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LEITURA DIARIA D 21m 3.16 - Contetide do ensino SIs 40.13-14 -A fonte da verdade T Rm 11,3336 ~ Sabedoria de Deus Q 5125 — Instrucdo do Senhor Q C13.16—-Instrucio mutua SSI 86.11-Temor do Senhor S$ Pv8.33-Ser sdbio INTRODUCAO O cristianismo é reconhecido como uma religiio de historiadores que tem um livro de histéria, a Biblia, como seu livro sagrado, sua regra de f€ e pratica. No decorrer da Histéria, ‘os crentes foram reconhecidos como homens do livro, apegados 3 escrita e & pregacao verbal como 0 meio para propagacio das verdades eternas. Em todo o proceso histérico pode- mos observar dois aspectos centrais: conhe- cimento biblico profundo e uma vida devota ¢ obediente ao ensino das Escrituras. 1. O ENSINO NAS ESCRITURAS A. O ensino ordenado e sistematizado no AT Segundo 0 texto basico, Israel deveria apren- dex a lei divina e obedecé-la como testemunho 08 outtos povos, levando-os a glorificara Deus, O contetido do ensino era a propria lei de Deus e 0 conceito de aprendizagem envolvia conhecimento que fundarnentava a agao, saber por que fazer, ¢ fazer, O primeito propésito da obediéncia 4 lei era honrar e glorificar a Deus. Em segundo plano, a obediéncia visava a paz ¢ conforto do povo de Istael, contudo, em ambos: ‘08 casos, 0 louvor a Deus era a esséncia. ) DESAFIO DA CATEQUESE 2Crbnicas 17.7-9 O local em que esse ensino era ministrado prioritariamente eta 0 lar; ¢ a responsabilidade em inculcar os preceitos do Senhor a seus filhos estava centrada nos pais (Dt 6). Mas também havia @ instrugdo publica por meio da leitura da Palavra de Deus (Dt 31). Na sequéncia, a verdade anunciada era integrada de modo ob- jetivo a vida daquele que atentamente a ouvia. Essa aprendizagem era evidenciada por uma mudanga de mentalidade — 0 temor do Senhor ~ ¢, uma transformagio no comportamento.! B, Jesus o Mestre por exceléncia O Mestre ensinava transmitindo conheci- mento, exortando e estimulando, mas também. insiruia tendo a si mesmo como modelo de sua pritica, por exemplo, a sua consciéncia da ne- cessidade constante de orar (Le 3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28-29; 10.21-22; 11.1; 22.41-45; 23.46), assim, o Supremo Mestre ensinava de forma modelar: a orar (Le 11.1-4); exortou a orat (Le 11.5-13; 18.1-8; 22.40,46); ensinou sobre a postura correta na oracio (Lc 18.9-14; Mt 6.5- 8); advertin sobre os erros na oracio (Le 20.47; Mt 6.1). Sua oragio eta expresso de amor a0 présimo (Jo 17; Le 22.32; 23.34; Me 5.44,45); ele demonstrou prontidio ao servico (Jo 17.1-2) ¢ demonstrou submissao a Deus (Mt 26.39). Outro aspecto essencial no ministério educacional de Jesus foi a sua consciéncia da importancia das Escrituras. O contetido da sua pregacio era a Escritura (Le 24.25-27,44-47); cle exortavaao seu estudo (Jo 5.39); tespondia com as Escrituras (Me 7.6;9.12-13; 10.5); agia segun- ' DOWNS, Perry G. Introdugao 4 Educacao Crista, Sao Paulo: Cultura Crista, 2001, p. 26. do o ensino delas (Mt 21.13); 0 conhecimento das Escrituras era seu teferencial (Mr 26.24,31). O objetivo do ensino conforme apresen- tado por Jesus é 0 de fazer discipulos (Mt 28.19-20) com envolvimento ative do crente (fazei discipulos!), ©. Ales ¢ 0 progresso do evangelbo Atos dos Apéstolos comprova que, quando © evangelho é yivido em sua esséncia ¢ inte- gridade, ou seja, quando esto juntos ensino € obediéncia, o resultado natural ¢ ctescimento da igreja (At 2.41,47; 4.4; 5.14; 6.7; 9.31,42; 11.21; 12.24; 13.48; 16.5; 19.20; 28.31). Na sequéncia de todo o Novo Testament, o en- sino se processa pela redacio de cartas com 0 objetivo de instrugio, exortagio e estimulo 4 vida crista. Em outras palavras, 0 ensino ocor- teu, e ainda ocorre, quando a Palavra de Deus verbalizada ¢ proposicional é apresentada, Hl. IDADE ANTIGA Nos primeiros anos da igreja crista, surgiu a catequese integrada ao ensino nos lares ¢ a adoracio comunitiria (At 20.20; 1'Tm 4.13), No 2° século, a catequese como preparacio Para a profissio de fé e batismo consistia em um curso de trés anos; além dessas classes de catectimenos havia as escolas de catequese, com ensino avangado para futuros lideres, Do final do 1° século até meados do 2°, 08 Pais Apostélicos, considerados os primeiros tedlogos do cristianismo, escreveram os pri- meiros livros teolégicos propriamente ditos, Em linhas gerais, tratavam de tematicas de natureza devocional, contudo, também de- fenderam a encatnacdo de Jesus Cristo frente aos embates dos gndsticos. Esses escritos so documentos dedicados a interpretar ¢ pregar a mensagem apostdlica na primeira geracio pos- terior aos apéstolos. Foi um perfodo cercado pela propagacio de falsos escritos, Outra lata travada pelos Pais Apostdlicos foi contra os Céticos que tentavam desautorizar a verdade do ensino biblico. O modo por exceléncia para o ensino da igreja crista foi a escrita ¢ a pregacio, apoiadas pela vida vivida de modo coerente com 0 ensino evangélico, que salta aos olhos, pot exemplo nos varios casos de martirio de cristiios (cp. Fp 1.29-30), especialmente Poli- carpo de Esmirna (69-155 d.C.). Por volta do 2° ¢ 3° séculos, surgiram os Apologistas, que também fizeram uso de escri- tos com 0 objetivo de defender a verdade do evangelho diante dos ataques, em sua maioria de ordem intelectual (ep. 1Pe 3.15). II. IDADE MEDIA A Idade Média via algum esforco ser feito Para que a educago ocupasse o lugar que Ihe cabia, como a Renascenca Catolingia no século 8°, sob Catlos Magno (742-814 d.C.), e coma lideranga de Aleuino (735-804 d.C); como a dedicagao dos Dominicanos ao ensino; e com © reavivamento do ensino nos séculos 10 € 11? Nesse petiodo, o movimento monistico desempenhou funcao central na preservacio € Ptopagacao do ensino, Considerando seus va- rios aspectos negativos e contraditérios, con- cluimos que essa influéncia foi uma prova de que o Senhor da Histéria é gracioso e conduz todas as coisas conforme o seu poder soberano tumo 20 alvo por ele proposto. Ocorte que, apoiados pelo ideal de safda do mundo como forma de fuga do pecado ~ 0 que contratia o ensino de Jesus (Jo 17) -, a0 longo do tempo esse ideal mostrou-se intitil, porquanto nao os livrou de seus pecados. No entanto, aprouve a Deus que os mos- teiros fossem os responsaveis pela compilacio € preservacio das Escrituras Sagradas ¢ dos escritos de varios tedlogos. Dentre esses, 0 principal foi Agostinho de Hipona (354-430 * MARRA, Claudio. A igreja discipuladora. So Paulo: Cultura Crista, 2007, p. 20. 0 d.C). Seus escritos foram importantes para o surgimento da Reforma séculos mais tarde. IV. REFORMA A Reforma Protestante reestruturou em vatios ambitos os sistemas de pensamentos conhecidos. Seu principal foco norteador ¢ determinante de sentido foi a Escritura Sagra- da —fonte para a prepacdo e parimetro para a crenga € ética dos seus seguidores. ‘Martinho Lutero (1483-1546) deu destaque a centralidade da instrugio doméstica, prepa- rando catecismos para criancas e encorajando os pais a cumprir seu papel pedagdgico. Philip Melanchthon (1497-1560) propés que um dia por semana fosse separado para a catequese € estabeleceu escolas parecidas coma futura Escola Dominical.’ Joao Calvino (1509-1564) insistia que os pastores eram mestres da fé ¢ que os mes- tres deveriam ser pastores e exigin que aprender a ensinar devia fazer parte do treinamento deles.* Calvino redigiu um programa de governo para a cidade que enfatiza a necessidade do co- nhecimento ¢ para tanto solicitava a ctiagio de escolas, Apresentou um projeto educacional gra- tuito para Genebra, destinado tanto a meninos quanto a meninas, dando inicio 4 primeira escola priméria, gratuita e obrigatoria de toda a Europa. © homem fora criado a imagem ¢ semelhanga de Deus, devendo, portanto, servi-lo em todos cos ambitos possiveis. O ser humano possui a ca- pacidade de aprender e peoduzit conhecimento. pilpito foi o instrumento por exceléncia usado por Calvino, Uma das principais caracte- risticas da Reforma do século 16 foi o retorno 4 fiel pregagio da Palavra de Deus. V. POS-REFORMA O século 17 testemunhou a notavel 3 Idem, p.21. contribuigao de cristios reformados para 0 ensino, principalmente na obra de Jan Amos Comenius (1592-1670) e na dos puritanos. Isso sera visto em trimestre proximo, na sequéncia destes estudos. Seguiu-se 0 surgimento da Escola Domi- nical (1780) em Gloucester, Inglaterra, por Robert Raikes (1736-181 1), jornalista britanico. Raikes dedicou-se a alfabetizacao de ctiancas que n&o frequentavam a escola, Tratou-se de iniciativa particular, mas dentro de algum. tempo as igrejas encamparam a boa ideia. No Brasil, os primeiros missiondrios protestantes logo implantaram a Escola Dominical. Ashbel Green Simonton (1833-1867), tendo desem- barcado em 12 de agosto de 1859, pouco me- nos de um ano depois iniciou uma classe no Rio de Janeiro (22/04/1860), constituindo-se esse no sen primeiro trabalho em portugués. CONCLUSAO O conhecimento ¢ imprescindivel na vida de todo cristao. “Embora um homem com conhecimento possa set um servo do mal, ainda assim, nenhum homem sen conhecimento, e que nd faz uso da raza, pode sex um servo de Deus. Um homem pode ir para o inferno com conhecimento; mas ele certamente ira para 0 inferno se nao o tiver”® Somente aquilo que conhecemos pode ser distinguide de outras coisas, ¢ efetuat um juizo sobre clas. Nao existe conhecimento sem discernimento, do mesmo modo nio podemos fazer juizo sem conhecermos a verdade (At 17.11). APLICACAO Qual é 0 seu projeto de estudos? Como tem sido o seu aproveitamento dos recursos educativos oferecidos por sua igreja? * Calvino, J., As Institutas, edicao cléssica (Sao Paulo, SP: Editora Cultura Crista, 2006), 1V, Il, 6. 5 Richard Baxter, Medita estas Coisas, Classicos Evangélicos, Ananindeua-PA, 1990, p. 10. UZEIROS NO MUNDO Trés notdveis Pais da Igreja: Inacio de Antioquia, Justino Martir e Irineu de Lido LEITURA DIARIA D Mt4.12-17 - Grande luz S$ Jo1.1-14 -Verdadeira luz T Jo 8.12-20 - Luz do mundo Q Rm 13.11-14 - Armas da luz Q Ef 5.3-21 — Filhos da luz S$ 1Pe 2.9-10 — Das trevas para luz S$ 1o 1.5-7 ~ Se andarmos na luz INTRODUGAO A Escritura relata como 0 ser humano ficou em estado de morte ¢ perdic¢ao em consequén- cia de sua desobediéncia ao Senhor. O caos instalou-se em toda a criacdo. Densas trevas sfo a condico do ser humano. Ser possivel viver em tal mundo? Des- crenga, injustica, maldade, édio, vinganga, pre- conccito, pobreza, miséria, fome entre outros males sio recorrentes no noticiério, Atentados terroristas na Franca, Alemanha, Bélgica, Tur- quia, Sitia, Traque, Afeganistiio, etc., iustram bem 0 quio tenebroso é 0 nosso mundo. O Deus Trino, porém, resolveu resgatar € salvar 0 seu povo dessa tersfvel condicio pot meio do Cristo, seu Filho. A encarnacio, a morte ¢ a ressurreigéo de Jesus garantiram © resgate dos seus, Essas sfio “as boas novas”” que, espalhadas por todo o mundo e ctidas, fesgatam © set humano da morte para a vida. Como cristies herdeiros da Reforma, comemoramos em 2017 os 500 anos daquele evento histérico. Cremos que Deus, em sua infinita graca, sempre nos deu, como teste- munhas de sua misericérdia, homens de fé que brilharam em meio as trevas de seus dias. Mateus 5.14-16 Esta licio demonstrara como trés Pais da Igreja Antiga foram notiveis luzeiros de testemunho da fé evangélica: Inacio, Justino e Irineu de Lio. 1 INACIO DE ANTIOQUIA Indio significa nascido do foge. Indcio foi de fato uma tocha viva de testemunho por Cristo. Enquanto viveu, sua vida ardia, brithava e se con- sumia. Discipulo do apéstolo Joao, Inacio viveu no periodo de 60.a 117 d.C., e tornow-se célebte pela fidelidade a Cristo em meio as perseguigées © As cadeias que enfrentou, Condenado por set cristo, foi levado acorrentado para Roma. Durante essa viagem ele escreven sete cartas a igrejas ¢, enquanto avangava, fortalecia com seu testemunho os crentes por onde passava. Nunca se cansou de exortélos para que se posicionassera contra as heresias que surgiam. A expressio “Igreja Catélica”, referindo-se 4 universalidade do cristianismo — ¢ no a uma seita, como a tomana — foi pela primeira vex uti- lizada por cle, em carta que escteyeu a Policarpa O seu martitio (c, 110-117 d.C) foi regis- trado por Eusébio de Cesatea, historiador da igreja. Inacio foi langado as feras no coliseu romano, por causa do seu amor a Cristo e seu testemunho do evangetho. Sua luz sé se extinguiu pela morte, I JUSTINO MARTIR O Velador sobre 0 qual a luz de Justino bri- Thou foram suas escolas e sua vocacio de fildsofo aservico de Cristo, Justino viveu por volta de 100 a 165 d.C. Nasceu no coragao da Palestina, em Samaria, Desde muito cedo mostcou gosto pelo 11 saber. Conheceu a filosofia estoica, passou pelo idealismo de Platao, pelas ideias de Aristétcles, e pela filosofia numérica de Pirigoras. Teve um diélogo com o ancifo cristio ‘Trifio, cujo xesultado foi a sua conversiio ao cristianismo. Até o fim de seus dias utilizou 0 conhecimento filos6fico, sempre em defesa da fé crista. Em Efeso e Roma, Justino inangurou grandes escolas de filosofia crist4 atingindo indimetos interessados. Com Justino, a histéria da filosofia crista foi encarada com seriedade por seus adversdrios. Sua produtividade literdria foi abundante e fe- cunda. O testemunho de outtos Pais refere-se a varias obras dele, porém, infelizmente, sobrevi- ‘veram apenas duas: Apolagias ¢ 0 Dilogo de Trfao. ‘Tanto a Biblia, como a divindade de Cristo foram temas muito caros para esse pensador. Em seus argumentos niio abria mio da Biblia como Palavra de Deus ¢ de Cristo como o Unigénito do Pai. Para Justino o cristianismo munca foi um agrupamento de doutrinas, ¢ sim uma pessoa: Jesus Cristo. Em 163 d.C,, por sua fé € testemunho cloquente, ele e seus discipulos foram presos € interrogados por Rustico, autoridade romana, que o degolou. Apreademos com Justino que qualquer cristio, em qualquer época e fazendo de sua funcio seu velador, poder brilhar intensamen- te com a luz de Cristo. IRINEU DE LIAO ‘A maneira que Irineu encontrou para equi- par os ctistiios contra nefastas heresias foi a produgfo de uma literatura crist excepcional. Foi a sua maior e mais bela contribuicio para a igteja. Colocou inteiramente seu coracio € seus talentos na produgio de grandes obras apologéticas. Nisso encontramos, também, as boas obras de um homem a servico de Cristo. Trineu nasceu em Esmirna, na Asia Menor, aproximadamente 130 d.C., foi presbitero em 12 a - Lifio durante a perseguicio do imperador Marco “Aurélio. Apés a morte de Fotino, bispo de Lito (178 d.C), Irineu tornou-se 0 seu sucessor. Muito provavelmente por sua postura respostas que deu contra o gnosticismo ¢ seus ensinos derivados, Trineu foi considerado 0 mais produtivo ¢ preparado pensador cristiio do 2° século, Valentino foi considerado 0 principal pensador gnéstico. Criou escolas ¢ incentivou seus discipulos que produzissem ¢ espalhassem seus ensinos, Dessa maneira a literatura gnéstica invadiu o mundo aatigo. Eases pensadores somente recuaram diante da excelente obra literaria e da fiel pregacio de Irineu, IV. DAS TREVAS PARA A LUZ Ter a bendita consciéncia de uma genuina conversio € ao mesmo tempo ser discipulo de Cristo, no inicio da Igreja Crista, foi, com. seguranca, uma extraordindria experiéncia. Naqueles dias obscuros, 0 caos, a morte € a desesperanca instalaram-se pelas mios do Império Romano sobre a frigil Palestina. Mas “O povo que jazia em trevas viu grande luz, € aos que viviam na regio € sombta da morte sesplandeceu-lhes a luz” (Mt 4.16). O evangelho apresenta Cristo como a Suprema Luz. Deus entre os homens. Esse Deus-homem, redentor dos seus escothidos, garantiu a ordem no caos e convocou homens, para que, como ele, transsnitissem luz aos que vivern em escutidao. A, Wiis suis a luge do mundo Ser luz é uma evidéncia do genuino disci pulo, Nao significa que o disefpulo seja porta- dor ou condutor de luz prdpria, como tantos “iluminados” que vemos por ai, © discipulo de Cristo, porém, é a luz do mundo por ter em si ¢ anunciar “a verdadeira luz, que, vinda a0 mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1.9). O discipulo verdadeiso € luminoso. Ele é luz. Inacio, Justino ¢ Irineu, personagens desta ligao, agigantam-se demonstrando que tudo que os envolyia era secundirio diante do resplendor de Cristo. Por todos os lados, por amor a Cristo, foram atacados, injusticados, perseguidos ¢ maltratados. Em Cristo suas vi- das ganharam outro significado. Enfrentariam, se necessério, a proptia morte pata nao ver o nome do seu Senhor desonrado. Como fachos vivos da luz inextinguivel palmilharam as ruas de Roma, Liéo, Asia Me- nor e Palestina. Nao € possivel estimar quantas frestas, casas, ruas, cidades ¢ coragdes foram iluminados por esses homens-luz, alunos e seguidores de Cristo. ‘A expectativa em relagio aos atuais disci- pulos de Jesus nunca foi e nem sera menor do que a cumprida por esses trés Pais fiéis, trés testemunhas do evangelho, B. “.. mas no velador” O telader pode ser entendido como o local #0 tempo em que vivenos, bem como as profissdes que exercemos, todas as nossas relages. O texto biblico nos adverte que a luz deve ser colocada onde possa ser vista e no em outro lugar. Os trés Pais notaveis deixaram grande lega- do de testemunho e £6, Viveram intensamente © cristianismo em meio a muita perseguicio. ‘Testemunhatam do verdadeiro evangelho diante de reis, intelectuais, religiosos ¢ do homem comum. Se fossem conduzidos por soldados para ptisdio, pregavam a Cristo, aconselhavam e con- solayam os desesperados. Diante de mestres hereges nfo recuavam em suas convicgdes € posicto. Quando as oportunidades surgiram criaram escolas ¢ instruiram igtejas. Para eles cada milimetro de acao e de dominio humano pertencia somente a Cristo. Desprezaram a morte diante das recompensas do Mestre. Asverdades do evangelho que se encontram nos atuais discipulos de Cristo precisam ser anunciadas com fidelidade e urpéncia, Em nossas profissGes, condigio social, gran de instrugio, 0 mundo necessita ver Cristo em cada um de nés. Cu para que vgjan as vossas boas obras.” Boas obras nao podem ser entendidas ape- nas como atendimento a carentes ¢ flagelados. Tudo isso é indispensavel (Mt 25.41-46), mas © Senhor incluiu algo além (1Co 10.31). 0 genuino cristo tem consciéncia de que, em sua existéncia, toda a sua produgao material, inte- iectual, artistica e poética deve ser construfda com 0 maximo de responsabilidade, cuidado e perfeicfio. Isso por reconhecer que o seu trabalho deve glorificar a Deus, como adota- go ao Senhor. Se faz um botao ou constréi a turbina de um jato, o crente o faz, sempre, para a gloria de Deus. Recordar as boas obsas que Inacio, Justino e Irineu realizaram como tributo a Deus é contemplar a luz por eles exibida. Passados quase dois milénios, nio ha como apagat as obtas ¢ os feitos daqueles nossos irmios. Ea- quanto houver histéria, permanecera luminoso © seu testemunho cristao, CONCLUSAO Esta ligao destacou a vida de Inacio de An- tioquia, Justino Martir e Irineu de Lido. Foram notaveis “Pais da Igreja”. Deram testemunho de fé ¢ fidelidade a Cristo. Foram eles, homens, que se colocaram a disposigio do Salvador. Nao recuaram diante das tempesiades, nao negaram a fé frente ao Imperador e nunca se envergonharam da simplicidade do evangelho diante da arrogante alegada supremacia do conhecimento gnostico. Gastaram-se na honrosa missao de brilhar por seu Senhor neste mundo tenebroso. APLICACAO ‘Tem alguém que consiga vé-lo, escondido ai no seu cantinho? 13

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