Você está na página 1de 231
Miguel Carlos Madeira Anatomia da Face BASES ANATOMOFUNCIONAIS PARA A PRATICA ODONTOLOGICA ae 68 edicdo < | e ye \* Ss oy Introdugao ao estudo da face Cranio Anatomia aplicada do cranio Muisculos da face Articulagao temporomandibular Boca iSarvien Vascularizagao sangiifnea e linfatica da face Nervos da face sentacao da 6* edicao Desde 2004, quace todos os capitulos desta obra est3o incorpora- dos ao livro “Anatomia facial com fundamentos de anatomia sis- témica geral” (Edit. Sarvier, S80 Paulo), redigido por mim em parceria com o Prof. Roelf J. Cruz Rizzolo, {A inten era continuar a oferecer uma anatomia especifica da face, porém acrescida de nocées de anatomia humana geral, como se fossem dois compéndios em um s6. A justificativa era que a unido desses assuntos correspondia ao contetio total da iscipli- za de Anatomia, do curso de Oxtontoiogia. Apesar de mais com- pleto, continuaria ¢ ser um livro apenas, © que traria vantagem econdimica na sua aquisigo, Realmente, “para uma boa formacio em Anatomia odontoldgica, deve-se dar atengao especial ao estudo da face, mas também & preciso obter um conhecimento, pelo menos bésico, de todo 0 cor- po humano”, ‘Mas, como uma parcela cos leitores,tais come alunos de cursos de ‘specilizagao, interessa-se apenas por uma publiensio especfica sobre @ face, sate livro “Anatomia da face” continua 2 ser editado. Foi feito um especial esforgo para simplificar esta 6 edi, a fim ‘de oferocer mais objetividade e manter as condlcdes de compra Para tanto, como principal modificagio, foram excluiclos os sete textos de estude dirigido, sob a denominacio “Saiba mais sobre 0 viscerccrinio..sobre misculos ceflicos..sobre ATM ete.”, que e tavam induidos no “Apéndice” Mas, como esses textos abrangem assuntos fundamentals e per- rnitem aa leitor re-estudar e avaliar seu aproveitamento n0 es tudo, por conta propria, eles nao peciem simplesmente ser ex- cluidos, Devido a sua importincia, passaram a constar do site 1wwwaanatomiafacial.cam e podem ser achados, sob 05 mesmos titulos, no link “Aprendendo Anatomia” e, a seguir, “Estudo diri- sido”, Os testes de auto-avaliacio (avaliagao formativa) nos finais dos capitulos, que j faziam parte da 5 edicio, permanecer. Na “Apresentacio” da edicéo precedente havia um texto dirigi- «do aos estucanies, sob a forma de recomendagoes, que compu rnham um cédigo de comportamento do estudante no estudo, no relacionamento interpessoal e na vida universtiri, Esse texto foi modificado, ampliado, e hoje também faz parte do ‘mesmo sie wwuzanatomiafacialcom, podendo ser encontrado sob 0 titulo “Recado aos alunos ingressantes” no link “Aprendendo anatomia’ ¢, a seguir, “Reflexdes sobre echucagio universitiria” Outros texts, dirigitos a alunos e professors, podem ser encontratos tno mesmo lint. Um deles, “A nocien culture de cla na escola”, versa sobre o arificio de colar durante as avaliagdes escolar. Esse texto ad- verte sobre pritics itictas, ao simular situegdes possivis, de mancira ‘muito peculiar. Ao destacar 0 valor de ética como necessidade incontes- fe, insta 06 alunos a fazerem wm esforo inteligente tendo em vista 0 ‘ulti de bons hibitose 0 reconhecimento da consciémcia de sew valor € dle suas possibildades, Encomtram:se no mesmo link “Aprendendo anatomia” (*Reflecdes cducagio universtéra”) do site wioxtanatontafacal.com, 0s textos _guintes: “Ensino, pesquisa, extensio'",“Rflestes sobre Educa dent fra da sola de aula)”, “O ensino da Anatomia e suas dfculdades” ~ em duns ports -, “Modelo de plano de ensino de Anatomia para cursos Odentelogia”, “Os dots lados da uule expostia,” “Avaliagan dicen (aspectos pratcos da verficagdo do rentimeru escolar)”, “Estuio dirigi- to” €"O porque de ser bom profesor” Os cinco primeira textos ctados referemesee reflexes sobre aE = como condigto vital para o progress do pas - sobre o pape do sor na escola efor dea, especifcament, dentro do esino da nia, com conceituagiese parcceres sobre algunas priticas decentes, ‘A redago sobre a aula expositioa ponders as critics que ea tem io pela sua propalada wefcieucta , ao contrivi, procura valorizé como estratégia de aprendizagem. Ao ténmino sto indicados véras cedimentos para o aprimoramento desse meio de ensino A “acvliagao discente” aborda iniciaimente e avaliagto diagnéstica, q € fembrada como une necessidade, Mas « maior parte do texto refere 2 avalingd semative, em Anatomia odantoligica. Virios exemplos como formular quesibes so ofereidos. Em “Estudo divigido”,elgumas mndalidades sto mostrades por mee cexemplos, ra fret de Anatontia para dentistas. Sao rotires de wm ests ‘do edicional ou complementay preparados de antemit, que propen ‘maneina de entender, recordar econsolidar wm asswnto que i foi est do (recém estudado, de prejeréncia). No mais,o “Anatomia da face” mostra ndo ter perdido sua tidade, nom se desviado de seu projeto inicial de incorporar Anatomia ao contexto da Odontologia. ‘A redagdo mantém-se de acordo com a “Terminologia Anatémic Internacional”, da Federagio Internacional de Associacses dé ‘Anatomistas, traduzida por uma comissio da Sociedade ra de Anatomia, como néo poderia deixar de ser. Os termos tantes do Glossfrio foram destacados ao longo do texto median a utilizagio de um asteriso (") Este livro tem utilidade comprovada para alunos de gra mas ¢ também ofereciclo a profissionais da rea da satide, q fregtientemente necessitam de recordagio e reciclagem. Sew teudo esta sujet a atualizagoes e corresoes, que esses profi nals, notadamente os colegas professores, certamente propor para scu constante aprimoramento. E o que deseo. MIGUEL CARLOS MADEIRA e-mail: madeira@anatomiafacial.com ‘memadeir@terra.com.be Contetido CAPITULO I~ Introdugao ao estudo da face A face CAPITULO? Crinio Vistas do erinio .. Topografia dentoalveolar® ‘CARTULO $~ Anatomia aplicada do cranio ‘Anatomia radiogratica do crario ‘Biomecanica do esqueleto facial... Fraturas do esqueleto facial Moxilares desdentados.o.. Anatomia & implantodontia® Aspectos sexuais,etérios e antropométricos do cranio SESSESY Bow CAPITULO 4 Muisculos da face Musculos da expressio facial Expresso f2€1al evn Musculos da mastigacao.. Musculos supra-hisideos Miisculos da lingua non Misculos do palate... ‘CAPITULO 5 Axticulagio temporomandibular 1 ‘A articulagao temporomandibular (ATM)... 103 Dinimica da ATM... — Posigées e movimentos da mandibul uu Desordens temporomandibulares” 47 cAriTULO «Boca 123 ‘A boca - 125, A lingua ea As glindulas salivares. cones 138 Consideragies anatémicas sobre propagacées de infecgies odontogénicas® so... Ww CAPITULO 7~ Vascularizacio sangilinea e linfética da face 153 ‘A artéria carStida externa € seus ramos... Drenagem linfética® - © Horécio Paig Leite ® Paulo Sérgio Perri de Carvalho ® Alicio R. Garcia '© Miguel Carlos Madeira e Roelf J. Cruz Rizzolo ® Ariovaldo Antonio Martins ea OBJETIVO | Discutir generalidades sobre a face, considerando aspectos filo- enéticos, morfologicos e antropol6gicos # A face “A face serve para: 1) orientagio no espago, 2) detecgdo de fontes de energia (alimento),3) orientagio do animal A fonte de energia, 4) captura de energia, 5) comunicacao (0 homem).” FLL. Du Brul 'Nos animais, a cabesa é 0 principal érgao de prensa, de defesa cedeataque, Modificagées filogencticas, contudo, fizeram com que no ser humano a cabeya passasse a ter a fungio de recepcio de alimento ear e se tornesse o centro das emogdes da faa. Neste capitulo da evolucio biolbgica, o grande evento &a postu- ra ereta, que traz consigo uma série de modificacoes ou rearran- jen somiticos. Para se adaptar & esa posture, © erinio ficou mais alto ¢ mais curto, Assim, quase exférico, melhor se oquilibra sobre ‘a coluna vertebral, som a necessidade de uma musculatura nucal ‘muito possanie. A evohigio do encéfalo concomitante com a re- dugio da face tomou possivel a visio estereoscépica. A visio me- Ihorada faciitou a coordenacdo dos movimentos nas extremida- des. O homem, entao, usando as maos na defesa e ataque e no preparo de ferramentase de seus alimentos, dispensow as exigén- cias de maxilares robusios, ibertando assim o crinio de forte pres- sio muscular. Dessa maneira, as modificacées do aparelho masti- gador referem-se a um pequeno desenvolvimento des maxilares de seus misculos, combinado com a reducio do nimero ¢ ta- manho dos dentes. Na face, desenvelvem-se 08 misculos da expresso facial, carac- teristicos do mamifero, Do peixe ao réptil (sem tecido muscular entre a citis €08 08s0s do cranio), as expressoes facais sao limita- «las 8 abertura.e 00 fechamento da boca e dos olhios No homem, a ‘movimentagio da pele da face aleanga alta hierarquia, permitin- lo a exteriorizacio das emocées e sentimentos, com grande varie- dade de detalhes. O resultado das expresses habituais do indivi- duo, transmitidas a face para espelhar seus estados animicos, € 0 que se define como fisionomia. E a imagem real do individuo, dada pela relacao de sua personalidade (imagem interna) com sua eparéncia fisica (imagem externa, as quais,sjustadas, se apro- imam da unidade, ‘Dest forma, a face representa a pessoa toda! Eta atrai nossa atengio desde que somos bebés e continua a nos fascinar por toda a vida, F natural, portanto, que nela se concen- ‘rem os maiores esforges de promogao € conservagio de sua este- fica e beleza. Vordladeiros milagres sio produzides para tornar uma face estética (distrbuicao proporcional, harminica e combi- nada de suas formagdes anatimicas superficiais) e bela (resulta- do de tuma estética ¢ de uma sa personalidade refletida). (O dentista tem papel preponderante na manutencdo da estética facial, visto que a normalidade dos arcos* dentais e dos maxila- res" € essencial & harmonia e ao equilibrio das linhas da face. O interesse do dentista pela face refere-se também a observagto <1 teriosa, que pode revelar certas condigoes orientadoras do diag- néstico. Em medicina ¢ elemento importante para 0 diagnéstico de muitas doengas. Quanto d morfologiat, a» variadas formas de contomo da face ke ‘varam Asua classificagio em quadrada, ovidee triangular.O dente 3 incisive central superior tem seu contomo correspondente a es- sas formas geométricas fundamentais para uma face harmoniosa. © contomo da face é afetado por variagies no desenvolvimento" sscular, proeminéncia da glandula parstida e distribuicio da gordura subcutinea, Os tragos faciais 880 adquiridos por hereditariedade. Pacem, na- turalmente, mais tarde, ser reforcados ou enfraquecidos pelo uso ‘ou ndo-uso, Somente orelevo da pele éadquirido individualmente. ‘A cor da pele depende sobretudo do agrupamento de pigmentos presentes, da espessura da epiderme e da circulagio, Nos bran- 0s, epiderme espessa: cor amarelada e que aumenta com a ida- de; delgada: tom réseo, devico acs vas0s do oSrio. Nos negros, # ‘quantidace do pigmento é maior & 0 fluxo de sangue provocado pelo frio ou por extitaedo ps{quica toma a pele baga. Neles, a dimi- nuigao do afluxo sangiiinco ou na presenga de anemia (palidez nos ‘brancos) pe em evidéncia a cor da pele (fiea mais escura), 0s artistas coplam muito @ face, resullando dat a necessidade do conhecimento da anatomia* ¢ de normas de proporsio ou cdnones naturais (dais). Um dos critérios estéticos facia fun- damentais € 0 que divide a face em trés segmentos iguais: do ni vel de implantacio dos eabelos ao nivel das sobrancelhas (fron- 4e); desse nivel até base do nariz; e da base do nariz & base da mandibula, no mento, O espaco entre os dois angulos mediais* dos olhos deve ser igual a largura de cada fenda palpebral e 2 largura da base do naz. A altura do nariz deve ser igual ao com primento da sima da boca, Mas nao ha face verdadeiramente simeétrica. O que hi € uma essi- imetria normal, com 3 metades direta e esquenta ligeiramente diferentes. Os artista estio ciontos de que essa variagSo normal & hecesséria para dar vida As suas pinturas. Dizem que uma face perfeita & monétona e inexpressiva, como as imagens em cera nos museus. Por ser a face altamente valorizada como 0 segmento corpéreo mais representativo da pessoa e como centro das atengies para tuma busca estética a sua alteracao com a chegada da velhice traz Jntimeras preocupacoes. Mas é a deformacio ou desfiguracao fa- cial que faz 0 individuio reagir com um profundo sentimento de dor, medo € ansiedade, relacionado com o grau de afetividade reprimida dentro de si, Esse trauma pode levar a depressao, mar- sinalizagio e alionacio social Resta agora uma indagasio. Podem-se prever modificasSes para «face husmana do futuro? Efetivamente, nds ndo somes os representantes de um estigio fi nal de evolugto, Os estidos stgerem fortemente que a face tende ‘se modificar mais e mais, A reducao gradativa sofrida pelo apa- relho* mastigador devers continuar ainda. Hé evidéncias de que 0s dentes terceiro molar ¢ incisivo lateral superior ido desapare- cer. A Antropologia® jf demonstrou que ha apenas mil anos (um breve lapso de tempo) a face dos ingleses era mais larga no seg- ‘mento respiratério (talvez isso dependlesse de uma maior vida no campo, a0 ar livre). Agora, se as teneléncias presentes continua- rom, o homem do futuira ters maxilares menores ¢ sta capacida- de encefélica seré, em média, maior. OBJETIVOS 1 Reconhecer os 03808 do crénio, analisando sua forma, tamanho, -nvimero, tipo morfolégico e posicio HIdentificar os acidentes (de- talhes) anat8micos do erinio nas vistas anterior, superior, lateral, ‘posterior, inferior, interior © medial § Descrever, detalhadamente, ‘maxila e mandibula dentadas, com todos os seus acidentes anatd- _icos | Desenhar 0 contorno ¢ as porgdes formaddoras da mandi ula e da maxila, com riqueza de detalhes I Citar os elementos (erterias, veias, nervos, glandulas) que passam através de fora- _mes e canais do crénio e que se situam em fossas e sulcos # Anal sar detalhadamentea topografia dentoalveolarna maxila ena man- dibula, justficanco seu significado ou aplicabilidade ¥ Responder ‘corretamente aos Testes 1, 2 ¢ 3 1 Desenvolver 0 estudo dirigido “Viscerocrinio” 1 Vistas do cranio O cranio em geral Constit-o esqueleto da cabesa e pode ser dividido em viscero- crinio* ¢ neurocrinio*. (0 viscerocrinio corresponde & face € nele extdo situados 5 6 sos dos sentidos ¢ inicio das sistemas" cligestério e respirats- Fo, Eformado por 14 oss0s irtegulares unidos entre si por aticu lacdes fibrosas (suturas"), com excecio da mandibula que é mével ese liga a cranio por uma articulagio sinovial (de amplos movi- ‘mentos), Além da mandibala, os demais oss0s do visceroctanio so: duas maxilas, dots zigomaticos, dots palatinos, dois nasals, dduas conchas nasasinferiores, dois lacrimais e um vomer. Todos fesees 05908 se articulam com as masilas, que vem a constituir as- sim a porgio mais central e importante do esquoleto facial (© neurocrinio ¢ formado por oito osses planos ¢imegulares rigi- lamente unidos entre si por meio de sutras. Sao eles: dois tempo- ‘is, dois parietas, um frontal, um occipital, um esfendide e um. ctméide, Arrajam-se de a forma a constituir uma grande cavida- dde* ~cavidade doerinio ~ na qual se alojao encéfalo. A parte mais, alia do neurocenio & conhecida como calvéria (calota craniana) & pode ser obtida seccionando-se o crinio transversaimente, tendo ‘Como referéncias a gabela e a protuberdncia occipital externa. Os ‘ossos que compoem a calvériaconsistem de das laminas de subs- ‘ncla compacia ~ laminas externa e interna - que encerram uma ccamada de substincia caponjose, que no erinio & conhecida por diploe. 4 lamina interna, por ser muito mais frgil que a extema, fratura-se extensamente nos traumatismos, e isto pode provocar rupturas de arérias que se situam entre ela ea dura-mater. ‘A remogio da calvéria expe a cavidade do erinio ¢ deixa ver a base do crinio em seu interior. Fla também pode ser vista por fora, unida ao viseerocrinio ¢ parcialmente encoberta pot ele. A base do crinio coincide com um plano inclinado que secciona 0 crinio na altura dos pontos craniométricos nasio e basio, Ela formada por ossos irregulares e caracterizada pela presenca de ‘varies forames* e canais*, por onde trajetam nervos & vascs, 03 {quais poclem ser lesadles 16> traumatismos cranianos, prineipal- mente raqueles acometics de fraturas. Vista anterior do cranio (norma facial) (Figs. 21,2223) Parao exame do cranio deve-se posicions-lo conforme o plano aurt- culo-rbital, segundo o qual as margens’inéra-orbitas eas margens superiores do poro actstco externo estdo em um plano horizontal. [A descrigio sera feita com os termos no singular, como se estives- se sendo descrita uma das metades (simétricas) do cranio. Pela vista anterior, o tego superior do crinio & earacterizado pelo, ‘sso frontal, do qual se distingue sua parte mais extensa, lisa € con ‘vexa, a escama frontal, que se estende desde 0 vértice do erainio até a 2» 30 scam frontal ‘Arco nperior Giea Margen soprorbial tnesura superba Stra Fontomsxiar Proceso gomisco do frontal Proceso Fort do aomiceo Marge nab! Forme in-aral Fura orb superior ‘Aeatenir do eden Process Font da mala Espnha nail aaror Sep eneo do art Proce sgomatice da mai Process mos de ngomsico Sara igonaucornantir Forme nigeria Fore welsh Emndnca canis Cris igomico-aheotr Renters eerie “obkrelo mentonano Forme mentonar ‘ora ateror co mods mana ‘Anglo da mandbuie as Grbitas e 0s ossos nasal, Sua superficie mostra uma convexiade ‘mais pronunciada acima de cada 6rbita, 0 tiber* frontal. Entre 0 ‘tuber frontal e a Orbita ha uma elevacao linear, romba, curva, 0 arco” superciliar. Eneontram-se ambos os arcos superciliares numa érea mediana* em relevo, a glabela, A agucla margem supra-orbital & interrompica entre seus torgos intermédio* e meclial* pela inciswra? supra-orbital, por vezes transformada em forame’. Entre as rbi tas, 0 osso frontal conecta-se com os ¢ssos nasal (pela sutura® fron: tonasal) e maxila (sutura frontomaxilar). No angulo do dito” da “rbita, formado pelas margens supra-orbitale lateral”, 0 sso fron tal apresenta uma projecdo forte e salient, o processo* zigomatico, que leva este nome por unirse ao oss0 zigomético por melo da su tura frontozigomatica (0 processo do zigemstico que se liga 20 fon: tal se chama processo frontal). A margem péster-lateral do pro- ‘cesso zigomitico inicia-se como uma crista* aguda e, 3 medida que | se prolonga para cima e para tris, vai tomanclose menos saliente ¢ se fransforma na linka* femporal, que alcanca o osso parietal. Figera 2-2 -Vina acerior de ums mint pans 40 crane. 1 Process ronal 3 Procene sel com tendncas sreoares B foen cone 4 Processe ngomasco Figura 23 Vira terior de ura bus sepands fo cin. 1 Cabeg & mands (once) foe meta Proceso abeolr com Prouberines mentors Alem do frontal, 0s ossos que completam o dito da dxbita sao 0 zigomético € a maxila. © primeiro faz 0 contorno ldtere- inferior, ‘8 manila, 0 contorno médio-inferior, Entre ambos, a sutura 2i- gomtico-maxilar & bem distinta na margem infra-orbital, Essa suture, preenchida por tecido fibroso, pode ser distinguida nas essoas como um ressalto que pode set palpado sob a delgada itis dessa drea, Uns 7 ou 8 mm abaixo, perpendicularmente acha-se o forame infra-orbital, A orbita, larga no Adito, vai agu- andorse no funde devido & disposiglo convergente de suns pa- redes. A parede superior (toto) é formada, na sua maior exten- 0, pela parte orbital do frontal, que exibe uma depressio na porcio lateral, a fossa* da glindula lacrimal, A parede lateral é composta pela asa maior do esfendide e porstes dos ossos zigo- miatico e frontal. A parede medial & formada pela lamina orbital do etmoide, lacrimal e porgdes da maxila ¢ esfenoide. A parede Inferior (soalho) € formada pelo zigomético ¢ face orbital da ma- nila, a qual é escavada pelo suleo* © canal* infra-orbital, com 9 10 inicio na fissura* orbital inferior, Tanto esta quanto a fissura orbital superior so fendas alargadas que separam as paredes superior, lateral e inferior e convergem para o funda da 61 [Nesse local, 0 canal éptico é bem visivel. Nele passam 0 nervo, Optica ea artéria oftilmica Medialmente a drbita hi uma extensdo da maxila,o processo fron- tal, que se une ao oss0 nasal pela sutura nayomaxilar. A margem livre do nasal de ambos oF lados inicia 0 contorno superior da abertura piriforme, que 6 completaco nes lados ¢ abaixo pelas ‘maxilas, as quais, em sua unio, delimitam uma saliéncia pontia- guda mediana, a espinha* nasal anterior. A abertura piriforme permite a visto, no interior da cavidade* nasal, do septo* dsseo & das conchas nasais inferior e media. Ao lado da abertura pitiforme, a maxila é cdncava (fossa cani- na) eapresenta o forame infra-onbital, que continu atrés com canal infra-orbital até o sulco infra-orbital, todos percorridos pelo nervo e vasos infra-orbitais, Mais latecalmente, a maxila termina se unindo ao zigomatico por meio de seu proceso zi- gomatico, O zigomatico, por sua vez, esta encaixado entre 0 visceroerdnio e © neurocranio, ligand a maxila ao frontal e a0 temporal. O zigomstico tem am corpo* ¢ trés process0s, cujas denominacies correspondem acs nomes dos 0880s a qe esti ‘conectado ~ process maxilar, processo frontal e processo tem- poral. Na sua face lateral, abre-se o forame zigomatico-facial, ‘que dé passagem a um nervo homénimo, ‘As duas maxilas (maxilar*) articulam-se no plano mediano pela sutura intermaxilar, ao lado da qual se situa a févea* incisiva Entre as fossas incisiva e canina vé-se a eminéneia* eanina, sali {ncia que recobre a raiz.do dente canino. Na mexila, 0 processe alveolar, larga expansio que prové alvéolos* para os dentes, evi: dencia as eminéncias alveolares, das quais a canina costuma ser a ‘mais saliente. Mais lateralmente, como contomo final da maxila nesta vista anterior do cranio, vé-se a crista zigomatico-alveotar, ‘uma condensagio dssca que se estende do processo zigomatico da maxila ao alvéolo do primeiro molar Finalmente, a mancibula aiticulada com a base do cranio mostra sa superficie Antero-lateral,na qual senota a protuberancia* men- toniana, forte condensacao dssea mediana delimitada por uma jana base da mandsbula, otubérculo* mentoniano,e pela mentoniana, uma ligeira depressao abaixo dos alvéolos dos incisivos. O processo alveolar, sernelhante a0 da maaila, nio pos- sui eminéncias alveolares acentuadamente salientes. Abaixo do alvéolo do segundo premolar, i meia distancia da base da mandi- bua e da borda livre do processo alveolar, situa-se o forame men= toniano, para nervo e vasos mentonianos. Se for baixada uma perpendicular do forame supra-orbital, esta linha vertical passa 14 sobre (ou bem préximo) os forames infra-onbital e mentonian. Mais latezalmente, 6 evidente a borda* anterior do ramo da man- dibula, que se continua inferiormente como linha obliqua, uma espessa elevacao linear roma que esmaece a medida que avanca sobre o corpo da mandibula, O Angulo da mandfbula é uma drea ue se destacalateralmente como tuma projegio bem evidente Figura 24 Norma verte. ae wperior dori 2 Tiber frmal 3 Sure corort 4 Sours gel 5 Segre 6 Tiber paral Vista superior do cranio (norma vertical) (Fig. 24) aspecto geral 6 de um contorno ov. ‘vexa formada por partes dos ossos frontal, occipital e parietais. ‘Sao unidos por suturas serriteis denominadas: coronal, entre 0 frontal eos parietais; sagital*, entre os parietais; lambd6idea entre © occipital e os parietas | com uma superficie co (s esses que compiem as suturas do erdnio fixam-se por meio da interposiglo de tecido conjuntivo denso, constituindo uma articula- Glo fbrosa, e por meio das saliéncias e reentrincas de suas bordas GGemethantes aos dentes ce uma serra) que se ineerpenetram ¢ dio Rgidez & articulagto. Faz excegio 0 sutura excamesa, cus 08809 oscamas de pine temporal e parietal s ligam em bicol, A moda em ris de Costrugso ose qe porte 3 calerie ‘anreis como “mollagem”. No primeira infincie. as sutures ainde mos tram grande seporao etre o: oss e constituent importante local de crsc- 2 por membranes flbrosas, numa fier modifcates durante o part, 0s, 08 os805 sto separa u Figura 2-5 Vata spetior de um crane recerynair. 7 que aparece fonaloenterior (mor. tere assucras coronal sige 6 ‘onccale posterior (neror)ente sera saga e ambasea mento do cro, © erin rece gor rmadele? —um process combinads de aposigi ¢ eabsorcio* com predomtnio da primeira — por crescimento sutural Corso aonacar da dade, «x sutums gradualmente se fecham, os oss fs ram 4 lila de sepracio desaparse, fede ese denomintdo sinstose Algunus sttures comezuma se far antes dos 30 anos de ade ouiras deep rec hom nai tare. A despa ari uns» de sara rls has com 9 sex0€0 grupo rial 8 snostoses pee se wsadas como um gu pare se estinara iad de indeiduos desconfcids por ccnsido de sua moe. (© ponto de encontro das suturas coronal esagital échamado breg- ma, Na época do nascimento, uma Srea memlbranosa losingica per siste por algum tempo e ¢ chamada fonticulo* anterior (Fig. 2 sts cig, de npn obtirica promi ote poe eter a pos da cba de fete ambi a verificagtoda page. Antes dese desapareciment ino sein ano de id, casa arse stinarapresdo Ao lado da sutura sagital, 0 forame parietal deixa passar umal veia emissdria, que liga as veias do couro cabeludo com o seio sagital superior, Ainda no parietal, uma convexidade mais acen- tuacla, 0 tiber parietal, determina, com a do lado opesto, a re gito de maior largura do erinio. Leh eompora Exams do teroor Crs soprano Asmar fo estroge Vista lateral do crani 802-9) (norma lateral) (Figs. 246, Alguns acidentes anatimicos jé abservadlo superior do crinio podem ser identificados, agora, por outro Angulo, A linha temporal, na vista lateral, pode sor examinada por inte ro; 6 uma linha arqueada que se inicia no frontal, avanca pelo parietal e encurya-se mais para alcancar a parte escamosa do temporal e continuar com a crista supramastéidea. Ela presta insergdo a fascia* temporal e as fibras mais superiores e posterio- res do mtisculo temporal. Circunscreve a fossa temporal, na qual Figura 2-6 Norm tera Vita lateral do cio, ‘arco gemeeo 12 Espa nas amarior 16 Feram sgomatco Proceso masoide 13 Cries 2gomio- fac erp neste Ssuur anbdoider seat crinioy ee 14, Ou ero 17 Sars Corpo mands «15. Lamina orbial do ‘ronteigomatca Una oblqua smsise 18 Ghbels Figura 2-7 Vist lateral de uma Sic airtel Toerondiae 2 rants Proceme agonco pita nasal anterior Figura 2-8 Via lateral de una 2 3 5 ‘ Proceno condlar (cmesioe cinaio) owes peng Tiberosidade masedrica Age dx mardbula se distingue a sutura escamosa, entre a escama do temporal e@ parietal, A fossa temporal é mais profunda dntero-inferiormente local onde o muisculo temporal que a preenche é mais volumoso A fra da fossa temporal & a mas delgnda¢ mois fnea do neurocrit: a aii tenis mite passa estas imediagtes (por dentro) casos de itr assoi ds com injiriadesse aso sto comuns, Da parte escamosa projeta-se anteriommente 0 processo zigomé- tico, que se une a0 processo temporal do zigomtico para consti: ir 0 arco zigomatico, Corresponde @ uma ponte entre 0 neuro ccranio e 0 viscerocranio, achatada medio-lateralmentee, portanto, ‘com uma borla* superior onde se prende a fascia temporal, uma borda ins for de onde se origina o miisculo masseter. O arco zigomitico separa a fossa temporal de fossa infratemporal donte 0 zigomiico feqlentemente soem fratura en ak mnt) do igomsticy, a nivel de suas tis ss xia temporal, so wma forma conu de les vomit soul da Sb, 0 bulboocidar a gente diplopia Figura 2.9 - Detahe aimertado da vit lateral do rio: foes infatenporal sim 4 moni, 1 Sura ngomieoxanporl 9. fsira tmpinoeieanoss Emirénes arco 10. Epi o eenoide Fess mnctar 11 Process preigoe Procstereteariclr {ina itera Parte npn 69 temporal 12 sara pergola Pore acintcoexterno 13. Foss peerigepltina Céndo shia! PY ise 0 ramo da mandibula assemetha- a tim retingulo. Suas bordas Posterior e inferior se encontram no angulo da mandibula, onde se distingue a tuberosidade* massetérica. Aborca superior ¢ uma curva, conhecida como incisura da mandfbula, disposta entre 0 processo corondide, em cujas bordas e face medial se insere 0 nuisculo temporal, ¢ 0 procesto condilar composto de um estrei- tamento chamado colo* da mandibula e uma saliéncia robusta, a cabeca (cindilo*) da mandfbula. Esta se relaciona com o tempo- ral na fossa mandibular, tendo a frente a eminéncia articular e atrés 0 processo retroarticular. Mais atrés Iii uma ampla abertura de contorno circular, 0 poro actistico externo, delimitado quase que totalmente pela parte tim- ppanica do temporal, Da acesso ao meato* acustico externo, am- plocanal quie se insinua pela peste petrosa do temporal. Durante a vida, ele 6 fechado na sta extromidade medial pela membrana do timpano, que o separa da cavidade timpanica, Entre a parte timplinica ¢ 0 oss0 occipital encontra-se uma salign- a rugosa ¢ robusta que se projeta em diteco inferior e anterior, 15 Figura 2-10 —Tercenos motres superres com fragments Secs lgades a eles devi sraura no rmomenta da extras, 16 © processo mastéide. Dele se originam os miisculos est domast6ideo, esplénio da cabeca e longo da cabeca. Seu interior ‘co, com eélulas mastéideas que se comunicam com a orelha dia. Na base do processo mastoide, priximo a sutura occipi {oidea, observase o forame mastéide, para uma veia emissiria. Abaixo da parte timpanica vé-se o processo estiléide, uma proj {Ao antero-inferior em forma de estilete, que di origem aos. Clos estilo-hidideo, estilofaringeo e estloglosso e 20 |i estilo-hidideo. © proceso este, que xormalmete mae de 2a 3.0m, pode apres tongue (até $m) clement eter pe os fr-ae paca fee erate diy peer e a ae menor srau, por dores, disfagia, disfonia, movimeniagao limitada do pescogo, Sensi de oro tank aja ma grgrta eos stoma ue ate ‘tam a intone este Ge ag [Ainda no contomo da base do cranio se avita uma saliénctarom- ba - 0 ndilo occipital ~ que faz a artculagdo do crinio com 0 atlas, a primeira vertebra cervical. Boa parte da escama do occi- pital € vista por norma lateral: nea, pode-se Mentificar a prota berincia occipital externa (de perl) eo linhas nucais superior ¢ inferior que dio origem aratémica sox mcvlos tropério semi espinal da cabeca, obliquo superior, reto posterior maior © eto posterior menor da cabeca Separando-se a mandibula do crinio podese ver a fossa infra temporal aberta posterioemente e com seu limite Antero-medial formado pela lamina lateral do processo pterigéide e tuberosi dade da maxila. Nesta ea nota-se o perfil do hamulo* ptrigsi- deo, que ¢ uma extensio da lamina medial do process pterigs deeserelacicna com o mesculo tensor do véupaltino eo ligament igomanalibular. A tuberonidode fz parte do corpo da maxila © Timitare no alto com a fissura orbital inferior © na frente com a «risa sigomsticoalveolar Ela é perfurada por dois ou tes for res alveolares que se contnuam coma canaisalveolares¢contim 5 nervos e Vases aiveolaes superiores posterior Nas extagies do treo molar superior, « tuberosidade de maxi , particu laymente, sua extensdo inferior em forma de tubirenl log atrés deste dete fioum amencudas de fratura. A emeaga € maior quando a hubeosiade & tra ‘ca por aumenty do seio” maxiar ou quando sto usados exratres exercendo reso distal. As faturas comprometom extenses dens tarisvets (Fig. 210) «podem prococar una consunzago becoeinasal. A complica € rnaor ainda ‘quando 0 himulo ptrigSieo & excoloide ne fretura ov quando ¢fraturado fsladamente, Neste caso, 0 musculotensor do tu patio fica seme suport 0 plato mole perde puder de nrjecimento no lado correspondent. Essa “gue” so poate poe Kour a dsfiniae a disfagia (ea uma ag fusca). Na profundeza da fossa infratemporal, ha uma fenda vertical — a fissura pterigomanilar ~ que da acesso A fossa pterigopalatina formada pela lamina perpendicular do palatino e processo pier giide. A artéria maxilar, depois de transitar pela fossa infratem- poral, invade a fossa pterigopalatina, O nervo maxilar cruza alto cla fossa e seu amo", nervo palatino maior, percorre toda ela ‘para atingir 0 palato dsseo pelo forame palatino maior. No fundo da fossa ptetigopalatina, o forame esfenopalatino a pie em co- ‘municagSo com a cavidade nasal. Depois de ter estudado até este ponto, vale a pena verificar seu rendimento escolar através de uma auto-avaliacdo. Para isso, res- ponda ao teste 1, na pagina 34, depois de ler as instrugdes para as respostas. Vista posterior do crinio (norma occipital) (Pigs. 2-11 2-12) Qs os50s que tomam parte na formagio da parte posterior do cré- riio s20 os dois parietais, 0 occipital e a drea mast6idea dos tem- porais, Por este aspecto, pode-se ver também a mandibula. Alguns acidentes anatémicos visiveis na vista posterior j4 foram dlescritos nas vistas superior e lateral. Eniretanto, alguns deles podem ser mais bem cbservados por essa vista. Eo caso da satu 1a lambdéidea, que nio raro mostra no seu trajeto um ou mais, ‘ossos suturais. A protuberancia occipital externa e as linhas nu- cais olhaclas por trés dio uma idéia mais completa da sua forma. ‘Odesenvelvimentodessas clevagies depend do desenvolvimento dda musculatura nucal. O processo mastdide visto por tras mostra sua delimitagio medial bem caracterizada pela incisura* mast6i- dea, onde se prende 0 ventre posterior do misculo digastrico. ‘A mandibula, por esse sngulo de observagio, exibe a sua face intema. No corpo ha uma saliéncia dupla, irregular, medians, as espinhas mentonianas, onde se prendem ax muisculos genioglos- soe géniorhidideo. Acima das espinhas mentonianas localiza-se 0 forame lingual ou retromentoniano superior que, quando sente, éatravessado por um ramo da artéria sublingual. Mais l xo, na base da mandibula e também no plano mediano, outra aber- tura inconstante ~ o forame retromentoniano inferior ~ di ppassagem a um ramo do nerve milo-hidideo em 50% dos eases. A fossa digéstrica, uma depressio paramediana na base da mandi- bbula, da insercao ap ventre anterior do miisculo digastric. ‘Ao Indo das espinhas mentonianas sunge uma salléncia que a me- ida que se dirige ebliquamente para trés e para cima vai tornan- do-se mais elevada e termina depois do alvéolo do ailtimo molar = 6 linha milo-hididea, onde toma origem 0 muisculo milo-hidt eo. A linha milo-hididea separa duas fossas rasas mal demarca- as: uma stipero-medial, a f6vea sublingual, e outra infero-late- ral, a f6vea submandibular, assim chamadas por alojarem as glandulas sublingual e submandibular. [esse drea, nas prosimidades des premolayes ¢ molares, pode manifstar se tama protuberincia de carster herditrio, o toro mandibular. que tende a ser bilateralmente simetvico. v7 Figura 2-1! - Norma ecipta, 1 Sara agi 2 Forame parietal 3 Sura bmbsoidea 4 Onor saunas (vans este eri) 5 Links nual sipetor 6 Unis meal nferor 8 Procane mansiae 9 nciura maton, 10 Forsme mani 11 Frame da mand 12 Unt monde spina mentorians Flgwa 1:12 - Dethe sumenndo Javan posterior do crn, Céndio opis Process esto Process purge Proce cor Forme & mands Sulee mio-nsideo Tuberosiadeparigden Uns mio nie Foves somndiblar Fore sdsngal 18 {No centro do ramo da mandibula ha um amplo oriticio, 0 fora~ ‘me da mandibula, que continua interiormente com o canal da mandibula, Ambos d3o passagem ao nervo, artéria € veia alveo- lar inferior O forame da mandibula é limitado anteriormente pela ingula* da mandibula, local em que se insere o ligamento esfe- nomandibular. Uma estreita escavacdo se inicia no contorno in- ferior do forame da mandibula e se estende obliquamente para baixo e para diante, com o nome de sulco* milo-hidideo. Ai se alojam 0 inicio do nervo e vasos milo-hidideos. Abaixo e atrés do sulco milo-hiGideo, j4 na rea do Angulo da mandibula, en- ‘contra-se © campo de insergio do miisculo plerigdideo medial, ‘caracterizado por um conjunto de asperezas denominado tube- rosidade pterigéidea. Separando-se a mandibula do cranio, pode se examinar melhor a face medial do ramo. O process0 coronéi- de émenos liso do que na face lateral; de seu dpice, alonga-se em. directo inferior a erista temporal, que termina no trigono retro- ‘molar, uma rea triangular logo atrés do tiltimo molar. Na crista temporal ¢ em toda a face medial do processo corondide insere- ‘se o miisculo temporal; em algumas pessoas prolonga a inserco até 0 trigono retromolar. O processo condilar mosira 0 colo* bem ‘evidente e, na sua porgdo anterior, uma fossa rasa, a fovea pteri- ‘goidea, para a insercao do musculo pterigéideo lateral. Do polo ‘medial da cabeca (cOndilo) da mandibula parte para baixo e para a frente uma corelensagao linear, a erista medial do colo. A porcio superior da cabeca da mandibula corresponde face articular inferior da articulaglo temporomandibular. E uma su- perficie de contorno elipsdide e em forma de tenda, com uma vertente anterior e outra posterior. Na oclusio dos dentes, a ver- tente anterior choca-se contra a vertente posterior da eminéncia articular do temporal. As altcragBes de forma ¢ contomo da cabe- ‘s2 da mandibula sio fregiientes, principalmente em individuos desdentados e idosos. Vista inferior do cranio (norma basilar) (Figs. 2-13 e 2-14) ‘Com a mandibula removida, a parte anterior do erinio, por esse Angulo de observacio, ¢ ocupada pelo palato sseo, que & forma- do pelo processo palatino da maxila e pela lamina horizontal do pelatino, de cada lado. Essas quatro pecas sseas sio separadas por suturas, 2 saber: sutura palatina mediana e sutura palatina fransversa. Em cranios de crangas encontra-se presente a sutura incisiva, que separa 0 oss0 incisivo da manila. Anteriormente, a {fossa incisiva interrompe a sutura palatina mediana e recebe, de cada lado, uma abertura do canal incisivo, o forame incisivo, que da passagem ao nervo nasopalatino. A mala é,depis dt clavcul, 0 oss de desencatoimento mais precce. Du- ‘ante sua esaficgde, amos os processes palatines padem permanecersepara- do, com wat fsura entre eles, atracés da qual a boca se conurica com a ‘amidade nasal. A fissura palatina pode comiinarse com uma possce pess- tence da sutra incsine, de wn ou de ambos os ides. Essa mnomala dificata scbremaneia a ages de falar deqlut ¢ xe provocar «aspire to de alimen- to pel sistema respratiio até os putas 19 sperms ea044 8 7 sepie> se 6 wmeases cxoyudseaursoy 1 ae eae 07 21 No angulo posterolateral do palato 6sse0, ao lado do itime mola localiza-se © forame palatine maior, que constitu abertura inferior do canal palatino maior ¢, portanto, faz comunicago com a fossa plerigopalatina, Deixa passar 0 nero pabtino maior e vasos homd nimos, Ais do forame palatino maior situamse geralmente dois, forames palatinos menores, dos quais siem nerv0s ¢ vasos palat nes menores, O processo palatino rugeso, ao contrério da lamina hrizontal, que€ lsa;na frente do forame palatino maior, pequenas pproemninéncas, as espinhas palatinas, crcunscrevem dos ou mas Sulcos palatines, de direcao dntero-posterior. ‘O centro do palate dio, ao go da suturapalatna medina, é fregientemer- te cleoudo, Mas, ds wes, forma une emindncia grande a ponto de ser iii dui com a denminaga de toro™ palatino. Sua presen pe dicular 4 festibildade de una préizse total. Ocorre com alguma fcqlincia em certas raga + mais fogientemente em muhers. Nao hi eidbiea de sua asocighe ‘om 0 tore mundbulr ‘© proceso alveolar limita Sntero-lateralmente o palato Geseo. Com 108 dentes removidos pode-se reconhacer cada alvéelo* separado dle sew vizinho por um septo" interalveolar. Os alvéolos dos den: tes bie triradiculares, por serem multiloculares, possuem septos interradiculares. Interna e externamente, as liminas 6sseas* ves: tibular e lingual completam o alvéolo, Aborda posterior do palate ésseo & formada por duas linhas cur. ‘vas, céincavas posteriormente, que se encontram numa chamada espinha nasal posterior. Na vista inferior aparece bem o proceso pterigéidle com sua fos: ‘a pterigéidea (entre as duas laminas), local de origem do mus culo pterigoideo medial. © musculo pterigoideo lateral se fixa na face lateral da lamina lateral. Acima da fossa pterigsidea, uma ‘outra menor, @ fossa exeaféide, dé fxagio ao mmisculo tensor do vvéu palatino Entre as laminas mediais,e parcialmente coberio por extensdes destas e pelas asas do vomer, esti 0 corpo do esfendide, A sur frente, a porgao posterior da cavicade nasal pode ser visa attar ‘ves das coanas. © corpo do esfendide se solda com a parte basi lar do occipital. Até os 16 ou 17 anos de idade, esta unio tem a interposigio de cartilagem e se denomina sincondrose esfen-oc- |, um importante centro de crescimento da base do crinio ‘na sentido antero-posterior Lateralmente. a parte petrosa do tem poral seavizinha do esfendide e do occipital e delimita o forame: lacerado, que no vivente & preenchido por cartilagem, Posterion: ‘mente, © ampio forame magno permite que o tronco enceflico, pproveniente da cavidade do cranio, continue com a medula esp ral no canal vertebral Ao lado do forame magno,o cBndilo occipital oculta uma escave- cio horizontal transversal, o canal do hipoglosso, que transmite ‘© nervo hipoglosso. Atris do cOndilo, 0 inconstante canal eondi- lar de disposicao antero-posterior € passagem de uma veia emis- siria, As formagées anatOmicas situadas atras do forame magno ja foram mencionadas. Yoltando agora para a superficie mais lateral da norma* basilar nota-se 0 conjunto maxilo-zigomatico-temporak-esfendide que cir- ‘curscreve as fossas temporal ¢ infratemporal. Aqui, a face articu- lar superior da articulagio temporomandibular, pertencente& par- te excamosa do temporal, pode ser bem examinada. A eminéncia articular ¢ um relevo transversal, com suas extremidades eleva- das. Seu limite anterior é indistinto; sua vertente posterior ineli- na-se em direglo a uma escavagio de profundidade varidvel, elip- tica com 0 maior eixo transversal, a fossa mandibular. O furcio da {fossa mandibular ¢ feito de uma lamina éssea muito delgada. Na sua porgao lateral, ¢ margem lateral da fossa tem uma proeminén- ‘30 bom individualizados. A inka ebliqua 6 0 trago mais rodio- ppaco da mandibula; na radiografia panorimica, parece ser uma continuacio inferior da crista temporal. [No centro do ramo, 0 forame da mandfbula nem sempre surge nitidamente, mas os contornos da lingua e do canal da mandi- bila sim. Este vltimo ¢ uma sombra radiokiicida, larga, que segue ahaixo dos molares se interrompe abaixo do segundo premolar, conde se destaca 0 forame mentoniano. Na regio dos molares, entre esses dentes e ¢ base da mandibula, evidenciase o contorno oval, escuro, da f6vea submandibular, [No plano mediano, pouco acima da espessa base da mandibula, as espinhas mentonianas apresentam-se como um anel claro de centro escuro (forame lingual) ou como contornes nitidos de seus tubérculos mentonianos. Radiografias péstero-anteriores e laterais do crinio As radiografias convencionais do cranio, que dao imagens em ‘norma frontal ¢ norma lateral completas, aio useclas em ortodon- tia e também em cirurgia. Nolas, a superposicio de imagens & ‘maior, o que torna a sua interpretaio mais dificil. Nas raciografias mostradas nas figuras 3-4 e 35 sio apontados alguns acidentes anatOmicos de mais fécil reconhecimento. a Figura 3-4 Radiogrfi pteroantrior de um cro seco de indiduo alo (gerlena do Dr Jest Carlos N misepe). Sea sagtal See font com Hpto Cesena Sto emo seo exences superior Pare petresa do Seb mana 1 Septo rasa “ ral alto os) 8 13 Cratasigomdicosbeotr 19 Lama ob Forame rentonano pins meron Figura 3-5 Radograta ter do mesma crnio da furs amerior(gentiera do Dr. Jost Carlos N. seme Ono ral $ Te dors 7 Sela aren (bess poss) 4 Pare patrons do tempor, Cs masts 14 Fissrapegomalar Proceso gpmiccocs 15 Inosur ds Selo maxlar a Biomecanica* do esqueleto facial His uma cerrada interdependéncia entre a estrutura interna d ‘0:80 com a sua funcio, 0 que, aliés, é uma das leis fundam ‘em Biologia. Tecidos so organizados para resistr a forcas 3s q «esto sujeitos; 0 oss0 é organizado por meio de sua forma ‘eestrutura interna para dar maior resisténcia com a minima ‘idade de material, mostrando ser muito apropriadamente tado a fungio mecanica. Deve ser dito que as foreas no determinam primarianente forma do os ators intrénsecos derminam sua forma era, mas, secanderiamert, ore fombén tem ua auteur: ae comads deste 0 so formas por “trabéeulas” paraielas, rota. “sem” espacos entre elas. Na exponjos, a: ‘isculas so disposi om dres estatégcas parm desempentr demas is; 0: mesmo acontece no esso compact através de sew espessamerto ¢ ae rd ea a ccna este ‘mastigacéo. sui esieios de reforgo ou sustentacao, inclusive alguns ligando, viscerocrinio ao neurocrinio, para ancorar firmemente 0 P ro a0 segundo. No neurocrinio est8e representados, pela. processa zigomitico do frontal, process mastéide ¢ protuberan- cia occipital externa que se unem por t's arcos de cada lado, ou seja, 0 arco superciliar, as linhas temporais e as linhas nucais. Interessate 4 adaplago do leido deseo no nfl da origem de alguns mus os como 0 temporal e 0 master. A linha temporal é uma verdadeit tare neo arco supercar lnk neal superior. Ela é cure, de concevdae rior com tana adaptaco do esqueleto para ofrecer maior resisénca (am ‘com sua conta restte muio mais @ tragto do que una rela. (0 mesmo se pade dizer com mpito ao arco zigomiticn A trago do !amim encontra sana forma de arco naguela porte éssea, como wm ad ‘necinice. A flscis temporal o abraga e procara conti, enquamto 0 ms snasseer 0 pura para bai, No viscerocranio também alguns esteios s4o evidentes. Eles sep. ram as cavidades naturais da face, dando ao seu esqueleto i aspecto de estruturat de um edificio, esses esteies dsseos, € patente a organizagio paralela das trab ‘culas € © espessamento da substancia cortical como uma adapta- ‘gio mecanice as forgas exercidas por muisculos.e dentes. A traa0_ (0.0850 6 mais fraco seb tragio do que sob pressic) dos méisculos: 16 —Traetovis da mandbua “Tajtiria arg “Tajcriaerport “rajrin aval Plarptrgodeo ‘mandibulares necessita de um reforco especial, obediente 3 mag- nitude das forcas tensoras, para absorvé-las ou escov-las. Organi- zam-se assim tragos de maior resistencia, também conheckdos como trajetérias da mandibula (Fig, 3-6). Também, forgas com- pressivas exercidas no nivel dos arcos dentais superiores formam Verdadeiras trajetcrias ou pilares do maxilar, como so mais co- nhecidos (Figs. 37 € 3-8) Figura 3-8 Paes do maxi Rathogafa panorimes ance aparece pare dos ves plares de reorgo de fc lad dh face, entfieados por nts vrtaisrashpac Gentes: do Dr Aico R Gare 1 la casino 2 Phar zgpmiico 2 Pr pergoeo ‘© musculo masseter estende-se, de sua insergio, até 0 Angulo da mandibula juntamente com a sua contraperte, que € 0 muisculo perigéideo medial. Af tem origem a acio das forgas que tendem 8 se escoar pelas bordas posterior inferior da mandibsla (traje- {6ria marginal) Outro misculo mandibular que desemperha importante papel sna biomecinica da mandibula é 0 pterigSideo lateral. Conside- ranclo os miisculos direito e esquerdo sob fungio (ou apenas um, © efeito €0 mesmo), percebe-se que suas forcas tenclem a dobrar a mandbula, puxando seus ramos para dentro; logicamente, a drea ‘que mais sore tens € aquela do mento. Algum reforgo nessa = {do € imperativo, tal como a robusta protuberincia mentoniara. (Quando se tents querer uma mandi sec, forgo os rams mea {em que ire laced fatura? No 9 plano medians deve a reo Me ‘nad, Prove dso si es estattics de fata de maple woe experi qu se fc plicandy ma uanauds un vents sad em tnditria "eresccat) ar tsar + sti de tril prec 2 tnd, Preside eo {Bos um de enontro ao outro, na dingo da taco do misculoplerkeo lateral note-se que a rates dover, ue representa ax lkas de tose indica as dress de menor resstnca, concentrate (ransersamee 3c oven cle ado de protuderdncis mentovans, ms a sure Deve-se notar que 0 menio ésseo nao ¢ apenas o sitio de encontro «cabsorgio da forga exercida pelos pterigidcos laterai, mas tam- ‘bém por parte das forsas aplicadas pelos miisculos masseter © Plerigbideo medial, que se escoam pela hase da mandibaia, de cada lado, até 0 mento {Uma seguncatrajetéria muscular comega no processo coronside, pela acio do misculo temporal, ¢ prolonga-se para baixo, até 0 corpo da mandibula. Ea trajetéria temporal Uma dltima traetéria da mandibula, agora nio-muscular, rela- ciona-se com a pressio dos dentes inferiores nos alvéolos, trans- formada em tracio ssea pela interposicio do ligamenio perio- dontal. Tem como resultante a chamada trajetéria alveolar, que corre diagonalmente para cima e para tris e termina na cabeya da ‘mandibula. Essa trajetoria parte dos apices ou das bifurcagoes dos dentes e também da base dos septos interalveolares (a forma deste lembra um mastro, onde e base € mais larga, ja que os esfor- «08 dlas tages do periodonto se acumulam nela). Os esforgos mastigatérios do arco dental inferior sio transmitidos & base do rario pela articulagao temporomandibulare ce li se distribuern. A articulagto tenperomandibulr tom sue fce articular superior om pert for ‘mada plas oozes do arc sigomatico, que & um este entre a fae ¢ 0 eno € tum pono de enconto de forgts provindss da fice, e regio mastidea. No Angulo formaio por aqueles reizes, encontra-se a fess mandibular, de pouco sigmfcado mecinice ou funcional, por ser de oss celgudo, transparent mes- ‘mo. A riz transcersa cs eminénca articular, por sua vertente posterior, empes- st, a verdaeira dr de pressio¢ conto da cabo de mandible ‘Também no maxilar, 0 osso encarrega-se de desenvolver a subs- fincia dssea necessiria para lograr uma estrutura apta, para que a foreas sejam transmitidas e absorvidas por maior quantidade de tecido 6sse0. Ainda que 0 processo alveolar seja suportado pelo maxilar em toda a sua extensdo, 2s forcas da mastigacio so transmitidas & ‘base do cranio por trs sistemas de pilares (nome adotado para as trajet6rias ou esteios do maxilar, em cada lado da face). Os pilares si chamados de eanino (da regiio do canino & regio da glabela, depcis de contomar a abertura piriform); zigomati- «0 (da regia do primeiro molar ao oss0 zigomiético e dai a0 arco Zigamatico e a0 processo zigamstico do frontal) e pterigéideo (da regio dos tltimos molares a0 processo pterigéide do esfendie). Neles, 0 0550 cortical € espessado e 0 esponjoso, bem condensa- do, Afora essas dreas, a camada cortical da superficie dssea no maxilar nunca mostra a espessura encontrada na mandibul E interessante notar que opilar zigomitico também carrega for ‘gas liberadas diretamente pelo muisculo masseter. erent ere teen area ee tals que os coneciem e evtem seu colapeo. Or pares canine e 2go- mético so ligados abaixoe acima da rita por dois arcos ésseos. © arco superior, especialmente importante, adapta-se para resis- tir as forces da pressiio mastigatéria. As forgas compressoras dos denies, que ascenclem centralmente no esqueleto da face, ¢ Forgas tensoras dos musculos masseter e temporal. que descem lateral- ‘mente, tendem a dobradura ou flexio de toda a regido supra~ orbital e, portanto, concentram-se numa érea mediana (glabela ‘ou proximidades). [No caso de front inclinads, com elev forte da label, v concentra das {Fargas & marcada nu dea slatelar Nas fonts vericas, distrbuemse mais ‘acime porque els resis deformagdo com ques fda sa altura, wngforme- mente, enquanto a inclinada resitesomiente com sua parte inferior conse- ‘qeniomente esta itis &comsiderada mais forte que a primeira. Como eoac- ‘ersten sexual a mulher tem fronte vertical eo home a tem incinad e por {sso mesmo seu arco superar & ais proeminedt. (© areo do palato ésseo reforca com boa dose © processo alveolar superior. O palato conecta o sistema de pilares de um lado e do outro e; por isso, forma um suporte em arco entre as bases dor processos alveolares direito e esquerdo, Parte da pressio mast a Fraturas do esqueleto facial 43 {gal6ria ¢ absorvida pelo proprio paiato, e as forgas tendem a concentrat na drea mediana, ¢ escoam-se principalmente para base do cranio através do vomer. sistema de pilarese arcos permite a presenca de grandes vvagoes necessérias para a cavidade nasal, seios paranasais, érb tas, enquanto, ao mesmo tempo, estabelece uma firme hase con tra a qual a mandibula pode agir no processo da mastigacao. O seios e as cavidades sio indicadores de que a substancia dssea, supérflua naqueles locais, uma vez que ndo poderia aument consideravelmente a resistencia do esqueleto da face. Por ‘anquitetura, um osso pode resistir melhor as forcas que 4 ‘suportar, com o minimo de tecido possivel, ¢ os espagos dep dem da sua fungio mesinica Como a espessura das trabéculas esta em razao direta e a at tude das aréolas em razao inversa a intensidades das cargas recebem e trarsmitem, deve ser entendido que o seio maxilar ‘mena quando os estresses mecinicos diminuem, especial ‘8 08 dentos sto perdides e o aparelho mastigador é enfraqueci Apesar de serem reforeados por esteios ou contrafortes, ddos como pilares e trajet6rias (ver subcapitulo “Biomecinica fesqueleto facial”), os assos da face fraturam-se com freqi pos fortes golpes por agressio ou por acidente. Dentes incluso tos, tumores,osteomielite podem predispor o» manilares (prs ipalmente a mandibula) o frsturas, netadamente nos individ dlosdentados ¢ idosos (osteoporese seril), ‘A fara pode sr sinpes quando ene soment so, compost ncote lembie 4 pl ou a muaooa, com ou sm perde de substi. E ms plaqeand ht mui de wn tao de ature quando core wm ander td pequenos fragments (como nos tres de arma de fog, &chamada cumin. (Os dis oss08 mais proeminentes de fue ¢,conseqdentemente, mito sujet Iraumatsmos drt: $09 © nas! eo igor. O primcre gerlmente Jfrtunatnncorea, «0 tr, afundamerto(dslocamento or disungo s0 ‘el des salon) fata do arvo sige Fraturas menores dos processos alveolares,principalmente na ‘go dos dentes anteriores, sio muito comuns, seja por chog (a pancadas,seja como conseqiiéncia pos-operatéria das ex: tias, £0 que pode acontecer com a tuberosidade da maxila n extragdes do terceiro molar ou com qualquer dente quando anquilose" dlentealveoar ‘A mandibula fica também exposta a golpes de varias nat suas fraturas nao so incomuns (Fig, 39), Apesar de possti a de reforco, como por exemplo a protuberincia mentoniana, dificultam ou impedem as fraturas, possui também éreae de bilidade criadas pelos dentes, principalmente o canino e o tere 1 molar (especialmente quando estao inclusos). Assim, fratur do corpo da mandibula costumam ser mais freqientes a0 lado & Iento, em linha com o longo alvéolo do canino, e na éren do ts ceiro molar em diregao ao angulo da mandsula. B39 cas des etre mais “eErurs mend ‘Figura 3-10 -Fraturas dos tergos spatio superior da fice segundo a ssfeaco de Le Fort amas axa ¢ LeFort ka dome Le Fert Ika mais Le For Il. No ramo da mandibula, as mais frequentes sao as fraturas do. colo, geralmente bilaterals, devido a golpes recebidos no mento. Ainda gue 0 cso nance toni pos se feted (torraia, 0 que mais ‘corn esa protec elo process reorticulay, que se nterpe entre a cite is maa € 0 eso tnpiico. No maioia des cezs, a tures sto exe ‘apataes, mas padem ser inracapeulares, com ou sem lado da antcnaglo femporomanditulr. As fraturas intracapsular malo alas resultant ent un fragmento dee muito pequero com a vascularaagto comprometida equ no se conscida mais. ‘O restante do ramo da mandibula é bem protegido por miisculos. Mesmo assim ocorem, 2s vezes,fraturas transversais do proces- so coroncide. As fratures dos tergos médio e superior da face sto quase sempre transversais e envelvem varios ostos. Os tragos de fratura seguem as linhas de menor resisténcia,situadas entre pilares e arcos de reforco. O francés Le Fortclassificou-as em tres tipos nolavelmente constantes (Fig, 3-10): 9 LeFort I~ trago de fratura horizontal do maxilar (maxilas) d de a base da abertura piriforme até os processos pterigbic pasando logo acima dos dpices dos dentes superiores: processos alveolares, dentes e palato do resto do vis *= Le Fort I—envolve, de ambos os lados, sso nasal, proceso tal da maxis, lacrimal, soalho da érbita, processo zigomstico sexi (auperficie péstero-lateral do seio masilar) e process righide; em conseqiiéneia, desloca um fragmento que inclu a pa ‘clo central do viscorocrinio, palato e processo alveolar. ‘= Le Fort fll — uma linha de fratura horizontal que passa, de cad lado, pela sutura frontorasel, sutura frontomaxiler, lacrimal, mide, fissura orbital superior asa maior do esfondide e su frontezigomstica: 0 enorme fragmento resutante dessa di cio craniofacial & 0 proprio viscerocrinio, que se separa co pletamente do neurocrdnio quando ha fratura concomitante arco zigamético. Maxilares desdentados Ceenfraquecimento do aparetho mastigador, em conseqiiéncia pperda dos dentes, provoca alteragies na estrutura dos rest, A densidade ossea da lamina cortical € diminuida e as trab calas* do osso esponjoso tornam-se mais delgadas, devido a desequilibrio do precesso de remodelagdo*. A reabsorsdo", ou ‘modelagio passiva, acaba predominando sobre a aposicSo, ou rmodelasio ativa, por falta do estimalo mecinico da oelusio d tal comas foreas dela liberadas. ‘Com a exodiontie* ou a queda do dente, hé a primeira modifi ‘organizamese numa matriz roiculay, lirada por aflaxo de célein e fosfa espicula que cresce pelo depésito ésseo em uma superficie. G dualmente, espiealas adjacentes, que também estao se d ‘vendo, contatim-se entre si. As espiculas maiores se fusio as trabéculas dsseas sao formadas. Este oss0, chamado ‘0, pode modificarse em 0380 compacto por maior deposito 90 no rebordo alveolar resiiual. ‘Mas, ao mesmo tempo em que acorre esse processo de ‘sea, corre célere a reabsoreao das paredes do alvéolo’, ax com a fungio perdida. O resultado final €a ccatrizagao com p dla 6ssea, No total, cerca de cm da altura de cada processo ai lar dessparece. Comsiderandlo ainda que cada tudimentar de maxed mandiuia, faa deena dos dens, 20 tn fmanko dos sis maxilaes ¢ da cavidade asl, Com a ups dos decd, hi alargumeto da face e maar, esas mais So ainda conus depois da seu dtc. A proprgioneurcrno—fce a0 Imonto 681; no squndo ano desda, 6; avs eco anes, 51, no aut, 2 Na idade adulta,o fechamento (sinostose”) das suturas do rinio constitui imo fator para a estimativa da idade pelo fio. A sinostose comega sempre pelas laminas intermas dos Imas para essa finalidade baseia-se sempre na sutura extern PPrimeizo sinal do fechamento das suturas sio pequenas ‘Secoas que as atravessam, ligando um 0389 a0 Outro, Aos 2: de idade, esse fendmeno comega a acontecer nas suturas € sogitale, quatro anos mais tarde, na lambddidea. parti fs sinosioses vio progredindo e o fechamento completo (ou! ‘S8) ocorte somente apds os 80 anos. Hd trabalhos publicados tslabelecem as idades do individuo de acordo com o inicio {érmino do fechamento das suturas. [No indicituo sdeso, 0 crdnio apresente maiifcagies eprevidecis, sobre rmanalvul, Mostra sina de osteoporose seni tradzida pelo {até mcm pela deacbncia® da fosse temporal. da face exocrania! do fdes paredes superior e inferior da cavidade orbital. Entretant, as at princpis esto localzadas ra mandbula ena maxi. A que dos dutes ‘nna a rebseri do pracesso alveolar ¢, como oareo mandibular ¢ mir do CO masiay sucede wre stag incerse aque exctnie mo individ den ‘asim a maraibula passe a altrpassar 0 maxiar emt todos os sents. eta redugite da fungi dos miscelos mandibulares, 0 tngulo da mand tornase abuso 6a cabya da mandibula tende atria. Aspectos antropométricos ‘A Antropologia’ é a ciéncia do homem. Uma de suas divis ‘Antiopologia fisica, estuda os earacteres fiscos do homem, forigem, evolugio ¢ estado presente de desenvolvimento. A tropometria ¢ um capitulo de Antropologia fisica e consiste ‘mariamente na mensuracio das dimensdes do corpo ~ & a ca de expressio quantitativa da forma do corpo. A. € subdividida em somatometria, cefalometna, osteometr craniometria “india que se actite que a mensurago de crdnios (craniometra)oferega ios que possam estbelecer as relapes entre os divesos grupos éticos & liferentesfndices cranes on formes de crinie permanecam constants ‘aula raga, exstem objerex aida a modifcaies e infuéncias ambien lamin diferenas indvidaais dentro de cade grupo racial ‘Mesa assin, medemcse crnios para se obler esta espice de conhec podendo-se chegar & resultados realmente vaiosos. A cranimetra ind fel ma descr e andlise de homens fssese outros primutas, na recostruge frames ena dentifiag de psoas. E também usuda pare estar 0 cess {beri sob condos normais®¢ anormais e analisar a8 desarmonias no Jormato manifetadss, por exerplo, ns diferentes classes de ma ocuste, Da ‘mporlancia para o oradantstae pars outras especaidates odontobgits. A cefalometria realiza mensuragbes na cabesa do vivente ou do cadaver, diretamente ou por meio de radiografias, A craniome- ttia faz medidas do esqueleta da cabeca. Tanto em um como em tro caso, deve haver uma orientacdio numa posigho fixe, para a cabega ou 0 ctinio, Assim, ¢ adotada universalmente uma post: Go segundo o plano horizontal de Frankfurt ow plano auriculo- Orbital, Esse plano, proposto na cktade de Frankfurt em 1864, passa tado através do ponto orbital esquerdo e dos dois périos. Orien por el, ficard o crdnio em posigio muito préxima aquela de uma pessoa viva que estd em pé, ereta,olhando para longe Comhecida a posigao de orlentasto, sero arrolados a seguir os ponios de referéncia para as menstragées, bem como algumas medidas lineares, planos, Angulos e indices antropomsétricos Pontos antropométricos Fig. 328) Figura 3:28 Pontes artrogométricos(eraniométrzo) muna vsta late do era 1 Gabon 5 Menwniano 9 Opiwocrinio 13 Goo 2 Nisio & Gnico 10 Euro M4 Bega 21 Norpintal 7 gio 11 Zao 15 Porto 4 Proto 8 Orb! 12 Pirie 16 Posto 6 63 * Glabela - 0 ponto que mais se projeta para diante, na cegido da glabela e na linha media- ra anterior ‘ Nasio —na sutura nasofrontal com a linha me- diana anterior * Nasospinhal — 0 ponto mediano encontrado sobre uma linha que liga os pontos mais bai- 0s de cada lado na borda da abertura pirifor- ‘me (na base da espinha nasal anterior. + Pidstio ~ no processo alveolar do malar, en- {re 09 incisivos, na linha mediana anterior, que mais se projeta para baixo.e para a frente * Gnicio - ponto na beseda mandibula que mals se projeta para baixo, na linha medians. ‘+ Mentoniano ~ ponto mais anterior da base da mandibula entre 9 poginio e o gnacio. * Pogonio~ ponto mais procminente do mento, * Orbital ~ ponio mais baixo na margem infra~ orbital, * Opistocranio - ponto na linha mediana poste- rior que no occipital mais se projeta para trés * Burio—o ponto na parede lateral docranio que ‘mais se prejeta para fora. * Zigio - ponto no arco zigomatico que mais s projeta lateralmente. * Pério ~ ponto mais extemno no toto do meato aciistico externo, sobre uma vertical que passe pelo centro do meato. * Trigio —na interseccio de duas tangentes, uma ppassando pela borda anterior ¢ outra pela bor da superior do trago (ou parte mais anterior da incisura supratragal). *# Génio ~ ponto no angulo da mandibula que ‘mais se projeta para baixo, para tris epara fora. * Bregma — no encontro da sutura sagital com a sufura coronal + Bisio ~ ponto mediano na borda antesior do forame magno. = Ponto A — ponto arbitrério que delimita a por ‘20 alveolar com 0 corpo da maxila, localiza- dono ponte mais deprimico do contormo ma- xilar (ponto oriodéntico, radiogrifico). + Ponto B - ponto arbitrésio que delimita a por- ie alveolar com o corpo da mandibula, loca- lizado no ponto mais deprimido do contorno mandibular (ponte ortodéntico, radiografico). = Ponto S (radiografico) —no centro da sela tur- «a (panto ortodntico, radiografica). 64 ‘Medidas tineares * Comprimento craniano méximo ou diime cefélico (craniano) antero-posterior maxim glabela-opistocranio. = Comprimento da base do cranio: nasio-basio. * Largura craniana (celica) méxima ou dime: to cefilico (craniano) tansverso maximo: ‘um Gurio a outro. * Altura bisio-bregmética: bisio-bregma, + Perimetro cefilico (craniano) horizontal: gla: bela-opistocranio-glabela. * Comprimento facial superior: prstio-bsin + Comprimento facial inferior: mentoniano- bisio. + Largura total da face ou diimetro bizigomsti= co: de um zigio a outro. * Allure morfoldgica da face: nésio-gndclo. ® Altura do segmento mastigador: nasospinhal- gnici ‘= Linha SN; linha reta que une o ponto $ ao N (ortodéntice). ® Linha NA: (ortodéntico). * Linha NB: (ortodéntico). ® Linha nésiobisio. Planos + Auriculo-orbital dois porios— orbital esquerdo), * Facial (ndsiomentoniano ou pogénic). = Mandibular (tangente a base da mandibula). * Oclusal (linha reta conectando a bisseegio da altura cuspidea de ambes os primeiros mola- res permanentes ao sobrepasse incisal) ~1,5° a 14° com o plano auriculo-orbital, Angulos + Total do perfil facial (ndsio-préstio plano aux riculo-orbital). Permite a elassficagdo dos in- dividuos em Prognatas ~ 702-79." Mesognatas ~ 80-819" Ortognatas - 857-929" * Goniaco (base e horda posterior da mandbula sem alcangar 0 nil). * Condiico da mandlbula (angente base e bor- da posterior. tocando o cindilo e génio). * Do plano eclusal (com 0 plano auriculo-orbitl) incisivo inferiore mandibular (lon- ‘eixo do incisivo central inferior com 0 pla- ‘mandibular ~ na oclusio normal da $0"). SNA (padrao 82°), SNB (padra080") € x 100; “de acordo com este indice, catalogamse os cré- -nios em dolicocranio (longo), mesocrinio e bra {quicrinio (curto); mesocrinio varia, normal- ‘mente, entre 75 €799. Indice cranlano vertical altura-comprimento = fee tetas hslorbregmético —_ didmetro antero-posterior maximo -lasifica em: came (baito}, orto (reto) « ipsi ‘erfinio (alte). Ortocrinio entre 70,0 ¢ 749. 100; + Indice craniano vertical alture-langura = didmetro basio-bregmition 100; ‘iimetro transverso maximo classifica em; tapino (baixo); metrio (inter ‘medifrio), entre @ e 979, e acrocrénio (pont- agudo). + Indice facial ou morfoligico da face = altura morioligin da face 9p ‘diametro bizigomitico classifica em: leptoprosspico (face ata e etre- ta), mesoprosépico ¢ euriproxspico (face baixa « larga). Mesoproséipico entre 84,0 ¢ 87,9. 1 fade do pognnteo » SS so classifica em: ortognata, mesognata (entre 93.¢ 97,9) prognata. Responda ao Teste 4 na pigina seguinte, Leia a instrusio antes de respondé-to. Testes (Avaliagdo Formativa sobre Anatomia Aplicada no Crénio) Neste Teste 4 voct deve responder a 20 perguntas agrupadas em

Você também pode gostar