Você está na página 1de 17
canirvto2 Género: uma anélise histérico-critica em torno de suas abordagens teéricas Contextualizagie histériea das abordagens t6rieas em torne da categoria género (Or cxtndos de género Feminist, prncipalmente sob infugncia de feminists aca- Aémicas, no final do sécwlo 20, entre as décadas de 1970 € 1980, Sea objrivo adwéan da necessidade de desnatualizar hiseoriciae a5 desigualdadesengre homens e mulleres, an liudas, pos, Como construgbessocias, determinadas pels © gem inseridos no movimento ‘ns relagies socials. Ness rermos,destacaPisckelli sobre ‘opens Feminina € o surgimenco da categoria ginero: As hipitessexplictva sobre ovigens da apres Fenn Foca anda gradalnetequstonsdascabdonas bases (Scteamenes cones as props pra destatralizar ‘Sutoprenin Ese quan de ferexctncainalectal eo contest Sql desenolve cones de ger (2002, . 10) Gabe ressalear que, apeste de as intenges @ prior se rem bastante posiivase imporcantes para as rwulheres, © coatexco de surgimento do conceito género é mareado por rises de retrocestor para o movimento Feminists, porque io dice, para os moviencenos da lasses rrabalhadoras, 20 enfirizar as eelagées de poder em derrimento da busea das casas da dominagtolexploragio, devido acs paradigaiae ‘ou A crise das parudigmas que o ico influenciar, como sponea Score No pro carcterieads pls ie dos paraligmas maroon rae nae cncis wate aoe ans TSM, quand 9 base das Shusts da dominasiovexploreio Fi cedeno paso anfae tov signcae dar lager oc conrnrva das lays de pier equese deseae ura ova pola wc aes 2 adie da lage ini an ages de ero apa Sep, 1994p 6) Ossiscoseretceisos acim releridos, que sero objetn de edge dealhad mais adtanee, So dcincados especialmente em rardo da ifladocia da ceria p- moderna (© conesito de gener» veto também ne sentido deanalisar de manciraeelacionl a subordinagio da mulher a0 homea, ‘4 sc, os exculossobre az mulheres io deveriam apenas Timiearse 3 categoria males, mas esta deve sempre ser ana Tsada de forma relacional ao homem, Portanto, g2ncro se ‘onstieu como urea categoria relacional, Nesse sentido, de acordo com Piscitll aura) academics que dialog com adc Fe ras, oconet de gee fot saad om eotusat, ee qu ot considerate umn avango sigicai em rags Bs Posaidades snalicar oerecas pel cigs mulher sa rtcora pou serve creda por uma eras pata gual ‘bint feminsnlmeler pate terse wena sibel de ‘four lasses (2002, p. 7). ssa nova geagio de feministas rejcica “a posbiidade de secompreender 0 feminina nun mundo puramente fe- iin, pis, ofeminiao se define eon eelagéo a0 masculisa (o conteato sécio-sienbSlico ence 0s sexo)” (Machado apa! Feesira, 2002, p. 23). Desde o eu surgimentac na decorer de seu desenvati- mento, ainda em curso, 0 conceit de género foilé dorado de diversas perspectvas,Diversidade ess, provocada canco plas pokémica eéricase politica no interior das ciacias tuenanas tuts quanto por macarons De aconto com Piscel (2002), apesur de seeutilizado, 0 -conceita de génevo posui um marco no penstmento feminist a1publicagio de um ensaio de Gayle Rubin, “O Tedfico das “Mulheres: Noes sobre a Economia Politica do Sexo" Foi partir da definigaolconcepeao desta autora, que conceito de género "eomegou a difundirse com uma lorca Insc até esse momento), cornando-se una referent ‘obsigaéria na lieeaura feminist” idem, p17) ‘Ness ensti, Gayle Rubin estabelece uma dicotomia na rela entre sexnginero, Genero seria. eonscusio social do sex0, 0 ex0 seria oque determina biologicamene,fio- Ingicamente, porsanto, naturalment, Elabors se um sistema scrolginero, que s autora concetus como “um conjuno de 5 Raia Gye Te race Mime iene Pll Boye te Pan ra fon Ney Rover Pr = Scan im te aa papi ah ‘EiSnutc de cc Sc fmt cor eine ma eo ges com scaler viclegs, lg prods ds ‘Shao dr conse s lycopene wes radon Sc ot ‘te Hortoy Dome: Gnd mar dear yas is Ine, tm atraosatcvdls quai a matt prita bikie do x0 hartano eels porian & mola pela imerveno soil humana” (apd Pte 2002, p17) Esebeleve ete modo, um esto cate atures cultura. A acura for ez osdaos eos montrariam ques ferns sobre, kal idem Sequin anda penser de Pact saute afima «que pra Rabin o“paeneco ciao ne, Diane dessa concep, Rubin no estabelee wma rpruca em a bases ratrais que se peop a eri, com dete Pail dlissrtando sobre Rubi ar Rubino arenes ri tc (nae ree contig neces ara pero ds tea de ae Ie dcr iro art nr iene 2p ‘ran crtanio no ln daar dens ies ose, Onsen depen emesis {doses demic a acid seo loa parte cular vio eal do waa prvorandos eripendla teams mulbere areata oc daca). Mas sem fore de Rl, nr cnc como om ineratie daca, queopse homens eres de segs neraar lo arenes se acor e ation p 181, dante desu ands de permanénca das bases naa snisnosesuds de géncro, no esabelecimentodesistemas Auais Gexo-género,natureralalura, como explcacses univesais, que ido emergirerieas 2 pensameato de- senvolvide por Gayle Rubin. deseneaesas a partied decada de 1990 Assi, esa dca émarada por vari discusses em ‘oro da categoria género. Algumas feminists dfeaiam 2 subsiuigio da categoria: ous, una reformulaio sem atandonar os principis da ngto de neo Jadich Buster (1993) in critica a dicntomia sexolgineto, pasando a historcieacrambées a eategoia sexo, como algo idealizado & ( figoumens nated ara dole" Ness teoradesoca obser “Ee nn cursing am onde ‘Stadt snp, sum pce penal sora gab ‘Sess matcaliam sec pode ea atria ares tien veering dete ora” (at 193, p. 1. Assim, sexo i pode ser compreendide como pens um “dado coxparal sobreo qual consteuo do géneco€ afc mente posto, mas como uma noema culkural que govern a materialzag clos corpos” (idem. p- 15) Sobre o gener, Butler compres que (no doveria ser pesado como simples serio calral de Sigiicadn ae seo qe consideral om dnd’ Gi Aeveti deat apurcth de produ, o men discusivafeal cal aces do ala naarns ext vo sex0 "natal 0 prods eestabelidos ono pe curivs (pad Pisce 5002, [Donna Haraway, bloga ehistoriadee da ciéncia eam compartitha dessa critica categoria gener, alercanda que, io contermpa.ahisoriidade aecessiria par categoria sexo, ‘ que implica ideins perigosssrelacionatas com identidades ‘esencias de mulher e homens. [30 edi media quese in- ‘Ste no carter de consceugio social do ger, em decrimento dda historicisago da nacureza edo sex. [Nessa perspectiva, Haraway “aponta como um problema central que considera inerente aos concevos de genera.) Aistingio com o sexo na qual nem 0 sexo, nem as rales ep ‘emolgicas da logica de anslizeimphicada na dstingio © em ‘da membro deste pa, seria historcizados e relacivcados" (apne Pscielli, 2002, p. 24) Prine, ercas ances protec utilizar o terme “sl ses sociais deyeno” por defini pape rlaghes entre homens ‘mulheres na sovade, por entendscem 0 sexo rambeen como sosialmencedterminado cesteserfonsepreado era a ‘experincia © vivenca da sociabiidade, Porranto, 0 sex0 no se iscreve apenas ao campo bickgico (Ferreira, 2002) ‘Compariha-se au desea cri 3 nacaralizagio da cae tra sexo, no encano, de acorde com Safin: (00 conesien de gbnoro coms dar plena cone do cater evil inca do pret sexo. Enguato so tabalhaese com gnc jf scam aide ocaiterundamenealmene cil Que The eimanence. a empecgarmos acter sx os adams 3 sempre sabrennc-le com orm stl, Desa Forma, 0 5 Flare ger, earner finda cesar eles soci (pad eres, 2002 p20, A categoria yéneeo iri. pois, inci contrariamente 3s vertentes homogencieadorss, gencralizantese supostamente neutras, como @ positivism, qu, como fi vise, matualiza paps que se uboodinam as mulheres ee weiliza densa a turalzago paca alangaro “equilibria” ex “harmon” socais pela sesponsbilzagio social ca mulher edesesponsabilizacio do Bstado, [Na busca de romper com essa suposta neutraidad, 0 movimento Feminists, mediance a categoria gEnero, como diléieaerelacional, eer como matrizes eicas 0 mars smo, prcsndlise, 0 pésestruturaismo,priacpalmente nas teorias sabre o pode de Foucault, eo pés-modernismo (cf Ferreira, 2002). Debuateremos as perspectivas marsista e pés-modernal pér-estutualista, rrdo em visa que estas so as principals, ‘ho Ambico do debate tual no Service Socal, come apontad so capitulo anterior Anilietbrice- sre da catgora ginera (© conceito género necessca de uma anslise critica ao apenas pela dualidade que induz no bindmio sexolgénero, bscurecendo o caster histcico de categoras somo texo © ‘corpo, ma, prncipalments, por endenciara uma idenidade lobal (central, suborlinando © obsenrocendo ot gorias~ clase, raga, nacionalidade (Haraway apud Pisce 2002, p. 25). Esa crcca& realiaada sobre at teorias da pés-moderni- dade, dente elas as bordagens desconstrutvisas™ e pis- ssccutualists,e coincide, de acordo com Pisce (2002), com reivindicagio de mulheres negra, do Terceiro Mundo ce kshica ‘As abordagens desconstrutivitasenfatiarn exagerada- mente 38 diferengas, no propem uma alternaiva 20 movi ‘eato femiaistaedistanciam-se da pritica politica, Nesse sensido,Piscicli,dissertando sobee os inchmodos dessas sbordagens para algumas feminists, aia ea attempted Ss aro pi depo issn eee pe soe ese Repco pearson eee recon Scmurate se (ol adeconscugio~ que pe descstui ad infin ~ 30 rio feecer eration posal acon un movimento. Alm de dialer o suet poli “mulhee 3 peipstar desomercivaramburs sp acsulas de estab Feermdistncisenacefleiorineaco movimento polo. (C3 Nestalaade, dsr psec eis ela "fouco ec nace cacrcas de il compreenso. x

Você também pode gostar