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ROBERTO DE SOUZA Engenheiro civil, Escola Politécnica da Universidade de Sdo Paulo, 1973 A CONTRIBUICAO DO CONCEITO DE DESEMPENHO PARA A AVALIACAO DO EDIFICIO E SUAS PARTES: APLICAGAO AS JANELAS DE USO HABITACIONAL Dissertagdo apresentada 4 Escola Politécnica da USP para a obtengao do Titulo de Mestre em Engenharia Orientador: Prof. Dr, Francisco Romeu Landi Professor Adjunto do Departamento de Engenharia de Construgao Civil da EPUSP S40 Paulo, 1983 RESUMO No : Presente trabalho discute-se a contribuigao do conceito de ese! mpenho para a avaliagio do edificio e suas partes. 0 edifi cio é Caracterizado como um produto definido cuja fungao € sa eee tis. : azer as exigéncias do usuario, consistindo a avaliaglo de ese: my mpenho na previsdo do comportamento potencial do edificio e s map SU8S Partes, quando em utilizagao normal. A fee oe : metodologia basica para aplicagao do conceito de desempenho Consiste em: identificagao das exigéncias do usuario a serem sa ttl tisfeitas e das condigdes de exposicao a que estA submetido 0 may PPOduto; definigdo dos requisitos de desempenho (qualitativos) muy © CYitérios de desempenho (quantitativos) a serem atendidos; e mm ‘efinicdo dos métodos de avaliagio. a A aplicagdo desta metodologia as janelas de uso habitacional per may "itiu identificar 25 requisitos de desempenho a serem atendidos mm Polo produto e definir os critérios de desempenho e os métodos mm ce ensaio relativos 4 resisténcia a cargas de vento,resisténcia mm 205 esforgos devidos ao uso, estanqueidade ao ar e estanqueida mm de & gua. Ainda a titulo de aplicagao do conceitodedesempenho mgm pode-se desenvolver um programa experimental, em que janelas de mm aluminio produzidas por 4 fabricantes do estado de Sao Paulo,fo mm ram avaliadas 4 luz dos critérios e métodos definidos. —= mm Esta aplicacao além de fornecer recomendagGes para o aperfeigoa ga mento dos produtos avaliados, gerou os subsidios necessarios & mw normalizacdo brasileira de janelas de aluminio. = gs § aplicagao do conceito de desempenho ao edificio e suas partes we contribui para orientar o desenvolvimento de produtos na fea de @ componentes e o desenvolvimento de projetos. Contribui também g® para a normalizagao do edificio (normas de desempenho e cddigos @ de obras) e abre caminho para implantagao de uma sistematica de ® controle de qualidade de novos produtos baseada em Certificados ® ae Homologagao. SUES — Emap INDICE a = =v INTRODUGAO, 1 2 ~ © CONCEITO DE DESEMPENHO, 2 2.1 - TENDENCIAS NA AVALIAGAO DE NOVOS PRODUTOS, 5 —»?.2 - A NATUREZA DO DESEMPENHO, 8 2.3 - HISTORICO DO CONCEITO, 10 CCT we 3 - METODOLOGIA PARA APLICACAO DO CONCEITO DE DE- = —PSEMPENHO A AVALIAGAO DO EDIFICIO E SUAS PARTES, 15 m? — 3.1 - 0 EDIFICIO E SUAS PARTES, 16 —p 3.2 - EXIGENCIAS DO USUARIO, 21 3.2.1 - Exigéncias de seguranga estrutu- ral, 24 3.2.2 - Exigéncias de segurancga ao fogo, 24 3.2.3 - Exigéncias de seguranga 4 utili- zagdo, 25 - Exigéncias de estanqueidade, 26 2.5 - Exigéncias de conforto higrotér- mico, 26 3.2.6 - Exigéncias de pureza do ar, 27 3,2.7 - Exigéncias de conforto acistico, 28 3.2.8 - Exigéncias de conforto visual, 28 3.2.9 - Exigéncias de conforto tatil, 28 3.2.10- Exigéncias de conforto antropodi namico, 30 3.2.11- Exigéncias de higiene, 30 3.2.12- Exigéncias de adaptagao & utili- zagio, 31 .2.13- Exigéneias de durabilidade, 32 38 3.2.14- Exigéncias de economia, —p 3.3 - CONDIGOES DE EXPOSICAO, 38 —w 3.4 ~ REQUISITOS E CRITERIOS DE DESEMPENHO, 35 # 3.5 - METODOS DE AVALIACAO, 44 3.5.1 - Ensaios de medidas, 44 3.8.2 - CAlculos, 49 3.5.3 - Julgamento, 50 4 - APLICACAO DO CONCEITO DE DESEMPENHO AS JANELAS DE USO HABITACIONAL, 51 4.1 - IDENTIFICAGAO DOS REQUISITOS DE DESEMPE- NHO, 52 4.1.1 - Requisitos relativos 4 seguranca estrutural, $4 4.1.2 - Requisitos relativos 4 seguranga ao fogo, 35 4.1.3 - Requisitos relativos 4 seguranga & utilizagao, 57 Requisitos relativos 3 estanquei dade, 98 Requisitos relativos ao conforto higrotérmico, $9 4.1.6 - Requ tos relativos ao conforto aciistico, 61 4.1.7 - Requisitos relativos ao conforto visual, 62 4.1.8 - Requisitos relativos ao conforto antropodinamico, 63 4.1.9 - Requisitos relativos 4 higiene, 64 — "-1,10- Requisitos relativos @ durabili- dade, 64 4.111- Requisitos relativos 4 economia, 6 4.2 - TORNULAGAO DE CRITERIOS DE DESEMPENHO PA- KA 0S REQUISITOS DE RESISTENCIA A CARGAS i YENTO, RESISTENCIA AOS ESFORCOS DEVI- pos AO USO, ESTANQUEIDADE AO ARE ESTAN QUEIDADE A AGUA, 67 u.2.1 - Critério relativo 4 resisténcia a cargas de vento, 67 4.2.2 - Critérios relativos 4 resisten- cia aos esforcos devidos ao uso, 76 4.2.3 - Critério relative 4 estanqueida de ao ar, 91 W.2.4 = Critério relativo 4 estanqueida de & Sgua, 96 = DEFINICAO DE METODOS DE AVALTACAO PARA 0S REQUISITOS DE RESISTENCTA A CARGAS DE VENTO, RESISTENCIA AOS ESFORGOS DEVIDOS AO USO, ESTANQUEIDADE AO AR E ESTANQUEI- DADE A AGUA, 103 4.3.1 - Método de ensaio relativo A re- sisténcia a cargas de vento, 103 4.3.2 = Métodos de ensaio relatives 4 re sisténcia aos esforgos devidos ao uso, 107 4.3.3 - Método de ensaio relativo A es- tanqueidade ao ar, 116 4.3.4 - Método de ensaio relativo 4 es- tanqueidade 4 Agua, 119 5 - PROGRAMA EXPERIMENTAL PARA AVALIACAO DE JANELAS: DE ALUMINIO, 124 1 - JANELAS AVALIADAS, 124 2 - ENSAIOS REALIZADOS, 126 3 - RESULTADOS DOS ENSAIOS, 127 - ANALISE DOS RESULTADOS, 137 5.4.1 - Estanqueidade ao ar, 137 5.4.2 - Estanqueidade 4 Sgua, 139 5.4,3 - Resistencia a cargas de vento, 143 5.4.4 - Resisténcia 4 flexao, 146 5.4.5 - Resisténcia 4 carga horizontal no plano da folha com dois vér- tices imobilizados, 147 5.4.6 - Resisténcia 4 carga vertical no UUs v SUVUVUSVUL ETT no plano da folha com um vértice imobilizado, 150 5.4.7 - Comportamento sob agdes repetidas de abertura e fechamento, 152 5.4.8 - Atendimento ao conjunto de crité- rios de desempenho, 153 : 5.5 = CONCLUSOES E RECOMENDACOES ADVINDAS DO PRO GRAMA EXPERIMENTAL, 155 6 - CONSIDERACOES FINAIS, 163 x 7 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS, 172 ANEXO - PROJETOSDAS JANELAS E RESULTADOS DETALHADOS DOS ENSAIOS capitulo 1 TALC CA CCA L VALU LALLLRALAATTALitaaceceeaces de modégicagdes tem que sosrer para se coadunarem @ nova reakidade? Que resposta devem fornecen os institutes de pesquisa e La- boratérios nacionais, quando so chamados a opinan sobre no vos produtos; que metodoLogia adotar para sua avaliagao? Como tratan a questao do controle de quatidade desses novos Produtos, especiatmente o aspecto retativoe a sua durabitida de? © quadro hoje presenciado no pais, aponta para uma utilizagao indiscriminada de solugSes inovadoras, principalmente na ‘cons~ trugdo de habitagSes populares financiadas pelo Banco Nacional da Habitagdo - BNH, onde componentes e sistemas construtivos séo in- troduzidos aos milhares, sem que previamente sejam submetidos a uma avaliagado técnica rigorosa que possibilite prever seu com- portamento durante os 25 ou 30 anos de vida itil que se espera do edificio. Nestes casos a avaliagdo das sélugSes inovadoras acontece apés estarem concluidos e habitados os conjuntos habitacionais, ser- vindo os usuarios como espécies de cobaias das inovagdes tecno- légicas, sendo a eles transferidos problemas patolégicos e cus- tos excessivos de manuteng’o e reposigao que podem advir do uso de novos produtos, ndo avaliados previamente. Um aspecto a ser considerado na resposta da questao de como ava liar solugdes inovadoras e que ndo sera tratado no escopo do presente trabalho, diz respeito 4 adequagdo das tecnologias de produgdo do edificio e suas partes 4 realidade brasileira. Es- tdo envolvidos neste aspecto, além das variaveis técnicas, ques + INTRODUCAO As transformagées sociais, econdmicas, culturais e politicas ve rificadas no Brasil nas diltimas décadas, tem se refletido = no campo da construgdo de edificios, entre outros aspectos, Pela busea de alternativas aos produtos e processos tradicionais até entdo utilizados, busca esta marcada pelo desenvolvimento de no vos materiais, componentes, técnicas construtivas e concepgdes de projeto, traduzindo um grande esforge de racionalizagao e in dustrializagao da construgdo. Uma das questées relevantes que se coloca neste campo é a de eo mo avagian essas solugdes inovadoras. Esta questdo tem varios contornos e a falta de uma resposta ade quada, entrava a tomada de decisées dos diversos intervenientes no processo de construgao de edificios Algumas das dificuldades encontradas sio ilustradas pelas inda- gagdes seguintes: Como se posicéonam os agentes ginanceiros quando uma nova Solugdo construtiva ou novos componentes 4a0 propostos para suas obras? Que onéentagao devem seguir of fabricantes para o desenvol- vimento de novos produtos para a construgdo; a que Limites de quatidade estes novos produtos devem atenden? 0s projetistas por sua vez, como se ondentam para conceber novas sokucses para edificios @ especigicar suas partes? £ 0s cddigos de obras municipais e a normalizacdo brasited- na que hoje ndo absemespago para novas soluges, que tipo tdes econd Ana : condmicas e sociais de ordem geral e também variaveis re- iona: i . Stonais: clima, cultura local, disponibilidade de materiais e mao de obra, equilibrio ecolégico, ete. i : m instrumental valioso para a abordagem desse aspecto € o con- ae : : feito de tecnofogia apropriada, entendida como aquela’que pro ¥ duz o tipo de produto necessdrio e adequado aos mercados regio- nais, utilizando-se de maneira Stima do capital, da mio de obra © dos recursos disponiveis localmente (1). Com o presente trabalho objetiva-se discutir os aspectos relati vos @ avatiag&o de desempenho de novos produtos propostos para a construgdo de edificios, considerando-se a qualidade final dos mesmos, que pode ser traduzida pela necessidade dos produtos te rem um comportamento satisfatério em utilizagdo e pela capaci- Lei eate dade destes produtos manterem tal comportamento ao longo do tem po, em condigdes normais de uso. Em uma primeira parte do trabalho - capitulos2 e 3 - essa dis- open cussdo @ conduzida de forma ampla, englobando o edificio e suas varias partes e enfocando os aspectos conceituais e metodoldégi- cos do problema, fazendo-se uso do conceito de desempenho, ins- trumento valioso que objetiva fornecer uma base racional ao pro cesso de avaliagao. Em uma segunda parte do trabalho - capitulos 4e$~-a discussao conceitual e metodolégica é enriquecida por yma aplicagio con creta do conceito de desempenho e da metodologia dele decorren- ut te, As janelas utilizadas em edificios habitacionais. i i Tal aplicagao consiste da definigao das condigdes qualitativas ae ec hs ayer ty © quantitativas a serem atendidas pelas janelas e da definicdo dos métodos de avaliacdo aplicdveis, e é calcada em um programa experimental em que janelas de aluminio produzidas por quatro fabricantes do estado de Sao Paulo, sao avaliadas quanto aos as pectos de resisténcia a cargas de vento, resisténcia aos esfor- 0: ido: I i. ‘ eve g0S devidos ao uso, estanqueidade ao ar e estanqueidade 4 agua. A avaliago de desempenho conduzida para as janelas de aluminio objetivou identificar as dificuldades na aplicagéo do conceito de desempenho aos componentes do edificio, desde a fase teérica, em que sao definidas as condigdes a serem atendidas pelo produ- to, até a fase laboratorial, onde uma série de posturas ineren- procurou- tes 20 conceito precisam ser adotadas. Mais que ‘i tavam sendo utilizados no mercado habitacional, sem que uma ava diagdo prévia do seu comportamento fosse realizada. Procurou-se assim estabelecer as bases para uma avaliagdo nacional de jane scessarios a sua normalizagao. las de aluminio,gerando-se os ‘subsidies metas presewpagies tom relevingia mo tratethe, péds- pretende=s* Ho do conceito de desempenho que a discussdo sobre @ contribuis g coctinsio do edtifcin = acts verter. nae Sane demarcada ape- nas a nivel tedrico-especulativo, mas sei2 respaldada na prati ca atual da construgdo civil brasileira. ( tulo’ 2 “capi WD, © CONCEITO DE DESEMPENHO . TENDENCIAS NA AVALIAGAO DE NOVOS PRODUTOS tendéncia verificada nas tentativas de avaliagdo de novos >rodutos destinados aos edificios é a de tomar © tradicional co referéncia e, por comparagdo, julgar se sdo aceitdveis ou MMo as novas solugdes propostas poucas regras normativas atualmente disponiveis no pafs - nor M® . nrasileiras, normas da Associagao Baasiteina de Nonnas Tée ais-de certa forma contri, Late cas - ABNT ecddigos de obras municip: Maem para que esta tendéncia seja adotada e difundida. normas nacionais disponiveis sao na sua quase totalidade nor .s prescritivas, voltadas para a especificacao de componentes @ hé muito em uso ou para procedimentos que descrevem aspec- os do sistema construtivo tradicional, nao encontrando os no- gos produtos referenciais especificando os limites minimos de hualidade a serem alcangados. ps cSdigos de obras padecem da mesma limitacdo, descrevendo proce dimentos e regras a obedecer € ndo fixando quais as exigéncias Hedonic kind kneaded nfnimas a serem satisfeitas pelo edificio e suas partes. ui i Um exemplo elucidativo da tendéncia de fixar o tradicional como ts referéncia é 0 das paredes externas das edificagdes. A parede de tijolos macigos de 25 om, revestida com argamassa de cal © & reia é aquela tomada como padrao. 0 Cédigo de Edificagées de Sao Paulo diz: nas panedes externas, bem como todas que separem unidades auténomas de uma edéficacao, ainda que nao acompanhem sua | estautura, devendo obrigatoniamente observer, no minimo, ad mormas £2enicas oficiais reLativas @ resistincia ao $ogo, i sokamento térmico, isoLamento e condicionamento acdstico,ne Sistincia ¢ impermeabitidade, conrespondentes a uma parede de atvenaria comum de barro macigo, revestida com argamassa de cal @ areia com espessura acabada de 0,25 m® (2). g°°'™> qWalquer alternativa proposta para paredes externas deve +2 ser comparada em sua resisténcia mecdnica, resisténcia ao 5 8°? Propriedades acisticas, isolamento térmico e impermeabili jade & tradicional parede de t: los macigos de barro cozido. 4 pertinente uma indagagao: se as caracteristicas da nova parede nlo forem todas corres gondentes as da parede tradicional; se por acaso a resisténcia p fogo da nova parede for inferior? Aceita-se ou néo a nova so Zucdo proposta? Pergunta de dificil resposta. a das dificuldades estd em que nao sabemos realmente porque a yprede tradicional € considerada boa, se suas propriedades sao cessarias e se sdo satisfatérias. 0 argumento que se tem & Dee ea nt funcionou na praética" e portanto é boa solu- lue tal parede "j Lec tea acdes térreas, a parede tradicional de 25 om pode estar super- mensionada quanto aos aspectos mecanicos e de resisténcia ao Togo, pois os esforgos solicitantes s4o pequenos, assim como o i 3 = Ed = tempo de fuga em caso de incéndio. Mas essa mesma parede = pode estar subdimensionada quanto ao isolamento térmico, quando uti- lizada em determinadas regides climaticas. So consideragSes feitas para as paredes externas mas que valem para outras partes do edificio. Se quisermos emitir um juizo correto sobre um novo produto é necessério que definamos preci samente a sua fungo e estabelegamos métodos que permitam veri- ficar se ele a cumpre. Essa fungdo vai depender por sua vez do tipo de edificio onde sera aplicado 0 novo produto, das exigéncias a serem satisfeites por esse edificio, das suas condigées de uso, da regido climati ca onde sera construido e do tempo durante o qual se deseja que © novo produto cumpra a sua fungdo. Observa-se assim que muitas varidveis estado envolvidas na acei- tag&o ou nao de novos produtos. Avaliar solugdes inovadoras para O edificio e suas partes comparan- do-as com o tradicional, carece de uma base cientifica e meto dolégica. £ uma tendéncia que no estadgio atual dos conhecimentos no campo das ciéncias da construgdo pode e deve ser superada. uma abordagem menos empirica e que nao seja empecilho as novas golugSes, caracterizando de forma mais precisa a que deve aten- der o edificio e quais os metodos a serem utilizados em sua ava liagdo, Ga questao relevante. 0 conceéto de desempenho apresenta-se como instrumento valicso neste sentido, Em linhas gerais procura-se caracterizar 0 edi gi cio como um produto deginido cuja fungao @ ade satisfazen as exigencias do usuario. bed oust Fed ie ees bad Pee Es FA Ea A utilizagdo do conceito implica em definir quais as lative con pelo produto, tanto a nivel qual & serem satisfeitas mo quantitative, quando submetido.a condigdes normais de = vs satis © quais os métodos para que se possa aveliar se o produto faz As condigdes estabelecidas. N3o se tente pelo conceito de desempenho descrever ou dar cagdes de materiais ou concepgdes especificas de projeto que dem ser aplicados para se obter o produto final. A idéia presente & abrir espago para novas possibilidades campo dos materiais, das técnicas construtivas e das concepy no de projeto, ou nao existentes anteriormente ou se existente: wtilizadas. 2.2. A NATUREZA DO DESEMPERNO A palavra, desempenko, que'en filtima instancia significa compos famento em utitizagdo, foi escolhida pere caracterizar o fato de que unm produto deve apresentar certas propriedades que o capaci tem para cumprir sua fung&o quando sujeite a certas agdes (3). Sein 03 edificios esto sujeitos a wma gran- Os produtos que co de variedade de agdes, no sentido amplo do termo, agdes estas de Nag agSes de origem natural estéo inclufdas a ag& do vento, da radiagdo solar, da chuva, da umidade do ar, do calor, do frio, enfim as agdes relacionadas ao clima da regio onde @ construi- do 0 edificio. Relacionadas 4 utilizagao e concepgao do edifi- cio estado as acSes do fogo, das cargas permanentes, dos gos de manuseio, dos rufdos gerados interna e externamente, de impactos de uso, de ataques quimicos por produtps de limpeza todas aquelas outras agdes decorrentes da concepsdo do edificio { € de seu uso. } A este conjunto de agdes atuantes no edificio durante sua vida ‘itil, chamaremos de condigdes de exposigao. 0 produto por sua vez, dependendo da sua natureza, possuird cer tas propriedades que podem ou nao influenciar a forma como ele reage As condigdes de exposicao. 0 resultado do equilibrio dina mico que se estabelece entre o produto e seu meio & chamado de desempenho do produto (3). Este equilibrio dindmico se estabelece na prdtica quando 0 edi ficio, em utilizagéo durante sua vida Gtil, é submetido As con digdes de exposigao. Porém, é possivel obter uma estimativa do provavel comportamento do produto, ou seja estimar seu desempe- nho potencial. Tal estimativa pode ser obtida através da utili- zagao de modelos matematicos e fisicos, que simulem o comporta- mento do produto, e da realizagao de ensaios e medidas em amos- tras do mesmo. Os resultados das observagées e medidas feitas ao longo dessas investigagdes, permitirdo uma avaliagdo do desempenho provavel do produto. Esta avaliagdo frequentemente inclui um elemento de interpretagao ou julgamento baseado, entre outras coisas, na validade dos métodos de ensaio e cdlculo empregados e na apre- ciagdo do desempenho observado e medido em modelos ou protéti- pos, acrescentadas de outras informagSes complementares iiteis, da experiéncia de utilizagdo do produto ou outros fatores que lo. se julguem determinantes (3). A avatiagao de desempenho consiste pois, em prover 0 comporta- mento potencial do edificio e suas partes quando em utilizagao normal, 2.3, HISTORICO DO CONCEITO Embora ndo formulado nos termos em que hoje o €, 0 conceito de desempenho ha algum tempo é utilizado, particularmente nas areas da engenharia onde a segurancga estrutural é relevante. Em ou tros campos onde a industrializagdo hoje @ avangada, a indiis~ tria aeroespacial por exemplo, j4 se faz uso do conceito com su cesso. 0 uso da expresso inglesa "performance requirements" data de 1930, mas é a partir do inicio dos anos 60 que o conceito foi tomando forma. Em 1962, no segundo congresso do International Council for Building Research Studies and Documentation - CIB © pesquisador inglés Lea formula as primeiras questdes sobre o conceito aplicado ao edificio (4). Nos demais congressos do CIB o tema € novamente desenvolvido por Sneck (5) e Blach (6) em 1965, e por Mathey e Reichard (7) em 1968. Em 1972 foi possivel a realizagao de um grande simpésio interna cional sobre o assunto em Philadelphia, USA (8), reunindo as ex periéncias conduzidas nos varios paises que vinham se utilizan- do do conceito de desempenho aplicado ao edificio. A partir dai muito tem sido escrito sobre o assunto e muitas u tilizagdes praticas tem sido feitas. Alguns grupos vém na apli- cagao do conceito de desempenho um meio de encorajar e orientar inovagdes no campo das edificagdes e no desenvolvimento de no- vos produtos. Outros vém no conceito uma forma de fixar clara- mente 0 que se espera em termos de desempenho de um produto ma- nufaturado, possibilitando beneficios econémicos e incrementos de qualidade quando da tomada de decisdes (9). Outros grupos ain da vém no conceito uma boa base para elaboragao de normas . fun- cionais e de cédigos de obras (10). Alguns institutos de pesquisa tem se utilizado também do concei to de desempenho para implantar sistematicas de controle de qua lidade de novos componentes e sistemas construtivos (11, 12). © caso do Centre Scientifique ot Technique du Batiment - CSTB na Franga e de outros institutos europeus e americanos. Ressaltam-se como exemplos recentes de aplicacdo do conceito de desempenho 0 caso da Operagao Breaktnough nos EUA, coordenada pe lo National Bureau of Standards-NBS, onde foram avaliados, luz do conceito, intmeros sistemas construtivos inovadores vol- tados para a construgdo de habitagdes (13) e a edigdo da série de documentos técnicos: Guide de Performance du Batiment pelo Centre Scdentifique e Technique de La. Construction - CSTC da Bélgica, fixando as condigdes minimas exigiveis para o edificio e suas partes (14). Em 1977 em Otaniemi, Finlandia,um segundo simpésio internacional sobre 0 assunto foi realizado, versando sobre a avaliagdo de de sempenho de vedagSes verticais externas utilizadas em edificios, Em abril de 1982 em Lisboa, Portugal, teve lugar o terceiro sim posio internacional sobre o conceito de desempenho, visando des ta vez discutir os progressos havidos na conceituagdo e sua 3 & eee eeeeet mi gapaac plicaco & recuperagdo de edificios deteriorados fisica e fun- cionalmente (15). Dentro do CIB foi criada em 1970 a comissao de trabalho C1B/ W60 - The Pergormance Concept in Building, com a tarefa inicial de estabelecer uma estrutura conceitual e uma terminologia so- bre 0 desempenho dos edificios que pudesse ser adotada a nivel internacional, bem como promover a troca de experiéncias entre os varios organismos que estudam o assunto. A comiss&o CIB/W60 publicou desde sua criagao 6 documentos so- pre o conceito de desempenho aplicado aos edificios (3, 16, 17, 18, 19, 20) e hoje a atengdo estd voltada principaimente para os seguintes aspectos: a) como estabelecer para os produtos utizizados no edi ficio, um processo racional oc objetivo para definigao das condi des qualitativas e quantitativas a senem atendidas; b) come trabathar com.desempenho ao Longo do tempo - durabi Ridade - dentro da estrutura paoposta pelo concerto; c) quala reLacdo dos ensaios e medidas reatizadas sobre 0 produto visando prever seu desempenko potencial, com as neais condighes de exposicao a que o produto estand bub- metido ao Longo de sua vida até e como devem ser inten pretados 04 resultados destes ensaios ¢ medidas para ¢- feito de avatiacao; d) como tornar viavel a aplicagao pratica do conceito de de sempenho, sem que resuttem documentos execasivamente ex- tonsos e sem que a sidtematica de avatiacao de desempe nho seja proibitiva em termos dos custos envolvidos. 13. A A : : ‘inda a nivel internacional, na drea de normalizagao de desempe nho do edificio e de suas partes, importante trabalho vem sendo conduzido desde 1979 pela International Organization gor Stan- dardization - 180 através de seu comité IS0/TCSS. Destacam-se do trabalho j efetuado pelo comité a norma ISO 624C (21) e 0 pro- jeto de norma ISO/DP 6241 (22) que tratam respectivamente do conteiido e apresentacdo das normas de desemperho voltadas para 0s edificios e dos principios e dos fatores que devem ser consi. derados na preparagdo de tais normas. © comité esta atualmente aplicando esses documentos a partes es pecificas do ediffcio de forma a uniformizar a abordagem dos va rios paises membros da ISO que estdo desenvolvendo sua normali- zagdo calcada no conceito de desempenho, Ressalta-se neste’ sen tido os projetos de norma destinados a fachadas, coberturas divisérias internas de edificios (23, 24, 25). No Brasil, embora as questdes relativas ao conceito de desempe- nho tenham sido abordadas a nivel geral por Rosso (10, 11) na década de 70, a aplicagdo prdtica do conceito foi feita pelo Instituto de Pesquisas TecnoLigicas do Estado de Sao Paufo-IPT, no desenvolvimento da normalizagao de componentes utilizados na construgdo de habitagdes e no estabelecimento de diretrizes pa~ va a avaliagdo de desempenho de solugses inovadoras para habita gdes térreas unifamiliares, trabalhos estes elaborados para 0 Banco Nacional da Habitacdo e que resultaram em textos hormati vos e documentos técnicos contidos nas séries "Normafizagao de Interesse da Construgdo de Habitagoes" (26) € "Avakiacao de De- sempenho de Habitagoes Terneas Undgamigianes” (27). A conceituagdo e a metodologia basica adotadas para o desenvol- vimento dos trabalhos do IPT, assim como algumas consideragées sobre os resultados obtidos nestas pesquisas, encontram-se dis- cutidos em dois artigos técnicos elaborados pelo autor do pre- sente trabalho (28, 29). capitulo 3 \ ligt: 3, METODOLOGIA PARA APLICACAO DO CONCEITO DE DESEMPENHO A AVA- LIAGAO DO EDIFICIO E SUAS PARTES A metodologia basica para aplicagao do.conceito de desempenho & avaliacao do edificio e suas partes implica inicialmente em de finir condigdes qualitativas e quantitativas a serem atendidas pelos mesmos. Tais condigSes, denominadas requisitos de desempe nho e criterios de desempenho respectivamente, so fixadas em fungdo das exigéncias do usuario a serem satisfeitas pelo edifi cio e das condigdes de exposigdo a que o mesmo esta submetido. Em um segundo momento faz-se necessario estabelecer os métodos de avafiagao que permitam verificar se os produtos em estudo a- tendem Aaquelas condigées estabelecidas inicialmente. Esquematicamente esta metodologia é ilustrada no quadro abaixo: EXIGENCIAS DO EDIFICIO E SUAS CONDICOES DE USUARIO PARTES EXPOS GAO : 4 REQUISITOS DE DESEMPENHO CRITERIOS DE DESEMPENHO METODOS DE AVALIACAO 3,1. 0 EDIFICIO — SUAS PARTES Na aplicagdo do conceito de desempenho a primeira caracteriza go a ser feita diz respeito ao uso do edificio em estudo, _ 0 que orienta a definicdo das exigéncias’ especificas do usuario a Serem satisfeitas e das condigdes particulares de exposigao. A tal uso estdo associados determinados espacos nos quais desen volvem-se as atividades previstas e partes do edéficio destina- das a cumprir fungdes especificas. A titulo de ilustragdo & apresentada na Tabela 1 uma classifica g&o relacionando usos e espagos do edificio, elaborada a partir da norma ISO DP 6241. No que se refere &s partes do edificio, utilizando-se de um cri. tério funcional, pode-se obter uma classificagdo para as mes- mas. 0 edifieéo, como 4 visto anteriormente, caracteriza-se como um produto cuja fungdo é a de satisfazer as exigéncias do usuario. Este grande produto pode ser dividido em eLementos e¢ instalagies, caracterizados por produtos que correspondem a partes do edifi- cio e sdo destinados a cumprir um conjunto amplo de fungdes, a- tendendo a uma ou mais exigéncias do usudrio (27). Incluem-se neste caso a estrutura, a cobertura, a instalagdo elétrica, a instalagdo hidrdulica, ete Tais elementos e instalagdes por sua vez s4o formados por compo nentes, caracterizados por produtos que correspondem a partes dos elementos e instalagdes do edificio, sendo neles destina- dos a cumprir individualmente fungdes especificas, (janelas, portas, pilares, torneiras, disjuntores, etc.) e por mateniais SEIU res aT Tabela 1 - Usos e espagos de edificios Uso Exemplos de espagos Exemplos de edificios Transporte (de Pessoas, de flu idos...) Indistria (tra- balho manual, ) produgio Escritério, Comércio Pogo do elevador, garagem Oficina, hall de produgio, laborats vio Escritério, loja Estagdo rodoviaria Posto de gasolina Fabrica Edificio do laboraté rio Edificio de escrité- rios, Supermercado Cuidados médi- Sala de operacdo, Hospital cos sala de consulta, Posto de Saiide sala de raio X Esportes Hall de ginastica, Gindsio esportivo piscina, sala de Atelier de danga jogos Cultura Sala de encontros, Escola sala de show, sala Igreja de exibigdes, audi Teatro tério, sala de do- cumentagao Habitagao Quarto, sala Casa, edificio de a partamentos Circulagdo Corredor, escada Passagem coberta Abastecimento Cozinha, refeité Restaurante rio Higiene Banheiro, WC Lavatérios piblicos Limpeza, manu- tengao Armazenagem Lavanderia, quarto de manutengao Salas de armazenagem Lavanderia piblica Silos que sao produtos formados por ligas, por compostos ou por com- | plexos quimicos, cuja correspondéncia com fungdes especificas é | determinada apenas na ocasido de sua aplicagao (cola, ago, con- creto, madeira, tinta, ete.) (27). * Ressalte-se que as classificagdes quanto as partes do edificio apresentam ligeiras variagdes na documentagao técnica interna- | Cional sobre 0 assunto. As Masten Lists do CIB (30) arrastan | consigo uma classificagao semelhante & adotada _anteriormente: edigicios, elementos, componentes, matenriais e instatagoes. A norma ISO/DP 6241 (22) aplica o termo componente de forma i déntica ao aqui adotado, nao define os termos material e edigi- cio, introduz o termo 4sub-sistema para designar um conjunto de partes do edificio que preenche uma ou varias fungdes e uti- liza o termo eZemento para designar um agregado de componentes| usados em conjunto independentemente da sua fungdo. 0 mesmo critério € adotado pela comissdo de trabalho CIB/W2s - Modu£ar Cordination, quanto aos termos sub-sistema , eLemento € componente, sendo que tal comisséo trabalha também com os termos edificio e matenria£ e introduz ainda o termo produto ba- ico para designar componentes que servem a varias finalidades (tubos, perfis,barras de ago, etc.). Na Tabela 2 @ apresentada uma sintese dos termos adotados pelos varios documentos citados e aqueles propostos neste trabalho. A nivel dos elementos e instalagdes do ediffcio é apresentada na Tabela 3 uma listagem que auxilia na identificagdo das va- rias partes do edificio, para fins de aplicagdo do conceito de desempenho. i sterTze2eH ' sooTspa Soanpoad sTeTsoIeHt sreqsorew gaqusueduog saqueuoduog goausu0ducg gequsucduiop soquowata soodeTeasur } Geoberersuy/soauouetg soauiouoty ——_sewansTS“Gns 302 u0uaTI OrOTs TPE seua38TS-aNS OTOTSTPS oFOTFTPT oureqest Inz9/40 OST nem/azo 3st] a9asen/a1o aquesead op easodosg Teuctoeurezut ovSeauaunoop ep seisodoad saqaed sens 2 ofogstpe o eued eysodosd opSeoTsIsseTO - 2 PLOGEL 20? Tabela 3 - Elementos e instalagées do edificio 1. Estautura n 1.1 Fundagdes 1,2 Estrutura portante 2. Vedagdes Verticais 2.1 Vedagées verticais externas (Fachadas) 2.2 Vedagdes verticais internas 3. Vedagoes Honizontais 3.1 Vedagdes horizontais externas (Coberturas, Pisos externos) 3.2 VedagSes horizontais internas (Forros, Pi- sos internos) Escadas e Rampas de Acesso 4.1 Esecadas e rampas de acesso externas 4,2 Escadas e rampas de acesso internas Instazagoes 5.1 Instalagdes de distribuigdo e evacuagdo de Aguas 5.2 Instalagées elétricas 8.3 Instalagdes térmicas e de ventilagao 5.4 Instalagdo de distribuigdo de gis 5.5 Instalagdo de telecomunicagées 5.6 Instalagdo de transporte eletromecanico 5.7 Instalagdo de seguranga (para raios, contra incéndios, contra intrusdes) \ 3.2. EXIGENCIAS DO USUARIO As exigéneias do usuario serao entendidas como o conjunto de ne cessidades a serem satisfeitas pelo edificio a fim de que este cumpra a sua fungdo (28). Essas exigéncias dependem da finalidade para o qual o edificio € construido - seu uso - e para cada familia de edificios - es- colas, hospitais, habitagdes, ete - haverd um conjunto de neces sidades comuns a serem satisfeitas. : Na definigdo destas exigéncias além das necessidades dos ocupan tes do ediffcio, outras exigéncias podem entrar em jogo: dos or gios de financiamento, das companhias de seguro, dos proprietd- rios, da vizinhanga e outros segmentos que podem ser afetados pe lo planejamento, projeto, execugdo e utilizagado do edificio. Para os edificios cuja finalidade é abrigar e possibilitar o e- xereicio de atividades especificas do ser humano, as exigéncias do usuario podem ser expressas como exigéncias humanas a serem satisfeitas. Varias sdo as abordagens das exigéncias humanas na edificagao sendo no atual est4gio dos conhecimentos as exigéncias relativas B habitagdo, objeto de um maior detalhamento, Para a Oaganizagdo Mundial de Saade - OMS (32) as exigéncias hu manas consideradas sao aquelas relacionadas & salubridade do e- gificio, entendidas no seu sentido amplo: nio apenas as exigén- cias que previnem o usuario de enfermidades ou acidentes mas tan pém aquelas relacionadas B saiide mental e ao bem estar social do EEN SL OEE SES OWS SC SSC SESE SESS US ususrio. A contribuigdéo da OMS para a definigdo das exigéncias humanas na habitagdo tem sido dada via publicagdes de especialis tas sobre o assunto, dos quais podemos destacar o trabalho de Goromosov (33) que discute as questdes do ar ambiente, micro- clima, iluminagdo e conforto das habitagdes e o trabalho do Co- mité de Especialistas em Higiene da Habitagao (34) que fixa os critérios fundamentais de salubridade aplicdveis ao meio resi- dencial. Uma abordagem das exigéncias humanas que nos parece objetiva e abrangente € aquela utilizada por Blachére (35, 36, 37), também utilizada pelo CIB através da sua comissdo de estudos CIB/W-45, formada por especialistas de varias partes do mundo e que temse preocupado com a definigao qualitativa e quantitativas das exi- géncias humanas (38, 39). Segundo tal abordagem as exigéncias podem ser agrupadas em exi- géncias fisioldgicas, exigéncias psicolégicas, exigencias socio légicas e exigéncias econdmicas. Merece destaque dentro desta @ pordagem a "Liste de Exigences Humaines en Matiere de Logement” publicada pela comissao W-#5 do CIB (38) e a lista de exigencias do usuario contida na norma ISO DP 6241 (22). Ressalta-se que a correta identificagdo das exigéncias do usua- pio é uma das bases fundamentais para aplicagao do conceito de desempenho. Para tal, dependendo da especificidade do caso em estudo, oS seguintes aspectos devem ser considerados: a) as Cimétagdes @ pecularidades de cada regio ¢ poputagao qual se destina o edificio; b) os recursos disponiveds para a execugao do edificio, se- eles ginanceéros, sefam tecnoldgicos; is c) que dentre as exigtncias humanas h& aquezas de earater ab sokuto e que devem ser satisfertas integratmente a par- tin de minimos aceitaveds e aquelas de carater relativo, paka as quais & possivel catabe£ecer uma cornezacao en- tne os niveis de satisfacdo e 08 custos adsociados. Na Tabela 4 é apresentada uma lista de 14 exigéncias do usuario julgadas aplicdveis aos edificios e que se serve como orienta- gdo em aplicagdes do conceito de desempenho. A listagem foi ela borada a partir da norma ISO DP 6241, encontrando-se a seguir comentada qualitativamente. Tabela 4 y Exigél siaédo usudrio 1. Exigéncias de segurancga estrutural. 2, Exigéncias de seguranca ao fogo. 3. Exigéncias de séguranga 4 utilizagao. 4. Exigéncias de estanqueidade. ) §, Exigéncias de conforto higrotérmico. 6. Exigéncias de pureza do ar, Exigéncias de conforto visual. Exigéncias de conforto aciistico. Exigéneias de conforto tatil 10. Exigéncias de conforto antropodinamico. 11. Exigénecias de higiene. 12. Exigéncias de adaptagao 4 utilizagdo. 13. Exigéncias de durabilidade. 14. Exigéncias de economia. au. 3.2.1. Exigencias de seguranga estrutura? po oe ass a necensscade ce ClCitaa @ demais elementos go edificio nao atingirem o estado Limite iietimo, corresponden- te i ruina do elenento ou parte dele, se]@ POF ruptura, deforma gdo excessiva ou perda de estabitidade © ° estado Limite de uti Lizagdo, estado em que o elemento ou parte dele deixa de satis~ fazer as condigdes previstas para sue utilizagdo ou tem sua du pabilidade comprometida, sej4 POF fissuragdo excessiva ov POF geformagdes que vitrapassem os limites aceitéveis para utilize- So do elemento. ngidos quando o edificio estiver Estes estados nao devem ser 2 sujeito a solicitagées estaticas © dinamicas de servigo, agindo tanto isolada como combinadamente © 3 solicitagdes efclicas que possam levar 4 fadiga. 3.2.2. Exigéncias de seguranga 20 £080 podem ser traduzidas pelas necessidades e+ _ yimitagao do risco de inicio de incéndic dentro do préprio ediffcio, o que é fungao do nivel de risco dos equipamen- tos existentes que podem ser fontes acidentais de fogo e gas caracter{sticas de reagéo a0 fogo dos materiais cons~ tituintes do ediffcios _ Ljmitagdo do riseo de propagagde do fogo e da fumaga e ga ges téxicos gerados, caso ocorra © incéndio. Quando se trata de propagagdo entre ambientes do edificio tal exi- pincia implica em fixar para os seus componentes © elemen tos caracteristicas especiais quanto A vesisténcia ao fogo visando compartimentar o foco de incéndio no recinto onde foi gerado, e para os materiais constituintes em fixar ca racteristicas especiais quanto & reagio ao fogo. Quando se trata de propagagio entre ediffcios hd implicagdes quan to A implantagao dos mesmos e quanto as caracteristicas de suas vedagSes externas ou paredes que separam edificios; - Garantia de alerta e fuga dos ocupantes do edificio em ca s0 de incéndio, seja por seus préprios meios ou gragas @ auxilio exterior, implicando na existéneia de sistemas de detecgdo e alarme e de rotas de escape dos usuarios para compartimentos seguros no interior do edificio ou pa ra o exterior; = pisponibilidade de sistemas de extingao de incéndio inter nos e externos ao edificio visando, o mais rapidamente pos sivel e com seguranga, 0 combate ao fogo. 3.2.3. Exigéncias de seguranga & utilizagao Estdo relacionadas 4 necessidade de: ~ Seguranca na circulago e movimentagao no ediffcio, impli cando em limitagdes da inclinagao e atrito nos pisos, na jnexisténcia de ressaltos em pisos, tetos e paredes, em niveis de iluminancia minimos em freas de circulagaéo ena existéncia de dispositivos que impegam quedas acidentais de andares elevados e permitam que as operagdes de limpe- as de forma segura; za sejam fei = Seguranga contra o risco dos equipamentos ¢ instalagdes provocarem explosées, asfixia, queima, cortes, choques, 26. Padioatividade, contato ou inalagio de substAncias veneno sas e infecgdess - Seguranga contra intrusdes de animais ou homens. 3.2.W, Exigéncias de estenqueidade Trés exigéncias estado envolvidas: - Estanqueidade ao ar, implicando em Jimitar a permeabilida de ao ar da envoltéria externa do edificio de forma a nao permitir a ocorréncia de correntes de ar frio que prejudi, quem o conforto do usuario e a limitar as perdas de calor do interior para o exterior devido as frestas, especial- mente em situagées crfticas de inverno; ~ Estanqueidade 4 gua proveniente da chuva, & agua existen te no solo, as &guas de abastecimento e de lavageme as aguas servidas. Esta exigéncia aplica-se 4 envoltéria ex- terna do edificio (fachadas, coberturas e pisos), as yeas internas molhaveis e as instalagdes hidraulicas; - Estanqueidade 4s poeiras e aos materiais sélidos, aos in- setos e aos animais nocivos de pequeno porte. Esta exigén cia aplica-se 4s fachadas, coberturas, pisos e 4s instala gdes do edificio. 3.2.5. Exigéncias de conforto higrotérmico As exigéncias de conforto higrotérmico visam limitar ag sensa ges desagradaveis provocadas pela perda excessiva de calor pe- lo corpo, pela desigualdade de temperatura entre as diversas par ar. tes do corpo, pela dificuldade de eliminar o calor produzido ps lo organismo e pela presenga de superficies frias e/ou molhadas. Estas exigéncias so fixadas para duas situagdes: inverno e ver rao e a nivel do edificie sao traduzidas pela limitagao da tem- peratura do ar interior, pela limitagdo da temperatura radiante orientada, pela limitagao da diferenga entre a temperatura ra~ diante média dos ambientes e a temperatura do ar, pela limitagao a diferenca entre as temperaturas superficiais dos componentes ea temperatura do ar, pelo controle de ventilagaée e pelo con- trole da condensagdo superficial e da condensagdo no interior dos componentes do ediffcio. 3.2.8. Exigéncias de pureza do ar Estao associadas basicamente 4 necessidade de garantir a pureza do ar no interior do ediffcio e de controlar os odores -prove- nientes da construgdo ou das atividades conduzidas pelos seus o cupantes. A nivel do edificio tal exigéncia é traduzida por taxas de ven- tilagéo minimas a serem fiwadas objetivando: a limitagao da con centragdo de gés carbénico, a garantia de uma taxa de oxigénio minima & respiragdo, a garantia de dissipagdo dos odores produ- zidos e a garantia de remogdo no monéxido de carbono gerado in- ternamente. Neste Gltimo caso, onde o gas é gerado pela queima de combustiveis, além da taxa de ventilagdo, devem ser previstos| dispositivos especiais (chaminés) para evacuar os sub-produtos da queima. 3.2.7, Exigencias de conforto a As seguintes exigéncias devem ser consideradas: ~ Exigéncias relativas ao nivel sonoro aceitavel para as va pias atividades desenvolvidas no interior do edificio (tra balho intelectual, trabalho bragal, repouso diurno, sono, ete.). ~- Exigéncias relativas aos yuidos de impactos provenientes de paredes laterais ou forros do edificio, em particular os atos de caminhar; - Exigéncias relativas aos ruidos de equipamentos exteriores ao edificio e mesmo aos equipamentos coletivos (canaliza- gdes de agua, elevadores, caldeira, equipamente de ar con dicionado, etc.); - Exigéneias relativas aos rusdos de trafego terrestre — ¢ aéreo; - Exigéncia de sonoridade, que se exprime em tempo de rever peragio dos compartimentos, relevante em edificios desti- nados a finalidade especificas (teatro, cinema, ‘misica, etc.)5 - Exigéncias de intimidade, traduzindo uma exigéncia de na- e evitar a inte- tureza psico-sociolégica, onde objetiva- ligibilidade da conversa de um edificio para outro. Pode ser traduzida por uma necessidade de isolagao. 3.2.8. Exigéncias de conforto visual Estdo associadas as necessidades de: UH: uu 23. Vsufruir de luz para ver o que se faz sem fadiga e para o Perar ou se deslocar sem perigo. Esta necessidade é tradu zida por: niveis de iluminancia minimos pare as varias a- tividades conduzidas no interior do ediffcio, limitagao da juminaneia mixima nos planos de trabalho, limitagao dos contrastes de luminancia para evitar-se o ofuscamento, ga rantia de estabilidade da luminfneia, limitando-se para tal a relagao entre a luminancia maxima instantaneae a luminancia média e garantia de estabilidade do espectro de luz da fonte luminosa. Estas exigéncias devem ser consideradas para a iluminagdo natural e artificial atuando isoladamente ou para siste- mas que envolvam ambos os tipos de iluminagao. Obscuridade para o sono, limitando-se a iluminancia que deve incidir sobre as p&lpebras; Qualidade do que se vé no ediffcio. Embora pouco conheci- da esta exigéncia esta associada ao fato do homem ser sen sivel ao espago interior do edificio do ponto de vista ai mensional - dimensdo minima do pé direito, relacgao maxi- ma entre comprimento e largura de compartimentos - e tam- bém & qualidade das superficies dos compartimentos: cor, textura, regularidade, verticalidade, horizontalidade, etc, Nesta exigéncia estd englobada também a necessidade do homem travar contato visual com o mundo exterior ao e- diffcio. 3.2.9. Exigéncias de conforto tatil = . - Abastecimento de Agua potdvel para o consumo humano, em m quantidade necesséria a atender a demanda dos usuarios ¢ com condugao e armazenamento tal que a Sgua ndo seja con- taminada por microorganismos patogénicos ou subs tancias téxicas; Evacuagao das aguas servidas, esgotos e lixos provenientes das atividades conduzidas no interior do edificio a fim de se eliminar 0 risco de disseminagdo de agentes patogé- nicos, acumulagao e fermentagdo de matéria e despreendimen to de gases nocivos ou mal cheirosos; - Existéncia deinstalagdes apropriadas que possibilitem a sa tisfagdo das necessidades fisiolégicas e a higiene soal do usuario; - Existéncia no caso de edificios destinados 4 habitagao,de recintos e equipamentos adequados para lavagem de voupas e lougas e para estocar, preparar e consumir os alimentos No caso de outros edificios - hospitais, escolas, fabri- cas, escritdrios, ete. - recintos e equipamentos especifi cos devem ser previstos; = Limpeza e desinfecgdo do edificio, especialmente de seus revestimentos interiores, a um pequeno custo e sem que ha ja danos para a construgao 3.2.12. Exigéncias de adaptagao 4 utilizagao. Estas exigéncias tem um cardter psico-sociolégico acentuado e em pora formuladas de forma genérica sdo bastante relevantes quan- do se trata do desempenho de ediffcios. Dois aspectos sao desta u TAA cados: ~ A adequagdo dos recintos do edificio quanto ao seu niime- ro, tamanho, geometria, subdivisdo e inter-relagdo, as ne- cessidades dos usuarios; - A possibilidade de instalagdo e uso dos equipamentos ne- cessarios As atividades conduzidas no edificio (eletrici dade com poténcia suficiente, pontos de telefone em niime- ro suficiente, recintos com dimensées adequadas & coloca- go de miveis e equipamentos, etc). 3.2.13, Exigéncias de durabilidade A exigéncia bagica do usuario quanto 4 durabilidade 6 a conser- vagao do desempenho do edificio ao longo de sua vida Gtil, de forma que todas as exigéncias para ele inicialmente fixadas con tinuem sendo satisfeitas durante o perfodo previsto para sua u- tilizagdo, estando o edificio em condigdes normais de uso e sub metido aos servigos normais de manuteng’o e reposigao. De_uma forma mais especifica a exigéncia de durabilidade pode ser traduzida a nivel das partes do edificio, considerando as necessidades de: —b- Limitagdo do nivel de degradagao de materiais e componen- tex quando submetidos a agdo acelerada dos agentes agres- sive: atuantes e provenientes da atmosfera, do“solo e da sSpria_utilizagdo do edificio; apedir a utilizagao conjunta de materiais incompativeis Zsivo-quimicamente e de detalhes construtivos que possam centribuir para a deterioragao e consequente diminuigao 4 COCO COCCI lath ls etaie SOeeu 33, vida Gtil dos componentes e elementos do edificio. 3.2.1", Exigéncias de economia Dada a diversidade de situagSes sécio-economicds e As especifi- Gidades dos programas de construgio, as exigéncias de economia S80 formuladas a nivel genérico e envolvem fundamentalmente a a Gequagao do custo global do edificio A disponibilidade de recur Sos financeiros de seus proprietérios/locatdérios/usudrios. oO Custo global é entendido como o custo inicial da obra somado aos custos de manutengao e reposigao, acrescidos ainda dos custos de opcracae do edificio - custos relativos ao consumo de Agua, con sumo de energia elétrica, etc. .Neste sentido, além da acessi- bilidade ao custo inicial ressalta-se que, os custos de manuten g80 e reposigdo devem ser pouco onerosos e convenientemente es- pagados no tempo, assim como os custos de operagdo devem ser os menores possiveis, obviamente estando garantida a satisfagao das demais exigéncias do usudbio. 3.3. CONDICOES DE EXPOSICAO Conforme j4 mencionado no capitulo 2, as condigdes de exposicdo a que esta submetido um produto, serdo entendidas como o conjun to de agdes atuantes sobre este durante sua vida dtil. Ressalta-se que para cada uma das exigéncias do usudrio a ser satisfeita correspondera um conjunto de condigdes de exposigao siderar, sendo as agdes atuantes de origem natural ou devi das i prépria utilizagao e concepgao do edificio. Asvim no caso da exigéncia de conforto higrotérmico, as condi- nad — a —_ oe = sD ¥. = au. gSes de exposicdo serdo caracterizadas pelo conjunto de varia- veis climaticas que ocorre no perfodo de vero e inverno numa dada regido. Este conjunto de varidveis & composto de: tempera tura do ar, umidade relativa, insolagao, radiagdo solar, ventos © precipitagées. £ a partir dos valores que tais varidveis assumem no periodo mais frio e no perfodo mais quente do ano que podem ser identi- ficadas as zonas clim&ticas de vero e inverno, ou seja, regioes que, para efeito de avaliagdo do desempenho higrotérmico de uma edificagio, apresentam caracteristicas climiticas semelnantes (33), J& no caso da exigéncia de seguranga estrutural as condigdes de exposigSo serdo caracterizadas pelas sobrecargas normais e aci- dentais de utilizagSo do ediffcio, pela agao do vento, pelos re calques da fundago, pelas vibragdes e pelas variagSes de temps ratura e umidade,que originan movimentagées da prépria estrutura ou de elementos a ela justapostos (28). Ressalta-se como fundamental para aplicagdo do conceito de de- sempenho, a correta caracterizacgio das condigSes de exposigdo a que esta submetido 0 edificio, pois muitos dos limites quantita tivos a serem fixados para o comportamento do produto, assim co mo os métodos de avaliagao, notadamente aqueles que simulam tais condicdes através de ensaios, serao definidos a partir des ta caracterizagao. A complexidade para a caracterizagéo das condigdes de exposigao varia em fungdo da exigéncia do usudrio em abordagem. Quanto 4 seguranga estrutural muitas destas condigées jd estao normalizadas (sobrecargas de utilizagéo, agdo do vento, , etc), sendo que para outras exigéncias, necessita-se de um — cuidado mais apurado nesta caracterizagao. Em certos casos, durabiliday de_por exemplo, onde esto envolvidas correlagdes entre envelhe _cimento natural _e artificial para definig3o de ensaios acelera” dos, fazem-se necessdrios estudos mais aprofundados sobre a ques A titulo de orientagdo & apresentada na Tabela § uma Listagem qualitativa dos principais agentes que atuam sobre o edificio, classificando-os quanto a sua natureza e origem. A tabela foi construida a partir da norma ISO DP 6241. Nessa tabela os agentes sio listados de acordo com sua prépria natureza e n3o de acordo com a natureza das suas agdes sobre 0 edificio e suas partes. Assim sao englobados: 1, agentes mecdnicos; 2. agentes eLetnomagnéticos; 3. agentes téamicos; agentes quimicos; agentes biokigicos. A origem dos agentes pode estar no exterior do ediffcio e ser proveniente da atmosfera ou do solo e ser provocada por fenéme- nos naturais ou pelo proprio homem. Pode a origem dos agentes es. tar também no interior do edificio e ser consequéncia da utili- zagao de seus espagos ou decorrente de sua prépria concepgao. 3.4, REQUISITOS E CRITERIOS DE DESEMPENHO Caracterizado o uso do edificio e as partes deste que serao ob- jeto da avaliacio e identificadas as exigéncias do usuario a se UEC CELL EEL 36. Tabela § - Agentes atuantes no edificio Origen Ws antes necanicon 11 Gravee 1.2 Forgas. coforma (Ee treostae 1.4 vibragdes & rake 2.1 Radiogio 2.2 Lletriei 2.3 mamnetise 23. Agentes Cermicos A. toamtes quinicas 401 Toye e solventes 4.2 oxsanntes 4.3 teeutores 44 Reston 5 bases 46 sais AT sattrlas foes te . 5. agentes B101591~ 5.1 egetats 5.2 dninats arms ve neve, de Bein. ate Brea eres grants, cones Fuldos exteriores Fagiacio solar ios pret Oxlaaeio, ae nstrosente Acido cecbinteo. Esevenente de saves Hise sattirico von sotina Bactérias, graes Insetos ,pisseros scorrepinenton, rec) Stenoe Waragaes extertores Joys de, rwsert eve Gan Suter Sultetor Acide carsinico Aes hanieas cates Nitratos fostotos, ele Peters aileates Galeirio, silica Sactérias,fong9:, cong pelos, reli ‘oedores, vemes Sobenearaa oe utstizagio vena Uienats, rastacie nuclear Calor eantsdo, eigarre tereintes, Bcoe) Nipoclorite de s3élo igen te tease) Piaieieene Clorete de sate orduras, Steos, tintes Sactrias, olantas o- duis eonieticns Paine) radtante Corventes de distribu oo Gonpas magniticos Iavecinento, 90 tee negatives deseo sultirven Helse earsanten Soe Giustica, etrentos Crorete 40 Goraurar, Sloot, perteas Netoy suit, 37. rem satisfeitas e as condigdes de exposigao_atuantes, a etapa se guinte da metodologia de aplicagde do conceito de desempenho, & © _estabelecimento dos requisitos e criténios de desempenho a se vem atendidos pelo produto, seja ele o préprio ediffcio, ou um de seus elementos ou componentes. her v Couriers Os requisites de desempenko serao entendidos .como.as condigdes qualitativas 3s quais um produto deve, atender quando submetido As condigées de exposigdo, a fim de que sejam satisfeitas as exigéncias do usudrio (23). Rr bormume reqerrenent Os criténios de desempenho, por sua vez, serdo entendidos como as condigSes quantitativas as quais um produto deve = atender = : — quando submetido 3s condigdes de exposigao, aifim de que sejam satisfeitas as exigéncias do usuario (23) Os critérios traduzem-se,na verdade, pela quantificagao dos re- quisitos antes expressos qualitativamente. 7 A listagem e a enunciagao qualitativa dos requisitos de desempe nho sdo as primeiras tarefas nesta etapa da metodologia. Para tal sdo inicialmente selecionados, a partir das listagens indicadas nas Tabelas 4 e $, as exigéncias do usuario e os agen tes que sao aplicdveis ao produto em andlise, tendo em conta a fungo especffica que este.ocupa no ediffcio e o uso deste diti mo. A seguir para cada uma das exigéncias selecionadas e consideran do os correspondentes grupos de agentes atuantes, pode-se deri- yar os requisitos pertinentes, listando-os e enunciando-os qua- litativamente. _Exemplificando 3a, pias ‘internas nao portantes Para utilizaggo em edificios de escritérios, as_exigéncias do —usudrio aplicdveis seriam: Segurancga estrutural; seguranga ao Fogo; eonforto aciistico; conforto tatil; adaptagdo A utilizagios durabilidade; economia. Os agentes atuantes por sua vez seriam Agentes mecanicos peso préprio; cargas suspensas; vento cargas impostas pela estrutura e demais elementos; impactos; rusdos provenientes dos locais vizinhos; vibragdes do ediffcio. Agentes térmicos focos acidentais de fogo; variagdes de temperatura e umidade relativa. agentes quimicos agua e umidade; produtos de limpeza; potenciais eletroquimicos positivos e negativos. 39. Agentes biolégicos insetos e bactérias. A Listagem dos requisitos seria, entio, expressa pelos seguin- tes pontos: Seguranca estrutural 1 - nesdstincia a cargas de vento; 2 - neséstincia Gs cargas impostas pela estnutuna e demais elementos; 3 - ncsistincia aos impactos de corpo moLe; 4 - resistincia aos impactos de corpo duro; 5 - nesisténcia aos impactos de portas; Seguranga ao fogo 6 - neagdo ao fogo; 7 - nesintincia ao fogo; Conforto aciistico § - isolagdo aos rutdos abreos; 9 - compontamento aos ruidos de impacto; 10 - absonrgdo actstica Conforto tatil 11 - planitude da superficie; 12 - aspereza-da superngicie; Adaptagao 4 utilizagdo 13 - aptid&o pana receber fixacdo de cargas suspensas; so. 14 - aptiddo para receben componentes de instafacgdes em seu exypns 15 - aptidao pana receber acabamentos digerenciados; Durabilidade 16 = vaniagies dimensionais sob egeite da temperatura; 17 - vaniagées dimensionais sob efeito da umidade; 16 ~ compontamento do acabamento a agentes de Limpeza; I9 = compatibitidade Sisico-quimica de mateniais utitizados conjuntamente; 20 - comportamento sob agdo biotdgica acetenada (quando plicavel): Economia 21 - Limétagdo e espagamento ao Longo do tempo dos custos de manutengao & reposicao. cada um destes requisitos seriam a seguir enunciados-qualitati- vamente, estabelecendo-se as condigdes a serem atendidas pelo produto. Como exemplo para dois dos vinte e um requisitos lis tados para as divisérias: Resisténcia aos impactos de corpo mole A divissria deve resistin a impactos de corpo mofe, prove- nientes da utilizagao do edificio, sem apresentanr colapso to tal ou parcial, degeexdes maximas e residuais excessivas,nem detenrioragdes Locakizadas de dificil repano. Isolacgdo aciistica wi. A divisSnia deve apresentan uma isolagdo acistica acs rut- dos aéreos, tal que contribua para manter os niveis de rui- do dos ambientes dentro de Limétes de congonto acedtaveis Pata as atividades conduzédas em seu interior, £ fundamental a condugdo deste exercicio da forma mais ampla possivel visando-se obter uma listagem exaustiva de requisitos que depois possa ser priorizada em fungéo da signific’ncia de cada um deles, ou de especificidades préprias da aplicagdo do conceito de desempenho que esta sendo feita (19). Enunciadas as condigdes qualitativas a serem atendidas pelo pro duto,a tarefa seguinte é a de quantificagdo destas condigdes, es ‘tabelecendo-se assim os critérios de desempenho. Tal tarefa pressupSe que as exigéncias do usuario e as condi- gdes de exposigdo j4 estejam corretamente caracterizadas, a ni- vel quantitativo inclusive, pois os critérios serio produto do ruzamento entre as exigéncias e as condigdes de exposigdo. Exemplificando para o caso do elemento cobertura, sendo o requi sito a ser atendido a isolagdo térmica em uma situagdo de inven no. —s A exigéncia do usuario seria expressa em termos de uma tempera- (| tuka minima que deve ser atendida no interior do edificio (exi: 18°C); a condigdo de exposigdo seria expressa como a média das temperaturas minimas no perfodo de inverno,caracteristica da regio climdtica onde se encontra o ediffcio (ex.: 8°c); o_cri- tério de desempenho nasceria do cruzamento dessas duas situa- g6es e seria expresso em termos da resisténcia térmica a ser exigida da cobertura (ex.: 0,40 n2°oftty (28). SUOCCUROCURCEITI TET ETT FSS SF SMO SF BESS FE E-5'S F 0 ex 7 emplo dado contém uma particularidade que pode ser generali zada a é Para outros casos, qual seja a regionalizagao dos crité- rios = Ss aspecto fundamental da aplicacgdo do conceito de desempe- nho. Ressalta-se que embora os critérios de desempenho, na sua maio- ria, sejam expressos quantitativamente por niveis de comporta- mento do produto quando submetido as condigées reais de utili zag%o ou a ensaios que reproduzem tais condigdes, alguns desses critérios tem um cardter prescritivo, sendo expressos como reco mendagdes que visam fazer com que o produto obedeca a certas re gras de concepgdo e construgdo aceitas como de bom funcionamen- to, algumas inclusive j4 normalizadas. Referem-se estas recomen dagdes por exemplo a: diametros e declividades minimas de tubu- lagSes em instalagSes hidrdulicas; existéncia de dispositivos de protecdo com certas caracteristicas em instalagdes elétricas; compatibilidade fisico-quimica de materiais usados conjuntamen- te. ty A selegio dos critérios de desempenho a serem atendidos — por oum determinado produto pode ser feita por vdrios métodos e proces sos, que puardam estreita relagdo entre si (20). —@ A prineina fori > © conheeimanto e julgamento de um especialista ou na dis sobre tem car goes © os quai finide: na de selegdo tem carater subjetivo e se assenta » consenso de um grupo. £ aplicdvel aqueles critérios que Jiter preseritivo e so expressos através de recomenda- Y svinvipalmente aos eritérios que abordam aspectos sobre ho se tem informagdes acumuladas, mas precisam ser de sv eurto prazo. —@ Uma segunda forma de selegdo dos critérios é aquela baseada na _-—Sisponibilidade de métodos de ensaio 44 em utilizagao no campo da construgdo, que so analisados e selecionados por grupos de especialistas, fixando-se niveis de desempenho do produto quan- do submetido ao ensaio. Este 0 caso, por exemplo, do eritério relativo & resisténcia 4 abrasdo de revestimentos de piso, em que so disponiveis varios métodos de ensaio que dependem do ti po de material constituinte do revestimento, podendo-se selecio nar um deles e fixar o nivel de desempenho desejado para o re- vestimento, considerando-se © uso previsto para este. —> A selec 0 baseada na andlise funcional-do produto € um terceiro método utilizado. Consiste em definir as principais fungSes do produto e estabelecer uma lista ampla de critérios associados a tais fungdes, selecionando-os em seguida dentre esta gama de opgdes. _» 0 quarto método utilizado @ aquele cuja selecdo dos critérios. é “baseada_no_conhecimento do comportamento de predutos em uso. Es se conhecimento pode se dar através de: catalogagao de proble- 15, mas pat icos ocorridos em obra; pesquisas junto aos fabrican tes a fim de verificar os tipos de reclamagdes dos clientes so~ pre 0 produto; exposigdo do produto a condigSes naturais e ana- lise do seu comportamento sob tais condigdes (exposigio ao enve lnecimento natural de materiais plasticos por exemplo); medidas das ages introduzidas no edificio pelo usuario e observacac do comportamento do produto sob tais agdes; analise estatistic: de resultados de ensaios efetuados em laboratérios, verifican do-se o perfil de comportamento de produtos em periodos de ten po determinados. wae “© auinto métouo de selecdo & baseado en estudos sistenitions das Sxibeneias do usudrio, em campo e em laboratério, transforman- Soret Gh criterios da desempenno, quanas conclusGes vio vendo obtidas destes estudos, f um método aplicdvel quando ndo ha in- formagSes acumuladas sobre determinada drea e se apoia em um Programa de pesquisas extenso e continuo. Todos os cinco métodos descritos tem o objetivo fundamental de Selecionar critérios que propiciem a satisfagdo das exigéncias do usuario © podem ser utilizados de forma diferenciada e combi nada de acorJo com o estado do conhecimento nos varios campos das ciéneias da construgdo (20). 3.5. METonos DE _AVALIACAO Os métodos de avatiagéo serdo entendidos como técnicas uniformi zadas que permitem verificar se um determinado produto atende aos critérios de desempenho para ele fixados (29). 3.5.1, Ensaios e medidas Ressaltam=: © dois tipos de ensaios e medida! Ensaios « medidas para determinagdo de propriedades fisicas © quimicas do produto. Sao os ensajon e medidas j4 consagrados pelo uso no campo dos materiais de construgo © componentes das edificacées e caracte rizamese por pomitin a determinacdo de propriedades definidas do produto em condigSes padronizadas de laboratério, nado havendo correspon déncia entre o ensaio e as condigdes reais de exposiggo a que esta submet ide o produto durante sua vida itil. $40 conheecidos OSS USEC CC CCL ECE CEC EE ELE. também como ensaios de canactenizagao. Os resultados desses ensaios muitas vezes no permitem uma veri ficacdo direta do atendimento ao critério de desempenho mas for nmecem dados para a operacgdo de modelos de comportamento do pro- auto, permitindo a condugdo de cdlculos através dos quais aque- la verificacio é possivel (vide item 3.5.2). Exemplos desses ensaios sao: determinagéo da condut ibilidade térmica de materiais, determinagdo da absorcdo de agua de reves timentos de piso, determinagdo da resisténcia 4 compressio do concreto, determinagao da vazdo Agua de torneira, b. Ensaios e medidas de desempenho de Sdo ensaios e medidas onde se tenta reproduzir as condigdes exposigdo a que esta submetido o produto de uma maneira simpli- ficada e padronizada, permitindo a verificagdo direta do atendi mento ao critério de desempenho. A Figura 1, extraida do documento Working with the Pergormance Approach én Bué£ding (20), permite visualisar algumas condi- gdes de exposigdo que podem ser reproduzidas através de en- saios. Pela propria figura observa-se que tais ensaios podem ser condu zidos em campo, ou seja no préprio edificio, ou em laboratério, onde protétipos e amostras do produto so submetidos as verifi cagSes. Uma questao fundamental a ser ressaltada @ relativa 4 validade ou seja se existe relagdo entre o desempenho do pro- do ensaio, Neste aspecto é se seu desempenho duto nos ensai Figura 1 - Exemplos de condigdes de exposigdes que podem ser re produzidas por ensaios. | oo A RAE Impactos (corpo mole) Impactos (corpo duro) LM Ganga estatica Abrasto _ n Kuidos Carga dinamica POV fundamen i Gamental correlacionar cientificamente, embora a custa de um ce i oe - = rte grau de simplificagdo e padronizagio, as condigées de . ao *posigdo reais e aquelas estabelecidas no ensaio. P. . . : . ara tal faz-se necessario, quanto 3s condig&es’ de uso do edifi cio, investigagdes de campo visando quantificar as agées intro- @uzidas pelo usuarfo € quanto 3s condigdes naturais de exposi- S80, trabalhar com o maior niimero de dados possiveis, tratando- os estatisticamente a fim de estabelecer os valores significati. vos para as acdes que se quer simular nos ensaios. Para os ensaios de desempenho, assim como para os de caracteri- zagdo, € de grande importancia o atendimento 3s regras derepeti- tividade (*) e reprodutividade (## >» aspecto fundamental quando se trata de fins de aprovagao de produtos (18, 20). ) REPLTITIVIDADE (r) - Valor maximo esperado para a diferenga entre pelo menos dois resultados obtidos com a mesma amos- tra e 0 mesmo método sob as mesmas condigdes, tais como: mes. mo operador, mesmo equipamento, mesma data, para as replica gSes mas que podera ser diferente, para as repetigdes (62). (#)REPRODUTIVIDADE (R) - Valor maximo esperado para a diferen- ga entre pelo menos dois resultados, obtidos coma — mesma amostra e o mesmo método, sob condigdes diferentes, labora- — aed — = si — - — aa » m = al - 2 a Quanto & anostragem estatistica, enbora seja importante estabe- “er uma relacio entre a anostra cujo desempenno é verificado «Ensaio e a populagdo do produto, algumas limitagSes existen. © vito custo de alguns ensaios, a Pouca disponibilidade de cer- tos equipamentos mais sofisticados, as. diferencgas de montagem e Scabanento entre os produtos verificados em laboratério © os co jocades em obra, muitas vezes impedem a condugdo de um niimero Suficiente de ensaios, que permita estabelecer correlagées sig- nificativas entre a amostra e a populagio. 4 complexidade © 0 alto custo dos ensaios de desempenho, nio os ecomenda para © controle de qualidade na produgio, para o que necessitam-se de ensaios simples e de rapida execugio, aAbre-se @ possibilidade neste caso de estabelecerem-se, para produtos es Pecificos, alguns ensaios simplificados para o controle de pro- dugdo, derivados dos ensaios de desempenho © com os quais exis ta uma correlagao direta (18). Um Gltimo aspecto a ressaltar diz respeito 4 relagao entre o en Salo de desempenho e a natureza dos materiais utilizados nos com Ponentes ¢ elementos, existindo alguns ensaios que sio especffi cos para determinados materiais, nZo se aplicando aos demais. A avaliagGo de materiais polimeros quanto 4 durabilidade @ um exen plo: dispSe-se de uma série de m&todos de ensaios acelerados pa ra se proceder ao envelhecimentd artificial, porém a escolha do método apropriado vai depender do tipo de polimero, pois os me- canisnes dv degradacdo do material so diferenciados para cada um destes tipos (18). SUAS MALT 4a, 3.5.2. CAleulo. eer Neste caso um modelo teSrico de comportamento do ediffcio ou Ge suas partes adotado e por via analitica, a partir de cer- *88 Propriedades dos materiais e componentes constituintes, as- Sim como das condiges de exposigao, estima-se tal comportamen- to © verifica-se se este satisfaz aos critérios de desempenho es tabelecidos. Alguns exemplos: © cdlculo da temperatura do ar interior de uma habitagdo, feito a partir de um modelo de transmissao de calor que le va em conta as propriedades térmicas dos seus componentes © as condigées climaticas da regio onde sera implantado © ediffcio; : = 0 cdlculo do tempo de evasdo dos usuarios de um ediff- cio de escritérios em caso de incéndio, feito a partir do conhecimento das condigdes de ocupagdo de suas salas e dos tamanhos e disposigdes das rotas de escape previstas no projeto (22). - 0 cdlculo da carga para a qual o estado limite de utiliza cdo & atingido em uma parede, baseado na resisténcia de seus materiais constituintes e na distribuicgdo de tensées na parede. Da mesma forma que nos ensaios de desempenho, a validade do mo- delo tedrico de comportamento adotado, ou seja sua relacgdo com o real, © © aspecto fundamental a considerar, Para se definir o modelo & necessario primeiro uma correta caracterizagado dos fe- némenos fTxicos em quest4o e/a utilizag3o das técnicas adequa- Edddldde SVSVSESSSURESESSETTS. 50. das de modelagem matem&tica. Antes de utilizd-lo como método de avaliagao ele deve ser aferido, devendo para tal realizar-se u- ma serie de ensaios no produto em condigdes reais de exposigao © operar-se o modelo para as mesmas condigées. A consisténcia dos dados que vao alimentar 0 modelo - as proprie dades do produto e as condigdes de exposigao para as quais se quer verificar o seu comportamento - sao também elementos indis pensaveis para a utilizagao de tal método de avaliagao. 3.8.3. Julgamento A verificagao do atendimento aos critérios de desempenho é tam- bém possivel por um julgamento de especialistas, com base na ex periéncia de casos e condicgdes similares j4 conhecidos e consa- grados pelo uso, Este método de avaliagao @ aplicdvel primeiro aos critérios que so formulados de uma forma prescritiva. 0 julgamento nestes ca sos € baseado na andlise do projeto ou na inspegao de protéti- pos do produto, as quais objetivam verificar se as prescrigdes e recomendacgées constantes do critério de desempenho sao atendi- das. 0 julgamento aplica-se também quando se trata de avaliagao de inovagdes tecnolégicas, para as quais nao ha antecendentes de ytilizagdo e para as quais os resultados dos ensaios e dos cal- culos n3o permitem conclusées diretas sobre o atendimento a um determinado eritério. 0 julgamento neste caso se assenta na opi niao de especialistas, baseada em seu conhecimento cientifico sobre o assunto em questdo e em casos similares por eles 34 abor dado: paredes para obtengao aa & EPUSP, S80 CSdigo de edificagdes ¢ Scientifique et Tech- NOVATION IN BUIL Amsterdam, El- tool in the industriali TOWARDS INDUSTRIALIZED Proceedings... 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