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É PRECISO DEIXAR IR

Sempre como frutos da reflexão firmada na experiência buscam respostas, para


questões filosóficas e também para os pequenos devaneios. Estou convencido que a
maioria do nosso sofrimento tem como base o apego. A amplitude desse pensamento
é tão vasta que se aplica a tudo, quase como uma lei, um princípio observável em
tudo!

A morte, os amores, as paixões, encerram bem o que estou afirmando.

Quando morre alguém que nos é caro, sofremos! A ideia de separação permanente é
um tormento, mesmo para aqueles que se alimentam de esperanças, da fé num
reencontro, mesmo estes sofrem a ausência física. O fato de não se ter a satisfação dos
sentidos físicos faz sofrer!

O amor, sentimento sagrado em nós como uma forma de veneração, uma paixão como
causa, ao qual nos entregamos, guarda o desejo de termos o objeto de nosso querer
conosco.

Em nós essa é a harmonia, mas quando por algum motivo ocorre uma contrariedade,
algo que se oponha ao nosso querer, o desequilíbrio se faz presente e se inicia um
efeito em cadeia, contexto geralmente chamado de sofrimento.

O desapego então seria a aceitação branda e pacífica diante do querer ter, diante da
posse. Dessa forma, o medo não ocorre e o resultado é o não sofrimento. Tomando
isso como princípio, fica claro que não devemos nos apegar a nada e a ninguém, aqui o
apego é fruto da nossa incapacidade de ver que somos breves, passageiros e finitos, é
o próprio sofrimento em si.

Devemos deixar os que amamos irem, seja porque a morte foi a fatalidade, seja
porque os caminhos que a vida apresentou são diferentes do nosso querer. O ente
querido que se foi, o grande amor, que agora nos deixa para ir noutra direção.

Achamos que perdemos, mas não é perda! Não podemos perder o que nunca nos
pertenceu verdadeiramente. Não entender isso é se precipitar nos erros do mundo.

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