Assim se resum e, como se lê na folha de rosto, o espírito desta 31a edição:
“retocada e enriquecida”. Nada mais que isto — muito apesar de retocada em não poucos pon- tos, e copiosamente enriquecida, sobretudo na exemplificação dos fatos da língua. Nada mais que isto, para que a GN continue a ser, fundamentalmen- te, o que sempre aspirou a ser: um livro redigido com simplicidade e cla- reza, e norteado por obsessiva busca de exatidão no sistematizar as normas da modalidade culta do idioma nacional —, dever primeiro do ofício de professor de português. Em matéria doutrinária, procurou o Autor equilibrar, com avaro e prudente critério de seleção, as variadas e muita vez conflitantes corren- tes da lingüística moderna, naquilo que lhe pareceu pertinente à finali- dade dos estudos de teoria gramatical. Com tal proceder, preservou-se da precipitação de aderir cegamente à ditadura das últimas e passageiras “novidades” importadas, assim como aos ouropéis de uma terminologia quase sempre também superfluamente inovadora. Nesta cautelosa orientação, talvez repouse o gasalhoso acolhimento com que, ao longo de tantos anos, tem o favor público premiado o meu esforço de bem servir o ensino da língua portuguesa em nosso meio.