se sobre a inferior. Da mesma ‘forma, um vale tibutério que posicianase de Norte a Sul, desenvolveu-se até a série inferior 6) = Histéria Geoldgiea 1 = Donosizao da séria inferior em concigtes marinhas, do argitito para arent. 2 — Sosrguimento e basculamenta do conjunto, sequidos de erosso, 3 — Submersio e deposicg0 de série superior, do arenito para calesri, 4 = Soerguimento e basculamento do conjunto, sequido de eross0 subaérea e desenvol vimento da morfologia presente, € OE OOOO EEE OEE EO OOOEOOOOEOOOOOOCOOOOECECOEECOCCEECEEE cccecee € € ¢ C£< cece ccccececece c Descontinuidades ettratigréticas Exercicio Resolvido 4.2. — (Baseado em PLATT & CHALLINOR, 1974) 51 Sequincia Inferior Seauéncio Superior 1+ Conglomerads 5 Argilite : 2+ Argilite 7. caledrio Seg: Plott, 1974 S- Arenito 42 Folhelho 5+ aredsio 82 Pritica do geologia intcodutérie Goralmente, ¢ impossivel saguir o afloramento do plano de uma carada por distéincias grandes. Frequentemente, a area encontrase coberta por vegeteeso @ par vrids tipas de danasitos superficiais, tals como aluvides, solos, etc., reduzindo, em consaqiéncia, o nimaro de exposicées, Nao obstante, um niimero considerével de evidéncias pode ser abtida de exposicbes isolades (leitos 2 rios, escarpas, pedreiras, pogos, mineragGes, etc) suficiente para construlr-se um mapa geolbgico 44a érea, Evidncias complamentares podem ser obtidas através de feigtes fisioardfcas, © objetivo deste exercicia 0 de mostrar © métode de construcso de um mapa de uma rogido, Note-s2 que a fidelidade de um tal mapa depende da valume de evidéneias disponivel ¢ da ‘comploxidade das estruturas (© brobseme eonsiste em completar o mapa goolégico cam base nas informe dies fora das. No mapa 4.2a um argilita fez contato sucessiva sobre o ereésio, 0 folhelha s.0 srenito, indi- condo uma discardéncia na base do argilito. Pare gompletar 0 mans, sor necessario primal defic Nir @ line de ofloramento da discordéncia sobre toda a Sraa@, para isso, 6 necessirio determinar 3 rego 0 mergulno da base do ergilito. Duss linhas de diresa podem ser tracades para esta su. perficie: a linha de direcdo 180 metros na parte Oeste do mapa ea linha 120 metros no centro da 4rea. & base do argilito, dessa forma, aflora nestes pontos & sua linha de afloramento 8 mostrada no mapa 4.2. Note-se que © contoimo dos Vs drige-se para a montante dos valas como também, contoma 0 espigio do relevo @ Este do Vale. Naste caso, a posicdo pode ser determinada, inerpo landio-elinhas de direego com intervalo de 15 metros. A partir do exeme do afloramento do plano da camada, pode ser visto que, em cada caso, {Gs linhas interceptarn no masmo ponto, au seja, 2 curva de nivel, a linha de diroeSo e o flora: Imanto. Iss0 $.0 que sempre gcontece, sendo impossivel para a plano da camada intercaptar qual ‘Quer cos outras cues linhas, exceta om saus pontos de intercep teeze. Da mesma forma, 0 plano de camada entre o argilitoe o calcério pode ser mapeado, com bose nas linhas de dinero 180. 189 metros. Pra as camadas restantes, code ser langada uma linha de dirego no contato entre o fo: [helo ® 0 arcésio, na curva de nivel de 60 motras @ também em 120 metros, enguonte que, na Sota 180 metros, ela tem que ser interpolada, O afloramanto do plano de camada pade ser, entSo, ‘completado cofta anteriormente, Semolnantements para o plano da camada entre a folhelho e oarenito, podam ser traga des linhes de direcdo nas curvas de nivel com cotas de 60 © 120 metros. Para e cota 300 metros a Tinh de diregto teré que ser intarpolada, permitinda, ent3o, 0 desenho cos afloramantos, ECE CET CUE le le jo lo lo lo le le lo le « cCcececece € COCecCecececcece € Descontinuidades estratigrtioas 53 Exereicios propastos 4A) — Faca a seedo a0 longo das cirerdes A-B © C-D. Com base nas feigdes abservadss, descreva a historia geoldsica, estabelecend 2s ordans dos eventos geolSgicos. 54 Prética de geolosia introdutéria seco geoldgica 20 longo de A-B. Os valores ao longo da linha indicam cotas 3 su perticie do solo. Leve em conta o fato da seeda no ser ortogonal 8 direga0 das camadas, na 10 dos mergulhos aoarentes, ‘SequndbELLISON, 5 Put, 1353 COOOCEOCHCE OE EE ECEEEEEE ECE OCEOEECOEEEECEECE EE CE COCOCOCCECEEEE Descontinuidades estratigraticas 55 4.C] Nilo & dada @ escala. Nos pontos A, Be C aflora ums camade de arenit: ntas X, Ye 2 aflora uma outra camada, de carvlo. Complete 0 afloramenta dss cara, cecee € c ccocce c cceccce Segundo ELLISON, 5 P JF, 1958 58 Prética de geologia introdutéria 4.0) As figuras abaixo so exemplos tadricos para a daterminagdo de idades relativas plas descon: tinuidades. Organize a litalogias en ordem decrescente de idades. TE J) ES 1 2 > 4 8 © © © COC CCE Descontinuidades estratigricas 7 4.E1 Como no exercicia anterior, determine as idades relatives, organizando as litologias em orciam ocrescente de idades, " COCEEEECEC ERO ‘Sequeas Kertunkel, (B85 RSG ES eS Prética de geologia invodutsria ‘Segundo KARFUNREL 7 Ee Se ae i? = \ ‘Segundo KARFUNKEL 1985 Po ES Gf 1 2 Sa a ee a 0 eee CCC cceccecce ¢ Doscontinuidades estratiréficas so 4H) ra abaixa & mais um exemplo tedrico par las descontinuidades. Seqiencie 2¢ uni termir rm ordarn decrescento de idade. Basendo em FLICK, QUADE, STACHE @ WELMER, 1972, 4.1) — Nas figuras abaixo, transtira a gaolagia dos cortes para os respectives mapas topagréficos (Escala 120.000), 60 Prética de geologie introdutéria © © © WOO EOE OEE E-E-E-E-E-6-0-€-€-€-€ 00-00-04, eccee € € cecece € Descontinuidades estratigriticas a 4.L1 — Encontte 0 plano de descontinuidade e deduza a dires30 @ 0 mergulho das dues sfies de ‘camadas. Deseno uma seqiio 20 longa da direcdo NW-SE. Responda sea camada de convo oderia ser encontrada por furos de sondas nos pontos A, 8 e Ce se essa camada esta pre- sente, diga em que profundidad ela poderia ser encontraia, Casa ela esteja locais, explique. (original de BENNISON, G.At. 1975), onte nest es Escaie lq_metro6 soe 62 5 — ASDOBRAS Doras so ondulacSes nas camadas as dais se dé o nome de anticlinal au de sinelina. ‘Uma anticlinal [anti = oposto;clina = inelinacBol é uma dobra, cuio centro é constitu ido por ca mmadas mais antigas. As camradas mergulham semare para os lados opostos da estrutura em arco Ifig. 6.1), Uma sinclinal (sin = junto; elina = inclineggol ¢ uma dobre cuio centro ¢ constitutde (por carmadas mais recentas. As camadas mergulham para balxo, corvergindo para @ estrutura ern arco (fig. 5.11, ANTICLINAL ——SINCLISAL PLAN. PLANO ia axial, Fig, 5.) — Socio esquamtce de estrztos dobrados (BENNISON, 1975) Podemas definir as seguintes partes de ume cobra, tomando-se como exemelo uma anti clinal simetrica, cujo plano axial é vertical (tig, 5.2} = plano axial:é 0 plano de simerrie de uma dobra ~ charnsira:€ 2 interseez0 de uma camada cor 0 plano axial de uma dobea. No exemple, or ae tretar de ume dobre simétrica, 0 lugar geométrico da charneira se torna 0 seu ponto mals elevado, coincidinda com a Crista da dobra. Se © plano axial ngo fesse vertical, a chameirs@ a cris ta seriam distintes: = #ix0 ds dobra:é a intersecsa do plano axial com um plano horizontels = flancos de dobra: so 2s partes de urna cobra situadas de ambos os lados do plano axial; — terminseo perictinal:2 3 ro9i30 onde torrn'na s dobre, na direpfo da seu eixo: ~ pendente ou caimento dos flancas. 0 Sngulo mxima gue ura camaci £22 com 0 ple no horizontal. E medido na plana perpendicviar aa plano axial © € COO COE EEO OOE LEE CE EEEEE EOE ECEEEECEEEEECEOECEEECEE EEE As dobras 6 cceceee € seylosemmraso = ‘seplo ce weane ¢ Fig. 8.2 — Exquoma des earactristcas de uma dobre anticlinal. 8 ¢ de, ordem etatasties ds cud: >. margutha linguio de margulta} (AUBOUIWN, 1968) 4 Prética de geologia intradurdra A fig, 5:3 mostra um esquema das caracteristicas da uma data sincinal C6780 DE pane $s Fig. 9.9 ~ Esqueme des coracterstcas de uma dots snc. a.b,€ de, orden extrstigstica de emacs Puiner@uliotinguto de merauine) (AUBOUIN, 1968), € OOO EOE OCEE CECE CE CEC CECE CCCECCCCCEC CECE eee ee ccee € As dobras 6 Uma dobra pode ser cassiicads em fune80 de sua longitude e de sua largura (fig, 64): — 0 2 sua longitude 6 igual ou superior a duas vezes 2 sv larqura, se olz simplesmente antitinal ou sinclinal: = quando a sua longitude é compreendids entre a targura @ 0 dabro desta, @ dobra é de ominads branquianticlinal au braquissinelinal: = quando a longitude da dobra 6 aproximademente igual 8 sua largura, ela recebe o nome de domo anticlinal ou cuete sinctinal Fig. 8.4 ~ Sa a camads otlorante no centro da dobra é mais antiga: A, antictina}, B, braquianticlinal; C, domo, Se a camada aftarante no centro da dobra é mais recente A, sinalinal; 8, braquissinclinal;C, cuvete. © eeita da erosia em estratos dabrados é 0 de produzir afloramantas tis que a sucesso de camadies de um flanco & repatide, todavia em ordem invarsa do outro flanco. Em uma anticlinal srogide 25 camadas mais velhas afloram no centro da estrutura e, 8 medida que nos deslacamos ara fora da estrutura, sucessivamente camadas mais noves s¥o encontradas (Fig, 5.5a). Em uma Sinclinal eradida, contrariamente, as camadas mais novas afloram no centro da estrtura, com co ‘mada sucessivamente mais velhas aflorando em ambas os ladas (Fig, 8.55), Plane Axial ig, 65 ~ 2) ~ Blocodinyame de uma aniline simétrice [dabramento normal 1) ~ Biocordingams de ura sinclinel simderiea (dobramento norma (BENNISON, 1975) Dobras assimeétricas Em muitos casos, as deformagties resultantes das esforces ne crosta terrestre procuzem dobramentos de tal forma que as dobras ngo sfo simétricas, como as descrites anteriormente, Se as camadas de um dos flancos mergulham mals acertuadamente que a5 camadas do outro flanco, a dobra 6 assimétrica. As diferencas de mergulo, er ambos os flancos, iro reflatir na largura dos afloramentos, que sero mais estreitas no caso das camadas do ftanco com maior mergulho (Fig, 56). Nese caso, 0 plano axial que sacciona a dobra ndo & mais vertical, mas inclinada ea dabra 6 denominsda dobra inchinads. 66 Prética de gootogia introdutoria Aa Plone Axial é Sex. Beason, 6m, 1975, Fig. 56 — Blocotiagrama de uma sincial assinética (dobre inclined. (BENNISON, 1978) Dobras invertidas Se a assimatria da dobra ¢ to grande que artbos os flancos mergulham na mesma deo (embora com diferentes Sngulos) isto &, 0 flanco com malar merguiho foi de tal forma cesloneas 314m do plano vertical ave apresenta um mergulho invert, a dobra € ceneminada mers hig 8.7). As camadas do flanco com © mergutho inmvertido, devs sor notado, apresentamse Go cabecs para baixo, isto €, invertides, Fis, 8.7 — Bloc. atagrana ce uma dobre inert, (BENNISON, 1976) Fig. 5.8 Slocodiarams de um dobramentoiocial; aso expec! de inversfo er que 08 flncos de debra sho sub-praefos. BENNISON, 1976) Dobramento isoelinal obramento iscelinal ¢ um caso espacial de dobramento inverso em uma dabra merqulham ns mes directa com o mesma ngule Uisos como 0 termo sugere (Fig. 5.8}. Os plenos exiais de uma série deseos ximagomente paralelos em ura drea restrita, mas em urna Sree que’ ‘ros (maior que a representada em um mapsexercicio) podam ser leque, que os flancos de = igual; cling = inclinaca0), dobras apresentar-se-Ho apro: se estende por varios quildme Vistos come que fermando um Podemos definir, ainda, so! {Fig 8.12) = Dobramento manoctinel: sf camadas originalmenta horizontals que assumem um ‘mergulha repentino, podendo voltar 8 horizentalidade dos estratos (Fig, 3.9}; b 0 aspecto geométrica, os seguintes dobramentes (Fig. 59 a € € OOOO OE HEE EE EEEECEEEE EEE EEE E CECE CCCCTCEUUCTUUC EEE ccecee € € ce ccecce € As dobras o — Dobramento: homoelinal: so camades que rergulhar am uma Gnice direeo, com mergulhos aproximadamente iguais. Regionalmente, muitos homoclinais s8o flancos de doras (Fig. 5.10) ~Terrago estrutural: goralmente, so camadas mergulhantes que assumam localmente ‘uma posigio horizontal (Fig. 5.11) "Dobra em leque: io dobres nas quals os dois flancos se acham invertidas (Fig. 6.12) Fig. 59 ~ Dobramento monoetna. Fig, 5.10 ~ Dotramante Homodtna Fig, 6.17 — Torragoettrutua Fis, 5.12 ~ Dobra em eave Dobramento similar ¢ conodintrico Esta € uma classficagdo que se besela nas relarties entre as superficies dabredas. A forma com que as camadas reagem #0 esforco depende da constituice da material, assim como do nivel a ceosta em ave as rochas se encontram, Rochas competentes como calcdrios arenitos néo est ‘Sam ou slongamn sob tensdo, nam se comprimem sob forcas compressivas, mas podem dar origam 2} fraturamento & rompimento, enquanto que rochas incompetentes como fothelhos eargilitos no- ‘dem ser comprimidas e estiradas muito mais intensamente, Assim, em ume sequncia alternada de Stenitos & folhelhos, os arenitos rompem-se e fraturam-se, enquanto os folhelhos comprimemse os esparos disponive's obras concdntrices SSi0 dobramentos ern gue 0 rio de curvatura decresce no sentido do niicieo da dobra, ‘mantenda uma espessura mais ou menos constante. Dois mecanismas 380 poss|veis: as camadas mal externas da clobra podem ser estirads, enquanto as intarnas comprimern-sa; ou as comades do [ado entorno podem deslizar sobre a superficie das camadas mais internas, Em virtude d@ constin Ga de sus espessura tais dobres slo designadas dobres is6pacas (igual espessura) (Fig. 5.13. 6.14). ee 68 Praia de geologia introdutéria EsTRATOS NEo poaRADOS ESTIRAMENTO DAS CAMA. DAS (COMPRESSIO Na PARTE CONCAVA DO arecoy DESLIZAMENTO AS camaoas ia. 8.13 — Comportsmonto des cama 0b dobramento (BENNISON, 1978 Dobras similares 8s so 0 grau de plasticidade co rmaterial © temperatures envolvies (Fig, 5.120), DOBRAMENTO concENTaICO Fa. 114 ~ Farms de dobramento conctntrica eshniar em segto (BENNISON, 1978). Dos tipos possiveis de diregtes 7 Cecreee CO CCOEHEHHEEEE HEHE OEE EEEEEECECOCEEEECECEECECLCCCUE cecee: ecececece € As dobras 69 10 longo da linha WX: eneontrase dobrado em sinclinal, Assim se tentarmos desanhar uma linha de diroedo padrdo, cevemos olhar pare a direcdo correta, aproximadamente em angulo reto a nossa primeira tentativa, Deve ser abservado que & necessério proceder se a tontativas de visualizaqso da esteutura ‘Gual é o teste are verificarmes 3° foi encontrada a linha de direcSo correta? Nos maces relativamente simples, a8 linhas de direco dever8o sor paralelas e iqualmente espacadas (pelo me: hos para cada flanco da estrutura dobrada}. Além disso, o célculo das espessuras verdadeiras de luma eemada, em determinados pontos, devergo fomecer 0 mesma valor Fig, 5.18 — Blocotagrema,mastanca at linhas de aegso em camadesdobradas. (BENNISON, 1875) Outros tipos de dobras Nos exemples estudados, 9 erista ou charneira das anticlinais ¢ as calhas das sinclinais, isto 4, os EIXOS, apresentavarn posicia horizantal. Como conseaiéncia, 29 linhas de directo tra ‘Godos pare as cemades de um das flancos eram paralolas a8 camadas do outro flanco ligualment= fram parslelos os plans axiats e, nes cases am que o plano axial era vertical, ficeve peralelo a0 trove enial. Usualmente, as dobras sia de extansio limitada © rorgulhsm antes de terminar [Fig 5.16) Fig, 516-— Mass mactrandoosatloremanta de uma antcint com mergutno para Osst (BENNISON, 1975). ‘Bobras simples que foram deslocadas por movimentos subseqientes tambim mergulham, Esta é 2 forma mais simples de interpretermos tais estruturas, emibora possarn originer-se de oU'ras, 70 Prétiea de geologia introdutéria ‘maneiras, Dobra mergulhante € a expresso goralmente ussde para caracterizé-las O efeito da erosfo em dobras mergulhantes & mostrado nas figuras 5.17 e 8.18. Os afl Famentes des contatos geolégicas (dire¢ies) dos dois flsncas néo so paralelos. Enguanto as dire [60s pera cada camads de cada flanco sf0 parelelas, as dos dois flancos convergem 20 enconteo 30, plane axial Fis. 5.17 ~ Blococtingrama ce um inlinal merguthante. (BENNISOH, 1975) Fig. 5.19 ~ Blocowiaeaena de umn antictina! merguante.(BENWISOM, 1975), Caleulo do valor do plunge (1) Da mesma forma que a inclinsedo de uma camada imergulho) pode ser daterminada 3 parti do espacamenta des linhas de ditecio, medidas no sentida do mergulho, tambem Plunge 9 dobra pode Ser o2ieulado a partir do espacamenta das linhas de direc inedidas no sentido do plunge, st0 8, 20 longo do eixo. O plunge da dobra, mastrada da Fig, 5.19, & expresso com um are. diente de 1:3.5, considerada a escala do mapa (1 cm = 200 m), desde que © espacamento des It. medides 29 longo do eixo # de 1,75 cm (a margulho dos planos das carnadas de 21 da flancoé de 111 ~ ecunae ~Angutvaricl ante o plan hafzen¢ inh gus acompera cera a br. Ache pode cor ‘eipance Ses nina ou cana ncaa © tra atige poue str roses so ates [Plunge Escala Femdom é % a ° é ‘ € % Be a % ¢ e § ae Fig, 6.19 ~ Mops mosrande as tnhas de deeso de uma dotra merguthants. (BENMISON, 1975). EEE CU CUE CE WEE EOE EE EE-E-€-4-€-€ 4-44 E644 ceeee ce € COCOCCECCCECOEECOEOCEC EE € tiers As dobras ai Dobramentos péstumos ‘Apés 05 estratos em uma érea sorem depositados, padem ser soorguides, dabrados © era ididos. Una posterior subsidéncie pode causar a deposiodo’ de estratos em situacso discordante so bre 8s camadas pré-existontes. Posteriormente, ainda podem ocorrer processes do soerguimenta & dobramento. Essa segunda fase de dobramento & denominada péstuma, sa 0 eixo das dobras das camadas_ mais nows 6 paraiclo © aproximadamenta coincidente com 0s eixos do dots das cama dos mais antigas. & orientacdo dos dois conjuntos de dobras posam sar paralelos @.0s eixas podem coincidir ou podem ser paralelos mas ndo-coincidentes (Fig. 8.20) Jes Plonove Deseontinuidade Fig, 5.20 — Blocedlagrama mestrande os eens de dobramenta péstuco. (BENNISON, 1975) Descle que 08 dobramentas slo de idades cistinias, as arientagtes dos dos canjuntos po dom apresentar diferentes direotes, sendo ent¥o chamado dobramento sunerimnasto ou cruzado. ‘Tatlovis, né usualmente uma tendncia para 0 dabramenta mais antigo exercer um controle sobre © dobramento mais novo, de forma que, mais cormumente, s orientacées fo paraelas e subparale Tas, Dobramento olifsico Estratos que j4 foram dabrados podem ser redobrados. O esforco determinante do redo bramento pase ser devido a ume fap tardia da mesma orogenia ou ainda devide 2 uma oragania posteriar. Os esforcos da fase posterior de debramento podem nao estar relacionados &s direntes, ‘da {aie inicial Iprimeiras dabramentos}. Como resultado, as orientagéas dos dobramantos de duas idedes podem ser completamente diferentes Padrées de afloramantos complexos so originados pola interferéncia do duss ou mats fases de dobramentas. Exemplos simples ancontramse ilustrados na Fig. §.21. Em casos simples como este, as primeiras dabras, pode-se observar, foram redobradas, pais o plano axial das prime ras est dobredo. 2 Prética de geologiaintrodutoria EE + Tal Ter Fip 521 ~ Atioramentas de dobres redobredss en supericle pane. 8) ~ Dobra ioeline redebeads:b) ~ cequn- 0 wie ae dara ersznndo ina de dobramonta anterior em Snguto eto. BENNISON, 1979), Noppes AS dabras, descritas anteriormente, sfo carseterizadas como recumbentes. As estruturas fem que ex camacias encontram-se invertidas als da vertical so consideradas camo uma eetruture de nape, (Uma nanpe surge de urs grande dobre invertida em que as camads so praticamente ho: rizontais sobre grandes eixos. A estrutura dabrada & definide corn uma dobre recumbent ¢ fol Posicionada de tal forma que arbos os flancos apresentam angulos baixes, aproximagamente pa Falelas, # num dos flancos as caradas encantram-e em posigdo invertiga, isto &, 2 sucessdo 6 Inver §, Somente no nariz da estruture, onda os estratas encontram-se dobrados para rds, 0 encontrar dos merguihos fortes (Fig. 8:22} Fig, 822 — Blocotogram de ving cobra recumbante, (BENNISON, 1978). 9 9 ° r r " r y r y r » * 6 re re 6 ° e ¢ re CC € COCO CCE

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