PEÇA A VITÓRIA RÉGIA

Narrador: Diz a lenda que a Lua conhecida como Jaci era um deus que
namorava as mais lindas jovens índias e sempre que se escondia, escolhia e
levava algumas moças consigo. Em uma aldeia indígena, havia uma linda jovem,
a guerreira Naiá, que sonhava com a Lua e mal podia esperar o dia em que o
deus iria chamá-la. Os índios mais experientes alertavam Naiá.

Índio 1: Naiá, quando a Lua leva uma moça, essa jovem deixa a forma humana
e vira uma estrela no céu.

Índio 2: É verdade Naiá, tome cuidado!

Naiá: Não me importo, eu amo a lua e quero ficar com ela!

Índio 3: Naiá coma um pouco e tome água, faz dias que você não se alimenta!

Naiá: Eu não quero nada, quero apenar ficar apenas admirando a lua!

Narrador: À noite, Naiá saía pela floresta soluçando e chamando pelo amor do
deus Lua.

Naiá: Cadê a lua? Preciso chegar até ela!

Índio 4: Naiá fique aqui, não vá!

Naiá: Eu preciso chegar até a lua, porque ela não se aproxima de mim?

Narrador: Quando não tinha luar, ela ficava triste e sozinha. Eles até tentavam.

Índio 5: Venha Naiá ficar com a gente?

Naiá: Eu não quero! Quero ficar esperando a lua voltar

Narrador: Numa noite em que o luar estava muito bonito, a moça chegou à
beira de um lago, viu a lua refletida no meio das águas e acreditou que o deus
havia descido do céu para se banhar ali.

Naiá: Olha! Ali está lua! Estava te procurando, nunca tinha chegado tão perto de
você!

Narrador: Emocionada, Naiá jogou-se no lago, na direção em que via sua

paixão. (Naiá pula no lago). Quando percebeu que aquilo fora uma ilusão, tentou
voltar, porém não conseguiu e morreu afogada.

Narrador: Comovido por tanto amor, a lua disse:

Lua: Pobre índia, como estava enganada. Jamais poderia se torna uma estrela!
Que fim triste. Mas, vou fazer melhor e ela será linda.

Narradora: Então fez com que surgisse uma folha enorme verde na superfície
do rio e brotou uma linda flor. Ele transformuo-a em uma estrela diferente: Naiá
virou uma linda vitória-régia, a “estrela das águas”.