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Mulher mordida por cobra morre após buscar

socorro em três hospitais


A mulher procurou socorro em hospitais de Franca, interior
de São Paulo.
Conselho de Medicina abriu sindicância para apurar
omissão de socorro.
Edição do dia 10/11/2016
10/11/2016 14h13 - Atualizado em 11/11/2016 15h07

Mulher mordida por cobra morre


após buscar socorro em três
hospitais
A mulher procurou socorro em hospitais de Franca, interior de São Paulo.
Conselho de Medicina abriu sindicância para apurar omissão de socorro.
Dirceu MartinsRibeirão Preto, SP

O Conselho Regional de Medicina de Franca, interior de São Paulo, abriu nessa quinta-feira
(10) uma sindicância para apurar denúncia de omissão de socorro a uma mulher que foi picada
por uma cobra. Ela morreu de hemorragia.
O juiz aposentado Milton de Almeida conta que a mulher dele, a advogada Maria José, de 69
anos, foi picada por uma cobra jararaca no sitio do casal. Foi aí que começou a longa
peregrinação do casal.
O primeiro destino foi a Santa Casa de Franca, que atende pelo SUS. Lá, segundo o juiz, a
atendente disse que o atendimento com soro antiofídico não poderia ser feito porque o casal tinha
plano de saúde. Ele diz que a Santa Caso os orientou a procurar o Hospital do Coração, que teria
mais condições para fazer o atendimento. Ao chegar lá, a segunda surpresa: o hospital não tem
soro antiofídico.
Milton, então, levou a mulher até o Pronto Socorro Municipal, que também não tinha o soro.
Com o tempo passando, o quadro de saúde da mulher foi piorando.
Uma pesquisa do Instituto Butantã, em São Paulo, mostra que uma proteína chamada jararagina,
presente no veneno da jararaca, se acumula no sangue e provoca hemorragia. Segundo o biólogo,
o veneno da jararaca mata dependendo da região em que foi a picada, da quantidade de veneno e
do estado de saúde da pessoa.
Desesperado, Milton voltou à Santa Casa: “Quando voltamos ao hospital deu-se uma nova
versão: que ela não foi recebida porque não havia vaga no hospital. Essa foi a versão final
quando ela veio a receber o soro”.
A direção da Santa Casa se nega a falar sobre o caso. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde
disse que a Santa Casa orientou o casal a procurar o Hospital do Coração, porque lá teria vaga e
melhores condições operacionais naquele momento. A Secretaria só não explicou porque a
mulher foi orientada a procurar um hospital onde, sabidamente, não havia soro.
A polícia também está investigando se houve omissão de socorro. “Todos os hospitais que ela
passou vão ser investigados, mas imagino que a conduta um pouco mais omissa foi no primeiro
momento, em que foi na Santa Casa, porque os demais hospitais não tinham o soro para ser
aplicado”, afirma Luis Carlos da Silva, delegado de Polícia Civil.
O Ministério da Saúde informou, por nota, que os hospitais que atendem pelo SUS não podem
negar atendimento médico, mesmo que a pessoa tenha plano de saúde.
(http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/11/mulher-mordida-por-cobra-morre-apos-buscar-
socorro-em-3-hospitais.html)
28/01/2013 19h42 - Atualizado em 22/03/2013 10h01

Tragédia em boate no RS: o que já


se sabe e as perguntas a responder
Incêndio na casa noturna de Santa Maria em 27 de janeiro matou 241.
Responsabilidade sobre alvará é um dos principais pontos a esclarecer.

Ao longo de mais de 50 dias de investigação sobre o incêndio que


atingiu a Boate Kiss na madrugada do dia 27 de janeiro, vários
pontos foram esclarecidos. Alguns ainda serão apurados em uma
nova fase de trabalhos após a entrega do inquérito, marcada para
esta sexta-feira (22). A tragédia matou 241 pessoas.

(Esta reportagem será atualizada ao longo das investigações do caso, conforme surgirem novas
informações e conclusões das equipes de investigação)

Durante toda a investigação, quatro pessoas estiveram presas: os


sócios da Kiss Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann; e os integrantes da banda
Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão.

O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada


Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco
durante um show na festa universitária realizada naquela
madrugada.

De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das


informações divulgadas até o momento por investigadores, é
possível afirmar que:

- O vocalista da banda Gurizada Fandangueira segurou um artefato


pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos no palco durante apresentações
do grupo musical.
- A banda comprou um modelo de sinalizador proibido para ambientes
fechados.
- Pelo menos um extintor de incêndio não funcionou ao ser
manipulado pelo segurança.
- Havia mais público do que a capacidade de 691 lugares apontada
pelos Bombeiros.
- A boate tinha apenas um acesso, para entrada e saída, sem saídas
de emergência.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido desde 10 de
agosto de 2012.
- A perícia concluiu que 100% das mortes dentro da boate
foram causadas por asfixia.
- A boate não teria obedecido o plano de prevenção contra incêndio feito por uma
engenheira.

Origem e causas do incêndio

O que já se sabe: O incêndio começou por volta de 2h30 de 27 de janeiro, durante


apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que contou com efeitos pirotécnicos.
As chamas no teto se alastraram rapidamente devido ao material inflamável usado
como isolamento acústico, o que produziu fumaça preta e tóxica. O fogo foi causado
pelo sinalizador
As versões: Sobreviventes relataram que o incêndio iniciou depois do vocalista ter
segurado um dispositivo pirotécnico no palco. Faíscas atingiram o teto, forrado de
espuma e isopor, e as chamas se espalham rapidamente. O vocalista Marcelo Santos
admitiu em depoimento que segurou uma espécie de sinalizador, mas disse não
acreditar que as faíscas tenham provocado o incêndio

Extintores e equipamentos de controle de


incêndio.
O que já se sabe: Pelo menos um extintor de incêndio foi manipulado quando o
incêndio teve início, mas não funcionou. Os técnicos do Instituto-Geral de
Perícias (IGP) examinaram os equipamentos disponíveis na boate e constataram
que esse extintor falhou quando acionado porque não tinha carga e pressão
suficientes. Outro de um total de cinco extintores também estava com a data de
validade vencida.
As versões: Testemunhas relataram que alguns seguranças tentaram apagar as
chamas no teto da boate com extintores e que os equipamentos não
funcionaram. Segundo o guitarrista Rodrigo Martins, um segurança e o vocalista
da banda tentaram operar o equipamento, que falhou. A boate sustenta que
contava com "todos os equipamentos previsíveis e necessários para o sistema
de proteção e combate contra o incêndio".
Lotação da boate na noite do incêndio.
O que já se sabe: Outra conclusão da perícia confirmou o que a polícia já
suspeitava: a boate estava superlotada. A capacidade do estabelecimento,
segundo os laudos, era de, no máximo, cerca de 750 pessoas. Com base em
depoimentos, provas e número de vítimas e feridos, os delegados estimam que
mais de mil pessoas estavam no interior da Kiss naquela madrugada de domingo.
Versões: Jader Marques, advogado de um dos sócios da boate, disse que foram
impressos 850 convites para a festa e que com 1.000 pessoas a circulação na
boate "é considerada boa". De acordo com investigadores, estavam no local
cerca de 1.300 pessoas. O Corpo de Bombeiros estimou inicialmente o número
de frequentadores em cerca de 1.500.
O que falta ser esclarecido: O número total de pessoas que estava dentro da boate
na noite ainda é desconhecido.

Saídas de emergência e sinalização da


boate.

A boate tinha apenas um acesso, usado tanto para


O que já se sabe:
entrada quanto para saída de pessoas, com porta de tamanho
reduzido. Não havia saídas de emergência. A porta, quando
totalmente aberta, chegava a uma largura de 3 metros.
Os sistemas de ar condicionado e de exaustão também
contribuíram para o grande número de mortes, ao propagarem
rapidamente a fumaça tóxica em vez de dissipá-la. De acordo
com a perícia, os dutos de ar da casa noturna operavam de forma
ineficiente e ainda estavam parcialmente obstruídos por janelas
basculantes, impedindo que parte da fumaça saísse para o
ambiente externo do prédio.

A ausência de uma segunda porta de emergência,


como determinam as normas
técnicas e leis anti-incêndio, e os guarda-corpos posicionados
próximos à saída para organizar a fila de pagamentos das
comandas também foram grandes vilões na tragédia. Os
obstáculos impediram a saída rápida das vítimas, enquanto que a
porta, de largura menor do que a recomendada, atrasou ainda
mais a evacuação.
A perícia de engenharia do local também constatou que faltavam
itens de segurança como chuveiros automáticos para o caso de
incêndio (já que a boate não tinha janelas), e mais luzes de
emergência indicativas do local de saída. Sem enxergar em função da
fumaça, o público acabou se dirigindo para os banheiros, onde a maioria das vítimas foi
encontrada.

As versões:

A boate afirmou que contava com "todos os equipamentos


previsíveis e necessários para o sistema de proteção e combate
contra o incêndio". Segundo major dos Bombeiros, a casa
noturna tinha todas as exigências estabelecidas pela lei. Segundo
a polícia, a saída única está entre os fatores que contribuíram
para que o incêndio deixasse tantas vítimas.Testemunhas
relataram que a boate não possuía sinalização interna e que o
local ficou às escuras logo que o fogo começou, o que dificultou a
saída do público e fez com que muitos frequentadores
acabassem no banheiro, onde morreram asfixiados.

Lotação da boate na noite do incêndio.

O que já se sabe: Outra conclusão da perícia confirmou o que a polícia já suspeitava:


a boate estava superlotada. A capacidade do estabelecimento, segundo os laudos, era
de, no máximo, cerca de 750 pessoas. Com base em depoimentos, provas e número
de vítimas e feridos, os delegados estimam que mais de mil pessoas estavam no
interior da Kiss naquela madrugada de domingo.

Versões: Jader Marques, advogado de um dos sócios da boate, disse que foram
impressos 850 convites para a festa e que com 1.000 pessoas a circulação na boate "é
considerada boa". De acordo com investigadores, estavam no local cerca de 1.300
pessoas. O Corpo de Bombeiros estimou inicialmente o número de frequentadores em
cerca de 1.500.

O que falta ser esclarecido: O número total de pessoas que estava dentro da boate
na noite ainda é desconhecido.
Saídas de emergência e sinalização na
boate.

A boate tinha apenas um acesso, usado tanto para


O que já se sabe:
entrada quanto para saída de pessoas, com porta de tamanho
reduzido. Não havia saídas de emergência. A porta, quando
totalmente aberta, chegava a uma largura de 3 metros.
Os sistemas de ar condicionado e de exaustão também
contribuíram para o grande número de mortes, ao propagarem
rapidamente a fumaça tóxica em vez de dissipá-la. De acordo
com a perícia, os dutos de ar da casa noturna operavam de forma
ineficiente e ainda estavam parcialmente obstruídos por janelas
basculantes, impedindo que parte da fumaça saísse para o
ambiente externo do prédio.

A ausência de uma segunda porta de emergência,


como determinam as normas
técnicas e leis anti-incêndio, e os guarda-corpos posicionados
próximos à saída para organizar a fila de pagamentos das
comandas também foram grandes vilões na tragédia. Os
obstáculos impediram a saída rápida das vítimas, enquanto que a
porta, de largura menor do que a recomendada, atrasou ainda
mais a evacuação.
A perícia de engenharia do local também constatou que faltavam
itens de segurança como chuveiros automáticos para o caso de
incêndio (já que a boate não tinha janelas), e mais luzes de
emergência indicativas do local de saída. Sem enxergar em função da
fumaça, o público acabou se dirigindo para os banheiros, onde a maioria das vítimas foi
encontrada.
A boate afirmou que contava com "todos os
As versões:
equipamentos previsíveis e necessários para o sistema de
proteção e combate contra o incêndio". Segundo major dos
Bombeiros, a casa noturna tinha todas as exigências
estabelecidas pela lei. Segundo a polícia, a saída única está entre
os fatores que contribuíram para que o incêndio deixasse tantas
vítimas.Testemunhas relataram que a boate não possuía
sinalização interna e que o local ficou às escuras logo que o fogo
começou, o que dificultou a saída do público e fez com que
muitos frequentadores acabassem no banheiro, onde morreram
asfixiados. (http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-
sul/noticia/2013/01/tragedia-em-santa-maria-o-que-ja-se-sabe-e-
perguntas-responder.html)
29/11/2016 03h42 - Atualizado em 29/11/2016 18h58

Avião com equipe da Chapecoense


cai na Colômbia e deixa mortos
Unidade de desastres diz que 71 corpos foram resgatados; 6 sobreviveram.
Avião decolou de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) com destino a Medellín.

Um avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín,


na Colômbia, caiu na madrugada desta terça-feira (29) a poucos
quilômetros da cidade colombiana.

O Diretor Geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco e


Desastres colombiana, Carlos Iván Márquez Pérez, disse que as
operações de busca e resgate foram encerradas com o seguinte
balanço: 6 feridos e 71 mortos.

Anteriormente a Aeronáutica Civil havia informado que 72 corpos


foram resgatados, mas o órgão já corrigiu a informação para 71.
Os corpos serão levados para uma base da Força Aérea, de onde
seguirão para o Instituto Médico Legal de Medellín.

Seis pessoas foram resgatadas com vida e estão no hospital: os


jogadores Alan Ruschel, Neto e Follmann, o jornalista Rafael Henzel, o
técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo
Ximena Suarez. O goleiro Danilo também tinha sido resgatado
com vida, mas morreu no hospital.

O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra,


na Bolívia, com destino a Medellín com a delegação do time,
jornalistas e convidados. Segundo as autoridades colombianas, a
lista do voo tinha 81 nomes: 72 passageiros e 9 tripulantes.

No entanto, a relação inclui quatro pessoasque não embarcaram e estão


vivas. Não há confirmação se outras pessoas embarcaram no
lugar delas. Seis funcionários da Fox Sports, entre eles o ex-jogador e
comentarista Mário Sérgio, estavam no avião.

foram encontradas. As autoridades


As duas caixas-pretas da aeronave
britânicas anunciaram o envio à Colômbia de três investigadores
para analisar a cena do acidente – o avião da companhia
boliviana LaMia foi fabricado pela British Aerospace.

O vice-presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, disse que um


grupo de médicos embarca nesta terça para Medellín para
identificar os corpos, que devem ser liberados a partir de quinta-
feira (1º). Segundo ele, há intenção de fazer um velório coletivo
no estádio do time em Chapecó.

são:

- Goleiros: Danilo e Follmann;


- Laterais: Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo;
- Zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto;
- Volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco;
- Meias: Cleber Santana e Arthur Maia;
- Atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno
Rangel e Canela.

O acidente
O voo que transportava a equipe da Chapecoense partiu na noite
de segunda-feira de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em
direção a Medellín. Em coletiva de imprensa, Julio César Varela,
da Direção Geral de Aeronáutica Civil boliviana, disse que o avião
decolou em "perfeitas condições".

Segundo a imprensa local, a aeronave perdeu contato com a


torre de controle às 22h15 (1h15 na hora de Brasília), entre as
cidades de La Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do
Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.

O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do


aeroporto informaram que a aeronave se declarou em
emergência por falha técnica às 22h (local) entre as cidades de
Ceja e La Unión.

O diretor da Aeronáutica Civil, Alfredo Bocanegra, explicou à


Rádio Nacional da Colômbia que, embora chovesse e houvesse
neblina na região, o aeroporto Rionegro estava operando
normalmente. Segundo ele, aparentemente foram falhas elétricas
que causaram o acidente. O piloto relatou problemas à torre de
controle do aeroporto de Santa Cruz, na Bolívia.

Mais cedo, a imprensa colombiana chegou a cogitar como causa


a falta de combustível, mas também informou que o piloto
despejou combustível após perceber que o avião iria cair.
(http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/11/aviao-com-equipe-da-
chapecoense-sofre-acidente-na-colombia.html)

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