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Me Sys ae se aspectos metodoldgicos e implicagées pedagogicas \ | ATTENTION! / ATENCA To print / Para imprimir ! Choose / Escolha | Orientation / Orientacéo Landscape / Paisagem C354p Castorina, José Antonio Psicologia genética: aspectos metodoléaicos e implica~ ges pedagéyicas! José Anténio Castorina e outros; trad. de José Cidudio de Almeida Abrou. - Porto Alegre: Artes Mé- dicas, 1988, 130p. cou: 159.922 Indices para catdlogo si lemstico: Psicologia genética 159.922 Fob aug labored pr Carla Pomase de Mou Ps CRBI9I789 José Antonio Castorina/Alicia Lenzi ‘Susana Ferndindez/Horécio Miguel Casévola ‘Ana Maria Kaufman/Giadys Palau psicologia genética Tradugéo: José Cléudio de Almeida Abreu Peicanalista PORTO ALEGRE - 1988, (© Mito y Davia Etoras Primera eciciin en espanol, 1984 Sumario Capa: Mo Renna ‘Superisto eatrat: 3,488 ~ Foe: (0542228223 95080 = Cae do Sut Profdcio & edigdo brasileira... Préiego eel Introdupso 1 ~ A psicologia genética « os processos de aprandizagem . 1. Introdugfo . 2 Aproximagao istérice Conclustes gerais 2 ~ 0 papel construtivo dos erros na aquisi¢so dos conhecimentos Reservados todos 0g direitos de pubiicarto & EDITORA ARTES MEDICAS SUL LTOA, ‘Av. Jordnimo de Ornel ‘90040 - Porto Alegre, 30-3444 6 30-2578 Estratéglas @ teorias na resolugdo da tarefa. . © papel construtivo dos erros. a LOUA-CENTRO Considerarces finals, Rua General Vitorino, 277 - Fone: 25-8143, 90020 ~ Porto Alegre, RS, Brasil 3 ~ Paicogtnese © luases podagigices - IMPRESSO NO BRASIL 1.A llusto do controle sobre 2.Ailuste do psicanalisme . PRINTED IN BRAZIL 2 liad do oxeaalame 4A iusto da orianga 9-00 5. A magia do conflto . . prendizagem 0 Bed neces eseaes areas 4 Akeances do método de explorasso critica em psicologia genética... . (© método elfnico na exploragdo de crengas infantis as crancas infantis & organizap0es sensério-motoras Andlise do relatério 2 7 Observapto n? 28... dda observagéo ni? 28 ‘etroturas operat ‘As variagdes exporimentais no método e a ov {A instrumentagdo clinica das provas operstér ‘Algumas conclustes. « © \dade as nogbes ‘5 ~ Uma experiéncis didttiea baseada no processo de aquisigéo de lingua eserita . . Fundamentocdo to6rica Modalidades da exper As cbpias nea Seporagdo de palavras na escrtura de ums oraydo-- Eserituras espontineas. «eee ee : Escrturs 9 nivel oporatério de pensamenta, - Concluséas gerais, a ci idades de dase © avaliacdes- 6 ~ Modelos agicos « prova empirica em psicologia genética . Algumas reflexes metodol6gicas 7 ~ Comentarios sobre a doutrina biolégica plagetians . Prefacio a edicAo brasileira Estamos ante um texto que atuaiza aquilo que de maior vigor tem no pensa- ‘mento piagetano: ‘Suas propostas epistemoldgicas, seus questionamentos nos métodos de pes- quisa e andlise nas chamadas “cléncias factuais": suas conseqdéncias nos campos da psicologia: crfica radical da psicometna, das teorlas rerormstas ou tneares Ja ‘aprendlzagem, etc; da pedagogla: destocamento do eixo ensino-eprendizagem em de recto & atividade indagatéra da propria criange, transformagto dos métodos oid 05, etc: da psicopedagogia clinica: aportacdo de insirumentos operativos de inter ‘vento em mecanismos prépris da estrutura dos problemas de aprendizagem. ‘Mas quando dizemos que este texto atualze, estamos sublinando que nele desabrocha a préxis mesma desse pensamento, sustentando, dante das mais diver- sas reflexces crticas (da psicandiise, do neocondutismo, do neodarwinismo, das posturas cldssicas nos campos da filosofia das ciéncias e da linguagem), os riscos uma polémica nas bordas limtrofes de sua producto. ‘A lingua portuguesa certamente ganha como exercieio aqui proposto, ao tradu- zr para seu acervo uma obra que pe em jago um pensamento vigante.com todo r- gor. Porto Alegre, 15 de janeiro de 1988. Alfredo Jerusalinsky Prélogo 0 aparecimento em nosso século de importantes pesquisas de psicologia genética, e, especialmente, dos estudos de Jean Piaget, teve acentuada influén- cia em cisciplinas tais como a epistemologia, a psicologia & a educagso, para ci tar somente algumas. © primeiro caso é interessante, pois o préprio sébio gene- brés se considerou fundamentalmente epistemélogo, considerando 9s suas ‘ontribuicées nos outros campos como uma espécie de epistemologia No hé divida de que o impacto das contribuigées piagetianas constitul uma ‘auténtica revolugao cientifice. Em que consiste a forga das novas idéias? Nao 6 facil responder 3 esta pergunta de maneira esquemética, e nem va- ‘mos tentar. Basta dizer que Piaget ensaia, uma vez mais, na histéria do pensa- ‘mento humano, compreender uma série de fenémenos psicolégicos, como, por exemplo, 0 da aquisi¢ao da inteligéncia, utilizando o problema do connecimento como eixo da endlise. A conclusao é que ndo se pode entender a natureza da in- teligéncia ¢ de outras feculdades andlogas se no se detectar com cuidado a sue origem @ © seu devir temporal. As consequéncias de tals pontos de vista s80 notaveis: coincidinde com idéias {8 afirmadas pela filosofia kantiana, fica claro ue © empirismo € 0 indutivisme séo insuficientes, pois © conhecimento néo & um mero conjunto de fendmenos e aparéncias mas sim esquemas e modelos ue orgenizam a experiénci ‘Também é digno de nota @ tese segundo a qual nao é “natural” pretender analisar © conhecimento utilizende pressupostos “pletonistas” como os que constam da Iégica formal. Colocar em primeiro plano a \Sgica e depois a andlise epistemolégica 6, deste ponto de vista, um erro ~ 0 erro dos empiristas lagicos, ‘se argumentaria. € necessério entender primeiro como se constitui o conheci. ‘mento € depois entéo se compreenders como se origina a légica, o que, diga-se {de passagem, pressupée entender a génese e constituigéo de uma série muito curiosa do operagées psicolégics. Nesse sentido, as faculdades humanas de- vem-se entender come parte de um progesso, e 86 de maneira sinerénica. (0s pontos aludidos acima permitriam caracterizar Piaget, um pouco gros seiramente, como modelstic, estruturalista @ dalético, Porém hé mais dois fa- tos que vale @ pena lombrar. € que, em que pose a sua posicéo (que um tanto metaforicamente se poderia caracterizar como um “apriorismo dinémico"), as suasinvestigegSes implcam uma sria preocuper8o pea investiga emnprice @ pela reuni6o de dados pertinentes e corroboratives. Paget 6 um cientista expe- imental que, um tanto paradoxaimente, utiliza 08 procedimentos probatSrios ‘ue, do um ponto de vista diferente, usar os seus rivais empiristas. Mas, tom-se também que lembrar que nosso sébio suigo adota um ponto de vista bil6gico, chegando & conchis#o de que tanto os individuos como 2s espScies, as ostras como as criangas © 08 cientistas ~ e ainda as comunidades cientificas ~ passam por processos de intercémbio com o ambiente e de acomodagéo com 0 novo {Que s80 realmente muito similares, Em que pose ser a sua deseriedo do pensa- tanto descontinusta, no que tange as etapas de constituigso de esquemas, ele € continuists na medida ern que aponta uma semelhanga reiterada em relacao aos brimeiros orocessos evolutivos nos animes inferiores, nos seres superiores € finda nas comunidades humanas. Os pesauisadores sérios nestes tépicos néo so muitos em nosso pals. verdade que a epistemologia néo 6, em geral, na Argentina, ume diseiplina soli ddamente cultvads, mas de qualquer modo os herdis praferidos parecer mais vir de campos como o empirismo légico,o critcizmo propperiano ou uma dialé- tice antiquada ~ ou extravagante. Por isso, é louvavel que haja grupos de pes- ‘uisadores, como os que patiipam do presente trabalho, que desejaram nBo 66 assimilarcorretamente as idéia centrais dest tipo de epistemologia como tam- bém colocé-las & prova, mediante cuidadosas pesquisas féticas ou engenhosos ndlises i6gicas. Os artigos reunidos neste volume mostram tudo isso, e permi- tem ainda aos leitores ver a grande quantidade de aplicacées que tém todos es- tas atrativas idéias em campos como 0 da aprendizagem (exemplificando no processo de desenvolvimento da capacidade de leitura), a pedagogia, a moto- dologia da ciénca, a caracterizago do pensamento biolégico de Piaget, edidat- cae amodelistcn, Quem isso escreve teve 0 prazer de acompanhar, desde algum tempo, 0 desenvolvimento e a evolugdo das idéias filosdficas e metodolégicas de alguns dos autores. € particularmente estimulante registrar (especialmente no caso de Palau © Costorina, que foram primeiro queridos discipulos @ depois brilhentes colegas) que s0 trata de estudiosos com solvbncia intra ‘um conhec mento invejvel de discipinasafine paralelas ~ Iégica matemétic,histéria da ciénci, ete. Nur meio intelectual em que prolifera abusivamente a pressa ou a super- ficilidade, 6 aigno de elogio encontrar um desenvolvimento argumentativo sé- rio € ponderado,principalmenta nestes temas. Gregorio Kiimovsky 10 Introducgao Consta este livro de uma compilaggo de artigos escritos por atuais mem- bros do Centro de Estudos Cognoscitivos (CEC). Esta instituigdo foi criada por volta de 1979, com 0 propdsito de efetuar pesquisas em Psicologia Genética ‘sim como difundir 0s seus trabathos tedricos experimentais e estender a sua instrumentagdo 20 campo educacional e da psicopedagogia. Parece-nos necessério enfatizar que a maioria destes artigos foram conce- bidos por seus autores durante os recontes anos do obscurantismo intelectual. Em tal periodo, a pesquisa psicogenstica, como a maior parte da atividade cul- tural, sofreu os efeitos da repressio. No nosso caso, a psicologia genética teve bastante diminuida a sua participagao na formacao dos docentes; a pesquisa, em geral o pensamento reflexivo sobre os temas especificos, tropegou em sérios obstéculos: o isolamento intelectual, a caréncia de subsidios para a pesquisa, 0 notério empobrecimento bil @,em muitos casos, a auséncia dé Os artigos abarcam uma série de areas que vio desde a teoria da aprendi- zagem, os avangos na teoria de estratégias, a instrumentagso da teoria da lecto- ‘2oritura, ot6 9 anélise motodolégioa do slguns apoctos da prépris tooria pico genética, assim como do método de exploracao clinico, inclusive certas notas sobre a doutrina biolSgica de Piaget. Os trabalhos pretendem, por um lado, res- ponder as necessidades levantadas pelo nosso meio, no tangente aos problemas surgidos em diversas préticas profissionais; por outro lado, tentam contribuir para as discussbes referentes aos aspectos especificos da teoria psicogenttica, " Estamos convencidos de que, em que pese a diversidade tematica dos ar- tigos, hé uma unidade de concepgao em todos eles, Os autores compartilhamos uma mesma perspectiva de conjunto: a psicologia genética 6 uma teoria aberta, que ¢ cientifice porque admite reformulagées ou revisées, se assim exigir 0 ‘minho da pesquisa tedrica e experimental; ademais, hd um modo comum dé terpretar as linhas principais da teoria e de valorizar seus métodos de pesquisa; ‘também compartilhamos um enfoque de como pensar os caminhos de instru- ‘mentagao da disciplina na atividade pedagdgica e psicopedagdgica. Finalmente, cabe fazer um reconhecimento. Os membros fundadores do CEC participaram de diversas atividades do Instituto de Psicologia e Epistemo- (IPSE) que funcionou em Buenos Aires de 1972 a 1976, dirigido por Rolar iro e Celia Jakubowicz, O IPSE abriu um espaco em nos- ‘8 pesquisa de equipe e para a discuss8o em Psicologia e Epistemo- logia Genéticas. Este espaco permitiu justamente o encontro e, em alguns casos, ‘a formagéo daqueles que depois formariam 0 CEC. José Antonio Castorina/Alicia Lenzi Susana Fernéndez/Horacio Miguel Casbvola! ‘Ana Marla Kaufman/Gladys Palau laa ] | stan cnet Heder Ao A psicologia genética € os processos de aprendizagem’ 1. Introdugao A obra de Piaget sempre foi fonte de conhecimentos ‘mente sous trabalhos se tornaram conhecidos pelas novas idéias que trouxeram infantil, principalmente sobre os estigios do desenvolvimento ncia. Embora este seja o aspecto mais difundido de sua obra, a sua preocupacao central fol a epistemologia. Suas pesquisas sobre a génese da ldgi- a, da fisica ou da matemiética foram orientadas por certas perguntas chaves: nogées bisicas do sujeito om crescimento provém da experiéncia, séo aprioristi- ‘€85 ou se constroem? qual 6 0 mecanismo explicativo da constituig8o dos conhe- imentos? Nesta perspectiva, ele averiguou @ formacio do espaco e do tempo, do ndimero, da longitude, das quantidades fisicas, praticamente de quase todas as categorias cognoscitivas, desde as mais simples até as mais complexas e desde 0 nascimento até a adolescénci Esta extensa obra interessa cada vez mais aos educadores e psicopedago- gos de hoje. Estes procuram nela uma caracterizagso de como o sujeito que aprende forma o seu conhecimento, aspecto fundamental para a abordagem de qualquer tarefa psicopedagdgica, E esta leitura se realiza, em goral, com a inten- gfe de lograr uma reformulacio de cortor métodos pedagdgicos ou diagnasticar © encarar o tratamento de alguns distirbios de aprendizagem, com maior com- preensdo das etapas do desenvolvimento intelectual Entretanto, consideramos que @ teoria psicogenética pode contribuir ainda mais para a orientagéo da atividede psicopedagdgica, principalmente em relagso ’ teoria da aprondizagem que ela pressupée. E necessério ressaltar que toda metodologia do ensino, inclusive toda ava liagio de um distarbio de aprendizagem, implica, explicita ou implicitamont uma teoria da aprendizagem. Conforme o modo como se compreende 0 pro- blema geral da aquisig80 de conhecimentos, organizam-se os procedimentos particulares do ensino, De acordo com a maneira de avaliarmos um distirbio de aprendizagem, se enfrentaré o seu tratamento. Portanto, 6 importante que edu- cadores e psicopedagogos precisem bem qual é a teoria de aprendizagem que defendem, para agirem com conseqUéncia. Nossa prética profissional nos indica que, mesmo quando 2 maioria dos educadores e psicopedagogos tém contato com parte dos trabalhos de psicologia genética, eles desconhecem a concep¢so de aprendizagem que ele pressupée. E talvez por esta rao que muitos deles, ‘apesar do reconhecimento da teotia psicogenética, realizam em sua tarefa diéria atividades que respondem mais a umia concepgao condutista da aquisig&0 de co- ‘nhecimentos. Estas consideragées nos levam a crer que a elucidacso dos problemas de aprendizagem, nesta perspectiva, facilitard a instrumentagdo da teonia psicoge- niética para as reas da didatica e da psicopedagogia. Embore, desde muitos anos, haja tentativas dé nossa opiniéo no existe, no momento atual, a possibilidade de uma instr ‘menta¢ao direta da teoria psicogenética & prética pedagégica. Pois bem, caberia perguntar a que razées obedecem estas dificuldades. Apontaremos trés. Em primeiro lugar, a psicologia genética néo é uma teoria constituida com © objetivo de ser empregada na tarefa pedagégice, mas ela foi elaborada com lum propésito declaradamente epistemolégico. O objetivo de Piaget e de su cola foi resolver problemes de algum modo tradicionais na historia da filosofi porém encaixados numa nova perspective: a do mecanismo de formacdo dos conhecimentos. Toda a metodologia de pesquisa experimental, a técnica de i dagacdo clinica e a formaliza¢ao estéo enlagadas, cumprindo este propésito epistemolégico. De nenhum modo esteve presente na constituigao da teoria a idéie de ela ser instrumentada diretamente na atividade pedagégica. Em segundo lugar, a pratica pedagdgica levantou problemas para os quais ‘8 psicologia genética nao tem ainda respostes. Assim por exemplo: apropriam os alunos de um dominio especifico do saber transmitido pe la, € quais so as condigées desta epropriagao? Por outro lado, como explicar, do ponto de vista cognoscitivo, que sujeitos que possuem 0 mesmo nivel estrutu- ral aprendam de maneiras diferentes? Em terceiro lugar, a comple andlise e sua subseqdente articulagio. E comprometidos aspectos institucionais e ibidin; xde do fato educative exige varios niveis de dente que no ato pedagégico esto = além dos mecanismos 4 cognoscitivos -, razdo pela qual resulta ilegitima a sua redugéo uma 86 pers- pectiva, por mais importante que seja, Pois bem, apesar das dificuldades apontadas, consideramos que a teoria Psicogenética fornece em suas linhas diretrizes @ primeira fundapao cienttfica a escola nova. Mas é necessério avangar mais para poder delinear uma possivel instrumentaco pedagégica da teoria. Faz-se mister elucidar a problemética da aprendizagem, precisando 0 seu alcance @ seus pontos fundamentals. Deste modo se poder4 organizar um con- junto de conhecimentos prévios e necessérios para ensaiar uma aplicagéo didéti- Resenharemos algumas das questées que nos interessam destacar, Sabe- mos que 0 desenvolvimento das estruturas cognoscitivas segue uma linha de formagéo de acordo com niveis. Poderiamos perguntar: 6 possivel aprender es- truturas de alguma maneira? ‘Ademais, que significa “aprender” na perspectiva piagetiona? ave ©, P089090. ante do process de formagto expontines des extruturas, leve permanecer expectante ou, a0 contrério, pode intervir para modificar tal sea ‘rio, pode intervir para modificar tal Outro problema: © método clinico-critico, que ¢ um instrumento privil giado da investigago psicogenstica, pode ser transladado, sem mais nem mé ‘nos, como um método de trabalho pedagégico? Se pensamos numa didétics, devemos ater-nos somente aos aspectos es- truturais do conhecimento infantil, ou haverd outros aspectos, no estruturais, ue podem ser relevantes? Desta lista de problemas ~ por sinal incompleta ~ propomo-nos especifi- ‘car os desenvolvimentos teéricos que permitiréo elucidar alguns deles. Com este propésito, esbogaremos uma reconstrugao histérica do modo como o problema da aprendizagem se introduziu na psicologia genética, mostrando a linha de Cconstituigo de uma teoria psicogenética da aprendizagem. Aproximagéo historica a) Primeira etapa ‘A questio da aprendizagem foi levantada em Genebra nos anos cingdents, Por volta dos anos 1957-1958, ealizaram-se os primeiros trabalhos que tiveram uma conseqaénci da aprendizagem e que respondiam 2 um interesse epistemolégico explicito. Tratava-se de questionar o empirismo nos terrenos em que tradicionalmente ele se apoiava para fazer-se valer. Por um, lado, 8 concepcao da percepcio como um registro imediato do real: por outro (ogee atl eS dapmennc 18

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