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Biopolitica PDF
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A biopolítica da população
Sandra Caponi 1
Abstract Taking as starting points the Foucault’s Resumo A partir do conceito foucaultiano de
concept of bio-power of population, the Giorgio biopolítica da população, das considerações de
Agamben’s considerations about nude life and the Giorgio Agamben (2002) sobre a vida nua e esta-
Hannah Arendt’s comprehension of human con- do de exceção, assim como das teses de Hannah
dition, we analyze experiments with human be- Arendt relativas à condição humana, analisamos
ings that were made in the beginning and in the dois estudos experimentais com seres humanos
end of twenty century. Initially, we discuss the ex- realizados em inícios e fins do século 20. Inicial-
periments that were made in India, between 1894 mente nos referimos às experimentações realiza-
and 1899, for determinate the Anopheles role in das na Índia entre 1894 e 1899 para determinar
the transmission of malaria. Finally, we analyze o papel do Anopheles na transmissão da malá-
the way by which recently, in Africa, were con- ria. Por fim, analisamos um estudo de transmis-
ducted researches over pregnant women infected são vertical de HIV recentemente realizado na
by the HIV. África com mulheres grávidas portadoras do vírus.
Key words Bio-power, Nude life, History of Palavras-chave Biopolítica, Vida nua, História
medicine, Experimentation with human beings da medicina, Experimentação com seres humanos
1 Departamento de Saúde
Pública da Universidade
Federal de Santa Catarina.
Campus Universitario
Trindade. Caixa Postal 476.
88040-900
Florianópolis SC.
sandracaponi@newsite.
com.br
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Caponi, S.
Os indivíduos deixaram de ser sujeitos de é imposto um olhar do qual ele é objeto, e um ob-
direito e passam a ser – no interior dessa bio- jeto relativo, pois o que se decifra nele está desti-
política da população, analisada por Foucault nado a um melhor conhecimento dos outros
como própria de fins do século 19 – corpo es- (Foucault,1978).
pécie, isto é, corpos transidos pela mecânica do Do mesmo modo, para que pudessem exis-
vivente limitados a seu estatuto vital. A partir tir os estudos relativos à distribuição das epi-
desse momento, os sujeitos submetidos a ob- demias, ao reconhecimento de agentes causais
servação deixarão de ser sujeitos individuais específicos, à identificação de vetores, acredita-
para passar a ser corpos valiosos exclusivamen- va-se que seria indispensável poder contar com
te pela identidade vital que os unifica. Os cor- um grupo populacional que além de estar ex-
pos de Abdul Kadir ou do misterioso Lutch- posto a doenças, tivesse as mesmas característi-
man, referenciados na correspondência entre cas dos doentes que habitavam o Hospital Ge-
Manson e Ross como sujeitos de pesquisa ral no momento da emergência da clínica. Era
(Bynum & Overy, 1998), têm um significado preciso contar com uma população pobre, ne-
preciso, o que se revela neles, suas dores, seu cessitada de assistência e alheia ao espaço dos
sofrimento, o fato de tolerar ou não a exposi- direitos.
ção sistemática a mosquitos infestados, poderá A análise foucaultiana dos diferentes sabe-
ser de utilidade para os outros. Pode possibili- res e estratégias que compõem a chamada bio-
tar a prosperidade e o desenvolvimento das co- política da população pode ter um papel cen-
lônias inglesas ou, pelo contrário, pode signifi- tral para desnaturalizar as condições, não trans-
car uma confirmação das teorias que falam da cendentais nem necessárias, mas históricas e
“periculosidade dos trópicos”, de ameaças que contingentes que possibilitaram a construção
não podem ser controladas e entre elas, a mais dos saberes relativos à saúde das populações.
temida, a ameaça que a malária representa para Não existe um imperativo transcendental,
o homem branco. nem uma exigência inevitável que seja uma
Se voltarmos, novamente, para a pergunta precondição para a realização desses estudos.
formulada por Agamben veremos que ela in- O que é poderia não ser. Para melhor compre-
clui duas questões. Primeiro, trata-se de anali- ender o caráter de “evento” desses modos de
sar os dispositivos políticos que permitiram produzir um saber nada melhor do que anali-
que essa ordem de coisas fosse aceita. Podemos sar os mecanismos de poder que possibilitaram
responder essa questão por referência ao estrei- sua construção. Nem sempre os estudos relati-
to vínculo que, a partir do século 19, se deu en- vos às epidemias utilizaram populações pobres
tre a vida, entendida como zoé, e a política. Em ou necessitadas. Muitas vezes os próprios mé-
segundo lugar, deve ser questionado quem são dicos dirigiram a si mesmos certos procedimen-
esses sujeitos que foram privados de seus direi- tos de pesquisa mostrando o caráter contingen-
tos. Veremos então que, ainda que o privilégio te e evitável da utilização dessas populações.
concedido ao elemento biológico possa apagar Dizer que a assimetria social resultou na
as diferenças, tornando o saber derivado desses condição histórica de possibilidade do conheci-
corpos aplicável à humanidade como um todo, mento médico referente às epidemias, e não sua
os sujeitos observados foram escolhidos entre a condição necessária, significa afirmar a contin-
população pobre e necessitada de assistência – gência e a “evitabilidade” desse modo de pro-
no caso concreto das pesquisas de malária, a po- duzir o conhecimento científico. Não se trata
pulação indiana. Tanto os experimentos relata- de julgar o passado com as categorias morais
dos por Manson e Ross em suas cartas, quanto atuais, trata-se de “eventualizar” nosso presen-
outros estudos e observações realizados a pro- te, de mostrar que aqueles procedimentos que
pósito das doenças tropicais e de outras doen- aparecem, ao olhar de muitos pesquisadores,
ças contagiosas à semelhança do acontecido no como naturais e evidentes, como a condição
nascimento da clínica conduzem à reiteração necessária de possibilidade para a construção
de uma mesma e velha pergunta: do saber, têm uma historia recente que não
Com que direito se pode transformar em ob- precisa ser perpetuada nem naturalizada.
jeto de observação clínica (ou em objeto de expe-
rimentação) um doente ao qual a pobreza obri-
gou a solicitar assistência hospitalar? Ele requer
um auxílio do qual é o sujeito absoluto na medi-
da em que este foi criado para ele; mas agora lhe
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dos. O poder de morte aparece como comple- propósito de manter o processo vital tinha entra-
mento de um poder que se exerce positivamente da na esfera da política (Arendt, 1993). A fome,
sobre a vida, que procura administrá-la, aumen- as necessidades, a dor tornavam as pessoas es-
tá-la, exercer sobre ela controles precisos e regu- cravas. Era necessário em primeiro lugar que
lações gerais (Foucault, 1978). A partir do sécu- os sujeitos pudessem se libertar da escravidão,
lo 19, o poder de morte encontra sua legitimi- que impõe o vital, para então ingressar na esfe-
dade na gestão calculada da vida. É em nome ra do político, no espaço dos direitos. Para rom-
da saúde de todos, da vitalidade da espécie, do per com essa escravidão, era permitido o uso
controle das epidemias, que a biopolítica se da força e da violência, ambas alheias àquilo
transforma e convive com sua fase obscura: a que caracterizava a condição propriamente hu-
tanatopolítica (Agamben, 2002). mana: aquela que se realizava no espaço dialó-
Se pretendermos construir uma história gico e argumentativo da Polis. Não é por acaso
dos saberes relativos ao corpo que seja capaz de que Agamben terá como referência privilegia-
prescindir de certezas e reducionismos, que se- da de seu texto dois autores: Michel Foucault e
ja capaz de analisar os múltiplos discursos, su- Hannah Arendt. Ainda que Arendt nunca te-
as confrontações e alianças, assim como a resis- nha falado sobre biopolítica a questão que lhe
tência ou a aceitação das práticas médicas, sem preocupa é a mesma que preocupa a Foucault,
deixar de tornar explícitos os abusos que foram o governo referido exclusivamente à dimensão
e que ainda são cometidos em nome do bem do vital.
comum, e do melhoramento da saúde das po- Para poder compreender as dificuldades
pulações, não poderemos deixar de questionar nesta sobreposição entre vida e política, deve-
essa categoria ambígua que é a de biopolítica. remos fazer uma rápida referência ao pensa-
Certamente a experimentação com seres hu- mento grego, pois como afirma Arendt (1993)
manos é um dos muitos modos pelos quais se os filósofos gregos, seja qual for sua posição a res-
manifesta a biopolítica da população que pos- peito da Polis, não duvidaram de que a liberdade
sibilita a consolidação dos estados-nação. se localiza exclusivamente na esfera política, que
a necessidade (o bios) é de maneira fundamental
um fenômeno pré-político (...) e que a força e a
A biopolítica: violência se justificam nessa esfera porque são os
entre o poder e a dominação únicos meios para dominar a necessidade e che-
gar a ser livres.
Foucault considera fato determinante da cons- A grande novidade que se produz no mun-
trução das sociedades modernas o processo pe- do moderno, da qual falaram tanto Foucault
lo qual a vida, isto é, a vida nua, a vida natural quanto Arendt e Agamben, está dada pela iden-
que compartimos com os animais, passa a ser tificação entre o vital e o político. No mesmo
investida por cálculos explícitos e por estraté- momento em que o homem moderno conquis-
gias de poder. O momento em que a vida in- ta os direitos que se pretendem universais, é o
gressa, como elemento privilegiado, no registro domínio do vital o que entra em questão. A vi-
da política. Para compreender o alcance e a sig- da, o corpo, a saúde, as necessidades, a repro-
nificação dessa mudança, é preciso entender o dução, que antes faziam parte da esfera pré-po-
papel que a vida ocupava no pensamento grego lítica, se transformam nas questões políticas
em relação ao espaço da política. É por oposi- por excelência. As estatísticas contribuem para
ção à concepção aristotélica de “homem” que dotar esse processo de maior objetividade, ta-
Foucault pensa o exercício da biopolítica: Por xas de mortalidade e morbidade, taxas de nata-
milênios o homem permaneceu o que era para lidade, concentração de epidemias e doenças,
Aristóteles: um animal vivente e, além disso, ca- todo um novo domínio de saber e de interven-
paz de existência política; o homem moderno é ção política que se refere exclusivamente ao es-
um animal em cuja política está em questão a paço do vital e a seus fenômenos correlatos: de
sua vida de ser vivente (Foucault, 1978). natalidade, reprodução e morbi- mortalidade.
Lembremos que para o pensamento grego Mas falar na novidade que implica a biopo-
o espaço do vital, isto é, o espaço da sobrevi- lítica da população significa afirmar um pro-
vência, da natalidade e da reprodução, era a cesso complexo e de duas faces. Por um lado, o
precondição necessária e imprescindível para domínio do vital (natalidade, saúde, mortali-
participar da vida em comum da Polis. Mas, de dade e reprodução) que para os gregos era emi-
fato, nenhuma atividade que servisse só para o nentemente privado passará a fazer parte da es-
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a quem estava reservado o espaço doméstico dores que se defrontaram com novas civiliza-
dos aneu logou, dos sem fala. Nas situações de ções, novas doenças e novas populações nas co-
dominação – econômica, institucional, sexual – lônias pobres de Ultramar podiam livremente
o problema está, de fato, em poder determinar realizar suas pesquisas com seres humanos sem
onde e de que modo será organizada a resistência grandes cuidados, seguindo o argumento utili-
(Foucault, 1996). tarista do benefício futuro que as pesquisas re-
No caso da experimentação com seres hu- presentariam para melhorar o vigor e a saúde
manos parece não existir essa mobilidade e re- das populações.
versibilidade do poder. A capacidade de resis- Nada impedia que os sujeitos de pesquisa,
tência dos sujeitos de experimentação é míni- considerados existentes puramente biológicos,
ma ou até nula se considerarmos que, muitas fossem pensados como “matáveis”. A eles era
vezes, como na experiência de transmissão ver- atribuído um estatuto alheio à “condição hu-
tical de HIV analisada, os sujeitos envolvidos mana”: pura corporeidade, vida nua. Como
não estão sabendo se fazem parte de um ou ou- afirma Foucault, esse poder de morte se man-
tro grupo, se serão beneficiados com a medica- tém como o limite exterior da biopolítica: é so-
ção ou se receberão placebo. Em tal caso, as res- bre a vida e sobre seu desenvolvimento que o po-
postas possíveis são limitadas. A margem de li- der estabelece sua força; a morte é seu limite o
berdade para dar respostas aos fatos é quase momento que não pode ser apresado (Foucault,
inexistente, fazendo com que os sujeitos envol- 1976).
vidos possam passar facilmente ao estatuto de Podemos tentar pensar a defesa atual do
cobaias. Eles se definem exclusivamente como chamado “duplo standard” ou do “relativismo
“corpo espécie”, como vida nua, como alguém ético” em relação a esta oposição entre um po-
que qualquer um pode matar impunemente der que toma a vida, o corpo e a saúde a seu
(Agamben, 2002). cuidado e sua contra-face, um poder de morte
que persiste como seu limite, como uma antiga
estratégia de poder que se refere à corporeida-
Conclusão de nua e sem direitos. Se esse espaço foi ocupa-
do sem maiores questionamentos pelas mulhe-
A biopolítica, modalidade de exercício do po- res e os escravos no pensamento grego; e se, no
der própria dos estados modernos, no momen- caso dos pesquisadores ingleses, Manson e
to que garante a sobreposição entre vida e polí- Ross, era o espaço da população indiana neces-
tica, possibilita que com um mesmo gesto se- sitada de assistência; hoje ainda podemos ouvir
jam definidas as populações que pertencem ao as vozes dos que defendem a persistência desse
espaço da vida nua e aquelas que fazem parte espaço reservado para as populações pobres do
da vida ativa, isto é, da condição humana que Terceiro Mundo. Especificamente, no caso das
deve ser cuidada, estimulada, multiplicada. pesquisas sobre transmissão vertical de HIV,
Mas para multiplicar a vida e o cuidado com os reservado para as populações pobres de África.
cidadãos, para garantir seus direitos, seu vigor Lembremos que depois do debate suscitado
e sua saúde pode resultar legítimo admitir co- pela divulgação dessa pesquisa, a revista The
mo precondição o uso experimental de seres Lancet publica uma declaração de “consenso”
humanos sem que eles se beneficiem dos melho- redigida por bioeticistas americanos legitiman-
res meios diagnósticos e terapêuticos existentes, do o “duplo standard” e o “relativismo ético” e
como é exigido pela Declaração de Helsinque criticando um universalismo que é considerado
de 1996 ainda em vigor. inaplicável, indiferente à realidade dos países do
Muito antes da Declaração de Helsinque, e Sul, além de suscetível de retardar gravemente o
muito antes dos atuais debates sobre os dilemas progresso das pesquisas contra patologias em ex-
éticos surgidos da realização de ensaios clínicos pansão (Amann, 2001). Estes pesquisadores
no Terceiro Mundo (Amann, 2001; Rothman, nos chamam ao realismo, nos convidam a dei-
2001; Garrafa & Machado, 2001), as pesquisas xar de ser ingênuos e a deixar de lado o que pa-
realizadas nos trópicos pelos pesquisadores in- recem considerar a velha e gasta idéia de eqüi-
gleses e franceses nos permitem refletir sobre o dade. Nos convidam a reconsiderar o caráter
papel político da desigualdade nas pesquisas moral das pesquisas realizadas, algo que para
médicas. Muito antes de que fossem utilizadas os pesquisadores ingleses que trabalhavam na
idéias legitimadoras como “duplo standard” ou Índia não representava nenhum conflito ético.
“relativismo ético” (Amann, 2001) os pesquisa- Para eles existiam dois mundos bem delimita-
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Artigo apresentado em 4/9/2003
Goldim JR & Rossi R 1999. Glossário de termos científi-
Aprovado em 5/11/2003
cos para elaboração do Consentimento Informado.
Versão final apresentada em 15/3/2004
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