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SANFIL RELATORIO E CONTAS 2015 ‘SANFIL— CASA DE SAUDE DE SANTA FILOMENA, S.A. cam soca. 570nan0 90 EUROS SOUEDADE ANON EGSTADA A CHC DE COIMBRA SOB NASOD621527 ov SDE NA AVEDA EMO NAVARRO, NB COIMBRA E COMO CAE REV. 2 86400 COM A ACTIDADE DOs STABELECIVENTOS DESAUDECoMINTERNAMENTO SAUL CASADE SAUDE DE SANTA FILOMENA, SA DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS - 2018 (Meortartes expresso om Eure) indice +9; MENSAGEM DO GONSELHO DE ADMINISTRAGAO .ss.essecsser00 RELATORIO DE GesTAo PResMsuo. er) ENOUADRANENTO PARA 2015 EPERSPECTIUAS KAGROECONOMICAS PARAA ECONOHA PORTUGUESA oe ‘A BVOWUGIO DA GESTAO: CONEIGOES DO MERCACO (A BVOLUGKO D4 GESTAO: INVESTIMENTOS. A EVOLUGHO OA GESTAO: ANALISE ECONDWICO-FINANCERA, A EVOLUGLO 04 GESTAO: ACTIVOADES DF WVESTIOAGAO E DESENVOLVIMENTO. ‘AE VOUUGKO 0A GESTKO: RECURSOS HUMANS. 8 ‘AcoNTEGMENTES APES A DATA DO BALANCO... Es “ EVOLUGAO PREVISIVEL OA SOCTEDADE won “ (Qu0TAS OU ACGCES PROPRIS ADQUIRIDAS OU ALEHKDAS 2UR-NTE 0 PERIDDO. “ FE 08.5018 ADRNNS TR ORES on 5 5 ve 1S 0s oBsecTV0s EAS POLINGAS DA SOCIEDADE EU MAERUA BE GESTAD DOS RIECOS FRANGEIROS.. 6 ‘PROPOSTA BE APLICAGAO DOS REsik 72008. 16 ANEXOS AO RELATORIO DE GESTAO 17 |LPARTIGENGOES 008 NENBROS OE ORGAOS DE ADKSTRAGIO [NOS TERMOS DO ART:*447*00 CSCI. 7 2 PARTICPAGOES DE ACCIDMSTAS [NDS TERMDS DO APT.* 4:8" 00 CSC], 7 DEMONSTRAGAO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DO EXERCICIO FINDO em 31.DezemBro.2015. 18 BALANGO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 ........-.e00e+ 19 DEMONSTRAGAO INDIVIDUAL DOS FLUXOS DE CAIXA DO EXERCICIO FINDO EM 31.DezEmBRO.2015. eeercee 20 DEMONSTRAGAO INDIVIDUAL DAS ALTERAGOES NO CAPITAL PROPRIO NOS EXERCICIOS DE 2015 © 2014 24 © SSANIFIL— CASA DE SAUDE DE SANTA FILOMENA, S.A DEMONSTRAGOES FINANCERAS - 2016 (Mertatee exreesoe en Ex) ANEXO AS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS PARA 0 EXERCICIO FINDO EM 31 DE Dezemero DE 2015......... 1 2 10. it 12, 18, a 16. 16. 7 2. 8 x BRS BRRBR IDENTIBCAGAO DA ENTIOADE REFERENCUL CONTABLISTICO DE PREPARAGIO DAS OEUONSTRAGIES FIMNCEIAS sn 28 PRINGIPAS POLITCAS CONTABLISTICAS, ESTMATIVAS E JU GAMENTOS RELEVANTES. ah Serg08 PRESTADOS.. SUBSIDE A ELORKEHO se (GANHOS/PEROAS WPUTACOS DE SUBSIOARAS, ASSOCADAS E EMPREENDMENTOS COMNINTES (CUSTODAS HERCADORAS VENDIDAS E DAS MATERIAS CONSUOAS FORNECIMENTOS E SERUCOS EXTERNOS. Gasros coworessaN. ee eee ee bk # 8 M2 Ourros Amvos Faancenes. eceeeee a uewres.. — aon ESTAGO E OUTROS ENTES POBUICOS oon 6B LOUTRAS CONTASA REGEBER EA PAGAR.. : “5 DirERENTOS, Capen e nerosros axwchnies. RESERVA LEGAL E OUTRAS RESERUAS. 22 7 ne SANFIL— CASADE SAUDE DE SANTA FILOMENA, SA DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS - 206 (ortantesexressos om Eu) 30, RESULTADS TRANSITADOS. 31. Frnawcauenras Osnoos. sna c : 92. FoRueceoores.. $98. PARTES REACOMONS enn eee 50 36 OUTRAS NRORUACOES paar ea Gana BANCARS. ee REULNERAPKO BO REVSOR ORCL BE CONTAS enn : os 38. ACONTECHETOS AROS DATA DO BALANCO... 96, DATA DEAUTOREAGHO PARA EMSSAO ee eee CERTIFICAGAO LEGAL DE CONTAS.. RELATORIO DO FISCAL UNICO... © SANFL CASADE SAUDE DE SANTA FILOMENA, SA Zi DEMONSTRAGOES FINANCERAS — 2016 (eetates expressos om Eu) Mensagem do Conselho de Administraco Be 4 Exmofa)s Senhore(a)s, No momento em que fechamos as contas do exercicio de 2015 0 Grupo SANFIL MEDICINA vive, no seu todo, um Ciclo de significativas mudangas. AAs decisBes tomadas no seio dos Accionistas do Grupo, no final de 2015 e nos primeiros meses de 2016, tém ‘um objectivo claro: "Manter 0 Grupo SANFIL MEDICINA continuamente rejuvenescido e apostado na construcdo, dum futuro de inovacao consistente, suportado na experiéncia de quem, ao longo de 63 anos, sempre colocou os seus pacientes como prioridade na sua acco." Esta linha de acgo, centrada nos culdados a prestar a0 doente, que é na sua singeleza muito logica, apresenta um sério desafio no momento de a conjugar com as diferentes presses com que o sector da satide se depara no actual enquedramento sécio-econémico do nosso pais e que melhor caracterizamos abaixo. Mas 0 que esperar de um Grupo que é, provavelmente, o Gnico com dimenséo neste sector onde os seus accionistas actuais s0, como 0 eram os seus fundadores, profissionais da drea da satide,que continuam, em muitos casos, a exercer a sua profissao assistindo diariamente os seus doentes nas diferentes clinicas que 0 Grupo gere? Apenas e unicamente a exceléncia nos cuidados de sade. E, portanto, neste contexto, de um Grupo que nasceu de "gente" da saiide © que “respira” continuamente sadde, que este Conselho de AdministracSo, eleito ja em 2016 mas que assina este Relatorio e Contas de 2015, assume investir todas as suas energias © competéncias para fortalecer a histéria do Grupo SANFIL MEDICINA, através da construgo de um futuro assente na concretiza¢o do projecto de desenvolvimento integrado do Grupo, sufragado pela larga maioria dos sécios, com o objectivo claro de o dotar da robuster e estabilidade indispensdveis ao seu crescimento consolidado e sustentével. De facto, a dimensdo que 0 Grupo atingiu em poucos anos, a dispersso geogrética das suas actividades, bem como, a necessidade de acomodar uma reduglo de precos (que a situaglo do pals exige) sem beliscar a prestacao dos melhores cuidados de satide a dispensar diariamente os nossos utentes, impunham um repensar da forma de ser, de estar e de funcionar do Grupo. Nesse sentido, ao longo dos tiltimos dois anos, 0 Grupo SANFIL MEDICINA passou por um periodo de reflexo interna, que culminou recentemente no langamento de um projecto com diferentes varidveis de interveng3o que se designou de Refundac3o. Este projecto passa, como se essinalou, por manter o foco na prestag8o de servigas médicos de exceléncia, optimizando @ performance do Grupo, potenciando as suas capacidades e eliminando ineficiéncias. Cumpre 0 calendério previsto de 18 meses de duracdo, que, no que tange ao utente, pretende simplificar procedimentos, optimizar circuitos, disponibilizar mais meios tecnolégicos e servigos, mantendo um padrao de resultados exemplar. Porém, internamente, as mudangas sero profundas. Comeca por um regresso &s origens, com simplificacSo societéria, medidas de reforco da coesdo e inclusio accionista e reforco dos respectivos poderes conjuntos de definigSo, acompanhamento,validac&o e verficaco de metas e objectivos. > SSANFIL~ CASA DE.SAUDE DE SANTA FILOMENA, SA DEMONSTRAGOES FINANCERAS ~ 2018 (erties expresso om Eu) (eee > Por outro lado, o facta de estarmos presentes em diferentes localizages leva-nos a concluir que o perfil, ' - necessidades, expectativas e até a forma de estar das pessoas apresenta assimetrias que 0 Grupo tem que saber reconhecer e respeitar, e em simulténeo, pelo conjunta de experiéncias enriquecedoras, que concorrem para uma mudanca positiva, devem as mesmas serem reconhecidas e replicadas. Esta aprendizagem nijo se centra apenas na relacSo com os utentes, mas com todos os envolvidos na cadela de prestaco dos culdados de sauide que se relacionam com 0 Grupo SANFIL MEDICINA, com quem muito se tem aprendido. E necessério assumir que as melhores solugSes de funcionamenta dos servigos e de resposta as necessidades dos utentes no so dadas pelos gestores, mas por aqueles que no dia-a-dia contactam as pessoas, as recebem, as ouvern, as tratam, as recuperam e thes dio um sorriso @ a esperanca de estimadas melhoras. Por outro lado, 0 SNS, os diversos subsistemas de satide e as Companhias de Seguradoras, que muito nos honra aceltarem ser nossos seus parcelros, tém-nos gradualmente colocado desafios de aumento de responsabilidades e reduc3o de precos, sem prejudicar a qualidade dos servigos de satide que caracterizam a nossa actividade. 0 Grupo SANFIL MEDICINA tem, também, a responsabilidade de dar uma resposta positiva aos seus parceiros ¢ procurar trabalhar com estes no sentido de manter a prestac3o de servicos de sauide de exceléncia, com niveis de custo mais babxos. Para tal, tem que cumprir um forte investimento em IT (tecnologias de informacdo} e na melhoria das infra- estruturas de prestagio de servicos. De assinalar que os diversos tipos de processos e procedimentos do Grupo SANFIL MEDICINA encontram-se ji a ser optimizados, com a realocacdo de recursos humanos, aprofundando 0 grau de autonomia dos servicos & aumentando 0 peso das suas posigbes nas decistes de mudanga, Estamos também a reduzir custos e a criar ums estrutura corporativa mais abrangente quanto a servigos partilhados. Iremos preservar a Identidade das vérias unidades do Grupo, mas uniformizar procedimentos, por forma a intensificar aidela de grupo. Continuaremos a fazer investimentos em meios tecnolégicos de diagnéstico e de apoio & intervencdo cirtrgica, disponibilizando as equipas clinicas os melhores meios tecnol6gicos para a prestacdo dos melhores cuidados de sade. ‘Temos interesse na melhoria continua da relaggo com a classe médica, em termos de transparéncla de relacionamento, certeza de posigdes ¢ colocacao & sua disposiggo de todas as condigGes para prestarem aos Utentes os cuidados que necessitam, reduzinda o impacto das questtes burocréticas e administrativas. © Grupo SANFIL MEDICINA encontra-se em fase de ampliagdo do numero de centros de exceléncia (clinica), centros especializados no tratamento de patologias, e exemplo disso é a entrada em funcionamento, em breve, de um centro de exceléncia de urologia na unidade de Letria, Num plano idéntico haveré lugar a um aprofundamento do relacionamento com os nossos parceiros de negécio, ao nivel do acampanhamento do funcionamento das parcerias, partilha periddica de dados, estatistice e casuistica, © SANFL CASADE SA(DE DE SANTA FILOMENA SA Pet: DEMONSTRAGOES FNANCERAS 2015 (torte em Ba) Vy lade dos nossos quadras, colaboradores } ‘As nossas vantagens competitivas so 0 know-how acurnulado, a qu e médicos que prestam servigos nas nossas unidades, ‘Assim, estamos convictos que com 0 Projecto de Refundacéo do Grupo, iremos melhorar a nossa capacidade de respasta e estar a altura das solicitagdes dos nossos utentes e parceiros de negécio, cumprindo assim com 0 designio dos nossos Acionistas. ‘Mas se 0 final do ano de 2015 marcou 0 inicio de um novo cicla no Grupo SANFIL MEDICINA, ndo podemos deixar de assinalar que no seu decurso de fortes investimentos no melhoramento de diversas infra-estruturas equipamentos das nossas unidades de negécio, com destaque para o aumento da capacidade instalada do servico de gastroenterologia e a abertura de uma nova unidade em Cantanhede. Por tltimo, gostariamos de assinalar que 0 encerramento das contas do exercicio de 2015 exigiu desta Administracdo e dos servicos do Grupo esforgos redobrados, tendo-se prolongado pelo primeiro semestre de 2016, devido & mudanca de politicas e critérios contabilisticos, que, no seu conjunto, expressam movimentos no recorrentes, que em parte, no exercicio de 2016 jé nao se verificardo. ‘Assim, a miso assumida por esta nova Administragio de ajustar a estrutura interna da sociedade, permitindo um aumento diracto de cash-flows, através de um conjunto de resultados consistentes e sustentdvels, j4 se iniciou. Espera, por isso, nos préximos anos, remunerar os seus accionistas sem nunca colocar em causa 2 estabilidade da sua actividade e da rela¢Zo com os seus parceiros, nem a linha de investimento necesséria para que 0 Grupo SANFIL MEDICINA mantenha e aumente os niveis de exceléncia de culdados de saide pelos quais € reconhecico. aha hebiehe pcos de Me (ol Sas tam a> <> [SANFL CASA DE SAUDE DE SANTA FILOMENA, 8. DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ~ 2015 (Mortrteeprecece em Ex} 2 Relatrio de Gest&o ¢ Com referéncia a 31 dezembro de 2015. 7 Preambulo Senhores Accionistas: No cumprimento do que estabelecem os artigos 65° e 662 do Cédligo das Socledades Comercais, vimes submeter 8 vossa apreciacio o Relatrio de Gestdo e Contas da sociedade SANFIL— CASA DE SAODE DE SANTA FILOMENA, S.A., (adiante designada de “Sociedade” ou “SANFIL, S.A.") relativo ao periodo findo em 31 de dezembro de 2015, e que compreendem, nomeadamente: = ORelatério de gestdo; = ADemanstragao dos resultados por naturezas; = OBalango; = ADemonstragao dos fluxos de caixa; + ADemonstragao de Alteragées do Capital Préprio; © OAnexo. Enquadramento para 2015 e perspectivas macroeconomicas para a economia portuguesa ENQUADRAMENTO PARA 2015, Em 2015 2 economia portuguesa apresentou um crescimento de 1,59. © produto interno bruto (PIB) aumentou 0,6 pontos percentuals face a 2014. De destacar 0 aumento do contributo da procura interna na variaggo do PIB em 2015, de 2,2 para 2,5 pontos percentuais, refletindo a aceleracso do consumo privado € o aumento do consumo public. Em termos reais, a procura interna subiu 2,4%, crescendo pelo segundo ano consecutivo. Nota também para um significativo ganho de termos de troca, com o deflator das importagtes a registar uma reducso ppronunciada, em resultado da diminuicSo dos precos dos bens energéticos. AAs exportagdes de bens e servigos aceleraram de 3,9% para 5,1% em 2015, em termos de volume, continuando a verificar-se um crescimento significative da componente de turismo, AAs importacBes de bens e servigos também cresceram, dos 7,2% para 7.3%, em resultado da aceleractio da ‘componente de bens. Em termos nominais, 0 PIS portugués foi de 179,4 mil milh@es de euros. Quanto 20 desemprego, assistimos a uma reducao de 13,9% en 2014 para cerca de 12,4% em 2015. © “SANFIL~ GASADE SAUDE DE SANTA FILOMENA, S.A DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS — 2015 (ontantes expresses em Eu) PERSPECTIVAS MACROECONOMICAS PARA A ECONOMIA PORTUGUESA Be e, {As projecges, do Banco de Portugal, para a economia portuguesa continuam a apontar para uma recupera¢lo moderada da atividade econémica ao longo do periodo 2016-2018 De acordo com essas projecbes e com a informacao disponivel, 0 crescimento médio anual do produto interno bruto (PIB) deverd ser de 1,3 por cento em 2016, acelerando para 1,6 por cento em 2017 e diminuindo para 1,5 or cento em 2018, o que implica um nivel do PIB no final do horizonte de projec3o préximo, mas ainda abaixo, do observado antes da crise financeira internacional em 2008. Os pregos no consumidor deverdo acelerar gradualmente 20 longo do horizonte de projecao, em linha com a evolugao da inflacao atualmente projetada para 0 conjunto da area do euro. A recuperacao da economia portuguesa iniciada em meados de 2013 tem apresentado um ritmo relativamente moderado, em particular tendo em conta a severidade e 2 duracao da recesséo que a antecedeu. Neste contexto, importa realgar que a atual recuperagdo ocorre num enquadramento caraterizado por um elevado nivel de endividamento dos varios agentes econémicos - quer piblicos quer privados ~ e pela necessidade de prossecuso do ajustamento dos seus balangos. As hipéteses para o enquadramento externo da economia portuguesa continuam a apontar para uma aceleragao de atividade econémica mundial e dos fluxos de comércio internacional, A procura externa deverd perder algum dinamismo em 2016 mas recuperar para ritmos de crescimento mais robustos em 2017-18. 0 enquadramento internacional manter-se-é favorével também noutras dimensBes, dada a evoluco assumida para o preco do petrdleo e o impacto positivo da implementaco das medidas de politica monetérla do BCE sobre a integracao financeira na érea do euro e as condicbes monetérias e financeiras. A evolucSo projetada para a economia portuguesa é marcada por uma recuperacéo gradual da procura interna, com um crescimento médio anual de 1,7 por cento aolongo do horizonte de projec. Esta evolugao é compativel com a continuago da reducao do nivel de alavancagem do setor privado, condi¢o indespensdvel para assegurar um padrao de crescimento sustentével da economia portuguesa nos préximos anos. (© consumo privado deverd registar um crescimento robusto em 2016 e desacelerar progressivamente em 2017- 18, em linha com a evolugdo do rendimento disponivel real. Em contraste, a projeco aponta para uma varia¢go marginal do investimento em 2016, seguida de crescimentos relativamente robustos em 2017-18. O contexto de maior incerteza, quer interna quer externa, que caraterizou a segunda metade de 2015 eo inicio de 2016, terd condicionado de forma marcada a evolugo da FBCF nos trimestres recentes, Relativamente as excortagbes de bens e servicos, antecipa-se uma desacelerago em 2016, que reflete a evolugdo das exportacdes de combustiveis e o menor crescimento da procura externa dirigida aos exportadores portugueses. Em particular, as exportagSes para algumas economias de mercado emergentes, com destaque para Angola, deverSo continuar a ter um contributo negativo e significativo para a variagao das exportacbes totais em 2016. Refletindo a dissipaco deste efeito e um enquadramento internacional mais favoravel, as exportagoes deverzo acelerar em 2017 e 2018, voltando a ser a componente da despesa com 0 comportamento mais dinamico, & semelhanca do observado nos Uitimes anos. 0 grau de abertura da economia portuguesa deverd continuar a aumentar a partir de 2017, traduzindo um aumento similar do peso das exportagées e das importacbes no PIB. Esta evolugao contrasta com a observada nos tiltimas anos, em que o aumento do grau de abertura traduziu um forte dinamismo das exportagties. Ao longo do horizonte de projecdo, a economia portuguesa deverd manter < 2? SANFL CASADE SAUDE DE SANTA FILOMENA, SA DEMONSTRAGOES FINANCERAS - 2015 Seat uma capacidade de financiamento face ao exterior, possibilitando uma redug3o gradual dos niveis de 4 endividamento externo. Neste contexto e dado 0 abrandamento da economia portuguesa nos trimestres recentes, associado 20 comportamento das exportagées e do investimento, tal revela que a economia portuguesa continua muito vulnerdvel a choques internos e exteros, nao obstante os significativos progressos na redugdo dos esequilibrios macroeconémicos, que criaram condigbes para um padrdo mais sustenté vel de crescimento econémico. Desta forma, € essencial preservar um enquadramento institucional e fiscel previsivel e orientado para 2 estabilidade macroeconémica. £ necessdrio também prosseguir com reformas estruturais que favorecam o investimento em capital fisico e humano, a inovagdo, a mobilidade de fatores e, em cltima andlise, 0 crescimento da produtividade. ‘A SAUDE EM PORTUGAL - PERSPECTIVAS PARA O SETOR ‘A satide em Portugal é palco de muitiplas tensdes provocadas pela pressio demogrifica associada a0 envelhecimento e reducdo da natalidade, pelo aumento da carga de doencas crénicas, pela desacelaracdo do crescimento econémico, aumento da despesa e dpelaarticulago no que significa equilibrios e desiquilibros entre o setor publica e privado. A velocidade e profundidade da evolucgo da cléncia e inovagdo tecnolégica nas ultimas décadas permitiram a melhoria das condigbes de vide da populacdo e 0 diagnéstico e a terapéutica de doencas que antes eram fatais, ‘tomando-as crénicas. Em contrapartida, o mundo desenvalvido em geral e Portugal em particular assistiram a uma queda significativa ‘nos nascimentos, levando a que & diminuiggo da populacdo ativa a médio prazo também corresponda um envelhecimento do pais em termos demogréficos. A evolugdo das doengas crénicas no esté unicamente relacionada com o envelhecimento ou com a transformaco das doencas fatais en crénicas fruto da evolugdo da ciéncia. A maior preocupacda est na prevaléncia destas doencas na populacao jovem e ativa que tem um impacto de longo prazo em termos de despesa, tanto para os sistemas de satide, bem como para a economia do pais. Entre elas encontram-se as doengas respiratérias, cardiovasculares, diabetes, cancro e as de foro neuroldgico€stima-se que 75% da despesa em satide esteja concentrado no tratamento das doengas crénicas. ‘Também e em paralelo os ultimos governos em Portugal té continuado a adopeo de politicas conducentes 2 (2) um SNS universal e tendencialmente gratuito; (2) o processo de concesséo da gesto de hospitais ao setor privado; (3) a livre escolha de médico de familia reconhecida na lel que criou as USF. Na pratica, a atuaco do ultimos governos tem-se focado na diminuigSo dos gastos publicos com a satide, em particular na érea do medicamento, na despesa hospitalar e nas convengdes com o setor privado. O PNS 2012- 2016 é um instrumento estratégico contextualizador dos objetivos, programas e estratégias de todos os agentes do setor da sate. < 0°” SSAVFIL~ CASA DE SAUDE DE SANTA FLOMENA SA DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ~ 2016 fat pollticas sauddvels. Proptie objetivos para o sistema de sade, nomeadamente obter ganhos em saide, promover contextos favordvels 8 satide ao longo do ciclo de vida, reforcar o suporte social e econémico na satide ena doenga, reforgar a participago de Portugal na sade global. Este plano assenta em quatro elxos estratégicos: cidadania em satide, acesso e equidade, qualidade em sate No entanto e segundo 0 Observatorio dos Sistemas de Satide (OSS, 2013) 0 PNS 2012-2016 apresenta um insuficiente alinhamento estratégico entre 0 processo de implementacio, o compromisso politico as politicas de satide. Além disso, parece nao existirem mecanismos de articulagao e comunicacdo entre os diferentes niveis de planeamento (nacional, regional e local, bem como orientagies para a acdo, o que dificulta a ‘operacionalizago das metas do PNS ao nivel regional ¢ local, Desta forma temos de estar cada vez mais atentos e adequar a nossa capacidade de resposta a estas alteragbes quer endégenas quer exdgenas ao setor da saude em Portugal ¢ que tém implicacdo direta na performance econémica e operativa das vérias empresas e unidades de negécio do Grupo Sanfil Fonte: INE; Banco de Portugal ~ “ProjecgBes para a economia Portuguesa 2016-2018";pwe Agenda Sauide; Maria Cortes, « Breve olhar sobre o estado da salide em Portugal » A evolucdo da gesto: Condigées do mercado Dado 0 contexto de incerteza a que jé aludimos, nao € prudente realizar projeccBes quantificadas. Todavia, e ‘também como ja referimes, iremos de certeza sofrer 0 impacto das medidas restritivas j elencadas. Por isso, continuaremos a prosseguir 2 nossa estratégia, que se funds em 9 pilares: a] Cobertura geogréfica do distrito de Coimbra; b) Prestac&o de servigas de satide em regime de insourcing / outsourcing a unidades publicas hospitalares; ¢)_ Revisdo da unidade de hemodidlise; 4d} Criagdo de novos centros de especialidade; e} Turismo Médico; 4) Evolugio tecnolégica; 8) Diminuigdo acelerada do endividamento; h} Aumento do investimento em MCDT convencionados, com particular enfoque no sector da Gastroenterologia; i] Melhoria continua dos processos de prestagao de cuidados de satide. Contudo, relativamente ao SIGIC (Sistema Integrado de Gesto de Inscritos para Cirurgial, a tendéncia continua a ser negativa, A evoluco da gesto: Investimentos 0 ano de 2015 foi marcado por uma redugio significativa de investimentos em Ativas, tendo o investimento sido ligeiraraente supericr a 300.000 €. < a A evolucSo da gesto: Andlise econémico-financeira Os principals récios so os seguintes: (Milhares de Euros) 3122015 312.2014 Pessoal Efecivos Medios no Adivo 162 120 ashes c/ Pessoal (ri Euros) (6.188) (2710) Gastosc/ Pessoal p. capt il Euros) 2) @) Desempenho Econémico Volume de Negbcis (mil Euros) 21822 21347 Gaslos Opereconais (mi Euros) (61+62+63+64+65+86+67-68) (21941) (21.547) EBITDA 1872 1.200 Resultado operacional (antes de gastos de Snancaments e irposts) (EBIT) 5 719 RResutado Liquido (ri Euros) 179 4 Balango Avo Toll (ail Euros) 35828 35.451 Capitas Prépris (nil Euros) 15.485 18.366 CapiasAlneos (rit Euros) 203344 201085 Indicadores Margem EBITDA (%} 858 604 ROI - Return on investment (%) (EBITDA jATIVO) 005, 004 ROE - Return on Equly (%4) (RLICP) oot 0.90 Margem operacional (%) RResutado operacional/ Volume de negdcios 424 337 Financeiros Sovabilidade Capi Proprio /Passiva Tot 7650 Endividamento Passivo | Capital Proprio. 131,38 13072 ‘Autonomia Financeira Capital Proprio / Active 4322 4334 Récios de Funcionamento Rotagdo do Afvo oat 060 Prazo Médio de Rolagdo dos Invenirios 39 35 Prazo Médio de Recebimentos 145 124 azo Médio de Pagamentos 8 at [SANFL CASA DE SAUDE DE SANTA FILOMENA SA. DEMONSTRAGOES FINANCESAS.~ 2018 (ortartes xpress on Be) Conforme se verifica pelos dads acime, a Sanfil, S.A. aumentou significativamente o numero de pessoal do i quadro. Trata-se, sobretudo, de admissSes de pessoas que jd colaboravam com a empresa no regime de I prestarao de servigos. Face a este aumento, os gastos com o pessoal também cresceram, apesar dos gastos per copita de 2015 terem ficado abaixo dos gastos de 2014. Analisando o desempenho econémico da sociedade, verificamos uma degradacéo significativa dos nmeros, ppese embora se tenha verificado um ligeiro crescimento no volume de negécios. Os principais factores que contribuiram para esta situa foram: © Reducdo significativa dos resultados imputados via Método de Equivaléncia Patrimonial das participadas da sociedade, muito em particular do CHSF - Centra Hospitalar de S. Francisco, S.A.; © Aumento do Custo das Matérias Consumidas, resultado de um aumento de precos, da qualidade dos artigos e de deteriorago das condicSes comerciais de alguns artigos ou marcas; ‘* Aumento dos gastos com Fornecimentos e Servigos externos, nomeadamente com Trabalhos Especializados, Conservago e Reparaco de Equipamentos, e Rendas e Alugueres; ‘© Aumento dos gastos com Pessoal; © Aumento das Amortizages; © Aumento dos Juros. (Os aumentos acima referidos foram atenuados por diversos ganhos, nomeadamente: © Saldo positive entre os ajustamentos para dividas de clientes de cobranga duvidosa e reverses da mesma natureza; © Saldo pasitivo entre as provisdes para processos judiciais em curso e reverses da mesma natureza; ‘© Reconhecimento do direito contratual da sociedade ser reembolsads por desvalorizacao da participacdo no CHSF - Centro Hospitalar de S. Francisco, S.A.; A evolugo da gesto: Actividades de investigacao e desenvolvimento Nada a reportar, AevolucSo da gestSo: Recursos humanos © niimero médio de colaboradores no quadro da sociedade em 2015 foi de 152, eno ano de 2014 foi de 120. < a? SANFL CASADE SAUDE DE SANTA FILOMENA SA DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS 2015 ‘oonsartes expresses am Eu) Trata-se sobretudo de admissdes de pessoas que jé colaboravam com a empresa no regime de prestago de ° / servigos. Face a este aumento, os gastos com o pessoal também cresceram, apesar dos gastos per capita de 2015 terem ficado abaixo dos gastos de 2014. Acontecimentos Apés @ Data do Balanco Foi apresentada em 23/01/2016, reclamagio graciosa junto da Direco de Financas de Coimbra relativa 8 notificaco da Autoridade Tributéria Sanfil, S.A, pela qual aquela liquidava IRC e juros compensatérios referentes aos exercicios de 2011, 2012 € 2013 no valor de 51.761,56€, 34.645,95€ e 380,578,936, respetivamente. A correcgo ao exercicio de 2013 inclui 196.308,21€ de beneficis fiscais deduzidos 8 coleta no Ambito do CFEI (Crédito Fiscal Extraordinério ao Investimento). Segundo entendimento da Autoridade Tributéria, os bens adquiridos pela Sanfil, S.A. e que foram instalados nas diversas unidades do Grupo ao abrigo de contratos de associago em participacao, nao sio aceites para efeitos de célculo do CFEI. O imposto nao foi pago, logo em caso de indeferimento do pedido, terd que ser entregue 2o Estado. Encontra-se em fase de apreciagio e possivel contestag3o, por parte do Conselho de Administracéo, um processo inspetivo 2o ano 2010, que implica 0 pagamento ao Estado, a titulo de IRC e juros compensatorios do valor de 159,338,61€. Evolugao previsivel da sociedade Em face do acima exposto, a performance da sociedade dependerd em larga medida, do grau de eficiéncia com que iremes gerir a SANFIL, S.A, mas também da celeridade com que determinados investimentos sero executados e que atingiréo o nivel de desempenho projetado. Os principais enfocos da Administrago para o futuro proximo da sociedade so: © Acelerar 0 processo de entrada em funcionamento de novos investimentos e de tomada de decisio; © Recuperagdo de divida e diminuigo do prazo médio de recebimentos. A equipa constituida em 2015 foijé reforgada em 2016; © Redugo de custos de financiamento; 9 Reduso de gastos gerals e otimizago de recursos técnicos e humanos; © Melhoria significativa na eficiéncia da equipa de faturagio, jd alvo de profunda reestruturaco no 19 semestre de 2016; Quotas ou acces préprias adquiridas ou alienadas durante o perfodo Nada a reportar. < uO

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