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Lista de ilustragoes Figura 1 - Elétrons orbitando em volta do ncleo do tomo. Figura 2- Com cargas diferentes os étomos se atraem.. Figura 3 - Com cargas iguais 0s étomos se afastam.. Figura 4- Bateria e gerador de fluxo de carga... Figura 5 - Um circuito em sére.. Figura - Circuito em paralelo. Figura - Circuito misto.. Figura 8 - Usina hidrelétrica de Itaipt.erinnnm Figura 9- Avango do mar na foz do Sao Francisco... Figura 10- Parque edlico gerando energialimpa renovavel.. Figura 11 - Linha de transmissio de energia.. Figura 12 Planta batca de residéncia com projeto eltrico. Figura 13 - Representacéo de um corte de projeto C61 vunneeenn Figura 14- Detalhe de um projeto el6tt€0 ccnnnnnennnennnen Figura 15 - Diagrama unifilar. Figura 16 - Planta baba Figura 17 - Se¢ao de um condutor. Figura 18 - Distribuigao dos disjuntores do quadro de distribuicio... Figura 19- Esquema da formacao do raio. Figura 20- Esquema de um SPDA. Figura 21 - Haste para aterramento. Figura 22- Haste e anel de fixacao para 0 aterramento.. Figura 23- Esquema TN- Figura 24- Esquema TN- C. Figura 25 - Esquema TN-C-S... Figura 26 - Esquema TT. Figura 27 - Esquema IT. Figura 28 - Caixa de inspegao para aterramento. Figura 29- Um esquema de curto-circuito... Figura 30- Planta baixa de uma residéncia, instalacdo telefénica... Figura 32 - Planta baixa com os pontos de sonorizagéo.. Figura 31 - Caixa de som para embutir no forro do teto Figura 34- Planta baixa projeto de inc8ndi0 unum Figura 33- Detector defumaca... Figura35- Planta baixa de instalagbes de antena ew a cabo Figura 36- Camera de protecso Figura’37- Projet de instalacio de cimneras.- Figura 38 - Disjuntores Figura 39 Disjuntores montados num quadro. Figura 40 - Disjuntor de chave antigo Figura 41 - Interruptor simples Figura 42 Interruptor com dimmer. Figura 43~ Interruptor com tomada Figura 44~ Flo rigido.... Figura 45~ Cabo flexivl.. Figura 46- Eletroduto rigido... Figura 47- Eletroduto flexivel Figura 48- Quadro geral com disjuntores. 110 no m ny 12 12 14 Figura 49- Quadro de disjuntor 14 Figura 50- Caixa de passagem.. 15 Figura 51- Caixas elétricas 4x2" e 4x 116 Figura 52- Tomadas... 116 Quadro 1 - Simbologia para representacdo de projetos de elétrica Quadro 2 - Cores dos fos.. Quadro 3 -Dois etrés condutores carregados. Quadro 4 -Circuito e seu respective disjuntor. Tabela 1 - Distribuigéo de carg: 1 Introdugao... 2 Fundamentos de eletricidade aun 2.1 A descoberta da eletricidade. 22 Composicao da matéria 23 Corrente elétrica, 24 Diferenca de potencial ou tensio, 25 Potencia. 2.5.1 Fator de poténcia 26 Resistncia elétrica. 27 Leide ohm. 28 Tipos de circuitos. 3 Nogdes de geracio, transmissao e distribuicdo de energia.. 3.1 Geragio de energia, 3.2 Transmissdo de energia, 33 Distribuigdo de energi 4 Tipos de fontes de energia, 5 Nogdes de eficiéncia energética 6 Desenho de instalacies elétricas.. 6.1 Simbologias. 6.5.1 Diagrama unifilar. 6.5.2 Diagrama multifilar. 6.6 Cabine de medidores. 7.1 Dimensionamento da carga.. 7.1.1 Tomadas.. 7.3.2 identificacso dos condutores. 7.4 Disjuntores.. 7.5 Caixas de passagem e de derivacso. 8 Protegdo contra descargas atmosféricas - SPDA... {8.1 Foracao das nuvens de tempestades. 8.2 Surgimento do rai. 8,3 Sistemas de protecdo contra descargas atmosfricas (SPDA\ . 9 AterFAMENLO ec eennnn {9.1 Componentes do aterramento, 9.2 Ligacées de aterramento...... 93 Condutores de proteséo. 94 Curto-cicuito.. 10 Reapresentagéo gréfica de instalagbes especiais. 10.1 Instalagées telefonicas. 10.2 Sonorizasao 10.3 Deteccéo de incéndio 104 Sinal de ty, antena e cabo... 10.5 Sistema de controle patrimonial, ircuito fechado de tv e alarme de seguranca 11 Materiais e componentes dispositives de comando, condutores, eletrodutos e acess6rios .... 107 111 Disjunt0res nnn on 11.2 Interruptores. 113 Condutores. 114 Eletrodutos. 11S A056 F105 nn nnnnon 116 Quadro de distribuicao, 117 Cainas de passagem. 118 Cainas 4x2" @ axa, 11.9 Tomadss.. 12Normas e legislacoes aplicaveis, 13 Aplicativos computacionais para projetos de instalacées elétricas e especiais prediais. Referencias Minicurriculo do Autor Indice Introducao Bemvindo ao universo das edificagées! Estamos iniciando uma caminhada pelo processo de formagao técnica industrial na area da Construcdo Civil, estamos no médulo especifico |, do curso Técnico em Edificagbes, com a Unidade Curricular Projeto de Instalagées Elétricas € Especiais. Este livro tem como objetivo geral desenvolver competéncias para elaboragao de projeto de instalacdes elétricas e especiais em edificagdes de acordo com as normas técni aplicdveis, levando em consideracdo principios de construgdes sustentaveis, dentro dos limites Ss de sua responsabilidade técnica, Assim, as unidades curriculares devem ser desenvolvidas por meio de situagGes de aprendizagem desafiadoras, que lever em conta os resultados profis- sionais esperados no mundo do trabalho, com foco na gestdo do proceso de construgao de edificacées. Para tanto é necessario proporcionar o desenvolvimento de competéncias para a identificagéo dos componentes,tipologias e etapas de construcso de uma edificacéo, compre- endendoa importancia da Construgao Civil para a economia do pais identificando as institul- ‘GOes dedicadas ao setor e suas funcdes. Para dar conta de tantas competéncias, nés aprenderemos fundamentos técnicos e cien- tificos que nos capacitarao a compreender os processos de construcao de edificos, além de identifcar tipologias arquitetonicas e as principals funcées das insttuigdes, sindicatos e asso- ciagées do setor. Os temas abordados neste livro possibilitardo.o desenvolvimento das seguin- tes competéncias: CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVASE METODOLOGICAS: 4) planejar e organizar 0 préprio trabalho; b) atuar de forma ética; )aplicar principios de qualidade, sadide, seguranca do trabalho e ambientais; 4) avaliar 0 trabalho realizado, na perspectiva de melhoria continu: €) aplicar técnicas de comunicagio oral eescrita. & @ FRouTa oe neTAAgtes GLTRCASEESONS CAPACIDADES TECNICAS: 2) aplicar os dados coletados, de acordo com as necessidades dos clientes; b)analisar parémetros de conforto ambiental ©) aplicarprincipios de construgéo sustentével; 4d) aplicar conceitos referentes a fendmenos fisicos e quimicos no projeto das instalagoes; e}elaborar projetos de instalacbes elétricas e especiais; £) representar graficamente projetos de instalacées elétricas e especiais. Esta unidade curricular comega falando sobre 05 conceitos de eletricidade, corrente elétrica, tensdo, poténcia elétrica,resisténciaelétrica, lei de Ohm e tipos de circuitos. Estes conceitos sdo importantes para aprofundamento no contexto da instalacdo elétrica. Vamos abordar também as nocdes de geracdo de energia, sua distribuigso « transmisséo; nog6es de eficiéncia energética e como isso é importante para 0 nosso meio ambiente. Em seguida, comecaremos com a parte pratica, como 0 52 ¢C Oy) eecac U ‘SEREPELEN VU sd Camargo tonal Para entender a eletricidade vamos conhecer alguns conceitos. @ (nano oo MeTAAROERTMOASERRENS > FIAMENTO: muitofino dentro da limpada 2.3 CORRENTE ELETRICA Corrente elétrica & quando os elétrons livres que estdo em condutores, como fis, passam a se movimentar de maneira ordenada, por estes condutores. Este movimento ordenado dos elétrons é originado pela diferenga de poten- lal nas extremidades destes condutores, assim cria-se uma corrente de elétrons, por isso denominada corrente elétrica. A diferenca de potencial é também chamada de tensdo, mas veremos mais adiante. Foeet: tae ge i dam Observando a figura anterior, 0 gerador cria falta de cargas no polo negativo, ‘entao havera um deslocamento de cargas positivas em dire¢ao ao polo negativo fazendo 0 equilibrio. Como 0 gerador esta sempre retirando as cargas em um polo, sempre haverd este fluxo gerando, assim, energia para a lampada. 2.4 DIFERENCA DE POTENCIAL OU TENSAO Como falamos anteriormente, a diferenca de potencial éo que faz gerara car- gacelétrica, Observando a Figura 4,0 geradorcria falta de elétrons no polonegativo, entdo haveré um deslocamento ordenado de elétrons em direcéo ao polo negativo, fa- zendo 0 equilibrio. Como o gerador esté sempre retirando as cargas em um polo, sempre haverd este fluxo gerando energia para a lampada. E muito comum compararmos o diferencial de potencial ao sistema hidraulico no qual uma bomba puxa uma determinada quantidade de Sgua de um reserva- {6rio e depois a despeja de volta dentro do mesmo reservatério, sendo assim um fluxo constante de agua enquanto a bomba estiver ligada. ‘Adiferenca de potencial pode ser medida através da férmul 2.5 POTENCIA Ea intensidade de luz que ¢ gerada pela eletricidade. Percebemosisso nas limpadas, mas a poténcia &a capacidade de um determi- ‘nado motor ou gerador de energia produzir a eletricidade. Temos como exemplo a capacidade de uma lampada produzir luz, enquanto ‘um ventilador é capaz de produzir vento. Este é um bom exemplo: vocé ja deve ter visto um ventilador doméstico com varias posicdes no boto de acionar edeve ter notado que estas posicbes variam a velocidade da hélice; entdo, quanto maior a velocidade, maior produsao de vento. Em resumo, podemos dizer que quanto ‘maior a poténcia do ventilador maior ser a produco de vento. \Vemos também nos aparelhos elétricos que temos dentro de nossa casa que cles ja trazem no seu manual a informacio da poténcia que consomem. ‘A pattir disso podemos dizer que quanto maior a poténcia do aparelho maior seré a energia consumida em menor periodo de tempo. A eletricidade consumi- da pelos aparelhos ¢ transformada. Assim, uma lampada, ao receber eletricidade que passa pelo filamento” de tungsténio, aquece e fica incandescente gerando a luz, por isso se chama lampada incandescente. Para ter poténcia é necessério ter tensio e corrente. Vimos que a tensio ou diferenca de potencial gera uma corrente elétrica no condutor. Na Figura S vimos que ogeradorcrioua diferenca de potencial gerando uma corrente que ao passar pela lampada incandescente o filamento é aquecido gerando uma luz. Veja a férmula de poténcia elétrica: U=tensio elétrica 1s corrente elétrica @ FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS Esta formula se transforma em mais duas possibilidades: Esta é @ poténcia aparente, que tem como unidade de medida o volt-ampére (vA), ‘Temos dois tipos de poténcia aparente: 2) poténcia ativa, que é a parte que se transforma, gerando luz, trabalho e ca- b) poténcia reativa, que se transforma num campo magnético, geralmente uti- lizado para funcionar motores. 2.5.1 FATOR DE POTENCIA A potencia ativa é sé uma parte da poténcia aparente, ou seja, existe uma fra- ‘s80 de poténcia que nao é transformada em outra poténcia e essa diferenca é 0 {que definimos de fator de poténcia, Este fator de poténcia é como coeficientes ‘ou valores que adicionamos nos célculos para fazermos os dimensionamentos de cargas nos projetos residenciais. 2.6 RESISTENCIA ELETRICA Resisténcia elétrica é a dificuldade que 0 corpo gera, no caso 0 condutor, a0s «elétrons que percorrem de maneira ordenada quando este condutor for submeti- doa uma diferenca de potencial Porque acontece essa resisténcia? Sabemos que os elétrons estio em movimento desordenado dentro de um ccondutor e, quando este condutor ésubmetido a uma diferenga de potencial, os elétrons comecam a se chocar um nos outros eno préprio atomo que forma 0 condutor, e este choque cra esa resistencia, Sabemos que um corpo ¢forado por milhoes de dtomos e que cada tomo possui a0 seu redororbitando elétrons. Estes choques que os elétrons sofrem é a explicac3o do aumento da tempe- ratura no condutor. Vocé jé deve ter visto que 0s fis de determinados aparelhos ‘quando estao ligados ficam aquecidos. Este € 0 efeito que ocorre na resisténcia do chuveiro elétrico ou de qualquer aparelho que utilize uma resistencia para aquecer algo. Logico que o melhor para o sistema elétrico é que os condutores nao apresen- tem resisténcia e, quanto melhor o condutor, menor é a resisténcia oferecida para a comrente elétrica. O cobre é 0 metal mais utilizado por seu custo e facilidade de ‘obtencéo, no entanto 0 ouro é 0 metal que tem a melhor condutibilidade. Qing, Meee CT ae eS pera utra situacdo a que precisamos ficar atentos & que, se 0 condutor oferece muita resistencia, seré necessério maior consumo de energia e, com isso, maior ‘custo na conta de energia. Por isto que os vildes do consumo de energia sao exa- tamente a lampada elétrica, o chuveiro elétrico, oferroelétrico eaquecedores que utilizam resistencias A pattir disso, temos a formula para resisténcia: ‘Aunidade de medida da resisténcia é 0 Ohm (Q), definida pelo sistema inter- nacional (S). Temos dois grupos de condutores: a) bons condutores, que sio 0s corpos onde os elétrons mais extemos so retirados facilmente por um estimulo da érbita do nticleo dos étomos; b) maus condutores, queso 0s corpos onde 0s eétrons se encontram muito ligados a0 ndcleo dos étomos, a exemplo da madeira, do vidro, porcelana. ‘Assim, podemos dizer que um fator que influenciaa resisténcia do condutor & ‘seu material, o seu comprimento e a temperatura. oe FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS Onde: Re resisténcia em Ohms (0) (=tesistividade do material em ohms (mm /m) €=comprimento em m ‘A= rea da seo reta em mm* 2.7 LEI DE OHM Georg Simon Ohm, fsico alemdo, estudou sobre a capacidade de resistencia dos materiais passagem de corrente dependendo da sua resistividade. (Ohm descobriu que variando a diferenca de potenciala um circuito que esteja fluindo uma corrente elétrica, haverd uma variacéo proporcional dessa corrente. Esta proporgio era sempre igual a partir do quociente entre tensao ea cor- rente resultando entéo em uma constante. Essa constante de proporcionalidade Go que representa resisténcia elétrica, Temos que a diferenca de potencial (U) entre dois pontos de um condutor proporcional a corrente elétrica(), Nem todos os sistemas obedecem a lei de ‘Ohm, somente os resistores Ohmico ou linear. Sendo a resisténcia elétrica uma constante, temos a seguinte formula, Temos, como resisténcia elétrica(R) do resistor, o quociente entre a ddp(U) aplicada pela corrente() que o atravessa. Onde, = Resistencia Elétrica em ohm (0) U=Tensio Elétrica, em volt (V) ‘orrente Elétrica, er ampére (A) 2.8 TIPOS DE CIRCUITOS Sabe 0 que é um circuito? Gircuito é todo componente ligado numa instalacdo, como lampadas, resis- t€ncia, aparelhos, que estejam alimentados por uma fonte geradora de energia. Temos trés tipos de circuitos: a) circuito em série: neste circuito todos os componentes estdo ligados em série, ou seja, um atrés do outro e somente por um dinico caminho no qual passa acorrente elétrica,ligados a uma fonte de energia. Imagine um fio que alimenta 4 lampadas, sendo este fio, que passa nas lémpadas, o mesmo que volta para a fonte de energia. Podemos trocar esse tipo de circuito por uma lampada apenas que possua ‘uma poténcia igual 4 soma de todas as resistencias, ou seja, da poténcia de todas as limpadas. Se uma lampada queimar, todas as outras ficardo apagadas por ndo ter outro ‘caminho e, para isto, é necessério trocar lampada por limpada para encontrar a queimada. was Umcato er se No circuito em série, o célculo da queda de tenséo total é a soma das tenses em cada resisténcia, que seré: o MOLTO OC MSTHAG IES ELTREASESPEONS, b) circuito em paralelo: neste tipo de circuito os componentes esto ligados, ‘mas existe mais de um caminho para alimentar 0s componentes com ener- gia. Sendo assim, 60 circuito mais utilizado, inclusive as instalacdes prediais 80 todas feitas com circuito paralelo. Caso uma das lémpadas queime, a ‘outra limpada ainda acende porque consegue ser alimentada pela fonte de energia. een [A formula para 0 calculo da resistencia equivalente do circuito de resistores ‘em paralelo é: €)cireuitos mistos: neste circuito temos uma combinagio dos dois tipos de Circuitos, ocircuito em série eo paralelo. gg cnn Gores ERELATOS: ‘Anecessidade do conhecimento basico de eletricidade 4J080 € jovem, bastante curioso e sempre teve atrago por tudo que envol- via eletricidade. Certa vez, Jodo queria fazer uma instalacdo elétrica pro- vis6ria para um quarto onde ele iria utilizar como um miniescritério para desenvolver seus trabalhos de informatica, Joo comecou entdo a fazer instalacdo elétrica, puxando a fiacdo de outra ‘tomada ja existente e criando mais um ponto para colocar uma lampada e, assim, melhorar ailuminacdo para os seus trabalhos. No entanto, Jodo era s6 um curioso, nunca tinha feito nenhum curso. re- solveu fazer o servico apenas por ver um ou outro fazendo. Mas e 0 conhe- cimento sobre a eletricidade? Pois é, Jo30 nao conhecia nem se aprofundou nos estudos sobre eletrici- dade. Logo isto ficou evidente, porque Joo puxou um ponto de luz de um Circuito que jé estava no limite de sua carga. Resultado: com poucas horas de uso da lampada acesa, a fiac3o no suportou a sobrecarga e entrou em curto circuito. Joo provocou um dano na instalacdo e quase perdeu os equipamentos, porque néo conhecia realmente de eletricidade e, entio, ele viu o quanto se arriscou com esse servico improvisado. ¢ NETO DE STADE ELETICAS SPECI No dia seguinte, passado o susto, Jodo contratou um eletrcista que real- ‘mente sabia como fazer a instalacio e conseguiu, enfim, ter o seu o minies- citério sem danificar a instalagao. @ RECAPITULANDO Acabamos de ver, neste capitulo, uma introdugao aos conceitos de eletrici- dade para comecarmos a entender um pouco mais sobre o assunto. Vimos 2 formagéo dos stomos, a corrente elétrica e como ela é formada, tenséo e © porque e como ela acontece; estudamos sobre poténcia elétrica e seus Célculos, quais 0s fundamentos da resistencia elétrica e a lei de Ohm, além dos tipos de circuitos. NogGes de geragao, transmissa0 € distribuigdo de energia Ja sabemos que a energia é importante para nossa vida. ‘Com ela conseguimos realizar muito dos nossos trabalhos diarios. € algumas vezes nos per- ‘guntamos de onde vem essa energia? Como ela chega até a nossas residéncias? Porque os fios dos postes na rua so diferentes dos fios dentro da nossa casa? Neste capitulo vamos conhecer um pouco mais e assim termos respostas para estas per- ‘untas. Vamos identificar 0 que é a geracdo de energia, a transmissao e a distribuigéo. A geracao é como surge ou como é produzida a energia, a transmissa0 é quando a energia 6 levada até as cidades ou até as subestacdes ea distribuico ocorre quando levamos a energia das subestacées 8s casas da cidade. ‘Agora vamos ver mais detalhadamente cada uma dessas situacoes. o FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS ROTORES: Motores geradores de ener 2 RECURSOS HIORICOS: Dadgua, *COMBUSTIVEL FOSSIL Material orgnico pré steric stead por camadasde sob. 3.1 GERACAO DE ENERGIA Ageracéo de energia ocorre quando transformamos uma energia potencial e ‘em energia elética, Uma forma de geraco muito conhecida no Brasil por ser muito usada & gera- ‘<0 por usinas hidrelétricas, que consiste em armazenar uma grande quantidade de agua através de barragens em cursos de rios abundantes em agua, deixan- do-os represados para depois liberar essa 4gua armazenada por comportas que ‘conduzem a agua por dutos e a velocidade da dgua aciona hélices dos rotores! _geradores de energia elétrica, Fouad Lina lr ps Este processo & 0 mais utiizado no Brasil pela abundancia dos recursos hid c0s!.No entanto, este método é bastante prejudicial ao meio ambientepela gran- de devastagdo de drea verde. Quando a aqua ¢ represada, ela vai inundando uma ‘rea de floresta, destruindo 0 ecossistema daquela area, intererindo na fauna e na flora. O desequilibrio causado ¢ imenso e irrecuperavel e nao se resume so- mente ao local onde surge olago artificial, masao resto do curso dorio.0 volume de agua do rio tende a diminuir; a fauna aquatica perde 0 seu ecossistema; espé- ies de peixes tendem a sumir; 0 processo de erosio das margens dorio aumenta ‘€0seuleito comega a ficarraso; na for do rio junto 20 mar, omar passa a ter mais orca que o rio, e as margens préximas & foz comesam a ser invadidas pelo mar, ‘que ndo tem mais a forca do rio empurrando a correnteza para longe da costa, Este 6 0 caso da foz do Rio Sao Francisco, entre os Estados de Alagoas e Sergipe. 2 noe emo, TRA NESAOE DSTO DEER o Figs Aung to marr er doStoFaeico te WHOMEDA COMMONS 208 pods) Existem, também, outras formas de geracio de energia através de combusti- veisfosseis, que so 0 petrOleo, 0 gis natural eo carvo mineral além da queima de combustiveis ndo fosses, como a madeira e bagaco de cana, Temos, também, a energia nuclear, que, além de um alto custo para a execucio da usina, tem 0 {ator perigo causado pelaradiagio nuclear. Estes tipos de usinas geradoras estio sendo muito discutidas por conta do processo de devastacio do meio ambiente. Gores ERELATOS Avila de pescadores Em uma vila de pescadores bem simples, a populacdo sofria com a falta de energia devido a distancia para seu abastecimento. Um filho de pesca- dor, formado em técnico em edificacBes, em visita aos pals, percebe essa ITO OF WSTAAGDS ELATMEAS EGPCS 1 dificuldade e o quanto causa transtorno aos moradores, Estudou, entlo, 2 possiblidade de aproveitar outras formas de producao de energia e des- cobriu que a energia edlica seria 0 melhor sistema de geracdo de energia para avila, No entanto,o custo era muito alto, o que inviabilizava a implan- taco. Mas elendo desistiu, indo buscar, junto’ compania fornecedora de energia, patrocinio para o sistema edlico, fazendo anédlise bem detalhada e montando o projeto, especificando e justificando a necessidade do sis- tema para avila. Neste projeto, argumentou que, apesar do custo inicial & ‘manutenc3o com os reparos da rede edlica seria menor do que coma rede elétrica convencional numa area préxima a costa, onde ha alto indice de ‘maresia, que danifica as instalacbes. Assim, conseguiu que o sistema fosse Implantado porque os empresérios da concessionaria viram que gastariam ‘menos no futuro. Avila passou a ter energia, proporcionando mais desen- volvimento, trazendo mais conforto e qualidade de vida, e o melhor: sem degradar o meio ambiente. Muitos cientistas buscam, através de pesquisas, trazer novos tipos de usinas ‘geradoras de energia que utilizem recursos renovaveis como o sol, 0 vento € a maré. Fg 10> Par ecco grado ees imps revit Feneloahc in conto 23 Amare? Sim, a maré! Como o movimento criado pelas ondas & constante, podem fazer dirarrotores pra gerar energia, ¢ alguns paises, como a Franca, j utiliza este tipo de fonte geradora de eneraia. 2: not ero, TRMSSAOE MSTA DE DERG o 3.2 TRANSMISSAO DE ENERGIA ‘Atransmissdo tem a funcdo de levar a energia gerada na usina até o consumi- dor. Mas antes de chegar & casa do consumidor, a energia gerada vai para uma subestacdo elevadora de energia para ser padronizadaa cortente, se seré alterna- da ou continua. Fu Unde armies ote WinME COMMONS 2012 ‘A transmissio é feita através de cabos de alta tensio que atravessam areas de fazendas até chegar a outta subesta¢ao préxima aos centros urbanos, onde a cortente é de novo transformada para entio ser distribuida pelas ruas, através de postes, até chegar &s residéncias dos consumidores. ad eM oO FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS 3.3 DISTRIBUICAO DE ENERGIA A distribuigdo comeca quando @ energia chega, através de cabos de alta ten- S80, as subestagdes de centros urbanos. Essa corrente é transformada. a sua ten~ 80 também reduzida para 380 V, 220 Vou 127 Va depender da regiao. Depois de estabilizar a corrente, a alta tensio é distribuida em postes pelas ruas das cidades. Em alguns deles,existem transformadores que modificam a alta ‘tensio para uma tens3o menor, que possa ser usada nas residéncias de maneira segura, sem queimar os aparelhos. No Brasi, temios estados com tensio de 380V, ‘com 220V ecom 127V. Em alguns centros urbanos, jd estd sendo feita a distribuicdo por cabos sub- terréneos, diminuindo 0 excesso de cabos aéreos ¢ evitando riscos de quebre de ‘cabos, curtos-circuitos e o famoso “gato”. (0 “gato” ocorre quando a populacdo faz a ligacdo direta do poste sem passar por medidor de energia consumida, Além do perigo deste tipo de instalagdo, que 1ndo garante seguranga aos aparelhos da residéncia, ainda ha um consumo de ‘energia que nao estava prevista para aquela linha de distribuigdo, acarretando ‘queda de tensio frequente, prejudicando a todos, inclusive, a quem fez 0 “gato”. @ RECAPITULANDO Neste capitulo vimos as nogdes de geracdo de energia, através da usinas hidrelétricas, das usinas nucleares e as suas vantagens e desvantagens; vi- mos as transmiss6es que comecam com as linhas de alta tensdo, que saem das usinas, atravessam longo percurso através de campos e florestas, até chegarem em subestacées nos centros urbanos de distribuigdo de energia através de linhas de baixa tens3o por postes que estdonas ruas dascidades. Tipos de fontes de energia Desde a pré-histéria, o homem usa ferramentas que geram energia. Essa energia era meca- rica ou cinética quando ele lancava uma flecha, pois partir da energia acumulada no arco, a0 soltar a linha, a energia cinética dava o impulso para a flecha atingir 0 alvo. Mas foia partir do momento em que o homem comega a se fixar em uma regidoe a cultivar (05 seus alimentos e criar 0s animais que ele percebe que pode, através da energia potencial, fazer gerar outros servigos. Os moinhos do Egito s8o um exemplo disso, pois utilizavam a cor- renteza do rio para girar uma roda, e esta, através de baldes, enchia canaletas para irigar ca- nai afim de cultivar seus cereais. Mas foi a partir da revolucao industrial que o mundo tomou consciéncia da necessidade da energia para impulsionar 0 crescimento da civilizacao da era modema, Logo no inicio da revolugéo industrial a fonte geradora de energia era a termoelétrica. Ou seja,a partir da queima de madeira, a producao de calor e de vapor gerava movimentos em helices, pistoes' e movimentava as maquinas. Nao ha divida de que a revolucao industrial associada a um sistema capitalista fol ocom- bbustivel certo para que novas invencdes surgissem em busca de novas fontes de energia que pproduzissem mais a menos custos. Surgiram entéo as pesquisas em cima da energia elétrica que desde a antiguidade era conhecida, mas no com tanto conhecimento. Depois que conhecimento da energia elétrica estava comecando a ser dominado, os. tistas foram estudar como gerar a energia elétrica em grande escala, @ FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS PISTOES: Peca indica quesobe e desce dentro de um tubo ‘mmpusionando algum 2 ssho. Rachadura que separa um corpoem das partes, > CELULAS FOTOVOLIAICAS Stomecanismos tecnoldgcos que twansformem 3energa roduda peo calor do sol Comegamos entao a ter as primeiras usinas que serviam para gerar energia. AAlguns dos combustiveis utilizados no mudo para gerar eletricidade so de re- ‘cursos nao renovaveis, como petréleo, carvo mineral e gs natural. Mas estes, ‘chamados combustiveis fossels, além do seu poder de poluicéo, com excegéo do ‘gs natural, estdo com os dias contados caso a sua exploracao continue a crescer. Dat a necessidade de incentivar novas formas de gerar eletricidade com recur- 505 renovavels. Vamos agora ver os tipos de fonte de energia: a) energia hidréulica:é a energia produzida através da forca da queda-d'sgua de uma grande altura. A égua represada acumula uma grande energia po- tencial e, 20 ser canalizada por dutos em queda, ela se transforma em ener- gia cinética com a sua velocidade fazendo girar rotores, os quais transfor- ‘mam a energia cinética em energia elétrica. Eo tipo de onte de energia mais abundante no Brasil pelo seu grande recurso hidrico, mas, além da destruigao do melo ambiente, é uma reducdo que depende do volume de agua, e situacées como estiagem e seca podem comprometer a ‘geragdo de energia elétrica. ») energia nuctear:é produzida em usinasnucleares através da quebra dond- cleo de étomos do pluténio ou do urdnio, O processo de quebra do niicleo ou separagdo é chamado de fss80” e se dé por bombardeamento de neu- tuSes. Assim que ha a quebra do niicleo,éliberada uma grande quantidade de energia, que é aproveitada para gerar energia elétrca Este proceso é muito perigoso e apresenta um grande risco para a populagdo devido ao seu alto poder radioativo. A radiagao em excesso causa problemas de ‘cancer em seres vivos. py Ty ]energia féssil: 6 a energia produzida através da queima de combustiveis ‘como petréleo, que ¢fracionado em refnarias em outras substancias tam- bém combustiveis. A energia fossil pode ser adquirida através da queima de ‘arvdo mineral e de gés natural. Estes s3o os combustiveis fosseis que foram formados hé mithdes de anos, durante o processo de movimentacao de pla- ‘as e erupgées vulcdnicas, que deixam enterradas grandes quantidades de rmatéria ocganica submetida a altas presses e temperaturas.€ dessa forma ‘que temos o petréleo. 4d) energia solar: é a fonte de energia mais abundante no mundo. Embora seja cara inicialmente a montagem de sua usina, ela tende a ter, a0 longo dos anos, 0 seu custo pago e ser a energia de menor custo que possa exist Aiguns paises, inclusive o Brasil, vém investindo na geracio desse tipo de ‘energia que funciona através de células fotovoltaicas’, que transformam a ‘energia liberada pela radiacio de calor em energia eletrica, €) energia edlica: & a energia gerada pela corrente de ventos que faz girar ‘enormes hélices que, por sua vez, geram eletricidade. € um processo limpo de produgéo de energia, nao degrada o meio ambiente, ndo polui e ainda € renovavel. Muitos paises estdo montando parques edlicos para ter uma fonte de energia inesgotavel. Anda é um processo caro, mas que em longo. prazo diminui seu custo. Gores ERELATOS (0 s0l como nosso aliado Sempre consideramos o sol apenas como fonte de luz e importante para a fotossintese das plantas. Mas, hoje, com toda a tecnologia disponivel, os Cientistas descobriram que ool consegue fornecer energia através das cé- lulas fotovoltaicas, tecnologia que apresenta um custo alto, Mas Jairo, um técnico de edificagées, sugeriu na empresa em que trabalha aplicar a tec- nologia num projeto de condominio de residéncias com mais de 300 uni dades para ver seo custo diminuiria,jé que poder ser dividido entre todos (05 conddminos. Jairo fez 0 célculos e viu que, ainda assim, o custo seria alto nicialmente, mas, aolongo dos anos, o gasto de conta elétrica, fomeci- da pela companhia elétrica,ird diminuir, o que compensaré o investimento, Depois de ter feito esta andlise, Jairo convenceu a todes argumentando que seria muito interessante a utilizacao de luz solar para gerar energia e, lento, ele mesmo comecau o projeto que possula varios painéis de célu- 0 NETO DE STADE ELETICAS SPECI las fotovoltaicas instalados nos telhados das residéncias. O proprietério da empresa, na qual Jairo trabalhava, gostou tanto da experincia que decidiu ue, a partir de entdo, todos os empreendimentos terdo aproveitamento da luz solar para gerar energia. @ RECAPITULANDO Acabamos de ver tipos de energia, como a hidréulica, que é produzida pela forcada agua que faz girar as hélices para a producao de energia;a energia féssil, que produz energia através da queima de materials fosseis, como 0 petrdleo e seus derivados que produzem vapor para gerar energia elétrica; a energia solar, que utiliza 0 calor da luz solar para gerar energia elétrica através de células fotovoltaicas; a energia nuclear, que é a energia produzi- da através da quebra do nicleo do atomo; ea energia edlica, que é produ- ida pela forca do vento que movimenta as hélices. Nogoes de eficiéncia energética Quando vocé acende uma lampada incandescente', logo vé que ela ilumina o ambiente porque fica claro, ndo 6? Portanto, imagina que a energia que ela consumiu transformou toda luminosidade em luz. Errado! ‘A maior parte da energia transformada pela lampada incandescente ¢ energia térmica, ou seja, aquele calor que ela emana e até nos queima se tocarmos a lampada. ‘Aeficiéncia energética ¢ exatamente o estudo para tentar produzir energia que seja apro~ veitada, 20 maximo, pelos aparethos em nosso cotidiano. Quanto maisa energia for aproveitada, menos necesséria seré a quantidade de energia pro- duzida. Isto parece confuso? Veja este Casos e Relatos. QO ses i Cores ERELATOS Aproveitamento da energia Marcos é uma pessoa que sempre fol ligada em conservacao do meio am- biente e quando pensou na reforma da sua residéncia,j8 comecou tentan- do achar uma maneira de conseguir um projeto elétrico que nao gastasse tanta energia, uma vez que quanto mais energia se usa maior seré a conta elétrica. No entanto, fazendo esta pesquisa de como economizar, soube por um amigo, técnico em edificagées que trabalhava numa concessionéria de energia elétrica, no setor de inovagéo, que uma das maneiras de eco- nomizar na conta de energia é através da utilizacao correta de lampadas elétricas que realmente iluminem o ambiente usando toda a energia pos- sivel para gerar a quantidade de luz necesséria, Como assim? € fécill Uma lampada incandescente, para produzir luminosidade, gasta muito mais energia do que deveria, Parte da energia consumida pela lampada Incan- descente ¢ realmente transformada em luz, a outra parte é transformada em calor, e isto faz com que a lampada nao seja eficiente. Qutras limpadas ‘mais modemas, como as de LED, transformam a energia que ela consome em luz, assim no haverd perda de energia. Lembre que, para gerar energia elétrica, 0 meio ambiente sofre algum impacto e esta era a maior preocu- ago de Marcos que queria uma economia de energia sem agredir 0 meio ambiente. Assim, Marcos resolveu investir em um novo projeto com inova- doras tecnologias em limpadas. Perceba que a necessidade de uma eficiéncia energética é fundamental para ‘termos uma menor agressio 20 meio ambiente. Muitos aparelhos que compra ‘mos para nossa casa ver com um selo mostrando a eficiéncia energética. Apesar SUPERSONICA: Utrapassaa velocidade do 8.1 FORMACAO DAS NUVENS DE TEMPESTADES ‘As nuvens de tempestades comecam a se formar no final da tarde depois do ‘aquecimento da Terra e da atmosfera préxima da superficie pelo sol. Este aque- ‘cimento cria uma corrente de ar quente e timido que sobe até as camadas mais altasefrias da atmosfera. Como este ar quente é em forma de vapor, ao encontrar 2 baixa temperatura, 0 vapor se transforma em gotas de Agua, formando a nu- ‘vem. Estas correntes de ar fazem o choque dos dtomos que passam ase eletrificar criando uma eletricidade estatica. 8.2 SURGIMENTO DO RAIO Amedida que as correntes de ar dentro das nuvens vo aumentando a ve- locidade, elas comecam a provocar choques, e a eletricidade estatica comega a define as cargas negativas na parte inferior da nuver, enquanto as cargas posi tivas se concentram na parte superior da nuvem. Em seguida, comega a ocorrer ‘a separacdo dielétrica” entre as nuvens e a Terra provocando as descargas entre rnuveme Terra. A primeira descarga negativa descendente da nuvemparaa terra 6 ainda invsivel para, em seguida ter oretomo da terra para anuvem. Vamos ver 0 passos de forma mais clara? 0 processo acontece pelo seguinte paso: ‘) uma descarga negativa chamada de lider escalonado desce paraa terra; b) a0 se aproximar da terra, cria um campo elétrico que aumenta e libera uma descarga ascendente chamada de descarga conectante, geralmente saindo de objetos pontiagudos; { rroTea coNTRAESCGAS MCE 5°04 So €) quando as duas descargas se encontram, formam uma descarga de intensa ‘ede grande luminosidade, a chamada descarga de retorno;, 4d) neste momento, ocorre a aceleragéo das cargas dentro do raio, que provo- ‘cam uma corrente de ar ascendente; @) oar é aquecido tao rapidamente aaltas temperaturas que provoca um des- locamento de ar provocando 0 estrondo, que chamamos de trovao. Este ‘deslocamento tem velocidade supersénica? 9 gen nomacisote A Sey rN fas eels 8.3 SISTEMAS DE PROTECAO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS (sPDA) OSPDA é um sistema que serve para proteger as edificacées dos efeitos dos rai0s ou descargas atmosféricas. O sistema tem trés componentes: 2) captor: é um elemento metélico que fica no ponto mais alto da edificacsoe ‘que tem a finalidade de concentrar as cargas elétricas positivas criando um ‘campo elétrico para atrair oraio descendente ou raio escalonado; b) condutor de descida: é o componente também metalico que faz a ligago do captor, fazendo uma linha, conduzindo a corrente da descarga até o sis- tema de aterramento; Este condutor deve estar fixado e com isolantes, separando-o da edificaco para nao haver transferéncia de descarga pelos elementos da edificacao. oO FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS HAFTS: Compartinentoutlzado para passer tubulaco ou de Suacu eética Se nao tiver 0 solamento, ha a possibilidade de haver faiscas, gerando danos Bestrutura e 20s equipamentos dentro das edificagées. Alguns cuidados devem ser seguidos para a instalacio desses condutores: ~ evitar descida pr 10a linhas onde tenham cabos elétricos ou de sinal; ~ manter uma distancia minima de tubulacSes de gas de 20m; = nunca descer um condutor de descida no interior de shafts‘ dentro da edificagao; ~ ndo aproveitarferragens da estrutura como apoio ao condutor de desci- da. )sistema de aterramento: é um elemento metélico geraimente de cobre, que tem 2 finalidade de dispersar a descarga para o solo sem provocer ten- bes. Podem ser feitos por uma tinica haste, mas com uma grande profundi- dade ou entao por varias hastes interligadas por cabos de cobre ou aluminio. OSPDA é determinado e orienta a execucao através da norma NBR 5418. {8 oreo cOUTPADSEARCASATHOSONS P04 o Cor ERELATOS Dia detempestade Em um dia de muita chuva, comecou uma tempestade com bastantes raios €e trovoes. Os trovdes ecoavam pelo céu por causa das descargas transmi- tidas pelo raio. Em dado momento, um raio atingiu um edificio que estava desprotegido, no entanto oseu sistema de aterramento era muito antigoe ‘ocondutor de descida estava rompido endo conduziua descargaaté o-ater- ramento. Aconteceu que todas as instalagdes dos apartamentos tiveram danos. Muitos perderam geladeira, televisores, aparelhos de som. Outros moradores receberam a descarga e passaram mal. Infelizmente tudo isto aconteceu por imprudéncia da administra¢ao do condominio que nao deu aatengéo necesséria a0 equipamento de SPDA. O equipamento de aterra- ‘mento é muito importante e deve ter manutencdo constante.A seguranca dos moradores deve ser considerada como principal item de manuteng3o do prédio. Depois que houve todo 0 prejuizo, tomaram as providencias, Depois de ter corrigido todo 0 SPOA, a administracdo teve que reparar os danos também nas instalacées do prédio e dos apartamentos. @ veceraneo Vimos com este capitulo de protecso contra descargas atmosféricas a ne- ccessidade de proteger as edificacoes, principalmente as de altura conside- ravel, de raios atmosféricos. Conhecemos um pouco sobre a formagao de um rao e como ele acontece em todas as fases. Vimos que o sistema de Proteao, 0 SPDA, é composto de captor para atrair 0s raios, de condutor de descida para conduzir a descarga até o solo eo sistema de aterramento, que distribui a descarga no solo. Aterramento aterramento é um sistema de protecdo para o circuito elétrico. Sao conjuntos de hastes 'metalicas enterradas no solo que fazem a ligacao dos componentes e da fiagao para que seja istribuido no solo, evitando o choque elétrico por contato direto. ( sistema de aterramento ¢ orientado pela NBR 5410:2008, que define os parsmetros a se- rem seguidos no projeto e na execucao. Todo equipamento elétrico deve ter um aterramento para a nossa seguranca contra cho- ques elétricos. Li eee rte ry ALERTA —causar perigo aos moradores da residéncia, como choque 'ANNBR 5410: 2008 determina as condicbes para que o aterramento realmente exerca a sua fungao que é de proteger o sistema de sobrecargas e oferecer seguranca contra choques elétr- cos em pessoas e animais,além de proteger os equipamentos em uso nas edifcacées. Fiqua2l- Hate pater oO FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS ‘Temos trés tipos deaterramento: 2) aterramento funcional: é encontrado mais facilmente nas residéncias, nas quais ¢ feito um aterramento com o neutro do sistema elétrico, também cha- ‘mado de aterramento vivo, e serve para proteger todo o sistema, transmitin- do uma sobre corrente para o solo; b) aterramento de protecdo: ¢ 0 aterramento feito pra proteger as massas ¢ (0s componentes da instalacdo de sobrecorrentes. Também transfere a so- brecarga para o solo; cJaterramento de trabalho: consiste no aterramento que é feito nos equipa- _mentos e componentes elétricos num determinado tempo, no qual o traba- Ihador esta fazendo algum servico de eletricidade. Este tipo de aterramento &tempordtio, durando apenas 0 tempo do servigo. (Uma das situacdes que mais acontecem é o choque no chuveiro. sto porque © aparetho tem uma resisténcia diretamente em contato com agua € quando 0 Usuério est tomando banho descalgo e pisando no chao molhado fecha o cit- cuito provocando 0 choque. Neste caso ¢ sempre bom fazer 0 aterramento do chuveiro, 9.1 COMPONENTES DO ATERRAMENTO Eletrodos de aterramento O eletrodo ¢ a haste de cobre que fica enterrada no solo para transferéncia da carga elétrica, Podemos ter um eletrodo ou mais de um eletrodo ligado entre eles. Os eletro- dos devem ter pouca resistividade, ou seja, a correntedeve percorrer sem proble- ‘mas pela haste, por isso é utilizado 0 cobre como material das hastes porque tem baixa resistividade e alta condutibilidade. Outra caracteristica ¢ a resistividade do solo que também tem que ser muito, equena. O solo apresenta uma caracteristica de ter a sua resistividade alterada de acordo com o material de composic3o do solo e de fatores de umidade. No projeto elétrico de uma edificacéo, a quantidade de eletrodos seré prevista diante da necessidade de protecéo do sistema elétrico dimensionado, além de se definiro melhor local para instalar 0 aterramento. Parao aterramento temos trés esquemas TN, TT e IT, que veremos a seguir: 4a) esquema TN ~ S: neste esquema os condutores neutro e de protecdo $30 ligados 20 solo separadamente. aoe reniad b)esquema TN - C: neste, 0 neutro e de protegio s30 combinados, tomando-se tinico; az Jesquema TN-C-S:neste esquema, em apenas uma das partes do sistema 2a fungdes de neutro e de protecdo ficam combinadas em um tinico condu- tor, zz 4d) esquema TT: neste tipo de esquema, um ponto é aterrado diretamente, ¢ ‘as massas séo ligadas a eletrodos de aterramento, que estéo eletricamente independentes do eletrodo de aterramento da alimentacéo; Pe 26- suena ) esquema IT: neste esquema ndo haveré nenhum ponto de alimentac3o aterrado diretamente, sendo as massas aterradas independentemente. gu qn o NETO DE STADE ELETICAS SPECI 9.2 LIGACOES DE ATERRAMENTO Para fazer 0 aterramento, ¢ necessério ligar ahaste ao circuito elétrico da resi- déncia. A ligacdo de aterramento € feita sempre com pecas de mesmo material, ou seja, se utilizar uma haste de cobre, as bracadeiras para prender ofio& haste de- ‘vem ser de cobre também. Isto para evitar que haja galvanizacéo das superficies ‘em contato, aumentando a resistividade e interferindo na condutibilidade. CAIKA DE INSPECAO Fowa2s- Gade nspedopua steranens oct SNA. 213 Gas ERELATOS Oaterramento Bruno comprou a residéncia dos seus sonhos, investiu o que tinha para comprésta e logo em seguida se mudou com toda a familia, Pouco tempo depois, Bruno percebeu que alguns equipamentos estavam dando choque, pequenos, mas eram perceptiveis. Como conhecia um pouco de eletricida- de, logo imaginou que algo de errado foi feito na instalacao. Bruno chamou lum técnico que trabathava numa construtora para dar uma olhadae dizer o que estava acontecendo de fato. 0 técnico, que se chamava Igor, logo per- cebeu que a instalac3o, apesar de bem feita, no possuia um aterramento adequado. Igor descobriu que o aterramento foi feito de maneira impré- pria com uma haste de ferro, a0 invés de cobre,e que o condutor de ligacSo estava conectado de forma irregular na instalago, 0 que néo permitia a fuga de carga para o solo, Bruno resolveu fazer o projeto do aterramento e chamou um eletricista que realmente trabalhasse com responsabilldade e que pudesse confiar no servigo. Assim, contratou um eletrcista indica- do por Igor e comecou a execucao do aterramento seguindo o projeto de Igor. Assim que terminou o servico, Bruno percebeu que os choques nao mais ocorreram, ficando mais seguro com relacao aos aparelhos elétricos da casa. 9.3 CONDUTORES DE PROTEGAO S40 05 fios ou cabos que fazem a ligacdo da haste com o circuito. Eles devem ser feitos em cobre pelo mesmo fato da bragadeira, ou seja, para que nao galvani- zom as superficies de contato e nao sofram corrosio. cabo deve vir sempre dentro de dutos apropriados para fiagdo elétrica e sempre encapados. Devem sempre passar pelo duto até as caixas de passagens, {que $80 caixas em alvenaria no piso onde uma parte da haste fica exposta para ossibilitar a conexéo do cabo com a haste por meio de uma bracadeira de cobre. Nunca se deve fazer um aterramento diretamente no solo com a liga¢do apa- rente, pois este procedimento é perigoso, havendo risco de choques, além de au- mentar as chances de corrosdo dos materiais. Como o aterramento é um sistema de protecdo, deve ser feito seguindo as normas para garantir que cumpriu a sua fungao. ‘Anorma 5410 diz que um condutor de protegdo pode servir a outros circuitos ‘20 mesmo tempo, mas 0s circuitos devem estar em um mesmo eletroduto. ‘Além do aterramento, temos 0 condutor neutro. Este condutor neutro perten- ce 20 circuito, criando um equilibrio de todo o sistema da instalacéo elétrica. Em ‘cada circuito elétrico, temos um condutor neutro, que sai do quadro de distribui- ‘sao. E nunca um condutor neutro pode servira varios circuitos. oO FRouTa oe neTAAgtes GLTRCASEESONS 9.4 CURTO-CIRCUITO Falamos de aterramento como sistema de protecio que pode proteger contra curto-crcuito da instalagéo. Mas é importante sabermos como 0 curto-circuito acontece. Todo curto-circuito ¢ uma situagio onde acorrente procura um caminho mais, rapido, Neste momento ocorre uma sobrecorrente, ou seja, uma corrente muito alta, que geralmente danifica a instalac3o ou os equipamentos. Na maioria das vvezes, ha uma producao de calor intenso e de faiscas, 0 que pode gerar incéndio ‘caso essas faiscas atinjam algum material combustivel. Observe que, em muitos casos de incéndio, hé sempre a associagso com um curto-circuito, —_ =~ Quando a corrente passa pelo caminho mais curto, ela aumenta a sua intens- dade e, como a sec4o do fo foi prevista para um corrente menor, esse fio aquece, derrete a protegso, ou seja, a capa dos fios fica desprotegida, e um fio acaba en- ccostando no outro, saindo, neste momento, a faisca que pode provocar o incén- dio. E por isso que temos que usar materiais de qualidade e seguir exatamente 0 ‘que o projeto determina para que nao ocorram surpresas. ©... Neste capitulo, estudamos sobre aterramento e como € importante para protecio da instalacdo elétrica. O aterramento deve ser feito sempre se- {guindo as normas para que tenhamos a garantia de protecio. Vimos que cexistem trés tipos de aterramento: 0 funcional, o de protecao e aterramen- to de trabalho, sendo mais usado o aterramento funcional. Vimos como deve ser feito o aterramento dentro de uma caixa de alvenaria. Reapresentacao grafica de “A instalagdes especiais Instalacoes especiais s30 todas as instalages que podem ser usadas nas edificacoes tanto residenciais como comerciais, a exemplo das instalacOes telefonicas, de sonorizacao de detec- {¢30 de incéndio, de sinais de TV e de sistemas de controle patrimonial. oO FROLTO Oe RSTHAGIE RETREAT ESONS *CONCESSIONARIA: Empresa quefomneceener- gine, 2 REVERBERACAO: ‘Quando as ondas emitiaas pelo som se propagam pelo 2 depots de encontarem ‘imobstéculo, 10.1 INSTALACOES TELEFONICAS: Asinstalagdes telef6nicas para residéncia unifemiliar, ou seja, com apenas uma familia, n8o tém um dimensionamento elaborado. € necessério apenas no proje- ‘to constar 0 caminho da tubulacdo para distribuir os cabos telefnicos,indicar a cabxa de distribuigao e entrada e as caixas de saidas nos ambientes. A dimenséo dos dutos ¢ de acordo com a quantidade de fios ou cabos que s4o ‘conduzidos dentro dos tubos. De maneira geral, s30 usados eletrodutos comuga- dos de" ou 14", medida em polegadas, mas pode ser encontrada em “mm”, que serefere a 20mm ou 25mm. A instalacio telefonica é feita ligando 0 cabeamento de distribuigéo da rua para o poste fixo no muro da residéncia; a partir deste poste, a fiagéo telefonicaé ‘conduzida por tubos rigidos pretos até uma caixa de distribuicao e,a partir dessa ‘caixa, a fiagdo vai ser distribuida por eletrodutos flexiveis até as caixas de distri- buicdo dentro dos ambientes. Se a residéncia possuir apenas uma linha de telefone, terd nos tubos e eletro- dutos apenas cabeamento de uma linha, mas caso possua mais linhas, ou seja, ‘mais ndmeros telefénicos, todos os cabos passardo para as duas linhas e, neste ‘caso, devemos utilizar um tubo de 25mm. ‘A tubulagéo para telefonia deve ser exclusiva, no podendo passar fios de ai- ‘mentacéo de energia. Os projetos de telefonia devem ser aprovados pela empre- sa de telefonia, ou seja, a concessionaria' e somente os funcionétios da empresa que fazem a ligacio. No projeto de telefonia deve estar previsto o aterramento para protegao de descargas atmosféricas, evitando choques nos usuarios e danos nos equipamen- tos. +1 renpresewtg}o UFC DE STAGES PCS oO Fen 30- Pata deur in tate Oe See N » P TaN 10.2 SONORIZACAO Projetos de sonorizagdo servem para dimensionar a localizagao de caixas de ‘som para sistema de comunicagéo interna em prédios comerciais, aeroportos, 10- doviéria, hospitais e a quantidade dessas caixas de som pelos ambientes. Podemos também ter projetos de sonorizagao para casas de eventos ou espe- téaulos como teatros, boates, inema, Quando a sonorizagao é para atender casas de espeticulos, além dela & ne- cessério também ter um projeto aciistico. O projeto aciistico dimensiona nao s6 © alcance do som, mas também as interferéncias das ondas sonoras que batem fem algum obstaculo e retornam até a fonte emissora ou chegam até a fonte re- ceptora, criando confusées na audicao. Este fendmeno chama-se reverberacao” ou eco, mas nao vamos estuda-lo neste contetido. Em projetos de sonorizac30, vamos somente focar em indicar, nas plantas, os locais onde serdo instalados os equipamentos de som, como a central, as caixas de som e a tubulago do cabea- ‘mento de som, © mOUTO OE WSAGDS EETHEAS ESP _ °. i 26\{ Figs 2- ta cam espe deseraazo Fonte SNA, 13 +1 renpresewtgho UFC DE STAGES PCS D 10.3 DETECCAO DE INCENDIO Os projetos de deteccdo de incéndios s80 rigorosos quanto ao seu dimensio- namento para atender ao que ¢ especificado, como perceber 0 menor foco de incéndio através da fuma¢a ou do calor no ambiente e poder disparar o sinal de alertade incéndio, — => L ~, < 2 Pome Maa a peo cen @ NETO DE MSTALAGOES ELETCAS E ESPECINS i 10.4 SINAL DE TV, ANTENA E CABO Para uma instalacdo de uma TV de uso doméstico, énecessario, antes de qual- ‘quer coisa, ter uma tomada de alimentac3o para poder ligar a TV e, proximo ala, ‘uma caixa para conectar a antena da TV. +1 renpresewtg}o UFC DE STAGES PCS o Gores ERELATOS Representacio de projetos Em um escritorio de uma construtora, que possuia trésfiliais em estados diferentes do Brasil,havia um volume muito grande de projetos, sendo ne- ccessério, em muitos casos, fazer a troca de projetos e informagées. No en- tanto, foi detectado um grande problema: as formas de representacso ard: fica dos projetos. Surgiu a necessidade de se fazer uma uniformizacéo de simbologia, sequindoa norma. Este processo gerou um problema deadap- tagdo, porque um setor teve que ser criado somente para elaborar uma forma de unificar toda a linguagem de representacdo gréfica com estudos minuciosos das normas de representacao grafica, para que 0s projetosndo tivessem nenhum tipo problema com relagdo a legalizacao nos érgaos de prefeituras. Para este setor, a empresa contratou dois técnicos que enten- dessem de projetos elétricos e que sabiam interpretar as normas. Ao final de todo 0 proceso implantado na empresa, os resultados foram analisados pelos supervisores, que diagnosticaram que o investimento neste novo se- tor e na nova forma de representacio grafica da empresa estava valendo a pena, pois comecaram a diminuir os erros de interpretacio de projetos @, consequentemente, 0s erros na obra, que geravam desperdicio e gastos desnecessérios. Dessa forma, a mudanca resultou num melhor rendimento do trabalho e da qualidade. 10.5 SISTEMA DE CONTROLE PATRIMONIAL, CIRCUITO FECHADO DE TV E ALARME DE SEGURANCA Ecomum a wtiizacao de sistemas de circuito de imagens como forma de pro- tecdo do patriménio. Estes projetos de instalagées de cimaras de TV so realiza- dos por técricos, isto porque o posicionamento das cameras depende do que vai oO FROUTO Oe RTHAG IE RETREASEESONS Figun36. Cimerade patio Fi 7 rope de rstase decamers +1 renpresewtg}o UFC DE STAGES PCS DB G vcomeo: Vimos neste capitulo os projetos de instalacoes especials, como telef6ni- cas, sonorizagao, deteccao de incéndio, TV e sistemas de controle predial ‘com as suas representacdes graficas. Observamos que o mais importante {6 que todas as plantas possuam legendas informando a simbologia e que qualquer tipo de instalagdo a ser feita em um prédio ou residéncia tenha lum projeto para informar corretamente como deve ser executada. Materiais e componentes dispositivos de comando, condutores, eletrodutos € acessorios Neste capitulo veremos alguns componentes que constituem um sistema elétrico. Existem iniimeros componentes, mas iremos falar sobre os mais utiizados. Toda instalacéo elétrca deve ser executada com seguranga, uma vez que o iscode um cur- to-cicuito égrande ocasionando um incéndio, prisso 0s componentes devem ser escolhidos, respeitando as exigéncias da norma brasileira para ter a garantia de produto com qualidade. E légico que somente a qualidade dos componentes néo garante a auséncia de curto-crcuito, mas um projeto bem dimensionado evita problemas como sobrecarga nas instalacdes. oO nano TACOS ETHEAS EGP 11.1 DISJUNTORES: ‘io dispositivos de comando instalados nos quadros gerais e de distribuigdo. 0s disjuntores do quadro geral tém a capacidade maior de amperagem. Eles 800s que primeiro recebem alinha deta da rede piblica, para depois distribui-a para o quadro de distribuicéo, onde esto 0s disjuntores dos circuitos. 0s disjuntores,além de disjuntor de comando, também servem como compo- entes de protecéo. Isto porque os disjuntores tém 0 mecanismo de mola que, ‘quando ele aquece por causa de uma sobrecarga, dispara, cortando 0 circuito e protegendo a fiacio € 0 equipamentos deste circuito. O disjuntor geral também ‘tem a fungéo de proteger o sistema elétrico todo. Fur 3 ures Fore WHEMEDIACOWMONS, 208 20162012 pea). Como se observa na figura anterior, temos disjuntores monofasico, bifésico e trifésico. A utilizagao do disjuntor vai depender exclusivamente do projeto elétri- o. gua39: Osho: mereadosmun gad octe SA, 18 1 WerAS couroRNTESDsPosTHOS DE cOMNDD, COHOUTORES,ETROOUOS ASSAD o Fh ula yuato- Obheorde chav ago Fontes4A, 200 11.2 INTERRUPTORES Osiinterruptores s80 todos os comandos que acionam algum equipamento do circuito como lampadas. urs erat siges Fone NAL Existem interruptores que podem funcionar em paralelo com outto interrup- tor, 0 qual chamamos three-way, ¢ existem intertuptores que possuem a capaci- dade de controlar a quantidade de carga para acionar um equipamento, como os interruptores com dimmer da figura a seguir. © MOTO OC MSTHAG IES ELTREASESIEONS, *coRRUGADO: (Com varias ondulacoes. gua eempeacomdrinet oct Sha 18 Existem interruptores simples, com apenas uma acionamento, ou miltiplo, ‘com mais de um acionamento. Também existem interruptores que vém com uma tomada. scans 11.3 CONDUTORES ‘Si0 05 cabos ou fios que usamos para conduzir a eletricidade até 0s compo- entes. 0s cabos utilizados nas instalacdes elétricas residenciais e prediais sio de co- bre revestido com PVC para protecéo, ‘Temos dois tipos de condutores mais utilizados nas instalacOes prediais. O fio, rigido € um Unico fio de cobre revestido para evitar perda de carga e também protecdo contra curto-circuito. Este fio possula instalagao mais complicada por se tratar de um condutor que ndo apresenta tanta flexibilidade, principalmente na hora de passar este cabo por dentro das tubulagdes, nas quais sempre ha curvas .e, quando estas curvas no so suaves,ofio acaba ficando preso e dificil de passar. 1 WerAS couromNTEsOsPosTHOS DE COMO, COHOUTORES,AETROOUOS ASSN D Ha também 05 cabos flexiveis, de cobre e compostos por varios fios de cobre rmenores enroscados, formando um s6 cabo. € revestido para protegio contra curto-crcuitoe para manter todos 0s fos unidos. ww Nas instalacbes, existem outros tipos de condutores. € 0 caso do condutor para telefonia, que é um fio composto de cobre e zinco e que, por isso, tem a cor mais clara, Onn Srreenrai rere LN Seto ey ess I eno estiver especificado no projet 11.4 ELETRODUTOS ‘S80 os tubos por onde passam os cabos ou 0s fos. Através dos eletrodutos os. ‘cabos so conduzidos por todo o prédio. Eles conduzem os cabos inicialmente do quadro geral até a caixa de distribuicSo dentro do prédio, e da caixa de dit (Bo até as tomadas, os pontos de luz e os interruptores. ibui- Podemos ter eletrodutos rigidos eflexiveis. Eletrodutos Rigidos: s30 aqueles tubos de PVC de cor preta, usados para a istribuigao geral, ou seja, do quadro geral até a caixa de distribuic3o, porque os fios s30 mais grossos e apresentam mais dificuldade para deslizar no interior de um eletroduto flexivel corrugado’ @ molTO Oc STAGES ELTMCASEESHEONS Figuads- erode Eletroduto flexivel corrugado: & muito usado nas instalagGes predials pela sua facilidade de manuseio, Geralmente, o encontramos no mercado na cor ama- rela, mas pode ser de outras cores. Como eletroduto flexivel corrugado a instalaco fica mais facil eelimina cone- xGes como joelhos e curvas para fazer as mudangas de caminhos. ‘Uma desvantagem é que, pelo fato de serem corrugados, eles difcultam a pas- sagemde cabos quando so muitos por um eletroduto 56. an “LU. 1 WerAS couromNTEsOsPosTHOS DE COMO, COHOUTORES,AETROOUOS ASSN D Ceres ERELATOS Instalagao elétrica [A enhora Helena possuia uma casa de veraneio e decidiu fazer uma refor- ma para ampliar a casa e poder receber os fihos e amigos no periodo de vveraneio, mas por se tratar de uma casa de veraneio, Helena achou quendo deveria investir muito dinheiro na compra dos materials elétricos, princ palmente porque io itens muito caros na construcéo. Noentanto, sua ha Cecilia que fzia 0 curso técnico em edificacées aprendeu com o professor de instalagdes elétricas que a utiizacéo de materiais de bos qualidade e dentro do especificado pela norma era uma garantia de um projeto sem problemas no futuro se este tiver sido feito corretamente. Entio Cecilia argumentou com a mde e conseguiu convencé-la a comprar um produto maisconfiével.€ claro que Helena percebeu que a compra rsultou num or- ‘gamento maior do que o previsto. Mas na hora da compra ela pode compa far 0s produtos e, mesmo sendo leiga no assunto, percebeu a diferenca do material. Chegando a casa, ela comentou com Cecilia sobre essa diferenca «, finalmente, entendeu o motivo pelo qual as instalacdes antigas deram tanto problema, Portanto, nunca mais pensaré em economia sem critéios. 11.5 ACESSORIOS Quadro geral Caixa onde acoplamos os disjuntores gerals da instalagao. Ficam situados pro- ximos & entrada da edificagio, geralmente, em drea externa parafaciltarainstala- «80 por parte das companhias fornecedoras de energia. Nestes quadros também 80 feitos aterramentos como medidas de protecéo para toda ainstalacéo. @ FROUTO Oe RTHAG IE RETREASEESONS Figur 4 ogra irae Fonte S918 11.6 QUADRO DE DISTRIBUICAO ‘Séo quadros menores que ficam embutidos na parede dentro da residéncia, 1no local mais préximo a entrada, de acesso facil, de onde possam sai as fiacoes pelo menor caminho até os comodos. Nestes quadros ficam instalados os disjun- tores que protegem os circuitos da residéncia. ve ius te deter Torte SA, 18 1 WerAS couromNTEsOsPosTHOS DE COMO, COHOUTORES,AETROOUOS ASSN B 11.7 CAIXAS DE PASSAGEM. ‘Sao caixas de tamanho 4x4” instaladas nas paredes, geralmente usadas para fazer alguma mudanga de caminho para afiacao e facilitar também a passagem quando a distancia entre o disjuntor e o ponte elétrico (tomada, interruptor) & muito grande. 11.8 CAIXAS 4X2” E 4x4” Estas cabas sdo usadas para instalacdo de tomadas elétricas,telefone e TV e para interruptores. Sao feitas em PVC e tema caracteristica de serem resistentes a0 fogo. Existem em duas dimens6es: a 4x4", que também é usada como caixa de pas- sagem por facilitar 0 manuseio da fiacSo, e a 4x2", mais utilizada para instalagso de tomadas ¢ interruptores. Sempre so usadas embutidas na parede. @ ROTO OE WSAGOS EETHEAS ELSPA Fiqunst- Coase rete Fonte SHA, 12 ‘Temos também as caixas para os pontos de luz no teto, que sao circulares & ccolocadas na laje do comodo, servindo para trazer os cabos e fios até © ponto ‘onde vai ficar a luminéria, 11.9 TOMADAS [As tomadas servem para conectar os cabos de forca dos aparethos. Existem tomadas simples, com apenas uma entrada, e tomada miltipla, com mais de uma entrada. oe ia 2- Tomas Focte S013 1 WerAS couromNTEsOsPosTHOS DE COMO, COHOUTORES,AETROOUOS ASSN D Caso haja uma sobrecarga, a mola dispara desligando cortando 0 circuito & protegendoa fiacéoe/ou equipamentos deste circuito.0 disjuntor geral também tema funcdo de protegero sistema elétrico todo. See ea een at Tear eer aren Ts One aa eat ee erry portar eos benjamins somam as cargas dos equip ocr bea ete pete @ RECAPITULANDO Neste capitulo, vimos os componentes e acessérios que mals so usados nas instalacoes elétricas prediais; vimos para que servem e suas caracter's: ticas, como disjuntores que servem para protec3o do circuito ou da insta lagdo inteira, 0s intertuptores que servem para ligar a luz, as tomadas ne- ccessérias para fomecer energia, 0s fios e cabos sem os quais 0 projeto nao, funciona e 0s acessérios que compéem toda a instalacSo elétrica. Normas e legislagdes aplicaveis Temos 0 catélogo brasileiro de normas, conhecido como ABNT - sigla para definir Associa- (0 Brasileira de Normas Técnicas - que determina todos os parametros de tudo que é produ- Zido no pais, oferecendo as caracteristicas destes produtos e garantindo a qualidade deles. Nos projetos elétricos, a ABNT no deixou de existir, pelo contrério, ela determina como pproceder para o dimensionamento e especificacao dos projetos e de sua execucéo. eee tes @O. fea eet eanerauasites terres I ree ne eer Ty Temos trés normas que nos dio as orientacdes, estabelecendo pardmetros para serem ri- ‘gorosamente seguidos: a) NBR 5410~ instalagdes elétricas de baixa tensdo: esta norma determina todos 0s con-

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