Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1-Zpilares (Ótimo) PDF
1-Zpilares (Ótimo) PDF
PILARES
I. INTRODUÇÃO
Junto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que na maior parte dos
edifícios são os responsáveis por resistir às ações verticais e horizontais e garantir a
estabilidade global da estrutura.
As ações verticais são transferidas aos pórticos pelas estruturas dos andares, e as
ações horizontais decorrentes do vento são levadas aos pórticos pelas paredes externas.
Nas estruturas usuais, compostas por lajes, vigas e pilares, o caminho das cargas
começa nas lajes, que delas vão para as vigas e, em seguida, para os pilares, que as
conduzem até a fundação.
As vigas, por sua vez, além do peso próprio e das cargas das lajes, recebem
também cargas de paredes dispostas sobre elas, além de cargas concentradas
provenientes de outras vigas, levando todas essas cargas para os pilares em que estão
apoiadas.
Nos edifícios de vários andares, para cada pilar e no nível de cada andar, obtém-
se o subtotal de carga atuante, desde a cobertura até os andares inferiores. Essas cargas,
1
CONCRETO ARMADO II - PILARES
no nível de cada andar, são utilizadas para dimensionamento dos tramos do pilar. A
carga total é usada no projeto de fundação.
Nas estruturas constituídas por lajes sem vigas, os esforços são transmitidos
diretamente das lajes para os pilares. Nessas lajes, deve-se dedicar atenção especial à
verificação de punção.
Pilares curtos: ≤ 40
Pilares moderadamente esbeltos: 40 < ≤ l 90
Pilares esbeltos: 90 ≤ ≤ 200
onde:
le = lo + h ; le = l
Nos pilares esbeltos, os efeitos de segunda ordem são tão importantes que não se
pode admitir o emprego de processos simplificados.
3
CONCRETO ARMADO II - PILARES
isoladamente, andar por andar, como se fossem engastados elasticamente nos nós e os
efeitos de segunda ordem são localizados.
onde:
α = parâmetro de instabilidade;
n = número de andares;
htot = altura total da edificação, medida do topo da fundação ou de um nível
indeformável;
EcsIc = soma dos valores de rigidez à flexão das seções dos elementos verticais
na direção considerada;
Fv = soma de todas as cargas verticais de serviço.
Segundo a NBR6118/03, o limite 0,6 pode ser aumentado para 0,7 quando o
contraventamento for constituido exclusivamente por pilares-parede. Esse limite deve
ser reduzido para 0,5 quando o contraventamento for feito apenas por pórticos.
4
CONCRETO ARMADO II - PILARES
Dessas equações (e das figuras) verfifica-se que, quanto mais alto for o edificio e
quantos maiores forem as cargas verticais, maior a rigidez de contraventamento será
necessária para garantir a indeslocabilidade. Esse critério também foi incluido na
NBR6118/03.
⁄
( )
5
CONCRETO ARMADO II - PILARES
6
CONCRETO ARMADO II - PILARES
Pilar inferior ao nó
Pilar superior ao nó
onde:
8
CONCRETO ARMADO II - PILARES
onde:
e1x e e1y – são as excentricidades de primeira ordem nas direções x e y,
respectivamente;
e2x e e2y – são as excentricidades de segunda ordem nas direções x e y,
respectivamente;
ecx e ecy – são as excentricidades de fluência nas direções x e y, respectivamente.
9
CONCRETO ARMADO II - PILARES
A excentricidade de primeira ordem e1x é dada pelo maior dos dois valores:
onde:
( )
onde:
Excentricidade de Fluência
[ ]
onde
10
CONCRETO ARMADO II - PILARES
onde
e1y, e2y, ecy - são obtidos de forma análoga ao que foi feito para direção x.
Dados:
fck = 20Mpa
Aço CA-50
Recobrimento = 4cm
Fk = 857kN
Figura 12 – Seção transversal do pilar
(1MPa = 10-1 kN/cm²) intermediário
11
CONCRETO ARMADO II - PILARES
12
CONCRETO ARMADO II - PILARES
onde
0,6eia + 0,4eib
0,4eia
onde
13
CONCRETO ARMADO II - PILARES
( )[ ]
eay
Dados:
fck = 20Mpa
Aço CA-50
Recobrimento = 4cm
14
CONCRETO ARMADO II - PILARES
A situação de cálculo dos pilares de canto é apresentada na Figura 16, onde eix e
eiy são excentricidades iniciais nas duas direções (geradas pelos momentos fletores
transmitidos pelas vigas). As situações de cálculo correspondem aos casos b e c da
Figura 16.
onde
eiy = eiay
eix + eax
onde
eix = eiax
15
CONCRETO ARMADO II - PILARES
( )
Excentricidade de fluência
( )[ ]
onde
eix = eiax
A excentricidade de primeira e1y ordem é dada pelo maior dos dois valores:
eiy + eay
onde
eiy = eiay
( )
16
CONCRETO ARMADO II - PILARES
Excentricidade de fluência
( )[ ]
Dados:
fck = 20Mpa
Aço CA-50
Recobrimento = 4cm
Fk = 857kN
17
CONCRETO ARMADO II - PILARES
A seção transversal dos pilares deve possuir uma dimensão mínima igual a
19cm. Em casos especiais, permite-se adotar dimensões entre 19cm e 12cm. Nesses
casos, os esforços solicitantes de cálculo dos pilares devem ser majorados pelo
coeficiente adicional n, dado por:
n = 1,95 – 0,05b ≥ 1
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a
360cm².
A taxa de armadura longitudinal deve ser maior que a taxa mínima min,
dada por:
onde
Essa taxa deve, também, ser inferior ao valor máximo de 8%, inclusive nos
trechos de emenda por transpasse, como indicado na Figura 18.
18
CONCRETO ARMADO II - PILARES
Em seções poligonais (retangular, por exemplo), deve existir pelo menos uma
barra em cada vértice. Para seções circulares, o número mínimo de barras longitudinais
é igual a seis.
19
CONCRETO ARMADO II - PILARES
O diâmetro dos estribos, t, não deve ser inferior a 5mm nem a /4, onde é o
diâmetro das barras da armadura longitudinal. Se a armadura longitudinal for
constituída por feixe, representa o diâmetro equivalente do feixe.
a) 20cm
b) Menor dimensão externa da seção da peça;
c) 12f
20
CONCRETO ARMADO II - PILARES
Em qualquer caso, o cobrimento nominal de uma determinada barra não deve ser
inferior ao diâmetro da própria barra. No caso de feixes, esse cobrimento não deve ser
inferior ao diâmetro equivalente do feixe.
As emendas das barras da armadura longitudinal podem ser feitas por transpasse,
por solda ou através de luvas rosqueadas. Dentre esses tipos, a emenda por transpasse é
predominantemente mais usada nas obras correntes.
Nas emendas por transpasse as forças são transferidas das armaduras para o
concreto, e vice-versa, através das tensões de aderência.
20cm
0,6lb
Além disso, é permitido que todas as barras sejam emendadas na mesma seção
do pilar, sendo este o procedimento tradicional na construção de edifícios. As barras que
forem sempre comprimidas não devem ter ganchos, pois estes aumentam o risco de
fendilhamento na extremidade da barra.
Onde
– é o diâmetro da barra;
21
CONCRETO ARMADO II - PILARES
( ) ⁄
onde
Nos pilares, as emendas das barras longitudinais são feitas no nível dos pisos.
Assim, concretado o piso, as barras do pilar inferior para a uma altura loc acima do piso,
formando a espera das barras do pilar superior, como indicado na Figura 19-a. Para isto,
é necessário encurvar as barras inferiores para que as barras superiores fiquem na
posição prevista.
Quando a seção do pilar sofre uma redução, como na Figura 19-b, tolera-se o
encurvamento das barras até uma inclinação máxima dada por 1 na horizontal para 4 na
vertical. Se a inclinação for maior, deve-se empregar chumbadores, como indicado na
Figura 19-c. Devido à pressão de ponta, as barras que terminam devem ser cortadas a
uma distância de 4 ≥ 5cm abaixo da face superior da viga.
22
CONCRETO ARMADO II - PILARES
Na Figura 20, indica-se um desenho típico de armação para os pilares dos edifícios. No
térreo são representadas as barras de espera do pilar. Os comprimentos das emendas
indicados são iguais ao valor de lb correspondente a um concreto com fck = 20 Mpa. Na
passagem do segundo para o terceiro pavimento não houve variação das dimensões do
pilar. Porém, a armadura sofreu uma redução, como se verifica na Figura 20. O
detalhamento é continuado de forma análoga, até o último pavimento do edifício.
23
CONCRETO ARMADO II - PILARES
24
CONCRETO ARMADO II - PILARES
25
CONCRETO ARMADO II - PILARES
26
CONCRETO ARMADO II - PILARES
27
CONCRETO ARMADO II - PILARES
28
CONCRETO ARMADO II - PILARES
29
CONCRETO ARMADO II - PILARES
30