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Dialogo dos Ecos ou

O quarto-abismo das paredes diáfanas.

Ah...onda soturna que se aprochega.


Instala-se sorrateira tragando-me
Aconchegado pelo torpor malsão o despedaçamento toma conta do meu corpo
Este suavemente se desfaz nas águas negras
De um mar morto....
Donde vens? Dos abismos de que me soergui ou daqueles que nunca saí?
E o pior: o veneno é saboroso...me apraz sorver as gotas que me dilaceram.
Afundo, tão fundo
Tão inocente, intocado.
Virgem de luz. Beije o reflexo gelado enquanto se mantém sólido.
O fogo não perdoa.
Queima, e você derreterá em lágrimas que escoarão pelas brechas
Dos corações partidos.
Sem dó....
Este caminho. Estou tão cansado de descrever que é como se tivesse a vontade de sair
junto o desejo de ficar.

Por que?
“Aih...Escrever dói, às vezes.”

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