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PROFISSÃO DE FÉ

[À GUISA DE PREFÁCIO DA 31a EDIÇÃO]

R o c h a L im a

Assim se resum e, como se lê na folha de rosto, o espírito desta 31a edição:


“retocada e enriquecida”.
Nada mais que isto — muito apesar de retocada em não poucos pon-
tos, e copiosamente enriquecida, sobretudo na exemplificação dos fatos
da língua.
Nada mais que isto, para que a GN continue a ser, fundamentalmen-
te, o que sempre aspirou a ser: um livro redigido com simplicidade e cla-
reza, e norteado por obsessiva busca de exatidão no sistematizar as
normas da modalidade culta do idioma nacional —, dever primeiro do
ofício de professor de português.
Em matéria doutrinária, procurou o Autor equilibrar, com avaro e
prudente critério de seleção, as variadas e muita vez conflitantes corren-
tes da lingüística moderna, naquilo que lhe pareceu pertinente à finali-
dade dos estudos de teoria gramatical. Com tal proceder, preservou-se
da precipitação de aderir cegamente à ditadura das últimas e passageiras
“novidades” importadas, assim como aos ouropéis de uma terminologia
quase sempre também superfluamente inovadora.
Nesta cautelosa orientação, talvez repouse o gasalhoso acolhimento
com que, ao longo de tantos anos, tem o favor público premiado o meu
esforço de bem servir o ensino da língua portuguesa em nosso meio.

Rio de Janeiro, maio, 1991.

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